Você está na página 1de 60

Guitarra Blues: Módulo I

Do 0 ao Blues.
2

PREFÁCIO

Lembro-me dos meus 17 anos quando vi o solo de guitarra que mais me chamou
a atenção. A música era voodo child (Jimi Hendrix) e naquele momento que ouvi o
mundo inteiro parecia caber em meus ouvidos e em meus ouvidos não caberia tanta
informação ali passada naquele momento. Tive uma caminhada com a guitarra de forma
autodidata até que enfim fui aprovado no curso de música da Universidade Federal do
Ceará. Daí em diante foi convidado a ministrar aulas instruindo músicos em igrejas
protestantes e escolas de música da região. A fim de buscar unir todo meu
conhecimento musical adquirido durante a minha caminhada de mais de 10 anos, decidi
unir nesse método, de forma simples e como primeiro teste, todo complemento que foi
importante e conteúdos que mais foram ministrados em minhas aulas. Assuntos que
vem desde o modo como segurar a palheta como escalas, frases mais usadas,
principais guitarristas e assim por diante. Esse volume é essencialmente o modo básico
de tudo o que você deve aprender na guitarra antes de adentrar em um grupo musical
ou banda, antes de se apresentar e antes de tentar de viver de música. De forma básica
e cumprindo todos os capítulos de desse livro, dou testemunho de que você consiga de
verdade se desenvolver em 70% das músicas populares nacionais e internacionais.
Hoje, a fim de ajudar as pessoas a realizarem seus sonhos com a música, tenho o prazer
de apresentar minhas anotações de forma pontual para se aprender guitarra tentando
manter boa parte do da dinâmica das minhas aulas, contudo para que se complete todo
pensamento do estudo, faz-se necessário ir as aulas presenciais.

Lucas Q’ueiroz
3

1
CONHECENDO OS ELEMENTOS BÁSICOS
PARA APLICAÇÃO
4

1. PALHETADA, POSTURA E APRESENTAÇÃO.

Antes de pegar de verdade na guitarra e sair solando a vontade, é importante


saber postura de cada mão e saber realmente ter o controle da palheta. É
importante também conhecer sobre cada parte de guitarra, setup, estrutura ou
cada ponto e sua função no corpo da guitarra, mas dedicarei mais a frente outro
volume a isso.

• Palheta: Em vários vídeos e fotos, poderemos encontrar


guitarristas famosos pegando a palheta da forma mais
estranha como o brasileiro Kiko Loureiro (que é um
excelente guitarrista a nível internacional), ou formas
paralelas, perpendicular, mais junta ou não ao polegar e
assim por diante. O importante de verdade é que sua palheta
esteja confortável na sua mão e não escorregue. Esse um
ponto em que você deve buscar a naturalidade e o conforto.
A palheta deve se adaptar a estrutura da sua mão. Uma
estrutura que só você tem. Aconselho somente que ela
esteja segura e paralela às cordas.
Veja um exemplo de segurar a palheta com firmeza:

*foto tirada da palhetada do autor


5

• Postura: A postura ideal para se tocar guitarra se dar de


acordo do modo. Se você está pensando em estudo
profundo e treino, faça tudo sentado corretamente na
dadeira se apoiar cotovelos, braços paralelo às pernas,
dedos sempre independentes e separados, polegar atrás e
centralizado, e jamais deite a guitarra a fim de melhorar a
visão ao braço. As notas devem ser tocadas sendo vistas de
cima para baixo. Porém, se você pretende estudar em pé
(depois de estudar com firmeza e memorização), estude
com a correia colocada corretamente e postura de braço,
mão e dedos corretamente.

Antes de irmos para o próximo capítulo, veja abaixo a anatomia da


guitarra, que será importante para os próximos capítulos:
6

2. CONHECENDO AS CORDAS E CASAS DO INSTRUMENTO.

É de extrema importância conhecer cada corda e cada casa do


instrumento. Um ponto leva a outro sempre: conhecer as cordas leva as casas,
conhecer as casas melhorar conhecer as escalas distribuídas no braço, melhora
visualizar mais shapes de guitarra, melhora visualizar Licks e melhora a
intimidade do músico com o instrumento.

Visualização das casas no braço da guitarra. Analisando as casas de


forma cromática (semitom por semitom).

• As setes notas musicais: Dó (C), Ré (D), Mi (E), Fá (F), Sol (G), Lá (A), Si
(B).
• As cordas do desenho acima estão sendo contadas de baixo (6°) para
cima (1°).
• Essa forma de visualização no braço do instrumento é apenas para
nomear sem antes ser feito algum tipo de determinação de sons por
escalas. No exemplo das escalas não seria necessário sabermos todos
os sons, somente os correspondentes as notas da escala e usaríamos
acidentes (veremos mais adiante como usar esses acidentes) como #
(sustenido) b (bemol).
• Esse mapa das notas na guitarra está exposto apenas com notas
sustenidas (#), podendo essas mesmas casas com o acidente de
sustenido receber o nome com bemol (b). Exemplo: A# produz o mesmo
som que Bb. Dependendo da escala, veremos mais a frente quais
usaremos especificamente para o tom escolhido e se acompanha de
sustenido ou bemol.
• As guitarras possuem um número de casas entre 21 e 24 casas. Esse
mapa exemplifica até a 12° casa, pois a nomenclatura se repete com um
som mais agudo.
7

3. CONHECENDO AS FORMAS DE ESCRITA

As formas de escrita mais conhecidas são: Cifra, Tablatura e Partitura.

