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Alumínio e suas ligas

BRENNO FERREIRA DE SOUZA


BRUNO NERY STOCO
NATALIE DE LACERDA CITELI
Roteiro
• Introdução
• Histórico
• Características
• Propriedades
• Ligas de Alumínio
• Processos de Produção
• Tratamentos das Ligas
• Soldagem
• Aplicações
• Conclusão
Introdução
O alumínio é um metal sólido na temperatura ambiente
que apresenta estrutura cristalina cúbica de face
centrada, sendo o elemento metálico mais abundante da
crosta terrestre(8,13%). Sua leveza, condutividade
elétrica, resistência à corrosão e baixo ponto de fusão
lhe conferem uma multiplicidade de aplicações,
especialmente nas soluções de engenharia aeronáutica.
Entretanto, mesmo com o baixo custo para a sua
reciclagem, o que aumenta sua vida útil e a estabilidade
do seu valor, a elevada quantidade de energia
necessária para a sua obtenção reduzem sobremaneira
o seu campo de aplicação, além das implicações
ecológicas negativas no rejeito dos subprodutos do
processo de reciclagem, ou mesmo de produção do
alumínio primário.
Histórico
• 6000 a.c - Os Persas fabricaram potes e recipientes de argila que
continham óxido de alumínio (Al2O3).
• 3000 a.c - Argilas com alumina eram utilizadas por povos antigos do Egito e
Babilônia para a fabricação de cosméticos, medicamentos e corantes de
tecidos.
• 1809 - Humphrey Davy fundiu ferro na presença de alumina, obtendo uma
liga de ferro e de um novo metal que batizou de "Alumium", mais tarde
chamado de "Aluminium".
• 1821 – A bauxita foi identificada na região de Les Baux, no sul da França.
• 1825 – O metal Alumínio foi isolado pelo químico Oersted.
• 1854 – A primeira obtenção industrial do alumínio por via química, por
Sainte-Claire Deville
• 1886 – Processo desenvolvido pelo americano Charles Martin Hall e pelo
francês Paul-Louis-Toussaint Héroult que consistia em submeter massas
de alumina (óxido de alumínio) purificada, dissolvidas em criolita fundida,
ao processo de eletrólise.
• 1917 – Foi atingido o primeiro milhão de toneladas de produção anual de
bauxita.
• 1928 – Primeiras referências sobre a bauxita no Brasil nos Anais da Escola
de Minas de Ouro Preto
• 1945 – 1º lingote produzido do Hemisfério Sul na fábrica da ELQUISA –
Ouro Preto - MG
Características
• Leveza
• Condutividade Elétrica e Térmica
• Impermeabilidade e Opacidade
• Alta relação Resistência/Peso
• Resistência e Dureza
• Beleza
• Moldabilidade e Soldabilidade
• Resistência a Corrosão
• Reciclabilidade
Leveza

• Característica essencial na indústria de transportes, representa menor


consumo de combustível, menor desgaste, mais eficiência e capacidade de
carga. Para o setor de alimentos, traz funcionalidade e praticidade às
embalagens por seu peso reduzido em relação a outros materiais.
Condutividade Elétrica e Térmica
• O alumínio é um excelente meio de transmissão de energia,
seja elétrica ou térmica. Um condutor elétrico de alumínio
pode conduzir tanta corrente quanto um de cobre, que é duas
vezes mais pesado e, conseqüentemente, caro. Por isso, o
alumínio é muito utilizado pelo setor de fios e cabos.
• O metal também oferece um bom ambiente de aquecimento e
resfriamento. Trocadores e dissipadores de calor em alumínio
são utilizados em larga escala nas indústrias alimentícia,
automobilística, química, aeronáutica, petrolífera, etc. Para as
embalagens e utensílios domésticos, essa característica
confere ao alumínio a condição de melhor condutor térmico, o
que na cozinha é extremamente importante.
Impermeabilidade e Opacidade

