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RUBENS VIEIRA DA SILVA JÚNIOR

OAB/GO nº 59.734

EXCELENTÍSSIMA DOUTORA JUIZA DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA


COMARCA DE SILVÂNIA-GO

“O que retém o ódio é de lábios falsos, e o que difama é


insensato". Prov. 10:18”.

Processo nº 5297969-75.2020.8.09.0144

RUBENS VIEIRA DA SILVA JÚNIOR, qualificado nos autos


da referência, atuando em causa própria, com escritório profissional
localizado no endereço abaixo impresso, para onde, doravante, devem ser
dirigidas quaisquer intimações e comunicações processuais, vem,
tempestivamente, apresentar ALEGAÇÕES FINAIS por MEMORIAIS, com
fundamento no artigo 403, § 3º, do Código de Processo Penal pelos fatos e
fundamentos a seguir delineados.

1 – SINTESE DO PROCESSADO

Trata-se de procedimento instaurado em face do


acusado para em tese apurar a prática do crime descrito no art.129, §9º, do
Código Penal, c/c. art.5º, da Lei nº 11.340/2006, que teria ocorrido em face
da vítima Leila Maria Gabriel de Siqueira.

Denúncia oferecida no movimento de nº 33. Resposta à


acusação apresentada (evento nº47). Audiência de instrução e julgamento
nos movimentos de nº 68, oportunidade em que foi realizada a oitiva da

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vítima, bem como 3 (três) testemunhas de acusação. Em seguida,


procedeu-se o interrogatório do réu.

Aberta vista ao Ministério Público para oferecimento de


alegações finais, juntadas aos autos em evento 74. Após a juntada pelo
Parquet, intimado este acusado para a apresentação de suas Alegações
Finais de Defesa, que o faz por intermédio da presente.

Excelência, as provas coligidas ao presente Capartácio


Judicial não são aptas a ensejar um Édito Condenatório em face deste
acusado, tendo em vista que as provas documentais e principalmente a
única prova testemunhal produzida por este, são certas e inequívocas de
que a Absolvição é medida que se impõe.

Este é o breve preâmbulo da demanda.

2 – DAS QUESTÕES DE MÉRITO

2.1 - DA ABSOLVIÇÃO POR NÃO EXISTIR PROVA SUFICIENTE PARA A


CONDENAÇÃO. VÍTIMA QUE DURANTE A FASE JUDICIAL APRESENTA
VERSÃO DIVERSA DA NARRADA DURANTE A FASE POLICIAL. IN DUBIO
PRO REO
Ao contrário do entendimento do representante
ministerial, entende a defesa, que os elementos colhidos na fase judicial
são extremamente frágeis para suportar uma condenação.

Inicialmente, há de se considerar que diversamente do


que fora descrito pelo Parquet nos seus memoriais, os depoimentos dos
policiais não estão totalmente simétricos conforme o Parquet tenta levar a
entender que realmente estão.

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A Jurisprudência pátria é inconteste que havendo


desarmonia nos depoimentos dos policiais, e sendo estes as únicas provas,
não há de serem usados para ensejar a prolação de édito condenatório.

Assim preleciona nossa jurisprudência pátria:

“CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL. PENAL. LEI


EXTRAVAGANTE. APELAÇÃO CRIMINAL VOLUNTÁRIA.
IRRESIGNAÇÃO EXCLUSIVA DA DEFESA. TRÁFICO
ILÍCITO DE ENTORPECENTES. CRIME EQUIPARADO A
HEDIONDO, POR FORÇA DO DISPOSTO NO ARTIGO 5º,
INCISO XLIII, DA CARTA MAGNA. POSSE ILEGAL DE
ARMA DE FOGO. PRINCÍPIO DO TANTUM
DEVOLUTUM QUANTUM APPELLATUM. PREJUDICIAL
DE MÉRITO. ALEGAÇÃO DE FLAGRANTE FORJADO.
TESE QUE SE CONFUNDE COM O MÉRITO RECURSAL.
MATERIALIDADE DELITIVA COMPROVADA NOS
AUTOS. AUTORIA DELITIVA. INEXISTÊNCIA DE PROVA
SEGURA DE TER O RECORRENTE CONCORRIDO PARA O
COMETIMENTO DAS INFRAÇÕES CRIMINAIS
DESCRITAS NA DENÚNCIA E RECONHECIDA PELA
SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA. PRINCÍPIO DO
LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO. APELANTE NÃO
RECONHECIDO, COM A SEGURANÇA EXIGIDA, PELOS
POLICIAIS RESPONSÁVEIS POR SUA PRISÃO EM
FLAGRANTE. AUSÊNCIA DE LAUDO DE EXAME DE
CORPO DE DELITO NO INSURGENTE APÓS A SUA
PRISÃO. NEGATIVA DE AUTORIA SUSTENTADA EM
TODAS AS FASES DO PROCESSO. DEPOIMENTOS
CONFUSOS E CONTRADITÓRIOS DOS AGENTES DA LEI
COM AS DEMAIS PROVAS ANGARIADAS DURANTE A

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INSTRUÇÃO PROCESSUAL, SOB OS PÁLIOS DO


CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA, ASSEGURADO,
NA ESPÉCIE, A CLÁUSULA CONSTITUCIONAL DO
DEVIDO PROCESSO LEGAL. DÚVIDAS CONCRETAS
ACERCA DA PERPETRAÇÃO DOS DELITOS E DA
PRÓPRIA LEGALIDADE DOS ATOS COMETIDOS PELOS
POLICIAIS MILITARES QUANDO DA PRISÃO DO
RECORRENTE. CONDENAÇÃO FRÁGIL, QUE NÃO SE
SUSTENTA, IMPONDO A ABSOLVIÇÃO DO
INSURGENTE. RECONHECIMENTO E APLICAÇÃO DO
PRINCÍPIO DO IN DUBIO PRO REO. DÚVIDA QUE
APROVEITA AO APENADO. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO. 1. O efeito devolutivo do recurso de
apelação criminal encontra limites nas razões
expostas pelo recorrente, em respeito ao princípio da
dialeticidade que rege os recursos no âmbito
processual penal pátrio, por meio do qual se permite
o exercício do contraditório pela parte que defende os
interesses adversos, garantindo-se, assim, o respeito
à cláusula constitucional do devido processo legal. 2.
Em matéria processual é o recurso delimita a
competência do tribunal para rever a matéria. A parte
recorrente fixa a extensão da matéria a ser apreciada
pelo juízo ad quem. Do mesmo modo que o juízo a quo
não pode julgar ultra, extra ou citra petitum (princípio
da correlação), também o juízo recursal não pode
fazê-lo. Nesse contorno, só será conhecido pelo
Tribunal aquilo que for devolvido (impugnado) pelos
apelantes, em homenagem ao princípio do tantum
devolutum quantum appellatum, previsto no artigo
599 do Código de Processo Penal. 3. Infere-se das

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razões recursais que o recorrente interpôs apelo


criminal limitado (também denominados pela
doutrina de restrito), na exata medida em que se
irresignou tão somente quanto a tese de flagrante
forjado, cujos argumentos de confundem com o
próprio mérito do pedido de absolvição, e
subsidiariamente, com a redução da pena e fixação de
regime de seu cumprimento em estabelecimento
menos gravoso. 4. A despeito de o sistema de justiça
brasileiro reconhecer o princípio da persuasão
racional como informador do princípio do livre
convencimento motivado, certo é que qualquer édito
condenatório exige, extreme de dúvidas, certeza da
prática delitiva, ou seja, de elementos concretos da
materialidade e da respectiva autoria. 5. No caso sob
voga, a sentença penal condenatória, data máxima
vênia, não pode coexistir com o Estado Democrático
de Direito, sobretudo por se mostrar ancorada em
argumentos genéricos e provas duvidosas, quiçá
ilegais. 6. Meros elementos indiciários não podem
conduzir a uma condenação, mormente quando os
próprios agentes da lei, policiais militares
responsáveis pela prisão do recorrente, não
reconhecem ou possuem dúvidas de ser o recorrente o
autor dos delitos descritos na peça inicial acusatória.
7. As versões apresentadas pelos policiais nas fases
indiciária e em juízo, denotam que os elementos
probantes contidos no álbum processual são deveras
inconsistentes. 8. Assim, considerando que não há
provas axiomáticas da prática dos crimes de tráfico de
drogas e porte ilegal de arma de fogo, deve-se

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observar-se o princípio do in dubio pro reo, verdadeiro


mecanismo decorrente do princípio da não-
culpabilidade, que somente deve ser elidido quando
insofismáveis as provas em sentido oposto. 9. Tendo o
sentenciado negado em todas as oportunidades em
que se manifestou, a prática dos delitos, e não
existindo provas suficientemente idôneas e
incontroversas da autoria de onde o édito
condenatório poderia estar alicerçado, com a
respectiva atribuição do ônus probatório do acusador,
sua absolvição demonstra ser mero consectário do
princípio do estado de inocência. 10. Apelação
criminal conhecida e provida. (TJ-AM - APR:
06388959720178040001 AM 0638895-
97.2017.8.04.0001, Relator: Carla Maria Santos dos
Reis, Data de Julgamento: 06/02/2020, Primeira
Câmara Criminal, Data de Publicação: 06/02/2020)”.
Grifei.

“APELAÇÃO - ESTATUTO DA CRIANÇA E DO


ADOLESCENTE - ATOS INFRACIONAIS ANÁLOGOS AOS
CRIMES DE RESISTÊNCIA (CP, ART. 329) E DE TRÁFICO
DE DROGAS (LEI N. 11.343/06, ART. 33, CAPUT) -
SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA - INSURGÊNCIA
MINISTERIAL - PRETENSA PROCEDÊNCIA INTEGRAL DA
REPRESENTAÇÃO - INVIABILIDADE - AUSÊNCIA DE
PROVAS ROBUSTAS QUANTO À AUTORIA DO ATO
RELACIONADO AOS ENTORPECENTES - DEPOIMENTO
TESTEMUNHAL CONFUSO E CONTRADITÓRIO -
POLICIAIS MILITARES QUE NÃO SOUBERAM RELATAR
AS CIRCUNSTÂNCIAS QUE ENVOLVERARM A

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APREENSÃO DA DROGA - REPRESENTADO QUE NEGA


A AUTORIA DELITIVA - INCIDÊNCIA MÁXIMA DO IN
DUBIO PRO REO - RECURSO DESPROVIDO. (TJ-SC -
APR: 00030187720188240091 Capital 0003018-
77.2018.8.24.0091, Relator: Salete Silva Sommariva,
Data de Julgamento: 28/04/2020, Segunda Câmara
Criminal)”. Grifei.

Ratificando o acima exposto há de se considerar o teor


do depoimento da vítima, encartado na mídia de evento 67, ela consignou
que: “na data dos fatos teriam pego as filhas do acusado na cidade de
Anápolis, junto com um amigo e que o acusado teria parado em dois ou
três lugares para ingestão de bebidas alcoólicas; que a vitima prosseguiu
com as crianças deixando o acusado no ultimo local de parada visto que
estava em seu carro; Que na entrada de Silvânia o acusado pegou seu
carro e a vitima prosseguiu por que estava com pressa de chegar, que o
acusado bebeu a ponto de ficar fora de si, que não se recorda de como
foram as agressões, que lembra de ter sido empurrada algumas vezes,
QUE ENTENDE QUE AS AGRESSÕES FORAM CAUSADAS ESPECIFICAMENTE
POR TER O ACUSADO INGERIDO BEBIDA ALCOOLICA; que entende que a
ação do acusado foi causado pela bebida; que sem estar alcoolizado o
acusado é ótima pessoa; que o acusado não a ofendeu por questão de
gênero; que o único “gatilho” fora a bebida; que sempre tiveram um bom
relacionamento fora da bebida; que nunca o acusado teve atitudes
machistas com a mesma e que toda a situação no dia dos fatos se deu
exclusivamente pela ingestão de bebida alcoólica pelo acusado;

Pois bem Excelência, resta claro que durante a instrução,


em seu depoimento, a vítima deixa claro que a agressão ocorrida fora
totalmente e somente em decorrência deste acusado ter feito a ingestão
de bebidas alcoólicas exageradamente, tanto que por diversas vezes fora

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questionada pelo Ilustre Promotor se a agressão teria ocorrido por


questões de gênero e a mesma fora categórica em afirmar que não.