• Cifra: A cifra é a forma de mostrar os acordes por números, letras do


alfabeto ou símbolos como #, b, °, +, -. Exemplo: C9; E5+; Dm+.

• Tablatura: É a forma como vemos a música na guitarra demostrada


pelas cordas e casas da guitarra. Nesse modo é importante ouvir a
música ou trecho de solo proposto. Exemplo:

• Partitura: É a forma mais completa de se registrar a música contendo


tempo1, fórmula do compasso2, dinâmica3, número de compassos,
clave4, tonalidade5, notas/acordes e figuras rítmica6. Exemplo:

4. FIGURAS RÍTMICAS

1
Referente à pulsação da música.
2
Referente a quantos pulsar por compasso e qual figura rítmica padrão para medir o tempo.
3
Variação de possibilidades usada para aprimorar a música.
4
Simboliza extensão grave, media ou aguda do instrumento.
5
Conjunto de notas e acordes específicos para a música.
6
Figuras que determinam quanto tempo cada nota ou acorde deve durar.
8

As figuras rítmicas determinam o tempo de duração de cada nota, de acordo


com a fórmula do compasso. Na fórmula inicial que estudaremos, o tempo 4 por
4, a semínima equivale o valor de um tempo, a colcheia de ½, a semicolcheia de
¼, a mínima de 2 tempos e a semibreve de 4 tempos. As pausas são os valores
de tempo para duração em silencio. Veja a tabela:

5. DICA!

Nunca se esqueça de olhar bem os vídeos das aulas online disponível com
esse mesmo método de forma bem expositiva. Reveja cada princípio com calma
e paciência reservando o tempo de 15 a 30 minutos diário para cada uma das
partes deste capítulo.
9

2
ECONTRANDO AS NOTAS NO BRAÇO DA
GUITARRA
10

1. PRIMEIRA VISUALIZAÇÃO

Algumas maneiras bem simples de desenvolver esse nosso primeiro


desafio, pode e vai simplificar o seu olhar para o mapa das notas na guitarra. O
primeiro exemplo determina-se com o simples fato de encontrar a nota C no
início do braço do instrumento. Perceba: se uma corda começa em B (como o
caso da segunda corda), a primeira casa já temos um C (após B não tem espaço
para B# na posição das casas). Logo, visualizando o braço, teremos a próxima
nota C mais próxima na terceira casa da quinta corda.

O exemplo 1: Quando encontro minha primeira nota que eu quero a mais


próxima está na corda 5, duas casas a frente.

O exemplo 2 está partindo da segunda nota do exemplo 1 e a mais


próxima será na casa 5 corda 3, ainda pensando na nota C.
11

O exemplo 3 está partindo da segunda nota do exemplo 2 e a mais


próxima será na casa 1 corda 8, ainda pensando em encontrar a nota C por todo
o braço.

O exemplo 4 está partindo da segunda nota do exemplo 3. Aqui veremos


uma relação de igualdade entre as cordas. A corda 1 e a corda 8 ambas se
chamam corda E, com diferença de timbre entre grave e agudo.
12

O exemplo 5 está partindo da nota C da 6° corda do exemplo 4. A mais


próxima será na casa 10 corda 4, ainda pensando na nota C. Aqui encerramos
nossos exemplo de como encontrar a nota do nosso exemplo. As estruturas irão
se repetir com uma sonoridade mais aguda, mas é importante reproduzir.

2. DICA!

Assista às aulas online, em especial o capítulo 2 para recordar o princípio


da relatividade das casas, desenhos e estruturas na guitarra. O mesmo
pensamento deste capítulo pode ocorrer com outras notas naturais, sustenidas
e bemóis, mas dependendo da casa algumas estruturas vão iniciar um ciclo
rotativo. Entenda como se seu desenho da guitarra fosse sempre rotativo (indo
para o grave ou agudo), mas não somente como começo meio e fim.
13

3
ESTUDANDO COM O METRÔNOMO
14

1. TEMPO NA MÚSICA

As composições musicais nos permite conhecer sua própria funcionalidade


de tempo. Cada música vai conter um número de contagens que permitir dividir
a música em vários compassos. Cada compasso, inicialmente iremos fazer uma
contagem de 4 tempos e dentro de cada número da contagem as subdivisões
com e ou i e a. Exemplo:

1 2 3 4

(Marcação em cima do tempo)

1e2e3e4e

(Marcação no tempo forte e no tempo contra)

1iea2iea3iea4iea

(Marcação no tempo forte e 4 batida por 1 tempo)

2. MEDINDO COM O METRÔNOMO

O metrônomo é um aparelho que funciona para marcar o andamento da


música de forma cronológica, inspirado no relógio, ele mede com base no
minuto, em quantas batidas pode ser possível no minuto real7. É possível variar
esse Bpm (batidas por minuto) entre 40bpm e 300bpm, por exemplo. Quanto
maio o número mais veloz a música será reproduzida.

