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CONTABILIDADE
Aline Alves
Revisão técnica:
Lilian Martins
Cientista contábil
Especialista em Controladoria e Planejamento Tributário
Professora de Curso de Graduação em Ciências Contábeis
1. Contabilidade. I.Título.
CDU 657
Introdução
Você sabe quais são os princípios contábeis adotados no Brasil? Neste
capítulo, você vai estudar os princípios da contabilidade geralmente
aceitos e as Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) que
regem esses princípios no Brasil, listados a partir do CPC 00–R1. Além
disso, vai ler sobre as convenções contábeis que orientam o trabalho do
profissional contador.
A Resolução CFC nº 750/1993 foi atualizada pela Resolução CFC n°. 1.282,
de 28 de maio de 2010, e, com isso, passou a ter alguns dos seus artigos
modificados:
A Resolução CFC nº. 1.282/2010, assim com o a Resolução CFC nº. 750/1993,
foi revogada, conforme NBC TSP — Estrutura Conceitual, entrando em vigor
a partir de 1/1/2017 (BRASIL, 2017).
Convenções contábeis
As convenções contábeis surgiram fundamentadas na margem de autonomia
que os princípios contábeis possibilitam ao contador quanto à escrituração das
transações da entidade, ou seja, dos acontecimentos ocorridos. As convenções
são mais diretas e possuem a tarefa de apontar o comportamento correto que
deve ser considerado no exercício da profissão de contador. Essas convenções
se referem a considerações usadas como orientação para o profissional que
atua na contabilidade, regulamentando modelos de conduta para o registro
dos eventos contábeis.
As convenções visam estreitar o alcance dos princípios contábeis, es-
tabelecendo com maior exatidão e transparência a sua abrangência e o seu
significado. Elas são uma espécie de complemento dos princípios e postulados,
buscando limitar conceitos, tarefas e rumos a serem seguidos no que se refere
à escrituração das transações, favorecendo a atuação do profissional contábil.
Convenção da objetividade
A convenção da objetividade relaciona-se ao aspecto de neutralidade que precisa
estar na contabilidade na escrituração dos fatos que abrangem a gestão do patri-
mônio empresarial. Cabe ao contador adotar o critério mais correto para relatar um
fato contábil. O profissional deve exercer a contabilidade de modo mais prático,
desconsiderando qualquer ação de administradores ou demais indivíduos que
possam refletir na sua função. O registro contábil precisa estar fundamentado em
documentação que confirme a ocorrência dos fatos ou das transações.
A convenção da objetividade visa excluir ou limitar áreas de descomedido
liberalismo na adoção de procedimentos, especialmente de valor.
No caso de não haver documento como base, é preciso contratar peritos em avaliação,
que possam fornecer valores objetivos por meio de laudos, para que o contador
consiga aplicar a contabilidade de forma imparcial.
Identificação dos princípios e das convenções contábeis 7
Convenção da materialidade
A convenção da materialidade define que a contabilidade não precisa preocupar-
-se com valores ou eventos considerados sem grande relevância com relação ao
registro e ao controle. A informação contábil precisa ser importante, justa e apro-
priada, e cabe ao contador observar a relação custo e vantagem da informação
produzida, prevenindo, assim, qualquer desperdício de recursos e de tempo.
Fica a critério da administração da entidade definir uma relação custo-
-benefício, a fim de decidir sobre a escolha de um sistema contábil mais
adequado e específico, prevenindo a perda de recursos e de tempo para mo-
nitorar os itens e as variações do patrimônio que tenham valores reduzidos
em relação ao próprio patrimônio.
Convenção da consistência
A convenção de consistência determina que os procedimentos escolhidos no
registro dos atos e fatos administrativos devem permanecer constantes, ou seja,
não devem ser modificados frequentemente. Essa convenção representa o padrão,
o uso de métodos uniformes durante um período mais extenso para o registro
dos eventos contábeis e o desenvolvimento das demonstrações financeiras.
Se houver a precisão das alterações com relação aos procedimentos defini-
dos, esses procedimentos devem ser apresentados em notas explicativas, me-
diante os relatórios contábeis, esclarecendo ao usuário da informação contábil
a modificação ocorrida. A elaboração dos relatórios deve ter embasamento
no conteúdo das informações sólidas, para facilitar o seu entendimento e a
verificação pelos diversos usuários.
A descontinuação da consistência nos registros contábeis tem reflexos
nos demonstrativos contábeis, afetando a análise transparente e eficiente
relacionada ao comparativo dos demonstrativos dos exercícios anteriores.
Convenção do conservadorismo
A convenção do conservadorismo estabelece que o contador precisa manter
um comportamento tradicional em se tratando dos resultados que deverão
8 Identificação dos princípios e das convenções contábeis
Leituras recomendadas
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamentos técnicos contábeis 2012.
Brasília, DF: CFC, 2013. Disponível em :<http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/
uploads/2013/06/cpc_pronunciamentos_2012_web.pdf>. Acesso em: 23 nov. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº. 1.121/2008. Aprova a NBC
TG ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação
das Demonstrações Contábeis. Brasília, DF, 2008. Disponível em: <http://www1.cfc.
org.br/sisweb/SRE/docs/RES_1121.pdf>. Acesso em: 04 nov. 2017.
LUNKES, R. J. Contabilidade gerencial: um enfoque na tomada de decisão. Florianópolis:
VisualBooks, 2007.
LUZ, É. E. Teoria da contabilidade. Curitiba: Intersaberes, 2015.
SANTOS, A. S. Contabilidade. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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