Olá amigos da RCI, hoje nó s vamos conversar sobre uma situaçã o difícil que ocorre
em ambientes de UTI: o comportamento da família do paciente.
No ambiente médico, costumamos dizer que sempre temos 2 pacientes, o paciente em si, e a família. Isto porque o envolvimento familiar diante da doença é altamente diverso e depende muito do histó rico pessoal de cada um com o paciente. Na abordagem com a família sempre há a pessoa mais lú cida, e também aquela que tem maior dificuldade de lidar com a doença. Nas famílias muito grandes, surgem os problemas entre os familiares, que precisam ser administrados, pois o paciente, de alguma maneira, acaba sofrendo junto. A vida é algo natural, assim como o nascimento e a morte. Quando conseguimos lidar com naturalidade diante de um paciente familiar em fase terminal, mesmo dentro da condiçã o triste do luto, tudo flui melhor, e a passagem acaba acontecendo também de maneira mais natural. O problema surge quando nos culpamos por algo que fizemos no passado em relaçã o aquele ente querido, e as memó rias começam a surgir, atrapalhando muito a relaçã o família-médico-paciente. Se você já passou por isto, deve saber bem o que estou dizendo. Se ainda nã o passou, lembre-se: procure resolver tudo que você tiver para resolver com seus pais, irmã os, e familiares. Depois que eles vã o embora, viver na autoculpa é muito pior. Se isto é seu caso hoje, este sentimento deve ser eliminado o quanto antes. Uma boa terapia pode lhe ajudar. Todos erramos nã o é mesmo? Ficar exumando esqueletos a vida inteira, é nã o viver o presente. A passagem de um paciente é sempre um momento rico de reflexõ es para o médico e para a família que fica. Quanto mais harmonia neste momento, melhor, principalmente para o paciente.