A função do metrônomo é marcar o Bpm da música com “click” de forma


continua e com espaçamentos regulares entre as batidas. Cada click ou batida
do metrônomo marca um número do tempo. Nossa função é imaginar como
executar no tempo, no contra ou nas subdivisões de quatro batidas por minuto.

Então, assim como os acordes vão ser representados por C D E F G A B


(exemplo), o tempo vai ser representado pelas figuras rítmicas. (Ver quadro das
figuras na página 8). Sempre que aparecer no exercício por partitura ou tablatura
e abaixo (ou acima) vir acompanhado da figura semínima, a nota ou acorde a
ser tocado vale exatamente 1 tempo tocado igual com o click do metrônomo.
Sempre que aparecer no exercício por partitura ou tablatura e abaixo (ou acima)
vir acompanhado da figura com duas colcheias, a nota ou acorde a ser tocado
vale exatamente o tempo forte e o tempo contra, executando duas notas por
igual em um só click do metrônomo.

7
O tempo real que vivemos e o tempo na música são duas contagens de tempo diferente, contudo o
BPM musical é pensando no minuto padrão da nossa vida real.
15

E, por fim, nosso ultimo exemplo: Sempre que aparecer no exercício por
partitura ou tablatura e abaixo (ou acima) vir acompanhado da figura de quatro
semicolcheias, a nota ou acorde a ser tocado vale exatamente quatro batidas
dentro de um click d metrônomo, dai usamos as sílabas como i e a para
internalizarmos81 tempo tocado igual com o click do metrônomo.

3. DICA!

Estude com o vídeo aula e veja o exemplo que mostrarei e a maneira simples
como trato metrônomo. Sem teorizar, o metrônomo serve como base de
contagem com as vogais e números da contagem apresentado acima. Você
pode adquirir o metrônomo em lojas por todo o país ou online, baixando o
programa para seu celular ou computador. Use em um volume adequado, sem
irritar, mas com volume perceptível e confortável. Veja abaixo os dois tipos de
metrônomo: 1 Digital e 2 Analógico.

8
Adquirir de forma singular, os aspectos humanos da música. Muitos compositores e cantores vão
determinar com o “eu sinto e está dentro de min e posso expressar por minha voz, por exemplo.”.
16

4
PALHETADA FIRE!
17

1. PALHETANDO EM CORDA ABERTA

Primeiro exemplo de palhetada é fundamental para entender como se


encaixar com a mão na ponte da sua guitarra e o distanciamento das cordas.
Para os exercícios desse capítulo iremos executar com a palhetada alternada.
Veja abaixo o primeiro exemplo palhetando com as cordas abertas (soltas, sem
tacar uma casa na mão esquerda):

Exemplo 1, com tempo todo em semínima. (um para cada click do


metrônomo):
18

2. PALHETANDO COM PADRÕES CORMÁTICOS – INICIANDO COM


DEDO 1.

Este primeiro nível, vamos fazer as 6 possibilidades possíveis com o dedo 1.


É fundamental saber que as notas estão com duração de um tempo e que o mais
importante é a sequencia de dedos digitados. (ver vídeo aula)

Sempre você irá percorrer o seguinte caminho:

Você irá tocar as casas do primeiro bloco, entre a casa 1 e 4 (de acordo
com o exercício), das cordas E (primeira) até E (sexta). As setas vermelhas na
imagem acima indicam isso. A seta laranja indica que o primeiro bloco você irá
digitar subindo. O segundo bloco dos quatro dedos, dentro do exercício, fica
entre as casas 5 e 8, das cordas E (sexta) até E (primeira). A seta laranja indica
que irá fazendo a digitação e descendo para corda abaixo. O terceiro bloco dos
quatros dedos, fica entre as casas 9 e 12, das cordas E (primeira) até E (sexta).
A seta laranja indica que irá fazendo a digitação e subindo para corda próxima
acima. É IMPORTANTÍSSIMO QUE VOCÊ ASSISTA À AULA ONLINE
CORRESPONDENTE DO MÓDULO DESSA PARTE.

• TABELA PARA AS POSSIBILIDADES DOS EXERCÍCIOS


CROMÁTICOS COMEÇANDO COM DEDO 19
POSSIBILIDADE 1 = 1 2 3 4
POSSIBILIDADE 2 = 1 2 4 3
POSSIBILIDADE 3 = 1 3 2 4
POSSIBILIDADE 4 = 1 3 4 2
POSSIBILIDADE 5 = 1 4 2 3
POSSIBILIDADE 6 = 1 4 3 2

9
Mostra as possibilidades com a ordem da digitação do dedo e não das casas. As casas irão percorrer o
caminho da imagem acima, nesta página.
19

5
FORMANDO A PRIMEIRA ESCALA MAIOR
20

1. ESCALA MAIOR

A escala maior é composta por um sequencia determinada de 7


notas (posteriormente podendo ser oitavadas para o grave ou agudo). Para se
formar a escala maior de um tom qualquer seja ele, devemos determinar os
intervalos necessários para sua formação. Na escala maior se da pela seguinte
sequencia:
T T 1/2T T T T 1/2T
1° 2° 3° 4° 5° 6° 7°

Exemplo da escala maior em tom de Dó:

1° 2° 3° 4° 5° 6° 7°
C D E F G A B
T T 1/2T T T T 1/2T

Traduzindo: Determina-se o primeiro grau, seja qual ele for. A partir do


primeiro grau encontraremos o segundo grau usando uma distância de um tom.
A partir do segundo grau encontramos o terceiro grau usando uma distância de
um tom. A partir do terceiro grau encontraremos o quarto grau usando uma
distância de meio tom. A partir do quarto grau encontramos o quinto grau usando
uma distância de um tom. A partir do quinto grau encontramos o sexto grau
usando uma distância de um tom. A partir do sexto grau encontramos o sétimo
grau usando uma distância de um tom. Oitavamos a escala quando partimos do
sétimo grau usando uma distância de meio tom.

