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VERSÃO 01

ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO
CLAUDEMIR JOSÉ ANDRADE
Vice-Presidente

GABRIEL EYVIN BARBOSA GRIJÓ


Lead Designer
LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA MUNICIPAL
PLANO DIRETOR URBANO E AMBIENTAL
DE MANAUS E SUAS LEIS COMPLEMENTARES

MANAUS - AMAZONAS - BRASIL

JULHO 2021

Projeto do Implurb para o “Mirante da Ilha” de São Vicente


Praça Dom Pedro II
SUMÁRIO

MENSAGEM

APRESENTAÇÃO

PLANO DIRETOR

CÓDIGO DE OBRAS

PARCELAMENTO DO SOLO

CÓDIGO DE POSTURA

INTERESSE SOCIAL

USO E OCUPAÇÃO

PERÍMETRO URBANO

CRÉDITOS

Bairro Ponta Negra


01 MENSAGEM DO IMPLURB

CARLOS VALENTE
DIRETOR-PRESIDENTE

A Prefeitura de Manaus e o Instituto Municipal de Planejamento Urbano


(Implurb) tem uma preocupação de oferecer à população, principalmente a

consolidada, os quadros revisados e os mapas atualizados uma vez que o


Plano Diretor aprovado em 2014 recebeu alterações em 2016 e 2019.

Ao chegar no Implurb, percebemos a necessidade de oferecer à sociedade a


legislação consolidada, por meio de uma ferramenta moderna e contempo-
rânea, para se consultar rapidamente e tirar as dúvidas na forma de um
livro. A vice-presidência e a Diretoria de Planejamento Urbano (DPLA)
desenvolveram, de forma mais objetiva, esse trabalho que estará disponível
online para todo o público que precisar usar e eventualmente necessitar
licenciar seus empreendimentos junto à Prefeitura.

É mais um trabalho no sentido de se agilizar os processos de licenciamento,


que é o objetivo do prefeito David Almeida de transformar a cidade numa
capital mais atrativa para negócios. O prefeito entende que ao agilizar os
licenciamentos se transforma Manaus numa vitrine para novos investimen -
tos e para atender melhor as demandas da sociedade.

Praça da Saudade
Casarão da Inovação Cassina
Projeto do Implurb para o “Mirante da Ilha” de São Vicente
Casarão da Inovação Cassina
Lei Complementar N° 002, de 16 de Janeiro de 2014
DISPÕE sobre o Plano Diretor Urbano e Ambiental do Município
de Manaus e dá outras providências.

O PREFEITO DE MANAUS, no uso das atribuições VIII - integração entre os órgãos, entidades e
que lhe são conferidas pelo art. 80, inc. IV, da Lei Orgâ- conselhos municipais, visando à atuação coordenada
nica do Município de Manaus, no cumprimento das estratégias fixadas nesta Lei
FAÇO SABER que o Poder Legislativo decretou e eu san- Complementar e na execução dos planos, programas
ciono a seguinte e projetos a ela relacionados;
IX - gestão democrática, participativa e des-
centralizada da Cidade.
LEI:
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS DA POLÍTICA URBANA E TÍTULO II
AMBIENTAL DAS ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO

Art. 1º Esta Lei Complementar dispõe sobre Art. 2° Constituem estratégias para o desen-
o Plano Diretor Urbano e Ambiental do Município de volvimento do Município de Manaus:
Manaus, em atendimento ao disposto no artigo 182 I - a valorização de Manaus como metrópole
da Constituição Federal, nos artigos 39 a 42-B da Lei regional;
Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, Estatuto II - a ordenação e regulamentação do uso e
da Cidade, e nos artigos 227 e 228 da Lei Orgânica do ocupação do solo urbano;
Município de Manaus (LOMAN). III - a construção da Cidade com o comparti-
Parágrafo único. O Plano Diretor Urbano e lhamento dos benefícios gerados;
Ambiental constitui o instrumento básico da Política IV - a promoção:
Urbana e Ambiental do Município de Manaus, nos ter- a. da qualificação ambiental e cultural
mos do Estatuto da Cidade, formulado e implementado do território;
com base nos seguintes princípios: b. do desenvolvimento econômico do
I - cumprimento das funções sociais e ambien- Município;
tais da Cidade e da propriedade urbana, assim como c. do desenvolvimento do turismo;
dos espaços territoriais especialmente protegidos; d. da qualificação dos espaços públicos;
II - promoção da qualidade de vida e do e. do desenvolvimento e melhoria dos
ambiente; espaços protegidos;
III - valorização cultural da Cidade e de seus V - a garantia:
costumes e tradições, visando ao desenvolvimento a. das condições básicas de vida;
das diversidades culturais; b. da mobilidade urbana em todo o ter-
IV - inclusão social, por meio da regularização ritório municipal, com ênfase na acessibilidade
da propriedade territorial e da ampliação do acesso à da pessoa com deficiência e com mobilidade
moradia; reduzida;
V - aprimoramento da atuação do Poder Exe- c. do acesso democrático à terra regular
cutivo sobre os espaços da cidade, mediante a utili- e à moradia;
zação de instrumentos de controle do uso e ocupação d. da implementação do desporto e do
do solo; lazer.
VI - articulação das ações de desenvolvimento Parágrafo único. São objetivos centrais das
no contexto regional; estratégias de desenvolvimento, dentro da área urbana,
VII - fortalecimento do Poder Executivo as Zonas Territoriais Urbanas de Manaus, a partir das
na condução de planos, programas e projetos de características vocacionais a seguir descritas:
interesse para o desenvolvimento do Município de I - Zona Norte: constitui a grande área de tran-
Manaus, mediante a articulação com os demais entes sição e habitacional da Cidade, possuindo como limite
do Poder Público e a parceria com os agentes econô- a Reserva Florestal Adolpho Ducke;
micos, os movimentos sociais e comunitários; I - Zona Norte: constitui a área habitacional,

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possuindo como limite leste a Reserva Florestal Adol- desenvolvida;
pho Ducke; (Redação dada pela Lei Complementar III - valorização da relação sustentável de
nº 014/2019) Manaus com os rios Negro e Amazonas e demais cur-
II - Zona Sul: constitui principal referência sos d´água.
cultural e arqueológica, em especial pela localização
do seu Centro Histórico, além de ser o maior centro de Art. 5° A estratégia de valorização de Ma-
negócios da Cidade; naus como metrópole regional será efetivada por
II - Zona Sul: constitui principal referência meio das seguintes diretrizes:
cultural e arqueológica, em especial pela localização I - reforço à participação do Município em
do seu Centro Histórico, constituído pelo Setor 1 e planos e programas, de âmbito metropolitano, esta-
Subsetores Centro Antigo e Sítio Histórico, conforme dual e federal, voltados para o seu desenvolvimento e
o Anexo VI desta Lei, além de ser o maior centro de da região;
negócios da Cidade; (Redação dada pela Lei Comple- II - articulação interinstitucional com os dife-
mentar nº 014/2019) rentes entes de governo que atuam na região, com o
III - Zona Centro-Sul: constitui área habitacio- objetivo de integrar as ações para o desenvolvimento;
nal, além de ser a expansão do centro de negócios e III - instituição de mecanismos de articu-
serviços da Cidade, com verticalização caracterizada; lação permanente com a Administração dos Muni-
IV - Zona Leste: constitui uma das maiores cípios vizinhos, especialmente os limítrofes com
áreas habitacionais com característica horizontal da Manaus, visando à fomentação das atividades produ-
Cidade, possuindo, ainda, atividades industriais, agroin- tivas, à integração das funções e à gestão de serviços
dustriais, de agricultura familiar, de turismo ecológico, de interesse comum;
atividades portuárias e de proteção ambiental, por sua IV - fortalecimento da atuação dos agentes
localização na orla do Rio Amazonas; econômicos e de instituições de Manaus e dos de-
V - Zona Oeste: constitui território atrativo mais municípios do Estado para o desenvolvimento
para o turismo e lazer, propiciando o desenvolvimen- sustentável da região;
to urbano com sustentabilidade ambiental, por sua
localização na orla do Rio Negro e ainda o Igarapé do V - identificação das ações dos governos
Tarumã-Açu; federal e estadual no Município, priorizando a partici-
VI - Zona Centro-Oeste: constitui área habita- pação da Prefeitura naquelas de maior interesse para
cional com característica horizontal, contemplando o desenvolvimento local;
ainda um centro de referência em esportes e saúde
da Cidade. VI - incentivo à articulação de agentes e ins-
tituições, inclusive cooperativas e associações de
Art. 3° As estratégias de desenvolvimento do pequenos produtores, para formação de parcerias
Município de Manaus complementam-se com o mo- com a Prefeitura de Manaus, visando à implementa-
delo espacial contido nesta Lei Complementar, regu- ção de projetos de desenvolvimento;
lamentado por normas de uso e ocupação do solo e
de parcelamento do solo urbano, constantes de leis VII - intermediação junto à Superintendência
municipais específicas. da Zona Franca de Manaus - Suframa, com vistas à
expansão e diversificação das indústrias do Polo In-
dustrial de Manaus e das demais atividades econômi-
CAPÍTULO I cas;
VIII - implantação de terminal intermodal de
DA VALORIZAÇÃO DE MANAUS COMO
transportes em localização estratégica para o Muni-
METRÓPOLE REGIONAL cípio e em relação aos municípios limítrofes;
IX - reorganização logística dos transportes
Art. 4° A estratégia de valorização de Manaus
de cargas, especialmente a articulação entre os por-
como metrópole regional tem como objetivo geral
tos fluviais que atendem Manaus e os municípios da
orientar as ações do Poder Público e dos diferentes
região;
agentes da sociedade para a promoção do desenvol-
X - direcionamento dos investimentos públi-
vimento sustentável e integrado do Município.
cos para a implementação de programas de alcance
Parágrafo único. São objetivos específicos
social, com ênfase no atendimento à saúde, à educa-
da estratégia de valorização de Manaus como metró-
ção e à moradia, visando ao bem-estar social e am-
pole regional:
biental da população;
I - integração das funções do Município no
XI - implantação, com vistas à conquista da
contexto metropolitano, regional e nacional;
cidadania e à defesa da democracia, de espaços pú-
II - fixação do zoneamento do território mu-
blicos polivalentes e de elevado interesse comunitá-
nicipal, visando garantir a ocupação equilibrada de
rio.
seus espaços, a promoção social, a valorização dos
espaços territoriais como estratégia para o desen-
volvimento sustentável, assim como o desenvolvi-
mento não predatório das atividades produtivas neles

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CAPÍTULO II ção dos bens integrantes do patrimônio natural, são
DA QUALIFICAÇÃO AMBIENTAL consideradas as definições adotadas no Código Flo-
DO TERRITÓRIO restal, no Código Ambiental de Manaus e no Sistema
Municipal de Áreas Protegidas. (Redação dada pela
Art. 6° A estratégia de qualificação ambiental Lei Complementar nº 007/2016).
do território tem como objetivo geral tutelar e valorizar o Art. 8° A proteção do patrimônio natural
patrimônio natural do Município de Manaus, priorizando será implementada mediante:
a manutenção dos espaços especialmente protegidos, I - programas de proteção ao patrimônio na-
a resolução de conflitos e a mitigação de processos de tural, assim como os planos de gestão das unidades
degradação ambiental decorrentes de usos incompatí- de conservação;
veis e das deficiências de saneamento. II - utilização de instrumentos de intervenção
§ 1º São objetivos específicos da estratégia a urbana que incentivem a conservação do patrimônio
que se refere o caput deste artigo: natural;
I - defesa dos ambientes naturais, com disci- III - efetiva aplicação dos instrumentos pre-
plina de seu aproveitamento; vistos pelo Código Ambiental de Manaus;
II - implantação, manutenção e valorização IV - instituição de programa de educação am-
das unidades de conservação, dos fragmentos flo- biental junto à população em cada bairro e de proje-
restais, dos corredores ecológicos, das áreas verdes tos de educação ambiental nas escolas;
urbanas e de outros espaços relevantes de proteção V - apoio às ações da delegacia especializa-
de Manaus; da na área de crimes ambientais;
III - promoção da integridade das águas su- VI - estruturação e aparelhamento do órgão
perficiais e subterrâneas do território do Município, municipal responsável pela execução da Política Am-
por meio de ação articulada com as políticas estadual biental de Meio Ambiente, planejamento e gerencia-
e federal de gerenciamento dos recursos hídricos; mento dos programas de proteção e valorização das
IV - integração do gerenciamento ambiental áreas protegidas, dos ambientes naturais e dos cur-
às demais políticas públicas, de modo a garantir a sos d’água.
proteção do patrimônio natural do Município;
V - promoção contínua dos programas edu- Art. 9º Constituem programas de proteção
cativos e de conscientização quanto à valorização e do patrimônio natural:
preservação da Política Municipal para o Meio Am- I - Programa de Proteção e Valorização das
biente; Áreas Protegidas, dos ambientes naturais de Manaus,
VI - desenvolvimento, reconhecimento e que visa:
priorização de mecanismos desenvolvidos local- a. identificar áreas que apresentem
mente que promovam a mitigação de processos de potencial para a criação de unidades de con-
degradação ambiental, minimizem ou até mesmo servação, dando prioridade para aquelas com
eliminem as deficiências imediatas de saneamento. predominância de espécies vegetais nativas
§ 2º A Política Municipal para o Meio Am- ou que abriguem fauna silvestre endêmica e
biente é regida pelo disposto nesta Lei Complemen- paisagens naturais relevantes;
tar e na Lei nº 605, de 24 de julho de 2001, Código b. reforçar a proteção dos espaços
Ambiental de Manaus. territoriais especialmente protegidos por
meio da criação e implantação de corredores
ecológicos;
Seção I c. proteger as áreas de fragilidade am-
Do Patrimônio Natural de Manaus biental e impróprias para ocupação;
d. promover a criação de parques com
Art. 7° Constituem o patrimônio natural de bosques de espécies nativas e corredores
Manaus todos os espaços territoriais especialmen- ecológicos e outras categorias de unidades de
te protegidos, que são as unidades de conservação, conservação;
corredores ecológicos, as áreas de preservação per- e. fomentar o controle de empreendi-
manente, os fragmentos florestais urbanos, as áreas mentos e atividades que causem impacto am-
verdes, o jardim botânico, assim como, as praias, ca- biental nas áreas especialmente protegidas e
choeiras, ilhas, orlas fluviais e demais cursos d’água nas unidades de conservação;
existentes no Município. f. recuperar as áreas degradadas em
Parágrafo único. Para efeito de conceitua- todo o território municipal, em especial aque-
ção dos bens integrantes do patrimônio natural, são las localizadas na área urbana e em sua peri-
consideradas as definições adotadas no Código Flo- feria imediata;
restal e no Sistema Municipal de Áreas Protegidas. g. desenvolver o plantio e a manuten-
Parágrafo Único - Para efeito de conceitua- ção de vegetação nas áreas suscetíveis de ero-

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são, visando ainda à recuperação ambiental 1. as indústrias instaladas em
das áreas verdes, em parceria com a iniciativa Manaus apresentem laudo periódico
privada e o incremento da arborização de lo- sobre a qualidade da água despejada
gradouros e de equipamentos de uso públi- nos esgotos públicos e cursos d’água,
co, considerando-se as diretrizes do Plano de conforme competência institucional de
Arborização; cada órgão de controle ambiental;
h. propor o uso de espécies nativas a 2. os empreendimentos poten-
serem utilizadas no paisagismo urbano e na cialmente poluidores instalem Estações
arborização de Manaus, priorizando o uso da- de Tratamento de Efluentes, conforme
quelas consideradas mais apropriadas, com o exigência estipulada na Lei nº 1.192, de
objetivo de dar uma identidade florística à Ci- 31 de dezembro de 2007 (Lei Pró-águas);
dade; 3. promover a articulação com
instituições de ensino e pesquisa para o
i. criar, implementar e manter as áreas desenvolvimento de estudos e propos-
protegidas. tas de gestão ambiental, assim como o
II - Programa de Proteção dos Cursos d’Água, assessoramento técnico na implemen-
objetivando a proteção dos rios e igarapés e de suas tação das ações de gestão ambiental;
margens e a conscientização da população para a II - Programa de Gestão dos Recursos Hí-
sua conservação e fiscalização, por meio de: dricos, objetivando:
a. elaboração do Plano de Proteção a. o estabelecimento, no âmbito mu-
das Margens dos Cursos d’Água; nicipal, de procedimentos técnico-adminis-
b. preservação e revitalização das nas- trativos voltados para o efetivo funcionamen-
centes e demais cursos d’Água; to e requalificação do sistema de esgotamento
c. adequado tratamento dos efluentes sanitário;
líquidos, visando preservar a qualidade dos re- b. o desenvolvimento de ações de con-
cursos hídricos; trole da qualidade da água de abastecimento
d. manutenção da permeabilização do público segundo o que prescreve a legislação;
leito dos igarapés, preferencialmente com a c. a articulação intra e interinstitucional
permanência da cobertura vegetal nativa e das com instituições de ensino e pesquisa, com
matas ciliares; vistas ao desenvolvimento integrado de ativi-
e. recuperação, preservação e integra- dades de monitoramento das bacias de drena-
ção dos igarapés à paisagem, com a recompo- gem sob jurisdição municipal.
sição das matas ciliares nas suas margens;
f. estruturação ambientalmente ade-
quada das margens dos cursos d’água nos ter- CAPÍTULO III
mos da legislação específica; DA QUALIFICAÇÃO CULTURAL DO TERRITÓRIO
g. coibição do lançamento de efluen-
tes poluidores e de resíduos sólidos nos rios, Art. 11. A estratégia de qualificação do ter-
igarapés e suas áreas adjacentes, com a cons- ritório de Manaus tem como objetivo geral tutelar e
cientização e integração da população nas valorizar o seu patrimônio cultural, formado por um
ações de proteção dos cursos d’água. conjunto de bens imóveis de valor significativo, pai-
sagens, sítios históricos, conjuntos arquitetônicos,
edificações de interesse cultural e os bens imateriais
Seção II ou intangíveis da Cidade e da região.
Do Gerenciamento Ambiental Integrado Parágrafo único. São objetivos específicos
da estratégia de qualificação cultural do território do
Art. 10. A efetivação do gerenciamento am- Município:
biental se integrará às demais políticas públicas, me- I - proteger, conservar e potencializar o uso
diante a implementação dos seguintes programas: dos bens de interesse de preservação que integram o
I - Programa de Gestão Ambiental, com os patrimônio cultural de Manaus;
seguintes objetivos:
a. integrar a atuação dos órgãos mu- II - garantir a proteção do patrimônio cultural
nicipal, estadual e federal de meio ambiente do Município;
com os setores de serviços e atividades urba- III - avaliar o surgimento de novos patrimô-
nas; nios culturais do Município.
b. definir instrumentos institucionais
para a gestão ambiental; Art. 12. Constituem diretrizes para a prote-
c. solicitar e fazer cumprir que: ção dos bens que integram o patrimônio cultural de

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Manaus: com o incentivo ao uso de espaço nas esco-
I - a identificação, inventário e proteção dos las e nos locais públicos para manifestações
bens culturais do Município, elencados no artigo 11; culturais.
II - o tombamento atualizado dos bens imó- VI - incentivar a reestruturação de conjun-
veis de valor histórico; tos, sítios históricos e edificações;
III - o incentivo à instituição de procedimen- VII - apoiar os projetos de recuperação e
tos e à criação de mecanismos voltados à divulga- reestruturação urbana com a valorização de bens
ção, à valorização e à potencialização do uso do patri- tombados em Manaus;
mônio cultural de Manaus; VIII - buscar formas de captação e geração
IV - o registro e valorização das manifesta- de recursos para manutenção e valorização do patri-
ções culturais consideradas bens imateriais ou intan- mônio cultural;
gíveis do Município. IX - preservar a cultura local, levando em
consideração os usos e costumes da população ma-
Art. 13. A proteção dos bens que integram o nauara, nas medidas de recuperação e valorização
patrimônio cultural será implementada mediante: das margens dos rios;
I - utilização de instrumentos de interven- X - resgatar os artefatos arqueológicos e
ção que incentivem a conservação dos bens de inte- adotar medidas para sua conservação.
resse histórico e cultural;
II - estruturação e aparelhamento do órgão
ou entidade municipal responsável pelo planejamen-
to e pelo gerenciamento dos programas de proteção CAPÍTULO IV
e valorização do patrimônio cultural; DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO LOCAL
III - instituição e execução do Plano de Pre-
servação do Centro Histórico; Art. 15. A estratégia do desenvolvimento
IV - arrecadação de bem tombado abando- econômico local tem como objetivo geral garantir o
nado, nos moldes definidos em legislação municipal pleno desenvolvimento das forças produtivas, com
específica. o aproveitamento sustentável dos recursos e utiliza-
ção integral das potencialidades disponíveis no Muni-
Art. 14. O Programa de Valorização do Patri- cípio de Manaus.
mônio Cultural visa: Parágrafo único. A Administração Pública
I - executar, em articulação com órgãos e conduzirá as suas ações com base no conjunto de
entidades federais e estaduais de cultura e patrimô- princípios e diretrizes que norteiam a Política de De-
nio histórico, inventário atualizado de todos os bens senvolvimento do Município, na forma que dispõe
imóveis considerados de interesse cultural, protegi- esta Lei Complementar e suas regulamentações es-
dos ou não; pecíficas.
II - inventariar e registrar as manifestações
culturais - tradições, hábitos, práticas e referências Art. 16. A Política Municipal de Desenvolvi-
culturais de qualquer natureza - existentes no Municí- mento Econômico obedecerá às seguintes diretrizes:
pio e que conferem identidade à sua população e aos I - promoção do desenvolvimento autossus-
espaços que habitam e usufruem; tentável do Município de Manaus, garantindo-se o
III - aperfeiçoar os instrumentos de proteção equilíbrio urbano e ambiental e a melhoria da qualida-
dos bens de interesse cultural, definindo os níveis de de de vida da população;
preservação e os parâmetros de abrangência da pro- II - formulação, junto à sociedade civil, de um
teção, em articulação com os demais órgãos e entida- conjunto de políticas econômicas que dinamizem a
des de preservação; geração do produto interno e sua circulação no Muni-
IV - estabelecer, no âmbito da Prefeitura de cípio;
Manaus e em articulação com as demais esferas de III - incentivo:
governo, mecanismos de fiscalização dos bens cultu- a. à implantação de micro e pequenas
rais de caráter permanente; empresas no Município de Manaus;
V - promover: b. ao empreendedorismo e cooperati-
a. a educação urbana com ênfase no vismo para melhoria da renda e inclusão social
patrimônio cultural junto à população, espe- da população;
cialmente nas escolas e universidades, por c. aos órgãos que congregam o setor
meio de programas e projetos específicos que secundário, para serem agentes divulgadores
despertem o interesse de preservação do pa- das políticas econômicas de incentivos no
trimônio cultural, em todas as suas formas e âmbito federal e estadual;
manifestações; d. à consolidação de polos tecnológi-
b. a revitalização das áreas públicas, cos de ponta no Município de Manaus, estabe-

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lecendo-se parcerias entre o setor produtivo e do turismo tem como objetivo geral incrementar as
as instituições de ensino e pesquisa; atividades turísticas no Município de Manaus, por
e. do máximo aproveitamento nas apli- meio do pleno desenvolvimento das forças produti-
cações dos recursos públicos e atração de vas locais, do movimento cooperativista de turismo
investimentos privados no desenvolvimento e artesanato regional, do fortalecimento das raízes
municipal; culturais e da exploração das potencialidades do
f. ações de modalidade de economia ambiente natural e cultural disponíveis.
solidária.
IV - fomento: Parágrafo único. A Administração Municipal
conduzirá as suas ações na área do turismo com
a. à criação de instrumentos institucio- base nas seguintes diretrizes, priorizando o turismo
nais que viabilizem o fortalecimento do setor de base comunitária:
urbano, do cooperativismo e da formalização I - fortalecimento da identidade amazônica
das atividades econômicas existentes, garan- da cidade de Manaus;
tindo a manutenção/geração de postos de II - fomento e apoio à iniciativa privada e do
trabalho atrelada ao desenvolvimento dos em- movimento cooperativista para a dotação de infraes-
preendimentos e a melhoria de qualidade de trutura turística, tais como, meios de hospedagem, de
vida das pessoas envolvidas; alimentação, transporte de turismo, comercialização
b. ao desenvolvimento e aplicação de de artesanato e outras atividades comerciais do Muni-
tecnologias de ponta nos processos produti- cípio;
vos, gerenciamento e planejamento, desenvol- III - implementação de política específica
vidos no âmbito do Município de Manaus; para promoção do turismo, visando alcançar, a mé-
c. a política de incremento à produção, dio e longo prazos, o incremento e o desenvolvimento
objetivando incentivar a ampliação dos diver- consistentes da atividade turística no Município;
sos ramos ligados ao agronegócio e o aumen- IV - ampliação da participação da comunida-
to do valor agregado da produção oriunda do de empreendedora local e movimento cooperativista
meio rural. nos benefícios gerados com o desenvolvimento das
V - promoção: atividades turísticas.
a. de ações de controle urbano e de
melhoria dos espaços e serviços públicos, vi-
sando à atração de atividades econômicas CAPÍTULO VI
que promovam geração de emprego, renda e DA MOBILIDADE EM MANAUS
inclusão social, viabilizando áreas propícias
para instalação e funcionamento de polos de Art. 18. A estratégia de mobilidade em Ma-
desenvolvimento tecnológico e de serviços es- naus tem como objetivo geral qualificar a circulação
pecializados; e a acessibilidade de modo a atender às necessida-
b. do desenvolvimento comercial de des da população em todo território municipal.
toda a cidade por meio de eixos de comércio Parágrafo único. São objetivos específicos
e serviços do Centro para as demais zonas ur- da estratégia de mobilidade em Manaus:
banas, com a identificação e o fortalecimento I - otimizar, implementar e ampliar as redes
de subcentros de comércio e serviços como de circulação viária para integrar o território munici-
fatores indutores da concentração de ativida- pal e facilitar a articulação regional;
des econômicas no Município de Manaus; II - promover a reestruturação da malha viá-
VI - criação: ria e os sistemas de tráfego urbano, capacitando-os
a. de fórum permanente de desenvolvi- para atender às necessidades de circulação na Cida-
mento econômico municipal; de.
b. de instrumentos de informações ca-
pazes de ampliar e agilizar as relações econô- Art. 19. A implementação da estratégia de
micas no âmbito municipal, estadual e federal. mobilidade em Manaus dar-se-á por meio das seguin-
VII - busca do máximo de efeitos encadea- tes diretrizes:
dores na geração de postos de trabalho à população. I - garantia da fluidez da circulação dos veí-
culos e da segurança dos usuários nas rodovias e
estradas que estruturam o Município, e nas vias que
CAPÍTULO V articulam a área urbana;
DO DESENVOLVIMENTO DO TURISMO II - qualificação das vias urbanas conside-
rando-se os impactos ambientais na cidade, a segu-
rança e o conforto dos pedestres e os princípios de
Art. 17. A estratégia de desenvolvimento universal acessibilidade;

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III - potencialização do transporte aquaviário minação pública;
por toda a orla de Manaus, criando-se alternativas de d. garantia da acessibilidade universal
deslocamentos fluviais e fomentando o transporte autônoma e segura aos usuários do espaço ur-
fluvial de cargas e passageiros; bano, priorizando as pessoas com deficiência
ou mobilidade reduzida e os pedestres.
IV - potencialização do transporte cicloviário
por todo o território da cidade de Manaus, criando-se Art. 22. Deverá o Município de Manaus, por
alternativas de deslocamentos para ciclistas; meio do órgão competente, fixar placas de “proibido
V - priorização, no espaço viário, do transpor- estacionar” nos dois lados das principais artérias de
te coletivo em relação ao transporte individual. grande movimentação e em um lado das vias dos
bairros de Manaus, onde trafeguem transportes co-
Art. 20. A estratégia de mobilidade em Ma- letivos e urbanos e, ainda, fiscalizar, nos bairros, os
naus complementar-se-á com a recuperação dos estacionamentos de veículos nos dois lados das vias.
espaços públicos de mobilidade que estejam indevi-
damente ocupados por equipamentos de empresas
concessionárias de serviços de energia elétrica, CAPÍTULO VII
abastecimento de água e tratamento de esgoto, te- DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO
lefonia e particulares que ocupam indevidamente as
áreas públicas. Art. 23. A estratégia de uso e ocupação do
solo urbano tem como objetivo geral ordenar e regu-
Art. 21. Constituem programas estratégicos lamentar o uso e a ocupação do solo para garantir a
de mobilidade em Manaus: qualidade de vida da população, incluindo a recon-
I - Programa de Transporte Coletivo Urbano figuração da paisagem urbana e a valorização das
que integre ações de otimização e racionalização do paisagens não urbanas.
sistema, modernização do gerenciamento e qualifi-
cação dos equipamentos de suporte ao transporte § 1º São objetivos específicos da estratégia
urbano intermodal, mediante: de uso e ocupação do solo urbano:
a. integração dos diferentes modos I - controlar a expansão urbana horizontal
de transporte, eliminando a concorrência entre da cidade, visando à preservação dos ambientes
eles e aumentando a disponibilidade do servi- naturais do Município e à otimização dos serviços e
ço; equipamentos urbanos de Manaus;
b. informação dos itinerários dispo- II - incentivar o adensamento em áreas de
níveis em diferentes meios de comunicação, baixa densidade populacional e infraestrutura com-
com vista à acessibilidade; pleta implantada;
c. ampliação da rede de transporte III - ordenar a localização de usos e ativida-
coletivo com a implementação de infraestru- des na Cidade, considerando as características am-
tura adequada ao crescimento da demanda e bientais locais;
a melhoria na qualidade do serviço oferecido. IV - incentivar a adoção de padrões urbanís-
II - Programa de Melhoria da Circulação e ticos e arquitetônicos condizentes com as caracte-
Acessibilidade Urbana, objetivando a qualificação rísticas climáticas e culturais de Manaus, visando à
dos logradouros públicos e o ordenamento dos siste- melhoria das condições ambientais e eficiência ener-
mas operacionais de tráfego, mediante: gética das edificações;
a. priorização dos pedestres, das pes- V - estimular o uso habitacional no Bairro
soas com deficiência e das pessoas com bai- Centro.
xa mobilidade nas vias, ordenando e padroni- § 2º São diretrizes da estratégia de uso e
zando os elementos do mobiliário urbano e a ocupação do solo urbano:
comunicação visual, implantando e ampliando I - considerar as bacias hidrográficas e espa-
a arborização, implantando, nivelando e recu- ços territoriais especialmente protegidos no planeja-
perando as calçadas ocupadas com usos im- mento da Cidade;
próprios; II - promover a demarcação das áreas de ris-
b. elaboração e implantação de rede co para a população;
cicloviária, mantendo-a em constante adequa- III - manter a malha e a referência social das
ção e integração quando da criação de novas pessoas atingidas por projetos urbanísticos, priori-
vias e corredores urbanos; zando, quando possível, seu reassentamento para
c. adequação e ampliação das redes espaços situados nas proximidades do local onde
de serviços urbanos que interfiram na quali- moravam;
dade de circulação nas vias, incluindo os sis- IV - simplificar os procedimentos de licen-
temas de drenagem de águas pluviais e de ilu- ciamento de edificações e atividades.

