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MODELOS DE COMUNICAÇÃ

Teoria da Comunica
Professora: DRa. Claudia Nan
Jornalismo e Publicidade e P
Nossa aula de hoje

1 Veremos os modelos de comunicação


(alguns nós já vimos e vamos revisar outros são novidade)

2 Nas últimas aulas trabalhamos com várias teorias


pertencentes à Escola Norte Americana de
comunicação. Sobre cada uma delas pontue as
principais características, indique as principais
críticas (se houver) e se há alguma relação com
algum dos modelos de comunicação vistos hoje.
Entrega via AVA
Modelo de base
linear
- a comunicação surge como a
transmissão de uma mensagem ou
um conjunto de mensagens entre
um emissor e um receptor, cujas
funções estão dissociadas;

- essa transmissão ocorre num


único sentido, ou seja, do emissor
para o receptor. Daí que estes
modelos são considerados
lineares.
Modelo linear de Lasswell

• Proposto por Harold Lasswell em 1948


• Um ato de comunicação pode ser descrito se for possível
responder de forma apropriada às seguintes questões:

• a) Quem?
b) Diz o quê?
c) Através de que meio?
d) A quem?
e) Com que efeito?
Esse paradigma que explica o fenômeno do processo
comunicativo.
Modelo linear de Lasswell
• “Toda a tradição de pesquisa em Comunicação se
organizou a partir dessas perguntas. O paradigma
lasswelliano não só disse respeito à organização da
nossa tradição de pesquisa, ele também explicava de
maneira simples o processo de comunicação” (SOUZA;
VARÃO, 2009, p.5,
• (a) o estudo dos emissores e “ a análise do controlo
sobre o que é difundido”;
(b) o estudo do conteúdo das mensagens;
(c) a análise dos meios ou canais;
(d) o estudo dos receptores/ audiência;
(e) a análise dos efeitos da mensagem nos receptores.
CRÍTICAS
• As principais críticas são:
• Lasswell considera a passividade do receptor em relação ao
emissor, único capaz de provocar estímulos e consciente
dos estímulos que quer provocar no receptor. Isso mostra
que os papéis do emissor e do receptor eram distintos e
separados (o processo tem começo e fim).
• Nesse sentido, pode-se afirmar que desconsidera o
feedback. Outra crítica é a compartimentalização, ou seja,
segmenta em diferentes elementos aquilo que um todo no
processo de comunicação. É também um modelo que
pressupõe que é possível observar ou medir no receptor os
efeitos da comunicação (o que não ocorre).
Modelo linear de Shannon e Weaver

Claude Shannon propôs uma teoria


sobre o ato comunicativo que veio
complementar a primeira. Shannon
tentava assim “medir cientificamente
a informação” (Freixo, 2006: 342).

Emissor

Receptor
• Componentes desse modelo:
• Fonte (de informação) – produz
mensagem;
• Codificador – transforma a
mensagem em sinais para torná-la
transmissível
• Canal – meio utilizado para
transportar sinais;
• Decodificador – que reconstrói a
mensagem a partir dos sinais
• Outro aspecto do processo
comunicacional, o ruído.
• Tecnicamente, é ele que
afeta a qualidade do sinal.
• Torna-se ruído da
comunicação tudo aquilo
que possa atrapalhar o
entendimento da informação
a ser transmitida.
• 1) Problemas técnicos, ligados à precisão da
transmissão dos sinais;
• 2) Problemas semânticos, ligados à precisão
do significado pretendido para a mensagem;
3) Problemas de eficácia, ligados à forma
como o significado recebido influencia o
comportamento do destinatário”.
MODELO DE COMUNICAÇÃO
LAZARSFELD

• como pesquisador de tendência funcionalista pressupõe


que haja integração para o equilíbrio da sociedade
• Para ele o público é capaz de fazer suas próprias
escolhas. Ele fala de exposição seletiva e, sendo assim, a
influência da mídia estaria no sentido de confirmar uma
opinião e não de mudá-la.
MODELO DE COMUNICAÇÃO LAZARSFELD

Para o autor as mídias poderiam “realizar


modificações mínimas ou leves reorientações das
concepções existentes” (PENA, 2005, p. 40)