Faça esse mesmo exemplo selecionando outras notas ao iniciar. Existe


escala maior para TODAS as notas naturais, sustenidas ou bemóis. Na internet
e outros vários meios de propagação do ensino teórico musical, muito comum
ver que não é utilizado B#, E#, Fb e Cb. Na verdade é bom entender que
teoricamente tem que existir, mas quando nos deparamos com a estrutura do
braço da guitarra, vemos que não é possível existir uma casa entre as notas B
C e E F. Quando deparamos na construção de uma escala que irá usar # ou b,
mas está na mesma posição de uma casa que costumeiramente já conhecemos
por outro nome, chama-se enarmônica.10

10
Ver também enarmonia
21

2. EXEMPLO DAS ESCALAS MAIORES NATURAIS POR TABELA

1 - T -> 2 - T -> 3 - ST -> 4 - T -> 5 - T -> 6 - T -> 7 ST ->


C D E F G A B
D E F# G A B C#
E F# G# A B C# D#
F G A# B C# D# E
G A B C D E F#
A B C# D E F# G#
B C# D# E F# G# A#

3. DICA!

Observe bem o texto escrito na apostila e as dicas no vídeo aula. Os


exemplos aqui exposto segue a mesma estrutura de formação da escala
diatônica. Veja que a relatividade na guitarra é bem evidente quando vemos
que o sexto grau da escala forma outra escala relativa. Pegando o exemplo
em C vemos que o sexto grau A forma a escala menor natural relativa. “Do
outro lado da moeda” existe uma escala com sonoridade diferente, mas usam
as mesmas notas de uma escala já existente. Por isso dizemos que o sexto
grau é o menor relativo da escala maior. De cara já aprendemos 2 escalas
que futuramente iremos expor e aplicar.
22

6
MAPEANDO AS NOTAS DA ESCALA MAIOR
NO BRAÇO DA GUITARRA
23

1. INTRODUÇÃO

No capítulo anterior vimos como planejar a formação da escala maior de


forma bem teórica. Agora, com instrumento em mãos, vamos colocar em prática
com o seguinte conceito.

Para determinar as casas, devemos ter uma base construída conhecendo


o mapa da página 6. Tomaremos a escala maior de C como exemplo: C D E F
G A B. Cada grau da escala irá formar um padrão com três casas da escala por
corda, começando a mapear da 6° corda.

2. DESENHOS DA DISTRIBUIÇÂO

Primeiro modelo
Tocaremos as seguintes casas que começa da primeira nota da escala
e segue sequencialmente em C D E F G A B, com três notas por
corda11.

Segundo modelo
Tocaremos as seguintes casas que começa da segunda nota da
escala e segue sequencialmente em D E F G A B C, com três notas
por corda.

11
O modelo está sendo apresentado na forma de tablatura que numera as casas. As notas tem duração
de 1 tempo só para exemplificar.
24

Terceiro modelo
Tocaremos as seguintes casas que começa da terceira nota da escala
e segue sequencialmente em E F G A B C D, com três notas por corda.
Esse modelo pode ser repetido começando da casa 12, 6° corda.

Quarto modelo
Tocaremos as seguintes casas que começa da quarta nota da escala
e segue sequencialmente em F G A B C D E, com três notas por corda.
Esse modelo pode ser repetido começando da casa 13, 6° corda.

Quinto modelo

Tocaremos as seguintes casas que começa da quinta nota da escala


e segue sequencialmente em G A B C D E F, com três notas por corda.
Esse modelo pode ser repetido começando da casa 15, 6° corda.

Sexto modelo
25

Tocaremos as seguintes casas que começa da sexta nota da escala e


segue sequencialmente em A B C D E F G, com três notas por corda.

Sétimo modelo

Tocaremos as seguintes casas que começa da sétima nota da escala


e segue sequencialmente em B C D E F G A, com três notas por corda.

3. DICA!

Tente construir com as outras tonalidades, pensando sempre em 3 notas


por corda, começando da 6° corda. Claro que as casas irão mudar de acordo
com as notas da escala correspondente. Execute uma nota por tempo para
memorizar bem.
26

7
DESENVOLVENDO POWER ACORDE
27

1. INTRODUÇÃO

Para começarmos a entender a formação de acordes, vamos começar de


forma bem simples. Por isso a primeira formação de acordes é bem básica,
unindo duas notas da escala e uma terceira oitavada. Esse tipo de acorde é
muito comum na guitarra e fácil de posicionar os dedos e não pode ser
determinado ainda como acorde maior ou menor. Bem simples de entender!
Acorde muito comum no Rock utilizando pedias de OD/DS (Pedais com drive)

Os acordes são formados pelas notas contidas nas escalas. Vou começar a
entender pela escala maior de C.

