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História dos Jogos Paralímpicos

Em 1939, o neurologista alemão de origem judia Ludwig Guttmann foi forçado pelo governo
nazista da Alemanha a deixar o país com sua família e se estabelecer na Inglaterra,
trabalhando na Universidade de Oxford. Em 1943, Guttmann foi indicado pelo governo
britânico para chefiar o Centro Nacional de Traumatismos na cidade de Stoke Mandeville,
sendo sua principal missão a reabilitação de soldados que serviram na Segunda Guerra
Mundial. Guttmann desenvolveu uma nova filosofia de tratamento para os seus pacientes
que unia trabalho e esporte. Com o sucesso do novo sistema, Guttmann promoveu, em 28
de julho de 1948, o primeiro evento esportivo exclusivo para portadores de deficiência..

Principais atletas brasileiros Paralímpicos

Daniel Dias | Natação - 14 ouros

O fenômeno da natação paralímpica Daniel Dias vai se despedir dos Jogos depois de
Tóquio, mas deixa um legado difícil de ser superado.
Na Rio 2016, ele subiu mais quatro vezes ao lugar mais alto do pódio.
No entanto, desta vez, Daniel passou por uma reclassificação obrigatória — procedimento
que analisa atletas com deficiências funcionais para determinar em qual categoria eles vão
competir.
O resultado o colocou para competir com atletas com deficiências menos restritivas, e ele
ainda não ganhou um ouro.

André Brasil | Natação - 7 ouros


O nadador ganhou três ouros em Londres 2012 e mais quatro em Pequim 2008.
Na Rio 2016, ele ganhou duas pratas e dois bronzes, se tornando o segundo brasileiro com
mais medalhas em Paralimpíadas, ao lado do também nadador Clodoaldo Silva — ambos
têm 14.
André ficou de fora de Tóquio depois de passar por uma reclassificação com base em
novas normas.
O atleta, que teve paralisia infantil na infância e como consequência ficou com uma perna
mais fraca do que a outra, foi considerado fora do padrão para a S10, a mais alta das
classes funcionais.
Na prática, isso significou que ele só poderia competir na natação convencional.
O atleta entrou com uma ação contra a decisão do Comitê Paralímpico Internacional, mas o
pedido foi rejeitado por uma corte alemã.

Clodoaldo Silva | Natação - 6 ouros

Dono do segundo melhor desempenho em número de medalhas de um brasileiro em


Paralimpíadas, ao lado de André Brasil, com um total de 14, o nadador ganhou metade
delas em uma única edição.

Em Atenas 2004, Clodoaldo conquistou nada menos do que seis ouros e uma prata — e
tem ainda mais cinco pratas e dois bronzes.

Ele disputou um total de cinco edições dos Jogos, a partir de Sydney 2000.

Clodoaldo se aposentou na Rio 2016, quando encerrou sua carreira com uma prata.
Luiz Cláudio Pereira | Atletismo - 6 ouros

Um dos maiores nomes do atletismo paralímpico do Brasil, Luiz Cláudio Pereira foi por
bastante tempo recordista do número de medalhas conquistadas.

Em sua carreira, foram nove medalhas ao todo — quinto melhor desempenho na história do
esporte paralímpico do Brasil atualmente —, seis delas de ouro e três de prata.

Foi tricampeão do arremesso de peso em Stoke Mandeville-Nova York 1984, Seul 1988 e
Barcelona 1992.

Venceu o lançamento de disco em Seul 1988 e o lançamento de dardo em Stoke


Mandeville-Nova York 1984 e Seul 1988.

Ádria Santos | Atletismo - 4 ouros

Nenhuma outra mulher ganhou tantas medalhas para o Brasil em Paralimpíadas quanto a
velocista.

Foram 13 entre Seul 1988 e Pequim 2008 — é o quarto melhor desempenho de um


brasileiro nos Jogos Paralímpicos.

Ádria ganhou seus quatro ouros ao vencer os 100 metros rasos em três edições (Barcelona
1992, Sydney 2000 e Atenas 2004) e os 200 metros rasos em Sydney 2000.
A atleta conquistou também oito pratas e um bronze — este último na China, quando
encerrou sua carreira paralímpica.

História da Natação

A natação paralímpica foi uma das modalidades participantes dos primeiros Jogos
Paralímpicos que aconteceram em 1960, em Roma. Nas primeiras edições dos Jogos
somente os atletas com lesões medulares podiam competir.

Natação no Brasil

A seleção brasileira de natação paralímpica ganhou a primeira medalha na modalidade no


ano de 1984, nos Jogos Paralímpicos que aconteceram em Stoke Mandeville, na Inglaterra.
Na ocasião, o Brasil faturou um ouro, cinco medalhas de prata e uma medalha de bronze.
Desde então, a natação não deixou de conquistar medalhas para a seleção brasileira. A
partir de 2004, em Atenas a Seleção Brasileira passou a brilhar nas piscinas. Clodoaldo
Silva conquistou sozinho seis das sete medalhas de ouro.
Nos Jogos seguintes, em Pequim, 2008, foi a vez de Daniel Dias conquistar quatro
medalhas douradas. Em 2012 o atleta mais uma vez brilhou e conquistou seis ouros, se
tornando o maior medalhista paralímpico brasileiro.

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