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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS NÁUTICAS

DEPARTAMENTO DE MAQUINAS
CURSO:
Engenharia Mecânica e Controlo de Sistema
CADEIRA:
Analise Energética de Sistemas

Relatório sobre:

Instalações frigoríficas

4º Ano Turma: 4EMCS

Discentes

Gerson Paulo Chilundo

Docente:

Prof. Doutor: Carlos Alejandro

Maputo, Outubro de 2018


Resumo

As máquinas frigoríficas apresentam enumeras aplicações para o quotidiano. O ciclo de


refrigeração usado por esse tipo de máquinas é amplamente utilizado como meio de retirar calor
de um ambiente para o outro, de forma a reduzir a temperatura do recinto para determinada
aplicação. Essas máquinas funcionam de forma contrárias as leis naturais. Tal facto é conseguido
a partir do fornecimento de energia de uma fonte externa. No presente trabalho foi feito a análise
energética desse ciclo de refrigeração.

1
Índice
Introdução........................................................................................................................................3

Objectivos........................................................................................................................................3

Geral.............................................................................................................................................3

Específicos...................................................................................................................................3

Conceitos gerais...............................................................................................................................4

Instalações Frigoríficas....................................................................................................................9

Análise do rendimento do ciclo inverso Carnot............................................................................12

Ciclo ideal de refrigeração por compressão de vapor....................................................................13

Princípio de funcionamento de máquinas frigoríficas...................................................................14

Análise de energia de máquinas frigoríficas..................................................................................16

Rendimento das máquinas frigoríficas..........................................................................................19

Ciclo real de compressão de vapor................................................................................................19

Conclusão......................................................................................................................................21

Referências bibliográficas.............................................................................................................22

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Introdução
Os processos na natureza são irreversíveis. O calor por exemplo flui de uma fonte de alta
temperatura para uma de baixa temperatura. As máquinas frigoríficas de certa forma funcionam
de forma inversa as leis da natureza. Para tal usar uma certa quantidade de energia pode ser
eléctrica ou reaproveitada de algum processo que rejeita fluido a alta temperatura.

As máquinas frigoríficas podem se dividir em refrigeradores e bombas de calor onde ambas tem
os mesmos princípios de funcionamento diferenciando-se apenas na sua finalidade. Refrigerador
tem como objectivo manter o espaço refrigerado a uma temperatura baixa, removendo calor
desse espaço, enquanto que Bombas de calor podem transferir calor de fontes de calor naturais,
que se encontram no meio ambiente, como ar, solo, água ou resíduos industriais e domésticos, de
prédios ou mesmo aplicações industriais. (Moran, 2000)

Para realizar este transporte de energia a partir de uma fonte fria para a fonte quente é necessária
energia externa para accionar a bomba de calor, através do compressor. Teoricamente, o calor
total fornecido pela bomba de calor é igual ao calor extraído da fonte de calor, mais a quantidade
de energia fornecida.

Objectivos

Geral
Debruçar sobre as máquinas frigoríficas.

Específicos
Dar a conhecer os princípios de funcionamento máquinas frigorificas;
Apresentar os diferentes processos do ciclo teórico de refrigeração;
Fazer estudo da análise de energia do ciclo teórico de refrigeração.

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Conceitos gerais

Ao falar das máquinas frigoríficas torna se inevitável não falar da segunda lei da termodinâmica.
Dai que primeiramente propõem-se que se discuta os enunciados da segunda lei de
termodinâmica.

Propriedades Termodinâmicas

São características macroscópicas de um sistema, como: o volume, a massa, a temperatura, a


pressão, etc.

Estado Termodinâmico

É a condição em que se encontra a substância, sendo caracterizado pelas suas propriedades.

Processo

É uma mudança de estado de um sistema. O processo representa qualquer mudança nas


propriedades da substância. Uma descrição de um processo típico envolve a especificação dos
estados de equilíbrio inicial e final.

Ciclo

É um processo, ou mais especificamente uma série de processos, onde o estado inicial e o estado
final do sistema (substância) coincidem.

Substância Pura

É qualquer substância que tenha composição química invariável e homogénea. Ela pode existir
em mais de uma fase (sólida, líquida e gasosa), mas a sua composição química é a mesma em
qualquer das fases.