16
II - aproveitamento de vazios urbanos de
Art. 24. Constituem programas estratégicos imóveis subutilizados;
de estruturação do uso e ocupação do solo urbano: III - otimização da infraestrutura urbana;
I - Programa de Dinamização de Centros de IV - compatibilização das operações urbanas
Bairros, envolvendo aproximação da Administração consorciadas com as necessidades de atendimento de
Municipal com entidades e associações locais e o demandas habitacionais e de equipamentos urbanos;
incentivo a eventos culturais e comerciais nos bair- V - estímulo ao envolvimento dos diferentes
ros e incluindo projetos urbanísticos para os centros agentes responsáveis pela construção da Cidade,
dinâmicos; ampliando-se a capacidade de investimento do Mu-
II - Programas de Criação e Consolidação de nicípio e garantindo-se a visibilidade das ações do
Centros de Turismo e Lazer nas orlas dos rios Negro Poder Público.
e Amazonas, visando à implantação de Áreas Verdes Parágrafo único. As Operações Urbanas
e Parques e à instalação de um Sistema de Centros Consorciadas definidas nesta Lei Complementar
Referenciais, de abrangência local, urbana ou regio- constituem o principal instrumento viabilizador das
nal, caracterizados pelo aproveitamento racional intervenções estruturadoras no espaço da Cidade.
de recursos naturais, ampliação de espaços de uso
coletivo e implantação de infraestrutura sanitária Art. 27. Para garantir melhores condições
adequada, com vistas a potencializar a identidade de vida à população, a implantação de infraestrutu-
da Cidade pelo fornecimento das centralidades e va- ra urbana e social deverá ser priorizada em áreas e
lorização ambiental, a serem elaborados em comple- núcleos urbanos mais carentes, com ênfase no aper-
mentação ao macroplano da orla fluvial. feiçoamento do Sistema de Atendimento à Saúde, na
ampliação da Rede Municipal de Ensino Público e na
implantação de redes de distribuição e abastecimen-
CAPÍTULO VIII to de água e rede de tratamento de esgoto.
DA CONSTRUÇÃO DA CIDADE
Art. 28. As áreas de remanescentes flores-
Art. 25. A estratégia de construção da Cida- tais e com recursos paisagísticos, sobretudo as orlas
de tem como objetivo geral compartilhar os benefí- dos rios Negro e Amazonas, deverão ser priorizadas
cios sociais e ambientais gerados no Município e po- para criação de novos centros dinâmicos de turismo
tencializar as atividades econômicas urbanas, para e de lazer.
a implementação de uma política habitacional que
democratize o acesso a terra e à moradia.
Parágrafo único. São objetivos específicos CAPÍTULO IX
da estratégia de construção da Cidade: DO ACESSO À MORADIA
I - promover intervenções estruturadoras no
espaço da Cidade que criem novas oportunidades Art. 29. A estratégia de acesso à moradia
empresariais e permitam ao Poder Executivo Munici- tem como objetivo geral a implementação de uma po-
pal recuperar e redistribuir a renda urbana decorren- lítica habitacional que vise:
te da valorização do solo; I - promover ações articuladas com órgãos
II - ampliar a oferta de habitação social e o e entidades governamentais e não governamentais
acesso à terra urbana, fomentando a produção de no- voltados à construção de moradias populares;
vas moradias para as populações de média e baixa II - identificar áreas de interesse social com
renda adequadas à qualificação ambiental da Cidade; potencial de ocupação para promoção de novas mo-
III - prevenir ou corrigir os efeitos gerados radias;
por situações e práticas que degradam o ambiente III - atender às demandas das populações
urbano e comprometem a qualidade de vida da po- de média e baixa renda;
pulação, principalmente invasões e ocupações nas IV - adotar mecanismos de fiscalização e
margens dos cursos d’água; monitoramento dos projetos habitacionais que inte-
IV - incentivar a verticalização dos conjuntos grem a participação da população;
habitacionais populares de modo a conter a expansão V - estimular o uso e ocupação residencial
horizontal da Cidade. na área central de Manaus, aproveitando a infraestru-
tura existente;
Art. 26. A promoção de intervenções estru- VI - reassentar moradores em locais dota-
turadoras no espaço da Cidade deverá atender às se- dos de infraestrutura urbanística e equipamentos co-
guintes diretrizes: munitários.
I - potencialização das atividades urbanas Parágrafo único. Os Programas Habitacio-
de interesse público por meio da requalificação urba- nais de Interesse Social se destinam, prioritariamen-
nística, ambiental e paisagística da Cidade; te, ao atendimento de parcela da população com

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renda familiar de até 5 (cinco) salários mínimos. ções tecnológicas para edificação e infraestrutura,
visando padrões construtivos adequados aos condi-
Art. 30. Os programas habitacionais deve- cionantes ambientais e urbanos de Manaus;
rão ser financiados por meio de recursos: VII - adoção de alternativas eficazes e sus-
I - públicos, conforme disposto na Lei tentáveis de saneamento que não onerem excessiva-
Orgânica do Município de Manaus; mente o custo da moradia.
II - originários da articulação com outros pro-
gramas no âmbito dos governos estadual e federal;
III - provenientes de parcerias com a iniciati- CAPÍTULO X
va privada; DA QUALIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS
IV - originários do Fundo Municipal de Habi-
tação, na forma da lei. Art. 33. As calçadas, praças, áreas de lazer,
unidades de conservação que permitam seu uso, or-
Art. 31. A estratégia de acesso à moradia las dos rios e demais espaços públicos são bens de
é complementada por ações específicas como o uso comum do povo, destinados à circulação de pes-
oferecimento de assistência técnica em serviços de soas, atendendo a todos os parâmetros de acessibili-
engenharia a pessoas de baixa renda para a implan- dade universal e à convivência social, devendo estar
tação de habitações unifamiliares. de acordo com a norma específica da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), nos quais
Art. 32. Para ampliar a oferta de habitação somente serão permitidos outros usos na forma da
social e o acesso a terra, assim como para prevenir legislação própria.
e corrigir os efeitos gerados por situações e práticas § 1º Em relação às calçadas, deverão estar
que degradam o ambiente urbano e comprometem de acordo com a norma específica da Associação
a qualidade de vida da população, o Poder Executivo Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), quanto às
deverá implementar uma Política Habitacional de In- larguras mínimas de circulação, atendendo a todos
teresse Social, com base nas seguintes diretrizes: os parâmetros de acessibilidade universal e de mobi-
I - elaboração de Plano Habitacional de Inte- lidade inclusiva para todas as pessoas, atendendo,
resse Social; também, à obrigatoriedade de arborização, dentre
II - adoção dos instrumentos de parcelamen- outras condições.
to, edificação ou utilização compulsórios, e dos de- § 2º São diretrizes da estratégia de
mais instrumentos instituídos em lei, para aquisição qualificação dos espaços públicos:
de áreas destinadas a habitações de interesse social; I - reordenar a nomenclatura e numeração
III - incentivo e fortalecimento à produção de dos logradouros públicos;
habitação de interesse social por meio de projetos II - condicionar alterações da nomenclatu-
apresentados por entidades da sociedade civil or- ra dos logradouros à aprovação junto ao órgão de
ganizada, cooperativas habitacionais, fomentando a planejamento urbano, no âmbito do Poder Executivo
cooperação do Poder Público. Municipal;
IV - garantia: III - incentivar a manutenção e a ampliação
a. da aplicação dos instrumentos de da arborização no Município.
regularização fundiária;
b. da permanência de pequenos produ- Art. 34. A estratégia de qualificação dos
tores nas áreas de transição, assegurando-se espaços públicos é complementada pelas seguintes
a esses trabalhadores o direito de produzir e ações específicas:
morar; I - arborização de áreas residenciais e pra-
c. de infraestrutura, meios de transpor- ças e ampliação dos espaços com vegetação, dando
te e equipamentos sociais na localização de ênfase ao bairro Centro;
novos empreendimentos de habitação social. II - criação de praças e parques e revitaliza-
V - promoção: ção das praças existentes de acordo com as normas
a. do reassentamento da população de específicas de acessibilidade da Associação Brasilei-
baixa renda sujeita a situações de risco, man- ra de Normas Técnicas (ABNT);
tendo as populações reassentadas, preferen- III - construção de calçadas, ciclovias e pas-
cialmente e desde que cessado o risco, no sarelas, de acordo com as normas específicas de
mesmo local ou nas proximidades, garantindo acessibilidade da Associação Brasileira de Normas
maior segurança e melhor condição de acesso Técnicas (ABNT), em todas as vias a serem recupe-
ao trabalho, ao lazer, à saúde e à educação; radas, quando possível;
b. do combate à ocupação desordena- IV - criação, implantação e manutenção das
da do território municipal. unidades de conservação;
VI - fomento ao desenvolvimento de solu- V - criação de novas áreas de lazer para

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crianças e jovens, de acordo com as normas espe- articulação multidisciplinar;
cíficas de acessibilidade da Associação Brasileira de V - implantar o orçamento participativo, de
Normas Técnicas (ABNT); acordo com as diretrizes fixadas no Estatuto da Cida-
VI - garantia de acesso para pessoas com de;
deficiência e mobilidade reduzida, de acordo com as VI - instituir e implementar o Conselho da
normas específicas de acessibilidade da Associação Cidade, mediante lei específica;
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em todos os VII - garantir que o Sistema de Informações
espaços públicos. para o Planejamento proporcione condições para o
desenvolvimento de negócios.

CAPÍTULO XI Art. 37. Constituem programas para imple-


DA GESTÃO DEMOCRÁTICA mentação da estratégia de gestão democrática:
I - Programa de Modernização Administrati-
Art. 35. A estratégia de gestão democrática va, com ênfase na capacitação dos recursos huma-
tem como objetivo geral implantar o Sistema Muni- nos, que estimule a troca de experiências entre os
cipal de Planejamento e Gestão Urbana, constituído técnicos municipais e a qualificação do quadro fun-
em processo contínuo, democrático e dinâmico de cional da Prefeitura de Manaus;
qualificação das funções inerentes ao próprio siste- II - Programa de Democratização do Acesso
ma, da cidadania e do controle da ocupação urbana, à Informação, com estímulo à formação de consciên-
com base nas formulações e instrumentos desta Lei cia pública e acesso aos serviços públicos, por meio
Complementar. de:
Parágrafo único. São objetivos específicos a. realização de palestras nos bairros,
da estratégia de gestão democrática: locais de trabalho, escolas e universidades
I - promover oportunidades para o exercício com distribuição de cartilhas sobre direitos e
da cidadania, visando a um maior comprometimento deveres do cidadão;
da população com a Cidade; b. implantação de centros tecnológi-
II - impulsionar os mecanismos para cons- cos nas unidades sociais, esportivas, educa-
trução de uma gestão urbana corresponsável, visan- cionais e outros equipamentos comunitários
do uma maior participação da sociedade em diferen- como praças e parques, que permitam o aces-
tes níveis; so à informação e a participação interativa da
III - organizar uma estrutura administrativa comunidade;
para o planejamento, visando a maior eficácia na for- c. implantação de sistema de regis-
mulação de estratégias e no gerenciamento direcio- tros online, para dar transparência à socieda-
nados para a melhoria da qualidade de vida urbana; de quanto a tramitação de processo, geração
IV - qualificar a estrutura administrativa para de conhecimento institucional e continuidade
a obtenção de resultados, visando maior eficiência dos processos na gestão pública.
no acompanhamento da implantação desta Lei Com-
plementar;
V - garantir, com vistas à gestão municipal TÍTULO III
efetiva e democrática, a sistematização de um con- DO SISTEMA MUNICIPAL DE
junto de informações estratégicas, essenciais e ne- PLANEJAMENTO URBANO
cessárias para o conhecimento da realidade em que
atua o Poder Executivo do Município. CAPÍTULO I
DOS OBJETIVOS E ATRIBUIÇÕES
Art. 36. Constituem diretrizes da estratégia
de gestão democrática: Art. 38. O Sistema Municipal de Planejamen-
I - tornar efetiva a participação da socie- to Urbano possui objetivos, atribuições, estrutura ins-
dade no planejamento da cidade, estabelecendo um titucional e instrumentos para a viabilização de pro-
compromisso com a aplicação desta Lei Comple- cesso contínuo de planejamento e gestão urbana em
mentar, seu monitoramento e avaliação; Manaus, em conformidade com a estratégia de ges-
II - buscar e consolidar parcerias com o setor tão democrática prevista nesta Lei Complementar.
privado, com centros de ensino e pesquisa, organiza-
ções não governamentais e comunitárias, com ênfa- Parágrafo único. São objetivos do Sistema
se na inserção social; Municipal de Planejamento Urbano:
III - efetivar a descentralização administra- I - viabilizar a gestão da Cidade de Manaus
tiva, possibilitando aproximação com as particulari- de forma transparente, motivadora e estimuladora da
dades locais, tendo por base as Zonas Urbanas; cidadania, utilizando-se meios facilitadores para pro-
IV - incentivar a integração intersetorial e a mover a conscientização pública sobre o significado

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e a importância desta Lei Complementar e de seus de serviços públicos com a execução de planos, pro-
instrumentos; gramas e projetos urbanos, definindo prioridades e
II - instituir: estabelecendo medidas para sua viabilização;
a. mecanismos permanentes e siste- XI - colaborar para o aprimoramento técnico
matizados para implementação e atualização dos servidores municipais e para a formação de um
desta Lei Complementar; quadro funcional qualificado;
b. o Sistema de Informações para o XII - promover e apoiar a formação de con-
Planejamento, que compreenda todos os as- selhos comunitários de gestão urbana, ampliando e
pectos da vida urbana da Cidade de Manaus, diversificando as formas de participação no processo
estabelecendo o fluxo contínuo de informa- de planejamento e gestão da Cidade;
ções, e que promova a divulgação e utilização XIII - instituir Programa de Gestão do Conhe-
das informações relevantes da esfera munici- cimento, com o objetivo de garantir a disponibilização
pal, de forma a atender a necessidade do setor e democratização das informações produzidas sobre
público e às demandas da população no plane- a cidade de Manaus.
jamento da Cidade;
c. entidade responsável pela capta-
ção de recursos financeiros junto às diferen- CAPÍTULO II
tes instâncias públicas e privadas, nacionais e DA COMPOSIÇÃO DO SISTEMA MUNICIPAL DE
internacionais. PLANEJAMENTO URBANO
III - garantir a ampliação e a efetivação dos
canais de participação da sociedade no planejamento Art. 40. O Sistema Municipal de Planejamen-
e na gestão da Cidade. to Urbano compõe-se de:
I - Órgãos da Administração Direta e Indireta
Art. 39. São atribuições do Sistema do Município;
Municipal de Planejamento Urbano: II - Conselho Municipal de Desenvolvimento
I - formular estratégias e políticas urbanas; Urbano (CMDU);
II - coordenar a implementação deste Plano III - Comissão Técnica de Planejamento e
Diretor Urbano e Ambiental e dos processos de sua Controle Urbano (CTPCU).
revisão e atualização;
III - elaborar e coordenar a execução integra-
da de planos, programas e projetos necessários à im- Seção I
plementação deste Plano Diretor, articulando-os com Órgãos e Entidades da Administração
o processo de elaboração e execução do orçamento Direta e Indireta
municipal;
IV - aplicar a legislação municipal relacio- Art. 41. Os órgãos e entidades da Adminis-
nada ao desenvolvimento urbano ambiental, estabe- tração Direta e Indireta do Poder Executivo prestarão
lecendo interpretação uniforme de seus dispositivos; apoio ao Sistema Municipal de Planejamento Urbano
V - monitorar e controlar os instrumentos de mediante o desenvolvimento das seguintes ativida-
aplicação deste Plano Diretor e dos programas e pro- des:
jetos nele previstos; I - apoio técnico de caráter interdisciplinar,
VI - designar e atribuir competências às ins- na realização de estudos e pesquisas destinados a
tâncias responsáveis pela execução, monitoramento dar suporte ao planejamento;
e fiscalização no processo de implementação des- II - levantamento de dados e fornecimen-
te Plano Diretor, caracterizando a divisão articulada to de informações técnicas relacionadas à área de
das funções de planejamento e de gestão de contro- atuação específica, destinadas a alimentar o sistema
le e fiscalização; de informações para o planejamento;
VII - aperfeiçoar os procedimentos de con- III - integração em grupos de trabalho ou
sultas prévias nos órgãos municipais de licenciamen- comissões técnicas responsáveis pela elaboração e
to; implementação de planos, programas e projetos de
VIII - instituir e integrar o sistema de infor- desenvolvimento urbano.
mações para o planejamento, estabelecendo o fluxo
contínuo de informações entre os órgãos e entidades
integrantes do Sistema Municipal de Planejamento Subseção I
Urbano; Do Gerenciamento do Sistema
IX - promover a melhoria da qualidade téc-
nica de projetos, obras e intervenções promovidas Art. 42. O Instituto Municipal de Ordem So-
pelo Poder Executivo no espaço urbano do Município; cial e Planejamento Urbano (Implurb)* é a entidade
X - articular a atuação das concessionárias de direito público interno, sob a forma de autarquia

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Nota(*) Atualmente a sigla IMPLURB significa Instituto Municipal de Planejamento Urbano
municipal, responsável pelo gerenciamento do Siste- Manaus;
ma Municipal de Planejamento Urbano, ao qual com- III - deliberar sobre a programação de inves-
pete a assessoria, pesquisa, planejamento e au- timentos que viabilizem as políticas de desenvolvi-
tomação para o desenvolvimento de projetos que mento urbano e ambiental;
permitam controlar, planejar, sistematizar e acompa- IV - deliberar sobre propostas oriundas do
nhar todo o processo de crescimento da cidade. Implurb quanto ao aperfeiçoamento dos instrumen-
§ 1º Ao Implurb compete ainda: tos de planejamento e gestão da Cidade;
I - definir as diretrizes do desenvolvimento V - deliberar sobre análises elaboradas pela
urbano do Município; Comissão Técnica de Planejamento e Controle Urba-
II - planejar, ordenar e fiscalizar o uso e a no (CTPCU);
ocupação do solo, exercendo o poder de polícia admi- VI - deliberar sobre os projetos especiais
nistrativa para tanto; de empreendimentos de impacto urbano e ambiental;
III - elaborar, implementar, monitorar e ava- VII - deliberar sobre a dispensa do valor da
liar os planos, programas e projetos urbanos, assim contrapartida referente à outorga onerosa de altera-
como sua permanente revisão e atualização; ção de uso;
IV - organizar, implantar e manter o siste- VIII - deliberar sobre os planos de aplicação
ma de informações para o planejamento; do Fundo de Desenvolvimento Urbano dando publici-
V - articular ações com os demais órgãos e dade ao uso do mesmo;
entidades da administração direta e indireta integran- IX - uniformizar entendimentos sobre os
tes do Sistema Municipal de Planejamento Urbano e casos em que a legislação urbanística for omissa a
com outros órgãos e entidades governamentais e respeito do tratamento jurídico a ser dado à matéria,
não governamentais; dando publicidade da decisão em link específico.
VI - firmar convênios ou acordos públicos e Parágrafo único. O Chefe do Poder Executi-
privados para a viabilização de planos, programas e vo estabelecerá as normas de competência e funcio-
projetos; namento do Conselho Municipal de Desenvolvimento
VII - definir os valores básicos para cálculo Urbano.
de contrapartida nos processos de outorga onerosa
do direito de construir Art. 44. O Conselho Municipal de Desenvol-
ou de alteração de uso; vimento Urbano atuará como gestor do Fundo Muni-
VIII - convocar os órgãos colegiados e os cipal de Desenvolvimento Urbano e última instância
demais integrantes do Sistema Municipal de Planeja- recursal nas matérias relacionadas à aplicação da
mento Urbano para debater e opinar sobre temas re- legislação urbana e edilícia do Município.
lacionados ao desenvolvimento urbano de Manaus. Parágrafo único. A reunião será pública e garantir-se-
§ 2º O sistema de informações para o pla- -á o direito de pronunciamento do interessado ou seu
nejamento constitui ferramenta facilitadora para a representante legal.
tomada de decisão e atualização permanente deste
Plano Diretor Urbano e Ambiental e dos processos Art. 45. O Conselho Municipal de Desenvol-
de planejamento e gestão da Administração, bem vimento Urbano (CMDU) compor-se-á conforme dis-
como a base para o estabelecimento das iniciativas posto na Lei Orgânica do Município de Manaus.
de democratização da informação junto à sociedade.

Seção III
Seção II Da Comissão Técnica de Planejamento
Do Conselho Municipal de e Controle Urbano
Desenvolvimento Urbano
Art. 46. A Comissão Técnica de Planejamen-
Art. 43. O Conselho Municipal de Desenvolvi- to e Controle Urbano (CTPCU) é o órgão colegiado
mento Urbano (CMDU) é o órgão técnico disciplinar integrante do Sistema Municipal de Planejamento Ur-
e deliberativo sobre as questões relativas aos sis- bano e possui as seguintes atribuições:
temas, serviços e ordenação do espaço urbano do Art. 46. A Comissão Técnica de Planejamen-
Município de Manaus, exercendo suas atribuições na to e Controle Urbano (CTPCU) é o órgão colegiado
forma estabelecida no artigo 221 da Lei Orgânica do consultivo integrante do Sistema Municipal de Pla-
Município de Manaus, competindo-lhe ainda: nejamento Urbano e possui as seguintes atribuições:
I - acompanhar a implementação deste Plano (Redação dada pela Lei Complementar nº 014/2019)
Diretor; I - examinar e apresentar justificativas téc-
II - deliberar, no âmbito do Poder Executivo nicas, dentro de suas competências institucionais,
municipal, sobre projetos de lei, planos, programas sobre a aplicação dos instrumentos de intervenção,
e projetos relativos ao desenvolvimento urbano de inclusive a concessão de outorga onerosa do direito

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de construir ou de alteração de uso e sobre outras permanente, particularmente nas faixas marginais
matérias relativas ao desenvolvimento urbano, nos aos rios e igarapés e nas encostas, conforme
termos desta Lei Complementar; estabelecido na legislação federal, estadual e munici-
II - opinar sobre matérias específicas estabe- pal específica;
lecidas na legislação que complementam este Plano II - a ampliação das unidades de conserva-
Diretor Urbano e Ambiental; ção de âmbito municipal;
III - participar da elaboração de programas, III - a inibição da expansão da malha urbana
planos e projetos previstos nesta Lei Complementar; nas direções norte e leste, mediante a indução do
IV - examinar e apresentar justificativas téc- adensamento na área urbana consolidada, visando
nicas, sobre o Estudo de Impacto de Vizinhança melhor aproveitamento da infraestrutura instalada;
(EIV) de empreendimentos classificados como ge- IV - o aproveitamento sustentável das áreas
radores de impacto na Lei que estabelece as Normas localizadas fora das unidades de conservação,
de Uso e Ocupação do Solo no Município, além de com potencial para o desenvolvimento de atividades
aprovar ou estabelecer a necessidade ou não de agroflorestais e de ecoturismo;
medidas mitigadoras e compensatórias que possam V - o favorecimento ao escoamento da pro-
amenizar qualquer situação incompatível à Cidade. dução e aos fluxos produtivos;
VI - o incremento do transporte fluvial de
Art. 47. A CTPCU será integrada pelos repre- cargas e passageiros.
sentantes de órgãos e entidades da Administração
Pública Direta e Indireta do Poder Executivo, respon- Art. 50. Para fins de gestão e planejamento
sáveis pelas seguintes áreas: municipal, integram o território do Município de Ma-
I - Planejamento Urbano e Controle Urbano; naus as seguintes macroáreas:
II - Fazendária; I - área urbana;
III - Meio Ambiente; II - área de transição;
IV - Obras e Infraestrutura; III - unidades de conservação, localizadas:
V - Transportes Urbanos; a. na área urbana e na área de transição;
VI - Turismo; b. fora do perímetro urbano.
VII - Advocacia Pública Municipal; IV - áreas de interesse agroflorestal, mineral e
VIII - Trânsito. turístico.
Parágrafo único. A CTPCU será presidida
pelo titular do órgão municipal responsável pelo Pla- Art. 51. Para efetivação do Macrozonea-
nejamento Urbano, que poderá delegar essa atribui- mento do Município, deverão ser ainda estendidos o
ção. atendimento de serviços públicos e social em Ma-
naus à população dispersa no território municipal,
visando:
TÍTULO IV I - ampliação do alcance de políticas so-
DA MACROESTRUTURAÇÃO DO MUNICÍPIO ciais e de promoção da cidadania;
II - garantia da saúde e da educação em todo
CAPÍTULO I o território municipal;
DO MACROZONEAMENTO III - favorecimento ao abastecimento da po-
pulação nos próprios locais de moradia;
Art. 48. O Macrozoneamento do Município IV - viabilização do escoamento da produção
de Manaus visa garantir a ocupação equilibrada do agrícola ou agroflorestal de pequenas comunidades;
território municipal e o desenvolvimento não preda- V - apoio à implantação de cooperativas au-
tório das atividades, adotando como diretrizes: tossustentáveis que beneficiem o desenvolvimento
I - proteção das paisagens notáveis e os re- de atividades produtivas compatíveis com as peculia-
cursos naturais do território; ridades ambientais da região;
II - direcionamento do uso e da ocupação do VI - articulação da rede de transporte exis-
território de modo a preservar a natureza; tente e da rede projetada pelo Plano de Transporte
III - otimização das redes de circulação in- Integrado previsto nesta Lei Complementar.
tramunicipal e intermunicipal, permitindo integrar o
território e facilitar a articulação regional.
Seção I
Art. 49. Constituem pressupostos para o Das Unidades de Conservação
Macrozoneamento do Município:
I - a restrição à ocupação nas áreas das uni- Art. 52. As unidades de conservação corres-
dades de conservação federais, estaduais e munici- pondem às categorias definidas no Sistema Nacio-
pais de proteção integral, nas áreas de preservação nal de Unidade de Conservação (SNUC).