Ademais, o fato ocorrido é um fato isolado da conduta


típica de que sou acusado, considerando a primariedade/bons
antecedentes, sem nenhuma nódoa preexistente em minha vida. Reitero:
A própria vítima em sua oitiva em audiência, afirma que o suposto fato
não fora motivado por quaisquer circunstâncias lógicas ou visíveis, tendo
sido eventualmente praticado, exclusivamente por conta da plena e
inconsciente embriaguez do denunciado.

Resta inequívoca a certeza da vítima em suas


declarações pois foram as mesmas constantes da Ata Notarial que fora
lavrada de livre e espontânea verdade pela vítima, cuja juntada em época
de Resposta a Acusação fora indeferida por este Juízo.

As provas colhidas na fase pré-processual destinam-se


especialmente à formação da opinio delicti do Ministério Público, devendo
ser repetidas na fase instrutória da ação penal, sob o crivo do contraditório
e da ampla defesa.

Entretanto, no presente caso, as provas colhidas na fase


policial NÃO foram repetidas na fase judicial pela vítima. O artigo 155, do
Código de Processo Penal, com a redação dada pela Lei nº 11.690/08,
ratificou entendimento já sedimentado pela doutrina e jurisprudência:

"o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da


prova produzida em contraditório judicial, não
podendo fundamentar sua decisão exclusivamente
nos elementos informativos colhidos na investigação,

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ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e


antecipadas". Grifei.

No sistema processual penal brasileiro, vige o princípio


do in dúbio pro reo, segundo o qual a dúvida sempre deve ser empregada
em favor do denunciado.

Se as provas coligidas aos autos se mostrarem duvidosas


e insuficientes, o direito de liberdade do indivíduo deve prevalecer em
detrimento ao direito de punir do Estado.

Ainda que a palavra da vítima tenha especial relevância,


mormente em casos de agressões ocorridas no ambiente familiar, é
necessário que seja repetido em Juízo pela vítima do que foi dito na fase
policial, e corroborada na fase judicial por outros elementos de prova.

O depoimento da ofendida consiste no seu relato dos


fatos que deram origem à denúncia oferecida pelo Ministério Público. Via
de regra, entende-se que a sua palavra – de forma isolada – não pode ser
utilizada como única prova para embasar um juízo condenatório. Em suma,
o objetivo deste capítulo será explorar a importância dada ao depoimento
da vítima nas infrações regidas pelas disposições da Lei Maria da Penha,
averiguando os efeitos processuais da insuficiência probatória, de eventual
conciliação entre as partes e da vítima que, quando ouvida em Juízo,
inocenta o acusado.

Pode-se dizer, portanto, que a finalidade das provas


produzidas no decorrer da instrução probatória é, basicamente, buscar a
verdade processual, a que o magistrado deverá ser ater na hora de proferir
uma sentença. De acordo com Nucci (2016, p. 309), “a verdade processual
emerge durante a lide, podendo corresponder à realidade ou não, embora

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seja com base nela que o magistrado deve proferir sua decisão”. Outrossim,
ainda consoante Magno (2012, p. 436), “o juiz formará sua convicção pela
livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo
fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos
colhidos na investigação [...]”. Assim, não estando o juiz vinculado a
qualquer prova produzir, deverá ele “[...] formar sua convicção livremente,
após a análise percuciente dos elementos coligidos aos autos”.

No caso dos autos, a palavra da vítima mostrou-se


enfática de que a agressão somente ocorreu por conta de um fator externo,
no caso a embriaguez deste acusado. Restou claro e inequívoco de que a
vítima em seu depoimento declarou que o que ocorrera fora uma atitude
impensada deste acusado, que sob efeito de bebida alcoólica praticou a
conduta e que caso estivesse em estado normal, ou seja, fora da
embriaguez não teria cometido o fato em análise.

Portanto o depoimento da vítima é enfático em derrubar


o dolo, jogando por terra a presença do mesmo, que é indispensável para
configurar a conduta apurada nos presentes autos. Não há provas
judicializadas para sustentar a condenação deste acusado, como fica
evidenciado pelo entendimento jurisprudencial recente, que em casos
semelhantes, orienta pelo reconhecimento da absolvição. Neste sentido:

“APELAÇÃO CRIMINAL. AMEAÇA. LEI MARIA DA


PENHA. ABSOLVIÇÃO. ACERVO PROBATÓRIO
INSUFICIENTE. SENTENÇA MANTIDA. Inexistindo nos
autos provas suficientes para a condenação, deve-se
declarar a absolvição do apelado, adotando-se o
princípio in dubio pro reo, nos moldes do artigo 386,
inciso VII, do Código de Processo Penal. APELO
CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJ-GO - PROCESSO

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CRIMINAL -> Recursos -> Apelação Criminal:


00318816520198090175 GOIÂNIA, Relator: Des(a).
Adegmar José Ferreira, Data de Julgamento:
23/04/2021, 1ª Câmara Criminal, Data de Publicação:
DJ de 23/04/2021)”. Grifei.

“APELAÇÃO CRIMINAL. LESÕES CORPORAIS.


VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. LEI MARIA DA PENHA.
CONDENAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. ABSOLVIÇÃO
MANTIDA. Aplica-se o princípio in dubio pro reo para
absolver o apelado da imputação inserta na denúncia
quando o conjunto probatório é insuficiente para
embasar o decreto condenatório, mormente em razão
da ausência de provas jurisdicionadas para
demonstrar a autoria e circunstâncias do fato
imputado. APELAÇÃO CONHECIDA E DESPROVIDA. (TJ-
GO - PROCESSO CRIMINAL -> Recursos ->
Apelação Criminal: 00309757520198090175 GOIÂNIA,
Relator: Des(a). ITANEY FRANCISCO CAMPOS, Data de
Julgamento: 24/04/2021, 1ª Câmara Criminal, Data
de Publicação: DJ de 24/04/2021)”. Grifei.

