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FONSECA
VOLUME 1
ª
8 EDIÇÃO REVISTA E AMPLIADA
ISBN 978-85-7047-119-2
Inclui índice
CDD 623.88
1ª edição: 1954
2ª edição: 1960
3ª edição: 1982
4ª edição: 1985
S ª edição: 1989
6ª edição: 2002
7ª edição: 2005
8ª edição: 2019
Comandante da Marinha
Almirante de Esquadra llques Barbosa Junior
Secretário-Geral da Marinha
Almirante de Esquadra Marcos Silva Rodrigues
i.
IMPRESSÃO E ACABAMENTO Laboratório de Ideias Comunicação Integrada
laboratorio@laboratoriodeideias.com
Tel.: +55 (21) 3022-6181
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LABORATÔRIO DE IDEIAS
Diretores: Eliezer Geraldo/ Sidivan Mendes
Um clássico desde sua publicação, em 1954, o livro Arte Naval,
volumes 1 e 2, chega à sua 8!! edição com o mesmo vigor em servir
como fonte inequívoca para o conhecimento e assimilação das tradições
navais - pronto para exercer nos marinheiros e marinheiras, de hoje e
de amanhã, o mesmo fascínio que tem arrebanhado gerações e gerações
de estudiosos há 65 anos.
Frente à premência tecnológica, fazia-se necessária a revisão e
atualização desta obra, sem, no entanto, deixar de seguir a premissa de
seu autor, o Vice-Almirante Maurílio Magalhães Fonseca, que, nos idos
de 1938, com outros tenentes servindo no Cruzador Bahia, iniciou esta
ímpar " enciclopédia" de marinharia: "(é) preciso guardar com carinho
essa linguagem do marinheiro, conservar nas menores fainas a tradição
de bordo, em tudo que ela tem de peculiar à nossa profissão( ...)"
Junto à detalhada reformulação dos capítulos e às ilustrações
inéditas, esta edição trouxe grandes novidades no que se refere à
classificação dos navios, bem como atualizações sobre suas estruturas
e técnicas empreendidas em manobras no mar. Cabe destacar também
o incremento de informações sobre o Sistema Marítimo Global de
Socorro e Segurança. Além disso, o livro ganhou novo design gráfico
visando a uma leitura mais atrativa e agradável, como meio de consulta
para nautas, estudiosos e interessados pelos assuntos marinheiros -
evidenciando, desde as capas de cada volume, seu compromisso em
discorrer da arte da construção do navio à arte da navegação.
Por oportuno, agradeço a colaboração fundamental do
Capitão de Mar e Guerra (Ref ) Francisco de Paula Morterá Rodrigues,
º
'
coefficient), coeficiente cilíndrico ou
CV)
coeficiente longitudinal; c. Coeficiente
da seção a meia-nau ou seção mestra C5M
(midship section coefficient); d. Coeficiente
e •
da área de flutuação Cw, (waterplane
coefficient); 2.67. Relações entre as
dimensões principais e outras relações
SEÇÃO A - CLASSIFICAÇÃO GERAL .............. 1 29
3.1. Classificação geral: a. Quanto ao fim a
que se destinam; b. Quanto ao material de
SEÇÃO 0 - DESLOCAMENTO E construção do casco; c. Quanto ao sistema
TONELAGEM ..............................................102 de propulsão
2.68. Deslocamento (displacement) (W) ou
(Lls); 2.69. Cálculo do deslocamento; 2.70. SEÇÃO B - NAVIOS DE GUERRA ................ 130
Fórmulas representativas do deslocamento: 3.2. Generalidades; 3.3. Porta-Aviões e
a. Sistema métrico; b. Sistema imperial; Navio-Aeródromo (NAe): a. Características
2.71. Deslocamento em plena carga (fu/1 gerais; b. Histórico; c. Tipos; 3.4. Porta
lood displacement); 2.72. Deslocamento -Helicópteros; 3.5. Submarinos (S):
normal (normal displacement); 2.73. a. Características; b. Classificação; c.
Deslocamento leve ou mínimo (lightweight Características físicas principais; d. Histórico;
displacement); 2.74. Deslocamento padrão 3.6. Cruzadores: a. Funções; b. T ipos;
(standard displacement); 2.75. Resumo c. Histórico; 3.7. Contratorpedeiros: a.
das condições típicas de deslocamento; Funções e características; b. Armamento;
2.76. Expoente de carga ou peso morto c. Histórico; 3.8. Fragatas: a. Funções e
(Gross deadweight, total deadweight, características; 3.9. Corvetas (CV); 3.10.
deadweight); 2.77. Porte útil, peso morto Navios e embarcações de desembarque: a.
líquido, ou carga paga (cargo deadweight Operações anfibias (aspectos doutrinários);
ou net deadweight); 2.78. Arqueação Bruta b. Tipos de embarcações de desembarque;
(AB) (gross tonnage - grt); 2.79. Convenção c. Características principais 3.10.1. Navio
Internacional para Medidas de Tonelagem de Desembarque e Assalto Anfíbio (NDAA);
de Navios (ICT M 1969); 2.80. Cálculo 3.10.2. Navio de Desembarque de Comando
da Arqueação: a. Volume dos espaços (NDC); 3.10.3. Navio de Desembarque de
fechados abaixo do convés; b. Volume Carros de Combate (NDCC); 3.10.4. Navio
de Desembarque e Doca (NDD); 3.10.5.
dos espaços fechados acima do convés
principal; 2.81. Relação entre o expoente
Navio de Desembarque, Transporte e Doca
(NDT D); 3.10.6. Navio Doca Multipropósito
de carga e a capacidade cúbica; 2.82. Trim e
(NDM); 3.10.7. Navio-Transporte de Tropa
banda; compassar e aprumar; 2.83. Lastro;
(NTrT) 3.10.8. Embarcação de Desembarque
lastrar; 2.84. Curvas hidrostáticas; 2.85.
de Carga Geral (EDCG); 3.10.9. Embarcação
Escala de deslocamento; 2.86. Toneladas
de Desembarque de Viaturas e Material
3.10.10.
por centímetro de imersão e toneladas
(EDVM); Embarcações de
por polegada de imersão: a. Toneladas
Desembarque de Viaturas e Pessoal (EDVP);
3.10.11. Embarcação de Desembarque
por centímetro; b. Toneladas por polegada;
2.87. Cálculo aproximado do deslocamento; Guincho Rebocador; 3.10.12. Carro de
2.88. Variação do calado médio devido a Combate Anfíbio (CCAnf); 3.10.13. Carro
uma modificação do peso sem alterar o Lagarta Anfibio (CLAnf); 3.10.14. Embarcação
trim; 2.89. Variação do calado ao passar o de Desembarque Pneumática; 3.10.15.
navio da água salgada para água doce e vice Hovercraft; 3.11. Navios Mineiros: 3.11.1.
-versa; 2.90. Variação de trim devido a uma Navios Mineiros ou lança-minas (NM);
modificação de peso: a. Variação produzida 3.11.2. Navios-Varredores ou caça-minas
no trim por se mover longitudinalmente (NV); 3.12. Caça-Submarinos (CS); 3.13.
um peso que já se encontra a bordo; Navio de Salvamento de Submarinos; 3.14.
b. Valor do momento que faz variar de Canhoneiras (Cn) e Monitores (M); 3.14.1.
um centímetro o trim em plena carga Canhoneiras; 3.14.2. Monitores; 3.15. Navios-
-Patrulha: 3.15.1. Navios-Patrulha Fluvial; SEÇÃO F - AEROBARCOS E VEÍCULOS SOBRE
3.15.2. Navios-Patrulha Costeira; 3.15.3. COLCHÃO DE AR ..........................................203
Navios-Patrulha Oceânico (NPO); 3.16.
3.31. Introdução; 3.32. O desenvolvimento;
Lancha de Combate ( LC) ou Lancha de Ataque
3.33. O aerobarco; 3.34. O veículo sobre
Rápido (LAR): a. Comprimento; b. Tripulação;
colchão de ar (VCA); 3.35. Perspectivas
e. Arma mento; 3.17. Encouraçados (E): a.
Funções; b. Armamento; c. Características
principais; d. Proteção; e. Histórico
SEÇÃO C - NAVIOS
HIDROCEANOGRÁFICOS ............................... 178
3.18. Navios hidroceanográficos
e',
e. Estanqueidade; d. Estabilidade; 5.15.2.
Qualidades náuticas: a. Resistência mínima
à propulsão; b. Mobilidade; e. Estabilidade
de plataforma; 5.16. Qualidades militares de
um navio de guerra: a. Capacidade ofensiva;
b. Capacidade defensiva; e. Raio de ação;
d. Autonomia; e. Velocidade; f. Tempo de
reação; 5.17. Projeto e construção; 5.18.
SEÇÃO A - PEÇAS DE CONSTRUÇÃO ..............295 Etapas de Projeto e produção de desenhos;
5.1. Materiais empregados na construção 5.18.1. Projeto Básico; 5.18.2. Projeto de
naval: a. Aço; b. Alumínio; e. Plástico Fabricação e Detalhamento; 5.19. Manual
de Carregamento (Loading Manuol); 5.20. b.Seção; e. Ligação; d. Abaulamento; e. Vaus
Desenhos fornecidos aos navios; 5.21. reforçados; 6.13. Pés-de-carneiro (pillars): a.
Últimos progressos na construção naval Fu nções; b. Disposição; e. Apoio; d. Direção;
e. Seção; f. Ligações; 6.14. Proa: arranjo e
construção: a. Generalidades; b. Forma; e.
SEÇÃO D - ESFORÇOS A QUE ESTÃO SUJEITOS OS Estrutura; 6.15. Popa: arranjo e construção:
NAVIOS ........................................................331 a. Generalidades; b. Forma; e. Tipos; d. Tipo e
5.22. Cargas a que os navios são submetidos; suporte do leme; e. Número de propulsores;
5.23. Resistência do casco; 5.24. O navio é f. Suporte dos propulsores; g. Popa de
uma viga; 5.25. Classificação dos esforços; cruzador; h. Estrutura; 6.16. Chapeamento do
5.25.1. Esforços longitudinais: a. Esforços casco (shell p/atíng): a. Funções; b. Material;
longitudinais devido às ondas do mar; b. e. Nomenclatura; d. Arranjo das fiadas;
Esforços longitudinais devido à distribuição e. Dimensões das chapas; f. Distribuição
desigual do peso; e. O navio está parcialmente de topos; g. Disposição do chapeamento
preso por encalhe; 5.25.2. Esforços AV e AR; h. Simetria do chapeamento; i.
transversais: a. Esforços transversais devido Chapas de reforço; 6.17.Chapeamento
às ondas do mar; b. Esforços transversais dos conveses (deck p/atíng): a. Funções;
por efeito de cargas no navio; 5.25.3. b. Estrutura; e. Espessura das chapas; d.
Esforços devido à vibração; 5.25.4. Esforços Numeração das chapas; e. Cargas e esforços;
devido à propulsão; 5.26. Esforços locais f. Considerações gerais; 6.18. Anteparas
(bulkheads): a. Funções; b. Classificação; e.
Estrutura; d. Prumos, travessas, escoas e
giga ntes verticais; e. Disposição e número
das anteparas estanques; f. Anteparas
longitudinais estanques; 6.19. Fundo
duplo (doub/e-bottom): a. Fu nções; b.
Teto do fundo duplo (inner bottom); e.
Estrutura; d. Extensão do fundo duplo;
6.20. Superestruturas (superstrutures): a.
Esforços a que estão sujeitas; b. Construção;
SEÇÃO A - SISTEMAS DE CONSTRUÇÃO ........345 e. Descontinuidade da estrutura; 6.21.
6.1. Generalidades: a. Monocasco (monohu/D; Bolinas (bilge keel): a. Função; b. Estrutura;
b. Catamarã (catamaran ou twin hui/); e. 6.22. Quilhas de docagem; 6.23. Borda
Trimarã (trimoron); 6.2. Sistema transversal; falsa, balaustrada e toldos: a. Borda--falsa
6.3. Sistema longitudinal; 6.4. Sistemas (bulwark); b. Balaustrada (rai/ing); e. Redes
mistos; 6.5. Estrutura dos navios: a. e cabos de vaivém; d. Escoamento das
Configuração típica; b. Fragatas e Corvetas; águas; 6.24. Revestimento dos conveses
e. Embarcações de Patru lha de média e alta com madeira: a. Qualidade da madeira e
velocidade; d. Submarinos generalidades; b. Arranjo; e. Calafeto; 6.25.
Outros revestimentos; 6.26. Jazentes em
geral (foundatíons): a. Funções; b. Arranjo;
SEÇÃO B - PEÇAS ESTRUTURAIS ..................351 6.27. Jazentes de máquinas: a. Jazentes de
6.6. Quilha: a. Barra quilha (bar keel); b. máquinas propulsoras e caixas redutoras;
Chapa quilha (kee/ p/ate); c. Quilha vertical b. Jazentes das máquinas auxiliares; 6.28.
(vertical keel); d. Quilha duto (duct keel); e. Reparos e jazentes de canhões: a. Reparos;
Quilha caixão (bax keel); 6.7. Longarinas e b. Jazentes; e. Tipos de jazentes; 6.29. Eixos
longitudinais: a. Funções; b. Espaçamento; propulsores e mancais (propeller shafts
e. Numeração; d. Continuidade; e. Direção; ond shaft bearings); 6.30. Tubo telescópio
f. Estanqueidade e acesso; 6.8. Sicordas; do eixo (Sterntube); 6.31. Pés-de-galinha
6.9. Trincanizes: a. Funções; b. Estrutura (shaft brackets); 6.32. Hélices (propellers): a.
do trincaniz; 6.10. Cavernas: a. Funções; b. Definições; b. Noções gerais; e. Construção; d.
Estrutura; e. Hastilhas; d. Espaçamento; e. Tubulão (propeller nozzle); e. Hélice cicloidal;
Numeração; f. Direção e forma; 6.11. Cavernas f. Hélice de passo controlável (control/ab/e
Gigantes; 6.12. Vaus (deck beams): a. Funções; pitch propeller); g. Propulsores azimutais;
6.33. Lemes (rudders): a. Nomenclatura; dos cabos; 7 .15. Carga de ruptura (R); 7.16.
b. Tipos; e. Área do leme; d. Limitação de Carga de trabalho; 7.17. Peso dos cabos;
tamanho; e. Montagem e desmontagem; 7.18. Rigidez dos cabos; 7.19. Comparação
f. Tubulão da Madre (Rudder trunk); g. dos cabos: a. Cabos diferentes apenas nas
Batentes (stoppers); h. Protetores de zinco bitolas; b. Cabos diferentes apenas no tipo
(zinc anodes); 6.34. Portas estanques de confecção; 7.20. Considerações práticas;
(watertight doors): a. Generalidades; b. 7.21. Características complementares
Tipos; e. Estrutura; d. Luzes indicadoras e dos cabos de fibra natural: a. Tolerâncias
indicadores sonoros; 6.35. Escotilhas: a. dimensionais; b. Acabamento; e. Embalagem
Tipos; b. Nomenclatura; e. Estrutura; 6.36. de fornecimento; d. Marcação/ identificação;
Portas de visita (manho/es); 6.37. Vigias (side e. Extremidades dos cabos; f. Tratamento e
scutt!es); 6.38. Passagens em chapeamentos preservação; g. Descrição; h. Certificados; i.
estanques: a. Generalidades; b. Peças Critérios de aceitabilidade; j. Defeitos a serem
estruturais; c. Acessos; d. Tubulaçoes; e. considerados nos cabos de fibras naturais
Cabos elétricos; f. Ventilação; g. Suportes;
6.39. Estabilizadores (stabilizers)
SEÇÃO C- CABOS OE FIBRAS SINTÉTICAS ....464
7.22. Generalidades; 7.23. Matéria-prima
dos cabos de fibra sintética: a. Náilon; b.
Polipropileno; c. Polietileno; d. Poliéster;
e. Kevlar; f. Twaron e Dyneema; 7.24.
Métodos de construção dos cabos de fibras
sintéticas: a. Cabo torcido de três pernas; b.
Cabo trançado de oito pernas; 7.25. Fusível
de espias; 7.26. Como selecionar um cabo
visando a seu emprego; 7.27. Principais
SEÇÃO A- CLASSIFICAÇÃO GERAL................437
utilizações dos cabos de fibra a bordo;
7.1. Classificação: a. Cabos de fibra; b. Cabos 7.28. Recomendações para conferência
de aço e armazenamento; 7.29. Procedimentos
para inspeção: a. Desgaste; b. Perda de
resitência; c. Puimento; d. Estiramento; e.
SEÇÃO B - CABOS OE FIBRAS NATURAIS ....437
Corte; f. Dobramento; g. Contaminação;
7.2. Matéria-prima dos cabos de fibra
7.30. Características complementares
natural: a. Manilha; b. Sisai; c. Linho
dos cabos de fibra sintética: a. Tolerâncias
cânhamo; d. Linho cultivado; e. Coco; f. Juta;
dimensionais; b. Acabamento; e. Embalagem
g. Algodão; h. Linho da Nova Zelândia; i. Pita;
de fornecimento; d. Extremidades dos cabos;
j. Piaçava; 7.3. Construção dos cabos de fibra
e. Descrição; f. Marcação/identificação; g.
natural; 7.3.1. Manufatura: a. Curtimento;
Certificados; h. Critérios de aceitabilidade; i.
b. Trituração; c. Tasquinha; 7.3.2. Detalhes
Defeitos a serem considerados nos cabos de
de construção; 7.4. Efeitos mecânicos da
fibras sintéticas
torção; 7.5. Elasticidade dos cabos; 7.6.
Efeitos da umidade; 7.7. Comparação entre
os cabos de três e de quatro pernas; 7.8. SEÇÃO O- CABOS OE AÇO ............................478
Comparação entre os cabos calabroteados e 7.31. Definições; a. Arames ou fios; b.
os cabos de massa; 7.9. Medidas dos cabos Perna; c. Cabo de aço; d. Cabo de aço
de fibra natural; 7.10. Cabos finos: a. Linha polido; e. Cabo de aço galvanizado; f. Cabo
alcatroada; b. Mialhar; c. Merlim; d. Fio de aço galvanizado retrefilado; g. Alma; h.
de vela: e. Fio de palomba; f. Sondareza; g. Construção; i. Composição dos cabos; j.