• Two-Steps of Communication: transmissão da


mensagem da mídia para a audiência não é feita de
maneira direta.
• É feita em dois estágios: 1. Informação chega às pessoas
mais bem informadas e que inspiram confiança (‘líderes
de opinião’) e depois chegaria ao público. Conceito
conhecido como ‘teoria dos efeitos limitados’.
Modelo de base
cibernética
• Diferente dos lineares consideraram
o ato comunicativo não como um
processo de transmissão de
mensagens num único sentido, mas
em que existe verdadeira interação
entre emissor e receptor, em que o
último também se torna emissor ao
reagir à mensagem (retroação ou
feedback).
• Norbert Wiener é o principal autor e
ele entendia a comunicação não só
como um processo entre os homens
mas também entre homens e
máquinas e entre máquinas e
máquinas.

Por volta de 1970, Schramm passa a levar em consideração a relevância do
feedback, no ato comunicativo.
• Diferente do modelo linear há relação de interdependência entre receptor e
emissor
• Assim na comunicação não se verifica um monólogo, mas sim um diálogo. Com o
receptor reagindo a uma mensagem e tornando-se emissor.

• O emissor também adapta o conteúdo da sua mensagem de acordo com o feedback


que vai recebendo do seu interlocutor, mesmo que se trate apenas de uma simples
expressão facial.
• Este modelo não se revela
assim tão útil quando aplicado
em situações de comunicação
onde o feedback é reduzido ou
inexistente, onde o emissor não
se encontra em situação face-a-
face com o seu receptor.
• Mais tarde, Schramm modificou
o seu modelo de forma a que
se pudesse adaptar a situações
de comunicação de massas.
Schramm e as diferenças dos
modelos anteriores
Em sua concepção para a Fonte ou comunicador codifica a
comunicação de massa mensagem e transmite ao
Schramm apresenta três destino ou receptor. Estes dois
elementos básicos: fonte, pontos estão inseridos em
mensagem e destino. “campos de experiência”.

“Campos de experiência” = “é o conjunto de princípios, conceitos e


aprendizados adquiridos através das experiências vividas no cotidiano. O
‘campo de experiência’ sofre grande influência do contexto social,
cultural e até mesmo econômico do indivíduo, abrangendo aspectos
como a estrutura da família e do governo, a atribuição de papéis e as
normas do sistema vivido, a língua e os conceitos aceitos. O ‘campo de
experiências’ é essencial para definir os interesses e as reações ao que é
dito” (PENA, 2005, p. 62)
Descodificador/Intérprete/Codificador – mensagem – Descodificador/Intérprete/Codificador
mensagem
Schramm também fala de
receptores intermediários que são
aqueles que tomam a decisão de
recepção e retransmissão da
informação recebida.

Na comunicação interpessoal Nos veículos de


todos os participantes (menos o comunicação são
primeiro) têm essa função pois considerados os
todos podem escolher de que gatekeepers, pois eles têm
maneira repassar aquela o controle do fluxo de
informação. informação.
Meios de comunicação eram essencial
para o desenvolvimento socioeconômico
da nação.
Schramm e a Para o autor “a função da comunicação é
comunicação de massa ampliar as expectativas da sociedade, de
tal forma que a modernização e o
aumento da economia se torne um
desejo nacional” (PENA, 2005, p. 64)
MODELO TRIANGULAR -
NEWCOMB

• Em 1953 Newcomb,
apresentou seu modelo de
comunicação. Este modelo
possui uma forma
triangular.
• introduziu pela primeira
vez, o papel da
comunicação numa
sociedade, num grupo ou
numa relação social.
Este sistema relacional tende para o
equilíbrio.
X

A B

A e B, emissor e receptor, relacionam-se


com entidades externas (X).

A comunicação é vista como o agente capaz


de providenciar equilíbrio ao sistema social.
• Este modelo não se aplica em todo ato
comunicativo pois:
• • A comunicação desenvolvida entre A e B é
interpessoal;
• • A e B se encontram em associação
continuada;
• • Um dos interlocutores desencadeia
intencionalmente a comunicação e obtém
feedback do outro.
ATIVIDADE
• Nas últimas aulas trabalhamos com várias teorias
pertencentes à Escola Norte Americana de
comunicação. Sobre cada uma delas (escolha ao
menos três) pontue as principais características,
indique as principais críticas (se houver) e se há
alguma relação com algum dos modelos de
comunicação vistos hoje. Entrega via AVA ou em
papel (para quem estiver presencial)

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