• Característica fundamental para embalagens de


alumínio para alimentos e medicamentos. O alumínio
não permite a passagem de umidade, oxigênio e luz.
Essa propriedade faz com que o metal evite a
deterioração de alimentos, remédios e outros produtos
consumíveis.
Relação resistência/peso

• Importante para a indústria automotiva e de transportes,


confere um desempenho excepcional a qualquer parte
de equipamento de transporte que consuma energia
para se movimentar. Aos utensílios domésticos oferece
uma maior durabilidade e manuseio seguro, com
facilidade de conservação.
Resistência e Dureza

• Ao mesmo tempo em que o alumínio possui um alto grau de


maleabilidade, ele também pode ser trabalhado de forma a
aumentar sua robustez natural. Com uma resistência à tração
de 90 Mpa, por meio do trabalho a frio, essa propriedade
pode ser praticamente dobrada, permitindo seu uso em
estruturas, com excelente comportamento mecânico,
aprovado em aplicações como aviões e trens.
Beleza

• O aspecto externo do alumínio, além de conferir um bom


acabamento apenas com sua aplicação pura, confere modernidade
a qualquer aplicação por ser um material nobre, limpo e que não se
deteriora com o passar do tempo. Por outro lado, o metal permite
uma ampla gama de aplicações de tintas e outros acabamentos,
mantendo sempre o aspecto original e permitindo soluções criativas
de design.
Moldabilidade e Soldabilidade

• A alta maleabilidade e ductibilidade do alumínio permite


à indústria utilizá-lo de diversas formas. Suas
propriedades mecânicas facilitam sua conformação e
possibilitam a construção de formas adequadas aos
mais variados projetos.
Resistência a Corrosão
• O alumínio tem uma auto-proteção natural que só é
destruída por uma condição agressiva ou por
determinada substância que dissipe sua película de
óxido de proteção. Essa propriedade facilita a
conservação e a manutenção das obras, em produtos
como portas, janelas, forros, telhas e revestimentos
usados na construção civil, bem como em
equipamentos, partes e estruturas de veículos de
qualquer porte. Nas embalagens é fator decisivo quanto
à higienização e barreira à contaminação.
Reciclabilidade

• Uma das principais características do alumínio é sua alta


reciclabilidade. Depois de muitos anos de vida útil, segura e
eficiente, o alumínio pode ser reaproveitado, com recuperação de
parte significativa do investimento e economia de energia, como já
acontece largamente no caso da lata de alumínio. Além disso, o
meio ambiente é beneficiado pela redução de resíduos e economia
de matérias-primas propiciadas pela reciclagem.
Propriedades (Al Puro)

• Densidade 2,7 g/cm3


• LR ~ 48Mpa
• LE (0,2%) ~ 12,7Mpa
• Módulo de Young ~ 7030 Kg/mm2
• Limite de Fadiga(5.108 ciclos) ~15MPa
• Ponto de Fusão – 660°C
• Fluência a partir de 200°C
• Sua resistência aumenta a baixas
temperaturas sem perder Ductilidade
Ligas de Alumínio

• A principal função das ligas de alumínio é aumentar a


resistência mecânica sem prejudicar as outras propriedades.
• Elementos de liga:
- Elementos de característica principal (resistência mecânica,
resistência à corrosão, fluidez no preenchimento de moldes,
etc.);
- Elementos de função acessória (controle de microestrutura,
de impurezas, etc.)

• Principais tipos de ligas:


- Ligas Trabalhadas
> Não tratáveis termicamente
> Tratáveis termicamente
- Ligas Fundidas
Ligas de Alumínio

• A composição química do alumínio e suas ligas são


expressas em percentagem, obedecendo a Norma NBR 6834
da ABNT.

• Principais Tipos de Ligas Trabalháveis (ASTM):

- Série 1xxx – Alumínio Comercialmente Puro

- Série 2xxx – Ligas Al-Cu. Tratadas termicamente de alta


resistência mecânica. Tão resistentes quanto o aço estrutural,
mas necessitam de proteção superficial.

