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é necessário conhecer a origem das ideias: tem na virtualidade a grande figura –, passa
inoculadas pelo Real, o grande produtor de a usar a violência como forma sintomática
sentido que se esconde atrás dos produtos. de recuperação de sentido. Não se podem
Só temos acesso ao Real por meio da rea- mais fazer afirmações, não há confiança nos
lidade, ou seja, por meio de diversas rela- fatos, não há verdade irrefutável, e o saber, o
ções – relações que, vistas na interioridade simples saber, foi desautorizado pelas ciên-
do sujeito psíquico, são denominadas iden- cias. Incertezas se dissipam pelo mundo.
tidade e, quando observadas no mundo, são Herrmann observou o agravamento da crise
nomeadas realidade. da realidade a partir dos anos 80. Propôs,
Herrmann define o que significa quoti- então, que a perda de substância do homem
diano: é o campo geral das relações, o lugar e do mundo, na qual a experiência é substi-
em que o Real se transforma em realidade. tuída pela informação e a tecnologia toma
O psicanalista, por meio da imersão sim- o lugar das relações, nos levará a funcionar
pática em seu objeto, o reino dos sentidos, sob a égide do regime do atentado. É assim
pode investigar dado fenômeno da cultura que a ação toma o lugar do pensamento.
ou da realidade social. O crescente número de atentados seria a
Na perspectiva campista, homem e expressão do sintoma da perda de substância
mundo não se antagonizam, identidade e do homem e do mundo? Essa forma passaria
realidade se cruzam e se combinam. Herr- então a impregnar desde políticas econô-
mann concentrou-se em fatos históricos micas até o comércio de produtos infantis.
recentes e em movimentos sociais, mas tam- Adolescentes em busca de um atestado de
bém analisou a tecnologia e as dietas. De existência “causam”, adultos “chocam”,
cada tema extraiu conceitos inovadores para imagens são espetaculares, e tudo se torna
o pensamento psicanalítico – fazer como excessivo e bombástico. O efeito do terror
Freud fez foi a inspiração. Ao tratar de pro- e dos inúmeros atentados que açoitam o
cesso de familiarização, sistema autoritário mundo é uma manifestação da vã tentativa
e sociedade da informação, toma o ato puro de recuperar potência e sentido, esmagados
como regime de ação do homem e da cultura pela excessiva leveza, abstração incorpórea,
pós-moderna: salto visionário, que merece do mundo atual. E, como todo sintoma,
maior exploração da parte dos psicanalistas mais agrava o mal do que o cura.
e estudiosos da cultura, pois ideias reverbe- A compreensão das novas patologias
ram, alicerçam outras ideias, e são formas de pela Teoria dos Campos pertence a essa
conhecimento. E então o homem, diante vertente que decidiu por não distinguir His-
do crescente afastamento da experiência, tória de história pessoal, problematizando,
desde a era industrial, com a consolidação por exemplo, a relação entre psicogênese
da sociedade regida pela informação – que infantil e a cultura.
Os lugares distantes e as culturas exóti-
cas (para fazer como o mestre, Freud, fez)
atraíram o pensamento e a imaginação de
Herrmann; suas viagens se casaram com também que se saiba algo vindo de luga-
a psicanálise, delas nasceram conceitos res distantes do nosso e de nós.
analíticos relacionados à particular visão Por isso a literatura/ficção torna-se o aná-
antiturística. No livro O divã a passeio logo da psicanálise, lugar ou campo imagi-
(Herrmann, 1992/2001c), percebe-se que a nário para o qual o analista se retira com o
psicanálise penetra em territórios exóticos propósito de construir teorias, prototeorias,
e se torna mais criativa; ela é o viajante, pequenas ou grandes narrativas. Da mesma
a viagem e o território a ser descoberto. forma, ao se entregarem ao processo ana-
Bion pretendeu a psicanálise apta a tratar lítico, os pacientes possibilitam o apareci-
dos mais difíceis pacientes e atingir a mais mento de sentidos.
