3 ENERGIA INTERNA
Definição : A energia interna de um corpo não inclui qualquer energia que ele possa ter
em conseqüência de sua posição ou movimento como um todo. Ela se refere à energia das
moléculas que constituem o corpo.
Joule colocou quantidades medidas de água num vaso isolado e agitou a água com um
agitador giratório. O trabalho realizado pelo agitador sobre água foi medido com exatidão, ao
mesmo tempo que se anotava a modificação da temperatura da água. Observou-se então
que era sempre necessária uma certa quantidade de trabalho para elevar de um grau
mediante agitação a temperatura da massa de água. A temperatura inicial da água podia ser
reestabelecida pela transferência de calor através do simples contato com um corpo mais
frio. Desta forma Joule demonstrou que há uma relação quantitativa entre trabalho e calor e
que, portanto, o calor é uma forma de energia.
A primeira Lei pode ser enunciada de diversar formas ou maneiras, uma delas é:
embora a energia assuma diversas formas, a quantidade de energia é
constante e, quando a energia desaparece em uma forma, ela reaparece
simultaneamente em outras formas.
A primeira parcela da equação (1) pode ser desenvolvida para evidenciar as variações
de energia em suas diversas formas. Sendo constante a massa do sistema estão envolvidas
somente as variações das energias interna, cinética e potencial.
∆U + ∆E K + ∆E P = ± Q ± W (4)
A convenção habitual considera positivo o calor transferido das vizianhanças para o
sitema e o trabalho quando transferido do sistema para vizinhança:
∆U = Q − W (6)
dU = δQ −δW (7)
Observe que o valor da transferencia de calor depende dos detalhes do processo e
não apenas dos estados inicial e final. Assim, da mesma forma que o trabalho, o
calor não é uma propriedade, e sua diferencial é escrita como δQ . A quantidade de
energia transferida por calor para u processo é dada pela integral:
2
Q = ∫ δQ (8)
1
Onde os limites significam “ do estado 1 para o estado 2” e não referem-se aos valores do
calor para estes estados.
Análise: Para o sistema fechado temos que o balanço de energia assume a forma:
∆U + ∆E K + ∆E P = Q − W
Más temos que :
∆E K = 0, ∆E P = 0
Então : ∆U = Q − W
O valor do trabalho para esse sistema foi determinado no exemplo anterior: w=17,6 kJ. A
variação de energia interna é obtida utilizando-se os dados fornecidos:
Q= - 0,8 kJ
O sinal negativo para o valor de Q significa a quantidade líquida de energia que foi
transferida do sistema para a sua vizinhança por transferência de calor.
Exemplo II :
Sistema (a) – tomando o ar como sistema, o balanço de energia, com a hipótese 3 temos:
( ∆U + ∆E K + ∆E P ) Ar = Q − W
∆E K = 0, ∆E P = 0
Temos:
∆U = Q − W → Q = W + ∆U
Para esse sistema o trabalho é realizado pela pressão P atuando sobre a superfície inferior do
pistão à medida que o ar se expande. Copm a hipótese de pressão constante temos:
V2
W = ∫ dW = ∫ PdV = P(V2 − V1 )
V1
Então temos:
m pistão g
P= + p atm
A pistão
1lbf
2
(100lb)(32 ,0ft/s ) 32 ,2lb. ft / s
2
+ (14,7lbf/i n 2 ) = 15,4 lbf/in
P= . 2
1ft 2 144 in 2
Então o trabalho é:
( )
2
lbf 3 144 in 1Btu
W = P (V2 −V1 ) = 15 ,4 2 . 1,6 ft 2
= 4,16Btu
in 1ft 778lbf.ft
( ∆U + ∆E K + ∆E P ) Ar + (∆U + ∆E K + ∆E P ) Pistão = Q − W
Para o ar temos:
∆E K = 0, ∆E P = 0
∆E K = 0, ∆U = 0
∆U Ar + ∆E P Pistão = Q − W ou
Q = W + ∆U Ar + ∆E P Pistão
Para este sistema o trabalho é realizado na parte superior do pistão à medida que ele
empurra para os lados a atmosfera que o cerca.
Então:
( )
2
lbf 3 144 in 1Btu
W = Patm (V2 −V1 ) = 14 ,7 2 . 1,6 ft 2
= 4,35Btu
in 1ft 778lbf.ft
A variação ∆z necessária para calcular a ariação da energia potencial do pistão pode ser
encontrada a partir da variação do volume do ar e da área da superfície da face do pistão.
V2 − V1 1,6ft 3
Δz = = = 1,6ft
A pistão 1ft 2
ft 1lbf 1Btu
( ∆E P ) pistão = m pistão g∆z = (100 lb )( 32 ,0 )( 1,6 ft ) = 0,2 Btu
s2 32 ,2lb . ft / s 2 778 lbf . ft
Portanto:
Q = W + ∆U Ar + ∆E P Pistão
Q=15,4 Btu