- Série 3xxx - Conformabilidade e resistência à corrosão são


similares às da série 1XXX com propriedades mecânicas um
pouco maiores, particularmente quando deformadas a frio.
Ligas de Alumínio

- Série 4xxx – Ligas de Al-Si para consumíveis de soldagem.

- Série 5xxx – Ligas de Al-Mg. São as mais resistentes. Estão


disponíveis em vários formatos, como lâminas, chapas,
perfis, tubos, arames, etc. Elas também possuem elevada
resistência à corrosão e são facilmente produzidas e
soldadas.

- Série 6xxx – Ligas de Al-Mg-Si. Tratadas termicamente de


média resistência mecânica e com elevada resistência à
corrosão.

- Série 7xxx – Ligas de Al-Zn. Tratadas termicamente de alta


resistência mecânica, boa resistência a corrosão e boa
conformabilidade.
Ligas de Alumínio
Ligas de Alumínio

• Ligas Fundidas:
Diferentemente dos materiais trabalháveis, que estão
sujeitos a uma variação dos processos de aquecimento e de
resfriamento, as ligas de fundição adquirem suas
propriedades na condição de fundida (em alguns casos, com
tratamento térmico) e, conseqüentemente, um grupo diferente
de ligas tem sido formulado para a produção de peças
fundidas.

- Fundição em areia, sob pressão e de precisão.

LR – 80 a 330 Mpa
LE – 25 a 300 Mpa
AL – 45 a 0,5 %
Ligas de Alumínio

• Principais tipos de Ligas Fundidas:

- Al-Cu: boa resist. mecânica e ótima usinabilidade;


resist. à corrosão e à oxidação baixas.

- Al-Si: elevada resist. à corrosão.

- Al-Mg: boa resist. mecânica, à corrosão e boa


usinabilidade.

- Al-Sn: usadas na confecção de mancais e buchas.


Chapas finas de aço, Al e desta liga são laminadas e
tratadas termicamente obtendo-se uma peça completa
de mancal, com estreito contato físico entre elas.
Ligas de Alumínio
Ligas de Alumínio
Processos de Produção

• Laminação
• Estampagem
• Extrusão
• Forjamento
• Fundição
• Usinagem
Tratamentos das Ligas

A têmpera para o Alumínio é uma condição aplicada ao metal


ou liga, por meio de deformação plástica a frio ou de
tratamento térmico, propiciando-lhe estrutura e propriedades
mecânicas características. A expressão não tem qualquer
ligação com a usada nos produtos de aço (material tratado
termicamente para aumentar suas propriedades mecânicas).

• Principais Tratamentos Térmicos:

- Homogeneização;
- Solubilização/Envelhecimento;
- Recozimento Pleno;
- Recozimento parcial;
- Estabilização.
Homogeneização

• É realizado em temperaturas ao redor de 500ºC – dependendo da liga – e


tem a função de remover ou reduzir as segregações, produzir estruturas
estáveis e controlar certas características metalúrgicas, como propriedades
mecânicas, tamanho de grão, estampabilidade, entre outras. Na laminação
a quente, este tratamento pode ser executado concomitantemente ao
aquecimento das placas.
Solubilização/Envelhecimento

• Dá às ligas que respondem a esse tratamento térmico uma


maior resistência mecânica. O processo é o seguinte:

1) O metal é aquecido uniformemente até cerca de 500°C. A


temperatura exata depende de cada liga. O aquecimento
ocasiona a dissolução dos elementos de liga na solução
sólida (tratamento de solução);
2) Segue-se um resfriamento rápido, geralmente em água, que
previne temporariamente a precipitação dos elementos da
liga. Esta condição é instável. Gradualmente, os constituintes
precipitam-se de uma maneira extremamente fina (somente
visível por potentes microscópios), alcançando o máximo
efeito de endurecimento (envelhecimento). Em algumas ligas
isto ocorre espontaneamente depois de alguns dias
(envelhecimento natural). Outras requerem um
reaquecimento por algumas horas a cerca de 175°C
(tratamento de precipitação).
Solubilização/Envelhecimento

