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Aristóteles
Busto de Aristóteles
Cópia romana de uma escultura de Lísipo
Morte 322 a.C. (62 anos)
Principais Física, metafísica, poesia, teatro, música, retórica, política,
interesses: governo, ética, biologia, zoologia
Aristóteles (em grego clássico: Ἀριστοτέλης; romaniz.: Aristotélēs; Estagira, 384
a.C. — Atenas, 322 a.C.) foi um filósofo grego durante o período clássico na Grécia
antiga, fundador da escola peripatética e do Liceu, além de ter sido aluno
de Platão e professor de Alexandre, o Grande.[2] Seus escritos abrangem diversos
assuntos como: a física, a metafísica, as leis da poesia e do drama, a música,
a lógica, a retórica, o governo, a ética, a biologia, a linguística, a economia e
a zoologia. Juntamente com Platão e Sócrates (professor de Platão), Aristóteles é
visto como um dos fundadores da filosofia ocidental. Em 343 a.C. torna-se tutor
de Alexandre da Macedónia, na época com treze anos de idade, que será o mais
célebre conquistador do mundo antigo. Em 335 a.C. Alexandre assume o trono e
Aristóteles volta para Atenas onde funda o Liceu.
Todos os aspectos da filosofia de Aristóteles continuam sendo objeto de estudos
acadêmicos. Embora Aristóteles tenha escrito muitos tratados e diálogos formatados
para publicação, apenas cerca de um terço de sua produção original sobreviveu,
nenhuma delas destinada à publicação.[3] Aristóteles foi retratado por grandes
artistas, como Rafael Sanzio e Rembrandt. As primeiras teorias científicas
modernas, incluindo a circulação do sangue de William Harvey e
a cinemática de Galileu Galilei, foram desenvolvidas em reação às de Aristóteles.
No século XIX, George Boole deu à lógica de Aristóteles uma base matemática com
um sistema de lógica algébrica. No século XX, Martin Heidegger criou uma nova
interpretação da filosofia política de Aristóteles, entretanto em outros lugares
Aristóteles foi amplamente criticado, até mesmo ridicularizado por pensadores como
o filósofo Bertrand Russell e o biólogo Peter Medawar. Mais recentemente,
Aristóteles foi novamente levado a sério, como no pensamento ético de autores
como Ayn Rand, Alasdair MacIntyre, John McDowell e Philippa Foot,[4] enquanto
Armand Marie Leroi reconstruiu a biologia aristotélica. A imagem de Aristóteles
orientando o jovem Alexandre permanece atual, como foi retratada no filme de 2004,
Alexandre. Sua obra Poética continua a exercer influência no cinema norte-
americano.
Índice
1Vida
2Campos de estudo
o 2.1Lógica
o 2.2Física
o 2.3Óptica
o 2.4Química
o 2.5Astronomia
o 2.6Biologia
o 2.7Metafísica
2.7.1Substância
2.7.2Realismo imanente
2.7.3Potencialidade e atualidade
o 2.8Psicologia
o 2.9Ética
o 2.10Retórica
o 2.11Artes
2.11.1Música
2.11.2Poética
o 2.12Política
3Obra
4Legado
o 4.1Filósofos gregos posteriores
o 4.2Influência sobre os eruditos bizantinos
5Referências
6Bibliografia
7Ligações externas
Vida
Campos de estudo
Em 335 a.C. Aristóteles funda sua própria escola em Atenas, em uma área de exercício público dedicado
ao deus Apolo Lykeios, daí o nome Liceu.[17] A escola de Aristóteles, afresco de Gustav Adolph
Spangenberg, 1883-1888
Aristóteles argumentou que uma habilidade como tocar flauta poderia ser adquirida – o potencial tornado
real – pelo aprendizado.
O vir a ser é uma mudança em que nada persiste, do qual o resultante é uma
propriedade. Nessa mudança em particular, ele introduz o conceito de
potencialidade (dynamis) e atualidade (entelecheia) em associação com a matéria e
a forma. Referindo-se à potencialidade, é aquilo que uma coisa é capaz de fazer,
ser ou receber atuação sobre, se as condições forem corretas e não for impedido
por outra coisa. Por exemplo, a semente de uma planta no solo é potencialmente
(dynamei) planta e, se não for impedida por algo, tornar-se-á uma planta.
Potencialmente, os seres podem ou "agir" (poiein) ou "sofrerem atuação sobre"
(paschein), o que pode ser ou inato ou aprendido. Por exemplo, os olhos possuem a
potencialidade da visão (ação inata), enquanto a capacidade de tocar flauta pode
ser possuída pelo aprendizado (exercício – ação). Atualidade é a realização do fim
da potencialidade. Como o fim (telos) é o princípio de toda mudança, e em prol do
fim existe potencialidade, portanto a atualidade é o finalidade. Referindo-se então ao
nosso exemplo anterior, poderíamos dizer que uma atualidade é quando uma planta
realiza uma das atividades que a planta realiza. [52]
Pois aquilo pelo qual (to hou heneka) uma coisa é, é o seu princípio, e o devir é pelo
bem do fim; e a atualidade é o fim, e é por isso que a potencialidade é adquirida.
Pois os animais não vêem para que possam ter visão, mas têm visão para que
possam ver.[71]
Em resumo, a matéria utilizada para fazer uma casa tem potencial para ser uma
casa e tanto a atividade de construção quanto a forma da casa final são atualidades,
o que também é uma causa final ou finalidade. Então Aristóteles prossegue e
conclui que a atualidade é anterior à potencialidade na fórmula, no tempo e na
substancialidade. Com esta definição da substância particular (isto é, matéria e
forma), Aristóteles tenta resolver o problema da unidade dos seres, por exemplo, "o
que é que faz do homem um"? Como, segundo Platão, existem duas ideias: animal
e bípede, como então o homem é uma unidade? No entanto, de acordo com
Aristóteles, o ser potencial (matéria) e o atual (forma) são um e o mesmo. [52]
Psicologia
Ver também: Da alma (Aristóteles)
Na medida em que se ocupa das mais elaboradas entidades naturais, a psicologia
foi c