Filaça; h. Linha de algodão; i. Fio de algodão; Torção à direita; 1. Torção à esquerda; m.
j. Fio de linho cru; 1. Arrebém; 7.11. Como Torção regular (cocha comum); n. Torção
desfazer uma aducha de cabos novos; Lang (cocha Lang); o. Cabo pré-formado; p.
7.12. Como desbolinar um cabo; 7.13. Passo do cabo; q. Cabo não rotativo; r. Carga;
Como colher um cabo: a. Colher um cabo s. Carga de ruptura mínima efetiva; t. Carga
à manobra; b. Colher um cabo à inglesa; e. de trabalho; 7.32. Considerações gerais;
Colher em cobres; 7.14. Uso e conservação 7.33. Matéria-prima; 7.34. Construção
00
•'•
dos ca bos de aço; 7.34.1. Man ufatura;
7.34.2. Detalhes de construção; 7.35.
Galvanização; 7.36. Med ição d os cabos d e
aço; 7.37. Lubrificação; 7.38. Pré-fo rmação
de cabos; 7.39. Emendas em cabos de aço;
7.40. Como desbolinar um ca bo de aço;
7.41. Como enrolar co rreta mente o cabo
SEÇÃO A - VOLTAS ....................................... 535
em um tambo r ou bobina; 7.42. Ca rga d e
ru ptu ra efetiva e carga de trabalho; 7.43. 8.1. Definições; 8.2. Resistência dos nós,
Deformação longitudinal d os ca bos de voltas e costuras; 8.3. Voltas; 8.4. Meia-volta;
8.5. Volta de fiador; 8.6. Cote; 8.7. Volta
aço; 7.43.1. Deformação estrutu ral; 7.43.2.
de fiel singela; 8.8. Volta de fiel dobrada;
Defo rmação elástica; 7.44. Cuidados com
8.9. Volta singela e cotes e Volta redonda e
os cabos fixos; 7.45. Uso e conservação
cotes; 8.10. Volta da ribei ra; 8.11. Volta da
d os cabos de labo ra r e espias de aço;
ribeira e cote; 8.12. Volta singela mordida,
7.46. Inspeção e substitu i ção dos cabos
em gatos; 8.13. Volta redonda mordida, em
de aço em u so; 7.46.1. Inspeção; 7.46.2.
gatos; 8.14. Boca de lobo singela; 8.15. Boca
Substituição dos cabos; 7.47. Vantagens
de lobo dobrada; 8.16. Volta de fateixa; 8.17.
e desvantagens d os cabos de aço; 7.48.
Volta de tortor; 8.18. Volta redonda mordida
D iâmetro das roldanas (polias) e velocidade
e cote; 8.19. Volta de encapeladura singela;
de movimento; 7.49. D iâmetro do goivado
8.20. Volta de encapeladura dobrada; 8.21.
das roldanas; 7.50. Desgaste dos cabos d e
Volta de encapeladu ra em cruz; 8.22. Voltas
labora r; 7.51. Ângulo dos cabos de labo ra r;
trincafiadas; 8.23. Volta falida
7.52. Principais ti pos de cabos de aço
usados a bordo; 7.52.1. Características de
alguns cabos de aço; 7.53. Ca racterísticas SEÇÃO B - NÓS DADOS COM O CHICOTE OU COM
complementares: a. Tolerâncias di mensionais; O SEID DE UM CABO SOBRE SI MESMO ......... 545
b. Embalagem; e. M arcação/identificação;
8.24. Lais de guia; 8.25. Balso singelo; 8.26.
d. Descrição; e. Certificados; f. Critérios
Balso de calafate; 8.27. Balso dobrado; 8.28.
de aceitabilidade; g. Defeitos a serem
Balso pelo seio; 8.29. Balso a mericano; 8.30.
considerados nos cabos de aço
Balso de correr ou lais de guia de correr;
8.31. Corrente; 8.32. Cata u de reboq ue; 8.33.
SEÇÃO E - CONSIDERAÇÕES FINAIS .............. 5 1 3 Catau de bandeira; 8.34. Nó de azelha; 8.35.
7.54. Como escolher o cabo ideal; 7.55. Nó de pescador; 8.36. Nó de moringa
Recomendações quanto ao manuseio
de cabos e espias; 7.56. Precauções de
segurança ao laborar com cabos e espias;
SEÇÃO C - NÓS DADOS PARA EMENDAR DOIS
7.57. Termos náuticos referentes aos cabos CABOS PELOS CHICOTES .............................. 551
e sua manobra: aguentar sob volta; alar; alar 8.37. Nó di reito; 8.38. Nó torto; 8.39. Nó de
de leva-arriba; alar de lupada; alar de mão em escota singelo; 8.40. Nó de escota dobrado;
mão; aliviar um cabo, um aparelho; amarrar 8.41. Nó de escota de rosa; 8.42. Nó de
a fica r; amarrilhos; arriar um cabo; arriar correr; 8.43. Nó de fio de carreta; 8.44. Nó
um cabo sob volta; beijar; boça; brandear; de frade; 8.45. Aboçaduras
coçado; cocas; col her o brando; col her
um cabo; cosedu ras; dar salto; desabitar a
amarra; desaboçar; desbolinar um cabo;
SEÇÃO D - TRABALHOS FEITOS NOS CHICOTES
descochar; desencapelar; desgurnir; aosCABOS ................................................. 555
desengastar; dobrar a amarração; encapelar; 8.46. Falcaça; 8.47. Pinhas; 8.48. Pinha
encapeladuras; engasgar; enrascar; espia; singela; 8.49. Pinha singela de cordões
fiéis; furar uma volta, u m nó; gurn ir; largar dobrados; 8.50. Nó de porco; 8.51. Nó de
por mão um cabo; michelos; morder u m porco, de cordões dobrados; 8.52. Falcaça
cabo, u m a talha; peias; recorrer; ronda r; francesa; 8.53. Pinha dobrada; 8.54. Pinha
safar cabos; soca i ro; solecar; tesar; tocar uma de col hedor singela; 8.55. Pinha de col hedor
talha, u m aparelho; trefilar; virador dobrada; 8.56. Pinha de boça; 8.57. Pinha de
rosa singela; 8.58. Pinha de rosa dobrada; portuguesa, de cinco cordões; 8.110. Gaxeta
8.59. Pinha fixa; 8.60. Pinha de cesta; 8.61. quadrada ou de quatro faces; 8.111. Gaxeta
Pinha de lambaz; 8.62. Pinha cruzada ou em coberta, de nove cordões; 8.112. Gaxeta
cruz; 8.63. Pinha de abacaxi francesa, de sete cordões; 8.113. Gaxeta
simples, de três cordões dobrados; 8.114.
Gaxeta de meia-cana, de oito cordões; 8.115.
SEÇÃO E - TRABALHOS PARA AMARRAR DOIS Gaxeta laminada; 8.116. Gaxeta cilíndrica;
CABOS OU DOIS OBJETOS QUAISQUER ....... 564 8.117. Pinha de anel; 8.118. Pinha de anel,
8.64. Botões; 8.65. Botão redondo; 8.66. de três cordões; 8.119. Pinha de anel, de
Botão redondo esganado; 8.67. Botão quatro cordões; 8.120. Pinha de anel fixa
redondo coberto e esganado; 8.68. Botão a um cabo; 8.121. Coxins; 8.122. Coxim
falido; 8.69. Portuguesa; 8.70. Botão francês; 8.123. Coxim espanhol; 8.124.
cruzado; 8.71. Alça de botão redondo; 8.72. Coxim russo; 8.125. Coxim de tear; 8.126.
Badernas; 8.73. Barbela; 8.74. Peito de Coxim português; 8.127. Coxim turco; 8.128.
morte; 8.75. Arreatadura; 8.77. Cosedura Rabicho; 8.129. Rabicho de rabo de raposa;
8.130. Rabicho de rabo de cavalo; 8.131.
Defensas: a. Generalidades; b. Confecção
SEÇÃO F - TRABALHOS DIVERSOS ................ 569 das defensas comuns; c. Embotijo; d.
8.77. Engaiar, percintar, trincafiar, forrar, Tipos de defensas comuns; e. Outros tipos
encapar ou emangueirar um cabo: a. Engaiar; de defensas; 8.132. Pranchas: a. Para
b. Percintar; e. Trincafiar; d. Forrar; e. Encapar mastreação ou guindola; b. Para o costado;
ou emangueirar; 8.78. Costuras em cabos de 8.133. Escadas de quebra-peito; 8.134.
fibra; a. Definição e tipos; b. Vantagens das Lança improvisada: a. Descrição e emprego;
costuras; e. Ferramentas necessárias; 8.79. b. Equipamento necessário; e. Modo de
Modo de fazer uma costura redonda; 8.80. aparelhar a lança; d. Cuidados durante a
Modo de fazer uma costura de mão; 8.81. manobra; 8.135. Cabrilha: a. Descrição e
Modo de fazer uma costura de laborar; 8.82. emprego; b. Equipamento necessário; e.
Costura em cabo trançado de oito cordões; Modo de aparelhar a cabrilha; d. Cuidados
8.83. Costura em cabo naval de dupla trança; durante a manobra; 8.136. Cabrilha em tripé;
8.83.1. Confecção; 8.84. Garrunchos: a. 8.137. Amarrar uma verga a um mastro ou
Definição; b. Modo de construção; 8.85. duas vigas que se cruzam; 8.138. Regular
Auste; 8.86. Costura de boca de lobo; 8.87. a tensão de um cabo sem macaco; 8.139.
Alça trincafiada; 8.88. Alça para corrente; Dar volta a uma espia num cabeço; 8.140.
8.89. Unhão singelo; 8.90. Embotijo; 8.91. Dar volta à beça de uma embarcação num
Embotijo de canal, de dois cordões; 8.92. cabeço ou objeto semelhante; 8.141. Dar
Embotijo de canal, de três ou mais cordões; volta a uma espia em dois cabeços; 8.142.
8.93.Embotijo de canal, de cordões duplos; Aboçar ou trapear um cabo; 8.143. Trapa de
8.94. Embotijo em leque; 8.95. Embotijo duas pernadas; 8.144. Dar volta a um cabo
de canal, de três cordões em cada lado; num cunho; 8.145. Dar volta a um cabo
8.96. Embotijo de cotes, para dentro; 8.97. numa malagueta; 8.146. Dar volta a um cabo
Embotijo de cotes, para fora; 8.98. Embotijo pendurando a aducha dele; 8.147. Gurnir
de defensa; 8.99. Embotijo de nós de porco; um cabo num cabrestante; 8.148. Badernas;
8.100. Embotijo de cotes, em um cordão; 8.149. Amarração dos enfrechates; 8.150.
8.101. Embotijo de meias-voltas; 8.102. Redes: a. Rede de abandono ou salvamento;
Embotijo de rabo de cavalo; 8.103. Embotijo b. Rede de desembarque; c. Rede de
de rabo de raposa ou embotijo de agulha; balaustrada; d. Rede de carga; 8.151. Dar
8.104. Embotijo de quatro cordões, em cotes volta aos fiéis de toldo; 8.152. Amarração de
alternados; 8.105. Gaxeta; 8.106. Gaxeta alças a mastros, vergas etc.; 8.153. Fixar um
simples, de três cordões; 8.107. Gaxeta cunho de madeira ou qualquer outra peça a
simples, gaxeta plana ou gaxeta inglesa, um estai; 8.154. Tesar bem as peias; 8.155.
de mais de três cordões: a. Número ímpar Lonas; 8.156. Pontos de coser: a. Ponto de
de cordões; b. Número par de cordões; costura ou ponto de bainha; b. Ponto de
8.108. Gaxeta de rabo de cavalo ou gaxeta livro; c. Ponto de bigorrilha; d. Ponto de
redonda de quatro cordões; 8.109. Gaxeta peneira; e. Ponto esganado; f. Ponto cruzado;
g. Ponto de palomba; h. Ponto de cadeia; i. /09 Poleame, aparelhos
Ponto de sapateiro ou ponto de fenda; j. de laborar e acessórios
Ponto de espinha de peixe; 1. Espelho; 8.157. /10 Aparelho de fundear
Utensílios do marinheiro: a. Espicha; b. e suspender
Passador; e. Vazador; d. Macete de bater; e.
/11 Aparelho de governo,
Macete de forrar; f. Palheta de forrar; g. Faca;
h. Gatos; i. Agulha; j. Repuxo; 1. Torquês; m.
mastreação e
aparelhos de carga
Remanchador
/12 Manobra do navio
/13 Transporte de carga
SEÇÃO G - ESTROPOS ..................................644
/14 Convenções, leis e
8.158. Definição, emprego, tipos: a. Definição
regulamentos
e emprego; b. Tipos; 8.159. Estropo de
cabo de aço; 8.160. Estropo de cabo de /15 Embarcações de
fibra; 8.161. Estropos de corrente; 8.162. plástico reforçados com
fibra de vidro
Estropo de anel; 8.163. Estropo trincafiado;
8.164. Ângulo dos estropos; 8.165. Modos /16 Sobrevivência no mar
de passar um estropo num cabo ou num /17 O Sistema Marítimo
mastro; 8.166. Cortar um estropo; 8.167. Global de Controle e
Estropos para tonéis Segurança
Apêndices
Índice Geral
' ' ;::'<\/'� j•
�.... ,� l\
,
1
NOMENCLATURA DO NAVIO
SEÇÃO A - DO NAVIO
FORRO EX1ERIOR
RODA DE PROA
z
o
rn
s:
z
n
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e
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o
o
z
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6
CANTONEIRA DE CONTORNO
DA ANTEPARA DE COLISÃO
FORRO EXTERIOR
VAUS SECOS
N
w
Fig. 1-1: Proa
VAUS DA 1 ' COBERTA
CAMBOTAS BORBOLETA
ALHETAS VAUS DO CONVÉS
GRINALDA
DO TRINCANIZ
-'
z
�
UJ
f
cc
<(
CADASTE INTERIOR
SUPORTE DO TUBO
TELESCÓPICO DO EIXO DO EIXO
CAVERNAS ALTAS
SUPORTE DO TUBO DO EIXO
s:t
N
Fig. 1-2: Popa
NOMENCLATU RA DO NAV I O 25
01 - PROA 08 - B O M B O R D O 14 - P O NTAL
02 - P O PA 09 - CALADO AV 15 - OBRAS MO RTAS
03 - CASTELO 10 - L I N HA-D'ÁGUA 16 - ALH ETA
04 - BOCHECHA 11 - O B R AS VIVAS 17 - CALADO AR
05 - PLANO DIAM ETRAL 12 - B O R DA-LIVRE 18 - T O M B A D I L H O
06 - B O R ESTE 13 - C O M P R I M E NTO 19 - BOCA
07 - CONVÉS
1.12. Obras mortas (fig. 1-3): Parte do casco que fica acima do
plano de flutuação em plena carga e que está sempre emersa.
CANTONEIRA 00
TRINCANIZ 00 CONV!,S
BALAÚSTRE
CINTA; FlAOA OE
CHAPAS DA CINTA
z
o
$
m
z
n
r
e
;;o
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o
o
z
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<
BUEIROS 00 BOJO
o
LONGARINAS DO BOJO
N
....,
Fig. 1-4a: Vista interior
PRUMO TRINCANIZ-CHAPA-TRINCANIZ
CANTONEIRA 00 TRINCANIZ
DO CONVÉS \ TANQUE DE VERÃO
BOROA
CINTA
ANTEPARA LATERAL
NO TANQUE OE VERÃO
FIADA EXTERIOR
l:::::::dttº l�I _
OE CHAPAS
-SAIA
....J
ANTEPARA ESTANQUE AO
ÕLEO FIADA INTERIOR
z OE CHAPAS
UJ
f -CAMISA
a:;
<{
LONGARINAS
CHAPA DE RESBOROO
C()
JEI 1. 1 1 1 1 ffil. 1 1 wJ
mlm 1 1 TTEfiffiJ
-1 o 1 2 ;s 4 & a 1 a a to 11 12 tJ 14 Ui 1e 11 1a 10 20
_1 o , 2 l 4 5 e, 7 e a 10 11 12 13 14 ,s ie 11 ,a 10 20
BALANÇO CONVÉS
DE POPA
�
QUILHA
CALCANH
POSIÇÃO DO CALCANHAR NO NAVIO
QUILHA
CONVÉS DO
T\JUPÁ CONVÉS DO
PASSADIÇO
CONVÉS
SUPERIOR
CASTELO TOMBAOIU·IO
CONVÉS
POÇO AV POÇO AR
' í
CASA DO LEME
RECESSO DO
TúNEL
TONEL DO
EIXO
GURUPÉS
TÁBUAS DA CINTA
RODA DE PROA
CONTRARRODA
FALSA QUILHA
QUILHA
TRINCANIZ
19 - CHAPEAMENTO DO CONVÉS
20 - BRAÇOLA DA ESCOTI LHA
Caverna de
coberta
Coberta
Caverna
Principal
TRl-.'CANIZ, CHAPA-TRINCANIZ
VAU DO �
CHAPA EXTERIOR DO TRINCADO; CHAPA IITTER!OR DO
SAIA TRINCAOO;CAMISA
DA BORDA FALSA
CANTONEIRA EXTERNA DO TRINCANIZ
FORRO DE MADEIRA
DO CONVÉS
VAU DE CONVÉS
PÉ-DE-CARNEIRO
FORRO INTERIOR
DO FUNDO
HASTILHA
QUILHA VERTICAL
--- QUILHA
CHAPA DO RESBORDO
?::-º
Convés principal
º
2' Convés Convés d a superestrutura
.,?.':- �"
� G 3' Convés
Convés superior Roda de proa
Coo,!, do ,,,tolo
G o·
o· ri; Convés parcial
,
To que de
3' Coberta
collsao AV
PORÃO
l!JJf\
í___ CL_��'
!___, PASSADICO
COHVÉS PRINCIPAL
reforçada por fi bra de vidro, constituída pelo fundo e pelo teto do fundo
du plo, colocado sobre a pa rte interna das cavernas.
