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Convenção e Recomendação
Convenção e Recomendação
critório da OIT no Brasil sobre a discussão do trabalho doméstico nas Conferências Inter-
nacionais do Trabalho de 2010 e 2011 foram realizadas no âmbito do projeto “Gender
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dignidade humanas, sendo considerado condi- ser encontradas na quarta nota sobre o trabalho
ção fundamental para a superação da pobreza, doméstico elaborada pelo escritório da OIT Bra-
a redução das desigualdades sociais, a garantia sil, que pode ser acessada no link http://www.
da governabilidade democrática e o desenvolvi- oitbrasil.org.br/topic/gender/news/news_200.
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tiveram presentes nas CIT 2010 e 2011 ha- dores/as domésticos/as. A discussão que
ocorreu na Comissão retomou o Relatório dores/as domésticos/as com relação aos
Azul da OIT, que já apontava um grande direitos já garantidos aos demais traba-
apoio para a adoção de uma convenção lhadores/as e a consideração do tempo
acompanhada de uma recomendação. de disponibilidade imediata para o tra-
Dessa maneira, após um intenso trabalho balho como horas trabalhadas foram rei-
de discussão tripartite, a Comissão chegou teradas nos instrumentos. O direito a um
ao consenso de que os instrumentos de- ambiente de trabalho seguro e saudável,
veriam tomar a forma de uma convenção bem como a necessidade de adoção de
acompanhada de uma recomendação, e medidas neste sentido estão asseguradas
foram estabelecidos os conteúdos destes na Convenção, e a Recomendação traz
instrumentos. orientações com relação às medidas que
De uma maneira geral, as propostas finais deveriam ser adotadas nesta área. Por fim,
de convenção e recomendação mantive- o tema das agências de emprego privadas
ram os pontos colocados na proposta pre- ganhou espaço. A Convenção afirma que
liminar. Neste sentido, temas cuja discus- os países deverão adotar medidas relati-
são já havia avançado como as condições vas à determinação das condições de fun-
do trabalho realizado por menores de 18 cionamento destas agências, bem como
anos, a necessidade de se estabelecer estabelecer procedimentos de queixas no
uma idade mínima para o trabalho domés- caso de eventuais abusos.
tico e a proteção aos/às trabalhadores/as Como resultado da discussão ocorrida na
domésticos/as migrantes foram mantidos. Comissão, um relatório com a proposta
Por outro lado, temas com relação aos de que os instrumentos a serem adota-
quais não havia sido possível se chegar a dos deveriam ser uma convenção e reco-
um consenso foram amplamente discuti- mendação, bem como seus conteúdos foi
dos e consolidados na Convenção e Reco- encaminhado à plenária da Conferência
mendação. Com relação ao tema do direito Internacional do Trabalho, sendo votado
à privacidade e inspeção do trabalho, por em 16 de junho de 2011. Os instrumentos
exemplo, a Convenção coloca que os paí- propostos receberam ampla aprovação:
ses deverão formular e colocar em prática a Convenção foi aprovada por 396 votos
medidas relativas à inspeção do trabalho a favor, 16 votos contra e 63 abstenções,
e, na medida em que seja compatível com o que significa que a Convenção foi apro-
a legislação nacional, estas medidas deve- vada por 83% dos delegados presentes. A
rão especificar as condições com relação Recomendação foi aprovada por 434 votos
aos quais se poderá autorizar o acesso ao a favor, 8 contra e 42 abstenções, o que
domicílio, com o devido respeito à priva- significa que 89% dos delegados presen-
cidade. Com relação ao tema da jornada tes votaram a favor de sua adoção. Todos
de trabalho, questões importantes como o os representantes de trabalhadores/as
direito ao descanso semanal de 24 horas, presentes votaram a favor da adoção dos
instrumentos; entre os representantes dos
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Recomendação
Artigos Conteúdo
2 Liberdade de associação e direito à negociação coletiva: revisão da
legislação nacional no sentido de tornar efetivos estes direitos. Direito
dos/as trabalhadores/as domésticos/as e dos empregadores/as terem
suas próprias organizações.
3 Exames médicos: princípio da confidencialidade; impedimento de exa-
mes de HIV e gravidez e não-discriminação em função de exames.
4 Medidas com relação aos exames médicos: informação sobre saúde
pública.