1 2 3 4 5 6 7

C D E F G A B

Cada grau da escala vai originar um Power acorde sempre que eu selecionar
a primeira nota, a quinta partindo da primeira e a oitava da primeira. A sua
nomenclatura na cifra é acompanhado do numero 5.

2. FORMÇÂO

Usando a escala de C, o primeiro acorde é Power acorde de C, unindo as


casas C G C(oitavado).

EX:

Nota C

Nota G

Nota C (Oitavada)

O modelo apresentado acima é somente o primeiro a ser apresentado


para Power acorde. Seguindo a lógica nossa teoria, teremos as seguintes
fôrmas:

A) Com a Tônica na sexta corda

A relação é: o dedo 1 na sexta corda, dedo 3 na corda abaixo,


Dedo 4 na casa abaixo do dedo 3. No caso do E5, pensa com
a corda 6 solta. O dedo 1 determina qual acorde quero
encontrar.
28

B) Com a Tônica na quinta corda

A relação é: o dedo 1 na quinta corda; dedo 3 na


Corda abaixo, uma casa afrente; Dedo 4 na casa abaixo do
dedo 3. No caso do A5, pensa com a corda 5 solta. O dedo 1
determina qual acorde quero encontrar.

C) Com a Tônica na quarta corda

A relação é: o dedo 1 na quarta corda; dedo 3 na Corda


abaixo, uma casa afrente; Dedo 4 na casa abaixo do dedo
3. No caso do D5, pensa com a corda 5 solta. O dedo 1
determina qual acorde quero encontrar.

3. DICA!

É fundamental conhecer todas as casas da guitarra para poder encontrar o


Power acorde desejado. Acompanhe as aulas online para poder conhecer mais.
29

8
PADRÃO RÍTMICO I
LINGUAGEM RÍTMICA
30

1. INTRODUÇÃO

Esse capítulo é fundamental para entender quanto tempo dura cada nota ou
acorde a ser tocado na sua vida musical. Assim como as notas são
representadas por letras em ordem alfabéticas, a duração de tempo também tem
sua representação.

2. FIGURA RÍTMICA

As figuras rítmicas seguem uma hierarquia de valores com o principio de


quem originou primeiro e seguindo uma sequencia de divisões. A semibreve é a
figura de maior duração e valor, seguindo da mínima, semínima, colcheia,
semicolcheia, fusa e semifusa. Inicialmente iremos trabalhar apenas até a classe
das semicolcheias:

De acordo com a hierarquia a primeira figura é Semibreve com valor


correspondente a 1. A semibreve se divide em duas partes como mínimas, com
valor de 1/2 cada e receberá o codinome 2. Cada mínima se divide gerando duas
semínimas, logo, 4 semínimas geram uma semibreve. As semínimas tem valor
de 1/4 cada e receberá o codinome 4. As colcheias são o grupo derivados das
semínimas. A colcheia é a metade de uma semínima ou 1/8 da semibreve, com
codinome de 8. A semicolcheia é o valor da metade da colcheia ou 1/16 da
semibreve, com codinome 16.

Essa hierarquia sempre irá assumir que é maior valor. Os codinomes são
representações necessárias na Fórmula de compasso. Cada música possui
sua própria fórmula de compasso, mas em geral 90% das músicas populares do
mundo inteiro usam a fórmula 4/4 (Quatro por Quatro).
31

3. FÓRMULA DE COMPASSO

A fórmula de compasso é uma numeração que é definida no início da partitura


ou podendo ser definida no início da música de forma bem comum quando antes
de começar a música contamos até quatro, por exemplo. Nessa contagem
costumamos dizer o andamento e a contagem por compasso na música.

Quando determinamos a fórmula do compasso, automaticamente da


determinamos quem vai ser a figura principal, mas sem desconsiderar a
hierarquia das figuras.

Vamos trabalhar nesse modulo a fórmula 4 por 4. Veja a tabela

A tabela acima mostra as figuras, seus valores e suas representações com


pausas (veremos nos capítulos seguintes).

4. DICA!

Estude sempre com metrônomo que ele ajudará a marcar o tempo principal.
Volte a assistir e ler o conteúdo do capítulo 3 se necessário. Ajudará bastante.
32

9
OUTRAS FÓRMULAS DE
COMPASSO: 12/8
33

1. INTRODUÇÃO

Para compreender a variação sobre a fórmula de compasso, é importante


saber alguns valores e significados. Toda Figura rítmica corresponde a um
número na formula de compasso. Termos como numeradores e denominadores
correspondem respectivamente a Quantos tempos estão presentes por
compasso e qual figura representa o tempo principal no Bpm.

