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Disciplina Físico-Química para Processos Ambientais

Professor Eduardo Brocchi


Aluna Isabele de Brito Fortes

Trabalho 4
“30/04 – Semana 7 – Junção da Visão Física de um Processo com o Equacionamento Termodinâmico
e sua Representação Gráfica. Reação de Dissociação."

• Reação de Dissociação
Dissociação é um processo de quebra de ligações ao longo do aumento da temperatura, dependendo
de um composto, ele pode se dividir em dois ou mais componentes.

A fórmula geral para uma reação de dissociação pode ser escrita como:
𝐴𝐵 → 𝐴 + 𝐵
As reações de dissociação tendem a ser, geralmente, reações químicas reversíveis. Como um
composto pode se dissociar em outros componentes, devemos realizar o processo de forma seletiva, ou seja,
aumentando a temperatura de forma gradativa, retirando os óxidos, sulfetos/cloretos/carbonato
progressivamente.

A temperatura de dissociação de uma substância é a temperatura na qual o valor da constante de


equilíbrio (k) da reação, é igual a 1, porém não é uma regra, a dissociação pode ocorrer em temperaturas
menores, com uma atividade em torno de 10−3.

Para o trabalho proposto, apresentar a dissociação de um sulfato ou carbonato metálico (com a


representação da pressão de equilíbrio e pressão máxima), utilizei o banco de dados do Software HSC
Chemistry, Programa Excel para elaboração dos gráficos e Programa Word para exposição dos resultados.

Equações
Pressão de Equilíbrio (Pressão Teórica) Pressão Máxima (Pressão Gases Ideiais)
𝑃. 𝑉 = 𝑛. 𝑅. 𝑇
∆𝐺° = −𝑅𝑇𝑙𝑛(𝑘) 𝑛. 𝑅. 𝑇
𝑘 = 𝑝𝑐𝑜2 𝑃𝐶𝑂2 ∕𝑆𝑂3 =
𝑉
−∆𝐺°
𝑙𝑛(𝑝𝑐𝑜2 ) = 𝑎𝑡𝑚.𝐿
𝑅𝑇 Onde, 𝑉 = 10.000𝐿 ; 𝑅 = 0,082 ; 𝑛 = 250 𝑚𝑜𝑙𝑠
−∆𝐺° 𝑚𝑜𝑙.𝐾
𝑝𝑐𝑜2 = 𝑒 𝑅𝑇
250.0,082. 𝑇
𝐽 𝑃𝐶𝑂2 ∕𝑆𝑂3 =
Onde, 𝑅 = 8,314 10.000
𝐾.𝑚𝑜𝑙

Os compostos escolhidos para este trabalho foram sulfato ferroso e carbonato de cálcio.
• Sulfato Ferroso (𝑭𝒆𝑺𝑶𝟒 )
A reação do sulfato ferroso é definida como:
𝐹𝑒𝑆𝑂4 → 𝐹𝑒𝑂 + 𝑆𝑂3 (𝑔)

Através das informações obtidas pelo programa HSC 6.0, podemos plotar o Gráfico ∆𝐺°𝑥𝑇,
conforme Gráfico 1 abaixo. E de primeiro momento, podemos identificar que 𝑝𝑐𝑜2 = 1, em torno da
temperatura de 1200°C (1473,15K).

FeSO4 = FeO + SO3(g)


300.000
Energia Livre de Gibbs (∆𝐺°, em J)

200.000

100.000

0.000
0.000 500.000 1000.000 1500.000 2000.000 2500.000 3000.000
-100.000

-200.000

-300.000
Temperatura (T, em °C)

Gráfico 1. Gráfico de Energia Livre (J) x Temperatura (°C)

Com os cálculos das equações de pressões de SO3 e pressão máxima, é possível plotar o Gráfico
𝑃𝑆𝑂3 𝑥𝑇, conforme Gráfico 2 abaixo.