22
mento por lei municipal, estadual ou federal.
Art. 53. Situam-se no território do Município
de Manaus as seguintes unidades de conservação:
I - sob tutela federal: Seção II
a. Parque Nacional de Anavilhanas. Das Áreas de Interesse Agroflorestal,
II - sob tutela estadual: Mineral e Turístico
a. Área de Proteção Ambiental - APA
Estadual da Margem Esquerda do Rio Negro - Art. 54. Áreas de Interesse Agroflorestal,
Setor Tarumã-Açu/Tarumã Mirim; Mineral e Turístico são as áreas no Município não
b. Área de Proteção Ambiental - APA abrangidas por áreas de preservação permanente
Estadual da Margem Esquerda do Rio Negro - ou por unidades de conservação, ressalvadas as de-
Setor Aturiá/Apuazinho; terminações constantes dos respectivos planos de
c. Parque Estadual Sumaúma; gestão, destinadas a um aproveitamento sustentável
d. Parque Estadual do Rio Negro Setor pelo desenvolvimento de atividades agrícolas, flores-
Sul. tais, minerais e turísticas.
III - sob tutela municipal: Parágrafo único. Respeitadas as diretrizes
a. Parque Municipal do Mindu; estabelecidas no Zoneamento Estadual Econômico
b. Parque Municipal das Nascentes do Ecológico, as Áreas de Interesse Agroflorestal, Mine-
Mindu; ral e Turístico terão seu aproveitamento econômico
c. Refúgio de Vida Silvestre Sauim Cas- definido pelo Zoneamento Ambiental Municipal.
tanheira;
d. Reserva de Desenvolvimento Sus-
tentável - RDS do Tupé; Seção III
e. Área de Proteção Ambiental - APA Da Área Urbana e da Área de Transição
do Tarumã/Ponta Negra;
f. Área de Proteção Ambiental - APA Art. 55. A Área Urbana e a Área de Transição,
Adolpho Ducke; delimitadas pela Lei Municipal do Perímetro Urbano,
g. Área de Proteção Ambiental - APA são objeto de regulamentação municipal específica
Ufam, Inpa, Ulbra, Elisa Miranda, Lagoa do Ja- que determina as condições de uso e ocupação do
piim e Acariquara; solo urbano, segundo a estratégia de uso e ocupação
h. Área de Proteção Ambiental - APA do solo urbano e o modelo espacial constantes desta
Parque Ponta Negra; Lei Complementar.
i. Área de Proteção Ambiental - APA Parágrafo único. Compõem a regulamenta-
Parque Linear do Bindá; ção específica referida no caput deste artigo:
j. Área de Proteção Ambiental - APA I - a Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano;
Parque Linear do Gigante. II - a Lei de Parcelamento do Solo Urbano;
IV - Criadas pelo Poder Público Municipal, III - a Lei do Perímetro Urbano;
sob tutela privada: IV - o Código de Obras e de Edificações;
a. Reserva Particular do Patrimônio V - o Código de Posturas;
Natural - RPPN Reserva Honda; VI - a Lei das Áreas de Especial Interesse So-
b. Reserva Particular do Patrimônio cial;
Natural - RPPN Reserva dos Buritis; VII - o Código Ambiental.
c. Reserva Particular do Patrimônio
Natural - RPPN Reserva Águas do Gigante; Art. 56. Área Urbana é a área territorial do
d. Reserva Particular do Patrimônio Município destinada ao desenvolvimento de usos e
Natural - RPPN Reserva Norikatsu Miyamoto; atividades urbanos, delimitada de modo a conter a
e. Reserva Particular do Patrimônio expansão horizontal da cidade, visando otimizar a
Natural - RPPN Reserva Bons Amigos; utilização da infraestrutura existente e atender às
f. Reserva Particular do Patrimônio diretrizes de zoneamento do Município.
Natural - RPPN Reserva Nazaré das Lages;
g. Reserva Particular do Patrimônio Art. 57. Área de Transição é a faixa do terri-
Natural – RPPN Reserva Sócrates Bonfim. tório municipal que contorna os limites da Área Urba-
Parágrafo único. No caso de transferência na, incluindo a Reserva Florestal Adolpho Ducke, po-
da tutela das unidades de conservação elencadas dendo abrigar atividades agrícolas, usos e atividades
nos incisos I e II deste artigo, o Município, por ato do urbanas de baixa densidade, onde são incentivadas
Poder Executivo, promoverá medidas de proteção de atividades ecoturísticas.
acordo com as diretrizes expressas nesta Lei Com- Art. 57. Área de Transição é a faixa do terri-
plementar, até que seja efetivado novo enquadra- tório municipal que contorna os limites da área urba-

23
na, incluindo a Reserva Florestal Adolpho Ducke, po- a indução dos vetores de expansão da cidade;
dendo abrigar atividades agrícolas, usos e atividades II - a indicação dos elementos estruturado-
urbanas de baixo impacto, em que são incentivadas res do sistema viário;
atividades ecoturísticas e industriais até Tipo 3. (Re- III - os critérios para o adensamento da malha
dação dada pela Lei Complementar nº 014/2019) urbana;
IV - a definição das ações prioritárias para a
Parágrafo único. Quaisquer atividades de- qualificação do desenvolvimento urbano da Cidade,
senvolvidas na Área de Transição deverão atender à em articulação com o zoneamento ambiental muni-
legislação ambiental, visando à proteção dos recur- cipal e em consonância com o estabelecido como
sos naturais, especialmente os recursos hídricos. estratégias de desenvolvimento por esta Lei Comple-
mentar.
§ 1° São centralidades do Município as áreas
CAPÍTULO II situadas em entroncamentos de vias estruturantes
DOS INSTRUMENTOS COMPLEMENTARES da Cidade, que terão seu desenvolvimento estimu-
lado por meio de incentivos ao adensamento e à di-
Seção I versificação de usos e atividades, da implantação de
Do Plano de Integração Regional equipamentos públicos e privados, ou da elaboração
de plano urbanístico específico.
Art. 58. Instrumento de promoção do desen- § 2° A ocupação urbana, com adensamento
volvimento sustentável de Manaus, o Plano de Inte- nas faixas lindeiras às vias estruturantes da Cidade,
gração Regional tem por finalidade o estabelecimen- orientar-se-á pelos seguintes vetores:
to de procedimentos e mecanismos que permitam I - Sul-Norte: que se caracteriza por ser uma
a integração do Município à região, com a identifica- possibilidade de expansão da malha urbana através
ção de medidas e ações que possam ser executadas de uso e ocupação diversificados;
em conjunto com os Municípios vizinhos. II - Sul-Leste: estabelecido como vetor de
Parágrafo único. O Plano de Integração Re- expansão industrial de grande porte e usos comple-
gional definirá: mentares.
I - os serviços e equipamentos de interesse § 3° A otimização da mobilidade urbana em
comum ao Município de Manaus e aos municípios vi- Manaus e a garantia de uma distribuição equilibrada
zinhos; da oferta de transportes e circulação de veículos dar-
II - as funções a serem desempenhadas pelo -se-ão através da criação de anéis viários de interliga-
Município de Manaus na integração dos serviços de ção entre as Zonas Territoriais, da seguinte forma:
interesse comum entre os municípios que integram a I - interno, atendido pelo transporte massivo;
microrregião; II - externo, servindo de suporte à logística
III - os meios de integrar atividades produ- de carga e como articulador dos diferentes eixos de
tivas complementares exercidas em Manaus e nos entrada e saída da cidade;
municípios vizinhos; III - integração entre os anéis viários de in-
IV - as formas de participação de agentes terligação através de corredor Norte-Sul alternativo ao
econômicos e de instituições locais para o desenvol- já consolidado.
vimento sustentável regional. § 4° A integração da cidade de Manaus com
os rios Negro e Amazonas e o Igarapé Tarumã-Açu
Art. 59. Em apoio ao Plano de Integração dar-se-á mediante:
Regional, deverão ser criados Conselhos Intermuni- I - a elaboração de projetos urbanísticos de
cipais para fomento de atividades produtivas, articu- requalificação das áreas da Ponta Negra e do Pura-
lação de funções e gestão de serviços de interesse quequara;
comum. II - a reconversão do porto fluvial situado no
Centro Histórico;
III - a reorganização e ordenamento do
Seção II transporte aquaviário e incremento da oferta de tu-
Do Plano de Organização do rismo e lazer, envolvendo a Marina do Davi, as áreas
Território Municipal adjacentes à Ponte Rio Negro, a Feira Manaus Moder-
na e as áreas do Porto da Siderama, da Colônia Antô-
Art. 60. O Plano de Organização do Território nio Aleixo e do Puraquequara.
estabelecerá as condições básicas de uso e ocupa- § 5° A requalificação das calçadas e praças e
ção do solo no território municipal, tendo como dire- a exploração das áreas verdes situadas ao longo dos
trizes para a organização da Área Urbana e da Área igarapés como áreas de lazer estão entre as priorida-
de Transição de Manaus: des na definição de investimentos públicos e privados.
I - a definição das centralidades existentes e

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Seção III Transporte Coletivo em toda a cidade, favorecendo-
Do Zoneamento Ambiental Municipal -se a circulação intraurbana, o escoamento da produ-
ção e os fluxos produtivos vinculados às atividades
Art. 61. O Zoneamento Ambiental Munici- portuárias, por meio da qualificação de sistemas in-
pal é o instrumento básico para a qualificação am- termodais, rodoviário e fluvial.
biental em todo o território de Manaus, com base em
um Plano Ambiental específico, que nos termos pre-
vistos no Código Ambiental de Manaus, deverá: CAPÍTULO I
I - definir e delimitar as diferentes Zonas Am- DO MODELO ESPACIAL
bientais do Município;
II - estabelecer: Art. 63. Para efetivação da estruturação do
a. as condições de proteção destas zo- espaço urbano é adotado Modelo Espacial, no qual:
nas; I - a Área Urbana é dividida em Zonas Urba-
b. as diretrizes e condições para a nas, subdivididas em Setores Urbanos, Subsetores e
elaboração e implementação do Zoneamento Corredores Urbanos;
Agroecológico Municipal. II - a Área de Transição é dividida em Zonas
de Transição, respeitadas as unidades de conserva-
ção urbanas e os corredores ecológicos urbanos, as-
TÍTULO V sim delimitadas:
DA ESTRUTURAÇÃO DO ESPAÇO URBANO a. ZT Ducke: compreende área contri-
buinte da bacia do Rio Puraquequara, incluin-
Art. 62. A Estruturação do Espaço Urbano do a Reserva Florestal Adolpho Ducke, com
de Manaus visa propiciar a qualidade de vida da po- presença de ocupação por população de bai-
pulação, a valorização dos recursos ambientais da xa renda, de estímulo à baixa densificação,
Cidade e a otimização dos benefícios gerados no relacionada à proteção dos recursos naturais,
Município. à valorização da paisagem e à promoção de
Parágrafo único. O objetivo expresso no programas e projetos de interesse social;
caput deste artigo deverá atender às seguintes diretri- b. ZT Tarumã-Açú: compreende área
zes: contribuinte da bacia do igarapé Mariano, in-
I - garantia da proteção de Unidades de Con- serida em parte na APA Tarumã/Ponta Negra,
servação e de Áreas de Preservação Permanente, com presença significativa de fragmentos
destacando-se as nascentes e as margens dos igara- florestais e influência da proximidade das ro-
pés e os mananciais de abastecimento da Cidade; dovias BR-174 e AM-010, de estímulo à baixa
II - ampliação e valorização das áreas de re- densificação, relacionada à proteção dos re-
manescentes florestais urbanos; cursos naturais e de integração de atividades
III - valorização das paisagens notáveis, agrícolas e industriais de baixo impacto am-
naturais e construídas, destacando-se a importância biental ao uso residencial;
das orlas dos Rios Negro e Amazonas e do Sítio His- c. ZT Praia da Lua: compreende área
tórico da Cidade para a identidade de Manaus; contribuinte da bacia do igarapé Tarumã-Açu,
IV - proteção das áreas de fragilidade am- inserida na APA Tarumã/Ponta Negra, com
biental e impróprias à ocupação, sobretudo nos fun- presença significativa de fragmentos flores-
dos de vale e áreas de recarga dos lençóis de águas tais, de estímulo à baixa densificação, rela-
subterrâneas; cionada à proteção dos recursos naturais,
V - interpretação das tendências de cresci- à valorização da paisagem e à promoção de
mento urbano, observando-se o uso e a ocupação programas e projetos de incentivo ao turismo
diferenciados nas diversas áreas da Cidade; ecológico.
VI - reforço ao potencial de centros dinâ- Parágrafo único. Os limites das unidades es-
micos e aproveitamento dos recursos paisagísticos paciais de transição são descritos a seguir:
para criação de novos centros; I - ZT Ducke: abrange ao Sul, o limite do bair-
VII - capacitação da malha viária e dos siste- ro Distrito Industrial II, Jorge Teixeira e Cidade de
mas de tráfego urbano para atender às necessidades Deus; a Leste, o Rio Puraquequara; ao Norte, o limite
de deslocamento, facilitando a integração entre os norte da área de transição até o Km 34 da Rodovia
bairros e aliviando pontos críticos gerados por fluxos AM-010; a Oeste, englobando a Reserva Adolpho Du-
intraurbanos; cke, limita-se aos bairros Lago Azul, Nova Cidade;
VIII - criação de alternativas de deslocamen- I - ZT Ducke: abrange ao Sul o limite dos bair-
tos fluviais na área urbana, potencializando-se a utili- ros Distrito Industrial II, Jorge Teixeira e Cidade de
zação de recursos naturais próprios de Manaus; Deus; a Leste, o Rio Puraquequara; ao Norte, o limite
IX - ampliação dos serviços do Sistema de norte da área de transição até o Km 34 da Rodovia

25
AM-010; a Oeste, incluindo a Reserva Adolpho Ducke, Lei nº 1.401 de 14 de janeiro de 2010:
limita-se aos bairros Lago Azul, Nova Cidade; (Reda- a. o Setor Urbano 01: restrito ao Bairro
ção dada pela Lei Complementar nº 014/2019) Centro;
II - ZT Tarumã-Açu: abrange ao Sul, o limite b. o Setor Urbano 02: constituído pelos
do bairro Tarumã-açu e Lago Azul; a Leste, a Rodovia Bairros Nossa Senhora Aparecida, Glória, San-
AM-010; ao Norte, o limite norte da área de transição to Antônio, São Raimundo, Presidente Vargas,
até o Km 34 da Rodovia AM-010; a Oeste, o igarapé Compensa, Vila da Prata e Santo Agostinho;
Tarumã-Açu; c. o Setor Urbano 03: constituído pe-
II - ZT Tarumã-Açu: abrange ao Sul o limi- los Bairros Cachoeirinha e Praça 14 de Janeiro;
te dos bairros Tarumã-Açu e Lago Azul; a Leste a d. o Setor Urbano 04: constituído pelos
Rodovia AM-010; ao Norte até o Km 34 da Rodovia Bairros Colônia Oliveira Machado, Crespo, Edu-
AM-010 e limite da Área de Transição até o igarapé candos, Morro da Liberdade, Santa Luzia, São
Tarumã-Açu; a Oeste, com o igarapé Tarumã-Açu até Lázaro e Betânia;
o igarapé do Mariano; (Redação dada pela Lei Com- e. o Setor Urbano 05: constituído pelos
plementar nº 014/2019) Bairros Raiz, Japiim, Petrópolis, São Francisco
III - ZT Praia da Lua: abrange ao Sul, o Rio e Coroado;
Negro; a Leste, o Igarapé Tarumã-Açu; a Noroeste, o f. o Setor Urbano 06: constituído pelos
Igarapé Agurau ou Acuaru. Bairros Distrito Industrial I e Distrito Industrial II;
III - ZT Praia da Lua: abrange ao Sul o Rio Ne- g. o Setor Urbano 07: constituído pe-
gro; a Leste, o igarapé Tarumã-Açu; a Norte e Leste, los Bairros Vila Buriti, Colônia Antônio Aleixo e
com limite da Área de Transição. (Redação dada pela Mauazinho;
Lei Complementar nº 014/2019 h. o Setor Urbano 08: restrito ao Bairro
Puraquequara;
i. o Setor Urbano 09: constituído pelos
Seção I Bairros Armando Mendes, Gilberto Mestrinho,
Das Zonas Urbanas Jorge Teixeira, São José Operário, Tancredo
Neves e Zumbi dos Palmares;
Art. 64. A Área Urbana é constituída pelas j. o Setor Urbano 10: constituído pelos
seguintes Zonas Urbanas, delimitadas no Anexo I Bairros Cidade de Deus, Nova Cidade, Cidade
desta Lei Complementar, conforme as seguintes de- Nova e Novo Aleixo;
nominações: k. o Setor Urbano 11: constituído pelos
I - Zona Urbana Norte: abrange os Setores Bairros de Flores, Parque 10 de Novembro e
10, 17,18 e parte do Setor 09; Aleixo;
I - Zona Urbana Norte: abrange os Setores l. o Setor Urbano 12: constituído pelos
10, 17 e 18; (Redação dada pela Lei Complementar Bairros Adrianópolis e Nossa Senhora das Gra-
nº 014/2019) ças;
II - Zona Urbana Sul: abrange os setores 01, m. o Setor Urbano 13: constituído pe-
03 e 04, e parte dos Setores 02, 05, 06 e 07; los Bairros Chapada, São Geraldo, São Jorge e
III - Zona Urbana Centro-Sul: abrange os Se- Dom Pedro I;
tores 11 e 12; n. o Setor Urbano 14: constituído pelos
IV - Zona Urbana Leste: abrange o Setor 08 e Bairros Alvorada, da Paz, Planalto, Redenção,
parte dos Setores 06, 07 e 09; Nova Esperança e Lírio do Vale;
IV - Zona Urbana Leste: abrange o Setor 08 o. o Setor Urbano 15: restrito ao Bairro
e parte dos Setores 06, 07 e 09; Setores 08 e 09 e Ponta Negra;
parte dos Setores 05, 06 e 07. (Redação dada pela p. o Setor Urbano 16: constituído pelos
Lei Complementar nº 007/2016) Bairros Tarumã e Tarumã-Açu;
IV - Zona Urbana Leste: abrange os Setores 8 q. o Setor Urbano 17: constituído pe-
e 9, e parte dos Setores 5, 6 e 7; (Redação dada pela los Bairros Colônia Santo Antônio, Terra Nova,
Lei Complementar nº 014/2019) Monte das Oliveiras, Novo Israel e Santa Etel-
V - Zona Urbana Oeste: abrange os setores vina;
15, 16 e parte do Setor 02; r. o Setor Urbano 18: restrito ao Bairro
VI - Zona Urbana Centro-Oeste: abrange os Lago Azul.
setores 13, 14 e parte do Setor 02.
Parágrafo único. Delimitados no Anexo II
desta Lei Complementar, as Zonas Territoriais da Seção II
Zona Urbana estão subdivididas nos seguintes seto- Dos Corredores Urbanos
res, compostos pela unificação ou não de diferentes
bairros, com suas delimitações definidas segundo a Art. 65. Na Zona Urbana configuram-se os

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Corredores Urbanos a seguir caracterizados: a sua extensão até a Avenida Pedro Teixeira.
I - Corredor Sul/Norte: abrange as faixas lin- § 3º Os parâmetros urbanísticos serão apli-
deiras às avenidas Djalma Batista, Constantino Nery, cados para toda a extensão dos terrenos lindeiros in-
Torquato Tapajós até o Km 34 da Rodovia AM-010; seridos nos corredores urbanos. (Redação acrescida
II - Corredor da Avenida do Turismo: abrange pela Lei Complementar nº 014/2019)
as faixas lindeiras à Avenida do Turismo;
III - Corredor Avenida Brasil/Ponta Negra:
abrange as faixas lindeiras às avenidas Coronel Tei- Seção III
xeira e Brasil; Das Unidades de Conservação Urbanas
IV - Corredor Boulevard Amazonas: abrange
as faixas lindeiras à Avenida Álvaro Maia, Rua Belém, Art. 66. Para efeito de estruturação do espa-
avenidas Castelo Branco e ço urbano, são consideradas nesta Lei Complemen-
Leopoldo Peres; tar as unidades de conservação urbana:
V - Corredor Darcy Vargas: abrange as faixas I - existentes e a serem implementadas:
lindeiras às avenidas Coronel Teixeira, Jacira Reis, a. sob tutela estadual:
Theomário Pinto da Costa, Darcy Vargas, Efigênio Sa- 1. Parque Estadual Samaúma.
les e Pedro Teixeira; b. sob tutela municipal:
VI - Corredor Rodrigo Otávio: abrange as 1. Parque Municipal do Mindu;
faixas lindeiras às avenidas General Rodrigo Otávio e 2. Parque Municipal das Nas-
Presidente Kennedy; centes do Mindu;
VII - Corredor Aleixo: abrange as faixas lin- 3. Refugio de Vida Silvestre
deiras às avenidas Paraíba, André Araújo, Cosme Fer- Sauim Castanheira;
reira e dos Oitis; 4. Área de Proteção Ambien-
VIII - Corredor Autaz Mirim: abrange as fai- tal - APA do Tarumã/Ponta Negra,
xas lindeiras às avenidas Nossa Senhora da Concei- em parte incluída na Área Urbana
ção, Autaz Mirim, Solimões, Guaruba e Ministro Mário e na Área de Transição;
Andreazza; 5. Área de Proteção Ambiental
IX - Corredor Leste/Oeste: abrange as faixas - APA Adolpho Ducke, em parte in-
lindeiras às avenidas Itaúba, Camapuã, Noel Nutels, cluída na Área de Transição;
Max Teixeira, parte da Avenida Torquato Tapajós, 6. Área de Proteção Ambien-
Avenida Paulo Jacob, Rua Cmte. Norberto Wongal, tal - APA Ufam, Inpa, Ulbra, Elisa
Rua Gurupi, Rua Campos Bravos, Avenida Constanti- Miranda, Lagoa do Japiim e Aca-
nopla, Rua Cravina dos Poetas e Avenida do Futuro; riquara;
X - Corredor Distrito II: abrange as faixas lin- 7. Área de Proteção Ambiental
deiras à Avenida dos Oitis; - APA Parque Ponta Negra;
XI - Corredor Santa Etelvina: abrange as fai- 8. Área de Proteção Ambiental
xas lindeiras às avenidas Arquiteto José Henriques - APA Parque Linear do Bindá;
Bento Rodrigues e Margarita; 9. Área de Proteção Ambiental
XII - Corredor Avenida das Torres: abrange - APA Parque Linear do Gigante.
as faixas lindeiras à Avenida Governador José Lindo- c. criadas pelo Poder Público Municipal,
so e a Projeção da Rua das Flores; sob tutela privada:
XIII - Corredor BR-174: abrange as faixas lindeiras da 1. Reserva Particular do Patri-
Avenida Prof. Paulo Graça até o Km 8 da Rodovia BR mônio Natural – RPPN Reserva
-174. Honda;
§ 1° Os Corredores Urbanos de que tratam 2. Reserva Particular do Pa-
os incisos deste artigo são faixas lindeiras às vias trimônio Natural - RPPN Reserva
estruturantes do Município, com largura igual a 300 dos Buritis;
(trezentos) metros de cada lado da via, a contar do 3. Reserva Particular do Pa-
seu eixo, ara todos os seus segmentos. trimônio Natural - RPPN Reserva
§ 1º Os Corredores Urbanos de que tratam Águas do Gigante;
os incisos deste artigo são faixas lindeiras às vias 4. Reserva Particular do Pa-
estruturantes do Município nos limites da área urba- trimônio Natural - RPPN Reserva
na e transição, com largura igual a 300m (trezentos Nazaré das Lages;
metros) de cada lado da via, a contar do seu eixo, 5. Reserva Particular do Patri-
para todos os seus segmentos. (Redação dada pela mônio Natural – RPPN Reserva
Lei Complementar nº 014/2019) Sócrates Bonfim. - sob tutela mu-
§ 2° As faixas lindeiras ao norte do segmen- nicipal.
to Jacira Reis do Corredor Urbano Darcy Vargas têm II - reenquadradas em novas categorias e a

27
serem implementadas: no e de transição, favorecendo a mobilidade urbana:
a. Refúgio da Vida Silvestre Sauim- I - implantação de um sistema viário de in-
-Castanheira, originada da Reserva Ecológica tegração dos Setores Urbanos constantes no Zonea-
Sauim-Castanheira; mento Urbano;
b. Parque Tarumã/Cachoeira Alta, ori- II - consolidação de corredores viários com
ginada da Unidade Ambiental (UNA) Tarumã/ o aproveitamento dos eixos existentes, ampliando a
Cachoeira Alta. malha viária estruturadora da cidade;
III - criadas e a serem implementadas: III - requalificação dos portos existentes e
a. Parque Mundo Novo; implantação de novos portos para viabilizar o siste-
b. Parque do Encontro das Águas; ma intermodal, inclusive de ligação do Centro com os
c. APA do Igarapé do Acará. bairros localizados nas orlas dos Rios Negro, Ama-
Parágrafo único. No caso de supressão da zonas e Puraquequara, do Igarapé do Tarumã-Açu e
tutela Federal ou Estadual das unidades de conser- demais cursos d’água navegáveis;
vação urbana identificadas neste artigo, o Município, IV - expansão e revisão dos pontos de inte-
por ato do Chefe do Executivo, promoverá medidas gração do transporte rodoviário, de acordo com o Pla-
de proteção adequadas, até que seja efetivado novo no de Transporte Integrado.
enquadramento por lei municipal, estadual ou federal.