Temperatura de saturação

Este termo designa a temperatura na qual se dá a vaporização de uma substância pura a uma dada
pressão. Essa pressão é chamada “pressão de saturação” para a temperatura dada.

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Líquido Saturado

Se uma substância se encontra como líquido à temperatura e pressão de saturação, diz-se que ela
está no estado de líquido saturado.

Líquido Sub-resfriado
Se a temperatura do líquido é menor que a temperatura de saturação, para a pressão existente, o
líquido é chamado de líquido sub-resfriado (significa que a temperatura é mais baixa que a
temperatura de saturação para a pressão dada), ou líquido comprimido, (significando ser a
pressão maior que a pressão de saturação para a temperatura dada).

Figure 1 Estados de uma substância pura.

Título (x)

Quando uma substância se encontra parte líquida e parte vapor, na temperatura de saturação (isto
ocorre, em particular, nos sistemas de refrigeração, no condensador e no evaporador), a relação
entre a massa de vapor e a massa total, isto é, massa de líquido mais a massa de vapor, é
chamada de título (x). Matematicamente, tem-se:

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Vapor Saturado

Se uma substância se encontra completamente como vapor na temperatura de saturação, é


chamada de “vapor saturado”, e neste caso o título é igual a 1 ou 100%, pois a massa total (mt) é
igual à massa de vapor (mv).

Vapor Super-aquecido
Quando o vapor está a uma temperatura maior que a temperatura de saturação é chamado “vapor
super-aquecido”. A pressão e a temperatura do vapor super-aquecido são propriedades
independentes, e neste caso, a temperatura pode ser aumentada para uma pressão constante. Em
verdade, as substâncias que chamamos de gases são vapores altamente super-aquecidos.

Segunda lei da termodinâmica

A 2ª lei da termodinâmica estabelece o conceito de entropia, (S), como sendo uma função de
estado e postula o seguinte: “a entropia total de qualquer sistema isolado termodinamicamente,
tende a aumentar com o tempo até atingir um valor máximo”. O que indica duas importantes
consequências:
Enunciado de Clausius da 2ª lei da termodinâmica
“É impossível construir um dispositivo que opere, segundo um ciclo, e que não produza outros
efeitos, além da transferência de calor de um corpo frio para um corpo quente”, ou seja, o calor
não passa espontaneamente de um corpo de menor temperatura (frio) para um corpo de maior
temperatura (quente). (STOECKER, 2002)

Não existe bomba de calor que não


consome trabalho.

É de conhecimento comum que o calor por conta própria não se transfere de um meio frio para
um meio mais quente. O enunciado de Clausius não sugere a impossibilidade de construção de

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um dispositivo cíclico que transfira calor de um meio frio para um meio mais quente. Na
verdade, é exactamente isto que um refrigerador convencional doméstico faz. O enunciado
simplesmente estabelece que o refrigerador não pode funcionar, a menos que seu compressor
seja accionado por uma fonte externa de energia. (Venturini, 2005)

Enunciado de Kelvin da 2ª lei da termodinâmica


“É impossível construir um dispositivo que opere num ciclo termodinâmico e que não produza
outros efeitos além de remover calor de um reservatório térmico e produzir uma quantidade
equivalente de trabalho”. (Moran, 2000)

Não existe máquina térmica


com eficiência igual a 1 (um).

Equivalência dos enunciados

Os dois enunciados, Kelvin-Planck e de Clausius são enunciados negativo e um enunciado


negativo não pode ser provado. Como qualquer lei física, a segunda lei da termodinâmica esta
baseia em experiencia e observações. Ate hoje, nenhum experimento realizado contrariou a
segunda lei, e isto deve ser considerado como prova suficiente de sua validade.

Os enunciados de Kelvin-Planck e de Clausius são equivalente em suas consequências e


qualquer um desses enunciados pode ser utilizado como expressão da segunda lei da
termodinâmica. Todo dispositivo que viola o enunciado de Kelvin-Planck também violará
enunciado de Clausius e vice-versa. (Cengel, 2003)

Suponhamos que o Enunciado de Kelvin é falso, então, existe uma máquina térmica com

Isto implica que uma bomba de calor pode ser alimentado por esta máquina e o
dispositivo conjunto operaria sem consumir trabalho violando o enunciado de Clausius.

