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Rácios de Rentabilidade......................................................................................................4
Rentabilidade do Activo......................................................................................................6
Rácios de Liquidez..............................................................................................................6
Liquidez Geral.....................................................................................................................6
Liquidez Reduzida...............................................................................................................7
Liquidez Imediata................................................................................................................7
Conclusão..........................................................................................................................12
Referências Bibliográficas.................................................................................................13
Introdução
O presente trabalho, pertencente a cadeira de Contabilidade Financeira tem como tema Rácios
Financeiros. Rácio que é uma técnica de comparação entre resultados económicos ou
financeiros, que poderá basear-se numa análise estática comparando os resultados económicos
e financeiros ou numa análise dinâmica comparando consecutivamente os balanços ou a
análise da estrutura da demonstração dos resultados.
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RÁCIOS FINANCEIROS – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Rácios Financeiros – Conceito
Um Rácio financeiro é um rácio de valores escolhidos do relatório e contas de uma empresa,
com o objectivo de determinar alguma característica financeira dessa empresa, seja a sua
solvabilidade, risco, nível de valorização ou qualidade como investimento.
Para Nabais (2004, p.56) “os rácios são um dos métodos que permitem estudar a
evolução da situação económica e financeira da entidade consistindo no estabelecimento de
relações entre os dados fornecidos pelos documentos contabilísticos, após a sua preparação
para análise”.
Neste sentido, podemos dizer que o rácio é uma técnica de comparação entre os resultados
económicos e financeiros de uma entidade.
É neste sentido que, Silva (2013) defende que o estudo económico e financeiro de uma
empresa permite, entre outras possíveis conclusões, avaliar o equilíbrio financeiro, as
necessidades de financiamento da actividade e a situação de tesouraria.
Para um rácio fazer sentido deve ser comparável a um padrão ou a uma relação estabelecida
entre rácios.
Segundo Neves (1996), os rácios são uma ferramenta útil, utilizados com bastante frequência
na análise financeira e económica. Contudo, é igualmente necessário ter sobriedade, para que
não surjam distorções nos resultados.
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Na abordagem dos rácios contamos então com as seguintes vantagens:
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Rácios de endividamento - medem o nível de endividamento da empresa, e
respectiva capacidade de lhe fazer face;
Rácios de liquidez - medem a liquidez da firma e respectiva capacidade de fazer face
aos compromissos;
Rácios de actividade - medem a eficiência da empresa no seu ciclo produtivo;
Rácios de Rentabilidade
Os rácios de rentabilidade “medem a capacidade de a empresa gerar lucros e remunerar o
accionista” (Silva, 2010). Estes determinam a relação entre o resultado e as vendas ou
grandeza do capital, (Neves, 2007).
Quanto maior a margem de lucro bruto, melhor (isto é, menor o custo das mercadorias
vendidas). A margem de lucro bruto é calculada da seguinte forma:
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Receita − Custos dos inventários
Margem = das vendas vendidos ou consumidos = Resultadobruto
de lucro bruto Receitadas vendas Receita das vendas
Neste sentido e de acordo com Fernandes et al (2014), este rácio avalia o retorno em termos
de resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos), sendo que, quanto
maior o valor do indicador, maior a tendência para o negocio gerar resultados.
Segundo Jagels e Coltman (2004), este é o rácio tem como finalidade, analisar a relação entre
o resultado operacional e as vendas, medindo a eficácia global da gestão em gerar vendas e
controlar as despesas.
Este rácio mede a “rendibilidade que a empresa tem depois de incorridos ou serem pagos
todos os gastos, encargos financeiros e impostos”, (Silva, 2010, p.172). A rendibilidade das
vendas avalia o retorno em termos de resultado líquido. Assim, quanto maior o valor do
indicador, maior a tendência para o negócio gerar resultados, (Fernandes et al, 2014).