Seção IV CAPÍTULO II
Dos Corredores Ecológicos Urbanos DOS INSTRUMENTOS DE REGULAÇÃO URBANA

Art. 67. Para proteção das unidades de con- Art. 70. Na implementação da Estruturação
servação urbana e das áreas de preservação per- do Espaço Urbano, o Município utilizará os seguintes
manente, valorização de áreas verdes e ampliação instrumentos de regulação:
da circulação intraurbana, serão implantados cor- I - normas de uso e ocupação do solo;
redores ecológicos urbanos unindo as unidades de II - normas de parcelamento do solo urbano;
conservação urbana ao Corredor Ecológico Central da III - normas de obras e de edificações;
Amazônia. IV - normas de posturas.
§1° Constituem Corredores Ecológicos Ur-
banos já existentes no Município de Manaus:
I - Corredor Ecológico Urbano do Igarapé do Seção I
Mindu; Das Normas de Uso e Ocupação do Solo
II - Corredor Ecológico Urbano das Cachoei-
ras do Tarumã. Art. 71. O uso e a ocupação do solo urba-
§ 2° Serão criados os seguintes Corredores no são disciplinados em lei municipal específica, por
Ecológicos Urbanos: meio de normas relativas aos usos e atividades e à
I - Corredor Ecológico Urbano Matrinxã; intensidade de ocupação, visando:
II - Corredor Ecológico Urbano Tabatinga; I - à qualidade de vida da população;
III - Corredor Ecológico Urbano Gigante. II - ao controle da densificação;
Art. 68. Nas margens dos cursos d’água, III - à minimização dos impactos ambientais;
prioritariamente com áreas verdes remanescentes IV - à proteção do patrimônio cultural.
significativas, serão implantadas Zonas de Proteção
Ambiental, nos termos do Código Ambiental de Ma- Art. 72. Constituem diretrizes para as nor-
naus, de acordo com o Plano de Proteção das Mar- mas de uso e ocupação do solo:
gens dos Cursos d’Água e com o Plano de Saneamen- I - a indução à ocupação das áreas urbanas
to e Drenagem. não consolidadas;
Parágrafo único. Serão implementadas II - o estímulo ao adensamento de áreas urba-
Zonas de Proteção Ambiental nas áreas que circun- nizadas;
dam os pontos de captação de água destinada ao III - o incentivo à revitalização da área central
abastecimento público. de negócios;
IV - o incentivo à dinamização de centros de
bairros;
Seção V V - o estímulo à convivência de usos distin-
Das Medidas Complementares tos que criem alternativas para o desenvolvimento
econômico e para a geração de trabalho e renda;
Art. 69. Constituem medidas complementa- VI - o controle das atividades e dos empreen-
res para efetivação da estruturação do espaço urba- dimentos potencialmente poluidores e degradadores

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do ambiente, que provoquem risco à segurança ou in- a realização de atividades em propriedades particula-
cômodo à vida urbana. res, em benefício da coletividade;
II - regular as atividades desenvolvidas nos
logradouros públicos.

Seção II Art. 78. As normas de posturas deverão esta-


Das Normas de Parcelamento do Solo Urbano belecer:
I - a disciplina dos equipamentos e artefatos
Art. 73. O parcelamento do solo urbano é re- instalados e dos eventos realizados nos logradouros
gulado por lei municipal específica, visando: públicos, de modo a garantir a segurança e o conforto
I - ao ordenamento da área de transição; dos usuários e a adequação aos padrões locais;
II - ao controle da densificação; II - os critérios para funcionamento de esta-
III - à minimização dos impactos ambientais; belecimentos segundo suas categorias, atentando
IV - à ampliação do acesso à terra urbana para o incômodo à vizinhança e propiciando seguran-
pela população. ça e higiene;
III - os procedimentos para licenciamento e
Art. 74. Constituem diretrizes para as nor- autorizações das atividades urbanas, simplificando
mas de parcelamento do solo, a restrição ao parce- rotinas administrativas.
lamento do solo nos fragmentos florestais urbanos e
a proteção das áreas verdes e das áreas de fragilida-
de ambiental. CAPÍTULO III
DOS INSTRUMENTOS DE CONTROLE URBANO

Seção III Seção I


Das Normas Aplicáveis às Obras Do Licenciamento Urbano
e às Edificações
Art. 79. É atribuição do Poder Executivo
Art. 75. As normas aplicáveis às obras e às Municipal licenciar, autorizar e fiscalizar o uso e a
edificações, constantes de Código instituído por lei ocupação do solo e o parcelamento na Área Urbana
municipal específica, visam atender: e na Área de Transição, no cumprimento das normas
I - à segurança; municipais pertinentes.
II - à higiene; Parágrafo único. São instrumentos
III - ao conforto ambiental; complementares de controle urbano o Estudo de
IV - à cultura local; Impacto de Vizinhança (EIV) e o Estudo de Impacto
V - aos princípios de conservação de energia; Ambiental (EIA).
VI - aos princípios de acessibilidade e do
desenho universal.
Subseção I
Art. 76. As normas aplicáveis às obras e às Do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)
edificações deverão estabelecer:
I - a regulação dos processos construtivos, Art. 80. O Poder Executivo Municipal poderá
das técnicas e dos materiais, observando sua ade- exigir Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), con-
quação aos padrões locais; forme o disposto no Estatuto da Cidade, quando for
II - os critérios e parâmetros para as edifica- necessário contemplar os efeitos positivos e nega-
ções, segundo suas categorias; tivos de um empreendimento ou atividade, quanto à
III - os procedimentos para aprovação de qualidade de vida da população residente na área e
projetos e para licenciamento das obras de edifica- em suas proximidades.
ções urbanas, simplificando-se as rotinas de aprova-
ção e licenciamento de projetos de edificação. Art. 81. A lei que institui as normas de uso
e ocupação do solo no Município de Manaus defini-
rá os empreendimentos e as atividades, de natureza
Seção IV pública ou privada, que estarão sujeitos à elabora-
Das Normas de Posturas ção de EIV para aprovação de projeto, obtenção de
licença ou autorização de funcionamento.
Art. 77. As normas aplicáveis às posturas, Parágrafo único. O EIV será elaborado
dispostas em Código instituído por lei municipal es- pelo empreendedor, público ou privado, e será objeto
pecífica, visam: de análise e aprovação da Comissão Técnica de Pla-
I - condicionar e restringir o uso de bens e nejamento e Controle Urbano (CTPCU).

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Art. 82. Os instrumentos de intervenção no caput deste artigo:
urbana, regulamentados nesta Lei Complementar ou I - os seguintes setores urbanos: Setor 01,
em lei municipal específica, deverão estabelecer a Setor 02, Setor 03, Setor 11, Setor 12, Setor 15 e Setor
exigência de elaboração de EIV, quando for necessá- 16;
rio: II - Corredores Urbanos ou segmentos de
I - garantir o controle social da intervenção; Corredores Urbanos:
II - avaliar a capacidade de adensamento da a. Segmentos Sul e Centro, do Corredor
área objeto de intervenção; Sul/Norte;
III - calcular a valorização imobiliária decor- b. Segmentos Avenida Coronel Teixei-
rente de qualquer tipo de concessão; ra, Ponta Negra e Praia da Ponta Negra, do Cor-
IV - mensurar a geração de tráfego e a de- redor Avenida Brasil/Ponta Negra;
manda por transporte público; c. Corredor Boulevard Amazonas;
V - assegurar a qualidade da ventilação e ilu- d. Corredor Darcy Vargas;
minação; e. Corredor Rodrigo Otávio;
VI - proteger a paisagem urbana e os patri- f. Corredor Aleixo.
mônios naturais e culturais; III - as Áreas de Especial Interesse, conforme
VII - estabelecer a demanda gerada com a in- a finalidade da intervenção e as condições estabeleci-
tervenção por equipamentos urbanos e comunitários. das por lei municipal específica.
§ 2° A legislação municipal que disciplinar a
obrigação referida no caput deste artigo deverá esta-
Subseção II belecer para cada uma das áreas identificadas no §
Do Estudo De Impacto Ambiental (EIA) 1º as condições de aplicação, conforme prioridades
de adensamento.
Art. 83. O Estudo de Impacto Ambiental
(EIA) e o respectivo Relatório de Impacto Ambiental Art. 86. Poderá ser considerado subutiliza-
(Rima) se aplicam à construção, instalação, reforma, do o imóvel urbano que, localizado nas áreas delimi-
recuperação, ampliação e operação de atividades tadas pelo Poder Público em lei específica, apresen-
ou obras efetiva ou potencialmente causadoras de tar as seguintes condições:
significativa degradação do meio ambiente, de acor- I - glebas não parceladas localizadas na Área
do com as normas do Código Ambiental de Manaus e Urbana, com área superior a 1 (um) hectare;
legislação federal correlata. II - edificações de 4 (quatro) ou mais pavi-
mentos, vazios e sem utilização por período superior
a 2 (dois) anos;
CAPÍTULO IV III - obras de edificações com 4 (quatro) ou
DOS INSTRUMENTOS DE mais pavimentos paralisadas por mais de 3 (três)
INTERVENÇÃO URBANA anos;
IV - lotes urbanos abandonados por período
Art. 84. Os instrumentos de intervenção ur- superior a 1 (um) ano.
bana previstos e disciplinados nesta Lei Complemen- Parágrafo único. O órgão de controle fiscal
tar têm o objetivo de ordenar o pleno desenvolvimen- do Município manterá cadastro imobiliário atualiza-
to das funções sociais da cidade e da propriedade do com o registro dos proprietários de imóveis que
urbana em Manaus, em atendimento ao disposto no forem notificados, bem como o prazo para utilização
Estatuto da Cidade. desses bens.

Art. 87. Em caso de descumprimento das


Seção I condições e dos prazos para parcelamento, edifica-
Do Parcelamento, Edificação ção ou utilização compulsórios, nos termos desta
ou Utilização Compulsórios Lei Complementar e de lei específica, o Município
procederá à aplicação do Imposto sobre a Proprie-
Art. 85. Leis municipais específicas deter- dade Predial e Territorial Urbana (IPTU) progressivo
minarão o parcelamento, a edificação ou a utilização no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo pra-
compulsória do solo urbano não edificado, subutili- zo de 5 (cinco) anos consecutivos.
zado ou não utilizado, devendo fixar as condições e Parágrafo único. A alíquota a ser aplicada
os prazos para a referida obrigação, segundo a lo- em cada ano será fixada em lei específica.
calização dos imóveis e as diretrizes urbanísticas de
cada área. Art. 88. Decorridos 5 (cinco) anos de cobran-
§ 1° São consideradas áreas urbanas ça do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha
prioritárias para aplicação dos instrumentos referidos cumprido a obrigação de parcelamento, edificação

30
ou utilização, o Município manterá a cobrança pela f. o Corredor Urbano Rodrigo Otávio,
alíquota máxima, até que se cumpra a referida obri- em toda sua extensão;
gação, sem prejuízo de proceder à desapropriação g. o corredor Urbano Aleixo, em toda
do imóvel, com pagamento em títulos da dívida públi- sua extensão;
ca. h. o Corredor Urbano Autaz-Mirim, nos
segmentos Nossa Senhora da Conceição e Au-
taz-Mirim;
Seção II i. o Corredor Urbano Leste-Oeste, nos
Do Direito de Preempção segmentos ItaúbaCamapuã e Noel Nutels;
j. o Corredor Urbano Santa Etelvina,
Art. 89. O direito de preempção confere ao em toda sua extensão;
Poder Executivo preferência para aquisição de imó- k. o Corredor Avenida das Torres, em
vel urbano objeto de alienação onerosa entre particu- toda sua extensão.
lares, conforme o disposto no Estatuto da Cidade. § 2° A outorga onerosa de alteração de uso
§ 1° O direito de preempção poderá incidir poderá ser concedida, na forma da legislação apli-
sobre o imóvel localizado em Área de Especial Inte- cável, em toda a área urbana e de expansão de Ma-
resse, a ser delimitada por lei municipal específica. naus.
§ 2° A lei municipal que delimitar a área de
especial interesse para fins de aplicação do dispos- Art. 91. A solicitação de outorga onerosa
to no caput deste artigo deverá discriminar os imó- do direito de construir ou de alteração de uso deverá
veis de interesse para aquisição, fixando prazos de ser apresentada pelo requerente no ato do pedido do
vigência, conforme a finalidade da intervenção, nos licenciamento da obra ou de alteração de uso, dos
termos previstos no Estatuto da Cidade. documentos exigidos pelas normas municipais aplicá-
veis, e ainda:
I - anuência de mais de 50% (cinquenta por
Seção III cento) dos moradores dos dois lados da via, numa
Da Outorga Onerosa do Direito de Construir ou extensão de 100 (cem) metros para cada lado a par-
de Alteração de Uso tir do lote em questão, nos pedidos de outorga onero-
sa de alteração de uso;
Subseção I I - anuência de mais de cinquenta por cento
Das Disposições Gerais dos moradores dos dois lados da via, numa exten-
são de 100m (cem metros) para cada lado do lote, a
Art. 90. O Poder Executivo poderá outorgar, partir dos limites deste, abrangendo todos os usos
onerosamente, o direito de construir ou de alteração existentes, ou, para os casos dos condomínios, apro-
de uso, na forma disposta no Estatuto da Cidade, em vação em assembleia para o uso em questão. (Reda-
áreas urbanas que apresentam melhores condições ção dada pela Lei Complementar nº 014/2019)
de infraestrutura, com potencial de concentração de II - Estudo de Impacto de Vizinhança, quan-
atividades de comércio e serviços e maior capaci- do exigído pela legislação, nos pedidos de outorga
dade de absorver o processo de verticalização e de onerosa de alteração de uso.
adensamento.
§ 1° As áreas definidas no caput deste artigo Art. 92. A outorga onerosa do direito de
para fins de outorga onerosa do direito de construir construir ou de alteração de uso será efetivada pelo
são: Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano,
I - Setor 01, Setor 03, Setor 05, Setor 09, Setor com base em parecer da Comissão Técnica de Pla-
10, Setor 11, Setor 12, Setor 13, Setor 14 e Setor 15; nejamento e Controle Urbano.
II - os Subsetores: Subsetor Orla Oeste e § 1° O parecer técnico referido no caput des-
Subsetor Orla Centro-Oeste; te artigo deverá conter, no mínimo:
III - os Corredores Urbanos e segmentos: I - as diretrizes urbanísticas que orientam a
a. Corredor Urbano Sul-Norte, nos seg- análise do pedido da concessão;
mentos Sul, Centro, Norte; II - a justificativa técnica das medidas com-
b. Corredor Urbano Avenida do Turis- pensatórias estipuladas para o empreendimento, re-
mo, no segmento Tarumã e Ponta Negra; lativas à mobilidade urbana, à qualificação ambiental
c. o Corredor Urbano Avenida Brasil/ e à estruturação do uso e ocupação do solo;
Ponta Negra, em toda sua extensão; III - o cálculo do valor da contrapartida a ser
d. o Corredor Urbano Boulevard Ama- paga pelo beneficiário, conforme as determinações
zonas, em toda sua extensão; expressas nesta Lei Complementar.
e. o Corredor Urbano Darcy Vargas, § 2° As medidas compensatórias previstas
em toda sua extensão; no inciso II do § 1º deste artigo deverão considerar

31
as diretrizes deste Plano Diretor Urbano e Ambiental ATIVIDADE TIPO 1 40%
e os demais instrumentos municipais específicos, no ATIVIDADE TIPO 2 30%
que couber. ATIVIDADE TIPO 3 10%
§ 3° A outorga onerosa do direito de cons-
truir ou de alteração de uso poderá ser parcelada, por TIPO EMPRESARIAL ÍNDICE DE DESCONTO
solicitação do interessado, em até 12 (doze) parce- MEI, MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUE-
las, tendo valor mínimo de 50 (cinquenta) Unidades NO PORTE (ATIVIDADES TIPO 1 E 2), INCLUSIVE ISENTO
QUANDO EM EIXO DE ATIVIDADES
Fiscais do Município (UFMs), ficando a concessão
do “habite- se” da edificação condicionada ao cum- EIXO DE ATIVIDADE (PERMITIDO – ATIVIDADES
3, 4 E 5)
70%

primento integral das medidas compensatórias, que MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (ATIVIDADES


70%
serão determinadas pelo IMPLURB, devendo receber 3, 4 E 5)

aprovação do Conselho Municipal de Desenvolvimen- MICROEMPRESA (ATIVIDADES 3, 4 E 5) 60%

to Urbano. EMPRESA DE PEQUENO PORTE (ATIVIDADES


50%
3, 4 E 5)

Art. 93. Será facultada a concessão simul- ATIVIDADE TIPO 1 40%

tânea de outorga onerosa do direito de construir ou ATIVIDADE TIPO 2 30%

de alteração de uso sobre um mesmo imóvel, assim ATIVIDADE TIPO 3 10%

como as condições e as medidas compensatórias (Redação dada pela Lei Complementar nº 014/2019)
aplicáveis a cada outorga.
§ 1° O valor da contrapartida a ser paga pela
alteração de uso obedecerá aos cálculos abaixo:
Art. 94. Poderá haver dispensa do pagamen-
to de valor de contrapartida na outorga do direito de
VALOR DA CONTRAPARTIDA DE ALTERAÇÃO DE USO construir ou na alteração do uso nos seguintes casos:
POR ÁREA DE TERRENO OCUPADA I - edificações que integram programas de
ÁREA DO TERRENO ÍNDICE PARCELA MÍNIMA habitação de interesse social executados pelo Poder
Até 1.000 m² 10%AT* x CUB** 4 UFMs Executivo ou com sua anuência, desde que localiza-
De 1.001 a 5.000 m² 8%AT* x CUB** 8 UFMs dos em Área de Especial Interesse Social estabele-
De 5.001 a 10.000 m² 6%AT* x CUB** 10 UFMs cida por lei específica;
De 10.0001 a 15.000 m² 4,5%AT* x CUB** 12 UFMs II - edificações localizadas em subsetor do
Acima de 15.000 m² 3%AT* x CUB** 14 UFMs Sítio Histórico, nas quais, quando necessário, deve-
* área total do terreno rão ser promovidas a reabilitação e a qualificação am-
biental da área;
** Custo Unitário básico estipulado segundo Valor do M2/
bairro - PGM III - entidades sem fins lucrativos, devida-
mente certificadas na forma da legislação específica.
§ 2° Nos casos em que existam uma ou mais
empresas em um mesmo imóvel, o valor da contra- Art. 95. Os recursos obtidos com a outorga
partida será calculado proporcionalmente à área onerosa do direito de construir ou de alteração de uso
construída ocupada pela empresa solicitante em re- serão destinados ao Fundo de Desenvolvimento Ur-
lação à área construída total da edificação, sobre o bano e aplicados na promoção de ações urbanísti-
valor da contrapartida de alteração de uso por área de cas, fundiária ou programas habitacionais nas áreas
terreno ocupada. de especial interesse social, observado o Estatuto da
§ 3° Na hipótese deste artigo, o requerente Cidade.
deverá efetuar o pagamento equivalente ao somató-
rio entre o valor da contrapartida do direito de cons- Art. 96. O adensamento das áreas, objeto de
truir e o valor calculado para o pagamento da contra- aplicação da outorga onerosa do direito de construir
partida da alteração de uso, devendo ser respeitado o ou de alteração de uso, deverá ser sistematicamente
disposto no § 3º do art. 91 desta Lei Complementar. monitorado pelo órgão de planejamento urbano para
§ 4° O valor da contrapartida a ser paga avaliação dos impactos causados pela aplicação do
pela alteração de uso sofrerá redução, por meio de instrumento sobre a Cidade.
descontos, nas seguintes situações: § 1° A avaliação referida no caput deste
artigo poderá determinar alterações nos critérios e
procedimentos de outorga, mediante lei municipal es-
TIPO EMPRESARIAL ÍNDICE DE DESCONTO
pecífica.
EIXO DE ATIVIDADE (PERMITIDO) E MICROEM-
PREENDEDOR INDIVIDUAL - MUDANÇA PARA 70%
§ 2° A concessão de outorga onerosa do di-
RESIDENCIAL reito de construir ou de alteração de uso poderá ser
MICROEMPRESA 60% suspensa em toda a cidade ou em parte dela, median-
EMPRESA DE PEQUENO PORTE 50% te lei municipal específica, quando constatado efeito ne-
gativo sobre a qualidade ambiental e urbana de Manaus.

32
Subseção II tica, desde que:
Do Direito de Construir I - a alteração pretendida não apresente ca-
racterísticas desfavoráveis ao ordenamento do uso
Art. 97. As edificações projetadas para os e da ocupação do solo, à mobilidade urbana e à qua-
Setores Urbanos (SU), para os Corredores Urbanos lificação ambiental e cultural;
e para os Subsetores, poderão se beneficiar da ou- II - possam ser executadas medidas mitiga-
torga onerosa do direito de construir pelo acréscimo doras capazes de corrigir efeitos indesejáveis, quan-
da área sob o Coeficiente de Aproveitamento Bási- do a alteração do uso implicar na instalação de ativi-
co do Terreno (CABT), desde que respeitados o dades que acarretem negativos impactos ambientais
Coeficiente de Aproveitamento Máximo do Terreno e urbanos.
(CAMT) estabelecido nesta Lei Complementar. Parágrafo único. A outorga onerosa de alte-
§ 1° Para efeito da aplicação da outorga one- ração de uso poderá ser concedida para edificações
rosa do direito de construir, o Coeficiente de Aprovei- existentes ou para edificações a serem construídas.
tamento Básico do Terreno (CABT) é igual a 2,0 (dois). Art. 100. No processo de avaliação para ou-
§ 2° O Coeficiente de Aproveitamento Máxi- torga onerosa de alteração de uso, o Poder Executivo
mo do Terreno (CAMT) para cada Setor Urbano (SU), deverá considerar os seguintes aspectos:
Subsetor Urbano e Corredor Urbano é definido na Lei I - quanto às normas urbanas:
de Uso e Ocupação do Solo. a. as diretrizes expressas neste Plano
Diretor quanto à mobilidade urbana, à qualifi-
Art. 98. O valor da contrapartida referente à cação ambiental e cultural e ao uso e ocupa-
outorga onerosa do direito de construir será equiva- ção do solo;
lente ao excedente da área projetada para a edifica- b. as indicações feitas no Plano de Mo-
ção sobre a área total edificável, sendo esta calculada bilidade Urbana;
com base no Coeficiente de Aproveitamento Básico c. as indicações feitas no Plano de Sa-
do Terreno (CABT). neamento e Drenagem;
§ 1° O cálculo do valor da contrapartida refe- d. as diretrizes expressas no Código
rida no caput deste artigo será efetuado pela fórmula Ambiental de Manaus.
VC = VT x 0,3 x [(CAPT - CABT) x At], na qual: II - quanto às características e as repercus-
I - VC representa o Valor da Contrapartida sões do uso pretendido para o imóvel:
para a outorga onerosa do direito de construir; a. a escala de operação das unidades
II - VT representa o Valor do Metro Quadrado produtivas, quando for o caso;
de Terreno, estabelecido pelo Poder Executivo Muni- b. os incômodos a serem causados à
cipal, considerada, na valoração, a localização do imó- vizinhança;
vel; c. o potencial de risco à segurança
III - CAPT representa o Coeficiente de Apro- dos vizinhos e da cidade;
veitamento Projetado para o Terreno, corresponden- d. os negativos impactos ambientais e
te à razão entre a Área Total Projetada para a Edifi- urbanos;
cação (ATPE), em metros quadrados (m²), segundo e. a geração de tráfego ou outros pre-
o projeto da edificação, e a Área do terreno (At) espe- juízos à mobilidade urbana.
cificada na escritura de propriedade do imóvel, razão Parágrafo único. Consideram-se como per-
que pode ser expressa pela fórmula CAPT = ATPE/At; mitidas as alterações de uso dos lotes residenciais
IV - CABT representa o Coeficiente de Apro- localizados em loteamentos aprovados em geral
veitamento Básico do Terreno. como escritório de contato, observados os seguintes
§ 2° O Valor do Metro Quadrado do Terreno requisitos:
(VT), referido no inciso II do parágrafo anterior, é o I - que possua o uso de serviço ou de comér-
constante da Tabela de Valores Básicos dos Bairros cio associado obrigatoriamente ao uso residencial;
atualizada e remetida à publicação oficial pela Pro- II - que não possuem indicação de placas de
curadoria Geral do Município (PGM) semestralmente. publicidade;
III - que não promovam atendimento ao públi-
co.
Subseção III Parágrafo único. Para o caso de escritório
Da Alteração de Uso de contato localizado em lotes residenciais de lotea-
mentos aprovados, não será tratado como alteração
Art. 99. A outorga onerosa de alteração de de uso, desde que atenda aos seguintes requisitos:
uso poderá ser concedida pelo Poder Executivo Mu- I - que possua o uso de serviço ou de comér-
nicipal para imóveis localizados na área urbana de cio associado obrigatoriamente ao uso residencial;
Manaus, quando o uso requerido ou a classificação II - que não possua indicação de placas de
da atividade não for permitido pela legislação urbanís- publicidade;

33
III - que não promova atendimento ao pú- ênfase para a melhoria da qualidade do saneamento
blico. (Redação dada pela Lei Complementar nº básico, considerando o Plano de Saneamento e Dre-
014/2019) nagem;
III - a implantação de parques públicos de
Art. 101. O Estudo de Impacto de Vizinhança acordo com a demanda existente na área objeto de
- EIV exigido para a aprovação de projetos com pedi- intervenção;
do de alteração de uso, nos termos previstos neste IV - a promoção de habitação de interesse so-
Plano Diretor, poderá ser exigida a anuência de mais cial;
de 50% (cinquenta por cento) dos moradores dos V - a regularização urbanística e fundiária na
imóveis localizados nas imediações do imóvel que área objeto de intervenção.
terá o uso alterado. VI - a qualificação cultural com ênfase na
Parágrafo único. É atribuição da Comissão reestruturação e revitalização do patrimônio cultural
Técnica de Planejamento e Controle Urbano a indica- de Manaus, considerando o Plano de Preservação do
ção e a delimitação da área a ser considerada no EIV, Centro Histórico.
conforme as determinações desta Lei Complemen-
tar, examinando: Art. 105. As operações urbanas consorcia-
I - o porte do uso e da atividade a ser instala- das deverão ser priorizadas nas áreas urbanas desti-
da; nadas a:
II - a localização do imóvel e os impactos I - reestruturação urbana e ambiental nas
do uso pretendido na circulação e acessibilidade ur- margens dos rios e igarapés;
bana; II - reestruturação urbana para implanta-
III - os impactos ambientais urbanos decor- ção de equipamentos de suporte ao transporte inter-
rentes da implantação do uso pretendido. modal;
III - regularização urbanística e fundiária.
Art. 102. Os benefícios obtidos com a outor- IV - reabilitação urbana do bairro Centro
ga onerosa de alteração de uso deverão ser submeti- com a implantação de medidas reestruturadoras de
dos a publicação. mobilidade, adequação dos mobiliários urbanos, in-
centivo a habitação coletivas e empreendimentos
Art. 103. O valor da contrapartida da outor- voltados ao lazer, cultura e turismo.
ga onerosa de alteração de uso deverá ser calculada
em função da valorização potencial do imóvel, decor- Art. 106. Poderão ser previstas nas opera-
rente do uso pretendido. ções urbanas consorciadas, dentre outras medidas:
Parágrafo único. Os critérios para o cálculo I - a modificação de índices e caracterís-
do valor da contrapartida deverão ser determinados ticas de parcelamento, uso e ocupação do solo e
por ato do Poder Executivo, considerando a atualiza- subsolo, bem como alterações das normas edilícias,
ção da Tabela de Valores Básicos dos Bairros a que considerado o impacto ambiental delas decorrente,
se refere o § 2º do artigo 126 desta Lei Complemen- por meio de Resolução do Conselho Municipal de
tar, e as variáveis utilizadas em transações imobiliá- Desenvolvimento Urbano (CMDU);
rias, no período do pedido da concessão. II - a regularização de construções, refor-
mas ou ampliações executadas em desacordo com
a legislação urbanística e edilícia vigente.
Seção IV
Das Operações Urbanas Consorciadas
Seção V
Art. 104. É considerada operação urbana Da Transferência do Potencial Construtivo
consorciada o conjunto de intervenções e medidas
coordenadas pelo Poder Executivo, reguladas por lei Art. 107. O proprietário de imóvel urbano po-
municipal específica e realizadas com a participação derá transferir o direito de construir para outro local
de proprietários, moradores, usuários permanentes ou aliená-lo, mediante escritura pública lavrada pelo
e investidores privados, com o objetivo de alcançar Poder Público municipal, quando não puder atingir o
transformações urbanísticas estruturais, melhorias potencial construtivo admitido no imóvel, em razão de:
sociais e valorização ambiental em uma área especí- I - interesse coletivo de implantação de equi-
fica da cidade, observadas as seguintes diretrizes: pamentos urbanos e comunitários;
I - a melhoria da mobilidade urbana, consi- II - preservação das características do imóvel
derando as diretrizes do Plano Integrado de Trans- por interesse histórico, cultural, ambiental, paisagísti-
porte e a necessidade de implantar equipamentos de co ou social;
suporte ao sistema intermodal de transporte; III - execução de programas de regulariza-
II - a qualificação ambiental com especial ção fundiária, urbanização de áreas ocupadas por