O fundo duplo é subdividido em comparti mentos estanques que
podem ser uti lizados para ta nques de lastro, de água potável ou de óleo
combustível.
U m fundo d u plo que não ocupa todo o comprimento do fundo da
carena chama-se fundo duplo parcial.
ESCOTILHA
DA ANTEPARA LONGITUDINAL
CANA 00 LEME
CABRESTANTE
AMARRA
TU8Ul.ÃO
00 LEME
CAOASTE
ANTEPARA
OLHO DE BOI
CIRCULAR RETANGULAR
Abito
Buzina do
roda
Amarra
Torne! Paiol do
amarra
CHAPA DE
REFORÇO
ABERTURA
1.99. Tubo telescópico do eixo (stern tube} (fig. 1-29): Tubo por
onde o eixo do hélice (eixo propu lsor) atravessa o casco do navio; nele
são colocados os selos de vedação e ma ncais.
56 ARTE N AVAL
--½'rui 1 1 1 1 1
�
EIXO DO HÉLICE ruoo
1.100. Tubulão do leme (rudder trunk) (fig. 1-21): Tubo por onde
a madre do leme atravessa o casco do navio; também acomoda os selos
de vedação e mancais do arranjo do leme.
CABO DE VAIVÉM
MANGUAL GAIO----".,,,,__
CABO DE
CACHIMBO CABEÇO
PATAR
ANDORINHO
por fora do casco. A escada tem duas pequenas plataformas nos seus
extremos, as quais são chamadas patim superior e patim inferior.
CHAPA ESTRIADA
ANTEPARA
\
CASTANHA CASTANHA
CUNHO
(rffi
'°"'\ t,11.::L�
:::?:J:v
ROOITES
::::!:========E==:::J JAZENTE
:::E·==-====�
FUNIXÇÃO
. -6- · -&- ,
- �.,.------.... ,"a .
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! { íl íl \ 1
o \ u u, o
MACACO
OLHAL
MADEIRA
PEDESTAL 5
( CHAPA
M
CONVÉS PRINCIPAL
HASTE DE MANOBRA
,mos , ru,ee�ru oo
CABRESTANTE
JAZENTE /
. 2" CONVÉS
ROOA DO LEME
SUPORTE
VERGA
BORLA DO MASTRO
PAU DO JEQUE
PAU DA BANDEIRA
BRANDAL (BB)
A DR IÇA DE SINAIS
AR IA
A D RIÇA DE SINAIS _Jl///f�7--::�
, ��Jt:Ri!D:i
u c---- LUZ DE N AVEGA�O DO MASTRO
<BR ANC A)
HOLOFOTE
SINO
PL A TAFORMA
DE SINAIS
1.176. Cabo de vaivém (pass rape/ life fine) (fig.1-33): Cabo que
se passa acima de uma verga, ou no convés, para o pessoal segurar-se
nele durante as manobras ou em alto-mar.
PNNEL
CORDA DO SINO
{É O ÚNICO CABO QUE SE CHAMA CORDA)
TUBO DE BRONZE {COM BWOES
NAS EXTREMIDADES; LEVEMENTE
INCLINADO PARA FACILITAR A
DRENAGEM)
) \
CALADO
MOUlAIXJ
UNKA BASE
•. N>>A '.,,'.
BOCA �OLDAOA
1�
O DIM)CTRAL
l.
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C[-.i'<'.)
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SEÇÃO A - DEFINIÇÕES
PLANO DE FLUTUAÇAO
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FLUTUAÇÃO LEVE
CARENA
UNHA DE
_ _J_
CENTRO A SUPERFICIE MOLDADA
1
COINCIDE COM A FACE INTERNA
DO CHAPEAMENTO
ALTURA 00
FUNDO
t:
UNHA DE BASE
(A) CHAP .
MEIA· BOCA
ENTO A TOPO �1
_ _J_ALTURA DO
FUNDO
Bolina
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS:
Comprimento total: 210 m
Comprimento entre perpendiculares: 198 m
Boca moldada: 34 m
Pontal moldado ao lado: 17,30 m
Calado de verão: 10,70 m
NOTAS GERAIS:
Espaçamento das linhas-d'água: 2,000 m
Espaçamento das linhas do alto: 2.000 m
Raio do bojo: 1.600 m
Espaçamento da caverna: 700 m r
G EO M ET R I A DO NAV I O 79
e
1(
li ·
---------------------, ----------j
CL fl•/1l�fRCl'{,.1'<l.
l�FRCllflt�
2.16. Linha reta do vau (fig. 2-6): Linha que une as interseções da
face superior do vau com as faces exteriores da caverna correspondente.
ADELGAÇAMENTO
FLECHA 1
1 BOROA
LIVRE
LI N
_ _ �_:_
D_'AGUA . _ . .l . _ . _ LA
CALADO
MOLDADO
L
SUPERFICIE MOLDADA MOLDADO
ALTURA 00
FUNDO
LINHA BASE
linha-d'água.
Nos navios de superfície, o centro da carena está quase sempre
abaixo do centro de gravidade do navio, pois há pesos que estão
colocados acima da linha de flutuação, mas nenhuma parte do volume
imerso poderá estar acima desta linha.
A determinação da posição do centro de carena é de grande
importância para a distribuição dos pesos a bordo, uma vez que em
equilíbrio, o CG do navio deve estar na vertical do CC e a uma distância
para cima não muito grande; sem esses requisitos o navio não ficaria
aprumado, nem teria o necessário equilíbrio estável.
circunda, exata mente como o foi o casco e como qualquer outra porção
da massa líquida; as componentes horizontais das pressões equilibram-se
e as componentes verticais sustentam o peso em cada ponto.
Portanto, a força resultante das pressões da água, isto é, o
empuxo, opõe-se ao peso do vol ume l íquido deslocado num caso, e no
outro a o peso d o navio; o em puxo é apl icado no centro da carena.
Fica assim demonstrado o princípio que citamos acima e, ainda
mais, que o peso do navio é igual ao peso da água por ele deslocada.
SUPERFÍCIE D A ÁGUA
ÁGUA DESLOCADA
cima ou para baixo. Esta força é dada pelos propu lsores e pelos lemes
horizontais no caso do submarino, ou pelo a poio no fundo do mar, em
a lguns casos.
2.28. Borda-livre (free boarcl) (BL} (fig. 2-6): É a distâ ncia vertical
da superfície da água a um convés que na fase de projeto é definido
como sendo o convés da borda-livre, medida a meia-na u .
N o s navios mercantes, a borda-livre m ín i ma é marcada no costado
para determinar a reserva de flutuabilidade necessá ria. A expressão
borda-livre, sem outra qualificação, em navio merca nte, refere-se à
borda-livre mínima, isto é, à medida a meia-nau e a partir da flutuação
em plena ca rga, ta l como é definida no art. 14.2.
Os navios de guerra e embarcações rápidas de material leve (por
exemplo a l um ínio e plástico reforçado por fi bra de vidro) têm sempre
G E O MET RIA DO NAV I O 87
M'
TOSAMENTO NA PROA
TOSAMENTO DA POPA CONVÉS NO LADO
--r--==>c--------- � +--------------,r---:1;=
� ---- BORDA-LIVRE
2.40. Planos de referência (fig. 2-5): São os três pla nos ortogonais
em que são projetadas as linhas de interceptação da superfície do
casco por uma série de pla nos paralelos a u m deles; são os seguintes os
pla nos d e referência d o d esenho de l i nhas:
a. Plano da base moldada: Plano horizontal tangente à pa rte
inferior da superfície moldada. É a origem para todas as distâncias
verticais, que se chamam a lturas.
b. Plano diametral: Plano vertical longitudinal de si metria do
casco. É a origem para todas as distâ ncias transversais horizontais
que se chamam afastamentos, ou meias-largu ras, ou ainda meias
-ordenadas; divide o navio em dois bordos, boreste e bombordo.
e. Plano de meia-nau: Plano vertical transversal a meio
com primento do navio.
----------------A
I �
_
1)
1------ COMPRIMENTO ENTRE PERPENDICULARES -------<
PP-AR PP-AV
COMPRIMENTO NO CONVtS
PONTAL DO
CONVl!S
___J
CALAOO
MOLDAOO CALAOO
s s �� .90m
marcas com escalas numéricas para a
56 �===="' 5 .60
m
leitura dos calados.
Em geral, as escalas não são
,,
' 1
, 1
I '
•,,,
Fig. 2-18: Determinação do
coeficiente longitudinal
V
Cp = A.L
102 ARTE NAVAL
CsM = B.
A
C
d. Coeficiente da área de flutuação CwL (waterplane coefficient)
{fig. 2-17): É a relação entre a área de flutuação e a do retângulo que a
circunscreve:
CwL =
Àp
L.B
Este coeficiente refere-se sempre à linha-d'água d e projeto, a
menos que se diga o contrário.
b. Sistema imperial:
{A +
[ 1, 25 · ( AB + 1 0.000 ) . ( Nl + O l N2 )] }
lQOOO
1
Sendo:
N 1 = número de passageiros em camarote de até 8 beliches; e
N 2 = número de demais passageiros não incluídos em Nl.
A = ao maior valor entre 0,25.(AB) ou K2 • V e (4H/3P)2, onde Ve é
o volume total dos espaços de carga, H é o calado moldado e P o pontal
moldado e K2 = (0,02 . log V) + 0,2.
Para os navios com a seguinte relação:
0.18 [B + J\1/2] 2
0, -,10 ::;; ::;; 0, 85
B.P
Sendo B, a boca máxima em metros; e M o perímetro da seção
mestra, limitado pela interseção da face superior do convés de forro
110 ARTE NAVAL
trim pela proa, quando estiver inclinado para vante. Estará a popado,
derrabado, ou terá trim pela popa, quando estiver inclinado para ré.
Trim é ta mbém a medida da inclinação, isto é, a diferença entre
os calados AV e AR; é expresso em metros ou em pés, dependendo da
medida empregada no ca lado do navio.
Banda ou adernamento é a incli nação para um dos bordos; o navio
pode estar adernado, ou ter banda para boreste ou para bombordo; a
banda é medida em graus.
Com passar ou fazer o compasso de u m navio é tirar o trim, isto é,
trazê-lo à posição de flutuação direita quando estiver inclinado no sentido
longitud inal. Quando um navio não tem trim, diz-se que está compassado,
ou que está em quilha paralela, ou em águas parelhas.
Aprumar, ou trazer a prumo u m navio, é tirar a banda, isto é, trazê-lo à
posição de flutuação direita quando estiver inclinado no sentido transversal.
Quando um navio não tem banda, diz-se que está aprumado.
Quando u m navio não tem banda nem trim, diz-se que está em
flutuação direita.
Quando um navio tem trim, é preferível que esteja a popado; um
navio abicado é mais propenso a embarcar água pela proa, prejudica a
eficiência de fu ncionamento dos propulsores, e também é mais difícil de
governar.
o, r
•
ESCALA EM PÉS · CALADO MÉDIO
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Lt os j
1
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1
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E
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ái
"'
ü:
00
• CURVA 16
Esta curva mostra a forma da seção do navio no plano diametral
e as posições relativas das balizas no projeto e das cavernas, que são
partes estruturais do casco.
� t3
�
200 400 llOO 1000 1200 1400 UIOO 111llll
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111
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TONS TONS
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(/) - f{l � �
o a.
1W
(L CALADO EM PLENA CARGA 2100 15 1 41 0 5
14
14 1 1 80
:::i! 1810 6
w 1 650 ' 13 960
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UJ 1 250. 11 560
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925 9 235
w 11
o a
4
-ª
2
00
.-i
.-i
vV = V.d
Sendo:
V, o volume da carena, em metros cúbicos;
L, o comprimento entre perpendiculares, em metros;
B, a boca extrema máxima, em metros;
C, o calado médio, em metros; e
C8, o coeficiente do bloco.
Temos:
Cn = - (art.2. 66) ⇒ V = CB .L.B.C
L. B. C
Assim:
W = V l , 026 ⇒ W = Cn . L.B .C. l , 026
W . 0.· 016
Aumento de calado = .
toneladas por centnnetro
Solução:
1.260 . o.· 016
Aumento de calado = = 5 cm
4
O calado do navio passará a ser 3,85 m.
Se a densidade na água doce fosse diferente da suposta acima
(1,010 é o valor médio), o cálculo poderia ser feito pelo mesmo
124 A RT E NAVAL
Vanaçcw de trirn = p
. _ . .l L
1,v · Glvf'
onde:
p = peso movido, em toneladas;
1 = d istâ ncia longitudina l, em metros;
L = comprimento entre perpendiculares, em metros;
W = deslocamento, em toneladas;
GM' = a ltura metacêntrica longitudinal (ver fig. 2-10), em metros.
G E O METRIA DO NAV I O 125
Solução:
Calado AV = 5, 26 + O, 04 =
de calado AR de 4 cm:
Calado AR = 5, 84 - O, 04 =
5, 30m
5, 80m
l p.l L
100 W ' GM'
O produto p.l representa o momento que faz variar de 1
centímetro o trim; seu valor é:
_ .!!_ 6.000 150_
p. l - 100 · 100 . 120 - 75
\ E I XO M ANCAL D E
RA
Jj_q �
(i
j.
B L INDAGEM 8 O L Ó G I C A
-- ;,;;CUE ·DE · - ·_7
_;_.,,___ _v
:_:o P.::.
:,; º''-�-�-----,--
P R E S S U R I Z AÇCO
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VA P O R
J,
R E A TOR 1 \
!, lco,on
�-1--
B O M BA DE
Í
A O M 8A DE t�L M E N TAÇÂO
C RCULAÇÂO 1 BOMBA
�--�-_,,1 ',
1 L " C I RCUITO 5
C I R C U I TO PRIMARIQ
, 1 A,OVECEOORES DA _
AGUA DE A L I M E N TAÇ,IC
,
1
CLASSIFICAÇÃO DOS NAVIOS
(2) pequenos NAe: Neste grupo estão o ita liano Giuseppe Garibaldi
e o tailandês Chakri Narubet, que operam com aviões VSTOL (vertical and
short take off and landing - decolagem vertical ou de corrida curta) da
136 ARTE NAVAL
onde possa localizar seu objetivo e rea lizar sua missão. Isso porque a
a utonomia desse tipo de propu lsão é red uzida (duas a três semanas),
sendo ideal poupá-la para uti lização quando houver maior probabilidade
de ser detectado.
(Convencional)
Submarino 5-Br
3.6. Cruzadores:
a. Funções: Os cruzadores são navios de ta manho méd io,
grande velocid ade, proteção de casco moderada, grande ra io de ação,
excelente mobilidade e arma mento de médio calibre rá pido. M ísseis
de longo a lcance são as pri nci pais a rmas de um cruzador moderno,
capacita ndo o n avio a prover defesa a ntiaérea e a nti navio para u m
grupo de bata lha n ucleado em u m NAe, a lém da possibilidade de
lançamento d e mísseis de cruzei ro com fi nalidades estratégicas e
táticas.
Possuem ainda grande capacidade A/S (sonares, helicópteros
orgânicos, torpedos, foguetes etc.) e diversos equipamentos de guerra
eletrônica, propriedades essas que os tornam navios empregados nas
mais d iferentes tarefas.
Os cruzadores podem enfrentar qualq uer outro navio em
condições favoráveis. Suas principais tarefas são:
(1) proteção de um grupo de bata lha n ucleado em um NAe;
(2) coberturas de FT e apoio a operações a nfíbias;
(3) guerra de corso contra a navegação merca nte;
(4) ataque contra a lvos estratégicos; e
(5) escolta de comboios.
b. Tipos: Os cruzadores construídos até a Segunda G uerra
M u ndial era m classificados em cruzadores pesados e cruzadores
l igeiros. É lógico adm itir que os cruzadores pesados eram maiores e
mais poderosos, mas a base desta classificação não era o ta man ho,
e sim o armamento, sendo considerados cruzadores pesados os que
tinham ca nhões de mais de 6 polegadas em sua bateria principal
e cruzadores ligeiros aque les cujos can hões eram menores. Havia
a i nda os cruzadores d e bata lha, navios q ue, em comparação com os
encouraçados, tin h a m can hões de mesmo ca li bre, mas e m menor
número, possuíam maior velocidade e menor couraça.
Os cruzadores pesados (CP) possuíam uma bateria principal
de oito a dez canhões de 8 polegadas, dispostos em torres duplas
encou raçadas, ou nove canhões em torres tríplices. Sua bateria
secu ndária era constituída de oito a doze canhões de 5 polegadas
e a bateria a ntiaérea por um grande nú mero de armas a utomáticas
para tiro a curta distância. Possuíam proteção de couraça e a lguns CP
levavam hidroaviões ou helicópteros.
CLASS I F I CAÇÃO DOS NAV I OS 147
3.7. Contratorpedeiros:
a. Funções e características: Além de serem navios bastante
versáteis, os contratorpedeiros são ta m bém os mais numerosos navios
de guerra do mundo. São navios de grande velocidade, podendo
desenvolver até mais de 30 nós, possuem gra nde mobi l idade, pequena
autonomia, ta manho moderado e pequena proteção estrutural. Seu
armamento principal consta de mísseis de curto e longo a lcance,
torpedos, ca n hões e helicópteros.
