Você está na página 1de 17

Desvendando a Mandala Astrológica

Um dos sistemas mais populares nas leituras de tarot, a


Mandala Astrológica é um método que serve tanto para
uma leitura geral do momento presente, quanto para uma
avaliação de prognósticos sobre o futuro. Sua imensa
flexibilidade e abrangência permite com que se possa
abarcar uma gama muito grande de temas de uma só vez, e
relacioná-los entre si! Há mais de uma década eu deixei de
utilizá-la como método de abertura para uma visão
panorâmica da vida dos clientes justamente por causa
dessa abrangência. Depois de abrir muitas frentes e avaliar
muitas coisas, eu ouvia sempre no fim de cada sessão:
“Tudo o que você falou está certo, mas eu vim saber
apenas disso...” Apontando para uma das casas que eu
havia interpretado! Por isso adotei com o tempo a leitura
da Cruz Celta, um sistema que revela mais objetivamente
a situação ou vivência (ou conjunto de situações ou
vivências) que motivam a consulta e que são perfeitamente
reconhecíveis ao cliente. Hoje eu utilizo a Mandala
Astrológica como um método de avaliação dos
prognósticos para um ciclo de desenvolvimento de um
ano, seja a virada do ano universal, ou o aniversário de
uma pessoa. Meu propósito com este artigo é o de
apresentar todas as possibilidades de exploração desse rico
sistema de leitura que pode ser lançado de duas maneiras:
Como uma Mandala simples de treze cartas, que pode ser
constituída de arcanos menores e maiores misturados, ou
apenas de arcanos maiores. As mandalas simples servem
bem para leituras gerais do momento presente. A outra
forma de se utilizar dessa sequência de leitura é
combinando as cartas dos arcanos maiores e menores
em pares, numa Mandala dupla.  Nesse caso os arcanos
maiores e menores são divididos em dois maços e
embaralhados separadamente. Retiram-se treze cartas
do maço dos arcanos maiores para compor a primeira
Mandala. Depois mais treze dos arcanos menores que
formará uma segunda Mandala sobre a que já foi
colocada na mesa, criando uma Mandala dupla com
duas cartas em cada posição. Esta forma serve melhor ao
lançamento de prognósticos! Na interpretação os arcanos
maiores representam os acontecimentos, e os arcanos
menores como esses acontecimentos se desenrolam, as
suas consequências no mundo prático, ou ainda apoios ou
posturas que assumimos diante deles. Agora vamos aos
detalhes:

A Décima Terceira Carta


São treze cartas porque a carta central representa o próprio
indivíduo no centro da Mandala.  Ela é colocada no final,
depois de as doze posições zodiacais já terem sido
preenchidas. E representa exatamente como
imaginamos uma pessoa no centro do sistema solar na
hora do seu nascimento, com todos os planetas girando
em seu redor. Essa carta apresentará a direção interior do
cliente ao longo do novo ciclo. Digamos que indicará o
estado de espírito que ele assumirá durante todo o novo
período. Os demais arcanos nas casas precedentes
revelarão o desenvolvimento dos outros setores.

O Significado das Casas:

Casa I - (Corresponde a Áries) – Representa a trajetória


da pessoa ao longo do novo ciclo, e o tema que funcionará
como um pano de fundo que permeará todos os
acontecimentos. A característica mais marcante da sua
jornada durante todo o período. No plano físico rege a
cabeça, e as funções neurológicas.

Casa II - (Corresponde a Touro) – O mundo das


finanças, dinheiro, bens... Mas também valores pessoais a
serem reforçados ou reavaliados ao longo da nova fase.
Rege também os dons e talentos naturais que trazemos de
modo potencial em nossa personalidade e que podem, ou
devem conforme cada caso, ser mais bem explorados. No
plano físico rege garganta, ouvidos e nariz.
Casa III - (Corresponde a Gêmeos) – As comunicação
com o meio ambiente, e também a relação com os parentes
mais próximos, como irmãos, tios, tias, sobrinhos etc, mas
também com os vizinhos. As viagens curtas, os boatos e as
notícias que chegam de modo casual se apresentam aqui.
No plano físico rege pulmões e os membros superiores,
braços e mãos.

