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CURSO PRÁTICO SUMÁRIO DE URINA:

INTERPRETAÇÃO CLÍNICA E
LABORATORIAL

Lícia de Sousa Gonçalves

Mestranda em Ciência e Engenharia de Materiais/IFPI;


Especialista em Docência do Ensino Superior/UESPI;
Biomédica Patologista Clínico/ Uninovafapi
Engenheira de Produção/ UFPI
CURSO PRÁTICO: Sumário de urina:
Interpretação clínica e laboratorial

Proporcionar ao profissional e estudante da área de


saúde uma melhor interpretação de um dos exames mais
solicitados na rotina laboratorial.
Certificação: 10 horas

 PARTE TEÓRICA  PARTE PRÁTICA


 Breve histórico do exame de  Análise microscópica do
urina e sua importância sedimento urinário:
 Biosseguranca em exames de  Cristais urinários
urina  Piúria
 O exame de urina de rotina  Hematúria
 Fases do exame de urina: análise  Leveduras
fisico-química
 Bacteriúria
 Fases do exame de urina de
rotina: Sedimentoscopia
 Avaliação das funções renais
pelo exame de urina
O que podemos avaliar no SU?

presença de a hidratação do
a função renal?
calculo renal? paciente?

o estado
se o diabetes está
os rins? nutricional do
descompensado?
paciente?

como está o Estado geral de se possui uma


Diabetes?
fígado? saúde? DST?

se o paciente A presença de
estado nutricional se tem infecção
possui algum tipo eclampsia em
do paciente? urinária?
de hemólise? gestantes?
Breve histórico
Meados século IV a.C. o
grego Hipócrates observou
as diferenças de cor e Anos 90 houve o
turvação nas urinas. aparecimento de
analisadores
multicanais e
contadores eletrônicos
de células e os LIS,
consagrando os
Século XVII surgiram os laboratórios.
primeiros passos para os
laboratórios, com o advento
do microscópio;

Pós-guerra os
Século XX, foram feitos os laboratórios passaram
primeiros exames em análises a contar com
clinicas, como por exemplo, o metodologias voltadas
teste de glicose na urina, através para o controle de
do reagente de Benedict qualidade;
Fases pré, pós e Analítica

Fase pré-analítica Fase analítica Fase pós-analítica


• Atividades que • Inicia-se com a • Inicia-se, após a
precedem o ensaio validação do sistema geração do resultado
laboratorial, dentro ou analítico, e se encerra, analítico, sendo
fora do laboratório. quando a determinação finalizada, após a
analítica gera um entrega do laudo
resultado. conforme legislação
vigente.
Fase pré-analítica
Coleta de urina
• Atividades que precedem o ensaio
laboratorial, dentro ou fora do
laboratório.
Coleta de Urina
 Adultos:
 Usar sempre recipiente estéril, fornecido pelo laboratório.
 Colher preferencialmente a primeira urina da manhã. Se
não for possível dar um intervalo mínimo de 4 horas após
a última micção.
 Iniciar a micção. Desprezar o 1º jato da urina, sem
interromper a micção, e recolher o jato médio.
 Evitar encher o frasco até a tampa. Desprezar também o
jato final. Fechar o frasco imediatamente.
 Após a coleta, trazer o material ao laboratório no prazo
máximo de uma hora. Informar se está ou esteve em uso
de antibióticos e/ou antissépticos urinários.
Coleta de Urina
 Crianças:
 A coleta deve ser realizada no laboratório com auxílio de
profissional apto. A coleta é feita com saco coletor próprio. Deve-
se ter o cuidado de trocar o saco a cada meia hora até que a
criança realize a micção.
Lembre-se:

A coleta correta da amostra de urina


é fator determinante para uma
interpretação adequada do exame!!!
Fases pré, pós e Analítica

Análise física
Fase analítica Análise química
• Inicia-se com a validação do sistema
analítico, e se encerra, quando a
Sedimentoscopia
determinação analítica gera um
resultado.
Fases do exame de urina

• ASPECTO • PH URINÁRIO • HEMÁCIAS

Análise química
Análise física

Sedimentoscopia
• COR • PROTEÍNAS • LEUCÓCITOS
• DENSIDADE • GLICOSE • CRISTAIS
• CETONAS • CILINDROS
• BILIRRUBINA • MUCO
• UROBILINOGÊNI • CÉLULAS
O EPITELIAIS
• HEMOGLOBINA
Análise física
Análise física
 ASPECTO
 A turvação na urina, em geral, resulta da presença de
leucócitos, hemácias, células epiteliais, bactérias e cristais
amorfos.
 Presença de lipídios, muco, linfa, cristais, leveduras e matéria fecal.