Os contratorpedeiros executam todos os tipos de tarefas. São
empregados pri ncipal mente e m:
150 ARTE NAVAL
3.8. Fragatas:
a. Funções e características: I ntimamente ligadas aos contrator
pedeiros estão as fragatas. Cum prindo os mesmos tipos de tarefas e
com ca racterísticas semelha ntes, estes navios se confundem. Pode-se
d izer, no entanto que, em geral, as fragatas têm menor deslocamento,
menor velocidade e menor q ua ntidade de armamento que os
contratorpedeiros, mas isso está longe de ser uma regra geral e varia de
M a rinha para Marinha. Podem atuar em qualq uer ambiente da guerra
naval, sendo principal mente empregadas e m :
(1) ataques contra navios de superfície;
CLASS I F I CAÇÃO D O S NAVIOS 153
.,;
varia ndo em tamanho desde ba lsas de borracha até navios com mais de
5.000 toneladas.
b. Tipos de embarcações de desembarque: As operações a nfíbias
utilizam variados tipos de navios na composição da Força N aval, porém
dentre os navios ou em barcações que podem ser classificados como
a nfíbios destacam-se os seguintes ti pos:
(1) navios de desembarque - Navios de a lto-mar que transportam
e desem ba rcam tropas, carga e viaturas desde o local de emba rque até a
costa hostil do objetivo. O desembarque pode ser realizado navegando,
fundeado nas proximidades da praia ou mesmo abicados à costa;
(2) embarcações de desembarque - Quase sempre são
transportadas nos navios de desem ba rque, de onde são lançadas ao
mar, nas proxim idades das praias onde podem abicar; e
(3) viaturas anfíbias - Podem ser transportadas nos navios ou
nas em barcações de desembarque; são os ún icos meios com batentes
rea l mente a nfíbios, pois se lançam ao mar j u nto à praia e podem
prosseguir operando em terra (com exceção dos hovercrafts modernos
que, a pesa r de serem embarcações de desem barque, tam bém
prosseguem operando em terra).
c. Características principais: De modo geral, qualquer que seja o
tipo, os navios de desem ba rque ( N D) e em ba rcações de desem ba rque
( E D) têm características que os distinguem dos demais meios das Forças
Navais, quais sejam:
(1) pequeno calado - Nos navios, para possibilitar maior
a proximação das praias; e nos navios que a bicam, fundo chato (para não
aderna rem) e hélices acima da quilha (para não tocarem o fu ndo);
(2) âncoras na popa - Principa lmente nos navios e embarcações
maiores que abicam, a fi m de a uxiliar na manutenção de posição du ra nte
a a bicagem e na manobra de retração da praia;
(3) lemes voltados para vante ou lemes de flanco - Somente nas
embarcações que a bica m; servem para a uxiliar a manobra bi lidade na
retração e manutenção da posição quando a bicadas; e
(4) gra nde capacidade de real ização de operações aéreas -
Visando a possi bilitar o emprego conjunto do desem barque utilizando o
movi mento navio-terra (M NT), por mar, e o movimento hel itransportado
(M HT), pelo ar.
As em ba rcações a nfíbias, devido às red uzidas dimensões e fu ndo
chato, são normalmente bastante sujeitas à ação das vagas e de difícil
manobra bilidade. Caracterizam-se por possuir armamento defensivo de
a rmas a utomáticas a ntiaéreas.
CLASS I F I CAÇÃO DOS N AVIOS 159
3.11. Navios-Mineiros:
MANCAL D E ESCORA
BLINDAGEM BIOLÓGICA
TANQUE DE 7 Vapor
1
PRESSURIZAÇÃO ,---,•.-+------'---r---i>-----.---,-
T URBO-GERADOR
TURBINAS DE
PROPULSÃO
R E ATOR
CON DENSADOR
B O M BA DE
CIRCULAÇÃO
1
CIRCUITO S EC U N DÁRIO
AQUECEDORES DA
C I R C U I TO PRIMÁRIO ÁGUA DE ALIMENTAÇÃO
' · -- · -- · -- · -· .
Fig. 3-44: Visão artística de u m navio-doca (NDD) da Marinha norte-americana operando com
duas embarcações sobre colchão de ar (EDCA). Os NDD podem transportar de duas a quatro
EDCA, dependendo da classe, e podem desembarcá-las a mais de 20 milhas da costa. As EDCA
vencem essa distância em cerca d e meia hora e podem avançar sobre a terra fi rme. Cada
EDCA norte-americana pode transportar 250 fuzileiros navais equipados, ou u m tanque e
uma viatura blindada leve, ou cinco viaturas leves, entre outros carregamentos possíveis.
Fig. 3-45: Durante as décadas de 1960 e 1970, cerca de 300 aerobarcos da Classe Raketa,
primeira a utilizar hidrofólíos com estabilização natural por proximidade da superfície, foram
empregados com grande sucesso como meio de transporte nos rios, lagos e canais da Rússia.
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EMBARCAÇÕES MIÚDAS
SEÇÃO A - EMBARCAÇÕES
4.1. Generalidades: Pelo nome de embarcações miúdas
designa m-se todas aquelas construídas para serem transportadas a
bordo d os navios e usadas para salvamento ou em diferentes serviços.
Os ti pos de construção das embarcações miúdas dependem do
fi m a que elas se destinam a bordo, mas suas características principais,
especi a l me nte as dimensões e o peso, são condicionadas também à
facilidade de sua a rrumação no convés e às m a no bras de içar e a rriar.
O n ú mero de embarcações miúdas depende da c lasse do navio.
Nos n avios merca ntes, a Convenção Internacional para a Sa lvaguarda da
Vida H u m a n a no Mar {SOLAS/74) e suas emendas exigem u m n ú mero
suficiente de embarcações de sobrevivência e salvamento para todos
os passageiros e tripulação. E ntretanto, nos navios d e guerra, a função
principa l das e m barcações miúdas não é o sa lva mento do pessoa l, mas
o serviço d o n avio. Além disto, em tempo de guerra, as e m ba rcações
usualmente pertencentes ao equipamento do n avio era m deixadas em
terra, porque os espaços que ocu pavam a bord o era m necessários à
util ização dos a rmamentos e também porque podem constituir perigo
de incêndio ou se desfazerem em estilhaços sobre o pesso a l .
218 ARTE NAVAL
BOMBA MANUAL
DE ESGOTO
UNHA
SALVA-VlDAS OLHAL
BANCO
TRANSVERSAL VERDUGO
(a) não partir pela força necessá ria para puxar a boça do casu l o
d a balsa sa lva-vidas;
(b) ter resistência suficiente para permitir q ue a balsa i nfle
quando a p l icável; e
(c) partir q ua ndo submetido a u m a tensão de 2,2 ± 0, 1 k N.
3 ) Se for uti l izado u m d ispositivo hidrostático a utomático d e
escape, ele d everá :
(a) ser fa bricado com materiais a dequados e resistentes à
corrosão de modo a reduzir ao m ínimo o risco de a presentar defeitos.
Não deverá ser aceita a galvanização ou outras formas de revesti mento
metá lico nas peças da u n idade de liberação hidrostática;
(b) l iberar a utomaticamente a balsa sa lva-vidas a uma
profu ndidade não superior a 4m;
(c) ser dotado de meios d e d renagem que i m peçam o acúmulo d e
água n a câmara hidrostática, quando a u nidade estiver n a sua posição
normal;
(d) ser fa bricado de modo a i mpedir a l i beração quando for
atingido por ondas;
(e) ser marcado de maneira indelével na sua parte externa, d e
m o d o a indicar o s e u tipo e n ú m ero d e série;
(f) ser m a rcado d e maneira indelével, n a u n idade ou em uma
placa d e identificação fi rmemente presa a e la, d e m a neira a indicar a
data de fabricação, o tipo e n ú mero de série e i nforma ndo se a u n idade
é adequada à capacidade para mais d e 25 pessoas;
(g) ser concebido de modo que cada peça l igad a ao sistema d e
boça t e n h a u m a resistência não i nferior à prescrita para a boça; e
( h) se for descartável, deverá ser ma rcado de u m a forma qu e
ind iq ue a data d e expiração d a sua va lidade.
com conforto e com uma a ltura suficiente para que não interfiram com o
funcionamento de qualquer equipamento da balsa salva-vidas.
4) Pelo menos uma entrada deverá ser dotada de u m a rampa de
embarque rígida, para permitir que as pessoas que estiverem n o mar
possam emba rcar n a balsa salva-vidas. N o caso de uma balsa salva-vidas
la nçada por meio de turcos, q u e ten h a mais de u m a e ntrada, a rampa
d e embarq ue d everá ser i nsta l a d a n a e ntrada oposta aos cabos de
ama rração a o n avio e às i nstalações de e m ba rque.
5 ) A menos q u e a balsa salva-vidas possa operar com seguran ça
flutuando com q u a lquer lado para cima, sua resistência e esta bilidade
deverão ser tais q u e ela seja capaz de desembarcar por si só, o u ser
rapidamente d esembarcada em mar agitado, o u e m águas tra nq ui las,
por u m a só pessoa.
6 ) As balsas sa lva-vidas rígidas deverão ser m a rcadas de modo
a indicar:
(a ) o nome e o porto de registro do n avio a qu e pertencem;
(b) o nome d o fabrica nte, o u a m a rca comercial;
(c) o n ú mero de série;
(d) o nome da a utoridade que as a provou;
(e) o n úmero de pessoas que podem acomodar. Essa i ndicação
deve ficar acima de cada entrada e ser feita em caracteres com u ma
a ltu ra n ã o i nferior a 100 m m, de u ma cor q u e contraste com a da balsa
sa lva-vidas;
(f) SOLAS;
(g) o tipo de pacote de e mergência q u e contém;
( h ) o comprimento d a boça;
(i) altura máxima de estivagem permitida acima da linha-d'água; e
(j) as instruções para l a nçamento.
7) Quando l ançada por meio de turcos deverá, quando
suspensas pelo seu gato o u estropo de içamento, su portar u m a carga
correspondente a q u atro vezes a massa de toda a sua lotação de
pessoas e toda a sua dotação de equipamentos.
,,
Assento superior
(se colocado}
_ ........ .....
)
..
A superfide 1
! : ''-y::�:.�r.:�::.::/ _/1 }
assento se estende �
100 mm de ambos
os lados da linha base 1
do semldrculo e ocupa :
toda parte hachurada 1
I 1 1
da figura. ) .,__As bordas do assento J /
� 100 : 100 : não devem ultrapassar /
\ /mínimo de
em cada assento, com u ma cor que contraste com a dos cintos dos
assentos imediatamente adjacentes, projetados para manter no lugar
uma pessoa cuja massa seja de 100 kg, durante uma q ueda livre, bem
como q uando a embarcação salva-vidas estiver emborcada.
( b) A estabilidade da embarcação salva-vidas deverá ser tal que
a embarcação retorne à posição de repouso quando estiver carregada
com a sua lotação total ou parcial de pessoas e com a sua dotação
total ou parcial de equipamentos, com todas as entradas e aberturas
fechadas de modo a torná-la estanque à água e com as pessoas presas
por cintos de segurança.
(c) A embarcação salva-vidas deverá ser capaz de suportar toda a
sua lotação de pessoas e toda a sua dotação de equipamentos quando
estiver avariada como descrito em 4.10.2.1 a) 1) e a sua estabilidade
deverá ser tal q ue, caso emborque, assuma automaticamente uma
posição q ue proporcione aos seus ocupantes u ma possibilidade de
escape por uma via situada acima da água. Quando a embarcação
salva-vidas estiver numa condição estável, mas alagada, o nível da água
no seu interior, medido ao longo do encosto dos assentos, não deverá
ultrapassar 500 mm acima da chapa do assento de q ualquer ocupante.
(d) O projeto de todas as tubulações de descarga de gases do
motor, dutos de ar e outras aberturas, deverá ser tal que a água seja
retirada do motor quando a embarcação salva-vidas emborcar e
endireitar.
3) Prop ulsão
(a) O motor e a transmissão deverão ser controlados da
posição do timoneiro.
(b) O motor e a sua instalação deverão ser capazes de funcionar
em qualq uer posição de emborcamento, e continuar funcionando após
a embarcação voltar à sua posição de endireitamento, ou deverão parar
automaticamente q uando a embarcação emborcar e permitir que seja
dada a partida facilmente quando ela voltar à sua posição adriçada. Os
sistemas de combustível e de lubrificante deverão impedir a perda de
óleo combustível e de mais de 250 mi de óleo lubrificante do motor,
durante o emborcamento.
(c) Os motores resfriados a ar deverão ter um sistema de dutos
para aspirar o ar de resfriamento do lado de fora da embarcação salva
-vidas e descarregá-lo para o mesmo lugar. Deverá haver abafadores
E M BARCAÇÕES M I Ú DAS 2S1
da a ltura aprovada, com u m com passo de até 10º, para vante ou para
ré e u ma banda de até 20° para qualquer bordo, quando plenamente
equi pada e carregada com :
• Tod a a su a lotação de pessoas;
• Um n ú mero de ocu pantes q ue faça com que o ce ntro d e
gravidade fiqu e o m a i s pa ra va nte possíve l;
• U m n ú mero de ocupantes q ue fa ça com que o centro d e
gravidade fiqu e o m a i s para r é possível; e
• Apenas a sua tripu lação.
(b) Nos navios petroleiros, n avios-ta nques tra nsportadores
de produtos q u ímicos e tra nsportadores de gás, com u m ângu l o de
banda fin a l su perior a 20°, calcu lado d e acordo com a Convenção
I nterna c ional pa ra a Prevençã o da Polu ição por N avios, 1973, como
modificada pelo Protocol o de 1978 referente à aque l a Convenção e
pelas recomendações da I M O, como for aplicáve l, u m a e m ba rcação
salva-vidas deverá ser capaz de ser lançada por queda l ivre, esta n do o
navi o com esse â ngu l o de banda final e com a l i n h a de flutuação fi nal
como a o btida na quele cálcu lo.
c) A a ltura d e Queda Livre prescrita n u nca d eve rá u ltrapassa r a
Altura de Queda Livre a prova d a .
4) Construção
Tod a e m ba rcação salva-vidas d e q ueda l ivre d everá ter u m a
resistência suficiente para su porta r, qua n d o carregad a com toda a
su a l otação de pessoas e toda a sua d otação de equ ipamentos, u m
lançamento por q ueda l ivre de u m a a ltura de pelo menos 1,3 vezes a
Altura de Queda Livre Aprovada.
5) Proteção contra acelerações prejud iciais
Cada embarcação salva-vidas de queda l ivre deverá ser construída
de modo a assegu ra r q ue seja capaz de proporcionar proteção contra
acelerações prejudiciais causadas por ter sido l a nçada da a ltura para
a qua l deverá ser aprovada, em águas tra n quilas, com u m a condição
desfavorável de compasso d e até 10°, para va nte ou para ré, e de
banda de até 20° para qualquer bordo, q uando tota l mente equ ipada e
carregada com:
(a) toda a sua lotação de pessoas;
(b) u m n ú m ero de ocu pantes q ue faça com q ue o centro d e
gravidade fique o m a i s para va nte possível;
254 ARTE NAVAL
(�____,
Fig. 4-11: Aparelho flutuante
braçadeira
bancada
falca
falca
verdugo
pé-de-carneiro
finca-pé
que os homens pisem nas tábuas do forro e nas cavernas, refo rçando
ainda a construção.
Costado - É o fo rro exterior d a e m ba rcação; é formado por
tá buas de lgadas, cavi l h a das n a roda de proa, cavernas e cadaste ou
n o painel de popa.
Falca (figs. 4-14, 4-15 e 4-16) - É a primeira tábua superior
d o costado; é fixada a o a lcatrate e serve para fo rmar a borda da
embarcação.
Tabica (fig. 4-17) - Sarrafo que se coloca por cima dos a lcatrates
ou da falca, de proa e popa, rematan d o a bord a da emba rcaçã o .
Tábuas da boca (fig. 4-17) - São as primeiras tábuas d o costado,
logo abaixo da fa lca, também denominadas tábuas da cinta.
Cocões (fig. 4-18) - Peças pequenas d e madeira, p regadas
vertical mente nos a l catrates que servem d e refo rço às abertura s nas
falcas, podendo aguentar as c h u maceiras.
Painéis - São fo rros i nternos, com moldura, que se colocam
e ntre os dormentes e os a lcatrates para e m belezamento.
Chumaceiras (fig. 4.18) - Chapas de m eta l e m forma de U que
cobre m as aberturas das fa lcas; prendem-se aos cocões e servem de
apoio aos remos.
Toleteiras (fig. 4-18) - Peças de madeira ou metal, enta lhadas
e pregadas sobre as tabicas das bordas o u sobre os alcatrates, nas
e m ba rcações guarne cidas com remos e fo rquetas; têm u m fu ro n o
centro, onde recebem a s hastes das fo rquetas, o u toletes.
Bueiros - Furos abertos nas tábuas do resbordo, j u nto à
quil ha, servindo para o esgoto das águas quando se iça o u enca lh a
a embarcação; são ta mponados c o m bujões d e rosca, o u válvu las
a utomáticas.
Verdugos (fig. 1-32) - Peças d e madeira ou d e metal, fixas
exteriormente ao costado, no sentid o longitudinal e logo abaixo das
falcas, servi n do de proteção a o costado.
Paineiro - É o espaço que fica n a popa, ten d o bancadas ao
redor, e o n d e se sentam os passageiros. Geralmente, o assoa lho do
paineiro é formado d e seções de tábuas o u xadrez, ch a m adas quartéis.
Travessão - Peça transversal de madeira forte, colocada a ré d a
embarcação p o r dentro do painel d a p o p a e e ntalhada nos a lcatrates
ou nos dormentes; serve de reforço à embarcação e também de a poio
ao guard a-patrão.
270 ARTE N AVAL
Verdugo
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Broçaderia
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272 ARTE NAVAL
fim que a cana do leme; tem uma a bertura a meio, para emechar na
cabeça do leme e, nas extremidades, furos para os gualdropes que
ficam seguros por quem governa o leme.
Fiéis do leme (fig. 4-18) - Constituídos por uma linha de barca
ou cabo fino, que se aguenta pelo seio, por meio de duas pinhas, para
que não recorra. Os seus chicotes têm a lças que se prendem em dois
cunhos na borda d a embarcação. Os fiéis do leme servem para evitar
que o leme vá ao fundo por q ualquer motivo; pode-se ainda governar
o leme por eles, em caso de emergência quando se perder ou avariar
a cana do leme ou a meia-lua. O fiel deve ser sempre passado, logo
que se calar o leme. Caso seja perdido o leme de u m a embarcação e
se queira fazer o utro, tem-se uma regra prática para calcular a área
da porta: m u ltiplica-se o calado a meio, quando a embarcação está
carregada, pelo comprimento entre perpendiculares, e este produto
pelo coeficiente 0,065.
