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Projecto de Investigação para a Dissertação de Monografia em Desporto

Opção de Futebol

A IMPORTÂNCIA DA SOMATIZAÇÃO PRECOCE DO JOGO NA CONSTRUÇÃO


DE TALENTOS.
Futebol um Fenómeno AntropoSocialTotal, que «primeiro se estranha e depois se entranha»?!

Realizado por:
Jorge Miguel Gonçalves Maciel

Porto, Novembro de 2007


Índice

1. Tema 2

2. Problema 2

3. Objectivos 2

4. Título e Subtítulo 3

5. Apresentação da Ideia do Trabalho 3

6. Justificação do Trabalho 4

6.1 Face à Realidade 4

6.2 Face ao Estado da Arte 7

7. Definição do Quadro Conceptual 8

8. Definição do Quadro Metodológico 10

9. Calendarização das Tarefas 11

10. Bibliografia 11

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1. Tema:
O presente trabalho tendo em consideração os vários temas apresentado na disciplina de
Seminário de Futebol, do 5º Ano da Licenciatura em Desporto, da Universidade do Porto, poder-
se-ia englobar em diferentes temáticas, nomeadamente:
 Ensino e Aprendizagem do Jogo;
 O Futebol à luz das questões AntropoSociológicas;
 Formação de Jogadores em Futebol;
 Conhecimento e Expertise Percepetiva e Tomada de Decisão no Futebol;
 Neurociências e Futebol.
Não obstante, da possibilidade do meu trabalho tocar nos temas supracitados, considero,
que pelo tipo de abordagem que pretendo efectuar, a temática em que melhor se enquadra é;
Neurociências e Futebol.

2. Problema:
Até que ponto poderá o Corpo ser Plástico, e de que forma a Precocidade pode contribuir
para essa Plasticidade?

3. Objectivos:

 Tornar evidente, a suspeição de que a Prática Precoce de Futebol, é


determinante para alcançar desempenhos de excelência.
 Explicitar a importância da Prática Precoce de Futebol ao nível da alteração da
funcionalidade e das relações corpo – cérebro - mente.
 Explicitar que a Inteligência Específica do Futebol implica a Somatização do Jogo
e a Cerebralização do Corpo.
 Inferir de forma fundamentada, acerca dos efeitos da Prática Precoce, ao nível
das alterações da representatividade cerebral.
 Evidenciar que o Futebol é uma actividade exclusiva do Homem, ou seja, um
Fenómeno AntropoSocialTotal.

4. Título e Subtítulo:

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A IMPORTÂNCIA DA SOMATIZAÇÃO PRECOCE DO JOGO NA CONSTRUÇÃO DE
TALENTOS. Futebol um Fenómeno AntropoSocialTotal, que «primeiro se estranha e depois se
entranha»?!
5. Apresentação da ideia do Trabalho:
O trabalho que me proponho realizar, terá uma abordagem centrada em diferentes
temáticas, sendo de destacar a relação do Futebol com os conhecimentos das Neurociências,
sem contudo ignorar a outros domínios do conhecimento como a Sociologia, a Antropologia, a
Psicologia, a Aprendizagem Motora, entre outras, que conferem a este trabalho um carácter
bastante abrangente e complexo, no qual procurarei estabelecer a devido conexão entre as
diferentes áreas de conhecimento.
O principal propósito é, evidenciar que a Prática Precoce de Futebol é determinante para a
obtenção de níveis de desempenho de destaque, a nível do Rendimento Superior. Para tal
proponho-me a explicitar, os efeitos diversos, que tal Precocidade pode ter ao Nível da
funcionalidade do Corpo Humano, sendo este entendido, como uma entidade integra, pois como
nos sugere Bento (2004), quando nos ocupamos do Corpo, estamos atentos ao “Homem-Todo”.
Neste trabalho, procurarei pela seguinte sequência focar a minha abordagem nos pontos
que se seguem: Futebol enquanto Fenómeno Social Total; Futebol enquanto Fenómeno
AntropoSocialTotal; O Aparente Paradoxo, um Fenómeno AntropoSocialTotal que é
simultaneamente um Fenómeno ContraNatura; Prática Precoce de Futebol, um «Cérebro –
Mecanismo» contracorrente; A Somatização Precoce do Jogo.
Os pontos acima referidos, serão articulados para que toda a estrutura do trabalho se
encontre devidamente estruturada e interligada, de modo a que o discurso, contido nesta
dissertação, apresente clareza e coerência.
Para a realização deste trabalho serão como forma de enriquecimento do mesmo,
analisados alguns meios audiovisuais, nomeadamente, entrevistas a Jogadores ou ex.
Jogadores de Futebol de nível internacional, nas quais se evidencia que a Prática Precoce de
Futebol foi, um ponto comum a todos. Serão ainda analisadas gravações de programa
televisivos em que se encontram documentados, pontos de vista de diferentes cientistas, acerca,
de algumas das temáticas que abordarei, nomeadamente ao nível das Neurociências, das
relações entre a Sociologia e o Futebol e ainda, no que se refere, às questões relacionadas com
a Filogénese Humana.
Este trabalho contemplará ainda, e durante a realização do trabalho a realização de
entrevistas, se possível aos seguintes Professores da FADE-UP, Professor José Maia; Professor
Leandro Massada, Professor Paulo Cunha e Silva e Professor Vítor Frade, devendo estas