2. CONCEITO

Veja a tabela dos nomes correspondentes as figuras rítmicas:


34

VIZUALIZANDO A FÓRMULA DO COMPASSO

Simples: O Numerador da fórmula de compasso afirma quantos tempos tem


cada parte da música e o denominador quem é o tempo principal. Em 12/8 (Doze
por oito) O tempo principal é colcheia, logo se estou estudando com metrônomo,
cada “click” será o valor de uma colcheia e as outras figuras que aparecerem na
música recebem valores específico contando que a colcheia seja 1, o principal.
35

10.
DESENVOLVENDO
ACORDES TRÍADES
36

1. INTRODUÇÃO:

Aqui trataremos um assunto muito importante na construção de uma


música: a acorde tríade. Esse acorde é bem mais complexo do que o acorde
power. Já podemos determinar aqui se é maior, menor, diminuto ou aumentado.
Uma música como “chão de giz” (Zé Ramalho) é composta por todos os acordes
da escala maior de G. Entenda a razão:

2. ACORDES TRÍADES

Assim como as escalas é um conjunto de casas, as notas vão se unir para


formar um acorde. O campo harmônico é a seleção de acordes específicos para
a tonalidade, partindo do principio da escala e formação de acordes.

• Formação de acordes
Vimos acima que a escala possui sete notas e para formar um
acorde é necessário unir o 1°, 3° e 5° grau da escala. Exemplo:

Escala: C D E F G A B

Desenho do acorde:

Casa dó

Casa mi

Casa dó

Usando as casas C E G além das cordas soltas G (3°) e E (1°).

Conseguimos montar primeiro acorde e assim por diante funcionará com


todos os graus da escala, determinando o grau que está como o primeiro e
quem seria o terceiro e o quinto depois dele:

D: D (1°) F (3°) A (5°)

E: E (1°) G (3°) B (5°)

F: F (1°) A (3°) C (5°)

G: G (1°) D (3°) B (5°)

A: A (1°) C (3°) E (5°)

B: B (1°) F (3°) E (5°)


Essa é a distribuição das tríades maiores. Não determinamos ainda se o
acorde é maior, menor ou meio diminuto. Para determinar se o acorde é maior,
a distância do 1° grau para o 3° deve ser de 2 tons, e do 3° grau para o 5° deve
ser uma distância de 1 tom e meio. Para determinar se o acorde é menor, a
distância do 1° grau para o 3° deve ser de 1 tom e meio, e do 3° grau para o 5°
deve ser uma distância de 2 tons. Para determinar se o acorde é meio
diminuto, a distância do 1° grau para o 3° deve ser de 2 tons, e do 3° grau para
o 5° deve ser uma distância de 1 tom e meio.

Veja como todos os acordes contêm as notas distribuídas em tríades de


acordo com a escala proposta de C, concluindo assim que o campo harmônico
de C seria: C Dm Em F G Am Bm7(5b).

• Fórmula geral para o campo harmônico maior


M m m M M m m7(5b).

Partindo da lógica da fórmula geral para o campo harmônico, após


entender o conceito de sua formação, poderá ser determinada qualquer
tonalidade sem que saia do resultado esperado. Um exemplo seria o Campo
harmônico de E maior. Qual seria? De acordo com a fórmula da escala e do
campo harmônico: E F#m G#m A B C#m Dm7(5b)
38

3. DICA!

O capítulo trata da formação simples sobre tétrades para começar a


entender a teoria da formação harmônica. Sobre campo harmônico, foi exposto
só o nível mais básico para que isso você absorva e desenvolva nos módulos
seguintes.
39

11
MEMORIZANDO
ACORDES TRÍADES
40

1. CONHECENDO OS ACORDES NA ESTRUTURA PADRÃO

Faz-se necessário conhecer 8 acordes maiores e menores fundamentais.


Estes acordes não são da formação na escala de dó ou qualquer outra escala
maior. São acordes comuns e sem pestanas, ideais para esse nível.

DICIONÁRIO DE ACORDES MAIORES – PARTE 1

“E” para o Mi maior. “G” para Sol maior. “A” para Lá maior. “C” para Dó
maior. “D” para ré maior. Esses são alguns acordes iniciais que usaremos para
acordes maiores e que consequentemente são os mais usados em grande parte
das músicas.

DICIONÁRIO DE ACORDES MENORES – PARTE 1

“Em” para o Mi menor. “Am” para Lá menor. “Dm” para ré menor. Esses
são alguns acordes iniciais que usaremos para acordes menores e que
consequentemente são os mais usados em grande parte das músicas.
41

2. PENSANDO EM PADRÕES SIMPLES I

De forma básica, os acordes “copiam” suas estruturas de montagem e


posições dos dedos de outros acordes com corda solta. No primeiro nível, vamos
utilizar os acordes E e A (para acordes maiores) e Em e Am para acordes
menores. Entenda: As formas iniciais e padrões de G D C, por exemplo. Não
ficará em desuso. As opções aqui apresentada é para aprender melhor como
encontrar acordes. Veja os acodes:

Todo acorde maior pode ser feito pensando com o baixo a sexta corda,
imitando a posição dos dedos do acorde de E. A questão é que quando se coloca
a pestana na casa desejada, formam-se os dedos como se estivesse fazendo o
E, mas terá outro nome dependendo em qual casa a pestana está. Se a pestana
estiver apertando todas as cordas, casa 6, veremos que a casa da sexta corda
será Bb, por exemplo. Após passar a pestana e colocar os dedos como “se
estivesse montando o acorde de E na frente, veremos que será o acorde de Bb
copiando a postura de E. Veja:

O mesmo pensamento se aplica ao acorde menor com baixo na sexta


corda, ao acorde maior e menor partindo com o baixo na quinta corda imitando
A e Am. Imitando A e Am, os acordes devem buscar a casa que deseja na quinta
corda, passar a pestana nessa casa que buscava e colocar a posição dos dedos
como se estivesse fazendo A e Am (qual desejar). É caso do F, B e Bm por
exemplo.
42

12
PALHETA FIRE !!
43

1. PALHETANDO COM PADRÕES CORMÁTICOS – INICIANDO COM


DEDO 2,3 E 4.