Casa IV – (Corresponde a Câncer) – A relação com os


pais e a família ancestral, em especial a relação com a
mãe. Revela traços  e memórias da infância que ainda
podem se fazer presentes. A relação com a nossa casa no
aspecto emocional, tanto quanto no aspecto prático de
propriedade. No plano físico rege o estômago e as mamas.

Casa V - (Corresponde a Leão) – A criança dentro de


nós, ou uma criança real (Filhos). Criatividade,
autoexpressão, autoerotismo, prazer, lazer, formas e ou
locais de se divertir. Revela também os romances e as
aventuras sexuais. No plano físico rege o coração

Casa VI - (Corresponde a Virgem) – Esta casa mostra


como a pessoa vive sua rotina no dia a dia, e revela as
tendências para a saúde como um todo, bem como sono,
alimentação e tudo o que auxilia na prevenção ou no
surgimento de sintomas físicos. Rege também o modo
com que utilizamos dos dons e talentos naturais (ver casa
II), a relação com colaboradores ou empregados, e os
animais de estimação. No plano físico rege os intestinos,
os cuidados com o corpo e a higiene pessoal.
As constelações astrológicas como aparecem no céu.

Casa VII – (Corresponde a Libra) – Rege o casamento,


as sociedades e parcerias e tudo o que se refere ao outro.
As situações de litígio aqui se referem à relação com o
outro, seja pessoal ou de trabalho. Revela o que se espera
das pessoas e o modo do indivíduo de se relacionar, e
como ele busca a harmonia nas relações. No plano físico
rege os rins e as vias urinárias.

Casa VIII – (Corresponde a Escorpião) – A


sexualidade com o outro e as relações de cunho mais
profundo ou intenso. Por ser a casa da morte e do
renascimento ela nos mostra o que precisamos transformar
para evoluir. Revela tanto morte quanto perdas. As
sociedades secretas, a magia e o ocultismo como um todo
são seus elementos, bem como os sentimentos ocultos
sobre coisas ou pessoas são mostrados aqui. Heranças e
investimentos financeiros também estão sob sua égide. No
plano físico rege os órgãos sexuais, os ovários, os
testículos, e os órgãos excretores como ânus e reto.
Casa IX – (Corresponde a Sagitário) – Os sonhos e
metas pessoais, os ideais de vida, o modelo de vida que se
almeja no futuro. Ideais políticos, as motivações
espirituais ou religiosas (se houver). O ensino superior,
graduações de nível acadêmico ou espiritual. As viagens
longas e os assuntos relacionados ao estrangeiro, ou a
temas alienígenas como um todo (como a ufologia). A
justiça num sentido mais abrangente. Os litígios aqui se
referem a grandes corporações, instituições, ou o próprio
Estado. No plano físico rege as pernas e o fígado.

Casa X – (Corresponde a Capricórnio) – A carreira, o


trabalho no sentido de uma missão a ser cumprida. A
imagem que se passa para o mundo. A posição que se
ocupa, ou que nos colocamos, no trabalho e na sociedade.
A relação com chefes, líderes e a autoridade. Mostra a
relação com a figura do pai. No corpo físico rege os
joelhos, a coluna, os ossos, pele e dentes.

Casa XI – (Corresponde a Aquário) – Os amigos e os


grupos de afinidade. Locais onde se reúnem muitas
pessoas, como festas, agremiações, clubes, associações,
sindicatos, fraternidades, etc. Também é a casa dos
grandes Mestres, aquelas pessoas que nos estimulam ou
nos inspiram a uma grande reforma de vida. No corpo rege
tendões e ligamentos, e também o sistema circulatório.

Casa XII – (Corresponde a Peixes) – Esta é a casa do


desenvolvimento espiritual, da meditação e das
experiências místicas mais profundas. Como também da
caridade, do auxilio desinteressado ao próximo, da
compaixão e das ações de filantropia. Bem como dos
desafios kármicos, dos eventos que nos desafiam a crescer
enquanto indivíduos. Sendo assim simboliza os temas de
difícil acesso no novo ciclo. Rege também o isolamento,
quer seja ele voluntário como em retiros para repouso ou
meditação, quer seja ele forçado como em internações
hospitalares, ou uma parada simples para tratar da saúde.
Experiências que nos forçam a refletir e revisar a vida. No
corpo físico rege os pés e o sistema imunológico.

A roda zodiacal com os signos astrológicos,


base para a leitura da Mandala.