5 Identificação e proibição de trabalho doméstico insalubre para crian-
ças, proteção para trabalhadores/as domésticos/as jovens: para estes
últimos, limitação da jornada; proibição de trabalho noturno; restrição
quanto a tarefas penosas e vigilância das condições de trabalho.
6 Informações sobre termos e condições de emprego; estabelecimento
de informações em contratos.
7 Proteção contra abuso, assédio e violência: estabelecimento de meca-
nismos de queixa; programas de reinserção e readaptação de trabalha-
dores/as vítimas.
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8-13 Jornada de trabalho: registro exato das horas trabalhadas, das horas
extras e dos períodos de disponibilidade imediata para o trabalho de
fácil acesso para os/das trabalhadores/as; regulamentação do tempo
em que o trabalhador/a está disponível para o trabalho; estabelecimen-
to de medidas específicas para trabalho noturno; estabelecimento de
pausas durante jornada diária; estabelecimento de descanso semanal
de 24 horas, em comum acordo; compensação por trabalho em dia de
descanso; acompanhamento dos membros do domicílio nos períodos
de férias não deve ser considerado como férias do/a trabalhador/a.
14-15 Proteção quanto à remunerações e pagamento in natura: limitação de
pagamento in natura; critérios objetivos para cálculo do valor; conside-
rar somente questão de alimentação e alojamento; proibição de incluir
artigos relacionados ao desempenho do trabalho; informações precisas
quanto aos valores do pagamento.
17 Condições adequadas de acomodação e alimentação.
18 Prazo para busca de outro emprego e tempo livre durante o trabalho
em casos de término do emprego por iniciativa do empregador/a para
trabalhadores/as que moram nas residências.
19 Saúde e segurança: Medidas e dados sobre saúde e segurança no tra-
balho; estabelecimento de sistema de inspeção.
20 Adoção de medidas para contribuição à previdência social.
21 e 22 Trabalhadores/as migrantes: sistema de visitas; rede de alojamento de
urgência; linha telefônica de assistência; informações quanto às obriga-
ções dos empregadores, legislação e direitos no caso dos trabalhado-
res/as nos países de origem e destino; repatriação.
23 Agências de emprego privadas: promoção de boas práticas das agên-
cias privadas de emprego com relação ao trabalho doméstico.
24 Inspeção do trabalho: estabelecimento de condições para a inspeção
do trabalho.
25 Políticas e programas: para o desenvolvimento continuado de compe-
tências e qualificação, incluindo alfabetização; para favorecer o equi-
líbrio entre trabalho e família; formulação de dados estatísticos sobre
trabalhadores/as domésticos/as.
26 Cooperação internacional para proteção dos trabalhdores/as domésti-
cos/as.
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Convenção sobre o Trabalho balhadores, inclusive trabalhadores domésticos, a
Anexos
de acordo com o artigo 22 da Constituição da Or- consonância com as disposições da Convenção so-
bre a Idade Mínima, 1973 (nº 138), e a Convenção (e) a remuneração, método de cálculo e perio-
sobre as Piores Formas de Trabalho Infantil, 1999 dicidade de pagamentos;
(nº 182), idade que não poderá ser inferior à idade
(f) as horas regulares de trabalho;
mínima estabelecida na legislação nacional para os
trabalhadores em geral. (g) as férias anuais remuneradas e os períodos
de descanso diários e semanais;
2. Todo Membro deverá adotar medidas para asse-
gurar que o trabalho realizado por trabalhadores (h) a provisão de alimentação e acomodação,
domésticos menores de 18 anos e com idade su- quando for o caso;
perior à idade minima para emprego não os impe-
(i) o período de experiência, quando for o caso;
ça ou interfira em sua educação obrigatória, nem
comprometa suas oportunidades para acessar o (j) as condições de repatriação, quando for o
ensino superior ou uma formação profissional. caso; e
Artigo 22 Artigo 26
1. Todo Membro que tenha ratificado esta Conven- 1. No caso da Conferência adotar uma nova con-
ção poderá denunciá-la ao final de um período de venção que reveja total ou parcialmente esta Con-
dez anos, a contar da data de sua entrada em vigor, venção, a menos que a nova Convenção contenha
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2. A presente Convenção continuará, em todo o 2. Ao adotar medidas para assegurar que os tra-
caso, em vigor, na sua forma e conteúdo atuais, balhadores domésticos usufruam da liberdade de
para os Membros que a ratificaram, mas não ratifi- associação e do reconhecimento efetivo do direito
carem a convenção revisada. à negociação coletiva, os Membros deveriam:
5. (1) Os Membros deveriam, levando em consi- (d) todo outro pagamento ao qual o trabalha-
deração as disposições da Convenção nº 182 e a dor doméstico tenha direito;
Recomendação nº 190 sobre as Piores Formas de (e) todo pagamento in natura e seu valor mo-
Trabalho Infantil, de 1999, identificar as modalida- netário;
des de trabalho doméstico que, por sua natureza
(f) detalhes sobre o tipo de alojamento provido; e
ou pelas circunstâncias nas quais são executados,
poderiam prejudicar a saúde, segurança ou moral (g) todo desconto autorizado da remuneração
de crianças e proibir e eliminar estas formas de tra- do trabalhador.