E mais:

“APELAÇÃO CRIMINAL. LESÃO CORPORAL. LEI MARIA


DA PENHA. ABSOLVIÇÃO. MANUTENÇÃO.
FRAGILIDADE DAS PROVAS. DÚVIDAS QUANTO À
AUTORIA DELITIVA. IN DUBIO PRO REO. Não se
mostrando as provas dos autos suficientes à
comprovação da autoria do apelado no crime
tipificado no artigo 129, § 9º, do Código Penal, e

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havendo dúvidas acerca das circunstâncias que


permearam a conduta, mostra-se imperiosa a
manutenção da absolvição do acusado. APELO
CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJ-GO - PROCESSO
CRIMINAL -> Recursos -> Apelação Criminal:
01301715220188090175 GOIÂNIA, Relator: Des(a).
LEANDRO CRISPIM, Data de Julgamento: 08/03/2021,
2ª Câmara Criminal, Data de Publicação: DJ de
08/03/2021)”. Grifei.

Ainda Excelência, resta claro no depoimento da vítima


que este acusado se encontrava em total estado de embriaguez.
Embriaguez é uma intoxicação aguda e transitória em decorrência de álcool
ou qualquer outra substância de efeitos análogos, podendo progredir de
uma ligeira excitação até o estado de paralisia e coma.

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), pode-se


ainda diferenciar o uso do álcool em três níveis:

1 - bebedor moderado (sem dependência e problemas


decorrentes de seu uso) ;

2 - bebedor problema (consequências físicas, psíquicas


e/ou sociais decorrentes do uso) ;

3 - Dependente do álcool (ingestão excessiva de


álcool, de modo contínuo ou periódico, para
experimentar seus efeitos psíquicos e/ou para evitar o
desconforto de sua falta) (BRASIL, 2013h).

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Excelência, este acusado reconhece que durante algum


tempo foi um bebedor problema que evoluiu para a dependência do álcool,
sendo que hoje, passados quase 10 (dez) meses de sobriedade, pode se
considerar liberto deste vício destruidor. Conforme comprovado
documentalmente nos presentes autos, passei por 52 (cinquenta e dois)
dias de internação na Clínica Crisálida para recuperação do alcoolismo.

Dentre todas as testemunhas que poderia ter arrolado,


este acusado fez questão que este Juízo ouvisse a Drª MARIA APARECIDA
LEMES, a psicóloga que acompanhou este acusado durante o período de
desintoxicação na clínica já mencionada. Em seu depoimento, questionada
por este acusado deixou claro e inequívoco que “este acusado chegou em
negação em aceitar o alcoolismo, que não aceitava que estava em
dependência, que com muito esforço entendeu e se entregou ao
tratamento para se livrar do vício, que superou o vício e mesmo tendo alta
da clínica ainda continua o seu tratamento, que entendeu que tem uma
doença e precisa de ajuda, e que este acusado é uma das poucas pessoas
que tem compreensão de seu estado.”

Ao ser a testemunha inquirida pelo Representante


Ministerial, consignou que: “que teve conhecimento dos fatos apurados
nestes autos; que recebeu o acusado com preocupação pelo fato de ter
ciência de que o acusado tinha agredido uma mulher, tendo acesso a
todos os dados do processo, como fotos e laudos encartados nos autos;
QUE DE INICIO PENSOU QUE A AGRESSÃO TERIA ACONTECIDO POR
QUESTÕES DE GENERO, MAS QUE NA EVOLUÇÃO DO TRATAMENTO
PERCEBEU QUE O ACUSADO TEVE UM SURTO POR CAUSA DA
DEPENDENCIA A BEBIDA; QUE A SITUAÇÃO PODERIA TER OCORRIDO COM
QUALQUER PESSOA DO CONVIVIO DO ACUSADO; QUE QUANDO O
ACUSADO BEBIA HAVIA ALTERAÇÃO DE SEU ESTADO.

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Pois bem, mais uma vez, de forma comprobatória


(depoimento da Psicóloga c/c laudos médicos em anexo), que o fato a que
sou imputado – “poderia ter acontecido com QUALQUER PESSOA DO
CONVÍVIO”, banhando-se em águas cristalinas de que o fato em si foi um
acontecimento isolado, tratando-se de um “surto psicótico”, causado pela
ingestão compulsiva e excessiva de álcool.

Melhor dizendo, é verossímil afirmar que o meu antigo


hábito de ingerir bebidas alcóolicas além de ter sido compulsivo, era
prática rotineira e corriqueira em minha vida, até chegar ao ponto de
acontecer um fato isolado como no caso em tela, causando impacto, e
vergonha, me servindo como o “alerta que desperta”, tomando a decisão
definitiva de me livrar do maldito vício, buscando um tratamento clínico,
este, que até os dias de hoje permanece e se eternizará até o meu último
dia de vida.

Nesse sentido, resta comprovado que este acusado era


um dependente químico, um adicto em álcool que não reconhecia estar
doente e que fora preciso ocorrer o fato apurado nestes autos para que
viesse o entendimento sobre a doença e a necessidade de tratamento.

Não quero Excelência de hipótese alguma me valer de


subterfúgios para ser absolvido da minha conduta, mas sim, que seja
aplicada a Lei da mesma forma que é aplicada a pessoas que cometem a
mesma infração que cometi, sob efeito da dependência.

Júlio Fabbrini Mirabete sobre o assunto ensina:

"Na embriaguez patológica (psicose alcoólica,


demência alcoólica), o agente deve ser considerado à
luz do art. 26, já que se trata de doença mental ou

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perturbação da saúde mental. Distingue-se a


demência alcoólica da simples embriaguez habitual.
Nesta, não havendo perturbação da saúde mental, o
agente é imputável” (in Código Penal Interpretado,
São Paulo: Atlas, 1999, p. 233). Grifei.

