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E217-Empresa Com. de Material de Escritório II, S.A.

RELATÓRIO DA PRODUÇÃO
PROJETO DE SIMULAÇÃO EMPRESARIAL II

217
E217 – Empresa Com. Material Escritório II, S.A.

Índice

1. Análise das Fichas Técnicas.......................................................................................2

2. Análise de um dia de Produção..................................................................................3

3. Análise aos Desvios.....................................................................................................4


3.1 MATÉRIAS................................................................................................................................4
3.2 SUBCONTRATOS.......................................................................................................................5
3.3 CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO..................................................................................................5
3.4 DESVIO GLOBAL DOS FATORES................................................................................................6
3.5 DESVIO POR ENCOMENDA........................................................................................................6

4. Análise das Atividades nos Centros...........................................................................6


4.1 INATIVIDADE............................................................................................................................6
4.2 ATIVIDADE EM CONDIÇÕES ANORMAIS.....................................................................................7
4.3 JORNAL MENSAL – POSTO 3.....................................................................................................7
4.4 JORNAL MENSAL – POSTO 5.....................................................................................................7
4.5 EXPLICAÇÃO DO SALDO FINAL CONTAS 91501/500/501/502/503.............................................7
4.6 EXPLICAÇÃO DOS MOVIMENTOS NA CONTA 919/1....................................................................8
4.7 EXPLICAÇÃO DO PROCESSO DE SUBCONTRATAÇÃO..................................................................8
4.8 EXPLICAÇÃO E ANÁLISE DA DECOMPOSIÇÃO DAS ORDENS EM LOTES DE FABRICO...................8

5. Medidas de gestão para resolução dos desvios verificados.........................................8

6. Anexos........................................................................................................................9

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1. ANÁLISE DAS FICHAS TÉCNICAS
A empresa começou a atividade transformadora com a produção de dois modelos de sapatos
para homem, com as referências seguintes:
71114045 - Sapato luva homem 71216393 - Sapato com pala para homem

No processo produtivo são criadas as fichas técnicas correspondentes para cada referência de
sapato, onde é registada toda a informação relacionada com o processo produtivo, no que
concerne aos centros produtivos (corte, costura, montagem e acabamento), as matérias
consumidas e as operações efetuadas. Com base nestas fichas técnicas é possível prever os
custos inerentes ao processo produtivo, bem como realizar orçamentos para cada modelo de
sapato. A ficha técnica do produto, contém a ficha de matérias (descrição de todos os
materiais necessários, centro de custo de cada material, consumos e tempo para a realização
do modelo em questão) e a ficha operatória (o tempo de consumido em cada centro de
incorporação para o modelo em questão).
O modelo com a referência 71114045, começa a ser produzido no posto 1 sendo produzido na
totalidade no centro de incorporação corte (500), em 0,575 minutos. Neste centro são
efetuadas as seguintes operações: cortar forros e peles, facear e igualizar, riscar pele e timbrar.
As matérias primas utilizadas na operação anterior foram a pele de Anilina de Porco e a pele
de Serraje Afelpado.
No fim destas operações a produção é transferida para o centro de costura (501), onde nos
postos 2, 3 e 4 são executadas as operações de pré-costura, pincelar e costurar gáspeas e por
fim cortar/queimar as pontas das linhas. Para esta tarefa, demorou-se 1,725 minutos.
De seguida a produção é transferida para o centro Montagem (502) onde é realizada no posto
5, a montagem de contrafortes, pré-enformar em forma de alumínio quente de seguida coloca-
se o sapato numa forma de plástico fria, bem como a palmilha de montagem. Por fim carda-se
a base do sapato para a aplicação da sola. O conjunto destas tarefas tem uma duração de 0,575
minutos.
Por último, no centro acabamento (503), realizada no posto 6, os sapatos são limpos dos
resíduos das operações anteriores, sendo posteriormente aplicado um spray (avivador), por

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fim procede-se ao embalamento do sapato. O tempo necessário para produzir este sapato foi
de 3,475 minutos (Anexo 1).
Relativamente ao modelo com a referência 71216393, as fases de produção são idênticas às
referidas no modelo com a referência 71114045, alterando apenas o tempo gasto em cada
centro: 0,575 minutos no centro corte; 1,725 minutos no centro costura; 0,575 minutos no
centro montagem e 1,60 minutos no centro de acabamento, sendo no total necessário 4,475
minutos (Anexo 2).