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Com aplicação da primeira lei de termodinâmica, mostra que
o dispositivo conjunto transfere uma quantidade de calor

positivo de uma fonte de baixa temperatura para a de


alta sem consumir trabalho.

Suponhamos que o enunciado de Clausius é falso


Então, existe uma bomba de calor que não consume trabalho. Esta bomba pode ser usada para
devolver o calor que uma máquina térmica converte no reservatório de baixa temperatura para o
reservatório de alta. Por tanto, o dispositivo conjunto geraria trabalho a partir de uma só fonte de
calor, violando o enunciado de Kelvin. (STOECKER, 2002)

Com aplicação da primeira lei de termodinâmica,


mostra que o dispositivo conjunto produz trabalho
positivo.

Máquinas frigoríficas

Também conhecidas como bombas de calor. Estas são máquinas que transferem calor de uma
região de temperatura inferior para outra a temperatura superior.

Sabe-se que na natureza o calor flui na direcção da temperatura menor, isto é, das regiões de alta
temperatura para as de baixas temperatura, estes processos ocorrem na natureza sem a
necessidade de dispositivos.

Como transferência de calor de uma região de temperatura inferior para outra a temperatura
superior esta não é a direcção natural do fluxo, esse processo não pode ocorrer por si só, tem que
se transferir alguma energia para um dispositivo que fará com que isso seja possível. Os
dispositivos que executam essa tarefa são chamados bombas de calor ou frigoríficos
(refrigeradores). (Venturini, 2005)

Bombas de calor ou frigoríficos (refrigeradores) são dispositivos essencialmente iguais. Estes são
cíclicos.

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As bombas de calor e frigoríficos (refrigeradores) diferem apenas pelo objectivo sendo que o
refrigerador tem como objectivo manter o espaço refrigerado a uma temperatura baixa,
removendo calor desse espaço. Tal rejeição é feita em um meio a temperatura mais alta.

A bomba de calor tem como objectivo manter aquecido um determinado espaço a uma
temperatura relativamente alta, podendo para o efeito, absorver calor, de uma fonte a baixa
temperatura. (STOECKER, 2002)

Coeficiente de performance (COP):


A razão entre a utilidade e o custo. Para uma bomba de calor é:

Tanto que para um refrigerador, a mesma definição nos dá:

Para um dispositivo dado, e não são


independentes dado que:

Figure 2 Sistema Termodinâmico da Máquina Frigorífica

A Figura mostra o esquema duma máquina frigorífica que funciona para retirar calor da fonte

fria. A fonte fria encontra-se a uma temperatura e é-lhe removida a carga térmica
(energia por unidade de tempo) Por outro lado, há rejeição de carga térmica para a fonte quente,

que se encontra a uma temperatura . Ambos os processos de transferência de calor


são possíveis devido à potência mecânica que é necessário fornecer à máquina para que ela
funcione, W.

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Instalações Frigoríficas

São conjuntos de câmaras frias, que permitem, refrigerar, congelar e conservar pelo frio,
produtos perecíveis, além de toda Infra-estrutura (Casa de máquinas, subestação, serviços de
administração, oficinas de manutenção, vestiários, sanitários, etc.) necessária, para seu
funcionamento. (Cengel, 2003)

Componentes do sistema de refrigeração por compressão de vapor


Um típico sistema de refrigeração é composto por vários componentes básicos, tais como
compressores, condensadores, dispositivos de expansão, evaporadores, além de possuir diversos
acessórios, como controlos, filtros, secadores, separadores de óleo, etc. Para a operação eficiente
do sistema de refrigeração, é essencial que haja uma correspondência adequada entre os vários
componentes.

Antes de analisar o desempenho equilibrado do sistema completo, é essencial o estudo do design


e desempenho de componentes individualmente. Geralmente, para sistemas de grande porte,
dependendo das especificações do projecto, os componentes são seleccionados por profissionais
de frio com recurso a catálogos de fabricantes e montados no local.