E nesta esteira, o entendimento por analogia ao


presente caso da novel Jurisprudência data de 03/08/2021:

“AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1.910.292 - SP


(2021/0188614-3) DECISÃO Cuida-se de agravo
apresentado por ELISEU PEREIRA DE OLIVEIRA contra
a decisão que não admitiu seu recurso especial. O
apelo nobre apresentado por ELISEU PEREIRA DE
OLIVEIRA, fundamentado no artigo 105, inciso III,
alínea a, da CF/88, visa reformar acórdão proferido
pelo TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
- RUA DA GLÓRIA, assim resumido: DIREÇÃO DE
VEÍCULO AUTOMOTOR SOB A INFLUÊNCIA DE ÁLCOOL
APELAÇÃO RECURSO DEFENSIVO NULIDADE
PROCESSUAL NÃO EVIDENCIADA CONJUNTO
PROBATÓRIO SUFICIENTE PARA O RECONHECIMENTO
DA PRÁTICA DELITIVA AUTORIA E MATERIALIDADE
POSITIVADAS PENAS MOTIVADAMENTE DOSADAS E
REGIME QUE NÃO COMPORTAM MODIFICAÇÃO
RECURSO DESPROVIDO Quanto à primeira
controvérsia, pela alínea a do permissivo
constitucional, alega violação dos arts. 149 e 150 do
CPP; e 26 e 28 do CP, no que concerne à necessidade
de exame de sanidade mental na instrução do
processo para determinar a capacidade cognitiva do

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RUBENS VIEIRA DA SILVA JÚNIOR
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recorrente em razão da embriaguez patológica e do


alcoolismo crônico, trazendo o (s) seguinte (s)
argumento (s): "Ao indeferir o exame de sanidade
mental na audiência de instrução e julgamento, a
defesa entendeu necessária a realização do exame,
uma vez que somente com a realização é possível
determinar se o Recorrente teria ou não consciência
dos fatos. [...] O nosso sistema penal trata da
embriaguez (action libera em causa, art. 28 e a
embriaguez patológica art. 26). No caso dos autos,
trata-se de embriaguez patológica, melhor o
alcoolismo crônico devendo o Réu passar por exame
de insanidade mental. [...] Quanto ao art. 28 do CP,
deve ser efetuada uma interpretação
necessariamente restrita, excluindo do âmbito do
dispositivo a embriaguez patológica ou crônica. [...]
Vistas as declarações juntadas aos autos e
depoimento da testemunha e do próprio recorrente,
necessário o EXAME DE INSANIDADE MENTAL,
conforme art. 149 e 150 do CPP, POIS SOMENTE COM
O EXAME PODEREMOS TER A EXATA NOÇÃO DO GRAU
DO ALCOOLISMO E COMPREENSÃO DOS FATOS. [...]
No caso em tela, necessário se faz o exame uma vez o
alcoolismo crônico é inserido ao art. 26 do CP E RÉU
COMPROVOU SUA DEPENDENCIA/DOENÇA COM
DEPOIMENTOS E DOCUMENTOS MEDICOS" (fls.
204/208). Quanto à segunda controvérsia, pela alínea
a do permissivo constitucional, alega violação do, no
que concerne à ocorrência de cerceamento de defesa
o indeferimento do exame de insanidade mental,
trazendo o (s) seguinte (s) argumento (s): "O

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cerceamento de defesa destrói o próprio processo


penal. O que diferencia o processo penal de meios
irracionais de punição é a possibilidade de que a
defesa tenha chances reais de influenciar o julgador.
Sem defesa potencialmente efetiva, o processo penal
seria apenas utopia. [...] É caso de anulação do
processo, é vício insanável, por ofender os princípios
da ampla defesa e do contraditório previstos na Carta.
O prejuízo é ínsito e patente. Ínsito porque plasmado
em princípio constitucional, de onde não pode provir
relativismos. Patente porque o juízo USOU COMO
PROVA PARA CONDENAÇÃO e não DEU oportunidade
de o RECORRENTE esclarecer, contrapor tais provas.
Privando-o de seu direito. [...] Portanto, tem-se
demonstrado claro cerceamento de defesa, razão pela
qual, merece provimento o presente pedido" (fls.
210/211). É, no essencial, o relatório. Decido. Quanto
à primeira controvérsia, no que se refere ao art. 28 do
CP, na espécie, incide o óbice da Súmula n. 284/STF,
uma vez que não há a indicação clara e precisa do
dispositivo de lei federal tido por violado, pois nas
razões do recurso especial não se particularizou o
inciso, o parágrafo ou a alínea sobre o qual recairia a
referida ofensa, incidindo, por conseguinte, o citado
enunciado: "É inadmissível o recurso extraordinário,
quando a deficiência na sua fundamentação não
permitir a exata compreensão da controvérsia".
Ressalte-se, por oportuno, que essa indicação
genérica do artigo de lei que teria sido contrariado
induz à compreensão de que a violação alegada é
somente de seu caput, que, no caso, traz em seu texto