•Límpido
•Ligeiramente turvo
•Semi turvo
•Turvo
•Lig Límpido
Análise física

 COR
 Pigmento denominado urocromo.
 Fornece uma estimativa aproximada da concentração urinária.
 As diferenças de tom (pálido ou escuro) são normais devido às
variações do estado de hidratação do paciente.
 Vermelho, variando de rosado a negro pela presença de
sangue, hemoglobina ou mioglobina.
 Amarelo-escuro ou âmbar pela presença anormal do pigmento
bilirrubina.
Exercício

Urina 1: Límpido Urina 5: Turno e


e amarelo palha vermelho
Urina 2: Límpido
e amarelo escuro Urina 4: Turvo e
Urina 3 Semi
amarelo escuro
turvo e amarelo
citrino
Análise física

DENSIDADE
• É definida pela habilidade renal em controlar a
concentração e diluição da urina
• É definida não só pelo número de partículas
presentes, mas também por seu tamanho.
• Os principais responsáveis são a uréia, os
cloretos e os fosfatos.
Análise física

DENSIDADE

• Varia entre 1.015 a 1.025.


• Densidade de 1.010 - isostenúria;
• Abaixo de 1.010 - hipostenúria
• Acima- hiperestenúria.
Análise química
Análise química

PH URINÁRIO

• Em geral, o pH da urina varia


entre 4,5 e 8.
• Valores de pH acima de 8 ou
abaixo de 4,5 não são
fisiologicamente possíveis.
Análise química

PH URINÁRIO

• Aumenta: dietas ricas em frutas e vegetais,


alcalose metabólica, vômitos prolongados,
alcalose respiratória, após refeições, acidose
tubular renal

• Diminui: dietas ricas em proteínas, acidose


metabólica, acidose respiratória, infecções do
trato urinário por Escherichia coli e diarréias
severas.
Análise química

PROTEÍNAS

• O aumento da quantidade de proteínas na urina


(proteinúria) é, com freqüência, o primeiro indicador
de doença renal.

• Lesão da membrana glomerular, reabsorção tubular


deficiente, mieloma múltiplo, proteinúria ortostática,
pré-eclâmpsia e doenças renais decorrentes do
diabetes mellitus.
Análise química

PROTEÍNAS

• Resultado é semiquantitativo


Análise química

GLICOSE

• Depende de seus níveis no sangue, da taxa de


filtração glomerular e do grau de reabsorção tubular.
• Geralmente, ela aparece na urina quando seus
níveis sangüíneos são superiores a 180mg/dL.

• Quando a glicose está presente na urina, o resultado


é expresso em cruzes.
Análise química

GLICOSE
• Causas de glicosúria:
• diabetes mellitus
• doenças que afetam a reabsorção tubular (como
síndrome de Fanconi e doença renal avançada)
• casos de hiperglicemia não diabética (como as lesões do
sistema nervoso central, pancreatite e distúrbios da
tireóide)
Análise química

CETONAS

• São formadas durante o catabolismo dos ácidos


graxos.

• A cetose pode ser encontrada em condições


associadas à diminuição da ingesta de
carboidratos, redução da utilização de
carboidratos (diabetes mellitus), distúrbios
digestivos, eclâmpsia, dietas desbalanceadas,
vômitos e diarréia.
Análise química
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BILIRRUBINA:
Pigmento derivado da
degradação do heme

Fonte: Henrry, 2008

Fonte: Henrry, 2008


Análise química

BILIRRUBINA

• Mostra-se elevada nas condições em que a


bilirrubina conjugada aumenta no soro.
• Diagnóstico diferencial das icterícias.
• Medicamentos que corem de vermelho a urina
podem interferir na reação.
Análise química
UROBILINOGÊNIO

• Normalmente, há uma pequena quantidade


(menos de 1mg/dL) na urina.
• Elevação: hepatopatias, nos distúrbios
hemolíticos e nas porfirinúrias.
• A ausência de urobilinogênio na urina e nas
fezes significa obstrução do ducto biliar.
Análise química

HEMOGLOBINA

• Pode ocorrer como resultado da lise de hemácias


produzida no trato urinário, ou como resultado de
hemólise intravascular

• Glomerulonefrites, pielonefrites, cistites, cálculos e


tumores.

