Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Pedro Leandro
Copyright © 2017 por Pedro Leandro
Nenhuma parte dessa obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer
forma, meio eletrônico ou mecânico sem a permissão do autor.
Se esse livro for útil para você, classifique-o na Amazon e faça comentários.
Isso contribui muito para que outras pessoas sejam beneficiadas pelo
conteúdo.
Introdução
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Introdução
Quem sou eu?
Não fiquei satisfeito e busquei mais uma definição, só que dessa vez
na internet mesmo. Encontrei essa que considerei bem interessante.
(Fonte: http://www.significados.com.br/criatividade/):
Uma crença que limita muitas pessoas: “Eu não nasci pra isso. Esse
negócio de criatividade é para quem pode ficar à toa pensando na vida. Não
tenho tempo pra isso!”
► Ou não tinha dinheiro para comprar uma roupa para uma festa, deu uma renovada numa
peça antiga e ela ficou com cara de novinha?
► Quando adaptou algo na sua casa ou no trabalho, dando mais conforto ou gerando
economia?
► E a formatação daquela apresentação, que ficou muito mais compreensível e foi muito
elogiada por todos?
Quer ver outro exemplo? Você não está muito satisfeito com a
decoração da sua sala. Quer convidar os amigos para jantares ou mesmo para
assistir aquele filminho regado à pipoca, mas considera o ambiente sem graça
e pouco confortável. E aí vem toda a dúvida: como deixar o ambiente mais
agradável para você e seus amigos? Então busca revistas especializadas em
decoração, “namora” vitrines de loja de móveis e até mesmo busca na
internet sugestões de decoradores e arquitetos renomados. Você alimenta o
seu cérebro de novas ideias até que encontra a decoração perfeita para o seu
ambiente, gosto pessoal e orçamento.
Que tal inserir pequenos hábitos no seu dia-a-dia que vão ajudá-lo a
ser mais criativo? Inclua alguma nova atividade, mesmo que pequena, para
alimentar o cérebro com novidades. Um novo trajeto para escola e/ou
trabalho e observar as coisas no caminho: fachadas, cores, prédios. Ouvir
uma música nova, mesmo que de um ritmo que não seja o seu favorito,
provar uma comida e perceber como reage àquele sabor. Estimular os
sentidos para aprender.
— Meu Deus, ele é lindo! Estou com medo até de botar a mão nele.
Ela riu.
Para quem nunca ouviu falar de PNL, trago uma definição de fácil
compreensão. A fonte da maior parte das referências e/ou definições
destacadas foram retiradas do livro “Introdução à Programação
Neurolinguística – Como entender e influenciar pessoas”, autoria de Joseph
O´Connor e John Seymor, Editora Summus Editorial Ltda, 2ª edição.
***
***
***
Você saberia dizer por que Marisa teve essa reação? O namorado
parecia apaixonado e empolgado com o encontro. Ou não? Se você observar
bem, Marisa estava com o sistema visual aflorado: fez seu máximo para
deixar a casa impecável, arrumou os cabelos e decorou a mesa da melhor
forma. Quando Arthur chegou, desarrumou seu penteado e sequer notou a
nova cor e o corte. O vestido? Aquele beijo e abraço cinematográficos o
deixaram completamente amassado. E a arrumação da mesa? Nem um só
comentário. Arthur, por sua vez, estava com o sistema cinestésico em
evidência. Quando ele abraçou Marisa com entusiasmo queria demonstrar o
quanto a amava. Sentiu intensamente o beijo e aspirou seu perfume. Quando
o jantar foi servido, ele deixou-se embriagar pelo aroma e sabor da comida.
Ambos estavam comunicando amor, só que em dois sistemas diferentes. Por
isso Marisa se sentiu aborrecida. Ela gostaria que ele tivesse comentado e
valorizado o visual do jantar. Você já passou por situação semelhante? Talvez
essa história tenha remetido à lembrança alguma vivência parecida. E muito
provavelmente entendeu o motivo de, infelizmente, não ter dado muito
certo... Esse tipo de desentendimento não ocorre facilmente nos livros e
filmes? E rola discussão, choro, términos, traições e tantas outras
consequências.
Exemplo 2
— Já reparou naquele modelo ali da direita? Ele veio para a loja nas
cores vermelha, azul e branca. Qual é a cor da sua preferência?