• As chapas são normalmente tratadas num banho de sal fundido, que


possui alta taxa de calor e fornece suporte ao metal, prevenindo possíveis
deformações em altas temperaturas. Fornos com circulação de ar forçado
são geralmente utilizados para perfis extrudados, tubos, forjados e peças
fundidas.

• Efeitos de um tratamento térmico completo:


- Aumento substancial no limite de resistência à tração e
- Redução da ductilidade.

• Normalmente, o tratamento térmico é precedido de uma operação de


conformação severa, se for necessária. A maior parte das conformações
podem ser feita antes do tratamento de solução, com um acerto posterior
para corrigir distorções não previstas que possam ocorrer durante o
resfriamento. Porém, preferencialmente, a conformação deve ser feita
imediatamente após o tratamento de solução, antes do envelhecimento.
Quando esta conciliação for difícil, é possível retardar o envelhecimento
mantendo os componentes resfriados. Essa técnica é freqüentemente
aplicada em rebites para a indústria de aviação.
Recozimento Pleno
• O recozimento pleno é um tratamento térmico em que se obtém as
condições de plasticidade máxima do metal (têmpera O),
correspondendo a uma recristalização total do mesmo. O processo
é o seguinte:

- O metal é aquecido, geralmente na faixa de 350°C,


suficientemente para permitir o seu rearranjo numa nova
configuração cristalina não deformada;
- Este processo de recristalização remove o efeito do trabalho a frio
e deixa o metal numa condição dúctil. O recozimento bem sucedido
caracteriza-se somente pela recristalização primária;
- Deve-se evitar superaquecimentos que causam coalescência e o
crescimento exagerado dos grãos, também chamada de
recristalização secundária, com a conseqüente tendência de ser
desenvolvido o defeito "casca de laranja" nos trabalhos
subseqüentes, principalmente de estampagem.
Recozimento Pleno
Recozimento Parcial

• Este tipo de tratamento térmico


corresponde a uma recristalização parcial
do material, permitindo a obtenção de
têmperas com alongamentos maiores.
Esse processo favorece, em alguns
casos, o processo de estampagem,
conferindo ao produto final uma maior
resistência mecânica. Pode ser realizado
entre as temperaturas de 200°C a 280°C,
dependendo da porcentagem de redução
aplicada na laminação a frio.
Estabilização

• Nas ligas Al-Mg (série 5XXX), após alguns


dias em temperatura ambiente, ocorre
uma perda de propriedades mecânicas do
material deformado a frio. Para contornar
esse inconveniente, aquece-se o material
em temperaturas ao redor de 150ºC para
acelerar a recuperação (têmperas H3X).
Este tratamento alivia a tensão residual
dos materiais encruados e aumenta a
resistência à corrosão das ligas de AlMg.
Tratamentos das Ligas
Tratamentos das Ligas
Soldagem

• As ligas de alumínio podem ser soldadas satisfatoriamente,


visto que as linhas de solda são bastante resistentes para as
suas várias aplicações, através da:

- Escolha adequada da liga de adição,


- Utilização de técnicas apropriadas.

• A escolha do processo de soldagem é determinada:

- espessura do material,
- tipo de cordão de solda,
- requisitos de qualidade,
- aparência e
- custo.
Soldagem
• Processos de Soldagem para Alumínio:
Soldagem
• Porém os dois processos mais conhecidos e utilizados para Alumínio são o MIG e o
TIG:

- TIG
O processo TIG é o mais aplicado na soldagem das ligas de alumínio e foi o
primeiro a ser desenvolvido com proteção de gás inerte adequado para soldar o
alumínio.
Soldagem
- MIG
A soldagem MIG é um processo em que o arco elétrico, obtido por meio de
uma corrente contínua, é estabelecido entre a peça e um arame de alumínio ou liga
de alumínio, que combina as funções de eletrodo e metal de adição, numa atmosfera
de gás inerte.