QUAA'TOLA
BAA'IEOOURO
CANA 00 LEME
flEL ASCOMA
MADRE
PÁ
PORTA
GOVERNADORES
\ F!MEA
flEL
LEME
REMO
TOLETE CHUMACEIRA
TOLETEIRA COCOES
CROQUE
LAIS DE GUIA
/
�VO>.TA 5'HOOA
embarcação à deriva a p roe a vaga, e neste caso deve ser l ançado à proa.
Pode ser emprega d o numa embarcação rebocad a, para governá-la
bem. É mu ito útil e m pequenas embarcações devid o à conservação da
proa ao vento e ao mar e m mau tem po. M uito fácil de ser a rmazenada,
serve também como lastro p a ra embarcações pequenas, pneu máticas
e para algumas situações em pesca, e ajuda a manter a embarcação d e
proa para a s o n d a s quando esta se encontra s e m meios de governo.
Dobra-se facilmente para melhor a rmazena me nto.
É particularmente útil n a propu lsão a vela, servindo não somente
para manter o rumo como para reduzir o caimento da em barcação.
Faz parte d a dotação d e todas as embarcações de sobrevivência e
salva mento. As modernas â ncoras flutua ntes têm construção bastante
semelhante às de lona utilizadas a ntigamente.
CABO DE REBOQUE
TURCO DISPARADO
1 CURVA
PATARRAS
DO MEIO
PATARRAS '
DE RÉ n--""ff\.
Fig. 4-24: Estropo para embarcações pesadas (içadas por lança ou guindaste)
PARAFUSO
SEM FIM
4.20. Requisitos:
a. Prescrições gerais:
1) Com exceção dos meios secundários de lançamento para as
embarcações de queda l ivre, cada equipamento de lançamento deverá
ser disposto de modo que a embarcação de sobrevivência, ou de
salvamento, totalmente equipada, que o utiliza possa ser lançada com
segura nça em condições desfavoráveis, com um compasso de até 10º,
para vante ou para ré, e uma banda de até 20° para q ualquer bordo.
E M BARCAÇÕES M I Ú DAS 289
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Manual do Pro\eç,Bo
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111'
RESISTÊNCIA AO ESCOAMENTO
DESIG NAÇÃO 1
(N/mm2 )
(GRP) com uso de solda. Para essa aplicação, existem ligas de alumínio
específicas para uso na construção naval. Já operam embarcações
dos mais variados tipos de até 120 metros de comprimento com a
estrutura totalmente em alumínio. Em geral, se utiliza o alumínio
quando se deseja reduzir o peso e/ou para embarcações de velocidade
elevada (quando a redução do peso do casco é um parâmetro de
suma importância). A grande vantagem do alumínio nos tempos de
maior conscientização com o meio ambiente é a possibilidade de ser
reciclável. O alumínio para construção naval se apresenta sob a forma
de chapas, perfis convencionais, tubos, barras e extrusões de formato
especial concebido para cada aplicação específica.
Para embarcações de pequeno porte e baixa velocidade, por
exemplo, no caso de navios de pesca, com frequência o alumínio é
empregado na construção de casarias elevadas com o propósito de
reduzir a altura do centro de gravidade da embarcação.
Os principais padrões e especificações de ligas de alumínio
utilizados pela indústria naval são emitidos pela AA (Aluminium
Association). O alumínio quando soldado apresenta resistência
reduzida na área aquecida, daí que os cálculos estruturais são baseados
em valores de resistência mais baixos do que aqueles obtidos por
testes na condição de entrega pelas usinas. Os valores adotados nos
cálculos são definidos nas regras das Sociedades Classificadoras.
e. Plástico reforçado por fibra de vidro: Material constituído
de composto de mantas ou tecidos de fibra de vidro que impregnado
com resina catalisada ou polimerizada, conduz a uma reação
química, resultando em um material com características mecânicas
que possibilita a construção de estruturas navais. É conhecido
normalmente pela sigla de GRP (g/ass reinforced plastic}, FRP (fiber
reinforced p/astic) ou ainda PRFV (plástico reforçado com fibra de
vidro). Na atualidade o termo compósito é o mais utilizado, pois,
além do vidro, utiliza fibras de carbono e aramidas. Foi material de
extenso uso na construção de embarcações até o final do século XX,
caindo a sua demanda, em relação ao alumínio, principalmente pelo
crescimento da conscientização com respeito à proteção ambiental,
pois esse compósito, com o tempo, sofre envelhecimento precoce
na presença de água salgada e do sol, que resulta na queda de sua
298 ARTE NAVAL
La m in a d o Singelo
Fig. S-lc: Caça-minas com estrutura do casco em plástico reforçado por fibra de vidro
(Foto cedida pelo Engenheiro Naval Eduardo Câmara)
5.2.2. Chapas:
a. Definição: Para disti ngui-las das barras (art. 5.2.4), as chapas
podem ser defi nidas como sendo peças de seção retangular, de pequena
espessura relativamente a seu comprimento (lado maior) e largura
(lado menor). São fa bricadas como os vergal hões e perfis, em prensas
especiais chamadas lami nadores.
b. Galvanização: As chapas de aço podem ser cobertas por uma
camada protetora de zi nco, isto é, galvanizadas, a fi m de impedir a sua
oxidação; normal mente usa-se essa proteção em chapas de pequena
espessura. Nas chapas mais grossas o efeito da corrosão é menor
em relação à espessura, e então a galvanização normal mente não é
em pregada. Na prática, costuma-se ga lvaniza r todas as chapas de aço
comum utilizadas em estrados, dutos de venti lação etc.
e. Dimensões: As chapas de aço são designadas pela espessura
nominal. As tabelas de dimensões das chapas são, em geral, referidas às
chapas de aço-carbono. Os tamanhos comerciais de chapas são obtidos
nos catálogos e manuais das usinas siderúrgicas, que indicam, também,
as tolerâncias permissíveis em espessura. As chapas são vendidas por seu
302 ARTE NAVAL
peso real, e não pelo peso nominal, sendo adquiridas pela quantidade
necessária de determinado tamanho de chapa e pago pelo peso real
recebido.
No Brasil, na categoria denominada como chapas grossas, o
comprimento e largura das chapas laminadas utilizadas na construção
naval variam, respectivamente, de 2.400 a 18.000 mm, 900 a 3.900 mm
com espessura de 6 a 150 mm. De modo geral, é vantajoso usar chapas
tão largas quanto às máquinas do estaleiro o permitam, a fim de diminuir
a quantidade de bainhas. A limitação das dimensões é ditada pelos meios
de transporte e capacidade dos equipamentos de içamento.
d. Classificação das chapas: As chapas podem ser classificadas
do seguinte modo:
Chapas finas e folhas: São as chapas de espessura até 5,0 mm.
As chapas finas de aço são empregadas na fabricação de anteparas
internas não estruturais, dutos de ventilação, bolsa de sinais, proteções
contra o tempo, mobiliário, forros etc. As chapas finas podem também
ser de latão, cobre e outros metais, sendo usadas em revestimento
e acessórios de máquinas, câmaras f rigoríficas, cozinhas, banheiros,
ambulatórios e outros locais mais sujeitos à corrosão.
As chapas finas de aço podem ser pretas (não galvanizadas e
não tratadas por pintura) ou galvanizadas, sendo mais empregadas as
últimas. As chapas muito finas são, em geral, chamadas folhas.
Chapas grossas: São chapas de espessura superior a 5,0 mm,
podendo ser de aço normal com ligas que acrescentam propriedades
especiais, sejam mecânicas ou químicas.
Chapas xadrez (fig. 5-2): Apresentam nervuras salientes em uma
das suas faces e podem ser vazadas ou não; normalmente empregadas
em luga res escorregadios como nas praças de máquinas, degraus
de escadas, plataformas em volta de equipamentos de convés e, de
modo geral, em locais muito pisados que necessitam ser metálicos. A
espessura da parte lisa va ria de 3,0 a 19 milímetros. Existem, também,
chapas xadrez em alumínio.
5.2.3. Perfis:
a. Perfis de aço laminados: Os perfis são peças de metal laminadas
em formas especiais. São classificados segundo a forma de sua seção
transversal. A fig. 5-3a mostra os perfis que atualmente são mais usados
em construção naval, cuja nomenclatura encontra-se abaixo indicada.
(A)Cantoneiras de abas desiguais, laminadas ou soldadas (unequal
side angle bar)
( B) Cantoneiras de abas iguais (equa/ side angle bar)
( C) Perfis tipo bulbo (HP profi/e ou bulb profi/e)
(D) Vigas tipo "U" (channe/ bar)
(E) Perfis tipo 11T", laminados ou soldados ("T" profiles)
( F) Barras Chatas (f/at bars)
Em vez de 11aba", com frequência usa-se o termoflange. Em alguns
países se produzem cantoneiras de abas desiguais, com espessura da
alma e aba diferentes.
A B e D E F
Flange Flange
Solda Solda
Alma Alma
Flange ou chapa
associada
Fig. 5-3b: Perfil "I" com flanges (abas) Fig. 5-3c : Seção ''T" soldada
soldadas a alma
R E DO N DO M EIA-CA N A
20
li
T12.s
14 200 .1
Dimensões em mm
5 .9.1. J untas permanentes: Feitas por: (1) solda; (2) cravação; (3)
pressão, como, por exem plo, a ligação de uma cam isa em um cilindro; ou
(4) contração, quando se aq uece a peça de fora, a ntes de forçar a o utra,
ou quando se resfria a peça de dentro. Atualmente, está praticamente
em desuso o método de cravação.
passar por elas uma corrente elétrica muito intensa e de cu rta du ração.
A resistência de contato provoca uma fusão local e a pressão apl icada
efetua a solda direta mente, sem a uxílio de metal de adição.
FORÇA
CORRENTE ELÉTRICA
FORÇA
b. Solda por fusão: Quando as partes a serem u nidas são fund idas
por meio de reação qu ímica, chama ou energia elétrica, sem a aplicação
de pressão, geralmente com a participação de um metal de adição.
Existe u m gra nde nú mero de processos de soldagem que se enquadra
nesta classe, entre eles citamos o termite e as soldagens a chama, a
arco elétrico, por eletro escória, por eletro gás, por feixe de elétrons, a
laser e a plasma. Na á rea naval, os três primeiros processos são os mais
utilizados.
O processo de soldagem que utiliza a reação qu ímica é chamado
de termite. É em pregado principalmente para o reparo de fu nd ições
pesadas de aço e união de tu bos.
O processo de soldagem a chama (fig. 5-9) utiliza um gás
combustível combinado com o oxigênio para efetuar a união dos
metais. Quando o gás combustível é o acetileno, a solda é chamada de
oxi-acetilên ica. Nesta, a fonte de calor é uma chama com temperatura
de cerca de 3.000 ºC, que funde uma va reta (metal de adição) e as
paredes da ju nta, fazendo a un ião das partes. Este ti po de solda pode
ser em pregado na ligação de quase todos os tipos de meta l. É usado
para as chapas finas, solda de tubos, estruturas de aço em geral, peças
de cobre e níquel e reparo de peças fundidas. Não é comum a sua
utilização nas peças de estrutura dos cascos de navios por apresentar
uma produtividade muito inferior à soldagem a arco elétrico e pela
necessidade de aquecimento da peça por um tempo maior, o que pode
a lterar as propriedades mecânicas e meta lúrgicas do materia l .
314 ARTE NAVAL
Reguladores de G6s
Cilindro
de Gõa
Combust!vel
Võlvula de
Regulagem
Maçarico
Bico
Porto Fonte de
Eletrodo
Nlcote de Eletrodo
Energia o
Controle de
A!lmentoçao Bobina de
Arame
Pistola Fonte de Gás
Manual de Proteçl!o
Controle da
pistola ---+---« "==��+�""".'"'__.:;;
Controle de
Tensao
Fonte de Energia
Fonte de
Energia
"-4etal d�Dreno
I õs
Bose D'õguo
Peqol
(Opc,onol)
Ugoçao Ligoçõo ao Eletrodo
il Peço
Bobina de
Arame
Pistola ou
Manual
Fonte de
Energia
��©1
�
Metal de
Base
5.13. Anteprojeto:
a. Navios de guerra: Em um anteprojeto de navio de guerra
consideram-se, em primeiro luga r, as qualidades militares (art. 5.16.) que
o navio deverá ter; em geral, elas são esta belecidas pelo Estado-Maior
da Armada, ou órgão eq uivalente, de acordo com o propósito militar em
vista, com base nas experiências e nos a primoramentos feitos na própria
Marinha do país ou em informações obtidas de outras nações.
As qual idades técnicas de um navio a ser encomendado são
determinadas pelos engen heiros navais, ao projetar o navio. São os
engenheiros que decidem as características técnicas do navio a projetar
de forma a satisfazer as exigências militares.
b. Navios mercantes: As qual idades técnicas de um navio
merca nte novo são determinadas pelo armador que deseja encomendar
com o propósito de atender a uma determi nada demanda comercial.
As qualidades técnicas são especificadas por consu ltores do a rmador
de acordo com suas próprias demandas, tendo que atender também
às regras de uma Sociedade Classificadora, especificada pelo armador,
além de atender ta mbém a regulamentos estatutários exigidos pela
autoridade ma ríti ma da respectiva bandeira de registro do navio. Daí q ue
para uma primeira consu lta aos esta leiros prod uz-se uma especificação
resumida normalmente designada de "outfine speciftcation'�
• Planejamento de processos;
• Controle de materiais estocados; e
• Arquivamento de manuais e certificados.
Desta forma, é possível ter um projeto voltado para a construção
desde o início e com isso otimizar a processo aumentando a produtividade
do projeto e construção.
Os atuais sistemas computacionais são bastante integrados e os
programas mais modernos permitem que sejam feitos diversos cálculos
simultâneos, tais como: estabilidade, estima de potência necessária,
geração dos planos de linhas do navio e até planos de corte de chapas,
onde é feito o máximo aproveitamento das mesmas.
A partir dos planos de corte de chapas, é possível passá-los
diretamente para as máquinas de corte com controle numérico, que
são de grande precisão e isso, aliado à melhora dos programas de
carenamento de casco, eliminaram a necessidade da sala de risco, que
eram os locais onde os desenhos estruturais do navio eram passados
para modelos em escala 1:1. Nas salas de risco eram geradas fitas
metálicas que permitiam a marcação para o posterior corte das chapas.
O planejamento computadorizado permite que seja analisada
uma grande quantidade de informações o que no passado era muito
difícil de ser feito, e isso somado aos avanços tecnológicos dos
equipamentos fez com que houvesse uma mudança extraordinária na
forma de se construir navios.
Na atualidade, o local da construção de um casco pode se dar de
diferentes formas, vejamos as principais:
• Dique seco - quando concluído, o casco é posto a flutuar;
• Carreira Longitudinal - quando concluído, o casco é posto a
deslizar para um local com água e calado suficiente;
• Carreira Transversal - semelhante ao longitudinal, mas no
sentido transversal do navio; e
• Oficina coberta com piso plano - quando concluído, o casco
é transferido para uma carreira ou uma plataforma elevatória, que se
costuma denominar de "elevador de navios". No caso de embarcações
de pequeno porte, o casco é içado por um guindaste, cábrea ou pórtico
e colocado na água.
No caso de lançamento em carreira longitudinal ou transversal,
a operação de lançamento requer cálculos especiais. A época do
326 ART E NAVAL
5.24. O navio é uma viga: Para o estudo de sua estrutu ra, o navio é
considerado uma viga, uma caixa ou peça composta de m uitas pequenas
vigas reunidas, de modo que sua resistência como um todo depende
334 ARTE NAVAL
B e
- - --- ----- --- --�-
��-- --
Seção transversal
da viga
para dentro, o que é m i n i m izado pe los refo rços internos constitu ídos
por cavernas o u longitu d i nais.
Quando o navio está em movimento, o chapeamento tem que
afastar a água na proa e isto estabelece uma tendência para a pulsação das
cha pas. Esta tendência é agravada quando o navio arfa em um mar forte,
pois ocorre uma carga de impacto elevada a vante e a ré, ao se erguer e
cair o casco, contra o mar, sendo os esforços na popa ainda agravados
pelos impu lsos causados pela rotação do hélice. A ca rga de impacto na
proa é, normalmente, de maior intensidade do que na popa . Por isso é que
a estrutura do casco é especialmente reforçada nos extremos, com um
cha peamento mais espesso, buçardas, cavernas gigantes, longitudinais,
soldas contínuas e, às vezes, um menor espaçamento entre as cavernas, a
fim de prover uma maior resistência estrutural.
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DA F :. C E -··- -
-S O A R E: OU L H A
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C H A PA DO R E SBORDO
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E N C O U R AÇ A D O N A PA S S A G E M DA L N H A ONOE VA F ! C. A í
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( CORTADA
PA R A R E G E ·
\B E R A A L M A
DA S I C O R D A
,
1
ESTRUTURA DO CASCO DOS NAVIOS METÁLICOS
Fig. 6-lb: Catamarã (Foto cedida pelo Engenheiro Naval Eduardo Câmara)
casco. Estes elementos têm por fi nalidade resisti r aos esforços nestes
sentidos e são, portanto, em geral, perpendiculares entre si em qualquer
sistema.
Quando dois elementos estruturais
se cruzam, um é contínuo e o o utro
é intercosta l. Uma peça qualquer é
intercostal quando é constituída
por seções separadas por outras
peças que são contín uas e as
intercepta m. Se a d iferença de
a ltura entre as duas peças é
grande, ambas podem ser
contínuas; neste caso, a maior tem
Fig. 6-2: Passagem de u m reforço pelo um rasgo por onde passa a menor,
elemento de apoio da estrutura primária
havendo uma conexão que
funciona como suporte. Em a lguns
casos, esta abertu ra, quando req uer maior á rea de conexão, recebe
uma chapa de reforço (lug). As passagens podem ser do tipo esta nque
ou não esta nq ue. Na figura 6.2 acima temos u m exemplo de passagem
não esta nque de reforço da estrutura secu ndária por elemento da
estrutura primária. N o exemplo da figura a pa rece uma chapa de reforço
(lug) que tem a finalidade de aumentar a á rea de conexão, com base
em cálculo de resistência; aumentar a área de cisalha mento; ou
com pensar perda de á rea de alma devido a outra abertura próxi ma.