balho infantil.
(3) Os Membros deverão considerar o estabeleci-
(2) Ao regulamentar as condições de trabalho e de mento de um contrato de trabalho padrão para o
vida dos trabalhadores domésticos, os Membros trabalho doméstico, em consulta com as organiza-
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deveriam dispensar especial atenção às necessi- ções mais representativas de empregadores e dos
trabalhadores, assim como com as organizações re- bros do domicílio para atender a possíveis deman-
presentativas dos trabalhadores domésticos e com das por seus serviços (períodos de disponiblidade
as organizações representativas de empregadores imediata para o trabalho), os Membros, na medida
dos trabalhadores domésticos, quando tais organi- em que a legislação nacional ou acordos coletivos
zações existam. determinem, deverão regulamentar:
(4) O contrato padrão deverá estar permanente- (a) o número máximo de horas por semana,
mente à disposição, de forma gratuita, para os tra- mês ou ano que pode ser solicitado ao traba-
balhadores domésticos, empregadores domésticos, lhador doméstico que permaneça em disponi-
organizações representativas e público em geral. blidade imediata para o trabalho e a forma com
que se pode medir estas horas;
7. Os Membros deverão considerar o estabeleci-
mento de mecanismos para proteger os trabalha- (b) o período de descanso compensatório ao
dores domésticos do abuso, assédio e violência, qual o trabalhador doméstico tem direito, caso
por exemplo: o período normal de descanso seja interrompi-
do pela obrigação de permanecer em disponi-
(a) criando mecanismos de queixa acessíveis
blidade imediata para o trabalho; e
com a finalidade de que os trabalhadores do-
(c) a taxa segundo qual o período de disponi-
mésticos possam informar os casos de abuso,
blidade imediata para o trabalho deve ser re-
assédio ou violência;
munerado.
(b) assegurando que todas as queixas de abuso,
(2) Para os trabalhadores domésticos cujas tarefas
assédio ou violência sejam investigadas e sejam
habituais sejam realizadas à noite, levando em con-
objeto de ações judiciais, segundo proceda; e
sideração as dificuldades do trabalho noturno, os
(c) estabelecendo programas de reinserção e Membros deverão considerar a adoção de medidas
readaptação dos trabalhadores domésticos ví- comparáveis às que se referem o subparágrafo 9.1.
timas de abuso, assédio e violência, inclusive
10. Os Membros deveriam tomar medidas para
proporcionando a eles alojamento temporário
garantir que trabalhadores domésticos tenham di-
e atenção à saúde.
reito a períodos adequados de descanso durante a
8. (1) As horas de trabalho, inclusive as horas ex- jornada de trabalho que permitam a realização de
tras e os períodos de disponibilidade imediata para refeições e pausas.
o trabalho deveriam ser registradas com exatidão,
11. (1) O dia de descanso semanal deve ser de ao
em conformidade com o parágrafo 3 do artigo 10
menos 24 horas consecutivas.
da Convenção, e o trabalhador doméstico deverá
ter fácil acesso a esta informação; (2) O dia fixo de descanso semanal deverá ser de-
terminado em comum acordo entre as partes, em
(2) Os Membros deveriam considerar a possibili-
conformidade com a legislação nacional ou acor-
dade de elaborar orientações práticas a este res-
dos coletivos, atendendo às demandas do trabalho
peito, em consulta com as organizações mais re-
e às necessidades culturais, religiosas e sociais do
presentativas de empregadores e trabalhadores,
trabalhador doméstico.