Analisando o sistema de compressão de vapor, os seus principais componentes são:


 Compressor
Compressor é um dos principais componentes do sistema de refrigeração, a sua função é
aumentar a pressão do fluido frigorígeno e promover a circulação desse fluido no sistema.
 Condensador
A representação precisa do comportamento de um condensador pode ser complexa. O vapor de
fluido frigorígeno entra no condensador sobreaquecido, verifica-se um arrefecimento sensível.
Quando atinge o início da condensação, a fracção de líquido e vapor no escoamento vária ao
longo do condensador até sair completamente no estado líquido.
 Evaporador;

O evaporador é um dos componentes principais de um sistema de refrigeração, e tem a finalidade


de extrair calor do meio a ser arrefecido, isto é, extrair calor do ar, água ou outras substâncias. É
a parte do sistema de refrigeração onde o fluido frigorígeno absorve o calor a temperatura

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constante, por absorção do seu calor latente de evaporação sofre uma mudança de estado,
passando da fase líquida para a fase de vapor. Quando o fluido frigorígeno já se encontra na fase
de vapor ao absorver mais energia sob a forma de calor verifica-se um aumento da sua
temperatura, trata-se do sobreaquecimento.

Dispositivo de expansão
O dispositivo de expansão cumpre dois objectivos:
I. Reduzir a pressão do fluido frigorígeno no estado líquido;

II. Regular o caudal de fluido frigorígeno que entra no evaporador.

Máquinas frigoríficas de Carnot ou bombas de calor de Carnot

O estudo da termodinâmica apresenta o ciclo de Carnot como o ciclo com maior eficiência
quando operado entre dois reservatórios térmicos. Como em vários problemas práticos de
remoção e adição de energia térmica, via transmissão de calor, se dá entre reservatórios térmicos
de alta e baixa temperatura.

O ciclo de Carnot de forma geral é reversível e apresenta quatro processos, que quando
analisados na direcção anti-horária, recebe a denominação de ciclo de Carnot inverso. (Moran,
2000)

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Figure 3 Esquema do Sistema de Refrigeração de Carnot

Figure 4 Diagrama P- h do ciclo de Carnot

No ciclo de compressão a vapor, o trabalho fornecido ao compressor é utilizado para elevar a


pressão e a temperatura do vapor do fluido frigorígeno que chega ao compressor. Esse vapor a
alta pressão e temperatura vai para o condensador onde rejeita calor para outro meio,
condensando o fluido. O fluido no estado de líquido saturado segue em direcção a um dispositivo
de expansão onde o fluido passa do estado de líquido saturado a alta pressão para uma mistura
líquido + vapor a baixa pressão e temperatura. O fluido frigorígeno então retira calor do

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ambiente ou sistema a ser refrigerado, utilizando esse calor para vaporizar, seguindo em direcção
ao compressor, onde é fechado o ciclo. (Cengel, 2003)

O ciclo de Carnot é o ciclo mais eficiente que opera entre dois níveis de específico de
temperatura. O ciclo de Carnot descrito para o ciclo de refrigeração é fisicamente impossível de
ser reproduzido. Entretanto é possível atingir-se altas eficiências seguindo seu padrão.

Análise do rendimento do ciclo inverso Carnot

O coeficiente de performance de Carnot são expresso em termos de temperatura, pode se


observar que aumentam a, medida que a diferença entre as duas temperaturas diminui.

Como já foi dito acima o ciclo de Carnot é o mais eficiente, porem não pode ser adoptado como
ciclo ideal das máquinas frigoríficas.

Os dois processos isotérmicos de transferência de calor não são difíceis de atingir na prática, uma
vez que a manutenção da pressão constante automaticamente mantém a temperatura constante de
uma mistura de duas fases no valor da temperatura saturada, sendo assim os dois processos
isotérmico do ciclo de Carnot podem ser muito próximos dos processos que ocorrem no
condensador e evaporador real. Entretanto os processos 2-3 e 4-1 não podem ser obtido com
exactidão na prática, isso pode ser explicado pelo facto de que o processo 2-3 envolve
compressão de uma mistura de líquido e vapor, o que exige um compressor que lide com duas
fases e o processo 4-1 envolve a expansão de refrigerante com alto conteúdo de humidade em
uma turbina. Tais problemas podem ser eliminados pelas execução do ciclo de Carnot inverso
fora da região de saturação, mas nesse caso será difícil manter as temperaturas constante durante
a absorção e rejeição de calor.

