lavrou o Auto de Infração e Imposição de Multa em 16/07/2015 (fls. 44), por ter o autor se creditado indevidamente do imposto no período de abril a junho de 2010 (fls. 43).
Assim, como bem entendeu a r.
sentença, verifica-se o transcurso do lapso temporal superior a 5 anos da data do fator gerador, com a data da declaração do débito tributário (lançamento tributário), nos termos do Código Tributário Nacional :
“Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto
aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. (...) § 4º - Se a lei não fixar prazo à homologação, será ele de 5 (cinco) anos, a contar PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a
Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo ou simulação”.
Isto porque, na situação dos autos, houve antecipação do
pagamento do tributo, dependente de verificação posterior pelo fisco da correção de tal pagamento.
Ora, só seria aplicável o art. 173, I, do Código Tributário
Nacional, se o contribuinte não tivesse declarado (lançamento voluntário) o imposto.
No entanto, a hipótese dos autos envolve creditamento
indevido do imposto (ou seja, há declaração e recolhimento de ICMS, embora em valor menor do que o devido) , de maneira que a verificação de eventual diferença do valor pago e o valor devido de ICMS deveria ter ocorrido no prazo de cinco anos do fato gerador.