A margem de lucro líquido é também chamada de lucro líquido depois do imposto sobre o
rendimento dividido pelas vendas. A margem de lucro líquido é calculada da seguinte
maneira:
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Resultado líquido
Margemde lucro líquido=
Receita das vendas
Rentabilidade do Activo
Para Neves (2007) a rendibilidade do activo avalia o desempenho dos capitais totais
investidos na entidade, independentemente da sua origem.
Resultado Líquido
Rentabilidade do Activo=
Activo Total
Comparando esta taxa com as remunerações oferecidas no mercado de capital ou com o custo
do financiamento, os detentores das acções das empresas podem concluir se o seu capital está
a ser bem aplicado
De acordo com Fernandes et al (2014), afirmam que este rácio mede o grau de remuneração
dos sócios ou accionistas das empresas, avaliando assim o retorno do investimento
proporcionado aos detentores do capital próprio.
Rácios de Liquidez
A liquidez de uma empresa é medida em termos de sua capacidade de saldar suas obrigações
de curto prazo à medida que se tornam devidas. A liquidez diz respeito à solvência da posição
financeira geral da empresa, isto é, a facilidade com que pode pagar suas contas em dia.
Os rácios de liquidez são rácios que servem para avaliar a capacidade de investimento de uma
empresa num curto prazo. Os rácios de liquidez medem a adequabilidade dos níveis de
tesouraria da empresa e ajudam os gestores a antecipar problemas e a aproveitar
oportunidades.
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Liquidez Geral
Esta “mede o grau em que os débitos de curto prazo estão cobertos pelo activo circulante, ou
seja, estima a capacidade da entidade em fazer face aos seus compromissos de curto prazo,
utilizando os montantes de disponibilidades” (Almeida, 2012, p. 76). Este rácio é composto
pelo activo circulante (o que as empresas transformam em meios financeiros no curto prazo) e
pelo passivo circulante (as obrigações de curto prazo), (Neves 2007).
Este rácio deve ser superior a 1, situação em que verifica se existe um equilíbrio mínimo, ou
seja, reflecte baixo risco para os credores da entidade e boa capacidade financeira no curto
prazo.
Se for inferior a 1, situação em que verifica se existir dificuldade de tesouraria, a entidade não
consegue satisfazer os pagamentos referentes a débitos a pagar a curto prazo.
Activo Corrente
Liquidez Geral=
PassivoCorrente
Liquidez Reduzida
Segundo Neves (2007, p.117), este rácio “é utilizado com as mesmas finalidades do rácio
anterior, mas admite dificuldades e possível falência da entidade, pelo que considera que as
existências poderão ser transformadas de imediato em dinheiro”.
Silva (2010, p.185), afirma que a interpretação deste rácio deve ser cautelosa, pois, “um valor
significativamente inferior a 1 tanto pode querer dizer que uma entidade mostra dificuldades
de pagamentos actuais ou futuras como pode dizer que sabe gerir bem a tesouraria e evita a
liquidez inútil e dispendiosa”.
Activo Circulante−Existências
Liquidez Reduzida=
Passivo Circulante
Liquidez Imediata
Reflecte apenas o valor imediatamente disponível para fazer face às dívidas a pagar a curto
prazo, (Almeida, 2012). Indica-nos a capacidade que a entidade tem em solver os seus
compromissos de curto prazo com as disponibilidades existentes.
De acordo com Pinho e Tavares (2005) este rácio trata da capacidade de solver compromissos
de forma imediata.