Este segundo nível, vamos fazer as seis possibilidades possíveis com o dedo
2, seis possibilidades com dedo 3e seis possibilidades com dedo 4. É
fundamental saber que as notas estão com duração de um tempo e que o mais
importante é a sequencia de dedos digitados. (ver vídeo aula)

Sempre você irá percorrer o seguinte caminho:

Você irá tocar as casas do primeiro bloco, entre a casa 1 e 4 (de acordo
com o exercício), das cordas E (primeira) até E (sexta). As setas vermelhas na
imagem acima indicam isso. A seta laranja indica que o primeiro bloco você irá
digitar subindo. O segundo bloco dos quatro dedos, dentro do exercício, fica
entre as casas 5 e 8, das cordas E (sexta) até E (primeira). A seta laranja indica
que irá fazendo a digitação e descendo para corda abaixo. O terceiro bloco dos
quatros dedos, fica entre as casas 9 e 12, das cordas E (primeira) até E (sexta).
A seta laranja indica que irá fazendo a digitação e subindo para corda próxima
acima. É IMPORTANTÍSSIMO QUE VOCÊ ASSISTA À AULA ONLINE
CORRESPONDENTE DO MÓDULO DESSA PARTE.

• TABELA PARA AS POSSIBILIDADES DOS EXERCÍCIOS


CROMÁTICOS COMEÇANDO COM DEDO 212
POSSIBILIDADE 1 = 2 1 3 4
POSSIBILIDADE 2 = 2 1 4 3
POSSIBILIDADE 3 = 2 3 1 4
POSSIBILIDADE 4 = 2 3 4 1
POSSIBILIDADE 5 = 2 4 1 3
POSSIBILIDADE 6 = 2 4 3 1

12
Mostra as possibilidades com a ordem da digitação do dedo e não das casas. As casas irão percorrer o
caminho da imagem acima, nesta página.
44

• TABELA PARA AS POSSIBILIDADES DOS EXERCÍCIOS


CROMÁTICOS COMEÇANDO COM DEDO 3.

POSSIBILIDADE 1 = 3 1 2 4
POSSIBILIDADE 2 = 3 1 4 2
POSSIBILIDADE 3 = 3 2 1 4
POSSIBILIDADE 4 = 3 2 4 1
POSSIBILIDADE 5 = 3 4 1 2
POSSIBILIDADE 6 = 3 4 2 1

• TABELA PARA AS POSSIBILIDADES DOS EXERCÍCIOS


CROMÁTICOS COMEÇANDO COM DEDO 4
POSSIBILIDADE 1 = 4 1 2 3
POSSIBILIDADE 2 = 4 1 3 2
POSSIBILIDADE 3 = 4 2 1 3
POSSIBILIDADE 4 = 4 2 3 1
POSSIBILIDADE 5 = 4 3 1 2
POSSIBILIDADE 6 = 4 3 2 1

2. DICA!

Sempre que fizer esse exercício comece com um andamento lendo e sempre
observe os dedos que apoiam na corda para produzir um ótimo som. Não deixe
que seus dedos saiam da corda de apoio.
45

13
NO MUNDO DO BLUES
Guitarra Base
46

1. INTRODUÇÃO

Blues de 12 compassos. Estrutura Básica.


Diversas das bandas e músicos como Clapton, Led Zeppelin, Hendrix, que
surgiram na metade do Séc.XX, receberam o blues como influencias para as suas canções,
bandas nas quais seus integrantes guitarristas se destacaram mundial mente por seu
desempenho e sonoridade.

Por mais que pareça muito simples ou repetitivo, a progressão padrão de 12


compassos do blues é de conhecimento obrigatório do guitarrista moderno. Essa é a base
para inúmeras canções que surgiram ao longo do séc. XIX.

Na sua forma mais básica, o blues tem apenas três acordes na composição, o I IV
e V graus da escala. Exemplo na escala maior de LÁ:

A B C# D E F# G# (Notas da escala maior)

A Bm C#m D E F#m G#m (Acordes da tonalidade maior)

Acordes que usaremos: A D E

Nas músicas ocidentais modernas (pop, rock, Blues) os acordes I IV


V são os mais usados.

2. PRIMEIRA DIVISÃO DE TEMPO

• Divisão do tempo: Inicialmente vamos fazer a contagem no tempo 4/4. Esse


tempo é padrão para maioria das músicas ocidentais. Nessa formula 4/4 cada
compasso tem que ter a conta de 4 tempos. Outros tempos serão explicados ao
longo dos exemplos. Veja a figura:

1 2 3 4
47

• Exemplo A
Nesse exemplo iremos fazer um acorde por compasso, apenas tocando o acorde
no primeiro tempo para entendermos a divisão.
48

De maneira geral, há dois tipos principais de rítmica usadas no blues: Ritmo


straight (ou reto) e o ritmo triplet (swing). O triplet é mais usual e pode ser ouvido em
músicas famosas no blues como Stormy Monday (T-Bone Walker), Blues Power (Albert
King), ou Five Long Years (Buddy Guy).