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uma mera introdução ao regramento legal contido


nos incisos, nos parágrafos ou nas alíneas. Nesse
sentido: "Quanto à segunda controvérsia, na espécie,
incide o óbice da Súmula n. 284/STF, uma vez que não
há a indicação clara e precisa do dispositivo de lei
federal tido por violado, pois, nas razões do recurso
especial, não se particularizou o
parágrafo/inciso/alínea sobre o qual recairia a
referida ofensa, incidindo, por conseguinte, o citado
enunciado: “É inadmissível o recurso extraordinário,
quando a deficiência na sua fundamentação não
permitir a exata compreensão da controvérsia"(AgInt
no AREsp n. 1.558.460/SP, relator Ministro Francisco
Falcão, Segunda Turma, DJe de 11/3/2020.) Confiram-
se também os seguintes julgados: AgInt no AREsp n.
1.229.292/SP, relator Ministro Luis Felipe Salomão,
Quarta Turma, DJe de 4/9/2018; AgInt no AgRg no
AREsp n. 801.901/SP, relator Ministro Moura Ribeiro,
Terceira Turma, DJe de 1º/12/2017; AgInt nos EDcl no
AREsp n. 875.399/RS, relator Ministro Antônio Carlos
Ferreira, Quarta Turma, DJe de 1º/8/2017; AgInt no
REsp n. 1.679.614/PE, relatora Ministra Maria
Thereza de Assis Moura, Sexta Turma, DJe de
18/9/2017; e AgRg no REsp n. 695.304/RJ, relator
Ministro Francisco Falcão, Primeira Turma, DJ de
5/9/2005. Ademais, incide o óbice da Súmula n.
283/STF, uma vez que a parte deixou de atacar
fundamento autônomo e suficiente para manter o
julgado, qual seja, a afirmação de que não existiram
indícios que provocassem a necessidade de realização
de exame de sanidade mental e de que o ora

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recorrente demonstrou total capacidade de


discernimento perante o juízo, veja-se:
“Preliminarmente, não se vislumbra qualquer
nulidade processual. Isso porque, o pedido de
instauração de incidente de dependência química no
acusado revela-se descabido, tal como decidido
monocraticamente (v. fls. 71), diante da ausência de
indícios reveladores do acenado comprometimento de
sua capacidade de discernimento e de determinação
pelo uso de bebida alcoólica. A realização do exame
de dependência química só deve ser determinada
quando houver fundada dúvida sobre a integridade
mental do agente, não constituindo nulidade
processual, tampouco cerceamento do seu direito de
defesa, a inexistência da respectiva perícia ou o
indeferimento do pedido de sua ultimação. O uso de
bebidas alcoólicas, ainda que admitido pelo
sentenciado, por si só, não justifica a submissão do
agente à discutida avaliação técnica, providência que
deve ser condicionada, como se viu, nas hipóteses em
que houver incerteza a respeito do poder de
autodeterminação do agente, o que não é o caso dos
autos. Na hipótese em testilha, o apelante denotou
total capacidade de raciocínio lógico, por ocasião de
seu interrogatório em Juízo, mostrando-se lúcido e
firme em seus dizeres, ao admitir a condução de
automotor, com prévia ingestão de álcool. [...] Deste
modo, bem analisada a questão, não há que se cogitar
em afronta constitucional (artigo 5º, inciso LV), à
norma infraconstitucional (artigos 149 e 150, ambos
do Código de Processo Penal) ou a qualquer tratado

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de direito internacional (artigo 14, 3, b, do Pacto dos


Direitos Civis e Políticos, bem como ao artigo 8º, 2, c,
da Convenção Americana sobre Direitos
Humanos)"(fls. 183/185). Nesse sentido: “A
subsistência de fundamento inatacado apto a manter
a conclusão do aresto impugnado impõe o não-
conhecimento da pretensão recursal, a teor do
entendimento disposto na Súmula n. 283/STF: 'É
inadmissível o recurso extraordinário quando a
decisão recorrida assenta em mais de um fundamento
suficiente e o recurso não abrange todos eles'". (AgInt
nos EDcl no AREsp n. 1.317.285/MG, relator Ministro
Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, DJe
de19/12/2018.) Confiram-se ainda os seguintes
precedentes: AgInt no AREsp 1.572.038/RS, relator
Ministro Moura Ribeiro, Terceira Turma, DJe de
13/8/2020; AgInt no AREsp 1.157.074/SP, relator
Ministro Raul Araújo, Quarta Turma, DJe de 5/8/2020;
AgInt no REsp 1.389.204/MG, relator Ministro Og
Fernandes, Segunda Turma, DJe de 3/8/2020; AgInt
no REsp 1.842.047/RS, relator Ministro Gurgel de
Faria, Primeira Turma, DJe de 26/6/2020; e AgRg nos
EAREsp 447.251/SP, relator Ministro João Otávio de
Noronha, Corte Especial, DJe de 20/5/2016. Quanto à
segunda controvérsia, na espécie, incide, mais uma
vez, o óbice da Súmula n. 284/STF, uma vez que a
parte recorrente deixou de indicar precisamente os
dispositivos legais que teriam sido violados,
ressaltando que a mera citação de artigo de lei na
peça recursal não supre a exigência constitucional.
Aplicável, por conseguinte, o enunciado da citada

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súmula. Nesse sentido: “A ausência de expressa


indicação de artigos de lei violados inviabiliza o
conhecimento do recurso especial, não bastando a
mera menção a dispositivos legais ou a narrativa
acerca da legislação federal, aplicando-se o disposto
na Súmula n. 284 do STF". (AgInt no AREsp n.
1.684.101/MA, relator Ministro Moura Ribeiro,
Terceira Turma, DJe de 26/8/2020.) Confiram-se ainda
os seguintes precedentes: AgInt no ARESP n.
1.611.260/RS, relator Ministro Gurgel de Faria,
Primeira Turma, DJe de 26/6/2020; AgInt nos EDcl no
REsp n. 1.675.932/PR, relator Ministro Francisco
Falcão, Segunda Turma, DJe de 4/5/2020; AgInt no
REsp n. 1.860.286/RO, relator Ministro Antonio Carlos
Ferreira, Quarta Turma, DJe de 14/8/2020; AgRg nos
EDcl no AREsp n. 1.541.707/MS, relator Ministro Joel
Ilan Paciornik, Quinta Turma, DJe de 29/6/2020; AgRg
no AREsp n. 1.433.038/SP, relator Ministro Rogerio
Schietti Cruz, Sexta Turma, DJe de 14/8/2020; REsp n.
1.114.407/SP, relator Ministro Mauro Campbell
Marques, Primeira Seção, DJe de 18/12/2009; e AgRg
no EREsp n. 382.756/SC, relatora Ministra Laurita Vaz,
Corte Especial, DJe de 17/12/2009. Ante o exposto,
com base no art. 21-E, V, do Regimento Interno do
Superior Tribunal de Justiça, conheço do agravo para
não conhecer do recurso especial. Publique-se.
Intimem-se. Brasília, 02 de agosto de 2021. MINISTRO
HUMBERTO MARTINS Presidente (STJ - AREsp:
1910292 SP 2021/0188614-3, Relator: Ministro
HUMBERTO MARTINS, Data de Publicação: DJ
03/08/2021)”. Grifei.

