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COMANDO:
PERGUNTAS NORTEADORAS
A imagem aborda educação em saúde. Muitas vezes, na prática, ela vem sendo
empregada apenas como divulgação, transmissão de conhecimentos e
informações, de forma fragmentada e distante da realidade de vida da
população ou indivíduo. Como futuro profissional de saúde, de que forma você
pode promover ações educativas que sejam mais efetivas?
Até o final da década de 1970 e início dos anos 1980, a educação em saúde era
utilizada para eliminar ou diminuir a ignorância da população sobre as causas
biológicas das doenças, desconsiderando-se as culturas das populações ou dos
grupos populacionais trabalhados e as ações educativas restringiam-se às questões
de higiene e conscientização sanitária, assumindo, predominantemente, um caráter
individualista, autoritário e assistencialista (ALVES; AERTS, 2011).
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Ao longo dos anos foram surgindo diversas estratégias para tornar as ações
educativas mais efetivas como, o caráter de não obrigatoriedade da participação e a
utilização do lúdico e da arte como ferramentas de aproximação do universo popular
e de construção de vínculos, realização de oficinas de mobilização comunitária,
criação de Núcleos de Cultura, Educação Popular em Saúde (NUCEPS), além da
realização de encontros, seminários e conferências. Também pode ser realizado
dinâmicas de grupos, leitura de textos, exercícios práticos, oficinas e rodas de
conversa, onde as temáticas variaram de acordo com o foco específico de cada
programa ou ação, e os interesses da população, incluindo: planejamento familiar,
prevenção do câncer ginecológico, conceito de saúde e bem-estar, direito à saúde,
estilos de vida, atividades físicas e lazer, alimentação saudável, processo de
envelhecimento, problemas de saúde e práticas de autocuidado e vigilância da
saúde da criança (PINHEIRO; BITTAR, 2017).
A execução destas ações pode ser realizada em espaços alternativos na
comunidade como salão de igreja, parques e praças da cidade, quadras ou ginásio
de escolas e espaços saúde existente em algumas unidades de saúde. Com essas
ações mais próximas da comunidade espera-se conseguir atrair crianças, jovens,
adultos e idosos a participarem destas ações.
contribuir para que uma população seja mais sadia e nem é fator que possa
contribuir para mudanças desejáveis para melhoria da qualidade de vida da
população. Diante disto, como médico de uma USF, como seria a sua
abordagem com os seus pacientes na orientação em ambiente ambulatorial e
em ações educativas?
O modo de abordagem médico-paciente ideal para a educação em saúde, tanto no
ambulatório quanto em ações educativas, deve ser coerente com a vivência do
paciente em questão. Isto é, o educador deve ter uma visão macroscópica do
atendimento médico, levando em conta os determinantes sociais e a necessidade de
adaptação a realidade brasileira do Sistema Único de Saúde.
Nesse sentido, a Intersetorialidade e diálogos multiculturais refere-se a busca de um
serviço humanizado integrado e integrador que conta com a multidisciplinaridade de
profissionais que tracem estratégias e debates para um território especifico,
atendendo as necessidades e realidade da população (BRASIL, 2012).
Por conseguinte, para a adesão e compreensão desse cidadão é importante frisar
que o profissional da saúde deve se atentar para o contexto sociocultural do
educando, valorizando o diálogo com a comunidade, atributo que pode ser
alcançado mediante mesas redondas e oficinas interativas, nas quais o usuário do
SUS tem autonomia para compartilhar seus saberes, visões e sugestões para
alavanque da saúde, fomentando a gestão participativa proposta pelo SUS (BRASIL,
2012). A construção de horizontes éticos para o cuidado em saúde não apenas
como ação sanitária, mas social, política, cultural, individual e coletiva, inserida na
perspectiva da produção social da saúde, na qual se integram a diversidade de
saberes e práticas de cuidado permeadas pela amorosidade, pelo diálogo, pela
escuta, pela solidariedade e pela autonomia (BRASIL, 2012).
Além disso, deve-se pontuar, tanto a adequação linguística, fazendo uso de
vocábulos pertencentes a esfera social em questão, bem como fazer perguntas
sobre as orientações de saúde para ter certeza que foram bem compreendidas pelo
paciente como métodos de assegurar o ensino em saúde. É importante que suas
recomendações sejam postas em pratica por ele e que ele se torne um multiplicador
de saúde, por isso, testar o canal de comunicação é imprescindível.
Há também, a importância de que tais recomendações caibam na vida desse
indivíduo. Exemplo disso é, caso o paciente for de condições socioeconômicas
vulneráveis, encorajar o aleitamento materno, alimento nutritivo e sem custos, ao
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REFERÊNCIAS
ALVES, Gehysa Guimarães; AERTS, Denise. As práticas educativas em saúde e a
Estratégia Saúde da Família. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, n. 1, p.
319-325, Jan. 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1413-81232011000100034&lng=en&nrm=iso. Acesso em:
03 junho 2020.
AMARAL, Maria Carmélia Sales do; PONTES, Andrezza Graziella Veríssimo; SILVA,
Jennifer do Vale e. O ensino de Educação Popular em Saúde para o SUS:
experiência de articulação entre graduandos de enfermagem e Agentes
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