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Fernandes et al (2014) afirma que, dadas as especificidades de cada empresa, não é possível
definir valores de referência que possam ser considerados como ideais, no entanto, um
elevado valor do rácio de LI pode significar:
Disponibilidades
Liquidez Imediata=
PassivoCirculate
Balanço Patrimonial
2019
ACTIVOS
Activos não correntes
Activos tangíveis 136.467,05
Activos Intangíveis 77.640,30
Total dos activos não correntes 214.107,35
Activos Correntes
Inventários 248.532,00
Caixa e Bancos 56.000,00
Total dos activos correntes 304.532,00
Demonstração de Resultado
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Rubrica Ano de 2019
Venda de bens e prestação de serviços 2.500.000
Custo dos inventários vendidos ou consumidas 1.750.000
Resultado bruto 750.000
Custo com pessoal 400.000
Fornecimento e serviços de terceiros 100.000,00
Amortizações 50.000
Resultado operacional 200.000
Gastos financeiros – juros 45.750,95
Resultado antes do imposto 154.249,05
Imposto sobre o rendimento 49.359,696
Resultado líquido do período 104.889,354
Fonte: própria autora
Imagine que é o contabilista da FazTudo e lhe pedem que com base nas demonstrações,
demonstre e interprete os seguintes rácios financeiros:
Interpretação: assim, a margem de lucro bruto da FazTudo foi de 30%. Isso significa que,
para cada 1 metical de venda ou prestação de serviços, a empresa obteve um lucro bruto
aproximado de 0,3 meticais.
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Interpretação: a margem de lucro operacional de 8% significa que para cada 1 metical de
vendas ou serviços prestados a empresa obteve o lucro operacional é de 8 meticais.
104.889,354
Margemde lucro líquido= =0,42× 100=42%
2.500 .000
Interpretação: este valor indica que em cada 100 meticais de vendas, obteve um lucro de 42
meticais, o que revela uma melhor gestão dos recursos colocados a disposição do órgão de
gestão.
Rentabilidade do Activo
104.889,354
Rentabilidade do Activo= =0,20 ×100=20 %
518.639,35
Liquidez Geral
304.532
Liquidez Geral= =16,24
18.750
Interpretação: com este rácio, existe baixo risco para os credores da entidade e boa
capacidade financeira no curto prazo.
Liquidez reduzida
304.532−248.532
Liquidez Reduzida= =3
18.750
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Interpretação: este valor, quer dizer que a empresa sabe gerir bem a tesouraria e evita a
liquidez inútil e dispendiosa.
Liquidez imediata
56.000
Liquidez Imediata= =2,99
18.750
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Conclusão
Chegado a esta fase do trabalho, cabe em síntese, fazer um resumo do trabalho como um todo.
Os rácios são relações entre grandezas que ajudam a obter explicações sobre determinadas
situações patrimoniais bem como a sua evolução.
O método dos rácios é o mais importante e mais antigo método para avaliar o desempenho de
uma empresa. Este método tem sido utilizado pelos participantes no mercado financeiro e
pelos gestores de empresas por quase um século.
Os rácios financeiros têm sido utilizados para fins preditivos, tais como a previsão do
insucesso empresarial, a avaliação do risco, e para testar hipóteses económicas. Por definição,
um rácio é a comparação entre duas grandezas que pode ser expressa, quer sob a forma de
quociente, quer sob a forma de percentagem.
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Referências Bibliográficas
Almeida, C. M. (2012). “Análise de Balanços e Estudos de Indicadores económicos com base
nos modelos do SNC”. OTOC.
Fernandes, C., Peguinho, C., Vieira, E & Neiva, J. (2014). Análise Financeira: Teoria e
Prática. (1.ª Edição). Lisboa: Edições Sílado, Lda.
Jagels, M. G., & Coltman, M. M. (2004). Hospitality management accounting. (8ª edição).
NewYork: Wiley.
Neves, J. C. (2007). Análise Financeira – Técnicas Fundamentais. (1.ª Edição, 19.ª Tiragem).
Lisboa: Texto Editora.
Pinho, C. S & Tavares, S. (2005). “Análise Financeira e Mercados”. Lisboa. Áreas Editora.
Silva, E. S. (2010). Gestão Financeira - Análise de Fluxos Financeiros. (4.ª Edição, Revista e
Actualizada). Porto. Vida Económica.
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