assim como com as organizações representativas
dos trabalhadores domésticos e com organizações (3) Quando a legislação nacional ou acordos coleti-
representativas de empregadores de trabalhadores vos prevejam que o descanso semanal poderá ser
domésticos, quando elas existam. acumulado em um período de mais de sete dias
para os trabalhadores em geral, tal período não de-
9. (1) Com respeito aos períodos nos quais os tra-
verá exceder 14 dias para o trabalhador doméstico.
balhadores domésticos não dispõem livremente de
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seu tempo e permanecem à disposição dos mem- 12. A legislação nacional e os acordos coletivos
deveriam definir as razões pelas quais se poderia 15. (1) os trabalhadores domésticos deveriam re-
exigir dos trabalhadores domésticos que prestem ceber, no momento de cada pagamento, uma rela-
serviço em seu período de descanso diário ou se- ção escrita de fácil compreensão, na qual figurem
manal, e se deveria prever um período de descanso a remuneração total que será paga e a quantidade
compensatório apropriado, independente de com- específica e a finalidade de qualquer dedução que
pensação financeira. tenha sido feita.
13. O tempo dispendido pelo trabalhador domés- (2) Mediante o término da relação de trabalho,
tico no acompanhamento de membros do domicí- qualquer valor pendente deveria ser pago imedia-
lio durante as férias não deveria ser contado como tamente.
parte de suas férias anuais remuneradas.
16. Os Membros deveriam adotar medidas para as-
14. Quando se estabeleça que o pagamento de segurar que os trabalhadores domésticos usufruam
uma determinada proporção da remuneração será de condições não menos favoráveis àquelas aplica-
feita em parcelas in natura, os Membros deveriam das aos demais trabalhadores em geral no que diz
contemplar a possibilidade de: respeito à proteção dos créditos salariais no caso
de insolvência ou falecimento do empregador.
(a) estabelecer um limite máximo para a pro-
porção da remuneração que poderá ser paga in 17. Quando a acomodação e alimentação são forne-
natura, de forma a não diminuir indevidamente cidas, deveria se prever, levando-se em considera-
a remuneração necessária para a manutenção ção as condições nacionais, as seguintes condições:
dos trabalhadores domésticos e suas famílias; (a) um quarto separado e privado que seja ade-
(b) calcular o valor monetário dos pagamentos quadamente mobiliado e ventilado, equipado
in natura, tomando por referência critérios ob- com uma maçaneta com chave, que deve ser
jetivos, como o valor de mercado de tais presta- entregue ao trabalhador doméstico;
ções, seu preço de custo ou o preço fixado por (b) acesso a instalações sanitárias em boas con-
autoridades públicas, segundo proceda; dições, compartilhada ou privadas;
(c) limitar os pagamentos in natura ao que é (c) iluminação suficiente e, na medida em que
claramente apropriado para o uso e benefício seja necessário, calefação ou ar condicionado,
pessoal do trabalhador doméstico, como ali- em função das condições prevalecentes do do-
mentação e acomodação; micílio; e
(d) refeições de boa qualidade e em quantida-
(d) assegurar, quando se exige a um trabalha-
de suficiente, adaptadas, quando proceda e de
dor doméstico que resida no domicílio do em-
maneira razoável, às necessidades culturais e
pregador, que não se aplique nenhum desconto
religiosas particulares dos trabalhadores do-
na remuneração com respeito ao alojamento,
mésticos a que se referem.
a menos que o trabalhador doméstico aceite o
desconto; e 18. No caso do término da relação de trabalho por
iniciativa do empregador, por outros motivos que
(e) assegurar que os artigos diretamente rela-
não faltas graves, aos trabalhadores domésticos
cionados ao desempenho das tarefas dos tra-
que moram no domicílio no qual trabalham, deve-
balhadores domésticos, como uniformes, fer-
ria ser concedido um período razoável de aviso pré-
ramentas e material de proteção, assim como
vio e tempo livre suficiente durante este período
sua limpeza e manutenção, não sejam conside-
para buscar um novo emprego e alojamento.
