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Essa nova visão se torna determinante ao possibilitar que o estudo da sociedade passe
a considerar as interpretações que os homens constroem sobre o seu modo de viver
coletivamente. É nesse sentido, portanto, que se deve compreender que o conhecimento
científico parte do conhecimento produzido pelo senso comum, com a finalidade de superá-lo
por meio da reinterpretação das interpretações construídas pelos atores sociais em sua prática
cotidiana, a fim de que eles possam tomar consciência dela e se tornem, consequentemente,
capazes de transformá-la – pois, como dizia Karl Marx, “Os homens fazem a sua própria
história, mas não a fazem segundo a sua livre vontade; não a fazem sob circunstâncias de sua
escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo
passado. A tradição de todas as gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos
vivos”. A obra de Marx O 18 Brumário pode ser lida se você clicar no link:
http://www.marxists.org/portugues/marx/1852/brumario/cap01.htm
conhecimento compartilhado entre os sujeitos sociais em suas relações, uma vez que é de
significados compartilhados que se constitui a interação entre indivíduos, que, em sua prática
social, também são capazes de interpretar as suas vivências e de representá-las.