Tal como no processo TIG, o gás inerte protege a região do arco contra a
contaminação atmosférica durante a soldagem. Na soldagem MIG do alumínio,
normalmente, são utilizados os gases argônio, hélio ou uma mistura de argônio/hélio.
Soldagem
• Consumíveis:
Soldagem
• Soldabilidade das ligas:

- Soldabilidade do Alumínio e das Ligas Al-Mn (Série 1XXX e 3XXX)


O metal de enchimento com a mesma composição do metal base é adequado para a
soldagem do alumínio comercialmente puro (1080 e 1050) e ligas de Al-Mn (3103, 3105 e
3003), não obstante o metal de enchimento na liga Al-Si (ER-4043) ser preferido, em
virtude de sua elevada fluidez, facilitando a fusão e provendo uma resistência maior da
solda.

- Soldabilidade das Ligas Al-Cu (série 2XXX)


Até bom pouco tempo, raríssimos trabalhos em soldagem (exceto por resistência) foram
realizados com esta série, e a maioria deles nas ligas 2014 e 2024 em chapas de
espessuras finas. A liga 2219, desenvolvida mais recentemente da série 2000, é
basicamente uma liga binária Al-6Cu, com boa soldabilidade e muito utilizada na
fabricação de tanques de combustível soldados para foguetes. O problema da maioria das
ligas Al-Cu é fissuramento na solda (exceto a 2219), particularmente em grandes
espessuras ou quando soldadas sob restrição. As soldas com as ligas 2014 e 2024
geralmente apresentam baixa durabilidade. Em geral, para se conseguir melhores
propriedades mecânicas na condição como soldada com essas ligas, é necessário o uso
de velocidade de soldagem elevada em conjunto com uma alta taxa de resfriamento, e
máxima transferência de calor no metal base. O tratamento térmico após soldagem pode
ser utilizado para obter uma melhora adicional na resistência, particularmente no limite de
escoamento.
Soldagem
- Soldabilidade das Ligas Al-Mg (Série 5XXX)
As soldas por fusão, feitas nas ligas Al-Mg (5252, 5052, 5005, 5050), estão sujeitas a
trincas à quente durante a solidificação, se for usado metal de enchimento de mesma
composição química do metal base; e o risco de fissuras aumenta se a solda for realizada sob
condições que impeçam a livre movimentação das peças a serem unidas. Este problema pode
ser facilmente superado pelo aumento do teor de Mg da peça de solda, para mais de 3% Mg, que
pode ser feito mediante o uso de um metal de enchimento adequado. Os metais de enchimento
do tipo Al-Mg (ER-5356, ER-5556) são muito eficazes e podem evitar a fissuração até mesmo em
juntas com movimentação restrita, nas quais há considerável diluição do metal base. Uma
vantagem adicional dos metais de adição de ligas com maior teor de Mg consiste em que a
resistência do metal de solda superará aquela do metal base na zona termicamente afetada
(ZTA).
A liga Al-Mg3-Mn (5454) foi especialmente desenvolvida para aplicações sob tensões, por
períodos prolongados e temperaturas de serviços de 65ºC (por exemplo, em vasos de pressão,
sistemas de tubulação ou navios petroleiros, transportando cargas aquecidas ou sujeitas à
limpeza com vapor), onde as ligas contendo mais de 3% de Mg estão sujeitas a sofrer corrosão
sob tensão em determinadas condições metalúrgicas e ambientais. Em tais casos, o metal base
5454 deve ser soldado com metal de adição na liga Al-Mg-Mn (5554), desenvolvido para esse
fim. A fissuração à quente não é normalmente um problema com essa combinação de materiais,
recomendando-se porém razoável cuidado para evitar-se um nível de restrição elevado.
A liga de Al-Mg4, 5-Mn (5083) é a mais resistente das ligas trabalháveis não tratáveis
termicamente, e há muitos anos vem sendo amplamente usada na área de estruturas soldadas
em aplicações marítimas e aplicações criogênicas. Essa liga não tem tendência à fissuração e
pode ser soldada com os seguintes metais de adição normalizados: Al-Mg5 (ER-5356) , Al-
Mg4,5-Mn (ER-5183) ou Al-Mg5,2-Cr (ER-5556). Destes metais de enchimento, o de
classificação ER-5356 é empregado mais comumente na fabricação em geral, porém os ER-5183
e ER-5556 são freqüentemente preferidos para a soldagem de material espesso (acima de 20,0
mm), visto que a liga ER-5183 proporciona uma união satisfatória com o metal de base na
condição recozida, e a liga ER-5556 fornece uma maior resistência, porém com ductilidade e
tenacidade ligeiramente inferiores.
Soldagem
- Soldabilidade das Ligas Al-Mg-Si (Série 6XXX)
As ligas tratáveis termicamente da série 6XXX também apresentam fragilidade à quente e
podem sofrer graves fissurações durante a solidificação, se soldadas sem metal de enchimento
ou usando metal de enchimento com a mesma composição do metal base. A eliminação do
problema pode ser conseguida pelo uso de metais de enchimento de Al-Mg com 5% de Mg ou de
Al-Si (ER-4043), para conduzir a composição do metal de solda a uma faixa que não seja de
fragilidade à quente. Nos casos em que for importante uma coincidência de tonalidade entre o
metal de solda e o metal base, tal como, por exemplo, nos conjuntos anodizados, recomenda-se
o uso de metal de adição com 5% de Mg. Em se tratando juntas com diluição pelo metal base
superior a 80%, como por exemplo nas juntas de topo com arestas paralelas e sem abertura, é
possível obter-se uma resposta ao tratamento térmico de solubilização posteriormente à
soldagem, usando-se qualquer uma das ligas de enchimento.

