Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Metalurgia
Clique para editar o estilo do subtítulo
Fabio Alves mestre
Fabio Alves –– Eng. Metalurgista, M.Sc.
fabiopalves@gmail.com
slide 2
Sumário
1. Os Materiais
2. Ligações Químicas
3 Sistemas Cristalinos
3. Sistemas Cristalinos
4. Ligas Metálicas
5. Difusão
6. Formação de Grãos
7. Defeitos Cristalinos
8 Diagrama de Equilíbrio
8. Diagrama de Equilíbrio
9. Curvas de Resfriamento
10.Tratamentos Térmicos
11.Mecanismos de Endurecimento
1
12/2/2012
Os Materiais
• bons condutores térmicos e elétricos
• alta densidade
• resistência mecânica e tenacidade,
Como fabricar? Metais • estabilidade dimensional
Custo? • Problemas: Custo, estabilidade
química, peso
Desempenho?
Compósitos
Polímeros Cerâmicos
Ligação Química
Como
C são
ã organizados?
i d ? Como
C estão
tã interligados?
i t li d ?
2
12/2/2012
Ligações Químicas
Sistemas Cristalinos
Considera‐se
Considera se os átomos como esferas e que estes vibra
em torno de suas posições de equilíbrio, definidas pela
célula unitária.
3
12/2/2012
Sistemas Cristalinos
Sistemas Cristalinos
CÚBICO DE CORPO CENTRADO (CCC
CÚBICO DE CORPO CENTRADO (CCC))
São exemplos de metais com estrutura cúbica de corpo
centrado: Fe (temperatura ambiente); Ti (altas
temperaturas); Cr; Mo; Nb, V, W (em qualquer
temperatura).
4
12/2/2012
Sistemas Cristalinos
CÚBICO DE FACE CENTRADA (CFC
CÚBICO DE FACE CENTRADA (CFC))
São exemplos de metais com estrutura cúbica de face
centrado: Fe (altas temperatura); Ni, Al, Cu, Pb, Au, Ag.
Sistemas Cristalinos
CÚBICO DE FACE CENTRADA (CFC
CÚBICO DE FACE CENTRADA (CFC))
Planos supercompactos: 4 (CFC)
Planos supercompactos: 0 (CCC)
Célula unitária CFC
5
12/2/2012
Sistemas Cristalinos
HEXAGONAL COMPACTO (HC
HEXAGONAL COMPACTO (HC))
São exemplos de metais com estrutura hexagonais
compactos: Zn, Sn, Mg.
Ligas Metálicas
6
12/2/2012
Ligas Metálicas
Soluções
Chama‐se matriz à estrutura cristalina do metal
considerado, que é denominado solvente. Os outros
elementos, cujos átomos estão na solução sólida, são
denominados solutos.
Ligas Metálicas
Soluções Sólidas
Soluções Sólidas
Solução Sólida Intersticial Solução Sólida Substitucional
Ex.: C, N, O no aço Ex.: Cr, Ni, Mo no aço
7
12/2/2012
Ligas Metálicas
Soluções Sólidas
Soluções Sólidas
Os átomos em solução provocam uma distorção na
estrutura cristalina, ou seja, o afastamento dos átomos
d sua posição
de i ã de
d equilíbrio.
ilíb i
Os átomos que se encontram nesta região de distorção
possuem, portanto, um nível energético mais elevado
que os átomos que constituem as porções perfeitas da
rede cristalina.
Assim como nas soluções em fase líquida, as soluções
sólidas também apresentam um limite de solubilidade,
isto é, valores máximos para o teor de soluto na matriz.
Ligas Metálicas
Soluções Sólidas
Soluções Sólidas
Na solução sólida intersticial, os átomos do soluto
ocupam posições na estrutura cristalina onde há um
maior espaço para sua acomodação.
8
12/2/2012
Difusão
Difusão
Substitucional Intersticial
9
12/2/2012
Difusão
Aplicações
Ex.: cementação.
Formação de Grãos
Nucleação
No estado líquido os átomos que constituem os metais
p
não se dispõem de forma ordenada, isto é, não p
possuem
estrutura cristalina.
Durante o resfriamento lento e contínuo, quando o
metal líquido atinge a temperatura de solidificação, há a
formação de algumas partículas sólidas (núcleos).
10
12/2/2012
Formação de Grãos
Conceito de
Conceito de Grão
Grão
Como a diminuição da temperatura, os núcleos formados
crescem e novos núcleos são formados. O crescimento de
cada núcleo individualmente gera partículas sólidas
chamadas de grãos.
Formação de Grãos
Conceito de
Conceito de Grão
Grão
Todos os grãos têm a mesma estrutura cristalina.