34
população de baixa renda e habitação de interesse das ocorrências e posterior avaliação dos possíveis
social. impactos urbanos e ambientais positivos ou negati-
§ 1° Entende-se por potencial máximo cons- vos.
trutivo a Área Total Edificável (ATE), calculada a partir
da aplicação dos parâmetros urbanísticos definidos
pela Lei de Uso e Ocupação do Solo para o imóvel, Seção VI
observadas as diretrizes e as normas complementa- Das Áreas de Especial Interesse
res e leis municipais, estaduais e federais que possam
incidir sobre o imóvel. Subseção I
§ 2° O direito descrito no caput deste artigo Das Áreas de Especial Interesse Social
poderá ser exercido pelo proprietário que fizer doa-
ção de imóvel de sua propriedade, ou parte dele, ao Art. 111. As Áreas de Especial Interesse So-
Poder Público para os fins previstos nos incisos I a III cial (AIES) são porções do território destinadas, prio-
deste artigo. ritariamente, à garantia de moradia digna para a po-
pulação de baixa renda por intermédio de melhorias
Art. 108. Para a aplicação da transferência urbanísticas, recuperação ambiental e regularização
do direito de construir em outro imóvel deverão ser fundiária de assentamentos precários e irregulares,
observadas: bem como à provisão de novas habitações de inte-
I - as diretrizes deste Plano Diretor Urbano e resse social (HIS) dotadas de boa oferta de serviços,
Ambiental; equipamentos e infraestruturas urbanas, áreas verdes
II - as normas estabelecidas pela lei de uso e e comércios locais, entre outros atributos.
ocupação do solo;
III - as diretrizes dos Planos de Transporte Art. 112. As Áreas de Especial Interesse
Urbano Integrado e de Saneamento Ambiental; Social são delimitadas por lei municipal específica e
IV - a necessidade de relatório de Estudo de definidas pelas seguintes condições:
Impacto de Vizinhança (EIV), quando exigidos pelo I - áreas ocupadas por população de baixa
órgão responsável pelo planejamento urbano. renda que apresentem irregularidades urbanísticas ou
irregularidade fundiária;
Art. 109. A transferência do potencial cons- II - áreas destinadas à promoção da habita-
trutivo somente poderá ser exercida para outro imó- ção de interesse social, inseridas em programas mu-
vel localizado dentro do perímetro urbano e em lo- nicipal, estadual ou federal;
cal onde é permitida a outorga onerosa do direito de III - áreas destinadas ao reassentamento de
construir, conforme estabelecido em lei específica. população de baixa renda que tenha sua moradia em
§ 1° A edificação construída no imóvel situação de risco devidamente identificada pelo ór-
receptador potencial construtivo transferido não gão público competente.
poderá apresentar Área Total Edificada (ATE) supe- Parágrafo único. Lei municipal estabelecerá
rior ao potencial máximo permitido pela Lei de Uso os padrões especiais de urbanização, parcelamen-
e Ocupação do Solo e deverá observar os demais to do solo urbano e uso e ocupação do solo para as
parâmetros urbanísticos e edilícios para o local. áreas declaradas de especial interesse social.
§ 2° O potencial construtivo a ser transfe-
rido será equivalente a diferença entre o potencial Art. 113. As edificações localizadas em áreas
máximo construtivo admitido para o imóvel e a área de risco estarão sujeitas à relocação, quando não for pos-
edificada existente sem possibilidade de acréscimo. sível a correção dos riscos para garantir a segurança da
população residente no local e na vizinhança.
Art. 110. O ato de concessão do direito de Parágrafo único. No caso da necessidade de relo-
transferência do potencial construtivo, disciplinado cação das edificações e reassentamento da população pre-
em regulamentação específica, discriminará todos visto no caput serão adotadas as medidas previstas nesta
os benefícios concedidos e apresentará a devida jus- Lei Complementar.
tificativa técnica, contemplando todos os aspectos
urbanísticos e jurídicos levados em consideração.
§ 1° O direito de transferência do potencial Subseção II
construtivo será constituído mediante a emissão da Das Áreas de Especial Interesse
respectiva escritura pública, lavrada no cartório com- para Reestruturação Urbana
petente.
§ 2° O órgão de controle e planejamento Art. 114. As Áreas de Especial Interesse
urbano manterá cadastro técnico com o registro de para Reestruturação Urbana são as definidas por lei
todas as concessões de transferência de potencial municipal específica como prioritárias à reestrutura-
construtivo de forma a permitir o monitoramento ção e requalificação urbana que contemplem ações

35
destinadas:
I - à melhoria da mobilidade urbana, consi- Seção I
derando-se as diretrizes do Plano de Mobilidade Ur- Do Plano de Proteção das Margens
bana e a necessidade de implantar equipamentos de dos Cursos d’Água
suporte ao sistema intermodal de transporte;
II - à qualificação ambiental, com especial Art. 118. O Plano de Proteção das Margens
ênfase para a melhoria da qualidade do saneamento dos Cursos d’Água tem por objetivo delimitar as fai-
básico, considerando-se o plano de saneamento am- xas marginais non aedificandi, nos termos da legisla-
biental; ção específica.
III - à implantação de parques públicos e
equipamentos comunitários com especial ênfase Art. 119. Os objetivos específicos e a abran-
na saúde, educação e segurança pública de acordo gência de intervenções urbanas para requalificação
com a demanda existente na área objeto de inter- dos espaços públicos, mencionados no artigo ante-
venção. rior deverão constar de ato do Poder Executivo que
definirá:
I - a delimitação da área de abrangência da inter-
Subseção III venção;
Das Áreas de Especial Interesse Ambiental II - as intervenções previstas;
III - a forma de execução da intervenção;
Art. 115. O Poder Executivo poderá deter- IV - o cronograma de implantação das inter-
minar a criação de Áreas de Especial Interesse Am- venções, compatibilizado com o cronograma defini-
biental, nos termos da legislação específica, sempre do para o Plano de Saneamento Básico e Drenagem,
que houver a necessidade de proteção ao patrimônio definindo o cumprimento de metas anuais;
natural ou cultural da cidade de Manaus. V - as ações complementares, incluindo-se a
Parágrafo único. VETADO. previsão de criação de Áreas de Especial Interesse;
VI - as justificativas técnicas da intervenção.
Art. 116. A criação de Áreas de Especial In-
teresse Ambiental deverá atender às diretrizes e aos
objetivos expressos nas estratégias de qualificação Seção II
ambiental do território desta Lei Complementar, prio- Do Macroplano das Orlas dos
rizando: Rios Negro e Amazonas
I - a implantação de corredor ecológico que
permita a integração entre as unidades de conserva- Art. 120. O Macroplano das Orlas dos rios
ção urbana; Negro e Amazonas tem por objetivo geral a qualifi-
II - a recuperação das margens de rios e iga- cação e a valorização ambiental de toda extensão da
rapés que favoreça a criação de espaços públicos de orla inserida na Área Urbana e na Área de Transição
lazer; de Manaus, garantindo o acesso público e a proteção
III - a implementação de planos, programas ambiental das margens dos Rios Negro e Amazonas.
e projetos de proteção e valorização do patrimônio Parágrafo único. O Macroplano referido no
cultural da cidade de Manaus. caput deste artigo deverá seguir as diretrizes expres-
Parágrafo único. A lei municipal específica sas nesta Lei Complementar e adequar-se aos de-
que delimitar Área de Especial Interesse Ambiental mais instrumentos complementares, no que couber,
deverá estabelecer, no que couber, as condições de prevendo ações específicas para:
uso e ocupação do solo e prever ações subsequen- I - a implantação de equipamentos destina-
tes, valendo-se dos instrumentos de intervenção ur- dos às atividades de turismo, lazer e abastecimento;
bana previstos nesta Lei Complementar e no Estatuto II - a criação de mecanismos de controle
da Cidade. para a ocupação das margens dos rios;
III - a regulamentação do uso e ocupação
do solo destinado à instalação de portos, inclusive
CAPÍTULO V alfândegas, e das atividades de comércio, abasteci-
DOS INSTRUMENTOS COMPLEMENTARES mento e de construção naval;
IV - a elaboração de projetos urbanísticos
Art. 117. Observada a legislação aplicável, para a melhoria da qualidade dos espaços públicos.
o Município poderá recorrer a qualquer instrumento
jurídico existente para promover o desenvolvimento Art. 121. O Macroplano da Orla Fluvial, ins-
socioeconômico e a implementação dos planos, pro- tituído por lei municipal específica, poderá valer-se
gramas e projetos previstos nesta Lei Complementar. dos instrumentos previstos nesta Lei Complementar
e ser executado em etapas, conforme prioridades

36
preestabelecidas. Seção IV
Do Plano de Mobilidade Urbana
Art. 123. O Plano de Mobilidade Urbana, pre-
Seção III visto no Estatuto da Cidade, tem por objetivo a me-
Do Plano de Saneamento Ambiental lhoria das condições de circulação e acessibilidade
em Manaus, atendendo às diretrizes estabelecidas
Art. 122. O Plano de Saneamento Ambien- na Estratégia de Mobilidade Urbana desta Lei.
tal tem por objetivo geral integrar as ações do Poder
Executivo referentes à prestação dos serviços de Art. 124. São componentes do Plano de
saneamento básico para garantia da qualidade de Mobilidade Urbana:
vida da população, de acordo com a Estratégia de I - definição das competências dos órgãos e
Qualificação Ambiental do Território estabelecida entidades municipais relativas à sua execução;
nesta Lei Complementar. II - diretrizes para o Sistema de Transporte
§ 1° São componentes essenciais e Coletivo Intramunicipal, prevendo ações específicas
imprescindíveis do Plano de Saneamento Ambiental: para melhoria e manutenção das estradas vicinais;
I - o diagnóstico da capacidade dos serviços III - normas:
públicos relativos ao saneamento ambiental; a. para a qualificação do transporte
II - as diretrizes básicas para a melhoria das fluvial municipal que promovam a integração
condições do saneamento ambiental; intermodal;
III - a definição de competências no âmbito b. para qualificação dos espaços pú-
do Município para a gestão do saneamento ambien- blicos que incluam as demandas das pessoas
tal; com deficiência;
IV - a definição de um Programa Municipal c. para a qualificação da circulação e
integrado para a promoção da saúde pública e sanea- acessibilidade, estabelecendo, no mínimo:
mento urbano; 1. padrões para as vias e con-
V - a indicação de técnicas alternativas dições para o funcionamento das
para implementação do saneamento em áreas de es- diferentes categorias de vias;
pecial interesse social; 2. critérios para operação do
VI - a elaboração de Programa de Monitora- tráfego de veículos;
ção da Qualidade do Ar em Ambientes Climatizados 3. padronização da sinalização
Internos, de acordo com as normas do Ministério da das vias urbanas e das estradas e
Saúde, em especial, a Portaria nº 298, de 17 de abril rodovias localizadas no território
de 1998, da Secretaria de Vigilância Sanitária de Mi- municipal, em complementação
nistério da Saúde; às normas federais.
VII - a elaboração de programas de controle IV - plano de Reorganização da Logística de
das emissões atmosféricas industriais e de automó- Transporte de Cargas;
veis; V - definição de ações a serem implementa-
VIII - a elaboração de programa de monitoração das a curto, médio e longo prazos para melhoria da
e controle da qualidade da água destinada ao consumo qualidade do transporte em Manaus;
humano. VI - critérios para qualificação dos equipa-
IX - cronograma de implantação das medi- mentos de suporte do transporte coletivo que in-
das e ações propostas. cluam a distribuição dos pontos de integração do
§ 2° Deverão adequar-se às diretrizes do transporte rodoviário;
Plano de Saneamento Ambiental: VII - identificação de áreas destinadas a:
I - os órgãos e entidades da Administração a. implantação de Terminal Intermodalde
Direta e Indireta do Poder Executivo; Transportes;
II - os instrumentos de Planejamento e Controle b. relocalização do Aeroclube;
Urbano; c. implantação de heliportos;
III - os Programas, Planos e Projetos de âm- d. implantação de terminais de trans-
bito municipal, com a promoção de gestões para a porte aquaviário.
adequação nas esferas estadual e federal;
IV - as ações dos organismos públicos e Art. 125. Deverão adequar-se às diretrizes
privados, inclusive concessionários, responsáveis do Plano de Mobilidade Urbana:
pelos serviços públicos de abastecimento de água, I - os órgãos e entidades da Administração
esgotamento sanitário, drenagem de águas pluviais Municipal Direta e Indireta;
e gerenciamento dos resíduos sólidos. II - os instrumentos de planejamento e controle
urbano;
III - os programas, planos e projetos de âm-

37
bito municipal, com a promoção de gestões para as
adequações nas esferas estadual e federal; Art. 128. O Plano Habitacional de Interesse
IV - as ações dos órgãos e entidades respon- Social tem por objetivo estabelecer as condições e
sáveis pelo planejamento e gestão do Sistema Viário e procedimentos para suprimento do déficit habitacio-
Transportes. nal de moradias e regularização fundiária para seg-
mentos populacionais de renda familiar de até 5 (cin-
co) salários mínimos, alcançados pelos programas
Seção V de financiamentos habitacionais de interesse social.
Do Plano de Alinhamento e Passeio Parágrafo único. Os recursos alocados à im-
plementação do Plano serão exclusivamente desti-
Art. 126. O Plano de Alinhamento e Passeio nados à execução das seguintes ações:
é o instrumento básico do ordenamento da rede de lo- I - produção ou aquisição de unidade habita-
gradouros públicos, com a finalidade de reservar áreas cional;
para a circulação urbana e promover melhorias na II - produção ou aquisição de lotes urbaniza-
acessibilidade urbana. dos;
§ 1° O Plano de Alinhamento e Passeio III - aquisição de material de construção;
será implementado mediante ato do Poder Execu- IV - urbanização de assentamentos precários;
tivo, respeitados os prazos máximos estabelecidos V - requalificação urbana.
nesta Lei Complementar para sua implantação.
§ 2° O processo de licenciamento de altera- Art. 129. São beneficiados pelo Plano
ção fundiária, reforma, ampliação ou edificação, bem Habitacional de Interesse Social:
como de mudança de uso da edificação, ficará sujei- I - a população moradora de áreas que ne-
to às exigências do Plano de Alinhamento e Passeio, cessitam de urbanização ou regularização fundiária e
cabendo ao órgão municipal competente indicar pre- urbanística;
viamente ao interessado o recuo ou a investidura in- II - a população situada em áreas de risco
cidente sobre os imóveis, em decorrência do referido ou às margens de igarapés a serem recuperados, que
Plano. necessita ser reassentada;
§ 3° Por ocasião da execução dos recuos III - a população que não possua moradia pró-
viários ou abertura de novas vias projetadas, cabe ao pria.
Município a avaliação do imóvel e aplicação do direito
de preempção. Art. 130. Para viabilizar as soluções habi-
§ 4° O proprietário terá o prazo de 30 (trinta) tacionais previstas, serão demarcadas no Plano Ha-
dias, a contar da data de publicação do ato pertinen- bitacional de Interesse Social as Áreas de Especial
te, para contestar o valor da indenização junto à Pro- Interesse Social a serem contempladas, e definidos
curadoria Geral do Município. os instrumentos previstos nesta Lei e os demais pro-
cedimentos cabíveis.
Art. 127. São componentes do Plano de
Alinhamento e Passeio:
I - a definição do alinhamento dos logradou- Seção VII
ros públicos, com a indicação da previsão de alar- Dos Planos Urbanísticos
gamento em logradouros públicos existentes e de
abertura de logradouros públicos para integração da Art. 131. Os Planos Urbanísticos são instru-
malha viária urbana; mentos para fins de qualificação dos espaços públi-
II - o dimensionamento das calçadas e de cos na Cidade de Manaus.
outros elementos dos logradouros públicos onde cou- Parágrafo único. Os Planos Urbanísticos de-
ber; verão ser elaborados sempre que a Prefeitura promo-
III - as diretrizes gerais para a implantação ver significativas intervenções físicas no espaço da
de mobiliário urbano, inclusive engenhos de publicida- cidade que modifiquem, transformem ou alterem o
de. desenho urbano que define e qualifica as áreas públi-
Parágrafo único. Na definição do Plano de cas.
Alinhamento e Passeio deverão ser observados, no
que couber, os padrões viários existentes, as diretri-
zes do Plano de Mobilidade Urbana e demais instru- Art. 132. Programas municipais poderão
mentos complementares. prever a implementação de planos urbanísticos me-
diante o pagamento de contribuição de melhorias,
nos termos estabelecidos pelo Estatuto da Cidade,
Seção VI desde que a lei municipal específica determine a cria-
Do Plano Habitacional de Interesse Social ção de Área de Especial Interesse, dispondo no míni-

38
mo sobre os seguintes aspectos: TÍTULO VI
I - a finalidade da Área de Especial Interesse; DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
II - a delimitação da área objeto da interven-
ção; Art. 135. Deverão ser elaborados e aprova-
III - as características das intervenções pre- dos no prazo máximo de 2 (dois) anos a contar da
vistas; vigência desta Lei Complementar os instrumentos
IV - a comprovação da anuência dos pro- complementares definidos no Capítulo V do Título V
prietários beneficiados pela intervenção; desta Lei Complementar.
V - o valor da contribuição e a forma de seu
pagamento pelos proprietários beneficiados; Art. 136. O Poder Executivo tem prazo de 2
VI - o cronograma de execução das obras (dois) anos para a ampliação dos pontos de integra-
que compõem o Plano Urbanístico. ção do Transporte Coletivo Rodoviário.

Art. 137. Os objetivos e diretrizes deste Pla-


Seção VIII no Diretor Urbano e Ambiental constarão, obrigatoria-
Do Plano de Preservação do Centro mente, do Plano Plurianual de Governo, em forma de
Histórico de Manaus metas e ações.
Parágrafo único. Conforme determina a Lei
Art. 133. O Plano de Preservação do Centro Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, Estatuto
Histórico, como instrumento básico de gestão, terá da Cidade, o Plano Diretor Urbano e Ambiental de
como objetivos: Manaus, será revisto até 10 (dez) anos após a publi-
I - estabelecer diretrizes correspondentes cação desta Lei Complementar, para os ajustes ne-
que irão nortear fomentar o desenvolvimento das cessários ante o desenvolvimento da Área Urbana e
ações necessárias à sua preservação, considerando de Expansão.
os aspectos normativos, estratégicos e operacionais
para a sua consecução; Art. 138. São partes integrantes desta Lei os
II - orientar o processo de reestruturação ur- seguintes Anexos, referidos em vários de seus dispo-
bana do centro histórico, conduzindo e fomentando sitivos:
a sua revitalização física e sociocultural; I - mapa da área urbana e área de transição,
III - direcionar e integrar à gestão pública dos com suas subdivisões;
órgãos de patrimônio e de desenvolvimento urbano II - mapa dos setores e bairros;
que atuam na área; III - mapa dos subsetores urbanos e bairros;
IV - diagnosticar as áreas de especial inte- IV - mapa de qualificação ambiental;
resse ambiental prioritárias à reestruturação urbana; V - mapa dos corredores urbanos e segmentos.
V - tornar eficiente e efetiva a aplicação dos Parágrafo único. Por se configurarem em
investimentos a serem realizados no centro histórico. mapas e em face da baixa resolução de sua publica-
VI - preservar o patrimônio cultural da cida- ção oficial, os Anexos a que se refere este artigo es-
de, dentro de uma cultura urbanística, pautada no pla- tão disponíveis no sítio oficial da Prefeitura Municipal
nejamento e gestão urbana; de Manaus.
VII - cumprir o disposto nos artigos 339 e
342 da Lei Orgânica do Município de Manaus, me- Art. 139. Esta Lei Complementar entra em
diante ações efetivas dos órgãos responsáveis pela vigor na data de sua publicação, revogada, especi-
arrecadação tributária e pelos bens culturais do Mu- ficamente, a Lei nº 671, de 4 de novembro de 2002,
nicípio. com suas posteriores alterações, bem como os atos
regulamentares baixados na sua vigência.
Art. 134. São componentes mínimos do
Plano de
Preservação do Centro Histórico:
I - levantamento físico e cadastral;
II - levantamento sociocultural; Manaus, 16 de janeiro de 2014.
III - análise dos problemas;
IV - diagnóstico territorial e sociocultural; ARTHUR VIRGÍLIO DO CARMO RIBEIRO NETO
V - diretrizes e normas para execução de inter- Prefeito de Manaus
venções;
VI - definição de planos e ações setoriais. LOURENÇO DOS SANTOS PEREIRA BRAGA
Secretário Municipal Chefe da Casa Civil

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ANEXO I - MAPA DA ZONA DE EXPANSÃO URBANA E
ZONA URBANA DA CIDADE DE MANAUS

o
A B C D E

MAPA DA ZONA DE EXPANSÃO URBANA E ZONA


URBANA CIDADE DE MANAUS
1 1

MUNICÍPIO DE MANAUS

2 ZE TARUM-AÇÚ 2
ZE DUCKE

Igarapé do Mariano

RESERVA ADOLPHO DUCKE

ZE PRAIA DA LUA
3 Igarapé do Tarumã

ZONA OESTE
ZONA NORTE 3
ã-Açú
do Tarum

uara
Igarapé

raqueq
Rio Pu
Igarapé da Boa Vista
ZONA LESTE

4 ZONA CENTRO-OESTE
ZONA CENTRO-SUL Rio Amazonas 4
IG. da Col.Antonio Aleixo

Lago do Aleixo

Rio Negro

LEGENDA
ZONA SUL

LAGO_DO_ALEIXO
RESERVA DUCKE PLANO DIRETOR URBANO E AMBIENTAL DE MANAUS
5 Rio Solimões 5
ASSUNTO:
PRANCHA:
ZONA DE EXPANSÃO - ZE ANEXO I - ZONA DE EXPANSÃO URBANA E ZONA
URBANA DA CIDADE DE MANAUS
FONTE: IMPLURB/PMM, JUNHO-2021
ORG: DIRETORIA DE PLANEJAMENTO URBANO - DPLA
Coordinate System:

ZONA URBANA - ZU
EQUIPE TÉC:.ANALIST.DE GEORREF.ELAIMES PAIVA,
VISTº: MARCELO PASSOS DA COSTA
ARQª. E URB.ELOÍSA SERRÃO
ARQª. E URB.LUIZA LACERDA.
Projection: Transverse Mercator
Datum: SIRGAS 2000 01
ARQª. E URB.RAFAELA CAVALCANTE False Easting: 400.000,0000
ARQº. E URB.TIAGO GOMES False Northing: 5.000.000,0000
Central Meridian: -60,0000

RIOS
LEAD DESIGNER. GABRIEL EYVIN
Scale Factor: 1,0000
Latitude Of Origin: 0,0000
ESCALA: 1:100.000 Units: Meter
2.000 1.000 0 2.000
M

A B C D E

CLIQUE PARA
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ANEXO II - MAPA DOS SETORES URBANOS E
BAIRROS DA CIDADE DE MANAUS

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ANEXO III - MAPA DOS SUBSETORES URBANOS E
BAIRROS DA CIDADE DE MANAUS

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ANEXO IV - QUALIFICAÇÃO AMBIENTAL

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ANEXO V - MAPA DOS CORREDORES URBANOS E SEGMENTOS

CLIQUE PARA
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Bairro da Ponta Negra
Mercado Municipal Adolpho Lisboa
Lei Complementar N° 003, de 16 de Janeiro de 2014
DISPÕE sobre o Código de Obras e Edificações do Município de
Manaus e dá outras providências.