- Soldabilidade das Ligas Al-Zn-Mg (Série 7XXX)


As ligas da série 7XXX são sujeitas a fissuração durante a solidificação da solda, mas isto
pode ser eliminado pelo emprego de metal de enchimento do tipo Al-Mg5 (ER-5456 e ER-5556).
Se a configuração da junta produzir uma diluição elevada do metal base, poderá haver alguma
resposta ao envelhecimento natural no metal de solda, porém isto deve ser considerado com um
ganho extra e não como um requisito de projeto. Nos casos de soldas em chanfro do tipo “V”, em
materiais espessos (acima de 12,0 mm), ou de soldas em filete, onde a diluição é pequena, existe
alguma justificativa para o uso da liga Al-Mg-Zn (como exemplo ER-5039), para a obtenção de
um endurecimento por precipitação mais eficaz no metal de solda.
Soldagem
• Tabela prática para a escolha da liga de adição
Aplicações

• Bens de Consumo
• Automotivo e Transportes
• Construção Civil
• Indústria Elétrica
• Embalagens
• Máquinas e Equipamentos
• Outros Setores
Bens de Consumo
Automotivo e Transportes
Construção Civil
Indústria Elétrica
Embalagens
Máquinas e Equipamentos
Outros Setores
Conclusão

As características do alumínio permitem que


ele tenha uma diversa gama de aplicações
como visto. Por isso, o metal é um dos mais
utilizados no mundo todo. Material leve,
durável e bonito, o alumínio mostra uma
excelente performance e propriedades
superiores na maioria das aplicações.
Produtos que utilizam o alumínio ganham
também competitividade, em função dos
inúmeros atributos que este metal incorpora
além da reciclabilidade.
OBRIGADO!

VOLTA REDONDA,
16 DE ABRIL DE 2009

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