Grão:
G ã Interior
I t i (ordenado)
( d d ) x Contorno
C t (d
(desordenado).
d d )
11
12/2/2012
Formação de Grãos
Tamanho de Grão
O tamanho de grão depende do processamento e
influencia em várias propriedades.
Processamento de Metais
Metais e Ligas
Processos Processos
Metalúrgicos Mecânicos
Conformação
T>Tf T<Tf Usinagem (forjamento,
estampagem,
laminação)
Sinterização
Sinterização
soldagem Fundição (metalurgia
do pó)
12
12/2/2012
Processamento de Metais
Processamento de Metais
13
12/2/2012
Defeitos Cristalinos
Defeitos Cristalinos
14
12/2/2012
Defeitos Cristalinos
Defeitos Pontuais
Dentre as imperfeições pontuais, as mais importantes
são: as vacâncias ou vazios, impurezas (átomos
intersticiais e átomos substitucionais), e auto‐intersticiais.
Defeitos Cristalinos
Defeitos Pontuais
Schottky (iônicos)
Substitucional (grande)
Frenkel (iônicos)
Engº Fabio Alves Metalurgia Básica slide 30
15
12/2/2012
Defeitos Cristalinos
Defeitos Lineares
Defeitos Cristalinos
Defeitos Lineares
16
12/2/2012
Defeitos Cristalinos
Defeitos de Superfície
Os cristais também apresentam defeitos que se
estendem ao longo de sua estrutura, formando
superfícies e denominados de defeitos de superfície
(planares ou bidimensionais).
Contornos de grão
Superfícies de contato associadas aos contornos de grão
Engº Fabio Alves Metalurgia Básica slide 33
Defeitos Cristalinos
Defeitos de Superfície
As maclas são um tipo especial de contorno de grão. Os
g
átomos de um lado do contorno são imagens especulares
p
dos átomos do outro lado do contorno
17
12/2/2012
Defeitos Cristalinos
Defeitos de Superfície
Defeitos de Superfície
As falhas de empilhamento ocorrem quando, em uma
pequena região do material, há uma falha na seqüência
de empilhamento dos planos compactos.
HC: ABABA...
CFC: ABCABC...
Engº Fabio Alves Metalurgia Básica slide 35
Defeitos Cristalinos
Defeitos Volumétricos
Defeitos Volumétricos
Inclusões Poros
18
12/2/2012
19
12/2/2012
Diagrama de Equilíbrio
Introdução
Os diagramas de fase, também chamados diagramas de
equilíbrio, são representações gráficas das fases
presentes em um sistema em função da temperatura,
pressão e composição
composição.
São obtidos em condições de equilíbrio e são usados
para entender e prever o comportamento dos materiais
Diagrama de fases (pressão‐temperatura) da água
Engº Fabio Alves Metalurgia Básica slide 39
Diagrama de Equilíbrio
Introdução
Os diagramas de fase utilizados em metalurgia
apresentam as fases em equilíbrio a uma dada
temperatura e à pressão atmosférica normal.
20
12/2/2012
Diagrama de Equilíbrio
Introdução
Diagrama de Equilíbrio
Introdução
Em metais puros a fusão se dá numa temperatura bem
definida e em ligas, numa faixa de temperatura onde se
distingue o início e o término da fusão.
Substâncias puras Liga binária
Engº Fabio Alves Metalurgia Básica slide 42
21
12/2/2012
Diagrama de Equilíbrio
Solubilidade
Nas soluções sólidas, os átomos em maior quantidade
são chamados de átomos “solvente”, enquanto os
átomos “soluto” são aqueles que são dissolvidos.
Diagrama de Equilíbrio
Solubilidade
O limite de solubilidade corresponde a concentração
máxima que se pode atingir de um soluto dentro de um
solvente.
O limite de solubilidade depende da temperatura. Em
geral, cresce com a temperatura.
22
12/2/2012
Diagrama de Equilíbrio
Fases
Fases de Equilíbrio
Suas
S propriedades
i d d ou características
í i não ã mudam
d com o tempo.
Geralmente, as fases sólidas são representadas nos diagramas
por letras gregas.
Fases Metaestáveis
Suas propriedades ou características mudam lentamente com o
tempo, ou seja, o estado de equilíbrio não é nunca alcançado.
No entanto, não há mudanças muito perceptíveis com o tempo
na microestrutura das fases metaestáveis.
Diagrama de Equilíbrio
Classificação
• isomorfo
• eutético
• peritético
• monotético
Diagramas de Sistemas Binários
• eutetóide
• peritetóide
• sintético
• com fases intermediárias
• Sistemas ternários
Diagramas de Sistemas Ternários
• pseudobinários
23
12/2/2012
Diagrama de Equilíbrio
Classificação
Diagrama de Equilíbrio
Isomorfos
Nos sistemas isomorfos, os dois componentes formam
uma única solução sólida em qualquer composição.