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entrevistas ser realizadas o mais precocemente possível. Julgo que a opinião destes
Professores, constituir-se-á como uma mais valia para este trabalho. Note-se, que os dados
resultantes de tais entrevistas, serão à semelhança dos meios audiovisuais, utilizados como
complemento da exposição efectuada ao longo do trabalho.

6. Justificação do Trabalho:
6.1. Face à Realidade:
A nível pessoal, este trabalho reveste-se de enorme interesse, desde logo, por se centrar
numa temática, que ao longo dos últimos anos tenho vindo a descobrir, e da qual penso, que o
Futebol poderá retirar bastantes ensinamentos, que permitam uma abordagem no terreno mais
ajustada. Além da temática ser do meu interesse, e se constituir nos últimos tempos como uma
descoberta, a realização desta dissertação, assume para mim, ainda outros interesses pessoais.
Nas últimas três épocas desportivas, tenho vindo a trabalhar na Formação de alguns clubes de
Futebol, sendo que nas duas últimas épocas, estive e estou a treinar equipas, dos escalões de
escolas e pré-escolas, tendo por isso depositada em mim, por parte dos pais, a responsabilidade
de auxiliar na Formação dos respectivos filhos, alguns dos quais com idades inferiores a 5 anos,
o que torna ainda mais pertinente esta minha pesquisa. Ainda a nível pessoal, importa ainda
realçar que outro facto que me motiva é, ser minha intenção após o término da Licenciatura,
realizar uma dissertação (Mestrado ou Doutoramento) ainda mais aprofundada em torno desta
temática, e na qual poderei recorrer a meios e instrumentos, como por exemplo, a tomografia por
emissão de positrões (TEP), que me permitam corroborar as especulações que realizarei nesta
abordagem.
Mas, as motivações para a realização deste trabalho não são exclusivamente pessoais, uma
vez que entendo que esta dissertação poderá proporcionar várias respostas interessantes no
que se refere à prática de Futebol na infância.
Como pretenderei evidenciar, ao longo da dissertação considero que o Futebol, em termos
de Hominização é, um Fenómeno ContraNatura, uma vez que, a funcionalidade dos pés, e do
trem inferior, cuja preponderância é relevante no Jogo foi, preterida em detrimento da
funcionalidade e sensibilidade das mãos.
Deste modo, entendo e é meu objectivo explicitá-lo, que o facto do Futebol requisitar
aspectos que contrariam a filogénese Humana, acarreta um conjunto de conflitos,
nomeadamente, ao nível do trem inferior, a quem o pratica.
De acordo com Stanford, C. (2006), tais limitações são decorrentes da adopção do
bipedismo, como forma de locomoção por parte da espécie Humana. Este autor refere mesmo,

