O presidente Getúlio Vargas assinou o decreto-lei 4.
048 instituindo o Serviço Nacional
de Aprendizagem dos Industriários - SENAI, órgão subordinado à Confederação Nacional da Indústria, CNI. Entre suas competências, definiu-se: organizar e administrar, em todo o país, escolas de aprendizagem para capacitação operários; ministrar ensino continuado de aprendizagem, aperfeiçoamento e especialização de mão-de-obra.
A criação da entidade foi uma vitória das lideranças empresariais brasileiras - em
particular de Euvaldo Lodi, então presidente da CNI, e Roberto Simonsen, à frente da Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP) que defendiam a importância de sua implementação para o desenvolvimento da indústria nacional. No dia 4 de agosto do mesmo ano, o SENAI iniciava suas atividades com a instalação do Departamento Regional do Rio de Janeiro. No final dos anos 50, a instituição já estava presente em quase todo o território nacional.
E logo transformaria-se em modelo de inovação e qualidade na formação e capacitação
profissional.
Hoje, são mais de 700 unidades em todo o Brasil, atendendo uma média anual de 2 milhões de inscrições, e perfazendo mais de 40 milhões de alunos ao longo de sua história.
Um marco na história do Brasil
As turbulências político-econômicas geradas em decorrência da Segunda Guerra (1939- 1945) refletiram-se imediatamente no Brasil: comprometeram o ritmo das importações e a disponibilidade de mão-de-obra qualificada no país. Para promover o crescimento nacional, necessitava-se suprir as lacunas da insipiente indústria de base e da carente especialização profissional. A solução para a retração foi dada pelo idealismo de industriais brasileiros, propondo administrar, dirigir e manter pelo próprio setor produtivo uma entidade voltada para a educação profissional.