Diagrama Cobre ‐ Níquel.
Engº Fabio Alves Metalurgia Básica slide 48
24
12/2/2012
Diagrama de Equilíbrio
Isomorfos
Interpretação do Diagrama
Diagrama Cobre ‐ Níquel.
Engº Fabio Alves Metalurgia Básica slide 49
Diagrama de Equilíbrio
Isomorfos
Interpretação do Diagrama
Fases presentes: Para uma coordenada qualquer do diagrama, verifica‐se
quais fases estão presentes.
presentes
Ponto A apenas fase alfa
Ponto B fase alfa e fase líquida
Diagrama Cobre ‐ Níquel.
Engº Fabio Alves Metalurgia Básica slide 50
25
12/2/2012
Diagrama de Equilíbrio
Isomorfos
Interpretação do Diagrama
Composição de cada fase: Para uma coordenada qualquer do diagrama,
verifica‐se
verifica se quantas fases existem.
Uma fase composição lida diretamente do gráfico.
Duas fases Usa‐se o método da linha de conexão (tie‐line)
Diagrama de Equilíbrio
Isomorfos
Interpretação do Diagrama
Determinação das frações de cada fase: Para uma coordenada qualquer do
di
diagrama, verifica‐se
ifi quantas fases
f existem.
i
Uma fase 100 % da própria fase.
Duas fases Regra da Alavanca
26
12/2/2012
Diagrama de Equilíbrio
Isomorfos
Interpretação do Diagrama
Determinação
ç das frações
ç de cada fase: Para uma coordenada q
qualquer
q do
diagrama, verifica‐se quantas fases existem.
Uma fase 100 % da própria fase.
Duas fases Regra da Alavanca
Diagrama de Equilíbrio
Isomorfos
Condições de equilíbrio e não equilíbrio
Resfriamento lento (equilíbrio) Resfriamento fora da condição de equilíbrio
27
12/2/2012
Diagrama de Equilíbrio
Eutéticos
Nos sistemas eutéticos ocorre a reação eutética, onde
um líquido se transforma em dois sólidos ou no sentido
contrário, no caso da fusão.
Reação eutética: L (sólido 1 + sólido 2)
Diagrama de Equilíbrio
Eutéticos
Eutético: L Solido 1 + Sólido 2
28
12/2/2012
Diagrama de Equilíbrio
Eutéticos
α primária rica em chumbo
((regiões globulares escuras)
g g )
No interior de uma estrutura
eutética lamelar
composta
p de fase β rica em
estanho (regiões claras) e fase α
rica em chumbo (regiões escuras).
Micrografia de uma liga de Pb‐Sn
Diagrama de Equilíbrio
Eutéticos
fase - clara
fase - escura (rica Pb)
(rica Sn)
29
12/2/2012
Diagrama de Equilíbrio
Eutéticos
Formas típicas apresentadas por compostos eutéticos
A C
B D
Eutéticos típicos: (A) lamelar, Al‐Cu (33,2%) x 800; (B) acicular, Al‐Si (12,3%) x 500; (C)
globular, Cu ‐ Cufi (3,6%) x 500; (D) gráfico, Pb ‐ Bi (56.3%) x 800.
Engº Fabio Alves Metalurgia Básica slide 59
Diagrama de Equilíbrio
Eutetóide
30
12/2/2012
Diagrama de Equilíbrio
Diagramas Ternários
Os sistemas ternários possuem três componentes,
exigindo uma representação tridimensional.
Diagrama ternários
Engº Fabio Alves Metalurgia Básica slide 61
Diagrama de Equilíbrio
Diagramas Pseudobinários
Diagrama Fe‐Cr‐NI
31
12/2/2012
Diagrama de Equilíbrio
Alotropia ou Polimorfismo
É a mudança de uma estrutura cristalina dependendo da
temperatura e pressão.
Diagrama Fe‐
Diagrama Fe‐C
Conceitos
O diagrama de equilíbrio é
aplicável quando o
resfriamento é lento e
contínuo (equilíbrio
estável).
No entanto, apresenta
limitações na previsão de
fases obtidas em situações
fora da condição de
equilíbrio.
Curvas de Resfriamento
Engº Fabio Alves Metalurgia Básica slide 64
32
12/2/2012
Diagrama Fe‐
Diagrama Fe‐C
Conceitos
Sistema estável ferro‐grafita Sistema metaestável ferro‐carboneto de
ferro
Diagrama Fe‐
Diagrama Fe‐C
Fases
Indica, em função da temperatura e %C, quais as fases
(líquido, α, γ, δ e Fe3C) que se encontram em equilíbrio.