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Excelência, claro e inequívoca que restou comprovada a


adicção ao vicio deste acusado, com a comprovação através de prova
documental já encartada nestes autos e testemunhal que este acusado a
época dos fatos, estava em estado de embriaguez patológica, e a doutrina
tem equiparado a embriaguez patológica a doença mental, mas com
absolvição comum (não gera aplicação de medida de segurança). Sendo
assim, com a privação completa da capacidade de compreensão, o agente
fica isento de pena, caso a privação seja incompleta, o agente tem direito
a redução de 1/3 a 2/3 da pena aplicada.

D’outro prisma, este acusado entende que já sofrera


punição bem mais pesada do que este Juízo possa vir a impor, haja visto
que durante o processo, causei vergonha a meu Pai, Advogado Decano
nesta Comarca de Silvânia, à minha mãe (mulher guerreira e de boa
índole), a meu irmão, à época assistente do Ministério Público desta
Comarca, militando nos dias de hoje como Advogado, e a minha irmã,
Vereadora atuante e exemplar nesta urbe. O arrependimento do ato já se
encontra arraigado dentro deste peticionante, que a cada dia faz de tudo
para não ser traído novamente e incorrer na volta do vício. O mantra do
adicto em recuperação é “Só por hoje” repetido a cada dia, do acordar ao
adormecer. Só por hoje Excelência não bebo mais, me dedico ao
tratamento para não recair, ajudo as pessoas que assim como eu precisam
sair do estado de negação onde eu me encontrava e enxergar que o álcool
não é a solução, mas sim o maior dos problemas.

E nesta filosofia do “Só por hoje”, já se vão 10 meses de


um novo homem, que se envergonha do que fez, mesmo sem ter a época a
compreensão da ilicitude dos fatos, e venho me reconstruindo a cada dia,
pela minha família, minhas filhas e pela Sociedade Silvaniense com
empenho de “Só por hoje” dar a certeza de que estou curado e que o fato,

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repriso, me arrependo até os dias atuais fora um evento dissociado de


minha essência, que a época se encontrava corrompida pelo álcool.

SÓ POR HOJE, ESPERO SER ABSOLVIDO PELA JUSTIÇA


TERRENA, POIS PERANTE A JUSTIÇA DIVINA, TODOS OS DIAS BUSCO A
REDENÇÃO POR TUDO QUE FIZ SOB O EFEITO DO ALCOOL QUE SE TORNOU
PAGINA VIRADA NESTA MINHA VIDA!

3 - SUBSIDIARIAMENTE: NO EVENTUAL ENTENDIMENTO PELA


CONDENAÇÃO

A) DA PENA CORPORAL

Na primeira fase da dosimetria da pena, esta deve ser


aplicada em seu mínimo legal, diante das circunstâncias judiciais previstas
no artigo 59, do Código Penal, serem todas favoráveis.

Na segunda fase, deve ser reconhecida a atenuante de


Embriaguez Patológica aplicando o redutor em seu patamar máximo de 2/3
e da confissão espontânea, também no patamar de 2/3.

Na terceira e última fase, inexistem causas especiais e


aumento e diminuição.

B) DA PENA DE MULTA

Já quanto a pena de multa, esta deve guardar


proporcionalidade com a pena corporal imposta. Deve-se, ainda, em razão
da condição econômica do réu, o valor do dia multa deve ser fixado em 1/30
do salário-mínimo vigente na data do fato.

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C) DO REGIME DE CUMPRIMENTO

No que diz respeito ao regime de cumprimento, já que a


pena a ser fixada ser inferior a 04 anos, e ser primário essa poderá, desde o
princípio, ser cumprida em regime ABERTO, conforme dispõe o artigo 33, §
2º, alínea c, do Código Penal.

Apesar da vedação, sendo a condenação em Regime


Aberto, é possível a substituição da pena privativa de liberdade por
restritivas de direito, conforme entendimento colacionado ad exemplum:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO


CRIMINAL. LEI MARIA DA PENHA (LEI Nº
11.340/2006). CONTRAVENÇÃO PENAL PRATICADA
SEM VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA À VÍTIMA.
SÚMULA Nº 588 DO STJ. INAPLICABILIDADE.
SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE
POR RESTRITIVA DE DIREITO. POSSIBILIDADE.
CONTRADIÇÃO. CORREÇÃO. RECURSO PROVIDO. 1.
Embora o c. STJ tenha consolidado o entendimento de
ser vedada a substituição da pena privativa de
liberdade por restritivas de direitos nos casos afetos à
Lei Maria da Penha, e editado a Súmula nº 588,
segundo a qual "a prática de crime ou contravenção
penal contra a mulher com violência ou grave ameaça
no ambiente doméstico impossibilita a substituição de
pena privativa de liberdade por restritiva de direitos",
no caso concreto não houve emprego de violência,
tampouco grave ameaça contra a vítima, e o ora
embargante preenche os requisitos previstos no artigo
44 do Código Penal. Por isso, aplicável o benefício da

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substituição da reprimenda corporal por uma


restritiva de direito. 2. Havendo contradição no
julgado, mister a sua retificação, a fim de espelhar
corretamente a decisão do Colegiado. 3. Recurso
provido. (TJ-DF 00020132120198070006 DF 0002013-
21.2019.8.07.0006, Relator: J.J. COSTA CARVALHO,
Data de Julgamento: 03/12/2020, 1ª Turma Criminal,
Data de Publicação: Publicado no PJe : 16/12/2020 .
Pág.: Sem Página Cadastrada.)”. Grifei.