Por que será que determinado livro agrada a uma pessoa e a outra
não? Claro que todo mundo tem um gênero literário predileto. Algumas
preferem suspense, terror ou dramas mais densos. Mas, muitas vezes, dentro
do meu gênero literário predileto, não consigo gostar de todos os livros e
chego até mesmo a abandonar a leitura. Isso acontece com todo mundo. As
razões? Inúmeras. Mas, uma das causas prováveis é que o texto possa estar
predominantemente num sistema representacional e não consiga prender a
atenção do leitor, por estar em um sistema diferente. Um leitor que possui o
sistema cinestésico como dominante pode querer saber como a personagem
está se sentindo em relação a um determinado dilema. E ele pode se aborrecer
um pouco ou se sentir desmotivado a prosseguir com a leitura quando o texto
excede na descrição de um ambiente, por exemplo.
Aposto que você deve estar curioso para saber qual é o seu sistema
representacional dominante. Existem alguns testes na internet que você
poderá realizar. Deixei três links para você se aventurar e comparar as
respostas. Mas atenção: não limite a sua personalidade afirmando ser uma
coisa ou outra. Uma vez percebido que um sistema se destaca, poderá
compreender melhor o seu próprio comportamento e estimular o que você
detectou estar um tanto esquecido. O equilíbrio entre eles é fundamental para
o desenvolvimento da criatividade. Fazer os testes não é para matar uma
curiosidade apenas. É para você ter o autoconhecimento e refletir sobre o seu
cotidiano. Com os exemplos que eu dei, tenho quase certeza que você vai se
recordar de episódios parecidos na sua vida.
Testes:
https://www.personalidades.mobi/Sistema_Representacional/
http://www.pnlbr.com.br/testes/sistemas01.php
http://golfinho.com.br/teste-e-exercicios-sobre-sistemas-
representacionais-vac.htm
1ª etapa: Veja tudo o que está ao seu redor: as pessoas, como estão
vestidas, corte de cabelo, roupas, a estrutura do próprio ônibus como
tamanho, cor, iluminação.
2ª etapa: Ouça tudo o que está ao seu redor: o que as pessoas falam, o
barulho do motor do veículo, os sons que vem do lado de fora através das
janelas.
Exemplo 1: Supermercado.
Exemplo 2: Praia
Olhei o celular mais uma vez. Vi que ainda restavam quinze minutos para o horário de
almoço terminar e logo teríamos que retornar ao hospital. Por que a Eva estava demorando tanto nessa
loja? Tentei olhar através da grande vitrine, mas sequer consegui visualizar sua silhueta. Até que o
celular fez um sinal luminoso de mensagem e fui checar de quem era.
— Nossa! Pensei que nunca mais fosse sair de lá! O sistema estava lento. — Eva chegou de
repente, me assustando. — O que você está vendo aí?
— Você se lembra do primo do Murilo? O que conheci na festa? Ele acabou de me mandar
uma mensagem! Quer sair comigo no sábado.
— Não me lembro. Cadê a foto dele? Mostre a imagem dele aí para mim.
— É verdade! A tarde está com um céu azul lindo! Mas o dever nos
chama! Temos que ver como ficarão os pacientes na troca de turno das
enfermeiras.
Michele ensaiou durante seis meses. Não via a hora de se apresentar com suas amiguinhas na
grande apresentação de fim de ano da escola. “Eu quero olhar para a plateia e ver você e o papai lá, tá
mãe?”, disse ela toda empolgada, enquanto seguíamos de carro para o teatro onde aconteceria o evento.
Minha filha, aos nove anos, era muito parecida comigo na mesma idade: cabelos castanhos e cacheados
até a altura dos ombros e bem mais alta que as colegas de classe.
Chegamos uma hora mais cedo e a deixamos aos cuidados de sua professora de dança. Com ela,
uma pequena mala preta com suas roupas da apresentação: um vestido branco e outro com detalhes em
azul.
— Veja, Sônia! — apontou meu marido para o auditório. — Como esse teatro é bonito! O
teto é repleto de pinturas com detalhes em dourado. Além disso, todas as fileiras são decoradas de
vermelho, assim como as cortinas. As fotos e a filmagem da apresentação vão ficar muito bonitas.
Ótima escolha da direção da escola.