33
12/2/2012
Diagrama Fe‐
Diagrama Fe‐C
Fases
A estrutura CCC, embora menos compacta que a
estrutura cúbica de face centrada, possui menor
capacidade de dissolver o carbono, pois os seus
interstícios na rede cristalina são menores.
A austenita (CFC) é capaz de dissolver até 2% de
carbono.
AAs microestruturas
i t t previstas
i t no diagrama
di F F 3C são
Fe‐Fe3C ã
resultantes de reações que dependem de difusão no
estado sólido e, portanto, só poderão ser obtidas por
resfriamentos lentos
lentos.
Diagrama Fe‐
Diagrama Fe‐C
Fases
Ferrita (α): Solução sólida de carbono em ferro CCC. A solubilidade
máxima do carbono é de 0,022% na temperatura eutetóide (727
oC). Na temperatura ambiente a ferrita consegue dissolver apenas
0,008%C. Possui características magnéticas.
34
12/2/2012
Diagrama Fe‐
Diagrama Fe‐C
Fases
Ferrita (δ): Solução sólida de carbono no ferro CCC, que ocorre
em temperaturas mais elevadas do que a austenita. A solubilidade
máxima do carbono é um pouco maior do que na ferrita α (0,09%
(0 09%
contra 0,022%) porque ocorre em temperaturas maiores, onde a
agitação térmica dos átomos é maior.
Diagrama Fe‐
Diagrama Fe‐C
Fase x Constituinte
Os constituintes podem ser compostos por uma única
fase ou pela combinação de várias.
CONSTITUINTES ≠ FASES
Perlita
Detalhe de um grão de perlita
Engº Fabio Alves Metalurgia Básica slide 70
35
12/2/2012
slide 71
Diagrama Fe‐
Diagrama Fe‐C
Ferros Fundidos
Diagrama Fe‐
Diagrama Fe‐C
A B C
microestruturas obtidas pelo resfriamento lento
A) Hipoeutetóide B) Eutetóide C) Hipereutetóide
36
12/2/2012
Diagrama Fe‐
Diagrama Fe‐C
Evolução Microestrutural: Transformação Eutetóide
Evolução Microestrutural: Transformação Eutetóide
Inicialmente, tem‐se apenas a
fase γ.
Em uma temperatura
imediatamente abaixo da
eutetóide, toda a fase γ se
transforma em perlita (ferrita+
Fe3C).
Estas duas fases tem %C muito
diferentes Esta reação é rápida.
diferentes. rápida
Não há tempo para haver grande
difusão de carbono.
As fases se organizam como
lamelas alternadas de ferrita e
cementita.
Engº Fabio Alves Metalurgia Básica slide 73
Diagrama Fe‐
Diagrama Fe‐C
Evolução Microestrutural: Transformação Hipoeutetóide
Evolução Microestrutural: Transformação Hipoeutetóide
Inicialmente, tem‐se apenas a
fase γ.
Em seguida,
seguida começa a surgir fase
α nos contorno de grão da fase γ.
A uma temperatura
imediatamente acima da eutética,
a fase α já cresceu, ocupando
completamente as fronteiras da
fase γ.
γ
Em T< T(eutetóide), toda a fase γ
se transforma em perlita (ferrita
eutetóide+ Fe3C). A fase α, que
não muda e é denominada ferrita
pro‐eutetóide.
Engº Fabio Alves Metalurgia Básica slide 74
37
12/2/2012
Diagrama Fe‐
Diagrama Fe‐C
Evolução Microestrutural: Transformação Hipoeutetóide
Evolução Microestrutural: Transformação Hipoeutetóide
Perlita Ferrita
Microestrutura de aço hipoeutetóide (0,38%C). Aumento: 635X
Diagrama Fe‐
Diagrama Fe‐C
Evolução Microestrutural: Transformação Hipereutetóide
38
12/2/2012
Diagrama Fe‐
Diagrama Fe‐C
Evolução Microestrutural: Transformação Hipereutetóide
Perlita
Cementita
Diagrama Fe‐
Diagrama Fe‐C
Evolução Microestrutural
39
12/2/2012
40
12/2/2012
41
12/2/2012
Curvas de Resfriamento
42
12/2/2012
Curvas de Resfriamento
diagrama de transformação
Diagramas de Resfriamento isotérmica ou diagrama TTT
(temperatura – tempo –
transformação)
diagrama de resfriamento
contínuo ou diagrama CCT
(“continuous cooling
transformation)
Curvas de Resfriamento
Curvas TTT
O diagrama de transformação isotérmica (diagrama ITT ‐
“Isothermal Temperature
p Transformation”) ou diagrama
g
TTT é obtido pelo resfriamento da austenita a
temperaturas constantes e sua transformação
determinada ao longo do tempo.
Ciclo térmico de austenitização e resfriamento com transformação isotérmica.
