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Segundo o filósofo Sócrates, "Uma vida não refletida não vale a pena ser vivida".

Trazendo essa reflexão para o contexto do século XXI, é necessário refletir sobre
todas as barreiras que impedem o progresso da nação. Uma dessa barreiras é a fome,
dado que, de acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), em
2017, o Brasil voltou a integrar o mapa da fome, tendo em vista que mais de 5% dos
cidadãos estavam em estado de vulnerabilidade. Isso se deve a ausência de projetos
de desconcentração fundiária e aos impactos das mudanças climáticas.

Outrossim, é importante analisar a série "3%". Nela, a população sobrevivente


convive com a fome, a sede e com a falta de outros recursos essenciais. Não
diferente da ficção, conforme outro relatório da Organização das Nações Unidas
(ONU), publicado em 2018, 11% da população mundial vive em situação desumana. Isso,
é em razão da concentração fundiária, tendo em vista que, consoante ao Censo
Agropecuário de 2019, 77% das terras agrícolas são para abastecer o mercado
externo. Isto significa, que a fome não acontece por falta de alimento, mas sim
pela distribuição desigual de terras destinadas para suprir o mercado interno.
Logo, é fundamental o avanço da reforma agrária, de modo à tornar o alimento um
recurso disponível para todas as classes sociais.

Ademais, as mudanças climáticas vão refletir diretamente nesse problema social,


dado que um dos fenômenos climáticos que desaceleram a erradicação da fome é o El
Ninõ. Ele aquece de forma anormal as águas dos oceanos. Em virtude disso, essas
alterações interferem no clima de vários locais. À vista disso, o El Ninõ provoca
longos períodos de seca e o aumento das chuvas ou seja, essas alterações
metereológicas prejudicam a agricultura e a pecuária, posto que elas causam
inundações e destroem plantações. Por conseguinte, essas terras agrícolas se tornam
improdutivas, e como resultado não conseguem produzir recursos alimentícios. Diante
disso, é imprescindível criar medidas para acelerar essa erradicação.

Portanto, ações devem ser feitas para cessar a fome. O Ministério da Agricultura,
Pecuária e abastecimento (MAPA), através de um projeto de lei entregue à Câmara dos
Deputados, deve agilizar o processo de reforma agrária, com a finalidade de
utilizar os latifundiários improdutivos parar fornir o mercado interno. Nele, com a
ajuda do Movimento dos Sem Terra (MST), o Ministério irá desapropriar grandes lotes
de terra sem uso e irá subsidiar a agricultura familiar nesses espaços. Espera-se,
por meio dessa intervenção, tornar o Brasil um país que não possua barreiras que
impeçam o progresso da nação.

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