• Doenças extra-renais, como a hipertensão maligna,


tumores, episódios agudos de febre, traumas,
exercícios intensos e certas drogas.
Análise química

Nitrito
• é um sinal indireto da presença de bactérias
• apenas sugere infecção
Análise química

Ácido Ascórbico
• Devido a sua ação antioxidante, atrapalha as reações
químicas dos testes laboratoriais que executam
oxidação
• detecção de hemoglobina, glicose, nitritos,
bilirrubina e cetonas.
• É importante saber que resultados inesperados
podem ser falsos positivos ou falsos negativos
causados pela vitamina C.
Sedimentoscopia
Sedimentoscopia
 HEMÁCIAS
 Em pequenas quantidades, as hemácias são encontradas na
urina de pessoas normais.
Sedimentoscopia
 HEMÁCIAS
 Hematúria:
 Doenças renais, como glomerulonefrites, pielonefrites,
cistites, cálculos, tumores e traumas.
 Condição que resulte em inflamação ou comprometa a
integridade do sistema vascular.
 Após exercícios intensos.
Sedimentoscopia

 LEUCÓCITOS
 Resulta de infecções bacterianas ou de outras doenças
renais e do trato urinário.
Sedimentoscopia

 LEUCÓCITOS
 Pielonefrite, cistite, prostatite e uretrite, podem ser
acompanhadas de bactérias ou não, como no caso da
infecção por clamídia.
 Patologias não infecciosas, como a glomerulonefrite, o
lúpus eritematoso sistêmico e os tumores.
Sedimentoscopia
 CRISTAIS
 São encontrados com freqüência na urina e raramente têm
qualquer significado clínico.
Urato
amorfo
Oxalato
de Cálcio
Ácido
Úrico

Cistina
Fosfato amorfo Fosfato triplo Carbonato de Calcio Uratos de amônio
Sedimentoscopia

Cristais de cistina • Indicam uma doença chamada cistinúria.

• podem ser normais, em casos de urina muito


Cristais de magnésio-amônio-
alcalina provocada por infecção urinária pelas
fosfato
bactérias Proteus ou Klebsiella.

Cristais de tirosina • Presentes em uma doença chamada tirosinemia.

Cristais de bilirrubina • Costumam indicar doença do fígado.

Cristais de colesterol • Costuma ser um sinal de perdas maciças de


proteína na urina.
Sedimentoscopia
 CILINDROS
 São exclusivamente renais e formam-se em especial
no interior da luz do túbulo contornado distal e do
ducto coletor.
 O principal componente dos cilindros é a proteína de
Tamm-Horsfall, uma mucoproteína secretada
somente pelas células tubulares renais.
Sedimentoscopia

Cilindros
Cilindros Cilindros
hemáticos Cilindros epiteliais:
leucocitários: granulosos
(sangue):

• Indicam • Indicam • indicam lesão dos • indicam


glomerulonefrite. inflamação dos túbulos. proteinúria
rins.
Sedimentoscopia
 MUCO
 Proteína fibrilar produzida pelo epitélio tubular renal e pelo
epitélio vaginal.
 Não é considerado clinicamente significativo.
 Associado à contaminação vaginal.
Sedimentoscopia

 CÉLULAS EPITELIAIS
 Resultam da descamação normal de células velhas; outras
representam lesão epitelial por processos inflamatórios ou
doenças renais.
Sedimentoscopia

 BACTÉRIAS
 Indicam infecção de trato urinário;

 Geralmente são Bacilos Gran Negativos;

 Podem aparecer em casos de contaminação.


Sedimentoscopia

 LEVEDURAS
 Geralmente são estruturas leveduriformes hialinas
unibrotantes
 Pode indicar infecção por Candida sp.
Sedimentoscopia

 TRICHOMONAS
Sedimentoscopia

 ESPERMATOZÓIDES

Não
colocar no
laudo!
Manuseio do microscópio!!!