Engº Fabio Alves Metalurgia Básica slide 86
43
12/2/2012
Curvas de Resfriamento
Curvas TTT
As duas linhas cheias marcam o
início e final da transformação
i té i (no
isotérmica ( exemplol 675ºC).
675ºC)
A linha tracejada representa 50%
da transformação concluída.
A temperatura eutetóide está
indicada por uma linha horizontal.
Abaixo da temperatura eutetóide
a austenita fica instável.
Curvas de Resfriamento
Curvas TTT
Curva TTT para aços
Engº Fabio Alves Metalurgia Básica slide 88
44
12/2/2012
Curvas de Resfriamento
Curvas TTT
Em relação a formação da perlita por transformações
isotérmicas, é possível a obtenção das perlitas denominadas
de perlita grosseira e perlita fina.
fina
Curvas de Resfriamento
Curvas TTT
Ttransf logo abaixo da TE Ttransf bem abaixo da TE
T maiores: difusão é mais rápida T menores: difusão é mais lenta
Perlita é grosseira. Perlita fina
45
12/2/2012
Curvas de Resfriamento
Curvas TTT
+ grosseira + fina
Ttransf ~ TE Ttransf <<TE
Curvas de Resfriamento
Fatores de Influência
Teor de carbono ‐ quanto maior o teor de C, até a percentagem de
0,8%, mais para a direita ficará deslocada a curva TTT.
46
12/2/2012
Curvas de Resfriamento
Fatores de Influência
Influência da composição química (elementos de liga)
Curvas de Resfriamento
Fatores de Influência
Amostra A Amostra B
Influência do tamanho de grão na transformação da austenita
As transformações
A t f õ difusionais,
dif i i em geral,l ocorrem nos contornos
t d grão.
de ã Sendo
S d
assim, quanto maior a disponibilidade de contornos de grão maior será o
favorecimento de reações difusionais (formação de ferrita, perlita e cementita).
Na amostra B (menor TG) a formação de fases difusionais é favorecida, já na
amostra A (maior TG) as reações difusionais são menos favorecidas.
47
12/2/2012
Curvas de Resfriamento
Curvas CCT
Um diagrama de transformação isotérmica (curva TTT) é válida
apenas para condições de temperatura constante, que deve ser
modificada para transformações que ocorrem à medida em que a
temperatura é constantemente mudada.
No entanto, a maioria das aplicações (tratamentos térmicos,
soldagem, fundição) para aços envolvem resfriamento contínuo de
uma amostra até à temperatura ambiente. Ou seja, não é mantida
uma temperatura constante para as transformações. Para prever as
transformações ocorridas nessa situação utiliza‐se
utiliza se as curvas CCT
(“Continuous Cooling Transformation”).
Os fatores que influenciam as curvas CCT são os mesmos das
curvas TTT (%C; elemento de liga e tamanho de grão).
Curvas de Resfriamento
Curvas CCT
48
12/2/2012
Curvas de Resfriamento
Curvas CCT
E (ÁGUA)= Martensita
Curva CCT para um aço eutetóide
49
12/2/2012
Curvas de Resfriamento
Curvas CCT
Curvas de resfriamento para
a formação de 100% de
martensita.
martensita
TRC = Taxa de
Resfriamento Crítico
Resfriamento Crítico
Curvas de Resfriamento
Microestruturas Resultantes
Como foi apresentado anteriormente, as microestrutura
obtidas de um resfriamento fora das condiçõesç de
equilíbrio não podem ser previstas pelo diagrama de
equilíbrio.
Dessa forma, serão apresentadas as microestruturas dos
aços em condições de não‐equilíbrio. As microestruturas
mais comuns são: martensita e bainita
bainita.
50
12/2/2012
Curvas de Resfriamento
Microestruturas Resultantes: BAINITA
Descrita como ripas de ferrita com carbonetos entre as
p ou no interior das mesmas.
ripas
Curvas de Resfriamento
Microestruturas Resultantes: BAINITA
51
12/2/2012
Curvas de Resfriamento
Microestruturas Resultantes: BAINITA
Curvas de Resfriamento
Microestruturas Resultantes:
Microestruturas Resultantes: BAINITA
BAINITA
Bainita Superior: ripas de ferrita com carbonetos entre
as ripas. Os carbonetos podem ser intermitentes ou
contínuos, dependendo do teor de carbono.
Bainita Inferior: lentículas de ferrita com carbonetos no
interior da ferrita (com orientação determinada).
52
12/2/2012
Curvas de Resfriamento
Microestruturas Resultantes:
Microestruturas Resultantes: MARTENSITA
MARTENSITA
É uma solução sólida supersaturada de carbono (não se
forma por difusão).
Fase metaestável (não aparece no diagrama de
equilíbrio) , muito dura e frágil, de estrutura tetragonal
de corpo centrado (TCC). Apresenta microestrutura em
forma de agulhas.
