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Introdução

Atualmente a China é um dos países que mais se desenvolve no mundo, a cada ano
que passa cresce tanto no contexto econômico como no industrial e financeiro, se
tornando candidato a ser uma nova potência mundial. Para que isso aconteça, o
governo investe enormemente na educação e direciona principalmente para o
desenvolvimento de novas tecnologias e aprimoramento da indústria.
No trabalho que segue, estaremos explorando a relação entre as tecnologias e a
empregabilidade no país, comparando com o Brasil e citando os benefícios que ela
trás.

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1. EDUCAÇÃO

O primeiro caminho a seguir quando se fala em desenvolvimento é a educação. Com


uma boa base de ensino, teremos profissionais mais capacitados no mercado de
trabalho garantindo que os serviços prestados serão de ótima qualidade.
Na China adota-se o sistema de nove anos de estudo obrigatório. Segundo dados do
site Minha China

Até o ano 2000, a taxa de frequência escolar era de


- 99,1% na escola primária
- 94,3% na escola intermediária (do sétimo ano até o nono ano);
A taxa de abandono de estudo era 0,55% na escola primária e 3,21% na
escola intermediária.
Após o nono ano escolar, o índice de continuidade era de 51,2% até o ano
2000. Após os 15 anos, a taxa de analfabetismo era de 6,72%.
Até o final do ano 2000, havia 553.622 escolas primárias e 1.041
faculdades e universidades na China. No ano 2000, havia 10,9 milhões de
professores formados e 219,4 milhões de estudantes universitários e alunos
em geral.

A China foi um dos primeiros países a considerar o ensino como função do estado, e
por esse motivo, é um dos países que mais teve escolas em seus limites, porém essa
grande quantidade de nada adiantava, a China precisava de qualidade.
Com o passar dos anos a educação chinesa vem se aprimorando, tanto no sentido de
qualidade de ensino quanto à frequência de participação da população. Mesmo que
algumas famílias não tenham acesso devido à parte financeira, a taxa de analfabetismo
teve uma queda significante, mudando consideravelmente as futuras lideranças da
China.
Juntamente com o desenvolvimento vieram os novos campos de atuação, ampliando
as escolhas dos estudantes para uma profissão na área que eles gostam e desejam
atuar. A inclusão da tecnologia teve um grande papel nisso, apesar de toda a censura
praticada no país, os alunos tem contato com o mundo inteiro, facilitando a
aprendizagem e apresentando um horizonte novo de oportunidades e conhecimento.
Através da pesquisa do Pisa1 2009 que analisa o desempenho de alunos de 15 anos de
vários países em leitura, matemática e ciências, podendo mostrar assim como anda a
qualidade de aprendizagem de cada um. A província chinesa de Xangai fez sua
primeira participação no ano de 2009, e seu primeiro resultado foi extraordinário. Os
estudantes chineses ficaram em primeiro lugar em leitura, matemática e ciências,
superando todos os países. Segundo o professor titular Naercio Menezes Filho:

Em matemática, os chineses obtiveram 600 pontos, quase 38 pontos acima


do segundo colocado (Cingapura), 113 pontos acima dos Estados Unidos e
214 pontos acima da média dos alunos brasileiros. Se compararmos os
alunos de Xangai com os do Distrito Federal (a unidade brasileira com
melhor desempenho), a diferença é de 175 pontos (...).
O desempenho dos alunos brasileiros continua muito ruim, mas vem
crescendo ao longo dos anos. Entre os 65 países que participaram do
exame, o Brasil ficou em 57º lugar em matemática. Para termos uma ideia
de quão crítica é a nossa situação, 70% dos alunos brasileiros estão no nível

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PISA: Programme for International Student Assessment

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mais baixo de desempenho em matemática, em comparação com apenas
4,8% dos alunos de Xangai e 8,1% dos coreanos.

Podemos notar então, a grande desigualdade de nível educacional entre os dois países,
não é a toa que a China está se tornando uma das maiores potências do mundo,
enquanto o Brasil fica estagnado ou evoluindo vagarosamente. Demoraremos mais de
40 anos até atingir essa média da China, mas até lá, quem sabe onde eles estarão?
“Enquanto os chineses tratavam de fazer sua educação competitiva, os brasileiros
discutiam a taxa de câmbio” (Naercio Menezes Filho).

Imagem 01 - Brasil x China, comparação entre acessos e a educação.