Para a interpretação posso sugerir algumas aberturas das


casas astrológicas, como um guia que você poderá seguir
quando estiver para ler os arcanos desse lançamento,
abrindo na sequência dos elementos ou na sequência
complementar como se segue:

Por Elementos:
Fogo – Casas I, V e IX – Representam a ação e o
direcionamento de vida de quem se consulta no novo ciclo
que se inicia. Mostra sua vitalidade e disposição para
buscar a mudança, o esclarecimento ou a evolução.

Terra – Casas II, VI e X – Essas casas revelam sua


ligação com o mundo prático das realizações e do cuidado
com o mundo material, trabalho, finanças, saúde. Bem
como o modo com que irá lidar com suas bases e realidade
na nova fase.

Ar – Casas III, VII, XI – Simbolizam a comunicação, as


relações, e também os projetos para o futuro, bem como os
aliados que conquistamos para realização de tais projetos.
Mostra também a interferência de terceiros nas realizações
pessoais.

Água – IV, VIII e XII – Essas são as casas dos


sentimentos mais profundos, e das memórias introjetadas
que poderão despontar no novo ciclo para serem mais bem
trabalhadas ou definitivamente curadas. Simbolizam tanto
a infância quanto vidas passadas.

Por Complementação:
Casas I e VII – O indivíduo e sua relação com os
outros, como fica? A ênfase do ano estará mais em si
mesmo ou mais na relação ou consideração sobre o outro?

Casas II e VIII – Os valores pessoais passam pela


necessidade de mudança e reavaliação interior ? Sobre
suas posses e a possibilidade de investir e transformar sua
realidade, ocorre?

Casas III e IX – A relação entre o meio ambiente


próximo e os ideais e objetivos mais elevados, como se
dá? Como se dá a busca pelo saber nesse ano?

Casas IV e X – Como se dará a relação entre a vida


pessoal familiar e a vida profissional? De que modo a vida
íntima interfere no cumprimento da missão de vida (ou o
contrário)?

Casas V e XI – Como a expressão do ser e de suas


necessidades afetará suas relações? Onde buscará, ou em
quem, espaço para sua essência se expressar?

Casas VI e XII – Como a rotina será afetada por


suas limitações e aprendizados de crescimento? De que
modo a saúde responderá aos seus desafios kármicos no
novo ciclo?
Caso não tenha intimidade ou identificação com a
astrologia, abra as cartas na sequência em que foram
dispostas na Mandala. Na hora de efetuar a leitura dos
arcanos toda a técnica sucumbe diante da revelação
intuitiva. Não é preciso de modo algum ser um expert em
astrologia para realizar de modo eficiente a interpretação
desse sistema. Tem que conhecer muito bem, isto sim, o
simbolismo do tarot e adequá-lo ao significado das casas
astrológicas que mais lhe pareçam pertinentes.

Tiragem astrológica
Compilado por
Constantino K. Riemma  

O esquema dos doze Setores ou Casas Terrestres da astrologia é excelente quando se quer
obter, com as lâminas do Tarô, uma visão global de um assunto. Essa tiragem, também
conhecida por Mandala Astrológica, permite investigar todos os ângulos de uma questão,
pessoa ou momento particular.
As 12 casas num mapa astral individual indicam os 12
principais assuntos ou "departamentos" na vida da pessoa. É
um sistema que dá conta de qualquer questão que for
colocada.
São retiradas 12 cartas do maço e dispostas em roda, como no
diagrama ao lado. Pode-se também colocar mais uma carta no
centro, como síntese ou conselho. Cada arcano irá elucidar os
  assuntos específicos que a tradição astrológica atribui às casas.
Na prática, são inúmeras as variações adotadas pelos
tarólogos. Alguns fazem uma segunda rodada de cartas, com
arcanos menores, caso a primeira tenha sido montada
Representação das casas exclusivamente com os arcanos maiores.
astrológicas no horóscopo Outros preferem três cartas para cada casa, enquanto que o
www.hocuspocus.com.br famoso Etteilla propunha, já em 1785, virar todas as 78 cartas
na roda.