O PREFEITO DE MANAUS, no uso das atribuições saúde, higiene, salubridade e qualidade ambiental nas
que lhe são conferidas pelo art. 80, inc. IV, da Lei Orgâ- edificações;
nica do Município de Manaus, III - garantia de condições de acessibilidade,
FAÇO SABER que o Poder Legislativo decretou e eu san- circulação e utilização das edificações, especial-
ciono a seguinte mente as de uso público, com autonomia e seguran-
ça para uso de cidadãos com deficiência e mobilida-
de reduzida.
LEI: IV - promoção da boa estética arquitetônica,
TÍTULO I urbanística e paisagística da Cidade;
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES V - garantia de condições de proteção às
edificações integrantes do patrimônio cultural de
Art. 1º Fica instituído o Código de Obras e Manaus, de forma a evitar a sua destruição, desca-
Edificações do racterização, degradação ou ocultação.
Município de Manaus, constituindo-se em instru-
mento de caráter urbanístico do Plano Diretor Urbano
e Ambiental de Manaus. TÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES
Art. 2º Este Código tem por objetivo garantir
condições adequadas de habitabilidade, principal- Art. 4º Para melhor compreensão e aplica-
mente no que se refere à segurança e à salubridade ção das disposições deste Código, ficam estabeleci-
dos espaços construídos, por meio da definição de das as seguintes definições:
normas e procedimentos para a elaboração de proje- I - aceitação: documento expedido por ór-
tos, licenciamento, execução, utilização e manuten- gão público competente que reconhece a execução
ção das obras e edificações, públicas ou privadas, em de obra ou serviço e autoriza o uso ou a ocupação de
todo o território municipal. edificação ou de instalações de qualquer natureza,
§ 1º Incluem-se entre as obras reguladas por devendo para expedição desta, acompanhar laudo
este Código, além de obras novas, as reformas, as que ateste a segurança e salubridade da edificação;
ampliações, os acréscimos, as reconstruções e de- I - termo de execução: documento expedido
molições. por órgão público competente que reconhece a exe-
§ 2º As disposições deste Código deverão cução de obra ou serviço e autoriza o uso ou a ocu-
ser utilizadas em complemento às exigências da Lei pação de edificação ou de instalações de qualquer
do Plano Diretor Urbano e Ambiental, da Lei de Uso e natureza, devendo para expedição desta, acompa-
Ocupação do Solo e do Código Ambiental de Manaus, nhar laudo que ateste a segurança e salubridade da
sem prejuízo do atendimento às normas técnicas ofi- edificação; (Redação dada pela Lei Complementar
ciais e à legislação federal e estadual pertinente. nº 013/2019)
§ 3º Serão objeto de lei específica os pro- II - acesso: espaço de aproximação, entrada,
jetos e obras realizados por qualquer esfera de trânsito ou passagem;
governo em imóveis tombados ou sujeitos a atos III - acréscimo ou ampliação: ampliação de
decorrentes de proteção do patrimônio cultural no uma edificação, no sentido horizontal ou no sentido
território de Manaus. vertical ou ambos;
IV - afastamento: distância entre a edifica-
Art. 3º Ficam estabelecidas as seguintes di- ção e as divisas do terreno, podendo se constituir em:
retrizes gerais que norteiam a formulação e a aplica- IV - afastamento: distância entre a edifica-
ção deste Código: ção e as divisas do terreno, podendo se constituir em:
I - subordinação do interesse particular ao (Redação dada pela Lei Complementar nº 013/2019)
interesse público; a. afastamento frontal: distância entre
II - primazia das condições de segurança, os limites do lote e a edificação, voltadas para
o logradouro;

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a. afastamento frontal: distância entre XXI - áreas verdes condominiais: áreas des-
os limites do lote e a edificação, voltada para cobertas e permeáveis do terreno, dotadas de vege-
o logradouro, inclusive em lotes em esquinas; tação que contribua para o equilíbrio climático e favo-
(Redação dada pela Lei Complementar nº reça o serviço de drenagem de águas pluviais;
013/2019) XXII - certidão de habitabilidade: certidão ex-
b. b) afastamento lateral: distância en- pedida com todas as características do “Habite-se”,
tre os limites laterais do lote e a edificação; mediante apresentação de documento comprobató-
c. c) afastamento de fundos: distância rio de posse do imóvel por mais de cinco anos, em
entre os limites de fundos e a edificação; substituição ao documento de propriedade, e que
V - águas servidas: águas residuais ou de esgoto; não confere reconhecimento de direitos reais e qual-
VI - alinhamento: linha que delimita a divisa quer espécie de averbação perante os cartórios de
frontal de terreno para o logradouro público; registros de imóveis;
VII - altura da edificação: comprimento do XXIII - circulação: designação genérica dos
segmento vertical medido ao meio da fachada, com- espaços necessários à movimentação de pessoas ou
preendido entre o nível do primeiro pavimento com- veículos; em uma edificação, são os espaços que per-
putável acima do solo, e à linha horizontal, passando mitem a movimentação de pessoas de um comparti-
pelo ponto mais alto do edifício, excluindo-se a caixa mento para o outro ou de um pavimento para outro;
d’água e a caixa da escada; XXIV - condomínio de unidades autônomas:
VIII - alvará de construção: documento de conjunto de unidades sejam residenciais, comerciais,
autorização administrativa para a realização de qual- serviços e industriais, ou lotes urbanizados, dispos-
quer construção; tas de forma horizontal ou vertical, dentro de um
IX - andaime: armação provisória, com estra- mesmo terreno ou quadra, divididos ou não em lotes,
do, destinada a apoiar as atividades de construção de de modo a formarem ruas ou praças interiores, sem
uma edificação; caráter de logradouro público, dispondo ou não de
X - andar térreo ou pavimento térreo: primei- serviços de apoio e equipamentos de lazer privativos;
ro pavimento computável da edificação; XXV - conserto: obra de reconstituição de
XI - área aberta: área cujo perímetro é aberto parte danificada ou inutilizada de um ou mais ele-
por completo ou em parte; mentos de uma construção, não implicando em
XII - área bruta: somatório das áreas úteis construção, reconstrução ou reforma;
com as áreas de projeção das paredes da construção; XXVI - construir: ato de edificar ou realizar
XIII - área de acumulação de veículos: área qualquer obra nova;
disponível de acumulação de veículos em área inter- XXVII - compartimento: espaço coberto ou
na dos empreendimentos com acesso controlado; descoberto, delimitado, de uma edificação que serve
XIV - área de apoio: área destinada ao de- para utilização permanente ou transitória, podendo se
senvolvimento de atividades auxiliares ou comple- constituir em:
mentares à atividade principal; a. compartimento de permanência
XV - área de serviços: área de apoio ao uso prolongada: caracterizado como espaço ha-
residencial; bitável que permita permanência confortável
XVI - áreas de uso comum: são áreas desti- por tempo longo ou indeterminado, tal como
nadas, nas edificações, ao uso coletivo dos condômi- quarto, sala de estar, de jantar e de lazer, am-
nos ou ocupantes autorizados, ou, quando situadas biente de estudo e de trabalho e cozinha;
em edificações de uso público, aquelas de livre aces- b. compartimento de permanência tran-
so ao público externo, como circulações em geral, sitória: compartimento caracterizado como
vagas de estacionamento, halls, escadas, elevado- espaço habitável de permanência confortável
res, banheiros públicos, dentre outras áreas de apoio por tempo determinado, tal como vestíbulo,
ao uso principal; corredor, caixa de escada, despensa, depósito,
XVII - área livre: parte do lote de terreno não vestiário, banheiro, lavabo e área de serviços;
ocupada por construção; XXVIII - desmembramento: forma de parce-
XVIII - área non aedificandi: área do terreno lamento da terra em dois ou mais lotes, com testada
onde não é permitida a edificação de qualquer nature- para logradouro público existente;
za, admitida apenas mediante autorização do órgão XXIX - demolição: derrubamento parcial ou
municipal competente a construção de gradil, muro total de uma edificação;
de arrimo, escadas de acesso, obras de canalização XXX - demolição administrativa: ato do Po-
e escoamento de águas e canalização de esgotos; der Executivo municipal que determina a destruição
XIX - área principal: área indispensável a total ou parcial de uma obra ou edificação em situa-
atender ao uso ou à atividade pretendida; ção de irregularidade;
XX - área útil: área da superfície do piso de XXXI - depósito: espaço coberto ou edifício
um compartimento ou de uma edificação; destinado à estocagem de bens; em uma unidade re-

48
sidencial, é o compartimento de permanência transi- XLVI - fachada frontal: fachada do edifício
tória destinado à guarda de utensílios e provisões; voltada para o logradouro público, sendo, no caso do
XXXII - divisa: linha de limite entre imóveis edifício com mais de uma fachada, a que dá frente
confinantes, ou para o logradouro público; para o logradouro mais importante;
XXXIII - edícula: edificação secundária com XLVII - gabarito: número de pavimentos de
acesso coberto ou não, de pequeno porte e comple- uma edificação;
mentar à edificação principal, não podendo esta edí- XLVIII - gabarito máximo: número máximo
cula configurar-se como outra unidade privativa; de pavimentos que uma edificação pode atingir, em
XXXIV - edificação: construção coberta des- determinada zona da Cidade;
tinada a abrigar qualquer atividade ou qualquer ins- XLIX - galeria: circulação horizontal, com
talação, equipamento ou material, podendo se cons- acesso direto para o logradouro público, que une lojas
tituir em: de uma mesma edificação;
a. edificação permanente: de caráter L - garagem: edificação destinada exclusiva-
duradouro, tais como residência, loja e indústria; mente à guarda de veículos, como função comple-
b. edificação transitória: de caráter não mentar a um uso ou atividade principal, podendo se
permanente, passível de montagem, desmon- constituir em:
tagem e transporte, tais como circos, parques a. garagem coletiva: quando vinculada
de diversões, galpões infláveis, lonas tensiona- a mais de uma unidade imobiliária;
das, stands, dentre outros similares; b. garagem privativa: quando vinculada
XXXV - edifícios geminados: unidades agru- a apenas uma unidade imobiliária;
padas horizontalmente que se aproveitam de uma LI - gleba: imóvel não parcelado, de área igual
mesma estrutura e com acesso independente para ou superior a 10.000 m² (dez mil metros quadrados);
uma circulação comum, podendo ter afastamentos LII - greide: perfil longitudinal de um logra-
laterais nulos; douro em toda a extensão do trecho considerado;
XXXVI - embargo: providência legal tomada LIII - habitação econômica: unidade residen-
pelo Poder Público municipal para sustar o prosse- cial, de caráter popular, com área útil construída de
guimento de obra ou instalação cuja execução ou até 50 m² (cinquenta metros quadrados), executada
funcionamento estejam em desacordo com as pres- pelo Poder Público ou pela iniciativa privada;
crições deste Código; LIV - habite-se: documento que autoriza o
XXXVII - embasamento: é o conjunto de pa- uso e ocupação de um edifício, expedido pelo órgão
vimentos de uma edificação vertical, constituído por municipal competente.
até 4 (quatro) pavimentos, destinado a garagens e LV - imóvel tombado: imóvel de interesse
atividades de apoio inerente à funcionalidade da edifi- cultural protegido por ato administrativo, que deve con-
cação, sendo considerado computável para o número servar suas características arquitetônicas originais;
de pavimentos da edificação; LVI - início da obra: data correspondente
XXXVIII - empena: face ou fachada de uma à execução de qualquer serviço que modifique as
edificação; condições da situação existente no imóvel;
XXXIX - equipamentos comunitários: equi- LVII - licença: autorização dada pela auto-
pamentos públicos voltados à educação, cultura e ridade competente para execução de obras, instala-
saúde, ao desporto, lazer e similares; ções, localização de usos e exercício de atividades
XL - equipamentos urbanos: equipamentos permitidas;
públicos destinados ao abastecimento de água, ser- LVIII - logradouro público: bem público de
viços de esgotos, energia elétrica, coleta de águas uso comum, constituídas por vias, calçadas, passa-
pluviais, rede telefônica e gás canalizado; gens de pedestres, dentre outros;
XLI - escada de escape: escada de emergên- LIX - loja: edificação ou parte desta, desti-
cia em edificações verticais; nada ao exercício de uma atividade comercial ou de
XLII - escada do tipo marinheiro: escada de prestação de serviço;
mão fixada em uma estrutura ou parede de vedação; LX - lote: terreno ou porção de terreno situa-
XLIII - escada em leque: escada que possui do à margem de logradouro público, descrito e assi-
um ou mais degraus em forma triangular ou trapezoidal; nalado por título de propriedade, podendo se consti-
XLIV - estacionamento: área coberta ou tuir em:
descoberta, destinada exclusivamente à guarda de a. lote confrontante: lote de frente a ou-
veículos, como função complementar a um uso ou tro lote;
atividade principal; b. lote lindeiro: lote voltado para o lo-
XLV - estacionamento comercial: área co- gradouro público ou outro lote;
berta ou descoberta onde a atividade principal é a LXI - meio-fio: elemento da via pública destinado à
guarda de veículos, podendo haver exploração co- separação do passeio da pista de rolamento;
mercial para a sua utilização; LXII - mezanino: piso elevado acima de um com-

49
partimento, com projeção menor que este comparti- concessão de nova licença de construção, para imó-
mento; vel anteriormente aprovado;
LXIII - modificação: conjunto de obras desti- LXXXIV - servidão: encargo imposto em imóvel
nadas a alterar divisões internas; para uso e utilização por terceiros, particular ou público;
LXIV - multa: sanção pecuniária imposta LXXXV - subsolo: pavimento, com ou sem
por ato administrativo do Poder Executivo municipal, divisões, situado abaixo do primeiro pavimento com-
em decorrência de infração à legislação vigente; putável, ou que tenha, pelo menos, metade de seu
LXV - muro: anteparo geralmente construído pé-direito abaixo do nível da linha média do terreno
nos limites do lote; circundante de projeção da edificação;
LXVI - muro de arrimo: anteparo destinado a LXXXVI - tapume: vedação vertical feita de
suportar desnível de terreno; madeira ou outro material, construída em frente a
LXVII - obra: realização de um serviço em um uma obra e ao nível do logradouro, e destinada a iso-
imóvel, cujo resultado implique em alteração de seu lá-la e proteger os operários e transeuntes;
estado físico anterior, tais como serviços de terrapla- LXXXVII - terreno: extensão de terra pública
nagem e construção de quaisquer tipos de edificação ou particular;
transitória ou permanente; LXXXVIII - testada: linha que coincide com o
LXVIII - parede cega: face da fachada sem alinhamento do logradouro, destinada a separá-lo da
aberturas de vãos de iluminação e ventilação; propriedade particular;
LXIX - passeio: parte de um logradouro des- LXXXIX - unidade privativa: unidade autô-
tinada ao trânsito de pedestres; noma de uma edificação destinada ao uso habita-
LXX - pavimentação: construção de um piso cional, comercial, serviços ou industrial, privativa do
destinado a circulação, quadras de esporte, estacio- condômino ou ocupante autorizado;
namentos descobertos, dentre outros; XC - vila: conjunto de habitações indepen-
LXXI - pavimento: volume compreendido en- dentes em edificações isoladas, agrupadas, gemi-
tre dois pisos consecutivos, ou o andar habitável de nadas ou superpostas, de modo a formarem ruas ou
uma edificação; praças interiores, sem caráter de logradouro público;
LXXII - pavimento duplex: unidade privativa XCI - vistoria administrativa: diligência efe-
que ocupa dois pavimentos; tuada por técnicos, objetivando a verificação das
LXXIII - pavimento-tipo: repetição de um pa- condições de uma obra, instalação ou exploração de
vimento de uma edificação; qualquer natureza, em andamento ou paralisada.
LXXIV - pé-direito: distância vertical entre o XCII – (VETADO) (Redação dada pela Lei
piso e o nível mais baixo do fundo da laje de um com- Complementar nº 008/2016)
partimento ou da cobertura de um compartimento;
LXXV - pérgula: construção com cobertura
vazada que está sujeita a intempéries climáticas; TÍTULO III
LXXVI - pilotis: área livre formada pelos es- DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
paços vazios entre os pilares de sustentação de pavi-
mento elevado; CAPÍTULO I
LXXVII - polo gerador de tráfego: são em- DOS DIREITOS E RESPONSABILIDADES
preendimentos que atraem ou produzem grande
número de viagens causando reflexos negativos na Art. 5º Constitui dever do Poder Executivo
circulação viária de seu entorno imediato; municipal, de empresas, concessionárias de servi-
LXXVIII - poder de polícia: competência ad- ços públicos, associações, organizações, institui-
ministrativa de que dispõe o Poder Executivo muni- ções, entidades, e demais pessoas físicas ou jurí-
cipal para condicionar e restringir o uso e gozo de dicas, no âmbito das suas respectivas atribuições
bens, atividades e direitos individuais, em benefício responsabilidades e competências, se empenharem
da coletividade; no atendimento, na complementação, no aperfeiçoa-
LXXIX - porão: espaço compreendido entre mento e na divulgação das disposições estabeleci-
dois pisos, localizado geralmente abaixo do nível do solo; das neste Código.
LXXX - profundidade do lote: distância entre § 1º O Poder Executivo municipal buscará
a testada e a divisa oposta, medida segundo uma li- manter convênios de cooperação e mecanismos
nha normal ao alinhamento, avaliando-se a profundi- de articulação interinstitucionais, com vistas ao
dade média quando a forma do lote for irregular; cumprimento do disposto no caput deste artigo.
LXXXI - quitinete: residência tipo apartamen- § 2º No processo de exame e aprovação de
to, composto por apenas um cômodo com banheiro; projetos, o Poder Executivo municipal, sempre que
LXXXII - remembramento: unificação de um necessário ou exigido pela legislação, respaldará
ou mais lotes formando um lote maior; seus atos relacionados a urbanismo, habitação, meio
LXXXIII - renovação de alvará de construção: ambiente, patrimônio histórico e artístico, saúde, vi-

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gilância sanitária e outros setores, conforme o caso, cutivo municipal.
em pareceres dos seus distintos setores técnicos es-
pecializados, dando publicidade da decisão em link Art. 9º É obrigatória, nas construções, pú-
específico da Prefeitura Municipal de Manaus. blicas ou privadas, em todo o território municipal, a
§ 3º Além dos setores da administração colocação de placa em lugar apropriado, com carac-
municipal competentes em razão da matéria, cons- teres bem visíveis da via pública, conforme modelo
tituem potenciais intervenientes no processo de apli- oficial disponibilizado pelo Poder Executivo munici-
cação deste Código: pal, com as seguintes características e o conteúdo a
I - o Corpo de Bombeiros Militar do Estado seguir especificado:
do Amazonas, no que diz respeito à segurança con- I - tamanho mínimo de 1,20 m x 60 cm (um
tra incêndio e pânico e que envolva risco para pes- metro e vinte centímetros por sessenta centímetros),
soas, instalações ou mercadorias; em obras com testada de até 20 (vinte) metros, e de
II - os órgãos federais e estaduais 2,0 m x 1,0 m (dois metros por um metro) em obras
responsáveis pela proteção do meio ambiente e do com testada igual ou superior a 20 (vinte) metros;
patrimônio histórico e artístico nacional, bem como II - número do processo;
pela implantação de projetos industriais; III - número do alvará de construção, com
III - os concessionários dos serviços públi- data de expedição e vencimento;
cos de abastecimento de água, esgotamento sanitá- IV - uso a que se destina o imóvel;
rio, fornecimento de energia elétrica e telefonia; V - quantidade de pavimentos;
IV - as empresas fornecedoras de gás para VI - área do empreendimento;
abastecimento domiciliar ou industrial; VII - endereço da obra;
V - o órgão ou entidade responsável pela VIII - nome do proprietário;
fiscalização do exercício profissional, em relação às IX - autor e responsável técnico pelo projeto,
atividades relacionadas com o disposto neste Código. com os respectivos números de registro profissional;
X - número de telefone dos órgãos munici-
Art. 6º Os documentos e trabalhos referentes pais de fiscalização e licenciamento urbanístico.
à construção de qualquer natureza somente serão
aceitos ou permitidos pelo Poder Executivo municipal Art. 10. Independem de apresentação de
se estiverem assinados e sob a direção direta e pes- projetos e alvará de construção:
soal de profissionais regularmente inscritos no órgão I - os serviços de limpeza, manutenção, pin-
fiscalizador do exercício da profissão, na forma da lei. tura interna e externa e pequenos consertos em edi-
ficações de até 2 (dois) pavimentos;
Art. 7º Os autores de projetos e construto- II - a construção de muros divisórios inter-
res assumirão inteiramente a responsabilidade pelos nos, quando não se tratar de muros de arrimo;
seus trabalhos e pela observância deste Código, fi- III - a construção de jardins e pérgulas IV -
cando sujeitos às sanções nele previstas. as obras de reformas e modificações internas, sem
acréscimo de área;
Art. 8º O órgão municipal competente deve- V - a criação de pequenas áreas verdes.
rá enviar expediente ao respectivo conselho de pro- VI - a instalação de coberturas destinadas à
fissionais, solicitando a abertura de procedimentos proteção de veículos, executadas com estruturas re-
para a aplicação das penalidades estatuídas na legis- movíveis. (Redação acrescida pela Lei Complementar
lação específica aos profissionais que: nº 013/2019)
I - incorrerem em mais de 3 (três) multas du-
rante o período de 01 (um) ano; Art. 11. O Poder Executivo municipal pode-
II - hajam recebido 2 (duas) ou mais multas rá, a requerimento do interessado acompanhado do
na mesma obra; documento de posse ou propriedade do terreno, for-
III - continuarem a execução de obras em- necer projeto para habitação popular para pessoas
bargadas pelo com renda de até 5 (cinco) salários mínimos, nos ter-
Poder Executivo; mos da legislação urbana de Manaus.
IV - revelarem imperícia na execução de qual- § 1º Para efeito do caput deste artigo, con-
quer obra; sidera-se habitação popular a unidade familiar, com
V - deixarem de prestar assistência pessoal, área de construção total de até 100 m² (cem metros
sistemática e direta às construções sob sua respon- quadrados) e pavimento único.
sabilidade em andamento; § 1º Para efeito do caput deste artigo, con-
VI - assinarem projetos como executores de obras e sidera-se habitação popular a unidade familiar com
não as dirigirem de fato; área de construção total de até 100m² (cem metros
VII - construírem reiteradamente em descon- quadrados) e até 2 (dois) pavimentos, podendo
formidade com os projetos aprovados pelo Poder Exe- ainda ser compartilhada com outra(s) atividade(s)

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econômica(s), desde que a área útil destinada ao tida pelo órgão municipal competente.
exercício desta(s) não supere 70m² (setenta metros Parágrafo único. O fornecimento da Certi-
quadrados). (Redação dada pela Lei Complementar dão de Uso e Ocupação do Solo não garante o direito
nº 013/2019) de construir, e suas informações não perderão a va-
§ 2º Poderá ser emitido o respectivo alvará lidade, salvo no caso de alteração superveniente da
de construção para o projeto de habitação popular legislação aplicável.
ao interessado, cabendo a este a apresentação jun-
to ao Executivo municipal do profissional habilitado Art. 15. A Certidão de Viabilidade de Projetos
com responsabilidade técnica comprovada. será fornecida pelo órgão competente ao interessa-
§ 3º O órgão competente do Poder Executi- do que a solicitar e conterá informações relativas às
vo municipal poderá firmar convênio com o órgão de condições de implantação, volumetria, índices urba-
classe profissional para a prestação de assistência nísticos, número de vagas de garagem ou estaciona-
gratuita e responsabilidade técnica de profissional mento e demais itens relacionados à viabilidade do
habilitado para o acompanhamento das obras de projeto apresentado, observada a seguinte disciplina:
construção de habitação popular. I - a solicitação poderá ser formulada pelo
§ 4º O pagamento da contraprestação do proprietário ou seu representante legal, devendo ain-
serviço previsto no caput deste artigo será de: da ser instruída com:
I - para confecção de projeto: 0,5% do valor da a. documento que permita verificar a
UFM/m²; II - para alvará de construção: 2% do valor da configuração do terreno;
UFM/m². b. projetos que contenham os elemen-
§ 5º As regras previstas na Lei de Áreas de tos básicos de definição do projeto, tais como,
Especial Interesse Social, referente ao Uso e Ocupa- implantação geral com definição de caixa viária
ção do Solo e Normas Técnicas para as Edificações, existente in loco, afastamentos, área permeá-
poderão ser aplicadas às construções previstas nes- vel e vagas de estacionamento, plantas baixas,
te artigo. (Redação acrescida pela Lei Complementar cortes, cobertura e memorial descritivo do em-
nº 013/2019) preendimento definindo segundo a Lei de Uso
e Ocupação do Solo, o uso para a edificação.
Art. 12. Nos termos da legislação municipal II - a Certidão de Viabilidade de Projetos terá
vigente, em especial o Plano Diretor Urbano e Am- prazo de validade de 6 (seis) meses a partir da data
biental de Manaus, o Código Ambiental de Manaus, de sua emissão, durante o qual será garantido ao re-
leis de Uso e Ocupação do Solo e do Parcelamento do querente o direito de aprovar o projeto de acordo com
Solo Urbano, para o licenciamento de empreendimen- a legislação vigente à época do pedido de viabilidade.
tos potencialmente geradores de impactos urbanís- III - a emissão da Viabilidade não constitui
ticos ou ambientais significativos serão exigidas as aprovação de projeto e não configura ato adminis-
apresentações de Estudo de Impacto de Vizinhança trativo formal que gere outros direitos adquiridos ao
- EIV ou Estudo de Impacto Ambiental - EIA, que serão interessado, além do especificado no inciso II.
objeto de exame pelo órgão municipal competente. Parágrafo único. Para emissão da Certidão
de Viabilidade de Projetos, não será realizada vistoria
no local para constatação das informações forneci-
CAPÍTULO II das pelo interessado, sendo de sua inteira responsabi-
DA TRAMITAÇÃO DE PROCESSOS lidade os dados apresentados no pedido formalizado.

Art. 13. Nos termos do Plano Diretor Urbano Art. 16. Antes da aprovação do projeto e da
e Ambiental de Manaus, será expedida a tramitação expedição de qualquer alvará de construção, o órgão
de processos relativos ao âmbito deste Código, res- competente do Poder Executivo municipal deverá
guardadas garantias mínimas quanto ao interesse realizar vistoria no local da obra, com o objetivo de
público e o interesse dos cidadãos. conferir as informações fornecidas no projeto pelo
Parágrafo único. As normas e procedimen- interessado e as condições para implantação da edi-
tos para simplificação de processos de aprovação ficação projetada no terreno, excetuando-se os casos
de projetos, licenciamento de obras e regularização previstos no artigo 15.
de habitações unifamiliares serão objeto de regula-
mentação própria pelo órgão competente do Poder Art. 17. Nenhuma obra de edificação, acrés-
Executivo municipal. cimo, terraplanagem ou pavimentação, pública ou
particular, será executada sem a respectiva aprova-
Art. 14. As informações relativas ao uso e à ção do projeto, assim como seu devido licenciamento
ocupação do solo serão fornecidas ao interessado pelo órgão competente do Poder Executivo municipal.
que a solicitar, com a exata localização do imóvel,
por meio de Certidão de Uso e Ocupação do Solo emi- Art. 18. Para solicitação de análise de pro-

52
jeto e de licença para a obra, o interessado, ou seu V - elevação de no mínimo duas fachadas do
representante legal, dirigirá ao órgão competente do edifício, na escala mínima adequada à leitura do projeto.
Poder Executivo municipal o requerimento acompa- § 1º Para as edificações unifamiliares, além
nhado do respectivo projeto e dos documentos exigi- dos desenhos e documentos mencionados deverá
dos por este Código. ser apresentado, como projeto complementar, esque-
Parágrafo único. O requerimento deverá con- ma geral de esgotamento sanitário.
signar: § 1º Para as edificações unifamiliares, além
I - o nome do titular da propriedade, da pos- dos desenhos e documentos mencionados, deverá
se ou do domínio útil do imóvel, comprovado por do- ser apresentado o Memorial de Cálculo de Esgota-
cumento hábil; mento Sanitário, com respectiva responsabilidade
II - a natureza e a finalidade da obra (uso); III - técnica. (Redação dada pela Lei Complementar nº
o endereço da obra. 013/2019)
§ 2º Para as demais edificações acima de
Art. 19. Os projetos deverão ser apresenta- 750 m² (setecentos e cinquenta metros quadrados)
dos em três vias assinadas pelo proprietário ou re- de área construída, inclusive de uso residencial mul-
presentante legal e pelos responsáveis pela autoria tifamiliar, deverão ser apresentadas, ainda, no prazo
de projetos e responsabilidade técnica pela obra. máximo de 180 (cento e oitenta) dias corridos, conta-
Parágrafo único. Na hipótese do requerente ter ad- dos a partir do licenciamento da obra, as Anotações
quirido o terreno em prestações, o processo será de Responsabilidade Técnica dos seguintes projetos:
também instruído com o registro do imóvel do com- I - cálculo estrutural, nos prédios acima de
promissário vendedor. 4 (quatro) pavimentos, mesmo em subsolo, com res-
pectivo responsável técnico;
Art. 20. Os projetos para edificação deverão II - instalação de combate a incêndio apro-
conter: vada pelo Corpo de Bombeiros;
I - planta de situação do lote, contendo: II - instalação de combate a incêndio; (Reda-
a. nome das vias limítrofes dos lotes; ção dada pela Lei Complementar nº 008/2016)
b. projeção da edificação; III - esgotamento sanitário, aprovado pela
c. orientação solar; respectiva concessionária
d. sentido de circulação das vias; III - esgotamento sanitário; (Redação dada
e. indicação da largura das vias; pela Lei Complementar nº 008/2016)
f. indicação dos passeios vizinhos até IV - instalação elétrica, em caso de subesta-
o limite de 2 (dois) metros para cada lado, para ção, aprovada pela respectiva concessionária;
avaliação da continuidade da calçada no caso IV - instalação elétrica; (Redação dada pela
de vias arteriais ou coletoras; Lei Complementar nº 008/2016)
g. localização na malha viária da cida- V - instalação hidráulica.
de, mostrando pontos de referência; V - instalação hidráulica. (Redação dada
II - planta de implantação na escala mínima pela Lei Complementar nº 008/2016)
adequada à leitura do projeto, indicando:
a. a locação do imóvel; Art. 21. Na apresentação dos projetos de re-
b. a orientação solar; formas, modificações ou ampliações de edificações
c. a presença de corpos hídricos; existentes, serão observadas as seguintes convenções:
d. as áreas permeáveis e as áreas pavi- I - cor preta, nas partes a serem conservadas;
mentadas; II - cor vermelha, nas partes a serem construídas;
e. as vias limítrofes ao lote; III - cor amarela, nas partes a serem demolidas.
f. a topografia básica do lote, definindo Parágrafo único. O órgão competente fará
a área do terreno e os seus perfis longitudinal anexar aos processos relativos a obras de reconstru-
e transversal, com especificação do ponto mé- ções, reformas, modificações ou ampliações os res-
dio de projeção da edificação. pectivos processos referentes à edificação original.
III - plantas baixas cotadas na escala míni-
ma adequada à leitura do projeto, de cada um dos Art. 22. Os processos referentes a edifica-
pavimentos do edifício e respectivas dependências, ções multifamiliares, vilas ou condomínios de edi-
contendo informações como área e nomenclatura ficações de unidades autônomas somente entrarão
dos ambientes, vão de ventilação e iluminação e res- em tramitação com a respectiva indicação do projeto
pectivos níveis; das edificações no terreno.
IV - corte longitudinal e transversal do edifí-
cio na escala mínima adequada à leitura do projeto,
devendo principalmente indicar a altura do pé direito Art. 23. Todas as cópias dos projetos deverão
dos ambientes; conter a assinatura do titular da propriedade, da pos-
se ou do domínio útil do terreno, bem como do autor