(http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/educacao-negocio-china-475704.shtml)

A educação no Brasil é um dos grandes motivos para o nosso atraso em relação à


modernização e em relação aos países desenvolvidos. Segundo o site Sua Pesquisa

Pesquisas na área educacional apontam que um terço dos brasileiros


frequentam diariamente a escola (professores e alunos). São mais de 2,5
milhões de professores e 53 milhões de estudantes matriculados em todos
os níveis de ensino. Estes números apontam um crescimento no nível de
escolaridade do povo brasileiro, fator considerado importante para a
melhoria do nível de desenvolvimento de nosso país (...).
Recente pesquisa do PNAD - IBGE mostra uma queda no índice de
analfabetismo em nosso país nos últimos dez anos (1992 a 2002). Em 1992,
o número de analfabetos correspondia a 16,4% da população. Esse índice
caiu para 10,9% em 2002 e para 10% em 2008. No ano de 2009 verificou-
se uma nova queda para 9,7% (MEC/Inep)

Apesar do número de matriculados, temos uma realidade triste nas escolas. O governo
não incentiva, não patrocina e não valoriza muito a educação do país, não se vê um
interesse em desenvolver essa área, a visão dos nossos governantes não é ampla. Sem
contar que o interesse dos alunos em educação vem diminuindo cada vez mais, a
maioria vai com desleixo para a escola, não se esforça e não tem vontade de aprender,
é mais uma questão que temos que mudar. É necessário que pensemos em longo prazo,
pois o futuro do nosso país está diretamente ligado às crianças que frequentam a escola
hoje, e só elas poderão garantir o crescimento e o desenvolvimento do Brasil.

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Eis um grande fator de comparação com o desenvolvimento tecnológico entre Brasil e
China. Enquanto a China se preocupa em investir na educação para maior
aprimoramento tecnológico, o Brasil se vê atrasado tanto no nível educacional quanto
no outro. Enquanto um está virando uma nova potência, o outro luta para chegar ao
topo dos países subdesenvolvidos.

2. DESENVOLVIMENTO DA TECNOLOGIA

A história da tecnologia está relacionada com a criação de ferramentas e técnicas para


melhorar e facilitar as nossas vidas, tornando ela prática. A China tem se destacado
com a rapidez e o avanço tecnológico que vem praticando e desenvolvendo, estando
apta a passar os atuais líderes mundiais.

Imagem 02 - Contradições da China, mostrando que o desenvolvimento e a tecnologia têm


custos, e muitas vezes altos demais, chegando a afetar seriamente a população.
(http://veja.abril.com.br/221003/p_128.html)

Em 2007 os chineses já apareceram como líderes em tecnologia, e isso se deve não


apenas ao número de exportações, que vem crescendo cada vez mais, mas sim ao
investimento do país nesse setor, um depende do outro; quanto maior a exportação de
tecnologias, maior o investimento nessa área. Segundo o site do Centro Gestor de
Inovação:

O gigante asiático é o país que mais exporta tecnologia de ponta, com


destaque para eletrônicos, ultrapassando Estados Unidos, Alemanha e

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Japão. Em contrapartida, o Brasil ocupava a 27ª posição em um ranking de
42 países, conforme estudo da Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp). O levantamento comparativo entre China e Brasil feito pela
entidade aponta que as exportações de alta tecnologia respondiam por
apenas 5,4% das vendas do Brasil em 2008. No mesmo ano, chegavam a
22,5% das vendas externas da China. Os especialistas atribuem o bom
desempenho da China na alta tecnologia a transferências de multinacionais
para o País em busca de custos mais baratos e aos investimentos em
pesquisa e tecnologia (P&D). Os gastos da China com P&D saíram de 0,9%
do PIB em 2000 para 1,42% em 2008. No Brasil, estavam em 1,11% em
2008. Mas a maior disparidade está no número de engenheiros. Na China,
são 4,6 engenheiros para cada 10 mil habitantes, o que significa que 40%
dos 600 mil formandos do país por ano optam pela engenharia. No Brasil,
apenas 8% dos 30 mil formandos se dedicam a essa área, o que significa 1,6
engenheiros para cada 10 mil habitantes.

Mas não é apenas isso que garante que o país se desenvolva, outros fatores interferem
no número de exportações, como a credibilidade do país, as taxas cambiais e a baixa
carga tributária. Neste sentido Roriz afirma:

(...) esse conjunto de fatores ajuda a explicar a discrepância entre Brasil e


China em investimentos e exportações. Em 2008, a taxa de investimento da
China chegou a 40,9% do PIB (Produto Interno Bruto), comparado com
19% do Brasil. A participação chinesa nas exportações globais saiu de
7,58% em 1997 para 12,37% em 2008. No mesmo período, a fatia do Brasil
no comércio mundial subiu de 1,08% para 1,36%.

3. EMPREGABILIDADE

A taxa de desemprego da China encontra-se em constante declinação. O Estado tem


estipulado metas anuais de diminuição de desemprego e cumprido boa parte dos
objetivos com eficiência.

Imagem 03 - Índice de desemprego na China (http://www.indexmundi.com/g/g.aspx?c=ch&v=74&l=pt)

Algumas políticas de diminuição do desemprego têm sido adotadas, como por


exemplo, a proporcionalidade de empregos e ajuda para encontrar o emprego ideal.
Segundo o site CRI

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Alguns governos locais promoveram políticas favoráveis e empreenderam
programas específicos para os desempregados e trabalhadores despedidos.
Esses esforços já tiveram resultados, disse o funcionário. No primeiro
semestre deste ano, a mão de obra urbana aumentou em 6,08 milhões e 2,36
milhões de trabalhadores despedidos e desempregados registrados
encontraram o emprego.

