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Três breves considerações sobre o Sofagate

Na semana que decorreu observamos a um acontecimento de todo bizarro, isto é, o


incidente diplomático apelidado de “sofagate”.

No decorrer da visita da presidente da Comissão Europeia e do presidente do Conselho


Europeu ao líder turco Recep Erdogan, no lugar onde se agendou a reunião havia só duas
cadeiras, onde se sentaram os homens, o que levou Ursula von der Leyen, a única mulher
presente na sala, a sentar-se forçosamente no sofá. Além disto, a postura que teve o
presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, a espreguiçar-se na cadeira levantou sérias
críticas pela opinião pública de sexismo, note-se que na altura em que vivemos onde a questão
da igualdade de género ainda é um dos temas muito discutido no quotidiano das populações.

O mais vergonhoso, na minha opinião, foi a posição adotada pelo presidente do


Conselho Europeu, aliás não sei como é que esta evidente falta de cavalheirismo não suscitou
um burburinho dentro da União Europeia. Face a este episódio de todo bizarro temos a
possibilidade de um acórdão entre a UE e a Turquia, tornando do se assim o vigésimo oitavo
estado membro da UE. Sem dúvida que seria um poderoso aliado estratégico para ter dentro
da União, não só pela sua localização geográfica, fazendo-se de intermédio do ocidente com o
médio oriente, mas também pela sua importância geopolítica, nomeadamente do controlo do
Irão. Note-se que há muito pouco tempo a China assinou acordos com o Irão sobre
investimento estrangeiro, ou seja, a China cede-lhes infraestruturas, capital, tecnologia e desta
forma o Irão desenvolve-se e inovasse em troca de influência diplomática face ao ocidente.

De certa maneira, o Irão torna-se um fantoche da China alargando assim o poder


diplomático do grande país socialista com características chinesas, terra natal do Maoísmo, da
perseguição, da coletividade, da opressão, do utópico, da desgraça. Tome-se como exemplo de
que o comunismo não funciona e não passa de uma ilusão juvenil de um desejo de algo único e
perfeito, bem tentaram na China, bem tentaram na Rússia, bem tentaram em Cuba e não
resultou, claramente que não foi só nestes países, mas na minha opinião, foi onde este
movimento foi mais difundido.

Em suma, deve-se analisar outra vez este incidente diplomático denominado de


Sofagate, para punir ou não o presidente do Conselho Europeu, devido aos seus atos sexistas e
machistas.

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