recôndita loucura; Herrmann pensou a psi- É provável que Herrmann tenha partido
canálise como capaz de penetrar as entra- da noção de que a matemática é o análogo
nhas do Real, destacar suas substâncias e da física e que as demonstrações matemáti-
promover sua cura. cas conferem verdade à física. Se a ficção é
o análogo da psicanálise, a forma como se
constroem os conhecimentos em psicaná-
5. Literatura/Literacura: o análogo lise é análoga à forma como se faz ficção.
Ficção se faz por criação de linguagem e
As ideias de Herrmann funcionam como ideias, pelo nascimento de sentidos; é inter-
um jogo de encaixe. Se aceita a voca- pretação do homem e do mundo; esforço
ção interpretativa da psicanálise, que nos da pena a abrir novos universos. Mais uma
brinda com uma estranha ciência que tem vez, a imagem do explorador se associa ao
como objetivo partejar sentidos, imediata- trabalho de Herrmann.
mente encontra-se a literatura, que mesmo A psicanálise é ciência interpretativa.
não sendo ciência é saber sobre homem e O lugar em que os conhecimentos são
mundo. Octavio Paz (1956/2013) dizia que produzidos assemelha-se ao lugar ocu-
cada tempo histórico, cultura e homem pado pela literatura de ficção. Como os
tiveram gênero literário próprio. Cada escritores, nós, os psicanalistas, não busca-
homem/tempo histórico criou sua forma mos fatos: procura-se criar a oportunidade
de narrar. Não há sociedade sem narrativa, para que os sentidos agraciem as realida-
e portanto as narrativas, ou seja, os gêne- des; para expor, contar, narrar e descre-
ros produzidos em determinado momento, ver o homem, os homens e seus mundos.
revelam sobre o que é narrado e sobre Os sentidos emergem pelo trabalho ana-
como se narra: vidas, costumes, sofrimen- lítico e são interpretações que surgem do
tos, anseios, amores, estrutura social etc. paciente ou da realidade. Por isso a seme-
A literatura oferece a oportunidade de vis- lhança com a literatura de ficção, que faz
lumbrar tempos diversos e distantes; ilu-
mina os campos de produção das obras,
relativos e subjacentes a elas; permite
que irritadas, chegam a produzir incerte- torna nítida no interior de sofisticada e difí-
zas e dúvidas obcecadas. Quando o limite cil maneira de pensar.
da suspeita é ultrapassado, observa-se o O livro da crença (assim foi chamado) é
colapso da crença. O eu torna-se bizarro, um grande desafio para quem se dedica aos
atravessado pelo mundo, observado por estudos de psicanálise, pois coloca o ana-
antenas, manipulado por forças oriundas lista na posição de trabalhar apenas com
do universo distante, e denuncia que os representações e abalos na força que as sus-
delírios de influência são mais verdadei- tenta, sem atribuir valor ou hierarquia. Per-
ros do que se suporta imaginar, são o avesso mite iluminar e legitimar a parte da clínica
da rotina que pretende separar e ordenar que resiste a se encaixar em qualquer teoria
cada elemento do mundo e do homem conhecida. Se a psicanálise tem como voca-
para assegurar que mundo interno é dife- ção recolher os restos e dar voz aos proscri-
rente e separado de mundo externo – ter- tos, a Teoria dos Campos veio recuperar a
minologia freudiana muito explorada pelos vitalidade perdida pela saturação do pen-
analistas da SBPSP (Sociedade Brasileira de samento clínico. Derrubou qualquer ves-
Psicanálise de São Paulo) durante os anos tígio do método positivista, instrumentos e
de formação de Fabio Herrmann. processos. Ao depurar o método, encontrou
Reunir mundo interno e mundo externo, na crença uma formulação sólida para a
borrar a distinção, foi apenas uma das con- abordagem do problema epistemológico
sequências, talvez a menor, que o estudo da da psicanálise. Redefiniu, por meio desse
crença agregou à psicanálise. A mais impac- conceito, a legitimidade das teorias psica-