Curvas de Resfriamento
Microestruturas Resultantes:
Microestruturas Resultantes: MARTENSITA
MARTENSITA
Transformação da γ (CFC) α (CCC).
Expansão de
2 a 3%
53
12/2/2012
Curvas de Resfriamento
Microestruturas Resultantes:
Microestruturas Resultantes: MARTENSITA
MARTENSITA
A martensita ocorre entre as temperaturas Mi e Mf
Mf..
Essas temperaturas diminuem com o teor de elementos
de liga em solução sólida na austenita
austenita.
Curvas de Resfriamento
Microestruturas Resultantes:
Microestruturas Resultantes: MARTENSITA
MARTENSITA
54
12/2/2012
55
12/2/2012
Microestruturas dos Aços
Resumo
AUSTENITA
reaquecimento
i t
Pode ser:
Martensita Revenida
Ferrita ou cementita
(α + Fe3C)
56
12/2/2012
Propriedades Mecânicas
Por que estudar?
A determinação e/ou conhecimento das propriedades
mecânicas é muito importante para a escolha do material
para uma determinada aplicação, bem como para o projeto e
fabricação do componente.
Propriedades Mecânicas
Principais Propriedades
Resistência à tração
Elasticidade
Ductilidade
Fluência
Fadiga
Dureza
Tenacidade
Resiliência
Cada uma dessas propriedades está associada à habilidade do material de resistir às
forças mecânicas e/ou de transmiti‐las
57
12/2/2012
Propriedades Mecânicas
‐‐‐ forma do material antes
da aplicação da carga
Comportamento de materiais submetidos a tração e compressão
Engº Fabio Alves Metalurgia Básica slide 115
Propriedades Mecânicas
Tensão = Força / Área
Comportamento de um material
submetidos à tração
58
12/2/2012
Propriedades Mecânicas
Curva Tensão x Deformação
Curva tensão vs deformação convencional
Propriedades Mecânicas
Curva Tensão x Deformação
Área
real
Curva tensão vs deformação real e de engenharia
59
12/2/2012
Propriedades Mecânicas
Curva Tensão x Deformação
A forma e a magnitude da curva dependem:
composição do material
composição do material
tratamento térmico
deformação plástica anterior
taxa de deformação
temperatura
estado de tensões aplicado durante o ensaio.
Propriedades Mecânicas
Curva Tensão x Deformação
60
12/2/2012
Propriedades Mecânicas
Curva Tensão x Deformação
Propriedades Mecânicas
Limite de Escoamento
61
12/2/2012
Propriedades Mecânicas
Limite de Resistência
Curva tensão‐deformação
Propriedades Mecânicas
Ductilidade
A ductilidade é uma medida do grau de deformação plástica que
foi sustentada na fratura.
Comportamento de materiais submetidos a tração e compressão
Engº Fabio Alves Metalurgia Básica slide 124
62
12/2/2012
Propriedades Mecânicas
Ductilidade
Comportamento de materiais ducteis (“ductile”) e frágeis (“brittle”)quando carregados até a
sua ruptura (fratura)
Propriedades Mecânicas
Resiliência
Resiliência é a energia que o material absorve na região elástica.
Esta energia
g corresponde
p à área sob a curva tensão vs deformação
f ç
até o limite de escoamento.
Curva tensão x deformação de materiais de diferentes propriedades
63
12/2/2012
Propriedades Mecânicas
Tenacidade
Tenacidade (“toughness”) é a capacidade do material de
armazenar energia
g na região
g de comportamento
p plástico.
p
Propriedades Mecânicas
Tenacidade
deformação
64
12/2/2012
Propriedades Mecânicas
Dureza
A dureza é uma medida da resistência de um material à
deformação plástica local (por exemplo, uma pequena indentação
ou um risco).
risco)
Os conceitos de dureza possuem interpretações diferentes em
função da atividade desenvolvida pelo usuário. No caso dos metais
é medida principalmente pela resistência à penetração de um
material em outro.
Esta p
propriedade
p é facilmente determinada;; fornece informações
ç
sobre a resistência mecânica, os tratamentos térmicos ou
mecânicos realizados e a resistência ao desgaste.
Existem três tipos principais de ensaios de dureza: por risco, por
choque e por penetração
penetração..