2. ANÁLISE DE UM DIA DE PRODUÇÃO


Esta análise foi realizada tendo em conta a produção obtida no dia 19 de Maio de 2017, no
centro de costura (501), relativamente aos produtos com as referências 71114045 e 71216393,
sapato luva e sapato com pala para homem respetivamente (Anexo 3).
Tempo disponível para a produção considera-se tempo de presença, quantidade produzida de
sapatos por dia expressa em minutos, será a produção standard, as produções anormais será a
fora de standard, taxa de produtividade, as paragens e a taxa de atividade tem como valor de
referência 100%.
Neste dia, a produção foi realizada no posto 2 pela funcionária Joana Dias (Anexo 4), no
posto 3 pela funcionária Palmira Pinheiro (Anexo 5) e no posto 4 pelo funcionário Daniel
Ferreira (Anexo 6).
O tempo estimado para esse dia foi de 1 380 minutos (460 minutos em cada posto).

Após a analise dos valores referidos na tabela acima apresentada, pode-se constatar que
existiram 5 minutos em que a produção foi efetuada fora standard. Verifica-se que a maquina
da costureira Joana Dias também teve uma paragem de 10 minutos devido a uma reparação.
Conclui-se que o tempo consumido na produção foi de 1 365 minutos e a taxa de atividade foi
de 75%. Este centro de costura apesar dos contratempos (fora standard e avarias), obteve a
produção em menos tempo do que inicialmente estimado.

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3. ANÁLISE AOS DESVIOS

3.1 MATÉRIAS

A análise da tabela (Anexo 7), verifica-se o desvio entre as quantidades previstas e


consumidas, nomeadamente na matéria 100P02 – Anilina Porco CP02, desvio esse que é de
51,34 pés, o equivalente a €36,97. Este desvio deve-se ao facto de se ter requisitado ao
armazém um incremento de 10% sobre as quantidades necessárias e posteriormente a
devolução de 5% da matéria ao armazém. O desvio é desfavorável e foi posteriormente
registado na conta 91501/500.
Ao analisar a tabela (Anexo 8), verifica-se que temos três desvios, sendo que na matéria
100P02 – Anilina Porco CP02, o consumo monetário efetivo foi superior ao consumo previsto
em € 883,876, isto deve-se à diferença do valor unitário previsto (€ 0,72), para o valor efetivo
(€ 1,00). Para a matéria TCFAG 15119 aglomerado contraforte e para a matéria CX55C33
Cx. Wayne produto acabado, teve um desvio devido a despesas adicionais de compra no valor
de €2 500,00.

Estes desvios desfavoráveis totalizam €3 998,03 e foram posteriormente registados na conta


91501 dos respetivos centros.
O desvio mix em coprodução é favorável porque as fichas técnicas estão padronizadas para
sapatos com o tamanho 39, com variações de 20% por cada tamanho abaixo deste, como a
encomenda referia-se a sapatos de tamanho 36 e 37, então algumas das matérias são
consumidas em quantidade inferior à prevista (Anexo 9).
Os desvios apurados resultam da produção de sapatos produzidos em tamanho diferente do
39. As matérias afetadas por este desvio são Serraje Afelpado-CZ01 e Anilina Porco-CP02,
pois no tamanho 36 consome 0,486 pés das quantidades padrão e para o tamanho 37 consome
0,531pés do tamanho padrão.
O desvio é favorável no valor de €13 627,07 e este valor foi registado na conta 91501/500.

3.2 SUBCONTRATOS
Para realizar a encomenda nº 500 002, a empresa decidiu subcontratar o fornecedor F21 –
Comércio e Serviços, SA., para concluir o lote 14 de 220 pares de sapatos. A empresa estimou
um gasto com subcontratação para esta encomenda no valor de €616,00 mas o valor que foi

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efetivamente gasto foi €514,00, resultou por isso num desvio favorável no montante de
102,00€, valor registado na conta 919 desta encomenda (Anexo 10).