tante consequência desse livro (Herrmann, nalíticas, ao problematizar a forma como
2006) é a mudança estrutural desenhada, se opera a aquisição de conhecimento em
pois é correto afirmar que a crença é um tra- psicanálise. Afirmou que o que pode ser
balho de metapsicologia a partir do método. adquirido são os procedimentos e meca-
Modelo especial e novo de metapsicologia, nismos interpretativos, tal como se acu-
com desdobramentos clínicos e teóricos mulam os procedimentos e mecanismos
importantes. Ao se tratar de representação narrativos (ou os manejos da língua pró-
e crença, penetra-se em um campo teórico, prios à poesia). As teorias psicanalíticas, de
aparentemente, mais próximo do filosófico forma equivocada, têm se igualado mais
ou artístico do que do propriamente psica- aos resultados dos procedimentos inter-
nalítico. Quando se formula o mundo e a pretativos, quando deveriam centrar-se na
clínica pelo referencial da crença, abre-se maneira, nos mecanismos e procedimen-
mão de teorias consagradas, como aparelho tos que promovem o nascer desses sentidos.
psíquico, mente e psiquismo. A ruptura com Essa confusão é típica das jovens ciências.
qualquer traço positivista da psicanálise se Freud (1915/2010b) já havia imaginado essa
possibilidade ao constatar dificuldades das
ciências iniciantes em obter categorias cla-
ras e critérios rigorosos de ordenação.
O estudo da crença lançou as bases meta- Lacan ou Bion, que também reescreve-
psicológicas para a contundente e necessá- ram toda a psicanálise à luz das correntes
ria crítica ao movimento de produção de filosóficas que lhes interessaram. O pen-
teorias vigente na psicanálise. Herrmann, samento de Fabio Herrmann é antropofá-
com tal base epistemológica, criou no pre- gico: nutre-se de inúmeras influências da
sente o futuro da psicanálise, não apenas ao psicanálise, filosofia, literatura e ciências
realizar a vocação de ciência dos sentidos humanas, embora quase nenhuma esteja
humanos, mas principalmente ao conferir citada em seus escritos. O resultado dessa
à jovem ciência depuração epistêmica. travessia é uma obra singular, radical e,
A Teoria dos Campos é pensamento ori- por vezes, hermética. As novas gerações
ginal produzido no Brasil. Não é menor devem apreciar as contribuições e, princi-
nem menos importante que o pensamento palmente, manter o espírito crítico contido
psicanalítico de autores estrangeiros como nesse pensamento.
Nota
1 A questão era entender como análises orientadas pelas
mais diversas escolas psicanalíticas funcionavam, o
que havia de comum.
El legado de Fabio Herrmann: Teoría de los The legacy of Fabio Herrmann: Theory of Fields, an
Campos, un pensamiento original original thinking
Algunos puntos importantes de la Teoría de los The author comments on some relevant points
Campos (método, ruptura de campo, inconsciente, of the Theory of Fields (method, rupture of field,
técnica, psicoanálisis de lo cotidiano, literacura unconscious, techniques, everyday psychoanalysis,
y creencia) son comentados con la intención de literacure, and belief). The author’s purpose is to
realizar un breve estudio crítico, con el objetivo briefly develop a critical study in order to place the
de situarla junto a las más importantes teorías Theory of Fields among the most important theories of
del psicoanálisis. Se concluye que existe más que psychoanalysis. According to the author’s conclusions,
originalidad en esta forma de pensar, existe esfuerzo this theory goes beyond originality. In this way of
de depuración epistémica con el sentido de llevar el thinking, there is an effort of epistemic depuration in
psicoanálisis a cumplir su vocación: tener conciencia order to enable psychoanalysis to fulfill its calling: to
general de los sentidos humanos. become the general science of human senses.