Logo depois as luzes da plateia foram reduzidas, a cortina do palco se abriu e as crianças
surgiram sorridentes. Uma bela melodia começou a tocar. Luzes coloridas e brilhantes acompanhavam
o movimento das crianças, que faziam uma bela coreografia. Mesmo com a pouca iluminação na
plateia, conseguia ver o semblante emocionado dos pais. Todos pareciam orgulhosos dos seus filhos e
se encantavam com a beleza da apresentação. Realmente seria um dia para ser lembrado com muito
carinho por todos...
► Veja bem...
► Ponto de vista...
► Olhe aqui...
Que tal criar sua própria lista de palavras e frases? Liste os estímulos
visuais que gosta. Exemplos: pôr do sol, nascer do sol, olhar o mar, ver uma
criança brincando, ver animais brincando, visitar museus, contemplar obras
de arte, olhar fachadas de prédio, arquitetura, contemplar um jardim, um lago,
etc.
Agora o desafio será seu! Busque imagens na internet, jornais ou
revistas e procure destacar bastante as características visuais. E, se você
desejar criar novas versões das histórias que eu desenvolvi, ótimo! Assim
exercitará ainda mais a sua criatividade. Vou deixar uma aqui para incentivar
você a criar.
Capítulo 4 - Exercitando o auditivo
Acordei sobressaltado com o alarme estridente do velho despertador. Por causa do meu sono
pesado, não o troco por um mais moderno. Ele só falta tremer a cama, além de ter um volume bem alto.
Corri para o banheiro para tomar uma ducha gelada e despertar de vez. Na pressa, derrubei os livros da
escrivaninha no chão, causando o maior estrondo no meio daquele silêncio do fim da madrugada.
Troquei de roupa apressado e corri para o ponto de táxi na esquina da minha rua. Assim que
entrei no carro, ouvi uma música suave que vinha do rádio.
— Com o primeiro dia do horário de verão, o trânsito está bom por um milagre. — Ele tinha
um sotaque diferente e um tanto monótono. — Para muita gente ainda são seis horas da manhã.
— Início do horário de verão? — falei num fio de voz e a respiração praticamente parou
quando olhei para o meu relógio de pulso. — Mas são seis horas!
— Não olhei o celular... — dei um gemido de lamento. Em plena era digital, minhas
principais referências eram um despertador à pilha e um relógio de pulso analógico.
Ele me deixou no portão lateral do aeroporto para facilitar o meu embarque. Mas já sabia que
era tarde. Assim que peguei minha mala, ouvi o som do motor de um avião decolando. Olhei para o céu
e reconheci suas cores. Será que aquele era o meu? Eu deveria estar nele! Praguejei baixinho ao entrar
na fila do SAC. Escutei da atendente que o próximo voo só sairia dentro de duas horas.
Era bom demais ouvir a voz da Natália novamente. Sua voz era como música para os meus
ouvidos. Dez anos haviam se passado e ela continuava a mesma. Toda a irritação provocada pela perda
do voo desapareceu. Obrigado, velho, atrasado e barulhento despertador por ter me dado o melhor
reencontro de todos os tempos.
Que tal mais um exercício?
Respirei fundo e tentei não me afetar com aquela música natalina que vinha da decoração do
shopping num volume bem acima do tolerável. As crianças davam altas risadas com os bonecos de
neve. Neve! Que piada, em pleno verão brasileiro!
Eu só queria ficar no meu cantinho, muda. Essa obrigação de conversar e rir das velhas piadas
na ceia me cansava. Aquele tilintar de taças soava o mais falso possível.
Passei pelo Papai Noel que chamava os clientes. Apesar do meu mau humor, resolvi brincar e
anotei o que eu mais queria e depositei meu pedido na urna.
Quando cheguei, minhas duas sobrinhas gritaram por causa dos presentes. Deixei que elas
abrissem logo. Minha irmã protestou em alto e bom som.
De uma tradição natalina eu gostava: roubar os bolinhos de bacalhau antes da ceia e ouvir a
bronca da minha mãe pela minha travessura. Estava me deliciando com o segundo bolinho quando
escutei um aviso sonoro de mensagem. Chequei o celular e simplesmente não acreditei.
“Feliz Natal, Alice! Reserve o almoço do dia 26 para comemorarmos juntos o Natal no seu
restaurante favorito. Um beijo, Paulo.”