Não obstante, vejamos:

“APELAÇÃO CRIMINAL. LESÕES CORPORAIS.


VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. SUSPENSÃO CONDICIONAL
DO PROCESSO. LEI MARIA DA PENHA.
INAPLICABILIDADE DA LEI Nº 9.099/95. ABSOLVIÇÃO.
PROVA SUFICIENTE. CONDENAÇÃO MANTIDA.
ANÁLISE DAS CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS. REDUÇÃO
DA PENA-BASE. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS
VALORADAS EQUIVOCADAMENTE. SUBSTITUIÇÃO DA
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVA DE
DIREITOS. MANUTENÇÃO. PROIBIÇÃO DA
REFORMATIO IN PEJUS. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA.
IMPOSSIBILIDADE. 1. O artigo 41 da Lei 11.340/06
afastou a incidência da Lei 9.099/95 quanto aos
crimes praticados com violência doméstica e familiar
contra a mulher, independentemente da pena
prevista, o que acarreta a impossibilidade de
aplicação da suspensão condicional do processo nos
crimes abrangidos pela Lei 11.340/06. 2. Se há provas
suficientes da materialidade e autoria do crime de

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lesão corporal contra a mulher, de modo a ensejar a


condenação baseada na palavra da vítima,
depoimento testemunhal e relatório médico, não há
que se falar em absolvição. 2. Incorrendo a
sentenciante em equívoco quando da análise de
algumas das circunstâncias judiciais do artigo 59 do
Código Penal, impõe-se a adequação da pena
corpórea. 4. Mantém-se a substituição da pena
privativa de liberdade por restritivas de direitos,
fixada pela magistrada sentenciante, ante a proibição
da reformatio in pejus. 4. Não que se conceder os
benefícios da assistência judiciária gratuita,
principalmente porque o acusado foi representado por
advogado constituído durante toda instrução criminal
e a benesse só foi requerida em grau recursal. APELO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO, PARA
REDIMENSIONAR A PENA, MANTIDA A SUBSTITUIÇÃO
DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS
DE DIREITOS. (TJGO, APELACAO CRIMINAL 153328-
94.2013.8.09.0089, Rel. DES. NICOMEDES DOMINGOS
BORGES, 1A CAMARA CRIMINAL, julgado em
02/10/2014, DJe 1653 de 20/10/2014)”. Grifei.

Outrossim, ou até mesmo o “Sursis Processual”. Neste


sentido, vejamos:

“APELAÇÃO CRIMINAL. LESÃO CORPORAL E AMEAÇA.


LEI MARIA DA PENHA. NULIDADE PROCESSUAL.
AUSÊNCIA INTIMAÇÃO ACUSADO. NÃO PROCEDE.
INSTRUÇÃO REGULAR. Não prospera o pleito de
nulidade processual, se a instrução criminal foi

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legítima e regular. 2. ABSOLVIÇÃO. INSUCESSO.


Mantém-se intactas as condenações quando o
conjunto probatório demonstra, de forma inequívoca,
a materialidade e a autoria da ocorrência de lesão
corporal e ameaça. 3. REDIMENSIONAMENTO DA
PENA BASE PARA O MÍNIMO LEGAL. Não subsistindo
circunstâncias judiciais negativas ao apelante, a
sanção basilar deve ser fixada no mínimo legal. 4.
SURSIS. CONCESSÃO. Não há como conceder o
benefício da substituição da pena por restritiva de
direitos prevista pelo art. 44 do Código Penal, haja
vista o crime ter sido cometido com violência e grave
ameaça, mas é possível a concessão de suspensão
condicional da pena, vez que preenchidos os requisitos
do art. 77 do CP. APELO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO. (TJGO, APELACAO CRIMINAL 177291-
97.2017.8.09.0152, Rel. DES. LEANDRO CRISPIM, 2A
CAMARA CRIMINAL, julgado em 12/11/2019, DJe
2879 de 22/11/2019)”. Grifei.

Desta forma, no caso de eventual entendimento pela


condenação, a defesa de requer:

- A fixação da pena base no mínimo legal;

- O reconhecimento das atenuantes de Embriaguez Patológica e da


confissão espontânea, em seu patamar máximo de 2/3;

- Que a pena de multa guarde proporcionalidade com a pena corporal


imposta e fixada em 1/30 do salário-mínimo vigente na data do fato; a
fixação de regime aberto, uma vez que é primário;

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- A substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direito ou a


aplicação do Sursis Processual nos termos da Jurisprudência apresentada.

4 - DOS PEDIDOS

Diante do exposto, a defesa requer à Vossa Excelência:

a) O recebimento da presente Alegações Finais;

b) A absolvição por não existir prova suficiente para a condenação, com


fundamento no artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal, em
homenagem ao princípio in dubio pro reo, uma vez que as declarações da
vítima na fase policial foram diversas da prestadas durante a fase judicial,
carecendo, assim, de qualquer credibilidade, e não foram corroboradas por
outros meios de prova, aliada ao fato das testemunhas de acusação não se
recordarem do fato, bem como ter agido amparado na excludente de
ilicitude da Embriaguez Patológica comprovada por documentos e
testemunho;

No eventual entendimento pela condenação, requer-se:

d) A fixação da pena base no mínimo legal;

e) O reconhecimento das atenuantes de Embriaguez Patológica e da


confissão espontânea, em seu patamar máximo de 2/3;

f) Que a pena de multa guarde proporcionalidade com a pena corporal


imposta e fixada em 1/30 do salário-mínimo vigente na data do fato;

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g) A fixação de regime aberto, uma vez que é primário bem como a


substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direito ou a
aplicação do Sursis Processual nos termos da Jurisprudência apresentada;

h) A gratuidade da justiça, nos termos do artigo 98, do Código de Processo


Civil.
Neste Termos,

Espera merecer deferimento.

Silvânia/GO, em 12 de agosto de 2021.

(assinado eletronicamente por meio de certificação judicial)


RUBENS VIEIRA DA SILVA JÚNIOR
Advogado
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