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que esta “bizarra” forma de locomoção diferencia o Homem dos restantes primatas. Opinião
corroborada por Harcourt-Smith, W. (2006), que salienta que a nossa espécie foi a única, entre
os primatas que em termos evolutivos, abdicou do pé como órgão de preensão.
Também Massada, (2001) refere que a “especialização da mão definida pela oponência do
polegar, constitui uma das características mais diferenciadas do Homem, podendo ser
considerada como um factor muito importante da sua evolução.” Acrescentando que, “noutro
primatas os pés são parecidos com as mãos”. Este autor salienta mesmo, que fruto do processo
evolutivo, as mãos se constituíram como “dois cérebros”. Será minha intenção ao longo do
trabalho tentar evidenciar, que tal como as mãos foram “Cerelabrizadas”, também outras partes
do Corpo, que foram secundarizadas em termos evolutivos, como por exemplo os pés, poderão
ser alvo de igual processo de “Cerebralização”, caso haja uma intervenção precoce. Fundamento
estas minhas especulações, com base nos relatos de algumas histórias de vida, cujas pessoas,
apesar de nascerem com os membros superiores amputados, conseguem com os pés, adquirir
uma funcionalidade semelhante àquela que culturalmente, foi sendo atribuída às mãos. Destes
casos, importa realçar que tal Adaptabilidade e Plasticidade Corporal, só em meu entender tão
efectiva, pois estas pessoas desde idades precoces se submeteram a estímulos diferenciados.
Por outro lado, ainda que sendo possível, parece igualmente evidente, que a Plasticidade
Corporal, fica mais comprometida quando o processo de estimulação se inicia mais tardiamente,
como demonstram os casos, de lesões semelhantes, mas que se verificam em idades mais
adiantadas. Foi com base nestes estudos de caso, a maioria relatos do no programa “Medicina
Insólita”, do canal Odisseia, que em parte foi crescendo o meu interesse por esta temática.
Perante as evidências apresentadas anteriormente, em relação à secundarização das mãos,
pode se depreender, o quanto é complexo e complicado o domínio da Bola no Futebol, quando
comparado com outras modalidades, visto que grande parte das acções no Futebol requerem a
utilização dos pés, ou de outras parte do Corpo preteridas pela evolução da espécies. Como
costuma referir o Professor Vítor Frade, “o Futebol pede aos pés, aquilo que a evolução
programou para as mãos”. Por tudo isto, refiro, que o Futebol e mais precisamente, a
Aprendizagem do Jogo se pode, caracterizar pela seguinte expressão de Pessoa, “primeiro
estranha-se (ContraNatura) e depois entranha-se (Somatização do Jogo)”.
Ackerman, J. (2006), torna evidentes os conflitos registados pelo Homem, aquando da
Aprendizagem do Jogo, quando refere que comparando o Homem com outros primatas,
nomeadamente o chimpanzé, se pode considerar que, “o pé do chimpanzé é um atributo
espantosamente útil e versátil, essencial para trepar ás árvores e capaz de tanto movimento e
manipulação como a sua mão. Em contraste, o pé humano é um órgão hiperespecializado,