Dessa forma pode se concluir que o ciclo inverso de Carnot não podem ser aproximado de
dispositivos reais e não é uma modelo realista para o ciclo de refrigeração, porem ele podem

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servir de padrão em relação ao qual é possível comparar os ciclos de refrigeração reais.
(Venturini, 2005)

Ciclo ideal de refrigeração por compressão de vapor

Um ciclo térmico real qualquer deveria ter para comparação o ciclo de Carnot, por ser este o
ciclo de maior rendimento térmico possível. Entretanto, dadas as peculiaridades do ciclo de
refrigeração por compressão de vapor, define-se um outro ciclo, que é chamado de “ciclo
teórico”, no qual os processos são mais próximos aos do ciclo real e, portanto, torna-se mais fácil
comparar o ciclo real com este ciclo teórico.

Segundo Cengel e Boles as dificuldades associadas aos ciclo de Carnot reverso podem ser
eliminadas pela vaporização completa do refrigerante antes de ele ser comprimido e pela
substituição da turbina por um dispositivo de estrangulamento, como válvula de expansão, surge
como resultado disso o ciclo ideal de refrigeração por compressão de vapor. Este ciclo é muito
usado em refrigeradores, sistemas de condicionamento de ar e bombas de calor. (Cengel, 2003)

Processos do ciclo ideal de refrigeração por compressão de vapor

1-2 Compressão isentrópica em um compressor;

2-3 Rejeição de calor a pressão constante em um condensador;

3-4 Estrangulamento em um dispositivo de expansão;

4-1 Absorção de calor a pressão constante em um evaporador.

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Figure 5 Diagrama e Ciclo de funcionamento de máquinas frigoríficas

Princípio de funcionamento de máquinas frigoríficas

Esse ciclo usa como fluido de trabalho refrigerante, o mesmo entra no compressor no estado 1
como vapor saturado e é comprimido de forma isoentrópica ate a pressão do condensador. Nota
se a temperatura do refrigerante aumenta durante o processo de compressor isoentrópica. De
seguida o refrigerante entra no condensador como vapor super aquecido no estado 2 e sai como
liquido saturado no estado 3 como resultado da rejeição de calor para a vizinhança, a temperatura
ainda se encontra acima da temperatura da vizinhança.

O refrigerante líquido saturado no estado 3 é estrangulado ate a pressão do evaporador ao passar


por uma válvula de expansão. Durante este processo, a temperatura do refrigerante cai abaixo da
temperatura do espaço refrigerado.

O refrigerante entra no evaporador no estado 4, como mistura saturado com baixo título de vapor
e evapora completamente devido o calor que absorve no espaço refrigerado. Em seguida o
refrigerante sai do evaporador como vapor saturado e entra novamente no compressor
completado o ciclo. (Cengel, 2003)

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Em refrigerador domésticos, os tubos do compartimento do congelador, no qual é absorvido
calor pelo refrigerante, serve como evaporador e as serpentinas encontradas na parte de trás do
refrigerador onde o calor é dissipado para o ar da cozinha serve como condensador. (Venturini,
2005)

Segundo çengel e Boles na prática o COP melhora de 2% a 4% para cada 0C de elevação de


temperatura de evaporação ou para cada 0C de diminuição de temperatura de condensação.
(Cengel, 2003)

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Análise de energia de máquinas frigoríficas

Segundo (STOECKER, 2002), o balanço de energia do ciclo de refrigeração é feito


considerando-se o sistema operando em regime permanente nas condições de projecto, ou seja, à
temperatura de condensação e à temperatura de vaporização, As variações de energia cinética e
potencial em geral são pequenas em relação aos termos de trabalho e transferência de calor e
portanto podem ser desprezíveis.