Milagre de Papai Noel de shopping? Aumentei o volume da música da sala e rodopiei com as
crianças num ritmo bem maluco. Elas deram altas gargalhadas. Nunca é tarde para passar a acreditar no
bom velhinho, não é mesmo?
O dia estava lindo e sentia o sol aquecendo a minha pele. Fazia calor, mas era suportável. Era
janeiro, em pleno verão. Era prazeroso observar as crianças tomando sorvetes deliciosos. Sabores que
fizeram parte da minha infância.
A praça estava tomada. Por isso foi um choque ver o banco vazio. Eu me lembro da tensão que
estava ao me sentar nele à espera do Daniel. Eu tinha apenas 14 anos. Minhas mãos estavam frias e
suadas... Esfregava as palmas das mãos no tecido áspero da calça jeans e sentia meu coração bater
acelerado.
Quando ele chegou, sorriu para mim, sentou-se ao meu lado e me deu um beijo. O perfume dele
era suave e invadiu todo o meu ser.
Nós nos conhecemos na festa de aniversário da Clara e quando ele me chamou para dançar, senti um
frio gostoso na barriga causada pela emoção.
Aquele banco de praça era o nosso ponto de encontro depois das aulas. Diferente do calor de
hoje, muitas vezes estava frio, mas o vento gelado nem me incomodava. Adorava ouvir as histórias do
Daniel, pois me deixavam muito alegre.
Mas o tempo passou e o Daniel agora mora em outra cidade. Ele foi o meu primeiro amor e será
inesquecível. Eu acabei de completar 18 anos e também vou me mudar. Vou experimentar diversas
primeiras vezes: faculdade, emprego, novos amigos... Peguei o celular e tirei uma foto do banco.
Guardarei na lembrança aquele lugar que foi testemunha das minhas primeiras sensações de
adolescente.
O meu estresse foi tão grande que eu agarrei o papel com muita força, deixando-o todo
amassado. Cortaram a minha linha e agora estou incomunicável. Entrei em pânico. Peguei emprestado
o celular do meu colega de trabalho e liguei para reclamar. Senti que fui até meio grosseiro com a
atendente. Mas eu estava sendo pressionado a pagar por uma conta que já estava quitada há muito
tempo!
“Roberto, faça uma forcinha, tente se acalmar”. Além de me consolar, meu amigo sugeriu que
eu reclamasse formalmente, pedindo, inclusive, danos morais. Nunca havia experimentado tamanha
revolta. Isso feria meus princípios, sentia a cabeça pesada.
Foi com muito prazer que saí do órgão de defesa do consumidor no dia seguinte. Eles falaram
que eu estava coberto de razão, o que me deu uma paz provisória. E ainda elogiaram a minha atitude,
pois se mais gente buscasse os direitos, as empresas procurariam trabalhar melhor.
► Entrei em pânico
***
Talvez você observe que destacou algum dos sistemas. Ou até mesmo
se esqueceu completamente de outro! Não existe certo ou errado, ok? A
releitura é apenas para efeito de comparação. E de autoconhecimento
também.
A partir de agora não vou mais enfatizar que tipo de sistema vou usar
nos exercícios. Até pode ser que eu acabe dando ênfase em algum deles. Mas
o meu compromisso será equilibrar o máximo que puder nos exemplos. E
você daí assumirá o mesmo compromisso ao praticar os exercícios,
combinado?
Capítulo 7 - A importância da pesquisa para elaborar
personagens, cenários e enredos
https://www.significados.com.br/empatia/
http://golfinho.com.br/artigo/como-ter-otimos-relacionamentos.htm
7.4. – Laboratório
Mas uma compra eu não consegui evitar: uma bata linda para
grávidas. Ela era branca, com detalhes de renda e bem soltinha na direção
da barriga. Não quis nem saber... Paguei, guardei a blusa que eu estava
usando na bolsa e saí vestida com a bata. Lógico que tinha tecido sobrando
aos montes, mas eu liguei? Senti aquela dorzinha no rosto de novo. Era o
sorriso que não queria mais sair. Continuei a passear pelo shopping
exibindo minha roupa nova e resolvi tomar um café com bolo, doida para
algum estranho me ceder o lugar na cafeteria e me fazer a pergunta: “Está
com quantos meses?”.
Vamos praticar?