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concebido para fazer apenas duas coisas: impulsionar o corpo em frente e absorver o choque
resultante desse movimento. O bipedismo pode ter libertado as mãos, mas manietou os pés.”
Mas até que ponto isto será irreversível?! É isso que me proponho esclarecer.
Além dos aspectos relacionados com os condicionalismos impostos, pela fiologénese
Humana, outro motivo que em meu entender, torna a minha dissertação interessante relaciona-
se com o facto, de nos últimos anos devido a alterações profundas a nível social, o Futebol de
Rua ser eclipsado, e de serem crescentes, os índices de afisicidade das populações, o que se
repercute num aumento alarmante de doenças associadas à inactividade, consideradas pela
OMS como as principais epidemias deste século.
A este respeito importa referir, por outro lado, o proliferar das Escolas de Futebol, que vendo
na sociedade algumas lacunas, se tentam emancipar. Não podemos ignorar ainda, que a vida
das crianças é cada vez mais atarefada, não lhes sendo proporcionado tempo para brincarem e
desenvolver a criatividade. Esta pressa, que afecta a sociedade em geral, tem levado a que as
crianças se tornem ainda em idades muito precoces em adultos, com tudo o que isso tem de
negativo, como evidencia um recente estudo de Ginsburg, K. R. (2007).
Note-se no entanto, que na nossa sociedade se tem verificado um modismo, que se
devidamente aproveitado poderá ser bastante proveitoso, em meu entendimento, para a
qualidade do Futebol. Aquilo a que me refiro é, ao crescente interesse evidenciado pelos pais, na
participação dos filhos, em actividades desenvolvidas pelas Escolas de Futebol. Os pais,
conscientes das exigências que a sociedade impõem aos seus filhos, encontram na prática
desportiva, um espaço, ou uma alternativa válida, no sentido de minimizar a falta de tempo de
que as crianças dispõem, para brincarem e criarem, encontram também no Desporto um lugar
que luta contra a dita crise de valores que se verifica na sociedade.. As Escolas de Futebol
assumem-se deste modo, para os pais como um lugar de destaque para a Formação, que não
exclusivamente desportiva, dos seus educandos. E de facto estou em crer, até pela boa
experiência por mim vivida a este nível, que o Futebol se pode assumir como um complemento
muito positivo na Formação de qualquer jovem. Ou seja, entendo que a prática Precoce de
Futebol, permite o cumprimento da tríade, Mais Futebol, Mais Criança, Mais Educação, uma vez
que, através do Futebol ainda em idades precoces, se respeita a essência das crianças, se o
processo for devidamente estruturado, o que permite que tal prática se revele determinante, na
construção de cada jovem. Não é por isso de admirar, que um antigo Prémio Nobel da Literatura,
Albert Camus tenha afirmado que, “tudo aquilo que aprendi sobre a moral dos homens, aprendi
nos campos, jogando futebol”.

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Conscientes de tais valências, e também das necessidades sentidas pelos pais, os
responsáveis pelas Escolas de Futebol tenta suprir algumas das limitações apresentadas pela
sociedade, o que leva estas instituições, ainda que na generalidade dos casos por interesses
comerciais, e não tanto por razões metodológicas, a acolherem jovens em idades cada vez mais
precoces. Independentemente de tais razões, considero, que tal poderá ser bastante profícuo
para o assegurar da construção de jovens Talentos no futuro.
Além desta crescente procura por parte dos pais, das Escolas de Futebol, o que penso
tratar-se mesmo de um modismo, há outro motivo, ainda que sustentado no empirismo, que me
leva a considerar que a Prática Precoce de Futebol é, fundamental para o alcance de
desempenhos de excelência. É que pelo que tenho verificado, Jogadores ou ex. Jogadores de
nível mundial, nos seus relatos autobiográficos, revelam e destacam como relevantes
determinadas actividades realizadas com bola, ainda em idades muito precoces, e que também
eu, considero terem sido determinantes para o alcançar de tais níveis.
Em suma, estou convicto, de que com a minha exposição de que a Prática de Futebol
Precoce, se devidamente orientada não apresentará grandes limitações. Daí que considere, que
a questão, que devemos colocar quando abordamos a problemática da Formação não é, quando
começar, mas sim como começar?!

6.2. Face ao Estado da Arte:


Parece-me evidente, que neste momento as Ciências do Desporto estão a registar aquilo a
que Capra (2005) designou de “ponto de mutação”, ou recorrendo à designação de Kuhn (1962),
verifica-se uma “mudança de paradigma”, que tem sido reivindicado por diversos autores
(Sobral, 1995; Tani, 2002, Bento, 2004).
Bento, (2004, pg. 53) afiram mesmo, “que as Ciências do Desporto têm pela frente uma
larga panóplia de perspectivas de crescimento e desenvolvimento. Para tanto devem ajustar-se
às alterações ocorridas na paisagem desportiva e atender à sua pluralidade.”
Face a esta necessidade que urge, no sentido de um mais rico elucidar da complexidade
inerente ao Fenómeno Desportivo e de forma mais particular, ao Fenómeno Futebol, ao longo da
minha dissertação procurei socorrer-me de conhecimentos provenientes de diversas áreas, que
têm sido um pouco ignoradas, devido ao peso das disciplinas mais convencionais, como a
Biomecânica e a fisiologia, que têm ao longo da história da metodologia do treino, assumido um
lugar de destaque nas investigações no âmbito desportivo (Tani, 2002). É deste modo minha
pretensão, fazer como este trabalho vá de encontro às necessidades das novas abordagens, e
da necessidade de criar nas Ciências do Desporto uma nova forma de abordar as suas

