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Ter uma boa IE significa que você lida bem com as suas emoções, lida bem com
o stress e consegue captar o humor das outras pessoas.
Mas isso é “o que” acontece, e tem muito conteúdo por aí explicando isso. Já
o “como” envolve diversas técnicas – e é aí onde a maioria das pessoas não tem
conhecimento.
E isso pode acontecer por falta de autocontrole; talvez por você saber o que
“deveria” fazer, mas isso não ser melhor que a opção mais fácil; ou você até sabe
qual é a melhor escolha no longo prazo, mas só prefere lidar com isso depois.
Ser um mestre da IE significa saber quando as suas emoções precisam ser
domadas (como o nervosismo no meio de uma apresentação em público) e
quando elas precisam ser escutadas (como ao expressar os seus próprios
sentimentos para o crush).
Quais são as habilidades da inteligência emocional?
Para dominar a IE, você precisa:
2. Tolerar o desconforto
Ou seja, a capacidade de estar numa situação
de raiva, frustração ou tristeza e… só isso. Estar preparado numa situação dessas.
E isso pode parecer contra intuitivo (porque é), mas é um erro muito comum
pensarmos que, se estamos nos sentindo mal por algum motivo, precisamos fazer
algo pra nos sentirmos bem na mesma hora.
Mas e se você só conseguisse ver metade das cartas? Como você vai vencer se
metade das variáveis é desconhecida? Pior ainda: e se você descobrisse que a
outra pessoa pensava que o jogo era outro?
Não saber lidar com as suas emoções é como o primeiro twist da metáfora. Como
você poderia ser mais feliz se é difícil de sequer entender o que é felicidade pra
você?
Como a segunda mudança na metáfora mostra, a IE também te ajuda, seja com
amigos ou no trabalho, a pegar qual é o “jogo” da vez.
Assim como você aprende a pintar uma técnica de cada vez e depois vai juntando
elas, você desenvolve os pilares da IE e combinando eles na sua vida!
Autoconhecimento emocional
Esse pilar envolve não só conhecer bem as emoções humanas pelo nome, como
também perceber quando elas estão presentes dentro de você. Não existe um
dicionário definitivo emocional, mas o modelo predominante delineou algumas
emoções observáveis e universais: alegria, tristeza, raiva, medo, surpresa e nojo.
A partir delas, você pode perceber emoções com maior nuance, como a mistura
de tristeza e alegria de ver um filho saindo de casa para morar em outra cidade e
fazer faculdade.
Automotivação
Não é todo dia que se fala sobre canalizar as suas emoções para fazer o que você
precisa. Mas todo mundo já passou por um ímpeto de motivação.
“Quer saber? Vou arrumar o quarto, jogar o lixo fora e mudar minha vida cem
por cento!” é este tipo de pensamento que costuma acompanhar esses flashes de
inspiração. No geral, quando bate essa motivação, temos um pico incrível
de produtividade.
O quarto de fato é arrumado, o lixo de fato é tirado e assim em diante… até certo
ponto. É inevitável: começamos a desacelerar de novo e ninguém sabe quando
outra inspiração vai bater. Entender melhor o que te ajuda a se motivar é algo
mais fácil com IE.
Empatia
Em geral, seres humanos vêm pré-preparados para ter uma ideia de como os
outros estão se sentindo. Ainda assim, alguns de nós são melhores nisso do que
outros. Pessoas menos empáticas tendem a lidar menos com emoções em geral,
tanto as dos outros quanto as próprias.
O mesmo processo que faz o seu doguinho se esconder debaixo da cama quando
soa um trovão aconteceria com você caso você descobrisse que tem uma
tarântula enorme andando na parte de trás do seu pescoço. O medo é automático
e, dependendo do quão forte ele for, o reflexo também será.
Sentir e reagir às suas emoções é, quase cem por cento, trabalho do sistema 1.
Então quanto mais uma situação te deixa com ansiedade ou medo ou até paixão e
felicidade, maiores as chances de você agir de maneira automática.
O Sistema 2:
Por outro lado, conseguimos acompanhar bem melhor o sistema 2. Enquanto
você estava calculando que 24 vezes 4 é, na verdade, 96, você deve ter se dado
conta que estava calculando.
O segredo aqui não é fazer o sistema 2 lutar pelo controle, mas sim praticar
quando você está de boas como você gostaria de reagir. Que nem um lutador de
boxe pratica por muito tempo, até que uma defesa ou combinação de socos saia
de forma automática, você também pode praticar técnicas de regulação
emocional e comunicação quando tudo está bem.
Por exemplo, temos clientes de terapia que sofrem com ansiedade que treinam
respiração diafragmática e relaxamento muscular (duas excelentes técnicas pra
regular suas emoções) todos os dias, mesmo que só um pouquinho, de forma que
quando tiverem um ataque de pânico, eles já saibam de forma automática como
reagir.
A respiração diafragmática consiste em algo muito simples: respirar no ritmo 4-
2-6. Ou seja: inspirar contando até 4; segurar o ar contando até 2; soltar o ar pela
boca contando até 6. Que tal experimentar?