Propriedades Mecânicas
Dureza
Técnicas de ensaio de dureza para materiais metálicos (dureza por penetração)
65
12/2/2012
Propriedades Mecânicas
Fluência
Esquema de um ensaio de fluência
Engº Fabio Alves Metalurgia Básica slide 131
Propriedades Mecânicas
Fluência
66
12/2/2012
Propriedades Mecânicas
Fluência
Propriedades Mecânicas
Fluência
Curvas de fluência do aço carbono a 450oC
67
12/2/2012
Propriedades Mecânicas
Propriedades mecânicas de alguns materiais metálicos
Propriedades Mecânicas
Microestrutura do Aço
Microestrutura do Aço –– Perlita & Cementita
68
12/2/2012
Propriedades Mecânicas
Microestrutura do Aço
Microestrutura do Aço –– Perlita & Cementita
Limite de escoamento e limite de resisttência à
Energgia de impacto Izod (ft.lb)
tração
A cementita é muito mais duro e, portanto, mais frágil que a ferrita. Então, quando maior o teor
de cementita no aço, maior será sua dureza e resistência e menor sua ductilidade e tenacidade
(energia de impacto).
Propriedades Mecânicas
Microestrutura do Aço
Microestrutura do Aço –– Martensita
Influência do resfriamento nas propriedades mecânicas de um aço
69
12/2/2012
Propriedades Mecânicas
Microestrutura do Aço
Microestrutura do Aço –– Martensita Revenida
Propriedades Mecânicas
Microestrutura do Aço
Microestrutura do Aço –– Martensita & Martensita Revenida
70
12/2/2012
Propriedades Mecânicas
Microestrutura do Aço
Microestrutura do Aço –– Martensita & Martensita Revenida
Propriedades Mecânicas
Microestrutura do Aço
Microestrutura do Aço –– Martensita & Martensita Revenida
Cementita
(Fe3C)
região Ferrita
clara região
escura
71
12/2/2012
Propriedades Mecânicas
Microestrutura do Aço
Microestrutura do Aço ‐‐ Bainita
As bainitas apresentam propriedades mecânicas intermediárias entre a
martensita e as microestruturas obtidas por resfriamento lento.
Propriedades Mecânicas
Microestrutura do Aço
Microestrutura do Aço ‐‐ Bainita
72
12/2/2012
Propriedades Mecânicas
Microestrutura do Aço
Tratamento Térmico
73
12/2/2012
Tratamento Térmico
Recozimento Pleno
Recozimento Esferoidização
Recozimento para Alívio de Tensões
Normalização
Têmpera e Revenido
Austêmpera
Trat. Térmicos Especiais
é Martêmpera
Recozimento Isotérmico
Trat. de Endurecimento Têmpera Superficial
Superficial Trat. Termoquímicos
Tratamento Térmico
Temperabilidade
“Capacidade do aço em endurecer por transformação
martensítica, como resultado de um tratamento térmico
de têmpera.”
têmpera ”
Todos os EL aumentam a temperabilidade, exceto o
Cobalto.
74
12/2/2012
Tratamento Térmico
Temperabilidade
Tratamento Térmico
Temperabilidade
Quanto mais elementos de liga em solução sólida na
austenita maior a temperabilidade do aço, pois os
coeficientes de difusão dos diversos elementos
decrescem. Dessa forma, as reações difusionais são
retardadas.
Carbono equivalente
75
12/2/2012
Tratamento Térmico
Temperabilidade
Fatores que influenciam na temperabilidade:
Composição química;
Tamanho de grão;
Homogeneidade do aço no campo austenítico.
Tratamento Térmico
Recozimento Pleno
Estrutura constituída de ferrita e perlita grosseira (aços
hipoeutetoídes).
É usado para regenerar a estrutura, de modo a diminuir
a dureza aumentar a ductilidade, aliviar tensões internas
causadas por tratamento anterior e refinar o grão.
76
12/2/2012
Tratamento Térmico
Esferoidização
Para os aços de baixo e médio carbono, a estrutura ideal
do ponto de vista de usinabilidade é a perlita grosseira
obtida pelo recozimento pleno.
pleno Para aços de alto carbono
é preferível a estrutura "esferoidita" onde os carbonetos
encontram‐se na forma de glóbulos.
Tratamento térmico de
esferoidização
Tratamento Térmico
Esferoidização
Evolução microestrutural no aço :: perlita em esferoidita
77
12/2/2012
Tratamento Térmico
Temperabilidade
Tratamento Térmico
Alívio de Tensões
Aquecimento uniforme da peça de maneira que o limite
de escoamento do material fique reduzido a valores
inferiores
f à tensões
às õ residuais.
d Nesta condição,
d ã as
tensões residuais provocam deformações plásticas locais
diminuindo de intensidade.
Para impedir mudanças na microestrutura ou dimensões
da peça, a temperatura é mantida abaixo da temperatura
crítica.
78
12/2/2012
Tratamento Térmico
Alívio de Tensões
Tratamento Térmico
Normalização
A normalização consiste no aquecimento acima da zona
crítica (acima da linha A3 ou da linha Acm) durante um
determinado tempo para completa homogeneização da
austenita, seguido de um resfriamento ao ar.