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problemáticas, ou seja, uma “scienza nuova” (Morin, 2003), na qual a multidisciplinaridade
assume um lugar de destaque. Trata-se assim de adaptar à nossa realidade, o Futebol, o lema
postulado por Abel Salazar, isto é, “quem sós sabe de Futebol, nem de Futebol sabe”.
Nesta necessidade, de diversificar as suas abordagens, encontra-se a pertinência de
efectuar o devido transfere, dos conhecimentos das Neurociências para o Futebol, uma tarefa a
que me proponho com este trabalho, sem contudo ignorar, a incursão, sempre que tal se
justifique, a outras áreas do conhecimento.
Importa realçar que sendo as Neurociências, uma área ainda relativamente recente, são
poucas as aplicações que têm sido efectuadas no âmbito desportivo e de modo especial no
Futebol, tal é ainda mais evidente, se considerarmos problemáticas como a Plasticidade
Cerebral, e outros fenómenos que implicam a interacção altamente complexa entre corpo -
cérebro – mente.
O facto de se tratar, por isso mesmo de uma abordagem inovador, reveste-se de aspectos
positivo mas também de aspectos negativos. Em relação aos últimos, importa ter consciência da
escassez de recursos bibliográficos existentes nestas temáticas, quando cruzadas com a prática
desportiva, e de modo particular com o Futebol. Por outro lado, o facto de se tratar de uma
abordagem original confere, a esta dissertação um carácter inovador no qual se tenta, cruzar
conhecimentos de uma das áreas científicas mais emergentes, as Neurociências, para o Futebol,
através de extrapolações efectuadas de forma criteriosa e fundamentada.
Estou por isso em crer, que apesar de se tratar de um desafio ambicioso, estou preparado
para o encarar, e do qual poderão resultar reflexões muito pertinentes.

7. Definição do Quadro Conceptual:


A problemática que me proponho abordar, encontra-se ainda muito pouco explorada, motivo
pelo qual terei de me socorrer de dados relativos às Neurociências, cujo a aplicabilidade é mais
abrangente, e em relação aos quais se podem efectuar analogias para o Futebol.
O Futebol tem assumido nas sociedades actuais uma enorme relevância, assumindo-se
mesmo, como um fenómeno nuclear nas sociedades actuais, sendo inclusive, capaz de
reproduzir uma imagem fidedigna das sociedades em que é praticado. Por este motivo, o
conceito apresentado por Marcel Mauss, de Fenómeno Social Total, foi adoptado para o Futebol
(Costa, A.1992, 1993, 1997, 2004, 2006; Garcia, R., 1993; Murad, M., 2006).
O facto do Futebol, ter um lugar de destaque nas sociedades actuais, leva a que desde
idades muito precoces, as crianças se sintam fascinadas por este, iniciando deste modo,
bastante cedo a prática desta modalidade, o que de acordo com algumas orientações da teoria