O blues em ritmo straight também é importante e é usado em muitas músicas, como as


incríveis Scuttle Buttin (Stevie Ray Vaughan), Messin' with the Kid (Buddy Guy)
e Crying at Daybreak (Howlin’ Wolf). Ele é mais comum em canções de pop e rock do
que naquilo que um tradicionalista pode considerar como sendo o verdadeiro blues.
Entretanto, o straight blues é uma forma mais fácil para iniciar, por isso nós vamos
começar a aprender a guitarra rítmica do blues tocando um blues de 12 compassos com
ritmo straight.
49

• EXEMPLO B
50

Esse exemplo usaremos base do blues straight com execução dos acordes no tempo 1 e 3.
51

3. O BLUES “TRIPLET”

Nessa parte chegamos ao ponto onde o blues ganha vida. A forma rítmica do
blues em modo “triplet” nos ajudará a manter mais da alma, da batida do blues.

Em contrapartida, o blues triplet tem um ritmo muito mais descontraído e


indolente nos tempos lentos, mas pode se tornar bem animado quando você o
acelera. Cada um dos quatro tempos do compasso é dividido em três subdivisões iguais,
gerando um total de doze colcheias (1/8) em cada compasso. Isso é o que a fórmula de
compasso no início do seguinte compasso da música significa: 12 colcheias em um
compasso. É uma convenção musical simples para agrupar as notas em três. Um
compasso 12/8 se parece assim:

Lembre-se que o que a de comum entre o 4/4 e o 12/8 é a contagem em quatro. O


Modo triplet serve para modificar a intenção das colcheias e deixa-las com mais “swing”.
A fórmula 12/8 calcula bem a divisão de três batidas em uma marcação. Se fosse
convertido uma composição em 12/8 para o 4/4 para terem a mesma intenção, as notas
estariam com a duração em quiálteras (3,5,6,7,9,12).

O exemplo a seguir por enquanto te ensina a tocar na primeira e terceira colcheia


de cada tempo. Esse é um dos mais importantes ritmos 'básicos' do blues.
52

EXEMPLO A
53
54
55
56

ACORDES MAIORES E MENORES

Revise esta parte novamente, mas dessa vez substitua cada acorde por seu
equivalente com '7': Por exemplo, em vez de tocar A maior, toque A7. Aqui estão os
formatos de acordes que você irá precisar:

*Obs: Mesma sequencia pode ser feita apenas trocando o acorde maior pelo menor
57

4. RIFFS DE GUITARRA BLUES

Embora seja essencial saber a forma de um blues de 12 compassos, nossa guitarra


rítmica ficará rapidamente estagnada se nós continuarmos tocando apenas acordes em
todos os compassos. É uma técnica usual criar riffs e linhas de baixo com cordas soltas
enquanto se conduz as mudanças de acordes, como mostrado no capítulo anterior. Vamos
explorar alguns exemplos 'clássicos' de riffs em cordas soltas na guitarra. Os próximos
exemplos são tocados em ritmo triplet. O exemplo 3a é um típico riff de blues que pode
ser usado toda vez que há um acorde de A maior (Acorde I) na progressão. Isso já foi
utilizado por todo guitarrista de blues em algum momento. Sua mão da palhetada fica
atacando continuamente a nota "A" do baixo na quinta corda com um desenho que varia
na quarta corda. Use o primeiro e o terceiro dedos da mão do braço para tocar para frente
e para trás as notas alternadas.

EXEMPLO A
58

Nesse exemplo, em vez de simplesmente repetir para frente e para trás o


movimento que fizemos anteriormente, use o seu dedinho esticado para tocar a quinta
casa na quarta corda no tempo 3.

EXEMPLO B

Novamente, esse riff pode ser usado sobre os acordes de A, D e E, simplesmente


movendo-o através dos grupos de cordas que você aprendeu anteriormente no capítulo.
Usando sempre a contagem 123 para alterar qual tempo deseja ser usado. Nesse a quarta
marcação.

EXEMPLO C
59

Nesse exemplo a única modificação que faremos é o ponto que marca a volta no
ciclo do blues. Nos dois últimos compassos da progressão de 12, iremos colocar os
acordes de A D A E durando meio compasso (6 tempos);

EXEMPLO D
60

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Todo o contúdo apresentado nas vídeo aulas e na apostila devem ser


unidos aos seus estudos a fim de que esenvolva passos iniciais para
trabalhar uma guitarra bem estruturada. Revise bem cada conteúdo e vídeo
adquirido. Uma percepção diferente do tema irá surgir toda vez que você
revisar o assunto. Alguns assuntos aqui não foram abordados, mas serão
trazidos ao estudo nos próximos módulos. O conteúdo apresentado por
Lucas Q’ueiroz é construtivo e pontual, podendo ser expandido e aplicado a
várias composições. Escolha uma música da sua preferencia e seja sempre
realista com seu nível. Cada esforço com calma e al seu tempo necessário.
Pratique na guitarra de forma tranquila e relaxada e os resultados fluirão.

Aguardo você no próximo módulo

LUCAS Q’UEIROZ

Você também pode gostar