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A Sociedade Egípcia

Na sociedade egípcia havia uma rígida hierarquia entre as camadas sociais. A mobilidade
social praticamente inexistia, pois as profissões, os cargos e as funções eram, na maior
parte das vezes, transmitidos por herança.
A posição mais alta da hierarquia social era ocupada pelo faraó e sua família (geralmente
muito numerosa porque ele podia ter várias esposas e concubinas). Abaixo do faraó
vinham os nobres, que ocupavam altos postos no governo e no exército.
Seguiam-se os sacerdotes, considerados intermediários entre os deuses e os homens,
que também se dedicavam às atividades intelectuais e científicas. Os nobres e os
sacerdotes detinham grandes privilégios.
Em seguida, vinha a camada dos funcionários reais, destacando-se os escribas, os que
ocupavam altos postos militares, os artesãos altamente especializados, os comerciantes e
os militares.
Na posição inferior da sociedade egípcia, estavam os não privilegiados, os trabalhadores
braçais – artesãos e camponeses (chamados felás). Compunham a maioria da população
e eram obrigados a entregar ao faraó parte de sua colheita, além de ter de pagar impostos
aos nobres e sacerdotes. Também eram submetidos a trabalhos forçados nas
construções de palácios, templos, canais de irrigação e etc., e até a castigos físicos.
A pequena camada dos escravos era formada por estrangeiros aprisionados nas guerras.
Os escravos eram encarregados das tarefas domésticas ou dos trabalhos mais pesados.
A Religião
A religião desempenhou importante papel na vida dos egípcios e deixou marcas em quase
todos os setores: nas artes, na literatura, na filosofia e até mesmo nas ciências. Os
egípcios eram politeístas, acreditando em muitos deuses antropomórficos e zoomórficos,
dentre os quais se destacavam: Rá, Osíris, Ísis e Hórus. Certos animais eram
considerados sagrados, como o gato, o crocodilo, o escaravelho, o boi.
Acreditava-se também que a alma era julgada por um tribunal presidido pelo deus Osíris.
Eram apresentadas as ações boas ou más do falecido, para se julgar se ele merecia o
castigo ou a salvação eterna. Seu coração era colocado num dos pratos de uma balança
e, no outro, uma pena. Se os pratos se equilibrassem, a alma estaria salva.
As pessoas mais ricas compravam dos sacerdotes o Livro dos Mortos, um conjunto de
fórmulas mágicas, escritas num papiro, que facilitariam sua salvação após a morte. Com a
venda dessas fórmulas, muitos sacerdotes enriqueceram.

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