3.3 CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO

Os desvios à produção incluem desvios de orçamento, desvios capacidade e desvios


eficiência.
O desvio orçamento resulta da diferença entre os encargos orçamentados e os encargos
efetivos nos centros de incorporação. O desvio orçamental verificou-se nos quatro centros de
produção, com um valor negativo de €3.889,71 (Anexo 11).
O desvio capacidade resulta da diferença entre os tempos de trabalho previstos e os tempos de
trabalho efetivos para cada centro, isto é, as paragens que possam decorrer durante a produção
originam desvios. Ocorreram desvios relacionados com a manutenção de máquinas, reparação
de defeitos, esperas internas e externas. O desvio capacidade verificou-se nos quatro centros
de produção, com um valor negativo de €209,70.
O desvio eficiência resulta da diferença entre o tempo de presença e a quantidade de lotes
previsto em cada centro e o tempo e quantidade de lotes efetivamente recolhidos em cada
centro. A diferença é registada em número de minutos e valorizada para moeda por
multiplicação com o valor determinado na unidade de custeio.
O desvio eficiência verificou-se nos quatro centros de produção, com um valor negativo
€466,94. No quadro abaixo apresento os valores dos desvios apurados:

3.4 DESVIO GLOBAL DOS FATORES

O desvio global dos fatores é de €9 162,72, correspondente à soma dos desvios favoráveis:
desvios matérias no valor de €13.627,07 mais desvio dos trabalhos subcontratados no valor de
€102,00, deduzido do desvio desfavorável dos custos de transformação no valor de €
4.566,35.

3.5 DESVIO POR ENCOMENDA

O desvio por encomenda resulta da diferença entre o valor orçamentado e o valor real dos
vários fatores envolvidos na produção da encomenda.

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Na faturação, temos um desvio favorável de €1 188,38, que resulta da venda e produção
adicional de 20 pares de sapatos em relação ao previsto. Relativamente aos encargos diretos
comerciais, estes revelam um desvio desfavorável de €1 769,71, entre os quais destacamos as
comissões, os transportes e seguros e os encargos financeiros. A margem bruta reflete um
desvio desfavorável de €581,33. Relativamente aos encargos diretos industriais, apresentam
um desvio desfavorável de €9 436,33, entre os quais se destacam os desvios em materiais e
embalagens (maior produção face ao orçamentado) e na mão-de-obra / máquina. Por fim,
depois de todos os desvios analisados, regista-se um desvio desfavorável na encomenda com
uma margem liquida negativa de €10 017,66 (Anexo 12).

4. ANÁLISE DAS ATIVIDADES NOS CENTROS

4.1 INATIVIDADE
A análise da atividade baseia-se nos tempos de paragem. Na produção da encomenda 500 002
o tempo de pagarem no mês de maio foi de 85 minutos. O tipo de paragem mais recorrente foi
a espera interna totalizando uma paragem de 30 minutos e o centro onde ocorreram mais
paragens foi o centro Corte (500), como se pode verificar no quadro abaixo:

Os tempos de inatividade tiveram um custo total de €209,70 (Anexo 13).

4.2 ATIVIDADE EM CONDIÇÕES ANORMAIS


Produção fora de standard (condições anormais) registaram-se nos dias 19 e 20 de maio no
centro costura (501). No dia 19 foram produzidos 5 minutos em condições fora de standard
por mudança de máquina e no dia 20 foram produzidos 5 minuto fora de standard por falta de
condições. Não se registaram produções anormais nos restantes centros (Anexo 13).

4.3 JORNAL MENSAL – POSTO 3


O posto 3 está associado à funcionária Palmira Maria Lopes Pinheiro, com a categoria de
costureira onde exerce as suas funções no centro costura (501). A funcionária trabalhou entre
os dias17 e 22 de maio 2300 minutos na sua totalidade, sendo que 2290 minutos
correspondem à produção standard, isto é, 5 minutos em produção fora de standard e 5
minutos de paragem para reparação. Regista-se que no dia 19 a sua produção real foi inferior
à produção esperada em cerca de 25% da produção normal. Salientamos também que na
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maioria dos dias esteve acima da produtividade normal, apresentando no final sobre atividade
de 101% (Anexo 14).

4.4 JORNAL MENSAL – POSTO 5


O posto 5, corresponde à máquina nº 26 - Transportador de Montagem, incorporada no centro
de montagem (502). O tempo de presença é de 2300 minutos entre os dias 18 e 23 de maio. O
tempo efetivamente gasto com a produção “standard” foi de 2290 minutos, tendo havido duas
paragens de 5 minutos cada, causadas por espera interna e espera externa. Apesar destas
pausas, o resultado da atividade da máquina resultou em sobre atividade de 101% (Anexo 15).