 Não utilize álcool éter para


limpeza do microscópio; procure
o álcool a 50% destinado para a
limpeza.
 Desligue-o assim que terminar o
manuseio, retire do foco,
coloque papel para reter o óleo
de imersão, retirando o excesso
de óleo que foi usado. Cubra-o e
desligue da tomada.
 Descarte a lâmina que foi
utilizada no local apropriado.
Como laudar e
interpretar o SU?
Fase pós-analítica
• Inicia-se, após a geração do
resultado analítico, sendo finalizada,
após a entrega do laudo conforme
legislação vigente.
Como laudar?
 O laudo deve conter no mínimo os seguintes itens:
a) identificação do laboratório;
b) endereço e telefone do laboratório;
c) identificação do Responsável Técnico (RT);
d) nº. de registro do RT no respectivo conselho de classe profissional;
e) identificação do profissional que liberou o exame;
f) nº. registro do profissional que liberou o exame no respectivo conselho de classe do
profissional
g) nº. de registro do Laboratório Clínico no respectivo conselho de classe profissional;
h) nome e registro de identificação do cliente no laboratório;
i) data da coleta da amostra;
j) data de emissão do laudo;
k) nome do exame, tipo de amostra e método analítico;
l) resultado do exame e unidade de medição;
m) valores de referência, limitações técnicas da metodologia e dados para interpretação;
n) observações pertinentes.
Como laudar?
Como laudar?
Para células epiteliais, Para Bacteriúria
cristais e cilindros: • Ausente
• Raras – até 3 p/c • Raras
• Algumas – 4 a 10 p/c • Moderadamente aumentada
• Numerosas – > 10 p/c • Aumentada

Para Leucócitos e Para Leveduras, Muco,


hemácias Trichomonas
• Quantificar por campo em • Presença/Ausência
média
Questão

Células epiteliais: Ausente


Hemácias: 8/campo em média
Piócitos: 6p/campo em média
Cristais: Oxalato de cálcio – presente raros
Muco: ausente
Bactérias: raras
Questão

Células epiteliais: Algumas


Hemácias: ausente
Piócitos: ausente
Cristais: Oxalato de cálcio – presente numerosos
Muco: ausente
Bactérias: ausente
Referências
 Urinalysis in the diagnosis of kidney disease – UpToDate
 Clinical Methods: The History, Physical, and Laboratory
Examinations – 3rd edition. Boston: Butterworths; 1990. Chapter
191.
 Urinalysis – The Internet Pathology Laboratory for Medical
EducationHosted By The University of Utah Eccles Health Sciences
Library .
 Understanding urine tests – Institute for Quality and Efficiency in
Health Care.
 Graff’s textbook of routine urinalysis and body fluids – Lillian A.
Mundt, Kristy Shanahan – Lippincott Williams & Wilkins.
 Urinalysis – Medsacape.
 Urinalysis – AACC Lab Tests Online.
 Urinalysis: Core Curriculum 2008 – Fogazzi, Giovanni B. et al.
American Journal of Kidney Diseases , Volume 51 , Issue 6 , 1052 –
1067
CURSO PRÁTICO SUMÁRIO DE URINA:
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA E
LABORATORIAL

Lícia de Sousa Gonçalves

E-mail: licia@uninovafapi.edu.br
CASOS CLÍNICOS
Caso Clínico 1

 Paciente masculino, 58 anos, procurou o serviço de emergência do


hospital com queixa de dor na altura dos rins. Foram solicitados
exames de rotina para avaliação do quadro do paciente:
Exame físico-químico:

Densidade: 1.030

Sedimentoscopia:
pH: 5,5
Nitrito: Negativo
Esterase leucocitária: 1+
Proteínas: 1+
Glicose: Negativo
C. cetônicos: Negativo
Bilirrubina: Negativo
Urobilinogênio: Normal
Hemoglobina: 3+
Caso Clínico 1
 Densidade: 1.030  Proteínas: 1+  Urobilinogênio: Normal

 pH: 5,5  Glicose: Negativo  Hemoglobina: 3+

 Nitrito: Negativo  C. cetônicos: Negativo

 Esterase leucocitária: 1+  Bilirrubina: Negativo

Hemácias: 3 p/c em média


Caso Clínico 1
 Densidade: 1.030  Proteínas: 1+  Urobilinogênio: Normal

 pH: 5,5  Glicose: Negativo  Hemoglobina: 3+

 Nitrito: Negativo  C. cetônicos: Negativo

 Esterase leucocitária: 1+  Bilirrubina: Negativo

Cilindro granuloso
Piócitos
Caso Clínico 1

Sedimentoscopia:
Exame físico-químico:

Densidade: 1.030 Células Epiteliais: Ausente


pH: 5,5 Hemácias: 3 por campo em
Nitrito: Negativo média
Esterase leucocitária: 1+ Piócitos: raros
Proteínas: 1+ Muco: ausente
Glicose: Negativo Cilindro granuloso – raros
C. cetônicos: Negativo Cristais: Ausente
Bilirrubina: Negativo Bacteriúria ausente
Urobilinogênio: Normal
Hemoglobina: 3+

COMPROMETIMENTO
DA FUNÇÃO RENAL
Caso Clínico 2
 Paciente masculino, 8 anos, levado pela mãe ao serviço de emergência do
hospital. Episódios de hematúria macroscópica. Infecção de vias aéreas
superiores e dor de garganta no último mês. Foram solicitados exames de
rotina para avaliação do quadro do paciente:
Exame físico-químico:

Densidade: 1.030

Sedimentoscopia:
pH: 5,5
Nitrito: Negativo
Esterase leucocitária: 2+
Proteínas: 1+
Glicose: Negativo
C. cetônicos: Negativo
Bilirrubina: Negativo
Urobilinogênio: Normal
Hemoglobina: 3+
Caso Clínico 2
 Densidade: 1.030 2+  Bilirrubina: Negativo
 pH: 5,5  Proteínas: 1+  Urobilinogênio: Normal
 Nitrito: Negativo  Glicose: Negativo  Hemoglobina: 3+
 Esterase leucocitária:  C. cetônicos: Negativo

Cilindro hemático
Piócitos: raros
Hemácias: 12 p/campo
Caso Clínico 2

Sedimentoscopia:
Exame físico-químico:

Densidade: 1.030 Células Epiteliais: Ausente


pH: 5,5 Piócitos: raros
Nitrito: Negativo Hemácias: 12 p/campo
Esterase leucocitária: 1+ Muco: ausente
Proteínas: 1+ Cilindro hemático– raros
Glicose: Negativo Cristais: Ausente
C. cetônicos: Negativo Bacteriúria ausente
Bilirrubina: Negativo
Urobilinogênio: Normal
Hemoglobina: 3+

Glomerulonefrite
aguda
Caso Clínico 3
 Paciente feminino, 30 anos, procurou o serviço de emergência do hospital
com queixa de dor e urgência para urinar. Foram solicitados exames de
rotina para avaliação do quadro do paciente:
Exame físico-químico:

Densidade: 1.025

Sedimentoscopia:
pH: 8,0
Nitrito: Positivo
Esterase leucocitária: 3+
Proteínas: Negativo
Glicose: Negativo
C. cetônicos: Negativo
Bilirrubina: Negativo
Urobilinogênio: Normal
Hemoglobina: Negativo
Caso Clínico 3
 Densidade: 1.025 3+  Bilirrubina: Negativo
 pH: 8,0  Proteínas: Negativo  Urobilinogênio: Normal
 Nitrito: Positivo  Glicose: Negativo  Hemoglobina: Negativo
 Esterase leucocitária:  C. cetônicos: Negativo

Bacteriúria Aumentada
Piócitos: 20 p/ campo
Hemácias: 6 p/campo
Caso Clínico 3

Sedimentoscopia:
Exame físico-químico:

Densidade: 1.025 Células Epiteliais: Ausente


pH: 8,0 Bacteriúria Aumentada
Nitrito: Positivo Piócitos: 20 p/ campo
Esterase leucocitária: 3+ Hemácias: 6 p/campo
Proteínas: Negativo Muco: ausente
Glicose: Negativo Cristais: Ausente
C. cetônicos: Negativo Cilindro: Ausente
Bilirrubina: Negativo
Urobilinogênio: Normal
Hemoglobina: Negativo

ITU
Caso Clínico 4
 Paciente internado na UTI do hospital, masculino, 58 anos diabético. Foram
solicitados exames de rotina para avaliação do quadro do paciente:
Exame físico-químico:

Densidade: 1.030

Sedimentoscopia:
PH: 6,0
Nitrito: Negativo
Proteínas: Traços
Glicose: 4+
C. cetônicos: 4+
Bilirrubina: Negativo
Urobilinogênio: Normal
Hemoglobina: 3+
Estearase leucocitária: 3+
Caso Clínico 4
 Densidade: 1.030  Glicose: 4+  Hemoglobina: 3+