Não pretendemos, neste capítulo, descrever u m ti po de navio em
particular; o objetivo é de apenas tornar con hecidas a nomenclatura e as
diferentes disposições das pa rtes estruturais em pregadas na construção
naval em geral. As d iversas partes de um navio podem ser estudadas
melhor por u m a inspeção nele próprio, reco rren do-se, logica mente, a
seus desenhos. Esses dese n h os d evem ser sempre postos à d isposição
dos vistori adores, a utoridades ma ríti mas e pessoa l d e bordo, de
fo rma q u e possa m ser consu ltados a q u a l q u e r te m po q u a n d o assim
for necessário. D a í a i m portâ ncia de se conhecer o nome correto de
todas as peças e o fi m a que se desti n a m . É d e suma im portâ ncia que
se uti l ize a te rmino logia co rreta de d o m ínio d a qu e les q u e parti ci pa m
d a co m u nidade m a ríti ma, resu lta ndo assim na compreensão precisa,
em p a rti c u l a r q u a n d o são produzidos l a udos e re latórios.
As fig uras d o Ca pítulo 1 a p resentam a nomenc latura gera l
d e dife re ntes cascos de n avios. Convém conh ecê-la bem pa ra se ter
u m a ideia da co m b i nação das diversas pa rtes da estrutu ra com o
348 ARTE NAVAL
Chapeamento de convés
I
Caverna
LongarinaL.l---
principal
(ou Sicorda) j
1 Chapeamento
Teto do fundo duplo de costado
, I
Quilha
central_,,.,-
Chapa quilha
Hastilha Longarina de fundo
Chapeamento do convés
Antepara
Chapa colar
de vedação
Fig. 6-4: Ligação soldada das sicordas ou vaus gigantes contínuos nas passagens por anteparas
Braço/a de
Vaus do Convés
entre escolJ/has
Bojo
Longi!udmais
do Fundo
Lo.,g1tudina1s
do Teto do Fundo Duplo
,, i i
� I
Teto do Fundo Duplo Teto do Fundo Duplo
'
� '
"'
Quilha de Fundo Singelo Chopa quNha Quilha de Fundo Duplo Qwlha Duto
� -1-':L�
astro Fixo
t::::! ::::::ff
Quilha Caixão
;- Longitudinais
do costado
Caverna Gigante
Fig. 6-7a: Longitudinais, sicordas, vaus gigantes e cavernas gigantes, sistema de construção
longitudinal
1í f f T\L-
Extremidade de Long a r i n a de Fundo Singelo
o o o
Fig. 6-8: Tipos de furos de dreno e aeração
Fiada do Trincaniz
Convés Convés
Fiada
do
Cintado
Fiada do Cintado
Caverna de
coberta
Coberta
Caverna
Princioal
Jo
Fig. 6-10: Seção transversal a meio-navio de um casco com sistema de estrutura mista
O;
[
Chapeamento do Fundo
Fig. 6-13: Hastilha de chapa não estanque com abertura de formato retangular
caverna Invertida
e
Teto do Fundo Duplo
caverna de Fundo
Vau Gigante
Sicorda
Escoa
Fig. 6-15: Seção mestra em sistema transversal com caverna gigante suportando escoa de costado
Chapa diamante
Viga "I"
ou "H"
Proa I nvertida
Proa Lançada
Proa bulbosa: Diz-se que o navio tem bulbo, ou tem a proa bulbosa,
quando a seção transversal, nesta região do casco, apresenta o contorno que
se vê na figura 6-20. É usada para diminuir a resistência à propulsão. A proa
bulbosa apresenta vantagem para os navios cujo coeficiente velocidade/
comprimento (V/L; sendo V em nós e L em pés) é aproximadamente igual
à unidade; é o caso dos navios-aeródromos e navios de apoio marítimo.
Ela também é vantajosa para navios que tenham uma boca muito grande,
como é o caso dos navios-tanques e porta-contentores.
366 A RT E NAVAL
)- "'.
7,
1
. ..
/,
·�
"
Sicorda
/
Convés exposto ao tempo
Paiol de amarras
Antepara de
colisão _ ______
_
Caixa de lama
Quilha vertical
Convés diafragma
Fig. 6-22: Seção longitudinal na linha de centro da proa de um navio de pequeno porte
Espelho de
Compartimento da Máquina Topo do Pique
Popa /
do Leme
Tanque de Ré
- Pé-de-Carneiro
Antepara Transversal
do Pique Tanque de Ré
Carenamento do
Suporte do -�....
Tubulão do Leme
Fig. 6-24a: Seção longitudinal na linha de centro de uma popa de um navio mercante
370 ARTE NAVAL
c::::=::::..,,,,,,...--r-------1
3:1
> 4,0 mm
s
rn
�'
!:::
n
o
V,
"
(JJ
(JJ
Fig. 6-26a: Expansão do chapeamento, segundo formato clássico de desenho, com indicação das espessuras,
bainhas e disposição dos elementos estruturais no fundo e costado (Desenho disponibilizado por cortesia do Estaleiro Al iança).
374 ARTE NAVAL
Fig. 6-26b - Expansão do cha peamento, segundo formato de desenho mais moderno,
mostrando e m perspectiva o corpo d e vante (vista superior) e corpo de ré separadamente
(na vista inferior)
delas seja suprimida, ficando a largura das duas ocupadas por uma só
fiada (fig. 6-27). As fiadas suprimidas são chamadas fiadas perdidas.
D-1 D-1
C-2
C-3 C-2
1
1 1 1
1 D 1 1 1
1 1 1 cl
1 1 1
1 1 1 1
:e:
1 1
1 1
1 1 1 1
Convés Principal
Escoa
.. 'f •
Antepara Diafragma I Antepara Estanque
Convés
Longitudinal de
convés -�~
Antepara
Borboleta da
extremidade inferior
do prumo __-,...__,_.
.- Teto de Fundo
Duplo
Flange
Espaçamento
COMPRI MEN TO DO
PRAÇA DE MÁQUI NAS
NAVIO (m)
A ré A vante
65 < L $ 85 4 4
85 < L S 105 4 5
105 < L $ 125 5 6
125 < L $ 145 6 7
145 < L S 165 7 8
165 < L S 190 8 9
190 < L $ 225 9 10
> 225 Consideração especial
Caverna Invertida
Caverna de Fundo
deve ser suficiente para dar acesso a todas as partes do fundo duplo. Para
navios com elevada altura de fundo, a altura mínima pode ser aumentada
após consideração especial pelas autoridades relevantes.
>
f _ Max 360 mm Barra
i_
Chata
1
1
Fig. 6-34: Madeira sobre convés para carga em navio de apoio marítimo
...
F
Batente
Calço
----lf----=-=--J_a____
zente
----t-+�E=s=trutura
-�=======-- suportante
acordo com o ângulo que envolve o eixo; assi m temos mancais plenos
ou parciais. A figura 6-38 apresenta um esquema típico de uma moderna
linha de eixo.
Fig. 6-37: Mancai radial (ou de sustentação de eixo intermediário) montado no jazente
(Foto cedida pelo Engenheiro Naval Eduardo Câmara)
Braço do Pê-de
·Galmha
----------
_ _ _ _ _ I_ _ _ -
- -- - - • - -
r!--=-�·-1-t----· --,1
UJ '40 -· . ........ " R240, 0Q--
-·•··· .. ·417,58 (lJ .e
e e
"1,oo·-----·- --··- - QJ
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0,3oR - 41 ,00-- - -
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QJ WJ
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C o
-
T
0
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27,42 u Q.
Distribuição
QJ o
-'"- -- -
de Passo Vista Expandida � uQJ
u 'O
180,00 1 ,00 200,00
J_ �n.i.9�d� :]!!,� _,i,_ � I u
,,,. .e
o o
' e
1 r- 160,00 �
Linha de máxima espessura (!) QJ
Vista Transversal
' V,
01) QJ
j-,-- 260 ,00 � ü: .e_
Proa ► Bossa
.,,.
<D
Vista de Perfil
o
EST R UT U RA DO CASCO DOS NAV I OS METÁLICOS 407
Fig. 6-41a: Popa de u m navio de apoio ma rítimocom u m leme suspenso com flap e
propulsor de passo controlável em tubulão fixo
(Foto fornecida por cortesia do Estaleiro Aliança)
Seção através de
um dos reforços
Chapa reforçada na longitudinais
região do propulsor
1
1 Vista externa do
1 tubulão
1
1
1 1 ',
Fig.6-43: Exemplo de propulsor azimutal com hélice de passo fixo instalado num navio de
carga fluvial (Foto cedida pelo Engenheiro Naval Múcio Scevola)
1.
ô
1 . Cana d o Leme
2. Mancai de escora e mancai
radial superior
3. Selo de vedação
4. Madre do leme
5. Camisa da madre
6. Bucha do mancai inferior
7. Bosso ou fundido do mancai
17. Chapeamento do inferior
Fundo 8. Acoplamento cônico
'-;:;;:::==::;�r=;:::::iil:t=::;:--< 9. Fundido do acoplamento
1 O. Batente vertical
1 1 . Porca de fixação e barra de
travamento
9. 12. Porta do leme
13. Reforço vertical
11. 14. Reforço horizontal
1 5. Tubulão do leme
16. Borda de fuga
17. Chapa de fechamento superior ·
1 6. (topo)
1 8. Chapa de fechamento inferior
(fundo)
18.
Cadaste
Leme Suspenso
Fig. 6-46: Cana do leme e mancai de escora Fig.6-47: Leme do tipo suspenso com tlap e
combinado com radial (Foto cedida pelo porta com chapa dupla(Foto fornecida por
Engenheiro Naval Eduardo Câmara) cortesia do Estaleiro Aliança)
Lateral Plana
Calda de Peixe
-�
- Chapa Singela
Outro tipo era o leme ativado, que consistia num pequeno motor
elétrico embutido no leme, acionando um hélice que guina com o
leme, apresentando assim uma força propulsiva na direção da guinada,
resultando numa grande vantagem de manobra. Era usado em navios
422 ARTE NAVAL
G D
A - '1'1LLER" - C A N A DO LEME
B - C ILINDRO HID RÁULICO
C - "TIE BAR" - BARRA DE LIGAÇÃO
D - BASES DOS CILINDROS HID RÁULICOS
E - MANGOTES DE ADMISSÃO E RETORNO DE ÓLEO HIDRÁULICO
F - " R U D DERSTOCK" - MADRE DO LEME
G - UNIDADE HI D RÁULICA COM RESERVATÓRIO DE ÓLEO
ANTEPARA
G O N ZO
FLANGE
ORRACHA
ANTEPARA ----1.l:.I
� /. � °""=- A N T E PA R A
_
-GONZO
ATRACADOR ---- � B A R R A DE AÇO
Dobradiça
Fig. 6.57 - Tampa de Escotilha de Carga em Alumínio para navegação interior, braçola de aço
(Foto cedida por cortesia do Engenheiro Naval Ivan Erdos)
b. Nomenclatura:
(1) braçola (hatch coaming) - Estrutura de chapa vertical
colocada no contorno de uma escotilha acima do convés, a fim de
impedir o embarque de água ou de objetos no compartimento inferior.
430 ARTE NAVAL
Tampa de Escotilha
Braçola
Parte interna do
espaço de carga
Parte Externa
PAR A F U S O DO ATRACADOR
CONVÉS DA E S C O T I L H A
ATRACADOR
ARRUE L A DE COURO
Chapeamento do Convés
(2) tampa de aço esta m pado ou fu ndido, chamada tampa de com bate,
abrindo-se para cima e fechando-se sobre a tampa de vidro. Ambas as
tampas têm uma gua rn ição d e borracha para fech amento esta nque
e são a pertadas por parafusos com porcas borboletas. A borracha
pode ser su bstituída. A tampa de com bate, quando não está fechada,
fica suspensa por um gato de aço em forma de "T" preso ao teto do
compartimento.
Do lado externo do costado (ou a ntepara), por cima das vigias,
normal mente há uma pequena calha, geralmente circular, chamada
pestana, para impedir que a água das baldeações ou das chuvas escorra
sobre elas.
U n ha é uma ca lha móvel, em forma de u nha, que se coloca
numa vigia, de dentro para fora, a fi m de não permitir a entrada d a
ch uva o u para dirigir o vento a o interior dos camarotes o u a loja mentos.
Qual
( h ) (�
,
1
CABOS
SEÇÃO A - CLASSIFICAÇÃO GERAL
L_
Cf.
- . . ....
COCHA
-
- -
-
F I B RAS �
ESFORÇO DE TRAÇAO
-
Fig. 7-7: Resistência à tração
botões nos cabos grossos, para ovéns das enxárcias, degra us das
escadas de quebra-peito, massa me das embarcações mi údas ou para
pear os objetos a bordo. A tabela 7-3 apresenta as ca racterísticas das
linhas alcatroadas.
b. Mialhar: Forma-se cocha ndo-se para a esq uerda 2 ou 3 fios
de ca rreta, constituindo u ma perna de linho câ n ha mo alcatroado
de q ualidade i nferior. Serve principalmente para forra r e engaiar os
cabos, para fazer coxins, coseduras e para os trabal hos marinhei ros
onde não h aja necessidade de um acabamento perfeito. É fornecido
em palom bas, isto é, novelos que se podem desfazer dura nte o
trabalho, ti ra ndo o chicote pelo centro. É usado nos ta m a n hos de 6
a 22 m i l ímetros de circu nferência. O mialhar branco para máquinas
serve para engaxetamento e tam bém para forrar tu bos. É formado
de uma perna de u m n ú mero variável de fios e tem 19, 25 ou mais
mil ímetros de circu nferência.
e. Merlim: Pode ser branco ou alcatroado, e é usado nas bitolas
de 12,7 mil ímetros (1/2 polegada) a 25,4 mil ímetros ( 1 polegada) de
circu nferência. Disti ngue-se do mialhar por sua confecção esmerada.
Serve para tomar botões, fa lcaçar, engaiar e forrar cabos, palom bar e
coser velas, para coxins e gaxetas e também para todos os tra balhos
marinheiros onde se d eseja um bom acabamento. A tabela 7-4
fornece os dados ca racterísticos do merlim.
d . Fio de vela: Barbante nava l, fi no mas m uito forte, uti l izado
para tod a a classe de costuras de lonas e cou ros e para fa lcaçar os
cabos fi nos. É constituído por uma perna de 2 ou 3 fios fi nos de linho
câ nhamo branco, osci lando o seu diâ metro de 0,6 a 1,2 m m .
e. F i o de palomba : É o fio de vela m a i s grosso, que serve para
pa lombar, isto é, coser as tralhas nas velas e toldos, por meio da
agu l h a de palombar (agulha curva). Pode-se, também, coser velas
com fio de palomba. Pa lombadura é a costura feita nas tra l has de
velas e toldos.
f. Sondareza: É u m cabo fi no que resulta do calabroteamento
de lin has a lcatroadas. É empregado para rea lizar sondagens ma ríti mas.
g. Filaça: É a reu nião de pedaços de fio de carreta torcidos à mão.
h. Linha de a lgodão: Constituída por 6 a 24 fios de algodão,
cochados em torno de uma madre. É em pregada para tri ncafios e
a ra n has das macas.
452 ARTE NAVAL
MUITO GROSSO
Se colher na mão
Se colher na mão esquerda, o polegar
direita, o polegar · ,{ deve estar voltado
deve estar voltado para o seio do cabo.
�
para o chicote.
7.17. Peso dos cabos: O peso de 100 metros (P) d e cabo pode
ser o btido, tam bém, por fórm ulas empíricas:
P = 0,90 c2, para cabos de massa de l i n h o câ n h a m o alcatroado,
com três pernas.
P = 0,84 c2, para cabos calabroteados de li n h o câ n h a m o
a l catroado.
460 ARTE NAVAL
f=
l8 d2 F
(1) para um cabo de manilha usado
D
f=
26 d2 F
( 2 ) para um cabo de m a n i lha novo
D
Ao valor de f encontrado, deve mos so m a r o va lor da ca rga F que
se deseja a l a r.
R = (c/4) 2
Carga de ruptura = (7/4) 2 = ( 1 , 75) 2 = 3, 063 toneladas
r = R/5 ⇒ R = 3, 063 t
Sabendo q u e :
R = (-
(4; ) 2 ⇒ e = j3, 06 x 16 � 7 centímetros
,
P = 2 x O, 70 x 72 = 68, 6 quilogramas
Consu lta n do a ta bela 7-2 encontramos:
68 ' 6
= 200 metros
X 100
34, 3
f. Quantas pernadas de um cabo de 4 centímetros de
circunferência são necessárias para substituir um cabo de 7
centímetros de circunferência (art. 7.19, a)?
n = (-) = - = - = 3 pernadas
e 2 12 49
e 42 16
n = (!!_)
e
2
= .!!_
c2
=�
c2
⇒ 2c 2
= 49 ⇒ e = 4 95cm
02 = 18, 75 =} e = 4, 3 cm
c2
3= -9 =}
e-
cor dos agentes l u brifica ntes e/ou preservativos, de modo que não
sejam a lterados o peso ou a capacidade de ca rga de ruptura do cabo.
