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Mateus Motta Cordeiro

RESENHA DO TEXTO: INICIAÇÃO EM SENSORIAMENTO REMOTO CAP 8

A autora do texto, Teresa Gallotti Florenzano, é graduada em Geografia pela


Universidade de São Paulo (1974), mestre em sensoriamento remoto pelo INPE (1985) e,
também, possui doutorado em Geografia Física pela Universidade de São Paulo. É
pesquisadora do INPE desde 1986 e trabalha no desenvolvimento de pesquisas em
sensoriamento remoto aplicado na geomorfologia.

Neste capitulo, a autora passa ao leitor a importância da recorrência de captação de


imagens de espaços, sejam eles aquáticos, urbanos ou rurais. Afim de identificar as mudanças
nestes terrenos, muitas vezes causadas pelo homem, as imagens ajudam no reconhecimento,
por exemplo, dos avanços das zonas urbanas, de áreas afetadas por queimadas e etc.

O primeiro ambiente cujo qual a autora utiliza para explicar a importância destas
imagens, é o ambiente aquático, estes que podem ser naturais – rios, lagos, mares e oceanos –
ou criados pelo homem como, por exemplo, represas. Em ambientes aquáticos, as imagens
auxiliam no monitoramento de secas e cheias e de toda a variação da lâmina d’agua destes
locais. Além disso, a poluição destas áreas também pode ser visualizada através das imagens
captadas, no texto fica claro como isto é demonstrado através de exemplos expostos pela
autora.

Além do ambiente aquático, as imagens também auxiliam no acompanhamento das


zonas rurais, onde podem ser encontradas por áreas cobertas de matas secundárias, pastagens,
espaços utilizados para a criação de gado, reflorestamentos e por cultivos. A autora explica
que, através deste processo de sensoriamento, é possível obter uma estimativa de área
produtiva, por exemplo, quantos hectares de um determinado cultivo possui o espaço
visualizado. Com base nesta utilidade, criou-se um projeto chamado de Canasat, este projeto
consiste em utilizar as imagens cedidas pelos satélites para identificar e mapear a área que se
utiliza para o cultivo da cana-de-açúcar, estes mapas são gerados a cada safra, fazendo assim,
com que haja um discernimento de como o cultivo vai evoluindo ao decorrer dos anos e,
como isso afeta no espaço.

Outro ambiente citado pela autora onde também se utiliza os mapas e imagens criadas
é, logicamente, o ambiente urbano. Este espaço está, também, em constante mudança e
expansão. Ao longo do texto, a Florenzano mostra, através de imagens, a diferença dos
terrenos entre cidades que foram planejadas e de cidades que nasceram e cresceram de forma
espontânea, sem que houvesse um planejamento em prol da expansão. No texto os exemplos
utilizados são Brasília, como cidade planejada e Fortaleza, como cidade “espontânea”. Devido
a rápida expansão territorial das áreas urbanas, o sensoriamento remoto também auxilia a
buscar soluções para o planejamento do uso do solo em áreas urbanas, desta forma, entende-
se que é importante o acesso constante a estas imagens cedidas pelos satélites, pois por elas é
possível ter conhecimento para qual direção os centros urbanos estão se expandindo.

Finalizada a leitura do texto, Florenzano consegue, de forma didática, explicar a


importância e a utilidade do uso de imagens no estudo de ambientes transformados. Através
de imagens acompanhadas de detalhadas descrições, o que é exposto de forma teórica fica
mais próximo de uma experiencia ‘prática’, pois todo o detalhamento que é nos dado através
de imagens cedidas por estudos destes ambientes transformados são muito bem expostos.

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