Palabras clave: epistemología; Teoría de los Campos; Keywords: epistemology; Theory of Fields; method;
método; ruptura de campo; psicoanálisis de lo rupture of field; everyday psychoanalysis; literacure;
cotidiano; literacura; creencia. belief.
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Herrmann, F. (2004). Introdução à Teoria dos Campos (2a Companhia das Letras. (Trabalho original publicado
ed.) São Paulo: Casa do Psicólogo. em 1973)
Roteiro de leitura para a obra Fabio o faz pelos grandes temas psicana-
de Fabio Herrmann líticos elencados por Freud, introduzindo
o leitor pelas veredas do pensamento que
Leda Herrmann
criara e vinha trabalhando. Por isso o sub-
título “para iniciantes ou não…”. Nessa
Tarefa desafiadora a que me foi proposta
última edição, por um azar, foi suprimido
por Luciana Saddi e pela editoria da Revista
o primeiro capítulo, “Duas palavras”, em
Brasileira de Psicanálise. A obra escrita de
que Fabio explicita o porquê da linguagem
Fabio é grande – não se resume aos dez
coloquial, em que “o estilo é o de uma
livros publicados: espalha-se pela centena
história contada a um menino, embora o
de artigos de revistas, jornais e coletâneas.
conteúdo nem tanto” (1999, pp. 7-8), e a
Fabio escreveu muito nos seus 61 anos de
revisão que a edição fazia ao texto de 83.
vida (1944-2006). Nesses escritos, esteve
“Duas palavras” apresentava um caminho
sempre presente o pensamento psicanalí-
para a leitura desse pequeno livro e aqui,
tico que criou, original e crítico-heurístico,
neste roteiro, o livro está indicado como
como o defini em meu livro Andaimes do
um caminho de apresentação da obra de
Real: a construção de um pensamento.
Fabio.
A solução a que cheguei foi seguir a
A segunda estação de nosso roteiro é o
linha de apresentação de Fabio como autor
livro Clínica psicanalítica: a arte da inter-
psicanalítico criada por Luciana em seu
pretação (2003, Casa do Psicólogo, 3.ª ed.).
artigo. Ative-me a um roteiro pelos livros
Ele introduz a perspectiva metodológica da
ordenando-os por essa linha. Não incluí
criação dessa obra, tão bem explorada no
artigos, nem mesmo aqueles em que um
artigo de Luciana, e o faz através da discus-
importante aspecto do pensamento psica-
são sobre a clínica de nossos consultórios.
nalítico de Fabio aparece mais explicita-
Ele me parece indicado pela caracterís-
mente abordado que nos livros.
tica que apresenta de penetrar o pensa-
Para essa viagem psicanalítica por um
mento clínico psicanalítico pelo método
pensamento brasileiro original, recomendo
interpretativo.
a primeira parada no livro O que é Psicaná-
Na terceira parada indico as introduções
lise: para iniciantes ou não… Publicado em
dos livros Andaimes do Real: o método da
1983, fez parte da coleção Primeiros Passos
Psicanálise (2001, Casa do Psicólogo, 3.ª
da editora Brasiliense, e aí conheceu 12 edi-
ed., “Introdução”, pp. 13-36) e O divã a
ções sob o título O que é Psicanálise, tendo
passeio: à procura da Psicanálise onde não
sido adotado em vários cursos de psicologia
parece estar (2001, Casa do Psicólogo, 2.ª
pelo Brasil. Indico a edição revista de 1999,
ed., “Breve introdução à Teoria dos Cam-
que no ano passado teve, pela editora Blu-
pos”, pp. 9-72). Ambos os textos constituem
cher, sua 14.ª edição. Recomendo-o como
o início do percurso deste roteiro porque,
ao apresentar a Psicanálise ao iniciante,