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da experiência precoce, poderá ter benefícios diversos, tanto a nível motor como cognitivo
(Sprinthall, N. & Sprinthall, R., 1993).
Associada à prática precoce, de determinadas actividades, tem sido sugerido que a
quantidade de prática nessas idades é, outro aspecto decisivo para, o atingir de desempenho de
excelência, e para a construção de Talentos, que é, a grande problemática deste trabalho. Os
conhecimentos das teorias da prática deliberada, indicam que para se alcançar a expertise, é
condição fundamental, uma grande quantidade de prática, até que se atinjam níveis de
excelência (Starkes & Ericsson, 2003).
De acordo; com recentes publicações realizadas no âmbito das Neurociências (Damásio,
2003; Sheldrak, 2004; Amoroso, 2004; Nava, 2003), o dualismo cartesiano tem sido refutado,
sugerindo-se que a separação corpo e mente, não faz mais sentido á luz dos novos
conhecimentos. Em vez disso, é actualmente defendida uma relação holística entre corpo –
cérebro – mente, sendo deste modo o Homem entendido como “inteireza inquebrantável”
(Amieiro, 2005). Será com base neste entendimento, que postula a “reconciliação do corpo com
a mente”, como sugere Cyrulnik, B. (2006), que irei orientar a minha pesquisa, adoptando para
isso e com base em Damásio, (2003) conceitos como o de Corpo e Soma, para distinguir o
organismo na sua globalidade, daquilo que este autor refere ser, o corpo – propriamente – dito.
A Plasticidade Cerebral é ainda, uma temática relativamente recente, mas que tem nos
últimos anos verificado evoluções muito significativas, isto apesar de já na década de 60 se
terem realizado estudos neste domínio, como salienta Chollet, F. (2007). Segundo este autor, a
Plasticidade Cerebral pode definir-se como sendo a capacidade que o cérebro apresenta para se
reorganizar e se reconfigurar. Changeux, J.P. (2007) salienta que a Plasticidade Cerebral é
determinante para a Antropodiversidade, uma característica da espécie, que tem os seus
reflexos no Jogo, pois também o Jogo, se caracteriza pela Pluralidade (Bento, 2004).
Importa salientar, que para a realização deste trabalho, terei em consideração que a
inteligência, não é algo que se encontra restringido ao cérebro, mas sim uma qualidade que se
expressa no Corpo (Sheldrak, 2004). É com base nestas ideias, que nos remetem para um
Corpo pensante, que procurarei fundamentar, a adopção de um conceito como, “Cerebralização
do Corpo”.
Outro conceito que pretendo adoptar neste trabalho é, o de Somatização do Jogo, no sentido
de explicitar as possibilidades do Corpo se submeter a um processo de Aculturação e de
Adaptabilidade. A adopção deste conceito, terá por base, fundamentalmente a hipótese de
marcadores somáticos, apresentada por Damásio, (2003), e cuja aplicação ao Futebol foi já
efectuada (Oliveira, 2004; Gaiteiro, 2006). Além deste conceito é ainda minha intenção referir-me

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aos mecanismos de habituação, também já abordados no Futebol (Carvalhal, 2002; Resende,
2002), e às noções de mapas, circuitos e imagens mentais (Damásio, 2003; Nava, 2003).

8. Definição do Quadro Metodológico:


A elaboração do presente trabalho, não se poderá dividir em diferentes fases como
convencionalmente se faz, neste tipo de dissertações.
Consciente das limitações, inerentes à realização de um trabalho neste âmbito, decidi
efectuar uma abordagem diferente, menos empírica, em torno desta temática. Deste modo,
procurarei realizar uma dissertação, com uma estrutura global, que consistirá numa revisão de
literatura em torno da problemática a abordar. Quando refiro que se trata de uma revisão de
literatura, entendo-a como isso mesmo, ou seja, não pretendo me limitar a descrever o que já se
encontra feito, mas sim a acompanhar tais descrições com as respectivas reflexões e
extrapolações para a nossa realidade. Trata-se deste modo, de um trabalho em que a revisão, a
discussão e as conclusões se farão de forma paralela, daí que considere que esta abordagem
metodológica vá de encontro ao lema; “o caminho se faz ao caminhar” (António Machado, 1917).
O cariz deste trabalho será, o de uma exposição escrita do tipo argumentativo e
especulativo, o que em meu entender, não torna o trabalho menos credível, nem pertinente pelo
contrário, como tentarei provar. “O que é especulativo hoje pode bem ser senso comum
amanhã!” (Goertzel, B., 2004).
Para a pesquisa bibliográfica, será seleccionada a informação disponível, que mais se
enquadra com o tema em questão. Neste trabalho, não enveredarei pelo “materialismo científico”
(Dalai-Lama 2006), ou cepticismo científico, segundo os quais apenas aquelas fontes, que
apresentam cunho científico são pertinentes para o entendimento da realidade. Deste modo,
será minha intenção sempre que tal se justificar, recorrer ainda que uma forma cuidada e
fundamentada, a relatos efectuados por pessoas que assumiram lugar de destaque no Futebol
Mundial, assim como a outros relatos, que considere pertinentes e que de modo empírico nos
podem, acerca deste fenómeno tão complexo transmitir, ensinamentos que sendo devidamente
interpretados, pela Ciência, nos permitirão um conhecimento mais aprofundado do Jogo.
Este trabalho terá contudo, uma componente prática, que consistirá, na realização de
entrevistas semi – directivas, com base na análise de conteúdo, feita na revisão de literatura,
sendo estas efectuadas, a alguns Professores da FADE-UP, que considero poderem contribuir
significativamente para este trabalho. Estas entrevistas, terão por base um conjunto de questões
guia, mas abertas, possibilitando que os entrevistados expressem os seus pontos de vista de