53
do projeto e do responsável pela execução da obra. Art. 26. O órgão competente municipal po-
Art. 23. Todas as cópias dos projetos deve- derá emitir o alvará de construção simultaneamente
rão conter a assinatura do titular da propriedade, da à aprovação, pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias,
posse ou do domínio útil do terreno, bem como do a pedido do interessado, desde que apresentados os
autor do projeto e do responsável pela execução da documentos exigidos para o pedido.
obra, com indicação dos números das respectivas Art. 26. O órgão municipal competente po-
ART/RRT. (Redação dada pela Lei Complementar nº derá emitir o Alvará de Construção simultaneamente
013/2019) à aprovação, pelo prazo máximo de cinco anos, a cri-
§ 1º Os profissionais que assinarem como tério do interessado, de acordo com o cronograma
responsáveis pela elaboração do projeto e pela exe- de obras apresentado. (Redação dada pela Lei Com-
cução da obra responderão pelas infrações relativas plementar nº 008/2016)
às suas respectivas atribuições. § 1º Após o licenciamento, o órgão compe-
§ 2º Havendo mudança de construtor ou res- tente municipal entregará ao interessado duas có-
ponsável técnico, no decorrer das obras, o proprietá- pias do projeto aprovado e licenciado, ficando arqui-
rio é obrigado a comunicar, imediatamente, por escri- vada a terceira e o arquivo digital.
to, ao órgão municipal competente, indicando o nome § 1º A cobrança da taxa do Alvará de Cons-
do novo profissional legal e devidamente habilitado. trução far-se-á em parcelas semestrais em critério
proporcional ao número de semestres apresenta-
dos no referido cronograma. (Redação dada pela Lei
Seção I Complementar nº 008/2016)
Dos Prazos de Aprovação de Projeto § 2º O Alvará de Construção conterá o núme-
ro de ordem, data, prazo de validade, nome do pro-
Art. 24. O órgão competente municipal terá prietário, do autor do projeto e do responsável técni-
60 (sessenta) dias úteis para se pronunciar sobre os co e uso respectivo, sem prejuízo de qualquer outra
processos referentes à aprovação de projetos, poden- indicação julgada essencial.
do ser prorrogado o prazo, a critério da administração. § 2º (VETADO) (Redação dada pela Lei Com-
§ 1º Caso os projetos não estejam de acordo plementar nº 008/2016)
com a legislação vigente, o interessado poderá corri- § 3º Para a construção de stands de vendas
gi-los e reapresentá-los, sendo fixado um novo prazo será fornecido um alvará de construção, com prazo
de 60 (sessenta) dias úteis para o despacho final. de até 90 (noventa) dias corridos, devendo ser remo-
§ 1º Caso os projetos não estejam de acor- vido após o término das atividades.
do com a legislação vigente, o interessado poderá § 4º Em caso de descumprimento do crono-
corrigi-los e reapresentá-los no prazo de até trinta grama apresentado, o interessado deverá exibir novo
dias úteis, sob pena de arquivamento, sendo fixado cronograma para continuidade da execução da cons-
um novo prazo de sessenta dias úteis para o despa- trução. (Redação acrescida pela Lei Complementar
cho final. (Redação dada pela Lei Complementar nº nº 008/2016)
013/2019)
§ 2º No caso do disposto no § 1º, o interes- Art. 27. Caso ocorram alterações nas nor-
sado deverá reapresentar o projeto com as alterações mas de edificação, ou mesmo nas normas legais de
necessárias no prazo de até 30 (trinta) dias úteis, sob uso e ocupação do solo ou de parcelamento do solo
pena de arquivamento. urbano, que incidam sobre os projetos aprovados,
§ 2º A pedido do interessado, o prazo poderá antes de iniciadas as obras, o interessado terá que,
ser prorrogável por mais trinta dias úteis, sob aprova- no prazo máximo de 12 (doze) meses, iniciar a obra.
ção da administração. (Redação dada pela Lei Com- Parágrafo único. Findo o prazo estipulado no
plementar nº 013/2019) caput deste artigo, o projeto deverá se adequar à nova
§ 3º O pronunciamento do órgão competen- legislação.
te municipal sobre os processos referentes à apro-
vação de projetos previstos no caput deste artigo Art. 28. Para as finalidades deste Código,
deverá ser publicado em link específico da Prefeitura fica determinado que o início de obra corresponde-
Municipal de Manaus. rá à execução de qualquer serviço que modifique as
condições da situação existente no imóvel.
Art. 25. Os prazos poderão ser prorrogados,
a pedido do interessado, com a devida justificativa. Art. 29. Se depois de aprovado o requerimen-
to e expedido o alvará de construção houver neces-
sidade de mudança de projeto, o interessado deverá
Seção II requerer modificação do projeto aprovado, apresen-
Do Alvará de Construção tando a documentação exigida pelo órgão competen-
te municipal.

54
§ 1º Será dispensado novo alvará se as a responsabilidade técnica de profissional legal-
modificações não implicarem alterações do projeto mente habilitado nos conselhos de classe Con-
naquilo que estiver regulamentado pela legislação vi- fea/Crea ou CAU-BR, que apresentará a respecti-
gente ou não ocorrer acréscimo de área construída. va ART/RRT de execução; (Redação dada pela Lei
§ 2º Aprovado o novo projeto, será expedi- Complementar nº 013/2019)
do novo alvará de construção mediante o pagamento II - documentos comprobatórios de aprova-
das taxas relativas à modificação. ção do projeto nos órgãos federais e estaduais com-
petentes em assuntos relacionados à proteção do
Art. 30. O alvará de construção perderá a va- meio ambiente, quando for o caso;
lidade de aprovação do projeto nos seguintes casos: III - registro do imóvel referente ao remem-
I - quando os serviços de construção não fo- bramento, desmembramento ou retificação de me-
rem iniciados em um prazo de 2 (dois) anos, a contar tragem do terreno no cartório de registros públicos,
da data da licença para a obra constante do alvará quando for o caso;
para construção, se não renovado ou paralisado; IV - certidão negativa de débitos de IPTU do
II - quando os serviços de construção apro- referido imóvel.
vados não estiverem concluídos dentro do prazo de 2 § 2º Para a obtenção do “Habite-se” de edi-
(dois) anos, a contar da data da licença para a obra ficações destinadas a outros usos deverão ser apre-
constante do alvará para construção, se não renovado. sentados os seguintes documentos:
§ 1º Antes de vencido o prazo de validade, o I - certificados de instalação dos equipa-
interessado deverá requerer renovação do alvará de mentos de circulação e transporte e gás, quando
construção, pagando novos emolumentos. previstos no projeto, fornecidos pelos respectivos
§ 2º Quando houver interrupção nos servi- responsáveis; (Revogado pela Lei Complementar nº
ços de construção licenciados, o interessado deverá 013/2019)
comunicar ao órgão municipal competente a para- II - certificado de vistoria apresentado pelo Cor-
lisação para ter o benefício do período restante no po de Bombeiros, referente a instalações preventivas
prazo estabelecido para sua execução. contra incêndio e pânico, na forma da legislação própria;
II - certificado de vistoria apresentado pelo
Art. 31. O Alvará de Construção é revogável Corpo de Bombeiros, ou por empresas por este cre-
a qualquer tempo, por ato do órgão competente mu- denciadas ou homologadas, referente a instalações
nicipal que, poderá considerar o interesse público ou preventivas contra incêndio e pânico, na forma da
razões de segurança justificáveis. legislação própria, para as edificações acima de
750m² (setecentos e cinquenta metros quadrados)
de área construída, inclusive de uso residencial mul-
Seção III tifamiliar, à exceção das atividades que necessitam
Do Habite-se de EIV; (Redação dada pela Lei Complementar nº
008/2016)
Art. 32. Concluída a obra de uma edificação III - documentos comprobatórios do aceite das
deverá ser solicitada vistoria para a expedição do concessionárias relativos às redes de energia elétrica,
“Habite-se”, por meio de requerimento dirigido ao abastecimento de água e esgoto sanitário ou, no caso
órgão competente municipal, devendo ser anexados de inexistência dessas duas últimas redes, soluções
ao processo os documentos necessários. comprovadamente adequadas para o abastecimento
§ 1º Para a obtenção do “Habite-se” de re- de água e o destino final dos esgotos sanitários;
sidências unifamiliares deverão ser apresentados os III - memorial descritivo das soluções ade-
seguintes documentos: quadas para o abastecimento de energia, água e
§ 1º Para a obtenção do “Habite-se” de resi- destino final do esgoto sanitário, elaborado sob a
dências unifamiliares, independentemente da área responsabilidade técnica de profissional legalmen-
de construção, deverão ser apresentados os seguin- te habilitado nos conselhos de classe Confea/Crea
tes documentos: (Redação dada pela Lei Comple- ou CAU-BR, que apresentará a respectiva ART/RRT
mentar nº 008/2016) de execução; (Redação dada pela Lei Complemen-
I - documentos comprobatórios do aceite das tar nº 013/2019)
concessionárias relativos às redes de energia elétrica, IV - documentos comprobatórios de apro-
abastecimento de água e esgoto sanitário ou, no caso vação do projeto nos órgãos municipais, estaduais
de inexistência dessas duas últimas redes, comprova- e federais competentes em assuntos relacionados à
ção de soluções adequadas para o abastecimento de proteção do meio ambiente e patrimônio histórico,
água e o destino final dos esgotos sanitários; quando for o caso;
I - memorial descritivo das soluções ade- V - registro do imóvel referente à remem-
quadas para o abastecimento de energia, água e bramento, desmembramento ou retificação de me-
destino final do esgoto sanitário, elaborado sob tragem do terreno no cartório de registros públicos,

55
quando for o caso; zação das informações sobre o imóvel em questão.
VI - certidão negativa de débitos de IPTU do § 1º Ficam dispensados do “Habite-se”, para
referido imóvel. fins de emissão de alvará de funcionamento, os imó-
§ 3º Para a obtenção de “Habite-se” de edi- veis existentes e consolidados anteriormente a 1º de
ficações construídas, deverão ser apresentados os janeiro de 1976, devidamente comprovado esse fato
mesmos projetos e documentos exigidos para o “Habi- e asseguradas, ainda, as condições de segurança,
te-se”, seja ele residencial ou destinado a outros usos. solidez, higiene e habitabilidade do imóvel, por meio
§ 4º Em caso de impossibilidade de apre- de laudo técnico assinado por profissional habilitado;
sentação de documento de propriedade, a requeri- § 2º As construções residenciais e comer-
mento do interessado, o processo poderá ser con- ciais Tipo 1 consolidadas, anteriores a novembro de
vertido em pedido de Certidão de Habitabilidade do 2012, com documento de propriedade regularizado,
imóvel quando para fins de solicitação de alvará de apresentação de projeto de arquitetura simplificado
funcionamento, mediante a comprovação de posse (planta baixa, cortes, fachadas, cobertura e implanta-
do imóvel por mais de cinco anos. ção) e com laudo técnico de responsabilidade técni-
ca por profissional habilitado assegurando as condi-
Art. 33. Será fornecido o “Habite-se” pelo ções de segurança, solidez, higiene e habitabilidade
órgão municipal competente, depois de realizada do imóvel receberão o Habite-se total em um proces-
vistoria na obra que ateste o cumprimento dos se- so simplificado e agilizado, com prazo não superior a
guintes itens: 90 (noventa) dias.
I - conclusão da obra, obedecido o projeto § 2º (VETADO) (Redação dada pela Lei Com-
apresentado para a edificação e a norma específica plementar nº 008/2016)
de acessibilidade da Associação § 2º As construções residenciais, comer-
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT; ciais e serviços, Tipos 1 e 2 consolidadas, anteriores
II - construção de passeios novos ou me- a novembro de 2012, com documento de proprieda-
lhoria dos passeios existentes, de acordo com a de regularizado, apresentação de projeto de arqui-
norma específica de acessibilidade da Associação tetura simplificado (planta baixa, cortes, fachadas,
Brasileiras de Normas Técnicas - ABNT, fronteiros à cobertura e implantação) e com laudo técnico de
testada do lote; responsabilidade técnica por profissional habilitado
III - colocação de placa de numeração ofi- assegurando as condições de segurança, solidez, hi-
cial do imóvel. (Revogado pela Lei Complementar nº giene e habitabilidade do imóvel, receberão o Habi-
013/2019) te-se total em um processo simplificado e agilizado,
§ 1º Nenhuma edificação poderá ser habita- com prazo não superior a noventa dias. (Redação
da sem a prévia liberação do órgão municipal com- dada pela Lei Complementar nº 013/2019)
petente, instruída pelo documento de “Habite-se”,
ressalvadas as exceções previstas em Lei.
§ 2º O fornecimento de Certidão de Habitabi- CAPÍTULO III
lidade para aqueles que estejam impossibilitados de DOS PROCEDIMENTOS DE
apresentar documento de propriedade não importa CONTROLE E SANÇÕES
em reconhecimento, pelo Poder Público, de direitos
inerentes à propriedade pelo solicitante e não produz Art. 36. No controle de obras, o órgão mu-
efeitos para fins de averbação no cartório de registro nicipal competente poderá adotar meios capazes de
de imóveis competente. se antecipar às infrações e orientar os interessados
quanto à vigência e ao cumprimento das normas ur-
Art. 34. Poderá ser concedido “Habite-se” banísticas e edilícias.
parcial nos seguintes casos:
I - quando se tratar de prédio onde uma parte Art. 37. Qualquer cidadão é parte legítima
puder ser utilizada independentemente da outra, ga- para denunciar infrações e propor ações destinadas
rantindo-se boas condições de acessibilidade, ocupa- a garantir o cumprimento das normas urbanísticas e
ção e a segurança de quem utiliza a edificação; edilícias em vigor.
II - quando existir mais de uma edificação
construída no mesmo lote, devendo estar concluídas Art. 38. No exercício do poder de polícia, se-
as obras de acesso, passeios, muros, pavimentação rão aplicadas pelo órgão municipal competente, por
e outras julgadas indispensáveis às boas condições meio de ato administrativo, nos casos de violação
de habitabilidade e segurança do imóvel. das disposições deste Código, as seguintes sanções
ao infrator:
Art. 35. Expedido o “Habite-se” ou Certidão I - embargo da obra: auto que determina a
de Habitabilidade, o setor de cadastro imobiliário do paralisação imediata de uma obra, até a revogação
Poder Executivo municipal será instruído para atuali- da ordem, sendo aplicável nos seguintes casos:

56
a. obra em andamento sem projeto aprova- reversão da situação que justificou a sua aplicação.
do e licença de construção, nos termos da lei;
b. desobediência ao projeto aprovado que Art. 40. A demolição administrativa, parcial ou to-
implique violação às disposições deste Código, es- tal, de uma obra ou edificação, será imposta como sanção,
pecialmente naquilo que diz respeito às diretrizes à custa dos responsáveis pela construção, nos casos de:
que norteiam sua aplicação; I - incompatibilidade com a legislação vigente que
c. risco à segurança de pessoas, bens, ins- não admita regularização;
talações ou equipamentos, inclusive públicos ou de II - risco para a segurança pública que, no caso de
utilidade pública; sua iminência, implicará o seu cumprimento imediato;
II - multa: sanção pecuniária imposta por infrin- III - obra ou edificação executada em área ou lo-
gência à legislação vigente; gradouro público;
III - apreensão de ferramentas ou equipamentos: § 1º A demolição administrativa poderá ser co-
sanção aplicável na hipótese de resistência ao embargo municada nos mesmos moldes previstos no § 1º do art.
pelo proprietário ou responsável pela execução da obra; 39 deste Código, com antecedência de 24 (vinte e quatro)
III - apreensão de ferramentas ou equipamentos horas da ação demolitória.
e materiais: sanção aplicável na hipótese de resistência § 2º A ação demolitória far-se-á sem riscos à
ao embargo pelo proprietário ou responsável pela execu- segurança pública e ao funcionamento dos sistemas ur-
ção da obra; (Redação dada pela Lei Complementar nº banos e das redes de serviços públicos.
013/2019)
IV - cassação de alvará de licença de obras: apli- Art. 41. As multas serão fixadas e cobradas em
cável no caso de execução da obra em desacordo com as moeda oficial do Brasil, pelo seu valor nominal, corrigido
normas urbanísticas e edilícias; pelo indexador oficial do Poder Executivo municipal, vi-
V - interdição: auto que determina a proibição ime- gente na data de seu recolhimento e regulamentada em
diata de uso de parte ou da totalidade de uma edificação, legislação específica.
até a revogação da ordem, sendo aplicável nas seguintes § 1º Sem prejuízo das responsabilidades civis e
hipóteses: criminais, serão aplicadas multas nos seguintes casos, to-
a. obra ocupada sem o respectivo “Habite- mando-se em conta a gravidade da infração:
-se” ou Certidão de Habitabilidade emitido pelo ór- I - apresentação de documentação para aprova-
gão municipal competente; ção com indicações falsas: 34 (trinta e quatro) Unidades
b. risco à segurança de pessoas, bens, ins- Fiscais do Município (UFMs);
talações ou equipamentos, inclusive públicos ou de II - início ou execução de obra de residência
utilidade pública; unifamiliar sem licença do Poder Executivo: 12 (doze) UFMs;
c. ameaça à saúde pública; III - início ou execução de obra de qualquer outra
d. obra irregular, executada sem projeto natureza sem licença do Poder Executivo: 25 (vinte e cin-
aprovado ou em desacordo com este. (Redação co) UFMs;
acrescida pela Lei Complementar nº 008/2016) IV - realização de obra em cada item em desacor-
VI - demolição administrativa: auto que determi- do com o projeto aprovado, quando tratar-se de acréscimo
na a destruição total ou parcial de uma obra ou edificação. de área, admitindo-se 10% (dez por cento) de variação: 9
§ 1º As sanções serão dirigidas ao titular da pro- (nove) UFMs;
priedade, posse ou domínio útil do imóvel, sendo a aplica- V - infrações às disposições do Título V deste Có-
ção das sanções precedida de notificação ao infrator. digo, quanto às condições de segurança e meio ambiente
§ 2º A aplicação de uma penalidade não exclui a de trabalho nas construções: 12 (doze) UFMs;
aplicação de qualquer outra prevista neste Código. VI - ausência no local da obra do projeto aprovado
ou do alvará de licença para construção: 4 (quatro) UFMs;
Art. 39. O embargo e a interdição serão comunica- VII - ausência no local da obra do projeto apro-
dos ao interessado, estabelecendo-se prazo para o cumpri- vado ou do alvará de construção e da placa da obra con-
mento das exigências que possam garantir a sua revogação. forme modelo aprovado pelo Poder Público municipal: 4
§ 1º A comunicação do embargo e da interdição (quatro) UFMs;
dar-se-á mediante qualquer das seguintes modalidades: VIII - ocupação de obra ou edificação sem “Habi-
I - com a assinatura de Termo de Recebimento te-se” ou Certidão de Habitabilidade: 12 (doze) UFMs.
pelo responsável pela obra; IX - terrenos e imóveis abandonados, sem manu-
II - afixação de notícia no local da obra ou da cons- tenção e limpeza e/ou sem fechamento com muros ou cer-
trução; cas: 10 (dez) UFMs;
III - carta registrada enviada ao interessado; X - ausência de placa de obra ou colocação de
IV - publicação no órgão de Imprensa Oficial do placa nos empreendimentos sem licença de obra: 20 (vin-
Município; te) UFMs e apreensão da placa irregular;
V - publicação em link específico da Prefeitura XI - ausência de tapume ou tapume irregular: 5
Municipal de Manaus. (cinco)
§ 2º O embargo e a interdição poderão implicar UFMs;
em cancelamento do alvará de licença e demolição, par- XI - ausência de tapume ou tapume irregular, exe-
cial ou total, da construção, no caso de impossibilidade de cutado sem o devido licenciamento: cinco UFMs; (Reda-
57
ção dada pela Lei Complementar nº 008/2016) sofrerá a redução de 20% (vinte por cento).
XII - falta de tela de proteção nas edifica-
ções: 20 (vinte) UFMs. Art. 44. A apresentação do recurso à deci-
XIII - utilização de qualquer parte do logra- são administrativa de primeira instância, no prazo le-
douro público para operações de carga, descarga e gal, suspenderá a exigibilidade da multa até a decisão
deposição, mesmo que temporárias, de materiais de da autoridade municipal competente.
construção, instalação de canteiro de obras ou cons- § 1º Uma vez decorrido o prazo para a apre-
truções transitórias: dez UFMs; (Redação acrescida sentação da defesa, o processo será imediatamente
pela Lei Complementar nº 008/2016) encaminhado à autoridade encarregada de julgar.
§ 2º Nos casos de reincidência, as multas § 2º Se entender necessário, a autoridade
serão duplicadas. julgadora poderá determinar a realização de diligên-
§ 3º A aplicação e o pagamento da multa cia para esclarecer questão duvidosa, bem como so-
não eximem o infrator de outras sanções previstas licitar parecer da assessoria jurídica do órgão muni-
neste Código, nem da correção dos fatos que gera- cipal competente.
ram a sua imposição;
§ 4º A aplicação de uma multa não impede a Art. 45. O autuado será notificado da deci-
cominação cumulativa de outra, no caso de infrações são da primeira instância através do órgão oficial de
distintas; imprensa do Município nos mesmos termos do artigo
§ 5º O cumprimento superveniente da obri- 39 deste Código.
gação que originou a multa não exime o infrator de Parágrafo único. Mantida a autuação e não
seu pagamento. sendo pago o valor correspondente no prazo de 10
(dez) dias contados da notificação, o órgão munici-
Art. 42. A defesa far-se-á por petição, dentro pal competente levará o débito à inscrição na dívida
do prazo de 7 (sete) dias, contados da notificação do ativa e, posteriormente, à execução judicial.
auto, alegando o interessado, de uma só vez, toda
matéria que entender útil, juntando os documentos
comprobatórios das razões apresentadas. TÍTULO IV
§ 1º A petição mencionará, obrigatoriamente: DAS DISPOSIÇÕES GERAIS PARA
I - a autoridade julgadora a quem é dirigida; AS EDIFICAÇÕES
II - a qualificação do interessado, com CPF
ou CNPJ, e o endereço para a notificação; Art. 46. A elaboração de projetos e a realiza-
III - os dados do imóvel ou a descrição das ção de obras sujeitas às disposições deste Código
atividades exercidas; deverão atender às normas técnicas aprovadas pela
IV - os motivos de fato e de direito em que se Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
fundamenta o recurso; § 1º O dimensionamento, o cálculo, a especi-
V - as diligências que o interessado pretende ficação e o emprego de materiais e elementos cons-
que sejam efetuadas, desde que justificadas as suas trutivos deverão assegurar a estabilidade, a seguran-
razões; ça, o conforto ambiental e a salubridade das obras,
VI - o objetivo visado, com referência ao auto edificações e equipamentos.
de infração que questiona. § 2º É de responsabilidade dos respectivos
§ 2º A impugnação não terá efeito suspen- profissionais o emprego de materiais, elementos ou
sivo da sanção, e instaurará a fase contraditória do componentes não consagrados pelo uso, podendo
procedimento. o órgão municipal competente exigir comprovação
§ 3º A autoridade administrativa determi- técnica prévia de bom desempenho daqueles que
nará, de ofício ou a requerimento do interessado, a possam vir a comprometer a qualidade das obras.
realização das diligências que entendernecessárias,
fixando-lhe prazo, e indeferirá as consideradas pres- Art. 47. Toda edificação de acesso públi-
cindíveis, impraticáveis ou protelatórias. co, independentemente de ser a edificação caracte-
§ 4º Preparado o processo para decisão, a rizada como pública ou privada, deverá assegurar
autoridade administrativa que dirige o órgão muni- condições de acesso, permanência, circulação e
cipal competente prolatará despacho no prazo máxi- uso por pessoas com deficiência e mobilidade redu-
mo de 30 (trinta) dias, resolvendo todas as questões zida, conforme disposições estabelecidas neste Có-
debatidas e declarando a procedência ou improce- digo, em Decreto Federal e de acordo com normas
dência da impugnação. específicas da Associação Brasileira de Normas Téc-
nicas - ABNT.
Art. 43. Havendo renúncia à apresentação
de defesa ou recurso e, sendo a multa paga no prazo
do recurso, o valor da constante do auto de infração

58
CAPÍTULO I Cozinha 6,00 m² 2,00 m 2,80 m
DAS CONDIÇÕES DE CONFORTO, Banheiro 2,80 m² 1,20 m 2,40 m
HABITABILIDADE E SEGURANÇA GERAL Área de serviço 2,50 m² 1,20 m 2,40 m
NAS EDIFICAÇÕES Banheiro de serviço 2,00 m² 1,00 m 2,40 m

Lavabo 1,30 m² 1,00 m 2,40 m


Seção I
Dos Compartimentos Parágrafo único. Serão aceitos um único
cômodo diferenciado podendo este destinar-se a
Art. 48. É facultada a compartimentação in- quarto, gabinete, escritório, sala de TV, sala de estu-
terna de edificação ou unidade residencial, podendo dos ou biblioteca, dentre outros.
ser adotada solução de ambientes integrados para Parágrafo único. Será aceito um único cô-
diversas funções, exceto banheiros e ambientes modo diferenciado, podendo este destinar-se a
onde as exigências de segurança ou conforto am- quarto, gabinete, escritório, sala de TV, sala de es-
biental dos usuários exijam a sua vedação e o contro- tudos ou biblioteca, dentre outros. (Redação dada
le do seu acesso. pela Lei Complementar nº 013/2019)
§ 1º A edificação ou unidade residencial de-
verá ter área útil total de no mínimo 37m² (trinta e Art. 53. Os banheiros de uso público ou co-
sete metros quadrados), excluídas vagas de garagem letivo, com previsão de agrupamentos de bacias sani-
e frações ideais de áreas comuns de todo o imóvel. tárias, deverão:
§ 2º Nas edificações de uso habitacional I - dispor de boxes para cada bacia sanitá-
temporário, tais como flats, motéis e apart-hotéis, a ria com área mínima de 1 m² (um metro quadrado),
unidade residencial poderá ter área útil total de no estando os boxes separados por divisão com altura
mínimo 12m² (doze metros quadrados), excluídas mínima de 1,80 m (um metro e oitenta centímetros);
vagas de garagens e frações ideais de áreas comuns II - ter o acesso aos boxes garantido por cir-
de todo o imóvel. culação com largura não inferior a 1,20 m (um metro
§ 3º As quitinetes deverão ter área útil total e vinte centímetros);
de no mínimo 25m² (vinte e cinco metros quadra- III - dispor, no mínimo, de um boxe adaptado
dos), desde que não haja mais de um compartimento, ao uso por pessoas com deficiência, com dimensões
exceto o banheiro. de acordo com as disposições previstas nas respecti-
vas normas técnicas brasileiras atualizadas.
Art. 49. Os ambientes de permanência pro-
longada de uma edificação, localizados em subsolo, Art. 54. Os compartimentos de permanência
deverão adotar soluções de iluminação e ventilação, prolongada deverão ter pé-direito mínimo de 2,80 m
de acordo com as exigências legais. (dois metros e oitenta centímetros), e os de perma-
nência transitória, pé-direito mínimo de 2,40 m (dois
Art. 50. Os compartimentos e ambientes de- metros e quarenta centímetros).
verão ser posicionados na edificação e dimensiona- § 1º No caso de tetos inclinados e varandas,
dos de forma a proporcionar conforto ambiental, tér- o ponto mais baixo deverá ter altura mínima de 2,20
mico e acústico, e proteção contra a umidade, obtida m (dois metros e vinte centímetros), e o ponto médio,
pelo adequado dimensionamento e emprego dos altura mínima de 2,40 m (dois metros e quarenta cen-
materiais das paredes, cobertura, pavimento e aber- tímetros).
turas, bem como das instalações e equipamentos. § 2º No caso de porões, com altura igual ou
inferior a 2,20 m (dois metros e vinte centímetros),
Art. 51. Os compartimentos das edificações, todos os compartimentos serão considerados de per-
para os fins deste Código, são classificados segundo manência transitória.
a função preponderante neles exercida, que determi-
nará seu dimensionamento mínimo e necessidade Art. 55. Os projetos de habitações econômi-
adequada de ventilação e iluminação. cas, de iniciativa privada ou governamental, deverão
atender as medidas necessárias conforme abaixo:
Art. 52. Os compartimentos deverão atender
as medidas necessárias conforme abaixo:
COMPARTIMENTO ÁREA MÍNIMA LARGURA MÍNIMA PÉ – DIREITO MÍNIMO