— Quase duas horas e meia. Lembra que eu preferi o voo direto, pois
tinha outras opções com conexão? Já que a nossa viagem é curta, assim
aproveitamos mais sem gastar muito tempo em aeroportos.
Ela me beijou.
Consultei o Google Maps para calcular o tempo dos trajetos: Consultei o trajeto do aeroporto
pelo Google Maps para saber quanto tempo levaria até um dos hotéis. Acessei sites com dicas de
turismo em Aracaju e escolhi o bairro Atalaia para eles se hospedarem.
Verifiquei quais eram os passeios mais populares: Também pesquisei os passeios mais
oferecidos pelas agências e a duração deles para distribuir no curto período de tempo da viagem.
Pesquisei em vários sites de turismo para embasar mais o texto: Entrei em pelo menos uns
cinco sites para poder pesquisar com a maior precisão possível.
Pode parecer exagero para um texto tão curto. Mas, se você quer
realmente mergulhar na criatividade, é importante enriquecer o cérebro com o
máximo de informações. Planejar uma viagem é realmente o encaixe perfeito
das peças de um quebra-cabeça: Período da viagem, quantidade de
passageiros, detalhes da cidade de destino, proximidade de aeroportos ou
rodoviárias, grade de horários de transportes, telefones úteis, quantidade de
dinheiro disponível para gastar com hospedagem, passagens, táxis,
alimentação e ingressos em parques ou passeios. Concorda comigo que além
de ter uma boa dose de administração, não precisa de criatividade para
montar o roteiro perfeito?
Invista seu tempo e energia focando naquilo que te faz bem. Pensar
repetidamente na doença, na tristeza, na guerra, na fome, na política, na crise
econômica não vai te ajudar em nada. Não estou dizendo para você se tornar
uma pessoa alienada, nada disso. Apenas não se deixe contaminar por coisas
que não vão te levar para um estado de ânimo favorável, trazendo até mesmo
insônia, impaciência e a necessidade de uso de calmantes. E a criatividade,
que é o que você mais deseja desenvolver, dará um passeio bem longe e por
um longo período de tempo. E tenho certeza que não é isso o que você quer.
Aí você pode falar: “Ah, tudo isso é muito bonito na teoria. Quando se
está dentro do problema, da crise, é muito complicado pensar positivo”.
Concordo, não é fácil mesmo. Mas tudo depende da nossa vontade. Se você
tem uma genuína vontade de ser mais criativo, existem coisas que você pode
fazer que mudarão o seu estado de ânimo mais rapidamente.
► Ouvir uma música que gosta e dançar loucamente na sala (sim, loucamente).
Impaciente e indeciso
Referência:
https://www.letras.mus.br/legiao-urbana/46972/
Eu sou viciado em internet, sei bem o que é isso. Parece que se você
ficar meia hora com a internet do celular desligada o mundo vai mudar
drasticamente e você estará de fora dos acontecimentos. E quando olha para o
aparelho, dá uma tremenda coceira na mão, bate um nervoso, imagina mil
coisas. Mas ter esse momento só seu é fundamental. Conecte-se com você
mesmo! Dedique 15 minutos, meia hora, uma hora...Vá aumentando o tempo
gradativamente, até se sentir confortável. Use esse tempo para focar-se em
apenas uma coisa e esteja de corpo e alma no processo. Pode ser na escrita de
um texto, na observação de uma paisagem, na pesquisa, leitura... Não importa
a tarefa, mas que você esteja com 100% do seu foco ali.
8.3. – Faça um estoque de ideias!
Se você curte a ideia do caderno, para que ele fique mais organizado,
o legal seria dividir em assuntos e deixar espaços livres para quando você
tiver alguma sacada sobre aquele tema e ir anotando. O tipo de caderno é
você quem vai determinar. Se vai carregá-lo na bolsa ou mochila, escolha um
modelo que tenha um tamanho razoável e que não ocupe tanto espaço. Ele
terá a função de te auxiliar e não virar um fardo! Com espiral ou sem, ou uma
agenda, não importa. Contanto que seja confortável pra você e que te
estimule a usá-lo. Se um dia você esquecer o caderno ou por algum motivo
não for possível levá-lo e tiver alguma ideia, use o gravador do celular e
depois passe a limpo.