rados como pagamentos in natura, e que seu
custo não seja descontado da remuneração dos 19. Os Membros, em consulta com as organiza-
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para assegurar que os trabalhadores domésticos cação que informe aos trabalhadores domésti-
cos, em idiomas que eles compreendam, seus cumprimento das disposições aplicáveis ao traba-
direitos, legislação relevante, mecanismos de lho doméstico deveriam ser autorizados a ter aces-
queixa disponíveis e recursos disponíveis, a le- so aos locais em que se realiza o trabalho.
gislação em matéria de emprego e a legislação
25. (1) Os Membros, em consulta com as organiza-
sobre migração, assim como acerca da prote-
ções mais representativas de empregadores e de
ção jurídica contra delitos como atos de violên-
trabalhadores, assim como com organizações re-
cia, tráfico de pessoas e privação de liberdade,
presentativas dos trabalhadores domésticos e com
e lhes proporcione outros dados que possam
organizações representativas dos empregadores
necessitar.
dos trabalhadores domésticos, quando tais orga-
(2) Os Membros que são países de origem de tra- nizações existam, deveriam estabelecer políticas e
balhadores domésticos migrantes deveriam con- programas, com o objetivo de:
tribuir para a proteção efetiva dos direitos desses (a) fomentar o desenvolvimento contínuo de
trabalhadores, informando-lhes seus direitos antes competências e qualificações dos trabalhadores
de sua partida de seu país, estabelecendo fundos domésticos, inclusive, se for o caso, a alfabeti-
de assistência legal, serviços consulares especiali- zação de forma a melhorar suas possibilidades
zados e adotando qualquer outra medida que seja de desenvolvimento profissional e de emprego;
apropriada.
(b) atender às necessidades dos trabalhadores
22. Os Membros, em consulta com as organizações domésticos quanto ao alcance do equilíbrio en-
mais representativas de empregadores e de traba- tre trabalho e vida familiar; e
lhadores, assim como com organizações represen- (c) assegurar que as preocupações e os direitos
tativas dos trabalhadores domésticos e com orga- dos trabalhadores domésticos sejam levados
nizações representativas dos empregadores dos em consideração no contexto de esforços mais
trabalhadores domésticos, quando tais organiza- gerais de conciliação entre responsabilidades
ções existam, deveriam considerar a possibilidade do trabalho e familiares.
de especificar, por meio de legislação nacional ou
(2) Os Membros, em consulta com as organiza-
outras medidas, as condições sob as quais os tra-
ções mais representativas de empregadores e de
balhadores domésticos migrantes teriam direito à
trabalhadores, assim como com organizações re-
repatriação sem custos para eles, após o término
presentativas dos trabalhadores domésticos e com
do contato de trabalho em virtude do qual foram
organizações representativas dos empregadores
empregados.
dos trabalhadores domésticos, quando tais orga-
23. Os Membros deveriam promover boas práticas nizações existam, deveriam elaborar indicadores
das agências privadas de emprego com relação aos e sistemas de medição apropriados de maneira a
trabalhadores domésticos, inclusive trabalhadores fortalecer a capacidade dos órgãos nacionais de
domésticos migrantes, tendo em conta os princí- estatística com o objetivo de coletar, de maneira
pios e enfoques contemplados na Convenção sobre efetiva, dados necessários para facilitar a formula-
Agências Privadas de Emprego, 1997 (nº 181) e na ção eficaz de políticas em matéria de trabalho do-
Recomendação sobre Agências Privadas de Empre- méstico.
go, 1997 (nº 188).
26. (1) Os Membros deveriam considerar a coo-
24. Na medida em que seja compatível com a le- peração entre si para assegurar que a Convenção
gislação e a prática nacionais relativas ao respeito sobre as Trabalhadoras e os Trabalhadores Domés-
à privacidade, os Membros poderão considerar as ticos, 2011, e a presente Recomendação sejam
condições sob as quais os inspetores do trabalho aplicadas de forma efetiva aos trabalhadores do-
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(3) Os Membros deveriam tomar as medidas apro- b) a cooperação entre si em nível bilateral, re-
priadas para assistir uns aos outros e dar efeito às gional e multilateral com a finalidade de enfren-
disposições da Convenção por meio da cooperação tar as práticas abusivas contra os trabalhadores
ou assistência internacionais reforçadas, ou ambas, domésticos e previni-las.
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