Os sistemas reais e teóricos têm comportamentos idênticos, tendo o ciclo real apenas um
desempenho baixo relativamente ao teórico. A análise do ciclo teórico permitirá, de forma
simplificada, verificar quais parâmetros têm influência no desempenho do ciclo. Sendo assim a
equação de energia do escoamento em regime permanente em unidade de massa se reduz a:

Cada um dos processos que formam o ciclo deve ser analisado separadamente:

Evaporador

(Venturini, 2005), afirma que neste dispositivo ocorre a transferência de calor a pressão
constante. Sendo que a quantidade de calor por unidade de tempo retirado do meu que se quer
resfriar denomina se capacidade frigorifica. Tendo em conta que o evaporador não há realização
de trabalho, só existe trabalho de escoamento e despreza se a variação de energias potenciais e
cinéticas por essas ser pequenas. Então tem se que:

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Figure 6 Evaporador

Compressor

Neste dispositivo só há um fluxo de entrada e um de saída ,


despreza se a energia cinética e potencial entre a entrada e saída do compressor, admitindo que o
processo é adiabatico reversível. Aplicando a primeira lei tendo em conta os aspectos acima
referido têm-se:

Denomina se potencia teórica de compressão a quantidade de energia, por unidade de


tempo, que deve ser fornecido ao refrigerante no compressor.

Condensador

A função do condensador é transferir calor do fluido frigorífico para o meio de resfriamento do


condensador. Admite se só existe trabalho de escoamento, e trata se de um dispositivo com
escoamento permanente, variações de energia cinética e potencial são desprezíveis frente à
variação da entalpia. O fluxo de calor pode ser determina por meio de um balanço de energia no
volume de controlo. Assim, considerando o regime permanente, tem-se:

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Válvula de expansão
O processo teórico é adiabatico, Neste caso, aplicando-se a Primeira Lei da Termodinâmica, em
regime permanente, desprezando-se as variações de energia cinética e potencial, tem-se:

Rendimento das máquinas frigoríficas


O desempenho das máquinas frigoríficas e das bombas de calor é expresso em termos de
coeficiente de desempenho. Este coeficiente depende da temperatura de evaporação
(vaporização); da temperatura de condensação propriedades (funções de estado) do refrigerante

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na sucção do compressor, e de todos os componentes do sistema: compressor, condensador,
válvula de expansão e evaporador. (STOECKER, 2002)

Para os dois casos analisados acima o e podem tomar valores


superiores a unidade, abaixo pode ser visualizada a compararão entre os dois rendimentos.

Ciclo real de compressão de vapor

As principais diferenças entre o ciclo real e o ciclo teórico estão mostradas na Figura abaixo.
Uma da diferença está na queda de pressão nas linhas de descarga (líquido e de sucção), assim
como no condensador e no evaporador. (Venturini, 2005)

Outras diferenças são o sub-refriamento do refrigerante na saída do condensador (nem todos os


sistemas são projectados com sub-refriamento) e o superaquecimento na sucção do compressor,
sendo este também um processo importante, que tem a finalidade de evitar a entrada de líquido
no compressor. Outro processo importante é o de compressão, que, no ciclo real é politrópico (

) e no processo teórico é isentrópico.

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Conclusão

Podem ser tiradas algumas conclusões úteis findo o presente trabalho.

O enunciado Clausius simplesmente estabelece que o refrigerador não pode funcionar transferido
calor de um meio frio para um meio mais quente, a menos que seu compressor seja accionado
por uma fonte externa de energia. E ainda pode ser visto que a violação de um dos dois
enunciados usados para formulação da segunda lei da termodinâmica automaticamente viola o
outro.

As máquinas frigoríficas funcionam de forma inversa ao estabelecido pela natureza, o calor flui
de uma fonte fria para uma quente. Porem só consegue se alcançar tal facto através do
fornecimento de energia de uma fonte externa.
Para o estudo das máquinas frigoríficas adoptou se um ciclo teórico pois esse se aproxima ao
ciclo real, e que o ciclo de Carnot será usado para efeitos de comparação visto que este é o ciclo
mais eficiente.

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Referências bibliográficas

Cengel, Y. a. (2003). Thermodynamics . An Engineering Approach. New Delhi: Tata Mc Graw-


Hill.

Moran, M. a. (2000). Fundamentals of Engineering Thermodynamics. Asia: John Wiley & Sons.

STOECKER, W. J. (2002). Refrigeração Industrial . São Paulo.: Editora Edgard Blücher Ltda.

Venturini, O. J. (2005). Eficiência Energética em Sistemas de Refrigeração Industrial e


Comercial. Rio de Janeiro: Eletrobrás.

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