5.000E+000

4.000E+000
pSO3 (P, em atm)

3.000E+000

2.000E+000 Pressão Eq
Pressão Máx
1.000E+000

0.000E+000
273.150 773.150 1273.150 1773.150 2273.150 2773.150 3273.150
-1.000E+000
Temperatura (T, em K)

Gráfico 2. Gráfico de Pressão (atm) x Temperatura (K)

Como podemos observar no gráfico acima (Gráfico 2), para temperaturas abaixo do
cruzamento, a pressão máxima está acima da pressão de equilíbrio, portanto podemos dizer que o
que controla é o equilíbrio da reação. Por mais que exista massa para reagir, a reação não ocorre
porque o equilíbrio “domina” a reação. Após o cruzamento das curvas, o equilíbrio favorece a
reação de acontecer, o limitante é a pressão máxima, porque não tem mais massa para reagir.
Utilizando o banco de dados do programa HSC Chemistry 6.0, podemos obter a seguinte
composição de equilíbrio, graficamente.

Gráfico 3. Gráfico de Espécies (kmol) x Temperatura (°C)

Até cerca de 300°C, a única espécie presente no sistema reacional é o FeSO4, a partir desta
temperatura o sulfato de ferroso começa a se decompor e algumas espécies começam a ser
formadas.
Há uma evolução do SO2 e O2 na fase gasosa, espécies intermediárias sendo formadas
(Fe2(SO4)3, Fe2O3), atingindo seu ápice e se decompondo, assim como a formação dos óxidos
de ferro (FeO, Fe2O3, Fe3O4).
Com a decomposição do sulfato, percebe-se a diminuição do SO3 e um aumento
significativo do SO2.
• Carbonato de Cálcio (𝑪𝒂𝑪𝑶𝟑 )
A reação do carbonato de cálcio é definida como:
𝐶𝑎𝐶𝑂3 → 𝐶𝑎𝑂 + 𝐶𝑂2 (𝑔)

Através das informações obtidas pelo programa HSC 6.0, podemos plotar o Gráfico ∆𝐺°𝑥𝑇,
conforme Gráfico 3 abaixo. E de primeiro momento, podemos identificar que 𝑝𝑐𝑜2 = 1, em torno da
temperatura de 1000°C (1273,15K).

CaCO3 = CaO + CO2(g)


200.000
Energia Livre de Gibbs (∆𝐺°, em J)

100.000

0.000
0.000 500.000 1000.000 1500.000 2000.000 2500.000 3000.000
-100.000

-200.000

-300.000
Temperatura (T, em °C)

Gráfico 4. Gráfico de Energia Livre x Temperatura (°C)

Com os cálculos das equações de pressões de CO2 e pressão máxima, é possível plotar o Gráfico
𝑃𝐶𝑂2 𝑥𝑇, conforme Gráfico 4 abaixo.

5.000E+000

4.000E+000
pCO2 (P, em atm)

3.000E+000

2.000E+000 Pressão Eq
Pressão Máx
1.000E+000

0.000E+000
273.150 773.150 1273.150 1773.150 2273.150 2773.150 3273.150
-1.000E+000
Temperatura (T, em K)

Gráfico 5. Gráfico de Pressão x Temperatura (K)

Analisando o Gráfico 4, para temperaturas abaixo do cruzamento das curvas, a pressão máxima
encontra-se acima da pressão de equilíbrio, assim prevalece o equilíbrio da reação. Mesmo que possua
massa para reagir, a reação não irá ocorrer, tendo em vista que o equilíbrio prevalecerá. Mas, após o
cruzamento, ocorre o contrário, o equilíbrio favorece a reação de acontecer, o limitante passa a ser a pressão
máxima, tendo em vista que toda massa já foi consumida.
Novamente, utilizando o banco de dados do programa HSC Chemistry 6.0, podemos obter
a seguinte composição de equilíbrio, graficamente.

Gráfico 6. Gráfico de Espécies (kmol) x Temperatura (°C)

Até cerca de 500°C, a única espécie presente no sistema reacional é o CaCO3, a partir desta
temperatura o carbonato de cálcio começa a se decompor e algumas espécies começam a ser
formadas.
Há uma evolução do CO2 e O2 na fase gasosa, espécies intermediárias sendo formadas,
como por exemplo a formação do óxido de cálcio (CaO).
Com a decomposição do carbonato, nota-se um aumento significativo do CO2.

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