Para evitar o desenrolamento, as extremidades deverão ser cosidas ou
fi rmemente a marradas com merlim, por i ntermédio de uma falcaça.
c. Embalagem de fornecimento: Os cabos deverão ser
fornecidos em bobinas (ad uchas) com 220 m (duzentos e vi nte metros)
de comprimento, correta mente dobados e ama rrados, pelo menos, em
q uatro locais equid istantes, para evitar o desloca mento de camadas do
ca bo. As bobinas deverão ser enfa rdadas com materia l de espécie e
resistência ta is que não permitam danos mecân icos aos cabos d u ra nte
o tra nsporte ou no armazenamento.
d. Marcação/identificação: As bobinas serão obrigatoria mente
identificadas por etiqueta ou pintura, de modo indelével e legível, com
as segui ntes i nformações: qualidade e tipo do cabo; circu nferência
(pol.) ou n ú mero de bitola do cabo; com pri mento do cabo; pesos
bruto e l íq uido; nome do fabrica nte; n ú mero de identificação da
bobi na; e data de fabricação. Os cabos de sisa i são identificados com
fios vermel hos ou por uma fita da mesma cor.
e. Extremidades dos cabos: As extremidades dos cabos podem
ser com l uvas de PVC ( mãos protegidas) ou com sapati l has.
f. Tratamento e preservação: Os fios de fibra natural deverão
ser tratados com lu brificante especial que conte n ha composto de
cobre ou outro material preservativo. Para evitar a deterioração, um
agente a ntideterioração poderá ser usado e m l ugar ou em conj u nto
com o l u brificante normalmente uti lizado.
g. Descrição: Os cabos de fibra natural devem ser d esignados da
segui nte forma:
(1) ti po de encordoamento/número d e pernas;
(2) material;
(3) circunferência nominal e diâmetro nominal (DN), em mm ou pol.;
(4) comprimento, em metros;
(5) extremidades; e
(6) norma de especificação.
Exemplo: cabo torcido, três pernas, sisai, DN 12 m m
(circunfe rência 38 m m ), extremida des com luvas PVC, conforme norma
de especificação ta l .
h. Certificados: A apresentação do Certificado de Testes d e
Ca rga d e Ruptura é u m item que deve s e r considerado indispensável
nos processos de a qu isição de cabos. É ta m bém indispensável a
464 ARTE NAVAL
Tenacidade da
6 6,5 9 8,5
fibra seca
a
Z (torção Z)
1 S (torção S)
PERNA
FIOS RETORCIDOS A 3
FIO PRIMÁRIO
S $ ss S ,ç ç S § » S:: S S S S: S -S 3 S $ p; S S 5
"
40
PERCENTAGEM
COMPRIMENTO
TIPO DE CABO DISTÂNCIA DE ELASTICIDADE
DO FUSÍVEL
CRÍTICA
Polipropileno
36 pol 30 pol 20%
torcido
CARGA DE RESISTÊNCIA
MATÉRIA-PRIMA ELASTICIDADE
RU PTURA À ABRASÃO
Observações:
(1) em determinadas a p licações, a elasticidade é uma vantagem;
(2) cabos de náilon e poliéster praticamente não sofrem
decréscimo na ca rga de ruptu ra decorrente da exposição à luz solar;
mas os de poli propileno s i m . Os cabos de poli propileno podem perder
até 40% de sua resistência à ruptura em três meses de exposição ao
sol tropical;
(3) q ua nd o u m cabo si ntético é sub meti d o à tração, ele
estica; a o reti ra r-se a carga, ele volta ao comprimento origi nal. Esta
recuperação, no enta nto, leva algum tempo. Se um cabo for submetid o
a uma tração elevada por m uito tempo, a sua recu peração total pode
levar um mês. Felizmente, a maior parte desta recu peração ocorre
n os primeiros três mi n utos a pós cessar a tração. Esta característica
d os ca bos si ntéticos é chamada de memória. Por causa da memória,
cabos si ntéticos não devem ser ad uchados em saril hos tracionados por
motores o u simila r. Se u m cabo é colocado num saril ho, com tração
motor (tensionado), as voltas em seu tambor entrarão a pertadas, não
havendo espaço para q u e o cabo recupere o seu comprime nto original;
então o cabo conti n u a rá a recuperação no sari l ho, fica ndo cada vez
mais apertado; em m u itos casos, isto causará ava ria ao sarilho e a o
cabo p o r ocasião de sua reti rada; e
(4) os ca bos sintéticos que forem submetidos a grandes trações
podem a p resentar á reas brilhantes onde o cabo atritou contra ca beços
CABOS 473
e buzinas. Essas áreas brilhantes são causadas pela f usão das fibras de
náilon ou pela tinta dos acessórios onde o cabo atritou. Após longos
períodos de uso, o cabo pode se apresentar cabeludo. Nos dois casos,
o efeito sobre a resistência à ruptura é desprezível. Quando tal situação
for excessiva e localizada, a parte danificada deve ser cortada, e feita
emenda por meio de uma costura.
Náilon branca -
Poliéster branca preta
Polietileno branca azul
Polipropileno branca laranja ou preta
478 ARTE NAVAL
1
Regular à direita Regular à esquerda Lang à direita Lang à esquerda
•§'>\���� ��
t t
===-==
-=
Quadro E - As pernas "c" e " D" serão torcidas para fora das
extremidades dos respectivos cabos, num comprimento de 6 m, e
as pernas "e" e "F" n u m comprimento de 2 m, contados a parti r do
ponto de j u nção d os cabos, e as respectivas pernas serão to rcidas para
dentro dos espaços a nteriormente esvaziados.
( a ) Errado
(b} Certo
Cabo d e arame em coca. Para retirá-la desfaz-se a dobra n o sentido das setas.
Enrolamento superior
da esquerda para a direita
CABO COM TORÇÃO À DIREITA
Enrolamento superior
CABO COM TORÇÃO À ESQUERDA
da direita para a esquerda
-�
durante o movimento; se o goivado é
""'
õ pequeno, não dá suficiente a poio ao
cabo, e este fica enfraq uecido pela
& fadiga. Para que o cabo tra balhe bem,
º
cerca de 135 de sua circu nferência
Fig. 7-34: Goivado das roldanas devem ser suportados pelo goivado
(fig. 7-34}. O diâmetro do goivado deve
ser ligeiramente maior que o diâmetro real do cabo, e o diâmetro real
de um cabo novo pode ser l igei ramente maior que o seu valor nominal
dado nas tabelas. A figura 7-35 a presenta ilustrações referentes à
relação entre a bitola do cabo e o diâmetro do goivado. A tabela 7-18
mostra a to lerância para o excesso do diâ metro do goivado sobre o
diâmetro nominal do cabo.
Calibre
o goivado
provocará o alargamento Calibre para medir
do goivado Cabo novo num goivado
alargado pelo uso
(1) o diâ metro interno do rolo não poderá ser i nferior a duas vezes
o ra io mínimo de curvatura do cabo de aço na bitola correspondente; e
(2) o rolo deverá estar devidamente atado a fim de se evitar
da nos na constituição do cabo.
c. Marcação/identificação: As bobinas ou rolos com cabos
terão obrigato ria mente marcadas ou gravadas, de modo indelével e
legível, as segui ntes i nformações de identificação: nome do fabricante;
n ú mero de identificação da bobina ou rolo; construção do cabo
( n úmero de pernas e de fios, tipo de alma e com posição); qual idade
do aço, M PS ou PS; diâmetro nominal do cabo (mm); comprimento do
cabo (m); pesos bruto e l íq uido.
d. Descrição: O s cabos de aço devem ser designados da segui nte
forma :
(1) diâmetro nominal do cabo, em m i lím etros e em polegadas;
(2) construção ( n ú m ero de pernas e de fios e a composição);
(3) tipo de a l ma;
(4) tipo de torção;
(5) pré-fo rmacão;
(6) l ub rificação;
(7) resistência dos fios (ca rga de ruptura) ou sua correspondente
denominação a mericana;
(8) acabamento do cabo (polido ou galva nizado) . Qua ndo o
acabame nto não é ind icado, e ntende-se que o cabo é polido; e
(9) norma da especificação.
Exemplo: cabo de aço, diâmetro nominal 38 mil ímetros (1 1/2 da
polegada), 6x37 Wa rrington AF, torção regular à d i reita, pré-formado,
l u brificado, PS, galvanizado, ca rga de ruptu ra 83.418 kgf (818 kN),
conforme especificação ta l .
e. Certificados: É indispensável a a presentação pelo fabricante
do certificado de qualidade do cabo, individ u a l mente para cada
bobina, devendo constar, no m íni mo, a composição q u ímica do aço;
assi m como, ta m bém, a a presentação do certificado de ensaio de
ruptu ra do cabo.
f. Critérios de aceitabilidade: Ao serem recebidos, os cabos de
aço deverão ser submetidos à I nspeção Visual e Dimensional e a Ensaios
Destrutivos. Na Marinha do Brasil essas inspeções são realizadas em
amostra do tamanho recomendado pela Norma NAR-001(MIL-STD-105d),
CABOS 513
Colher o brando - Alar um cabo que esteja com seio até que
fique sem folga; rondar um cabo.
Colher um cabo - Arrumá-lo em aduchas; "quem dá volta colhe
o cabo".
Coseduras - Botão que se dá nas alças do poleame, nas
encapeladuras, nos estais etc.
Dar salto - Arriar repentinamente parte de um cabo de manobra.
Desabitar a amarra - T irar a amarra da abita.
Desaboçar - Desfazer a boça do cabo.
Desbolinar um cabo - T irar-lhe as cocas.
Descochar - É a ação de desfazer as cocas, destorcendo os cabos.
Desencapelar - T irar as encapeladuras; tirar um aparelho de
onde está amarrado.
Desgurnir - T irar os cabos de laborar dos lugares em que estão
trabalhando; desfazer talhas, teques e estralheiras.
Desengastar - T i rar um corpo estranho que o poleame tenha
engolido com o cabo que nele labora, ou desfazer uma coca que tenha
mordido no gorne.
Dobrar a amarração - Aumentar o número de pernadas das
espias para amarrar um navio no cais ou a outro navio.
E ncapelar - Lançar as encapeladuras nos lugares respectivos.
Diz-se ainda encapelar um aparelho, quando se o coloca no lugar.
Encapeladuras - São as partes extremas dos cabos fixos dos
mastros, que ficam alceadas nos mastros, mastaréus etc.
Engasgar - Diz-se de um cabo que, passando por um gome ou
um retorno qualquer, fica impedido de correr em consequência de
nós, cocas, cordões arrebentados, ou qualquer corpo estranho.
Enrascar - Diz-se dos cabos, velas etc. que se embaraçam entre
si de modo a não poderem trabalhar regularmente.
Espia - Cabo grosso que se lança de um navio para terra ou para
outro navio, a fim de amarrá-lo.
Fiéis - Cabos finos com que se prendem quaisquer objetos, tais
como as fundas dos escaleres, as defensas etc.
Fura r uma volta, um nó - Diz-se assim quando a volta, ou o nó,
foi dado erradamente; diz-se, também, de um teque ou talha cujos
cabos ficaram enrascados no poleame.
Gurnir - Meter um cabo num gome, olhal etc., ou passá-lo num
cabrestante ou num retorno.
518 ARTE NAVAL
CARGA DE
BITOLA MASSA LINEAR DO CABO SOB
CIRCUNFERÊNCIA RUPTURA
(DN) PRÉ-TENSÃO
À TRAÇÃO
Observações: {1) Para os cabos de sisai, adotar uma carga de ruptura igual a 80% da indicada nesta tabela; (2)
Para os cabos de quatro cordões, a carga de ruptura é aproximadamente a mesma e o peso é de 5 a 7% maior
que o do cabo de três cordões; (3) A garga de trabalho é cerca de 5 vezes menor que a carga de ruptura; e (4)
Para identificação dos sete cabos de menor bitola, damos o número de fios de carreta de cada uma.
TABELA 7-3 521
PESO DA
N!! DE FIOS PESO POR CARGA DE
CIRCUNFERÊNCIA ADUCHA
DE CARRETA METRO RUPTURA
DE 183 m
mm pol. kg kg kg
6 19,0 3/3 0,045 8,2 295
9 25,4 1 0,062 11,3 454
12 28,6 1 1/8 0,087 15,9 635
15 3 1,8 1 1/4 0,111 20,4 816
18 34,9 1 3/8 0,131 24,0 950
21 38, 1 1 1/2 0,149 27,2 1.090
TABELA 7-4
mm pol. g kg
4 12,7 1/2 23,5 166
6 15,9 5/8 29,7 254
9 22,2 7/8 40,9 318
12 25,4 1 52,0 433
TABELA 7-5
CARGA DE
MASSA LINEAR DO CABO
BITOLA (DN) CIRCUNFERÊNCIA RUPTURA
SOB PRÉ-TENSÃO
À TRAÇÃO
CARGA DE
MASSA LINEAR DO CABO
BITOLA (DN) CIRCUNFERÊNCIA RUPTURA
SOB PRÉ-TENSÃO
À TRAÇÃO
CARGA DE
MASSA L I NEAR DO CABO
B I TOLA (DN} CI RCUNFERÊNC IA RUPTURA
SOB PRÉ-TENSÃO
À TRAÇÃO
CARGA DE
MASSA LINEAR DO CABO
BITOLA (DN) CIRCUNFERÊNCIA RUPTURA
SOB PRÉ-TENSÃO
À TRAÇÃO
ALMA ALMA ALMA FIBRA ALMA FIBRA ALMA FIBRA ALMA AÇO
mm pol. fibra aço kN kgf kN kgf kN kgf kN kgf
3,2 1/8 0,039 0,043 - - 5,1 520 6,2 632 6,5 662
4,8 3,16 0,088 0,096 - - 11,6 1.182 13,7 1.3997 14,7 1.494
6,4 1,4 0,156 0,172 - - 20,5 2.090 24.3 2.478 26,1 2.661
9,5 3/8 0,351 0,390 - - 45,4 4.629 54, 2 5.527 58,3 5.945
11,5 7/16 0,476 0,528 - - 61,4 6.261 73,6 7.505 79,0 8.056
14,5 9/16 0,078 0,878 - - 106 10.809 120 12.237 129 13.155
16 5/8 0,982 1,071 112 11.421 129 13.155 149 15.194 159 16.214
19 3/4 1.413 1,548 160 16.316 184 18.764 212 21.619 228 23.151
22 7/8 1.920 2,113 216 22.027 249 25.392 286 29.165 308 31.409
CARGA DE RUPTURA
BITOLA {DN) PESO APROX. EM MÍNIMA EFETIVA EM
EM POLEGADAS kg/m
kg/mm2 {PS)
3/16" 0,088 1.260
1/4" 0,156 2.240
5/16" 0,244 3.480
3/8" 0,351 4.980
7/16" 0,476 6.750
1/2" 0,625 8.740
9/16" 0,788 11.000
5/8" 0,982 13.610
11/16" 1,082 16.400
3/4" 1,413 19.415
7/8" 1,919 26.310
1" 2,500 34.110
1 1/8" 3,169 42.910
1 1/4" 3,913 52.710
1 3/8" 4,732 64.240
1 1/2" 5,625 75.460
1 5/8" 6,607 87.380
1 3/4" 7,664 102.840
1 7/8" 8,795 118.050
2" 10,000 133.020
2 1/8" 11,295 148.600
2 1/4" 12,664 167.580
2 3/8" 14,107 186.670
TABELA 7-15 531
14,5 9/16 0,740 0,890 103 10.503 113 11.523 131 13.359
42 1 5/8 6,120 7,360 897 91.474 987 100. 652 1.136 115.847
TABELA 7-17
VALORES DE A
TIPO DO CABO
Média recomendada Mínimo
6X7 72 42
6 X 12 54 36
6 X 19 45 30
6 X 24 36 24
6 X 37 27 18
8 X 19 31 21
8 X 37 31 24
TABELA 7-18 533
SEÇÃO A - VOLTAS
Fig. 8-8: Volta singela e dois cotes Fig. 8-9: Volta redonda e dois cotes
540 ARTE NAVAL
Volta de ·
tortor -�.r,W
, ,. .. _ �
7"\
(b)
bem u nidas.
(e) EM MALAGUETA
SEÇÃO B - NÓS DADOS COM O CHICOTE OU COM O SEIO DE UM CABO SOBRE SI MESMO
8.24. Lais de guia (fig. 8-23): É o rei dos nós; muito usado a
bordo, pois é dado com presteza e n u nca recorre. Serve para forma r
uma alça ou u m balsa, q u e pode ser de qualquer ta man ho, m a s não
corre como um l aço; nesta forma, serve para fazer a a lça temporária
numa espia, ou para liga r d uas espias que não devem trabalhar em
cabrestante (ver a boçaduras, art. 8.45).
Para dar u m !ais de guia, se o ca bo for de diâmetro moderado,
se segura a parte b na mão d i reita, e a parte d na mão esquerda, faz-se
o seio x, isto é, passa-se da figura 8-1 à figura 8-23. Basta agora fazer o
chicote e seguir a linha ponti l hada (fig. 8-23 1 ) para completar o nó (fig.
8-23 l i ) . Se o diâ m etro for gra nde, procede-se de modo semelhante,
ma ntendo, porém, o cabo sobre o convés.
546 A RTE NAVA L
U m em prego m uito útil do lais de guia é n a ama rração tem porá ria
de emba rcações pequenas, e até mesmo contratorpedeiros, ao a rga néu
de uma boia. Passa-se o chicote por dentro do a rganéu e d á-se o lais de
guia no seio do cabo, dentro da emba rcação. Esta fica ama rrada pelo
balso formado pelo lais de guia, o qual é fácil de desfazer pelo pessoa l
de bordo em qualquer momento.
(A)
Fig. 8-24: Balsa de calafate
TRABA LHOS DO MAR I N H E I RO 547
8.39. Nó de escota singelo {fig. 8-35): É muito útil para unir dois
cabos pelos chicotes, ou um chicote a um olhal, mão ou alça. É muito
usado para amarrar a uma bandeira a adriça que não possui gato; é
também empregado para dar volta à boça de uma embarcação miúda
na mão do cabo de cabeço de um pau de surriola. Pode ser aplicado
em qualquer tipo de cabo, mas é particularmente útil para as ligações
de cabos finos ou de cabos de bitolas diferentes.
(d )
{ II I )
{ I) { II)
Fig. 8-43: Falcaça de meias-voltas ou trincafiada
e
b
b
(... .