Apesar de ter atualmente 32 milhões de desempregados no país, grande parte desse


número possui diploma universitário, nos fazendo refletir o que está influenciando
nesses dados.
Já no Brasil, a taxa de desemprego vem aumentando com o passar dos anos, nesse ano
de 2011 já foi constatado o maior índice de desemprego em 6 meses, como informa o
site Economia Uol:

O índice de desemprego no Brasil em fevereiro foi de 6,4% da população


economicamente ativa, o maior nível dos últimos seis meses, informou nesta
quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de desemprego, que havia caído em dezembro para 5,3%, seu menor
nível em oito anos, subiu em janeiro para 6,1% e em fevereiro foi elevada
0,3% devido a fatores como a eliminação dos postos de trabalho temporários
gerados pelo aumento das vendas de fim de ano.

3.1 – Empregabilidade x Tecnologia

Sabemos que com o passar do tempo e com o avanço da tecnologia o trabalho braçal
aos poucos vai sendo substituído. Com máquinas que podem fazer o mesmo trabalho
com maior rapidez e precisão tomarão conta, o baixo custo de produção e manutenção
são pontos positivos da possível troca. Mas o quão longe estamos desta possibilidade?
A resposta é que estamos perto, e evoluindo, como mostra-nos o site do MSN
Tecnologia, onde noticia que Robôs substituíram garçons em um restaurante Chinês:

Os robôs ainda irão dominar o mundo. Lá no leste da China, em Jinan, capital


da província de Shandong, um restaurante colocou nada menos do que seres
robóticos para servir as mesas e atender os clientes. Logo que a pessoa chega
no estabelecimento, duas recepcionistas de lata te atendem e depois outros
seis robôs estão prontos para te servir na mesa. Tudo é feito por meio de um
trajeto preciso em que eles são programados. A idéia veio da
empresa Shandong Dalu Science and Technology, que planeja colocar cada
vez mais andróides no estabelecimento, que hoje acomoda até 100 clientes ao
mesmo tempo. A vantagem disso tudo é que você nem tem que pagar gorjeta,
porque os robôs não a aceitam, mas o problema é que eles podem ser
programados para rejeitar todo e qualquer tipo de pedido de desconto.

O domínio das máquinas é importante para o desenvolvimento, devido à rapidez de


trabalho, produzindo mais em menos tempo e com menos custo. Porém, a partir de que
momento a tecnologia passa de benefício a malefício? A partir do momento em que
mais e mais mão de obra vem sendo substituída por máquinas, a taxa de desemprego
aumenta, gerando consequências em todas as áreas da economia.
Mas ao mesmo tempo em que a tecnologia ‘desemprega’ pessoas, gera empregos em
outros setores. Para essas máquinas existirem, alguém tem que produzi-las, entrando ai
um ramo que será beneficiado.
Mesmo que a expansão maquinaria continue, alguns trabalhos braçais não conseguirão
ser substituídos, ao menos até hoje, muitos deles não foram imaginados sendo

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substituídos, pode demorar séculos ou anos, e devemos estar preparados para todas as
ocasiões.

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Conclusão
Através deste trabalho podemos concluir alguns passos a serem tomados para um país
se desenvolver. A China tem mostrado seu potencial e feito sua parte em relação à
educação, tecnologia e empregabilidade. Porém o objetivo do mesmo é mostrar como
esse país tem se tornado um ícone em tecnologia, e como a mesma o beneficia.
Até que ponto o desenvolvimento tecnológico faz bem a um país e até que ponto passa
a ser um problema. Até hoje não temos um problema muito grande relacionado com a
perca de empregos para as máquinas, existe, é claro, mas não é alarmante. A
tecnologia está presente para facilitar a nossa vida, e não para substituir pessoas e
tomar empregos. Com o aperfeiçoamento desse ramo, conseguimos profissionais mais
capacitados nessa área de atuação, o que nunca será um atraso.
Os alunos que desenvolveram este trabalho estão de acordo que as máquinas nunca
dominarão todo o mercado de trabalho, pois querendo ou não, as mesmas têm
necessidades, como concerto e manuseio. Desemprego não terá, apenas serão
exigências de novas qualificações e adequações ao novo modo de trabalho, pois ao
mesmo tempo em que a tecnologia se desenvolve, o ser humano desenvolve junto.

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Bibliografia

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• http://www.cgimoveis.com.br/tecnologia/investimento-em-tecnologia-explica-
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• http://msn.techguru.com.br/garcons-sao-substituidos-por-robos-em-
restaurante-na-china/ , acessado dia 5 de abril de 2011.

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