 PH: 6,0  C. cetônicos: 4+  Estearase leucocitária: 3+

 Nitrito: Negativo  Bilirrubina: Negativo

 Proteínas: Traços  Urobilinogênio: Normal

Presença de estruturas leveduriformes


Piócitos: 6 p/ campo
Hemácias: 8 p/campo
Caso Clínico 4

Sedimentoscopia:
Exame físico-químico:

Densidade: 1.030 Células Epiteliais: Ausente


PH: 6,0 Bacteriúria Ausente
Nitrito: Negativo Presença de estruturas
Proteínas: Traços leveduriformes
Glicose: 4+ Piócitos: 6 p/ campo
C. cetônicos: 4+ Hemácias: 8 p/campo
Bilirrubina: Negativo Muco: ausente
Urobilinogênio: Normal Cristais: Ausente
Hemoglobina: 3+ Cilindro: Ausente
Estearase leucocitária: 3+

Diabetes descompensado, com


início de comprometimento renal
Infecção fúngica
Caso Clínico 5
 Paciente masculino, 33 anos, em atendimento na emergência do hospital
com queixa de dor e urgência para urinar. Paciente relata também dor na
altura dos rins e urina fétida a alguns dias. Foram solicitados exames de
rotina para avaliação do quadro do paciente:
Exame físico-químico:

Densidade: 1.030

Sedimentoscopia:
PH: 7,0
Nitrito: Positivo
Proteínas: 1+
Glicose: Negativo
C. cetônicos: Negativo
Bilirrubina: Negativo
Urobilinogênio: Normal
Hemoglobina: 2+
Estearase leucocitária: 4+
Caso Clínico 5
 Densidade: 1.030  Glicose: Negativo  Hemoglobina: 2+
 PH: 7,0  C. cetônicos: Negativo  Estearase leucocitária:
 Nitrito: Positivo  Bilirrubina: Negativo 4+
 Proteínas: 1+  Urobilinogênio: Normal

Bacteriúria Aumentada
Piócitos: 8 p/ campo
Hemácias: 15 p/campo
Cilindro leucocitário
Caso Clínico 5

Sedimentoscopia:
Exame físico-químico:

Densidade: 1.030 Células Epiteliais: Ausente


PH: 7,0 Bacteriúria Aumentada
Nitrito: Positivo Piócitos: 8 p/ campo
Proteínas: 1+ Hemácias: 15 p/campo
Glicose: Negativo Cilindro leucocitário
C. cetônicos: Negativo Muco: ausente
Bilirrubina: Negativo Cristais: Ausente
Urobilinogênio: Normal
Hemoglobina: 2+
Estearase leucocitária: 4+

Pielonefrite
Caso Clínico 6
 Paciente em atendimento ambulatorial, masculino, 68 anos, queixa de dor
nas articulações. Foram solicitados exames de rotina para avaliação do
quadro do paciente:
Exame físico-químico:

Densidade: 1.030

Sedimentoscopia:
PH: 5,0
Nitrito: Negativo
Proteínas: Traços
Glicose: Negativo
C. cetônicos: Negativo
Bilirrubina: Negativo
Urobilinogênio: Normal
Hemoglobina: 3+
Estearase leucocitária: Negativo
Caso Clínico 6
 Densidade: 1.030  Glicose: Negativo  Hemoglobina: 3+

 PH: 5,0  C. cetônicos: Negativo  Estearase leucocitária:


Negativo
 Nitrito: Negativo  Bilirrubina: Negativo

 Proteínas: Traços  Urobilinogênio: Normal

Bacteriúria Ausente
Piócitos: 6 p/ campo
Hemácias: 12 p/campo
Cristais de ácido úrico - alguns
Caso Clínico 6

Sedimentoscopia:
Exame físico-químico:

Densidade: 1.030 Células Epiteliais: Ausente


PH: 5,0 Bacteriúria Ausente
Nitrito: Negativo Piócitos: 6 p/ campo
Proteínas: Traços Hemácias: 12 p/campo
Glicose: Negativo Cristaos de ácido úrico -
C. cetônicos: Negativo alguns
Bilirrubina: Negativo Cilindro Ausente
Urobilinogênio: Normal Muco: ausente
Hemoglobina: 3+
Estearase leucocitária:
Negativo

“Gota”
Caso Clínico 7
 Paciente feminino, 58 anos com queixa de dor para urinar. Foram
solicitados exames de rotina para avaliação do quadro do paciente:
Exame físico-químico:

Densidade: 1.030

Sedimentoscopia:
PH: 5,5
Nitrito: Negativo
Estearase leucocitária: 2+
Proteínas: Traços
Glicose: Negativo
C. cetônicos: Negativo
Bilirrubina: Negativo
Urobilinogênio: Normal
Hemoglobina: 3+
Caso Clínico 7
 Densidade: 1.030  Proteínas: Traços  Urobilinogênio: Normal

 PH: 5,5  Glicose: Negativo  Hemoglobina: 3+

 Nitrito: Negativo  C. cetônicos: Negativo

 Estearase leucocitária: 2+  Bilirrubina: Negativo

Células epiteliais: Algumas


Piócitos: Ausente
Presença de Trichomonas sp
Caso Clínico 7

Sedimentoscopia:
Exame físico-químico:

Densidade: 1.030 Células Epiteliais: Algumas


PH: 5,5 Bacteriúria Ausente
Nitrito: Negativo Piócitos: Ausente
Estearase leucocitária: 2+ Presença de Trichomonas
Proteínas: Traços sp
Glicose: Negativo Hemácias: ausente
C. cetônicos: Negativo Cristaos : ausente
Bilirrubina: Negativo Cilindro Ausente
Urobilinogênio: Normal Muco: ausente
Hemoglobina: 3+

Infecção por
Trichomonas sp
Caso Clínico 8
 Menino, 1 ano, mãe relata febre desde o dia anterior que não está cedendo
com antitérmicos e urina com forte odor. Foram solicitados exames de
rotina para avaliação do quadro do paciente:
Exame físico-químico:

Densidade: 1.005

Sedimentoscopia:
pH: 8,0
Nitrito: positivo
Proteínas: 1+
Glicose: negativo
C. cetônicos: negativo
Bilirrubina: negativo
Urobilinogênio: normal
Hemoglobina: traços
Estearase leucocitária: 2+
Caso Clínico 8
 Densidade: 1.005  Glicose: negativo normal
 pH: 8,0  C. cetônicos:  Hemoglobina: traços
 Nitrito: positivo negativo  Estearase
 Proteínas: 1+  Bilirrubina: negativo leucocitária: 2+
 Urobilinogênio:

Bacteriúria Aumentada
Fosfato triplo - alguns
Caso Clínico 8

Sedimentoscopia:
Células Epiteliais: Algumas
Exame físico-químico:

Densidade: 1.005
pH: 8,0 Bacteriúria Aumentada
Nitrito: positivo Cristais : Fosfato triplo -
Proteínas: 1+ alguns
Glicose: negativo Piócitos: 2 p/c
C. cetônicos: negativo Hemácias: 4 p/c
Bilirrubina: negativo Cilindro Ausente
Urobilinogênio: normal Muco: ausente
Hemoglobina: traços
Estearase leucocitária: 2+

ITU
Questão
 A nefrolitíase é uma doença prevalente na população
mundial e com caráter hereditário. Qual o tipo de
cálculo mais frequente em pacientes com
nefrolitíase?

a) Colesterol
b) Estruvita
c) Cistina
d) Ácido úrico
e) Oxalato de cálcio Reposta letra e
Questão
 (UFF, 2009) A formação de cálculos renais é um
fenômeno multifatorial que resulta da supersaturação
urinária, nucleação de cristais, agregação, retenção e
crescimento de cristais. Se a causa do cálculo for
alterações do pH urinário e hiperuricosúria, a provável
composição do cálculo é:
a) oxalato de cálcio;
b) cistina;
c) estruvita;
d) ácido úrico; Reposta letra d
e) fosfato de cálcio.
Questão
 (MB, 2014) São cristais que podem ser encontrados
em urinas ácidas e alcalinas, respectivamente:
a) oxalato de cálcio e cistina.
b) sulfonamida e cistina.
c) uratos amorfos e sulfonamida.
d) fosfatos amorfos e fosfato triplo. Resposta
e) ácido úrico e biurato de amônio. letra e
Atividade prática - Urianálise
 Realização do Sumário de Urina
1. Exame físico
2. Exame químico
3. Exame microscópico
Atlas sedimentoscopia
CURSO PRÁTICO SUMÁRIO DE URINA:
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA E
LABORATORIAL

Lícia de Sousa Gonçalves

E-mail: licia@uninovafapi.edu.br

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