Os atributos de cada casa


Casa 1: a personalidade e o temperamento; a aparência, a vitalidade e a constituição
física. Avó (mãe do pai), irmãos dos amigos. Cabeça e rosto, olhos, ouvido esquerdo,
cérebro, músculos, movimento e sangue, aparelho genital masculino. Corresponde ao signo
de Áries.    
Casa 2: o dinheiro e os bens adquiridos pelo trabalho; os ganhos e perdas financeiras,
a administração. Os pais dos amigos e os amigos da mãe. Pescoço e garganta, língua,
laringe e sistema linfático. Touro.
Casa 3: a comunicação, escritos, documentos, estudos, criação intelectual, as pequenas
viagens, as trocas e o comércio, os vizinhos. Os irmãos e irmãs, colegas e professores da
escola primária, secretários. Ombros, braços e mãos, sistema nervoso e respiratório.
Gêmeos.
Casa 4: o lar, o passado, a infância, os bens imobiliários, o domicílio; a hereditariedade,
as raízes, a história. A mãe, os bens dos irmãos, primos por parte de pai e sogro. Peito,
seios, estômago, órgãos femininos (ovários e útero), cérebro. Câncer.
Casa 5: os amores, a criatividade; as diversões, jogos, ganhos pela sorte, especulações, o
vestuário; a educação. Os filhos, os bens da mãe, noiva (o), amantes e os amigos do
cônjuge. Coração, costas e ombros, artérias, diafragma e o lado direito do corpo. Leão.
Casa 6: o serviço diário, os colegas, assistentes e subordinados; a saúde, a higiene, a
alimentação e as doenças agudas; animais domésticos. Tios e tias maternos, os
conselheiros e instrutores. Intestino delgado e plexo solar, músculos e nervos. Virgem.
Casa 7: o casamento, as relações íntimas, sócios e companheiros; os contratos e
processos, os conflitos, os concorrentes e os inimigos declarados. O cônjuge, os avós
maternos e sobrinhos. Rins, quadris e nádegas, o genital feminino e o baixo ventre. Libra.
Casa 8: sexo, transmutação e morte; as heranças e presentes; psiquismo. Os negócios e
finanças do cônjuge ou sócios, os amigos do pai. Sistema reprodutor, sistema urinário e
excretor. Escorpião.
Casa 9: os ideais, os estudos superiores, as grandes viagens e o estrangeiro,
comércio internacional ou por atacado; a religião, a lei e a filosofia. Cunhados, os netos,
professores e colegas de curso superior. Músculos e coxas, fígado, quadris e artérias.
Sagitário.
Casa 10: a carreira, a vocação, o prestígio social e profissional, os empreendimentos,
as relações com as autoridades. O pai, sogra, primos por parte de mãe; patrão, superiores
e patrocinadores. Joelhos e pernas, ossos e pele, dentes e ouvido direito. Capricórnio.
Casa 11: as amizades, as simpatias e proteções, as esperanças, projetos e planos, os
lucros dos empreendimentos, os clubes e associações. Genros, noras e os bens do pai.
Tornozelos e barriga da perna, cérebro, circulação sangüínea e a energia nervosa. Aquário.
Casa 12: o servir altruísta, a vida religiosa ou mística, os sacrifícios e as provas, as
limitações, as práticas veladas, os vícios. Tias e tios paternos, protetores secretos e
inimigos ocultos. Pés, sistema linfático e tecido adiposo. Peixes.

Agrupamentos
As casas podem ser correlacionadas entre si, ampliando a avaliação dos diferentes aspectos
da vida do consulente. Do mesmo modo que os signos, podem ser agrupadas quanto
aos elementos:
Fogo (vigor, entusiasmo, iniciativa; otimismo, gosto pelas novidades; intuição): 1, 5, 9;
Terra (forma, provisão; tenacidade, capacidade para sustentação; sensação): 2, 6, 10;
Ar (trocas e invenções; comunicação, leveza, consideração; pensamento): 3,7,11;
Água (emoções e proteção; sentimento): 4, 8, 12.
    As casas podem ser ainda consideradas quanto às qualidades ou forças:
angulares, cardinais (ação, empreendimento; força positiva): 1, 4, 7, 10;
fixas (conservação e sustentação; força receptiva): 2, 5, 8, 11;
mutáveis (renovação e aprendizagem; força neutralizadora): 3, 6, 9, 12.
Thoth Crowley Harris