79
12/2/2012
Tratamento Térmico
Normalização
Obtenção de uma microestrutura mais fina e uniforme.
CConfere
f maior
i uniformidade
if id d à estrutura
t t d peças que
das
serão submetidas ao tratamento de têmpera e revenido.
Após
ó a normalização
l as lamelas
l l da
d perlita
l estão mais
próximas, tendo‐se a perlita fina.
Tratamento Térmico
perlita grossa
perlita fina
Normalização e recozimento de um aço
eutetóide
80
12/2/2012
Tratamento Térmico
Têmpera
A têmpera (“Quenching”) consiste no aquecimento
acima da zona crítica durante o tempo necessário para
uma completa
l h
homogeneizaçãoã da
d austenita, seguido
d de
d
um resfriamento rápido.
Tem por objetivo aumentar a dureza do aço e, em
conseqüência, sua resistência mecânica
Severidade de têmpera (H) em função dos meios
de resfriamento
Engº Fabio Alves Metalurgia Básica slide 161
Tratamento Térmico
Revenido
Consiste em aquecer o material a temperaturas bastante
inferiores à temperatura crítica (200 a 700oC), permitindo
uma certa acomodação do sistema cristalino e, como
conseqüência, a diminuição da dureza e o aumento da
tenacidade da peça (conferir tenacidade e aliviar tensões
no aço temperado).
A estrutura resultante chama‐se de martensita
revenida.
81
12/2/2012
Tratamento Térmico
Revenido
Tratamento Térmico
Têmpera & Revenido
Martensita
Revenimento
Martensita
Têmpera Revenida
82
12/2/2012
Tratamento Térmico
Austêmpera
A austêmpera, também denominada têmpera bainítica
ou tempera de fase intermediária, substitui o tratamento
térmico de têmpera e revenido.
Tratamento Térmico
Austêmpera
A transformação acontece em temperaturas mais
elevadas que a têmpera, o que resulta em menores
tensões internas (menor ocorrência de deformação e
trincas).
Limitação: necessidade de controle da velocidade de
resfriamento (“restrita” à peças pequenas).
83
12/2/2012
Tratamento Térmico
Martêmpera
A martêmpera, também chamada têmpera
interrompida, visa diminuir as deformações pelas tensões
devidas ao resfriamento rápido.
Tratamento Térmico
Recozimento Isotérmico
Proporciona uma microestrutura mais uniforme que o
recozimento pleno.
84
12/2/2012
Tratamento Térmico
85
12/2/2012
86
12/2/2012
87
12/2/2012
88
12/2/2012
89
12/2/2012
Microestruturas dos Aços
Propriedades das Microestruturas
Influência do teor de carbono na dureza e ductilidade das microestrutura dos aços
Microestruturas dos Aços
Propriedades das Microestruturas
Limite de esscoamento e limite de resistênccia à
de impacto Izod (ft.lb)
Energia d
tração
90
12/2/2012
Microestruturas dos Aços
Propriedades das Microestruturas
Mecanismo de Endurecimento
91
12/2/2012
Mecanismo de Endurecimento
Solução Sólida
Distorção na rede provocada por átomos de soluto.
Estes átomos,
átomos para minimizar a energia do material,
material
procuram lugares onde se acomodam mais facilmente,
como junto às discordâncias.
Mecanismo de Endurecimento
Solução Sólida
92
12/2/2012
Mecanismo de Endurecimento
Encruamento
Materiais encruados são aqueles que são “trabalhados a
frio” (cold worked) ou seja conformados mecanicamente
(ou deformados plasticamente) em uma temperatura
inferior à temperatura de recristalização.
Mecanismo de Endurecimento
Encruamento
93
12/2/2012
Mecanismo de Endurecimento
Refino de Grão
Os contornos de grão são regiões que apresentam
distorção na rede atrapalhando a movimentação das
discordâncias.
Mecanismo de Endurecimento
Precipitação
O material exibe uma segunda fase, isto é, região com
composição e características distintas, dispersa na matriz
distorção na rede.
As discordâncias vão ter dificuldade em se movimentar
através destas partículas (ex: carbonetos)
Interação dos precipitados com os átomos da matriz. (A) Pcp coerente, maior
endurecimento e (B) Pcp incoerente, menor endurecimento
Engº Fabio Alves Metalurgia Básica slide 188
94
12/2/2012
Mecanismo de Endurecimento
Precipitação
Mecanismo de Endurecimento
Transformação de Fase
Endurecimento promovido através de tratamento
térmico em que há a formação de constituintes mais
resistentes.
95
12/2/2012
96
12/2/2012
97
12/2/2012
98
12/2/2012
Obrigado!
f bi
fabiopalves@gmail.com
l @ il
“A dúvida é o principio da sabedoria”.
Aristóteles
99