4.5 EXPLICAÇÃO DO SALDO FINAL CONTAS 91501/500/501/502/503


As contas acima referidas são contas da contabilidade analítica, onde se registam os valores
para análise dos desvios verificados em cada um dos centros de atividade.
Estas contas são movimentadas da seguinte forma:
 A débito, pelas matérias diretas e indiretas, subcontratação, outros fornecimentos de
serviços externos, custos com o pessoal, depreciações e desvios favoráveis.
 A crédito, pelo custo da produção terminada e desvios desfavoráveis.
Estas contas estão saldadas uma vez que o seu saldo foi transferido para a conta de custos das
mercadorias vendidas e das matérias consumidas aquando do apuramento deste.

4.6 EXPLICAÇÃO DOS MOVIMENTOS NA CONTA 919/1


Esta conta regista os valores orçamentados para serviços subcontratados (Anexo 16).
No mês de maio estava considerado gastos no valor €19 442,00 relacionados com:
 Comissões no valor de €6.260,00
 Transporte e seguros no valor de €1.400,00
 Royalties no valor de €2 504,00
 Indemnizações no valor de €1 200,00
 Custos com descontos no valor de €7 878,00
 Encargos de financiamento no valor de €200,00

4.7 EXPLICAÇÃO DO PROCESSO DE SUBCONTRATAÇÃO


Para a realização da encomenda n.º 500002, foram geradas duas ordens de fabrico e 14 lotes
fabrico. A ordem de fabrico nº 2, referente ao produto 71216393 - Sapato com Pala de homem
e este contém os lotes nº 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13 e 14. Este último lote foi subcontratado ao
fornecedor F21, porque o custo padrão orçamentado a subcontratar é de €616,00 e o custo
efetivo das operações subcontratadas é de €514,00, resultando desta decisão um desvio
favorável de €102,00 (Anexo 17).
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4.8 EXPLICAÇÃO E ANÁLISE DA DECOMPOSIÇÃO DAS ORDENS EM LOTES DE FABRICO
A encomenda 500 002 do cliente F26, foi dividida em duas ordens de fabrico, uma para cada
tipo de sapato. A ordem de fabrico nº 1 refere-se ao modelo 71114045 - Sapato luva homem,
cor Z01 (azul), com um total de 1.420 pares. A ordem de fabrico nº 2 refere-se ao modelo
71216393 - Sapato com pala para homem, cor P02 (preto) com um total de 2.620 pares.
(Anexo 18).

5. MEDIDAS DE GESTÃO PARA RESOLUÇÃO DOS DESVIOS VERIFICADOS


Para minimizar os desvios mencionados neste relatório, deveremos tomar as seguintes
medidas:

 Aplicação do método do centro tecnológico do calçado, em que consiste no ajuste de


mais ou menos 3% da matéria prima, tendo em conta o numero base, isto é, se
tivermos um numero base Tam. 39 e se realizarmos encomenda do tamanho 36,
deveremos reduzir em 9%.
 Para as avarias de equipamentos, este são muito difíceis de prever, no entanto
poderemos tomar medidas preventivas por forma a minimizar, tais como, fazer a
manutenção preventiva regularmente e também ter em stock as peças de maior
desgaste e/ou com a probabilidade de se danificar.
 Esperas internas, poderão ser solucionadas com melhor aproveitamento de tempos e
métodos e/ou com a colocação de auxiliares nos postos em défice. É também
importante, fazer o planeamento antecipados dos trabalhos por forma a convergir as
necessidades.
 Esperas externas, poderemos inicialmente melhor os prazos de encomenda, isto é,
antecipando o envio das requisições de materiais ou de trabalhos, como também
sensibilizar o fornecedor relativamente aos prazos de entrega, bem como avaliar a sua
prestação consoante o cumprimento do mesmo. Deverá também ser aplicado
penalizações no caso de incumprimento dos prazos de entrega.
 Relativamente à reparação de defeitos, a mesma deverá ser antecipada, isto é, dar
formação continua aos colaboradores por forma a sensibilizar para os defeitos que
surgem durante o processo produção e que estes não continuem para as restantes
operações, evitando assim que sejam detetados só no final da linha de montagem.

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6. ANEXOS

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Anexo 2

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Anexo 3

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Anexo 5

Anexo 6

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Anexo 18

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