·• ......'·
( U)
( :t )
e a
( :tV)
8.53. Pinha dobrada (fig. 8-46): Dá-se uma pinha singela e sobre
ela um nó de porco (A). Dobra-se a pinha singela, metendo-se os cordões
paralelamente aos seus ca minhos a nteriores (B). Dobra-se da mesma
forma o nó de porco, abrindo os cordões com um passador (C). Ronda-se
bem e cortam-se os chicotes. Este tipo é um dos mais usados.
e
b
r
e
b
{ III) { IV)
8.56. Pinha de boça (fig. 8-49): Dá-se uma pinha singela; repete-se
a mesma operação desta, enfi a ndo cada ch icote no seio que lhe fica
adjacente à d ireita (1). Ronda-se cuidadosamente e falcaça-se o ca bo,
conforme se vê em (li).
(I)
·t (III)
pois ficam mora ndo exata mente no espaço entre duas das voltas
de ba ixo. Passa-se então o chicote do merlim por d entro da ú lti ma
destas voltas de ba ixo (li) e esgana-se o botão assim feito, com uma
volta de fiel (Ili).
Este é o botão mais forte. É m u ito usado para a lcea r u m ca bo
em um sapatilho (art. 9.29}, e pode ser empregado onde o esforço
seja exercido a penas sobre uma das pa rtes do cabo; neste caso,
para dar as primeiras voltas redondas, pode haver necessidade d e
esforço, usa ndo-se então u m a espicha q u e é passada no merlim
com volta de tortor (fig. 8-16b).
( I ) BOTÃO FALIDO
8.70. Botão cruzado (fig. 8-61): São diversas voltas redondas dadas
em duas direções perpendiculares para aguentar dois cabos cruzados.
8.71. Alça de botão redondo (fig. 8-62): U sada onde uma a lça
permanente for necessária, no seio de um cabo. Ela consta de u m
botão redondo aplicado como mostrado na figura . Ela também é feita
com uma volta de fiel, porém, neste caso formam-se d u as a lças.
8.73. Barbela {fig. 8-63): É uma espécie de botão que se toma nos
gatos para não desengatarem de onde estão passados, principal mente
quando a carga deve ser su portada por a lgum tempo. São dados com
d uas a q uatro voltas redondas, as quais são esga nadas por outras voltas
perpendiculares. Remata-se com um nó direito nos dois chicotes.
PERCINTAR FORRAR
A
A
A
{V)
e
e
d
{I) (II) ( II I )
Passador
L Secção curta 1
1- · do passador -i
Empurrador
Fito adesiva
"' X
1 _
j
2 comprimentos do passador
(Até 13" de circunferência) ---J 1
-=====- --,
fita adesiva
•
R
e====�
Marca do passador -----
1 Ma«. 2 1 Ma«a l
o
Marca l
Cobertura
Extremidade da
cobertura
'assador e extremlda
ia alma saem para fora
10 ponto Z
\ X
Ponto Z
a 1/2 passador do ponto X /
Cobertura chanfrada
Alise e a cobertura
chanfrada desaparecerá
f---:-
L-----'-
1/3 :-----1
��-�
1 do pam1dor
(_.--'� i;·-
,
1
�.
Corte em ângulo de 45º
Mctadedu
c�tremld11desdc eud11
pcrn11 da 11!m11
Fig. 8-71h: Passo 8 (marcar a alma na extrem idade com volume reduzido)
582 ARTE NAVAL
Cruzamento \
\
1
1
a marca R --�- -
Fig. 8-71i (1): Passo 9 (embuti r a alma exposta)
Cabo fino
<>--- Puxe �
Tensao mecan1ca
_ .. .
(III)
�
(A)
(I) (II)
Aperta-se bem cada cote sobre o cabo e junto do que lhe fica
imediatamente acima, como se vê em B. Os nós podem ficar cada um
embaixo do anterior, ou ficam afastados como na figura, ou mesmo
diametralmente opostos.
Fig. 8-94:
8.110. Gaxeta quadrada, ou de quatro faces Gaxeta
(fig. 8-95): Feita com 8, 12, 16 etc., cordões que são portuguesa
596 ART E NAVAL
como se vê na figura.
8.131. Defensas:
a. Generalidades: As defe nsas exercem u m papel fu ndamental na
proteção d e embarcações atracadas, tanto em relação a o utras, como
a os cais o u píeres. Elas se porta m como u m amortecedor, assegurando
a proteção adequada entre n avios e a estrutura de atracação, mas, para
que sejam efi cientes é preciso considerar o ta manho da e mbarcação,
bem como o desempenho ou a plicação das d iferentes formas de
defensas para a seleção d o ti po adequado.
As defensas comuns, q u e descrevemos a segu i r foram uti lizadas
extensiva mente no passado, e consisti a m de saco de lona forte, de forma
adequada, cheio de cortiça gra nulada, borracha ou pedaços de cordões
de cabo de fi bra usado; o saco é coberto por em botijo e a m a rrad o por
u m fiel . Leves, podiam ser conduzidas e manobradas por u m só homem.
U sadas nos navios e nas embarcações miúdas, tinha como fi nalidade
protegê-los d u ra nte a atracação e enquanto estivessem atracados,
evitando ava rias ou q u e a pintura fosse danificada, sendo posicionadas
nos pontos mais salientes ou onde se tornar necessário.
As defensas gra ndes, feitas de pedaços de espias grossas eram
pesadas, exigindo u m teq ue e a lguns homens para sua manobra;
eram colocadas no costado, onde o navio pudesse e ncosta r ao cais,
gera l mente a meia-nau.
b. Confecção das defensas comuns:
Saco interno - Costura-se u m pedaço de lona forte na forma
que se deseja para a defensa. Faz-se u m estropo de a nel (art. 8.162} de
ta manho adequado. Enche-se o saco com cortiça gra n u lada, borra cha,
pedaços de cabo etc., até 1/4 da capacidade, coloca ndo-se então o
estropo feito. Acaba-se o enchimento do saco, costura-se a parte de
cima, deixa ndo comprimento suficiente de estropo para fora, o q ua l
servirá de alça.
Em vez de fazer o estropo de a nel, pode-se forma r a alça com um
cabo dobrado, cujos dois chicotes saem por baixo do saco; depois deste
TRABALHOS D O M A R I N H E I RO 60S
estar cheio, os chicotes, na parte que sai por baixo, são descochados e
cosidos à parte externa da lona. O cabo que se amarra à alça da defensa
chama-se fiel. O fiel pode ser preso diretamente à defensa, por meio de
costura de mão, se esta tiver ilhoses em vez de alça.
c. Embotijo: O invólucro de uma defensa comum é um embotijo.
O mais usado é o embotijo de defensa, cujo modo de construção foi
descrito no art. 8.98. Toma-se um pedaço longo de cabo e descocha-se,
separando os cordões em todo o comprimento. Um desses cordões é
amarrado no meio da defensa, com volta redonda e um nó qualquer.
O trabalho será assim dividido em duas partes, começando o embotijo
do meio para os extremos da defensa; podem ser usados apenas dois
cordões, um para a metade superior e outro para a inferior; mas, se for
necessário, emendam-se os pedaços de cordão uns aos outros durante
o trabalho, até terminar a construção da defensa. Note-se numa defensa
comum que a metade superior tem os cotes colocados em posição
exatamente inversa dos outros, da metade de baixo.
d. Tipos de defensas comuns:
(1) defensa chata ou charuto - Empregada para navios e
embarcações miúdas, temporariamente, durante a atracação conforme
mostra a fig. 8-111 (A);
(2) defensa de balão - Usada em navios e embarcações miúdas,
temporariamente, durante a atracação como o indicado na fig. 8-111 (B);
(3) defensa cilíndrica vertical ou garrafa - Usada principalmente
nos rebocadores e embarcações miúdas, temporariamente, na
atracação, segundo o exemplo da fig. 8-111 (C);
(4) defensa cilíndrica horizontal - Semelhante à anterior, mas
tem dois fiéis para a amarração em posição horizontal; empregada nos
rebocadores e embarcações miúdas, permanentemente, fixas junto ao
verdugo, também de acordo com a fig. 8-111 (D);
(5) defensa da roda ou meia-lua - Horizontal, de forma adequada
para sua fixação permanente ao bico de proa dos rebocadores e lanchas.
Confeccionada com cabos, revestida com ponto de embotijo, como indica
a fig. 8-111 (E);
(6) defensa circular - Fixa, feita com pneus usados, cheios de
cabos ou outro material leve e resistente, sendo presa com cordões de
cabo por meio de ponto de embotijo. Na parte oposta à alça, faz-se um
furo para escoamento da água, como na fig. 8-111 (F); e
(7) defensa para cais - Podem ser flutuantes de madeira ou de
cabos velhos, feixes de lenha etc., ficando neste caso amarradas ao cais
{fig. 8-112a e 8-112b).
606 ARTE NAVAL
Fig. 8-112a : Defensa para cais (comprimento: 3m; diâ metro: 0,80m)
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Estrutura do cais
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Defensas de secção Ll. (bordos)
/e'í � J :r
Defensas de secção
1
n (bordos)
1
W::d:oDefensas de seção em
buraco de fechadura (proa e popa)
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)
>
Defensas de seção cilíndrica
(proa e popa)
'"
� '/: )::]: __:-
8.132. Pranchas:
a. Para mastreação ou guindola (fig. 8-114) : É u m a tábua d e
pelo menos 2 0 cm de l a rgu ra; o comprimento usual é de 6 0 cm, pois
a pra ncha deve acomodar u m só homem. São feitos q u atro fu ros, dois
em cada extremidade d a tábua; esta pode ser reforçada, n a pa rte
i nferior, como se vê na figura, se bem que isto não seja essencia l .
Tom a-se u m cabo solteiro, de cerca d e 4,30 metros d e
comprimento. Pa ra aparelhar a pra n cha, gurne-se u m chicote n u m d o s
furos, deixa ndo u m pequeno comprimento d e chicote p o r ba ixo d a
tá bua. G u rne-se o outro chicote n o furo d i retamente oposto àquele,
na outra extremidade d a tábua, d e cima para ba ixo. Traz-se então o
cabo para o lado do primeiro fu ro, cruzando a tábua diagonal me nte,
TRABALHOS DO M AR I N H E I RO 613
é, tem uma dobra de cada lado. A outra parte é passada por dentro
do seio superior da d i reita, como se vê na figura; dá-se, em seguida,
um n úmero d eterminado de voltas redondas envolvendo os dois
seios, dependendo este n ú mero d o comprimento desejado para o
degrau . Depois o cabo g u rne pelo seio i nferior da esquerda e o nó é
bem a pertado. Para o d egrau segui nte é feito u m nó idêntico, dado e m
sentid o oposto.
Fig. 8-117: Escada de q uebra-peito (de cabo - a figura só mostra o primeiro degrau)
Talha patente
Pluma fazendo o papel
de amantilho
8-118: Lança
620 ARTE NAVAL
so eira
- -
oposto e a marca de cruza mento coi ncidindo com as das outras (fig.
_•·•
8-120).
\'-
redondas e dois cotes (fig. 8-125); q uando somente se pode usar o seio
do cabo, faz-se como ind ica a figura 8-126. Ver também o art. 8.24.
8.144. Dar volta a um cabo num cunho (fig. 8-129): Dá-se volta
às a driças, tiradores das ta l has etc., n u m cun ho por meio de voltas
fa lidas como mostra a figura 8-129 (A). N ote-se a d ife rença desta figura
para a figura 8-129 (B). N este caso, a pri meira volta que o cabo dá é
passada por cima do c u nho; deste modo o esforço sobre o vivo d o
c a b o tende a forçar este d e encontro a o cunho, e também exercid o n o
c a b o tende a afastá-lo d o c u nho, não permiti n d o q u e as voltas possam
ficar m ordidas. Na ú ltim a volta d á-se u m cote, como se vê e m (A) e não
como está e m (C).
8.145. Dar volta a um cabo numa malagueta - fig. 8-130 (A) e (B):
(1) dão-se voltas fa lidas, exatamente como foi d ito acima, para
u m cun ho; e
(2) a figura 8-130 (A) mostra u m cabo que tem a lça dando volta
n u m a malagueta; neste caso, o vivo do cabo é dirigido para cima e foi
ama rrado primeiro à malagueta e depois à outra parte que se deseja
prender. A a l ça d everá ser passad a de modo i nverso, isto é, em baixo
d a malagueta, se o cabo tiver de ser d irigido para baixo, conforme a
fig. 8-130 (B).
--�-�-----·-
-----
n ,n
de cote pela cocha .
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8.151. Dar volta aos fiéis de toldo (fig. 8-140): O uso da corrente
(art. 8.31) nos fiéis d e
toldo é i nconveniente,
pois enfeia m uito o n avio.
Para a marrar o fie l d e toldo
a o vergueiro, o método
mais simples e prático
Fig. 8- 140: Dar volta aos fiéis de toldo
é d a r voltas redondas
entre o i lhós d o toldo e o
vergueiro . Deixa-se um comprimento no chicote do fiel, suficiente para
da r outras voltas redondas perpendiculares às primeiras. Para remata r,
dobra-se o chicote do fie l e mete-se esta dobra no meio das p ri m eiras
636 ARTE NAVAL
ourela u.
b. Ponto de livro {fig. 8-144): Semelha nte ao ponto
de bigorrilha e m u ito usado para forra r o bjetos
com lona.
Enfia-se a agul h a no ponto a, deixando
o chicote do fio escondido n a dobra e m ordido
neste primeiro ponto; dá-se e m segu ida o ponto b,
enfiando a agu l h a n o pano B d e fora para dentro,
Fig. 8-144: Ponto de modo a sair pela d obra; segue-se o ponto e,
de livro
e nfiando a agul h a n o pano A d e dentro para fora,
isto é, entra nd o pela dobra e saindo pelo pano. Prossegue-se deste
modo até term i n a r a costura.
Observa-se que este ponto d ifere do de bigorri l h a porque a
agu l h a não atravessa as d u as lonas de u m a vez, e os pontos a, b, c, d,
ficam em ziguezague.
Usualmente dão-se 8 o u 9 pontos por 10 centímetros.
c. Ponto de bigorrilha: Usado para emendar dois ou mais panos
com dobra em cada um deles ou para um ligeiro reparo em lona pesada
que se tenha rasgado ou ainda para confecção de capas e para forrar
638 ARTE NAVAL
(I) (II)
Fig. 8-150: Ponto de cadeia Fig . 8-151: Ponto de sapateiro ou ponto de fenda
ESPICHA
e=:
Fig. 8-157b: Agulha para costurar brim
SEÇÃO G - ESTROPOS
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1W �
Fig. 8-161 Estrepo de rede Fig. 8-162: Estropo de lona
!
de ângulo
fa
DO CABO
� �
Ligação Ligação Ligação Ligação
mm pol
Terminal Costura Terminal Costura Terminal Costura Terminal Costura
9,5 3/8 430 430 390 390 320 320 230 230
12,7 1/2 720 720 630 630 500 500 360 360
15,9 5/8 1.450 1.450 1.270 1.270 1.040 1.040 720 720
19,0 3/4 2.200 2.000 1.900 1.800 1.500 1.400 1.100 1.000
22,2 7/8 2.900 2 .600 2.500 2.200 2 .000 1.800 1.400 1.300
25,4 1 3.800 3.200 3.300 2.800 2.700 2.200 1.900 1.600
28,6 1 1/8 4.600 3.800 4.000 3.300 3.300 2.700 2.300 1.900
31,7 1 1/4 5.400 4.400 4.700 3.800 3.800 2.700 2.700 2.200
-��
anel assi m feito. Trincafia-se e forra-se, se isto for desejado. Serve para
a lcear o poleame ou para estropos de pequeno tamanho, mas é pouco
usado atua l me nte.
/ -1
��::,
Fig. 8-164: Estrepo trincafiado
º
as pernadas. Observe-se que a ca rga com as pernadas a 30 de ângulo
sobre a horizo ntal é duas vezes maior, e, ao se aproximar de O º o
ângulo, a ca rga torna-se quatro vezes maior, em cada pernada.
Na prática, nem sempre se pode evitar os â ngulos pequenos
das pernadas, pois estas devem ficar bem justas sobre a carga a içar.
Considera-se óti mo o emprego de um â ngulo n unca menor de 45 º .
Quando isto não for possível, tem que se leva r e m conta o rá pido aumento
da carga à proporção que esse â ngulo se torna menor, e verificar se o
estropo em pregado é o aconsel hado para ta l carga; a escolha do estropo
adequado d eve levar em consideração o fator de segurança.
o o
o
ÂNGULO ESFORÇO EM
85° 80"75º 70" 65° 60º 55º 500 º
CADA PERNADA 55º 600 65 70°75° 80"85º
1 5° 3 . 864 kg
20 2 . 924
25 2 . 36 6
30 2 . 000
35 1 . 743
40 l . 55 6
45 l. 4 1 4
sp l . 305
55 1 . 221
60 1 . 1 55
65 1 . 1 03
70 1 . 064
75 1 . 03 5
80 1 . 01 5
85 1 . 004
2.000 QUILOS
l 1 1/32
3/4 7/8 1 3/8 6 1 1/4 2 4 8 8 1/2 1 3/4 1 2 11/16 5 3/4 1 1/8 1 29/32
l 1 5/32
7/8 1 1 1/2 6 1 1/2 3 6 11 10 1/8 2 I 3 6 7/8 1 1/4
1 1 1/8 1 3/4 7 1 3/4 3 6 12 10 1/8 2 1 3 8 1 3/8
5
� 1 1/8 1 1/4 1 7/8 8 1 7/8 3 1/2 7 13 12 2 I 3 3/4
t5 1 1/4 1 1/2 2 1/8 9 2 1/8 3 1/2 7 14 12 2 I 3 3/4
1 3/8 1 5/8 2 3/8 10 2 3/8 4 8 15 15 3/8 2 3/8 1 4 1/2
1 1/2 1 3/4 2 3/4 12 2 1/2 4 8 16 16 3/4 2 1/2 I 5
{Chain tnstitute Standard)
1,..-- G --1
Olhal comumo Olhal de pera
e ligação
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H► I 7�
. º . .· .·
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Gato comum �
1 Comprimento como desejado