Como é o local que você tem à sua disposição para trabalhar, para
exercitar a sua criatividade? Uma dica bacana, que pode atender a dois
sistemas simultaneamente, o visual e o cinestésico, é ter uma estação de
trabalho arrumada e confortável, com as coisas que você gosta.. Sabe quando
você olha para o lugar e já se sente inspirado? Há fotos que você gosta, com a
sua família ou amigos, objetos que você curte, as paredes pintadas na sua cor
favorita, papeis e cadernos, canetas com várias cores. Uma cadeira
confortável, luz agradável, bem ventilado ou com ar condicionado. Esse seria
o lugar ideal, não é mesmo? Eu ainda estou tentando construir esse local
ideal. O apartamento que moro hoje não possibilita que eu tenha um
escritório só meu e parte do meu quarto virou uma estação de trabalho. Então
procuro deixar o meu cantinho da melhor maneira que eu posso.
Se você não puder ter a sua estação de trabalho ideal, eleja uma. Você
pode ver qual a melhor opção, dentro das suas possibilidades de tempo
disponível, grana, segurança, etc. Alguns amigos meus dizem que produzem
muito indo para cafés, tipo Starbucks. Que, apesar do burburinho das pessoas
conversando em volta, eles conseguem se concentrar no trabalho, pois o
ambiente favorece a criatividade. Pode ser num parque, jardim, na praia, uma
praça, não importa. O que importa mesmo é que cabe a você encontrar esse
lugar favorável e parar de culpar as pessoas e o ambiente por não conseguir
desenvolver sua criatividade.
Capítulo 9 - Jogo do ponto de vista
Cada história tem o seu lado? Cada pessoa tem o seu ponto de vista?
Claro que sim. Dependendo do ponto de vista do narrador teremos várias
versões do mesmo acontecimento. Vamos exercitar tomando como base a
mesma cena?
O André mentiu para mim. Eu sabia que tinha algo de errado. Todo
mundo me falava o quanto ele era amoroso comigo, mas estavam todos
enganados! Ele não passa de um traidor. A tarde estava com uma brisa suave
e o vento batia no meu rosto. Apesar do tempo fresco, sentia todo o meu
corpo queimar. Não conseguia conter as lágrimas que escorriam pelo meu
rosto. Meus olhos ardiam! Quem era aquela garota que ele abraçou de forma
tão carinhosa? Ele disse que estaria no curso até o fim da tarde. Sua pasta está
lá no banco, testemunhando tudo. Matou as aulas, isso sim! Para se encontrar
com ela! Pensei que eu fazia o tipo dele, mas me enganei. Sou loira, mas a
garota é morena. Ou ele curte ter uma namorada de cada tipo? Ele não
contava que eu passaria por essa praça justamente no meio da tarde e o
pegaria em flagrante, não é mesmo? Vou ficar quieta. Quero só ver a história
que ele vai inventar. Ah, vai ser até mesmo divertido perceber a mentira na
expressão dele! Quero ouvir palavra por palavra. E se ele insistir que ficou a
tarde toda no curso, vou esfregar o celular na cara dele com essa linda e
romântica foto que acabei de tirar. E aí será a última vez que ele vai me ver e
terá que guardar na lembrança qual é o tom da minha voz, pois nunca mais a
ouvirá. Vou tirá-lo da minha vida para sempre.
***
***
"Ouso dizer que você não tem muita prática", disse a rainha.
"Quando eu tinha a sua idade, fazia isso durante meia hora por dia. Às vezes
chegava a acreditar em seis coisas impossíveis antes mesmo do café da
manhã."
***
O que é positivo?
O que é negativo?
O que é positivo para uma pessoa pode não soar da mesma forma para
outra. Tudo vai depender do que acreditamos como verdade.
Versão positiva
— Não entendi.
Versão negativa.
Ele já estava atrasado em uma hora. Tentei ligar para seu celular,
mas só caía na caixa postal. Quando enfim o telefone tocou, era a Juliana,
irmã do Eduardo. No momento em que ouvi a voz da minha cunhada senti
meu coração gelar. Um acidente. Uma fatalidade.
“Eu vou te beijar tanto que você vai perder o fôlego!”. Suas últimas
palavras e uma promessa que não foi cumprida. Iriamos comemorar a minha
bolsa de estudos para o doutorado.
***
Um abraço,
Pedro Leandro
autorpedroleandro@gmail.com