Conforme o Clube do Tarô (compilação de Constantino K. Riemma), às Casas se


atribuem os seguintes aspectos:

Casa 1: a personalidade e o temperamento; a aparência, a vitalidade e a


constituição física. Avó (mãe do pai), irmãos dos amigos. Cabeça e rosto, olhos,
ouvido esquerdo, cérebro, músculos, movimento e sangue, aparelho genital
masculino. Corresponde ao signo de Áries.    
Casa 2: o dinheiro e os bens adquiridos pelo trabalho; os ganhos e perdas
financeiras, a administração. Os pais dos amigos e os amigos da mãe. Pescoço e
garganta, língua, laringe e sistema linfático. Touro.
Casa 3: a comunicação, escritos, documentos, estudos, criação intelectual, as
pequenas viagens, as trocas e o comércio, os vizinhos. Os irmãos e irmãs, colegas e
professores da escola primária, secretários. Ombros, braços e mãos, sistema
nervoso e respiratório. Gêmeos.
Casa 4: o lar, o passado, a infância, os bens imobiliários, o domicílio; a
hereditariedade, as raízes, a história. A mãe, os bens dos irmãos, primos por parte
de pai e sogro. Peito, seios, estômago, órgãos femininos (ovários e útero),
cérebro. Câncer.
Casa 5: os amores, a criatividade; as diversões, jogos, ganhos pela sorte,
especulações, o vestuário; a educação. Os filhos, os bens da mãe, noiva (o), amantes
e os amigos do cônjuge. Coração, costas e ombros, artérias, diafragma e o lado
direito do corpo. Leão.
Casa 6: o serviço diário, os colegas, assistentes e subordinados; a saúde, a higiene,
a alimentação e as doenças agudas; animais domésticos. Tios e tias maternos, os
conselheiros e instrutores. Intestino delgado e plexo solar, músculos e
nervos. Virgem.
Casa 7: o casamento, as relações íntimas, sócios e companheiros; os contratos e
processos, os conflitos, os concorrentes e os inimigos declarados. O cônjuge, os avós
maternos e sobrinhos. Rins, quadris e nádegas, o genital feminino e o baixo
ventre. Libra.
Casa 8: sexo, transmutação e morte; as heranças e presentes; psiquismo. Os
negócios e finanças do cônjuge ou sócios, os amigos do pai. Sistema reprodutor,
sistema urinário e excretor. Escorpião.
Casa 9: os ideais, os estudos superiores, as grandes viagens e o estrangeiro,
comércio internacional ou por atacado; a religião, a lei e a filosofia. Cunhados, os
netos, professores e colegas de curso superior. Músculos e coxas, fígado, quadris e
artérias. Sagitário.
Casa 10: a carreira, a vocação, o prestígio social e profissional, os
empreendimentos, as relações com as autoridades. O pai, sogra, primos por parte
de mãe; patrão, superiores e patrocinadores. Joelhos e pernas, ossos e pele, dentes
e ouvido direito. Capricórnio.
Casa 11: as amizades, as simpatias e proteções, as esperanças, projetos e planos, os
lucros dos empreendimentos, os clubes e associações. Genros, noras e os bens do
pai. Tornozelos e barriga da perna, cérebro, circulação sangüínea e a energia
nervosa. Aquário.
Casa 12: o servir altruísta, a vida religiosa ou mística, os sacrifícios e as provas, as
limitações, as práticas veladas, os vícios. Tias e tios paternos, protetores secretos e
inimigos ocultos. Pés, sistema linfático e tecido adiposo. Peixes.

Percebam que aqui, à Casa 4 se atribui a mãe e à 10 o pai. Isso não é consenso entre
os Astrólogos, e, caso você opte por seguir a Astrologia Medieval que aponta para as
características contrárias (pai na 04, mãe na 10), todas as atribuições parentais
serão trocadas pelas casas imediatamente opostas. Mas isso é outra história e não
afeta diretamente a interpretação das Casas. Eu sempre usei as atribuições mãe na
Casa 04/pai na Casa 10 com sucesso.
Conforme disse anteriormente, eu utilizo uma carta central, norteadora das
relações entre as Casas. Essa carta, para mim, é sempre um Arcano Maior (existem
cartomantes que utilizam Arcanos Menores, como os responsáveis pela Tarô
Semestral do Personare), revela a raiz das lições que o consulente viverá no
período do jogo.
Um vídeo para entender as Casas na Astrologia:

TEMPORALIZANDO AS PREVISÕES
A Estrela
Vandenborre Bacchus

Terminada essa primeira análise, torna-se necessário temporalizar algumas


interpretações. Eneida Duarte Gaspar, em seu Tarô dos Orixás (Pallas) sugere
que às Casas 1, 2 e 3 sejam relacionados os temas de um passado distante (distante
aqui seria mais ou menos um ano. Pode corresponder a mais tempo, mas que há um
ano começou a se tornar incômodo para o consulente). As Casas 4, 5 e 6 ao passado
recente (seis a três meses atrás). As Casas 7, 8 e 9 corresponde o presente imediato
(variação de um mês para mais ou para menos) e as casas 10, 11 e 12 ao futuro
próximo (até um ano). Se seguirem a minha forma de dispor, vocês terão nove
cartas para cada um desses momentos, que devem ser relacionadas entre si, sem
grande ênfase à divisão por casas. Estamos respondendo a uma questão com nove
cartas, não com três grupos de três.
Temporalizados os eventos, voltamos nossos olhares aos meses do ano. A Casa 1
corresponde ao mês em que se joga a Mandala, partindo daí os doze meses
seguintes (por isso sugiro esse jogo para aniversariantes – para mapearmos sua
Revolução Solar – ou para o Ano Novo, Astrológico ou não). No grupo Tarologistas,
em conversa proposta por Claudia Mello, tive um insight: caso o tempo seja menor
(e você tenha disponibilidade para fazer isso, risos), divida o tempo da consulta
por doze (número de casas) e analise a temporalidade dentro desse resultado. Por
exemplo: para um mês (como foi o caso), dividimos trinta, trinta e um ou vinte e
oito dias por 12 (número de casas da mandala) e do resultado sabemos quais são as
influências dos dias específicos do mês.

ANALISANDO AS OPOSIÇÕES
Sol
Old Path

Na mandala temos seis eixos diametralmente opostos que se relacionam com a


carta central – a mais importante, como disse anteriormente. Teríamos, então:
Das relações entre a Casa 01 e a Casa 07 as relações do consulente, como
indivíduo, com os outros, em especial o cônjuge.
Das relações entre a Casa 02 e a Casa 08 as relações do consulente com os seus
recursos, assim como a relação com os recursos dos outros.
Das relações entre a Casa 03 e a Casa 09 a comunicação, os contatos, as parcerias
e viagens.
Das relações entre a Casa 04 e a Casa 10 a vida pessoal, íntima, e a vida pública,
assim como o trabalho. Aqui também veríamos a ascendência imediata – pai e mãe.
Das relações entre a Casa 05 e a Casa 11 – o brilho pessoal do consulente versus
sua necessidade de pertencimento a grupos.
Das relações entre a Casa 06 e 12 – A saúde, a doença, a rotina e a surpresa.
Aconselho estudar, nesse caso, Astrologia. Embora o Tarot não precise oficialmente
da Astrologia para “funcionar”, utilizar a Mandala Astrológica sem entender o
básico da Astrologia é um contrassenso que deve ser evitado pelo cartomante sério.
É como usar óculos sem armação. A lente é perfeita, mas não encaixa no rosto por
falta de base.

ANALISANDO AS TRIPLICIDADES
Em função dos elementos de cada signo regente de cada Casa, agrupamos as casas
1, 5 e 9 (correspondentes a Áries, Leão e Sagitário, respectivamente); 2, 6 e 10
(Touro, Virgem e Capricórnio); 3, 7 e 11 (Gêmeos, Libra e Aquário); e 4, 8 e 12
(Câncer, Escorpião e Peixes), formando os triângulos correspondentes ao Fogo, à
Terra, ao Ar e à Água, respectivamente. 

Ao Fogo relacionamos o projetivo, o masculino, o quente, o seco, a iniciativa, a


projeção, a maior e melhor ideia de si mesmo que o consulente é capaz de fazer, o
brilho pessoal, a autoestima, a independência, os ensinos superiores, as viagens
longas, a espiritualidade e a religião. O plano espiritual.

À Água relacionamos o receptivo, o feminino, o úmido, o frio, as emoções, os


sonhos, os anseios, os desejos, a família, o sexo, as heranças, os inimigos ocultos, as
doenças. O plano emocional.

