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Breve reflexão sobre os atentados em Cabo Delgado

Ultimamente um dos assuntos que corre a comunicação social, são os ataques


terroristas acontecidos em Cabo Delgado, ou seja, Moçambique, reivindicados pelo DAESH.

Todavia este desastre já estava a ser pressagiado há algum tempo, note-se que este foi
os mais violentos dos que já aconteceram anteriormente, no entanto, já havia registo de
ataques anteriores, claro que não nesta escala. Isto só mostra a incompetência do governo
moçambicano face a assuntos sociais de cariz importante, tendo em vista unicamente os
assuntos económicos que tenta assegurar ao máximo, dado que sejamos honestos em regimes
que já vigoram há mais de trinta anos é muito mais interessante encher o bolso do que cuidar
da população.

Além destas atrocidades, é importante sublinhar a deficiência militar das forças


armadas moçambicanas, tais forças que podiam carecer de vastos apoios do governo
português em termos de ensinamentos técnicos militares, isto é, na formação e treinamento
destas forças, obviamente que até isto dar frutos levaria tempo, contudo como o ditado
popular afirma o que conta é a intenção. Porém nem isso é o mais bizarro, já que as nações
unidas já comunicaram que se fosse de acordo o estado moçambicano poderiam intervir para
ajudar a conter o problema, mas obviamente a resposta moçambicana foi não proferindo que
em terras moçambicanas os assuntos são resolvidos por gente moçambicana.

Soa nesta frase um longínquo rancor a um passado colonizado, ou a um ato de


rebeldia e de impetuosidade juvenil, ou francamente a algo só estupido, porém, o alto governo
moçambicano teve outra das suas ideias brilhantes contratar mercenários, nomeadamente
uma empresa russa, que acabou por bombardear a cidade acabando por matar
indiscriminadamente civis, jihadistas, sobretudo pessoas inocentes.

A corrupção também não ajuda o país, uma vez que o tráfico de madeiras, rubis,
armas, drogas é tudo ilibado pelo estado que infelizmente presta vassalagem a esta grande
mão criminosa, tudo isto acontece nas fronteiras com o Tanzânia e onde também os jihadistas
se abastecem regularmente os seus stocks. Estas trocas de influências, além de todos os
negócios esperados que se iriam realizar nomeadamente do gás criam uma grande nuvem de
interesses que abafam por completo o estado moçambicano colocando-o em segundo plano,
não, até diria mesmo nos bastidores.

Em suma, é importante resolver este assunto o mais rápido possível, na minha opinião
deveria cortar o mal pela raiz, ou seja, deixar os preconceitos e os interesses ao lado e agir,
pedir ajuda e acabar com este grave problema que já matou várias pessoas, feriu muitas mais,
incluindo um português e meteu várias populações de aldeias na rua.

Francisco Antunes 06-4-2021

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