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forma clara e aprofundada. Estas entrevistas serão, com a devida e prévia autorização gravadas,
e posteriormente transcritas para papel, também com a devida autorização dos entrevistados.
Ainda a nível prático, este trabalho englobará, uma série de análises efectuadas, a meios
audiovisuais, em que alguns dos intervenientes se pronunciam sobre as temáticas abordadas,
sendo o teor das suas declarações, devidamente analisado e aproveitado para o trabalho.
Note-se, que a análise de conteúdo da componente prática do trabalho, servirá, de
complemento à parte teórica do mesmo, ou seja, permitindo corroborar ou contrapor, o que se
encontra referido pela literatura.

9. Calendarização das Tarefas:


 26 de Novembro de 2007 – Entrega do projecto de investigação;
 De Novembro a Março de 2004 – Revisão da Literatura;
 De Janeiro a Março de 2007 – Realização e tratamento das entrevistas;
 Abril de 2007 – Elaboração das considerações finais e sugestões para futuras
investigações;
 De Abril de 2007 em diante – Preparação da defesa da dissertação.

10. Bibliografia:
 Agostinho da Silva (2002). Conversas com AGOSTINHO DA SILVA - Victor Mendanha ,
Pregaminho.
 Amieiro, N. (2005). Defesa à Zona no Futbol. Um pretexto para reflectir sobre o
«jogar»... bem, ganhando!. Edição de Autor.
 Arsuaga, J. L. (2007). O COLAR DE NEANDERTAL – Em busca dos primeiros
pensadores. Gradiva.
 Bangsbo, J. (2002). FÚTBOL: Entreinamento de la Condicion Física en el Fútbol.
Barcelona, Editorial Paidotribo.
 Beckham, D. (2004). David Beckham: A MINHA HISTÓRIA. Prime Books – Sociedade,
Lda.
 Bento, J. (2004). Desporto - Discurso e Substância. Porto, Campo das Letras.
 Capra, F. (1996). A TEIA DA VIDA - Uma nova conçepção Científica dos Sistemas
Vivos. São Paulo, Editora Cultrix.
 Capra, F. (2005). O PONTO DE MUTAÇÃO – A Ciência, a Sociedade e a Cultura
emergente. São Paulo, Editora Cultrix.

11
 Carvalhal, C. (2002). No treino de futebol de Rendimento Superior. A Recuperação é...
muitíssimo mais que "recuperar". Braga, Liminho, Indústrias Gráficas Lda.
 Changeux, J. – P. (2002). A VERDADE E O CÉREBRO – O HOMEM DE VERDADE.
Instituto Piaget.
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 Costa, A. (1997). À VOLTA DOS ESTÁDIO: O Desporto, o Homem e a Sociedade.
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FADEUP: 37 – 72.
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 Cunha e Silva, P. (1993). Força: Um Conceito Ambíguo na Modernidade Plástica. A
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12
Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade do Porto e Câmara
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 Cyrulnik, B. (2006). L'âme et le corps enfin réconciliés. Sciences: 170-174.
 Dalai-Lama (2006). O UNIVERSO NUM ÁTOMO - A convergência entre a Ciência e
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