Ao Ar relacionamos o projetivo, o masculino, o úmido, o quente, as viagens, os


estudos, o intelecto, a comunicação, os amigos e inimigos, as relações que não
perpassam necessariamente as emoções, a política. O plano mental/social.

À Terra relacionamos o receptivo, o feminino, o seco, o frio. Aqui temos o plano


material, as finanças, a saúde, os imóveis, o comércio, a segurança, a praticidade, o
cotidiano.

ANALISANDO AS QUADRUPLICIDADES

Às Casas Cardinais, ou Cardeais (1, 4, 7, 10) correspondem todas as iniciativas,


inícios, começos, possibilidades, aberturas.
Às Casas Fixas (2, 5, 8, 11) correspondem as manutenções, estabelecimentos,
estruturações, permanências, resistências.
Às Casas Mutáveis (3, 6, 9, 12) correspondem todas as modificações, finalizações,
encerramentos, cortes e rupturas.

DEFININDO PESSOAS NO JOGO


Estrela
1001 Nights

Essa é a parte “fofoqueira” da Mandala. Aqui, podemos ver praticamente qualquer


pessoa que se relacione conosco ou com nosso consulente, sem, no entanto,
precisarmos recolher as cartas da mesa e perguntarmos por cada um deles. Eu
gosto muito de usar essa técnica para saber se o ano será promissor para os meus
entes queridos tanto quanto será para mim. Como a família é grande, o jogo dura
horas... tudo de bom.
O importante é lembrarmo-nos que o que Vermos parte da nossa ótica com relação
ao indivíduo invocado. Ou seja, não significa que a pessoa envolvida concordará
com o consulente quando este expor o que você, como Cartomante, viu a respeito
dele. Do ponto de vista do consulente, o ano da pessoa consultada será
daquele jeito ou a relação entre o consulente e o consultado refletir-se-á
daquela forma.
Dada a dica, vamos às pessoas (estamos tomando por base mãe na casa 04 e pai na
casa 10; como disse, se invertermos as posições em função da Astrologia Medieval,
temos que mudar toda a estrutura):
Irmãos: Casa 03. Cada irmão mais novo, contam-se três Casas. Cada irmão mais
velho, subtraem-se três casas.
Filho: Casa 05. Cada filho depois do mais velho, somam-se mais três Casas (irmão
do primeiro).
Namorada (o): Se for sem compromisso, 05. Se for compromisso, 07. 
Sócio: Casa 07.
E por aí vai. As possibilidades são infinitas. Primo do amigo... da Casa 11 (amigos)
contamos 4 (pai ou mãe) mais três (irmão do pai ou da mãe) e mais cinco (filho).
Ou seja, desde que você consiga fazer a contagem correta, todas as pessoas do seu
círculo são passíveis de serem vistas. Todas. Mas nem todos irão convir,
senão... Você tá com tempo?
Imaginem. Meu pai tem nove irmãos. Minha mãe, oito. Certa vez me propus a ver
todos, incluindo os filhos. Foram boas três ou quatro horas anotando tudo.
Agora eu sou mais comedido, risos.

É isso. Ou não; creio que aqui só abrimos o assunto, sendo que muito mais há para
ser dito a respeito. Como disse, essa postagem é um dos possíveis olhares, oriundo
de minha própria experiência. Mas, de qualquer forma, já é pano para manga para
futuras conversas.
Com o conhecimento conjunto de Astrologia e Tarot, a Mandala torna-se múltipla
em interpretações. O contrário não é verdadeiro; para entender o sistema, não
basta entender de Astrologia ou de Tarot - é necessário um conhecimento básico, ao
menos, das duas disciplinas, para que o traquejo com a Mandala seja adequado.

P.S.: Caso deseje algum tema exposto cá no Conversas Cartomânticas, por


gentileza, envie um email para emanueljsantos7@hotmail.com. Terei o maior
prazer em conversar com você, nesse espaço. 

Esse é um conteúdo do blog Conversas Cartomânticas. Para ler mais


visite http://conversascartomanticas.blogspot.com/2011/09/dos-usos-da-mandala-
astrologica.html#ixzz6JYI37JqL
Follow us: @Tarotetc on Twitter

Você também pode gostar