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Arritmias letais/não letais

Diagnóstico:

A escolha do método de registro dependerá da frequência de ocorrência dos sintomas -


diria, semanal ou esporadicamente. A história clínica caracterizando o tipo, os fatores
desencadeantes, a frequência, a duração e o comprometimento hemodinâmico, é
fundamental na indicação do método e no sucesso da investigação. Os sintomas
relacionados a fatores desencadeantes deverão ser avaliados sob a ação desses
estímulos. Quando os sintomas forem severos, colocando em risco a vida do paciente,
deverão ser investigados em regime de internação hospitalar.

A depender dos sintomas e a frequência dos mesmos as arritmias podem ser


classificadas em incapacitantes e não incapacitantes, de acordo com as Diretrizes para
Avaliação e Tratamento de Pacientes com Arritmias Cardíacas, a escolha do método de
monitorização diagnóstico varia de acordo com o grau dos sintomas:

Grau A - Síncope; palpitações; pré-síncope ou tonturas.


Grau B1 - Síncope, pré-síncope, tontura ou palpitações onde provável causa não
arrítmica tenha sido identificada, mas com persistência de sintomas, apesar do
tratamento desta causa; recuperados de PCR.
Grau B2 - Episódios paroxísticos de dispneia, dor precordial ou fadiga, são explicadas
por outras causas; pacientes com embolia sistêmica quando se suspeita de fibrilação ou
flutter atrial.
Grau C - Nenhuma.

É importante a realização de alguns exames para confirmar as alterações no ritmo e na


frequência cardíaca. Os exames mais utilizados para meios diagnósticos são:

. ECG (A definição do tipo de arritmia depende de uma avaliação adequada do ritmo.


O ECG é o método mais utilizado para diagnóstico das arritmias, além de ser um
método mais barato. Ritmos Letais: Fibrilação ventricular, Taquicardia
ventricular, Assistolia e Atividade elétrica sem pulso. Ritmos não letais: Lentos:
frequência cardíaca < que 60 bpm; Rápidos: frequência > que 120 bpm).

Fibrilação ventricular (consiste na contração não


coordenada do musculo cardíaco, fazendo-os tremer e não ejetar o sangue da maneira
correta).
Taquicardia Ventricular
(caracterizadas pela presença de três ou mais sístoles consecutivas com
uma frequência cardíaca elevada).

Assistolia (é a ausência completa de


atividade elétrica e mecânica cardíaca)

Atividade Elétrica Sem Pulso


(apresenta complexos QRS alargados, que não produzem respostas de contração
miocárdica eficientes)
. Ecocardiograma (um tipo de ultra-sonografia que pode identificar doenças cardíacas
que estejam causando a arritmia; avalia o grau de disfunção do VE, também
identificando a sua causa. Pode ser obtido à beira do leito, com um índice de acurácia
muito alto, capaz de fazer distinção entre a disfunção diastólica e a sistólica);
. Outros métodos de monitorização como o Holter (monitor de 24 horas, com
finalidade de detectar, registrar, quantificar e calcular a variação do ritmo cardíaco
durante as atividades diárias habituais do paciente; Além de fornecer informações
sobre o padrão circadiano eletrocardiográfico e quantificação das arritmias, o
sistema Holter pode documentar alterações do ECG no momento da ocorrência de
um sintoma, assim como distúrbios do ritmo assintomáticos, que permitem o
diagnóstico presuntivo de causa arrítmica. É útil, também, em pacientes pouco
colaborativos e naqueles nos quais os sintomas são incapacitantes.);

. Estudo Eletrofisiológico Invasivo (EFF, que possibilita o registro da atividade


elétrica intracardíaca por meio de eletrocateteres multipolares, pode ser indicado para o
diagnóstico diferencial de taquiarritmias, estratificação de risco de morte, avaliação de
síncope e bradiarritmias).

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