Salas 8,00 m² 2,40 m 2,60 m

COMPARTIMENTO ÁREA MÍNIMA LARGURA MÍNIMA PÉ–DIREITO MÍNIMO Quarto 8,00 m² 2,40 m 2,60 m

Salas 9,00 m² 2,70 m 2,80 m Cômodo 2,60 m


7,00 m² 2,40 m
diferenciado
Quarto 9,00 m² 2,50 m 2,80 m
Cozinha 4,50 m² 1,60 m 2,20 m
Cômodo diferenciado 7,50 m² 2,50 m 2,80 m
Banheiro 2,00 m² 1,00 m 2,20 m
Quarto de serviços 5,00 m² 2,00 m 2,40 m

59
Parágrafo único. Serão aceitos um único mentos laterais, desde que este não apresente vão
cômodo diferenciado podendo este destinar-se a de abertura na lateral sem afastamento, devendo os
quarto, gabinete, escritório, sala de TV, sala de estu- demais afastamentos observar as medidas especi-
dos ou biblioteca, dentre outros. ficadas nos Anexo XI da Lei de Uso e Ocupação do
Solo no Município de Manaus.
Art. 56. Nas edificações onde forem pre- § 2º As edificações com parede cega tratan-
vistas unidades imobiliárias com mais de um pavi- do-se de 2 (duas) ou mais edificações localizadas
mento, pés-direitos duplos com aproveitamento de em um mesmo lote, deverão manter um dos afasta-
mezaninos ou compartimentos em andares inter- mentos laterais previstos no Anexo XI da Lei de Uso e
mediários de qualquer natureza, serão respeitados Ocupação do Solo.
os mesmos limites mínimos de pé-direito estabele- § 3º As edificações, em que existam vãos
cidos neste Código, computando- se cada um dos de iluminação e ventilação de 2 (duas) ou mais edi-
compartimentos ou ambientes superpostos para fins ficações localizadas em um mesmo lote, deverão ser
de cálculo do gabarito máximo permitido pela legisla- garantidos, entre elas, o dobro dos mesmos afasta-
ção municipal. mentos, mesmo quando tratar-se de aberturas de ilu-
minação e ventilação em apenas uma das edificações.
Art. 56. Nas edificações onde forem pre- § 4º Em se tratando de vilas, serão permi-
vistas unidades imobiliárias com mais de um pavi- tidos afastamentos nulos entre edificações horizon-
mento, pés-direitos duplos com aproveitamento de tais de até 2 (dois) pavimentos.
mezaninos ou compartimentos em andares interme- § 5º As edificações localizadas no subse-
diários de qualquer natureza, serão respeitados os tor sítio histórico e as edificações horizontais lo-
mesmos limites mínimos de pé-direito estabelecidos calizadas no subsetor centro antigo serão dispen-
neste Código, computando-se cada um desses com- sadas de apresentação de afastamentos frontais
partimentos superpostos para fins de cálculo do ga- e laterais, devendo, no entanto, o afastamento de
barito máximo permitido pela legislação municipal. fundos ser de 5 (cinco) metros e o coeficiente má-
(Redação dada pela Lei Complementar nº 013/2019) ximo de aproveitamento de 2 (dois) metros. (Incluí-
Parágrafo único. Não serão computados para do pela Lei Complementar n. 008/2016)
o cálculo de gabarito máximo, os mezaninos que § 5º As edificações localizadas no Sub-
ocupem até 60% (sessenta por cento) da área do pa- setor Sítio Histórico e as edificações horizontais
vimento inferior e desde que estejam situados nos localizadas no Subsetor Centro Antigo serão dis-
subsolos, pavimentos de garagens, pavimentos de pensadas de apresentação de afastamentos fron-
uso comum, térreos ou pilotis. tais, laterais e fundos e o coeficiente máximo de
aproveitamento é de dois. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 013/2019)
Seção II § 6º As edificações verticais localizadas
Da Implantação, Iluminação e no Subsetor Centro Antigo deverão obedecer aos
Ventilação dos Compartimentos mesmos parâmetros urbanísticos estabelecidos
no Plano Diretor e Leis Complementares para o Se-
Art. 57. Sem prejuízo das exigências previs- tor Urbano 1. (Redação acrescida pela Lei Comple-
tas na legislação municipal que dispõe sobre uso e mentar nº 008/2016)
ocupação do solo, a implantação das edificações no
lote estará condicionada ao atendimento das normas Art. 59. Será admitida a ventilação e ilumi-
a seguir estabelecidas, de forma a assegurar condi- nação dos compartimentos por meio de poços, enten-
ções adequadas de iluminação e ventilação de seus didos da seguinte forma:
compartimentos, sem prejuízo à vizinhança. I - Poços para Ventilação e Iluminação (PVI):
Parágrafo único. A implantação da edifica- permitem condições de ventilação e iluminação na-
ção no lote deverá também atender às exigências da tural das copas, cozinhas, lavabos, banheiros, áreas
legislação ambiental vigente quanto a faixas não edi- de serviço e outros compartimentos similares, obser-
ficáveis previstas e ao Plano de Proteção às Margens vados os seguintes limites:
dos Cursos d’Água. I - Poços para Ventilação e Iluminação (PVI):
permitem condições de ventilação e iluminação na-
Art. 58. Para abertura de vãos de iluminação tural dos quartos, salas, copas, cozinhas, lavabos, ba-
e ventilação dos compartimentos das edificações, nheiros, áreas de serviço e outros compartimentos
deverão ser mantidos os afastamentos frontais, la- similares, observados os seguintes limites: (Redação
terais e de fundos do lote, conforme o Anexo XI da Lei dada pela Lei Complementar nº 013/2019)
de Uso e Ocupação do Solo no Município de Manaus. a. a seção horizontal mínima do
§ 1º As edificações horizontais com até 2 prisma deverá ser constante ao longo de toda
(dois) pavimentos estão isentas de um dos afasta- a sua altura;

60
b. nenhum dos lados da figura forma- ria quanto os de permanência prolongada se
da pela seção horizontal poderá ser menor valer da ventilação e iluminação destes;
do que ¼ (um quarto) da altura do prisma, b. edificações com seis pavimentos
não podendo sua medida ser menor que 3 m ou mais, que deverão atender à medida mí-
(três metros), devendo os ângulos internos da nima correspondente aos afastamentos la-
figura formada pela seção estarem compreen- terais previstos no Anexo do Quadro de Ver-
didos entre 90 (noventa) graus e 180 (cento e ticalização de Edificações, da Lei de Uso e
oitenta) graus. Ocupação do Solo. (Redação acrescida pela
b. para edificações com quatro pavi- Lei Complementar nº 013/2019)
mentos ou mais, nenhum dos lados da figu- § 1º Não é permitido o balanço sobre o
ra formada pela seção horizontal poderá ser espaço mínimo determinado para os poços citados
menor que 3m (três metros), devendo os ân- no caput deste artigo.
gulos internos da figura formada pela seção § 2º A ventilação dos estacionamentos so-
estarem compreendidos entre noventa graus mente poderá ser feita por poços se estes forem ex-
e cento e oitenta graus; (Redação dada pela clusivos.
Lei Complementar nº 013/2019) § 3º Os compartimentos que fizerem uso de
c. nas edificações com até três pavi- ventilação natural através de poços deverão ter vãos
mentos, nenhum dos lados da figura poderá de ventilação com um mínimo de 1/5 (um quinto) da
ser inferior à dimensão exigida para o afas- área do compartimento.
tamento lateral, de acordo com a Lei de Uso § 4º As saídas superiores dos poços, pode-
e Ocupação do Solo, obedecida a proporcio- rão ser protegidas contra a chuva, mantidas na aber-
nalidade deste com o seu número de pavi- tura as dimensões mínimas do prisma.
mentos, podendo ainda ser coberto por ele-
mentos vazados, como gradis ou pérgulas; Art. 60. As aberturas para ventilação e ilumi-
(Redação acrescida pela Lei Complementar nação deverão atender a 1/5 (um quinto) da área total
nº 013/2019). do compartimento.
II - Poços para Ventilação (PV): permite
condições somente de ventilação natural, sem auxí- Art. 61. Nos casos de compartimentos venti-
lio mecânico, aos banheiros e lavabos, observados os lados e iluminados de forma indireta, a proporção será
seguintes limites: de ¼ (um quarto) da área total do compartimento.
a. a seção horizontal mínima do Art. 62. Todos os compartimentos de per-
prisma deverá ser constante ao longo de toda manência prolongada deverão ter abertura, visando
a sua altura. à ligação diretamente com o exterior da edificação.
b. nenhum dos lados da figura forma- I - poderão fazer uso de ventilação e ilumina-
da pela seção horizontal poderá ser menor do ção indireta as copas, cozinhas, banheiros e quartos
que 1/20 (um vigésimo) da altura do prisma, de serviço, devendo estes ser ventilados e ilumina-
não podendo sua medida ser menor que 1 m dos através de área de serviço, desde que o vão des-
(um metro), devendo os ângulos internos a fi- tinado a estes fins, seja, no mínimo de 25% (vinte e
gura formada pela seção estarem compreen- cinco por cento) da área do maior compartimento a
didos entre 90 (noventa) graus e 180 (cento e ser atendido.
oitenta) graus. I - poderão fazer uso de ventilação e ilumina-
b. nenhum dos lados da figura forma- ção indireta as copas, cozinhas, banheiros e quartos
da pela seção horizontal poderá ser menor de serviço, devendo estes serem ventilados e ilumina-
que 1m (um metro), devendo os ângulos in- dos através da área de serviço, desde que esta seja
ternos da figura formada pela seção estarem descoberta ou provida de vão de ventilação para o ex-
compreendidos entre noventa graus e cento terior da edificação. (Redação dada pela Lei Comple-
e oitenta graus. (Redação dada pela Lei Com- mentar nº 013/2019)
plementar nº 013/2019) II - para os casos em que a área de serviço
III - Átrio: área interna de uma edificação fizer uso de Poço de Ventilação e Iluminação (PVI),
que permite condições de ventilação e iluminação apenas um dos cômodos listados no Inciso anterior
desde que descobertas, possibilitando sua utiliza- poderá fazer uso da ventilação e iluminação indireta.
ção para os casos de:
a. edificações com até cinco pavimen- Art. 63. Será permitida a iluminação artificial
tos, que poderão se utilizar de átrio ou pra- e ventilação mecânica para cozinhas, de edifícios
ças de convivências internas de edificações, não residenciais, e os lavabos, lavanderias, circula-
desde que atendida a dimensão mínima de ções e vestiários, desde que por meios mecânicos
5m (cinco metros) entre as faces, podendo dimensionados de acordo com as normas técnicas
tanto os ambientes de permanência transitó- brasileiras.

61
Parágrafo único. Os banheiros de edifica- Parágrafo único. A interligação será dispen-
ções residenciais poderão ter ventilação mecânica, sada caso as edificações sejam providas de elevador
desde que ligados diretamente a duto vertical com de emergência, atestado pelo Corpo de Bombeiros.
dimensão mínima de 0,50 m (meio metro) e área mí-
nima de 0,50 m² (meio metro quadrado) e que conte-
nha sistema de exaustão de acordo com as normas
técnicas brasileiras. Subseção I
Das Escadas e Rampas
Art. 64. Para compartimentos destinados a
atividades especiais, que por sua natureza não pos- Art. 70. As escadas de segurança ou de es-
sam ter aberturas para o exterior, serão admitidas cape deverão atender aos seguintes requisitos:
iluminação e ventilação artificiais, desde que justifi- I - ter degraus com altura mínima de 16 cm
cadas pela natureza das atividades, e dimensiona- (dezesseis centímetros) e máxima de 19 cm (deze-
das de acordo com as normas técnicas brasileiras. nove centímetros) e piso com profundidade mínima
de 27cm (vinte e sete centímetros) e máxima de 33
cm (trinta e três centímetros);
Seção III II - ser construídas com material incombustí-
Dos Acessos e Circulações nas Edificações vel e piso com acabamento antiderrapante;
III - ser dotadas de corrimão contínuo, em
Art. 65. Os espaços destinados ao acesso e ambos os lados, quando o desnível entre pisos for su-
circulação de pessoas, tais como vãos de portas, pas- perior a 1 m (um metro);
sagens, vestíbulos e corredores classificam-se em: IV - não ser dotadas de qualquer tipo de dis-
I - de uso privativo: destinados às unidades positivo, equipamento ou tubulação que possibilitem
residenciais unifamiliares e às edificações em geral, a expansão de fogo ou fumaça para o seu ambiente;
ou a seus compartimentos de uso restrito; V - ter o patamar de acesso ao pavimento no
II - de uso coletivo: destinados ao uso públi- mesmo nível do piso da circulação;
co ou coletivo, com acesso ao público em geral. VI - ter lances retos e patamares intermediá-
rios quando houver mudança de direção ou quando
Art. 66. Os espaços de circulação de uso pri- exceder a 16 (dezesseis) degraus;
vativo deverão ter largura mínima de 85 cm (oitenta VII - ter altura livre igual ou superior a 2,40
e cinco centímetros), e os espaços de circulação de m (dois metros e quarenta centímetros), de forma a
uso coletivo deverão ter largura mínima de 1,20 m assegurar passagem de pessoas;
(um metro e vinte centímetros). VIII - dispor de iluminação que possibilite a
Parágrafo único. As circulações de uso cole- circulação com segurança;
tivo com comprimento superior a 10 m (dez metros) IX - possuir corrimão intermediário, quando
deverão ter acrescido à largura mínima, estabeleci- a largura for igual ou superior a 2,40 m (dois metros
da no caput deste artigo, 7 cm (sete centímetros) e quarenta centímetros), garantindo-se largura míni-
por cada metro de comprimento excedente, até o li- ma de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) para
mite de 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros) cada lance.
de largura. Parágrafo único. Além das exigências im-
postas nos incisos deste artigo, as escadas de es-
Art. 67. Nas edificações de acesso público, cape deverão atender às normas estabelecidas pelo
de acordo com a norma específica da Associação Corpo de Bombeiros.
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, pelo menos
um dos acessos ao interior da edificação e um dos Art. 71. A largura mínima admitida para as
itinerários de comunicação interna das dependên- escadas de uso público ou coletivo é de 1,20 m (um
cias ou serviços deverão estar livres de barreiras ar- metro e vinte centímetros).
quitetônicas e de obstáculos que impeçam ou dificul- Parágrafo único. As escadas de uso priva-
tem o acesso autônomo e seguro de pessoas com tivo, desde que localizadas dentro de uma unidade
deficiência e mobilidade reduzida. residencial unifamiliar, bem como àquelas de uso
eventual, deverão ter largura mínima de 80 cm (oiten-
Art. 68. Os vãos de acesso às edificações de- tacentímetros).
verão ter largura de acordo com a norma específica
da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. Art. 72. Escadas do tipo marinheiro somen-
te serão admitidas quando de uso privativo ou even-
Art. 69. O hall social e de serviços, nas edi- tual, para acesso a compartimentos ou instalações
ficações providas de escada de escape, deverão ser de serviços tais como casas de máquinas, torres ou
interligados. depósitos.

62
atividade, sob pena de cancelamento do seu Alvará
Art. 73. Em cada pavimento, nenhum ponto de Funcionamento pela Semef, cumprido o devido
poderá distar de mais de 35 m (trinta e cinco metros) rito administrativo do contraditório e ampla defesa,
da escada mais próxima. no caso das atividades econômicas. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 013/2019)
Art. 74. Em edificações verticais com altura Parágrafo único. Será permitida a execução
igual ou superior a 12 m (doze metros), será obrigató- de rampas de acesso de veículos sobre passeio pú-
ria a construção de escadas de emergência, atenden- blico, com desnível de até 20 (vinte) centímetros, de-
do aos requisitos previstos na legislação específica vendo ser executada de forma a não criar um degrau
do Corpo de Bombeiros. na mesma, nos termos das normas técnicas brasilei-
ras específicas sobre o assunto. (Redação acrescida
Art. 75. As rampas deverão ser construídas pela Lei Complementar nº 008/2016).
em substituição às escadas ou para garantir o aces-
so por pessoas com deficiência, devendo atender às Art. 77. O cálculo do número de vagas de
disposições previstas na respectiva norma específica garagem ou de estacionamento exigidas nas edifica-
da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. ções, segundo seu uso e suas atividades, será feito
de acordo com o estabelecido na Lei de Uso e Ocupa-
ção do Solo.
Subseção II Parágrafo Único - As edificações localizadas
Das Garagens e Estacionamentos no Subsetor Sítio Histórico e as edificações horizon-
para Guarda de Veículos tais localizadas no Subsetor Centro Antigo serão dis-
pensadas de apresentação de vagas de garagem e
Art. 76. As garagens e os estacionamentos de estacionamento, à exceção daquelas atividades
atenderão às seguintes exigências básicas: cuja exigência de vagas está prevista no Anexo IX da
I - as faixas de manobras de veículos terão Lei de Uso e Ocupação do Solo. (Redação acrescida
largura mínima de 5 m (cinco metros); pela Lei Complementar nº 8/2016) (Revogado pela
I - as faixas para circulação e manobras de Lei Complementar nº 13/2019)
veículos terão largura mínima de 5m (cinco metros); § 1º As edificações localizadas no Subsetor
(Redação dada pela Lei Complementar nº 013/2019) Sítio Histórico e as edificações horizontais localiza-
II - os estacionamentos para os empreen- das no Subsetor Centro Antigo serão dispensadas de
dimentos considerados como Polos Geradores de apresentação de vagas de garagem e de estaciona-
Tráfego de uso público ou coletivo terão área de mento, à exceção daquelas atividades cuja exigência
acumulação, acomodação e manobra para veículos de vagas está prevista no Anexo IX da Lei de Uso e
calculada para comportar, no mínimo, 3% (três por Ocupação do Solo. (Redação dada pela Lei Comple-
cento) da sua capacidade; mentar nº 013/2019)
III - as rampas para veículos terão declivida- § 2º Para efeito de cálculo de vagas de es-
de máxima de 15% (quinze por cento), sendo admi- tacionamento em estabelecimentos comerciais e de
tida a declividade de até 20 % (vinte por cento) em serviços, considera-se como área bruta locável o so-
trechos de rampa com comprimento máximo de 15 m matório da área total construída de lojas. (Redação
(quinze metros); acrescida pela Lei Complementar nº 013/2019)
IV - nos acessos às garagens dos estacio-
namentos coletivos ou de edificações de uso resi- Art. 78. O número de vagas para porta-
dencial multifamiliar, as rampas para veículos deve- dores de necessidades especiais e idosos deverá
rão ser iniciadas com uma distância mínima de 2 m atender às seguintes proporções:
(dois metros) do alinhamento para dentro do terreno; I - 2% (dois por cento) das vagas nos esta-
V - nas edificações de uso residencial unifa- cionamentos públicos e privados para portadores
miliar a rampa de acesso deverá ser iniciada, no míni- de necessidades especiais, conforme Lei Federal
mo, a partir do alinhamento para o interior do terreno. 10.098, de 19 de dezembro de 2000, ou no mínimo 1
VI - as vagas poderão ser previstas sem área (uma) vaga:
de manobra, desde que haja expresso compromisso a. a vaga para cadeirante deve contar
do responsável quanto à sua manutenção enquanto com um espaço adicional de circulação com
perdurar a atividade, sob pena de cancelamento do no mínimo 1,20 m (um metro e vinte centíme-
seu alvará, no caso das atividades econômicas. (Re- tros) de largura. Esse espaço pode ser com-
dação acrescida pela Lei Complementar nº 8/2016) partilhado por duas vagas, no caso de estacio-
VI - as vagas poderão ser previstas sem área namento paralelo, ou perpendicular ao meio
de manobra (vagas presas), desde que haja expresso fio, não sendo recomendável o compartilha-
compromisso do responsável quanto à sua manuten- mento em estacionamentos oblíquos;
ção com serviço de manobrista enquanto perdurar a II - 5% (cinco por cento) das vagas nos esta-

63
cionamentos públicos e privados para idoso, confor- § 1º Não será admitida a localização de
me a Lei Municipal nº 879, de 12 de setembro de 2005. vagas na testada do lote com acesso direto às vias
arteriais e coletoras, a exceção dos lotes com testada
Art. 79. As edificações de uso comercial, de menor que 15 (quinze) metros.
serviços ou industrial com previsão de armazenagem § 2º Fica estabelecido para os empreendi-
de material, segundo seu porte e suas atividades, de- mentos considerados polos geradores de tráfego, e
verão ser dotadas de área para carga e descarga de que tenham testada mínima de 70 m (setenta me-
material, de acordo com o estabelecido na Lei de Uso tros) a obrigatoriedade de pista de aceleração e de-
e Ocupação do Solo. saceleração.
§ 3º (VETADO) (Redação acrescida pela Lei
Art. 80. O dimensionamento de vagas para Complementar nº 008/2016)
garagem ou estacionamento de veículos deverá aten-
der as exigências abaixo:
Seção IV
Das Edículas
DIMENSIONAMENTO MÍNIMO PARA VAGAS DE GARAGEM OU ESTACIONAMENTO

TIPO DE VAGA LARGURA COMPRIMENTO ALTURA


Art. 82. Será admitida a construção de edí-
Automóveis 2,50 m* 5,00 m 2,40 m
culas dentro de lote urbano, como anexo de qualquer
Vagas para cadeirantes 2,50 m + 1,20 m 5,00 m 2,40 m
tipo de edificação, desde que atendidas as normas
Motocicletas 1,00 m 2,00 m 2,40 m
deste Código e as seguintes exigências:
Caminhões até 6t (seis to-
nelada
3,00 m 7,50 m
3,50 m I - afastamento frontal de acordo com o es-
tabelecido na Lei de Uso e Ocupação do Solo;
Ônibus e caminhões com
mais de 6t (seis toneladas)
3,50 m 18,00 m 4,50 m II - afastamento dos limites laterais e de fun-
* as vagas de garagens que possuam obstáculos em seus limites como paredes e muros, dos do terreno de, no mínimo, 1,50 m (um metro e
deverão ser acrescidas em 0,50m (meio metro) sua largura. meio) para as empenas que dispuserem de vãos de
ventilação e iluminação. Não havendo aberturas os
DIMENSIONAMENTO MÍNIMO PARA VAGAS DE GARAGEM OU ESTACIONAMEN-
afastamentos laterais e fundos podem ser nulos; as
TO edificações que dispuserem de edícula nos fundos e
TIPO DE VAGA LARGURA COMPRIMENTO ALTURA esta estiver lindeira à outra via pública, deverão pos-
Automóveis (em edifica- 2,40 m suir afastamento mínimo de 2 m (dois metros);
2,50 m* 5,00 m
ções) III - altura máxima de 4 m (quatro metros) no
Automóveis (em vias públi- Mínima ponto de encontro na divisa de muro.
cas da área urbana) Mínimo 4,50m** -
1,80 m** Parágrafo único. As edículas poderão ser
Máxima 2,50m** Máximo 5,80m** - interligadas à edificação principal, por meio de co-
Vagas para cadeirantes 2,50 m + 1,20 m 5,00 m 2,40 m
bertura, para circulação de acesso, desde que esta
Motocicletas 1,00 m 2,00 m 2,40 m
não seja enclausurada. (Redação acrescida pela Lei
Caminhões até 6t (seis 3,50 m
Complementar nº 013/2019)
3,00 m 7,50 m
tonelada)

Ônibus e caminhões com


3,50 m 18,00 m 4,50 m
mais de 6t (seis toneladas)
CAPÍTULO II
* As vagas de garagens que possuam obstáculos em seus limites, como paredes e muros,
deverão ser acrescidas em 0,50 m (meio metro) sua largura.
DO RELACIONAMENTO DOS IMÓVEIS COM
** As variações de larguras e comprimentos deverão ser consolidadas pelo órgão municipal O ESPAÇO PÚBLICO E A VIZINHANÇA
de trânsito. (Redação dada pela Lei Complementar nº 013/2019)

Art. 83. Sem prejuízo de outras disposi-


ções da legislação pertinente, serão respeitadas as
Art. 81. Será admitida a localização de vagas
seguintes condições urbanísticas e ambientais de
de garagem para guarda de veículos nos subsolos
relacionamento dos imóveis com o espaço público
das edificações que poderão ocupar toda a área do
adjacente e com a vizinhança:
terreno, obedecendo aos afastamentos definidos na
I - nenhum elemento construtivo poderá
Lei de Uso e Ocupação do Solo e taxa de permeabilida-
avançar sobre a superfície, o espaço aéreo ou o es-
de mínima.
paço subterrâneo dos logradouros públicos ou dos
Art. 81. Será admitida a localização de va-
imóveis vizinhos, tomando-se como referências os
gas de garagem para guarda de veículos nos subso-
alinhamentos oficiais dos logradouros públicos e os
los das edificações, que poderão ocupar toda a área
limites dos lotes contíguos;
do terreno, à exceção da área correspondente ao
I - nenhum elemento construtivo poderá
afastamento frontal mínimo e taxa de permeabilida-
avançar sobre a superfície, o espaço aéreo ou o es-
de definidos na Lei de Uso e Ocupação do Solo para
paço subterrâneo dos logradouros públicos ou dos
o imóvel. (Redação dada pela Lei Complementar nº
imóveis vizinhos, tomando-se como referências os
008/2016)

64
alinhamentos oficiais dos logradouros públicos e os III - fica proibido o despejo de águas servi-
limites dos lotes contíguos, sob pena de multa de das provenientes de banheiros, cozinhas, lavande-
doze UFMs; (Redação dada pela Lei Complementar rias, dentre outros, diretamente nos logradouros
nº 8/2016) públicos e nos imóveis vizinhos, devendo estas se-
I - nenhum elemento construtivo, incluindo rem conduzidas por meio de dutos próprios à rede
equipamentos e estrutura de qualquer natureza, po- pública de esgotamento sanitário ou sistema de tra-
derá avançar sobre a superfície, o espaço aéreo ou o tamento pertinentes ao local, sejam estes fossas e
espaço subterrâneo dos logradouros públicos ou dos sumidouros, filtros anaeróbicos ou estação de trata-
imóveis vizinhos, tomando-se como referências os mento, sob pena de notificação, cumprido o devido
alinhamentos oficiais dos logradouros públicos e os rito administrativo do contraditório e ampla defesa,
limites dos lotes contíguos, sob pena de notificação, podendo resultar de multa de doze UFMs; (Redação
cumprido o devido rito administrativo do contraditó- dada pela Lei Complementar nº 013/2019)
rio e ampla defesa, podendo ainda resultar de multa IV - deverão ser observadas as disposições
de doze UFMs; (Redação dada pela Lei Complemen- contidas na Lei de Uso e Ocupação do Solo, referente
tar nº 013/2019) à área mínima permeável do terreno para drenagem
II - fica proibido o despejo de águas pluviais natural de águas pluviais precipitadas no imóvel;
recolhidas no espaço aéreo dos lotes, inclusive de IV - deverão ser observadas as disposições
beirais, diretamente nos logradouros públicos e nos contidas na Lei de Uso e Ocupação do Solo, referente
imóveis vizinhos, devendo estas serem conduzidas à área mínima permeável do terreno para drenagem
por meio de dutos próprios à rede pública de drena- natural de águas pluviais precipitadas no imóvel, sob
gem ou servidões oficiais internas dos quarteirões, pena de multa de quatro UFMs; (Redação dada pela
quando existirem; Lei Complementar nº 008/2016)
II - fica proibido o despejo de águas pluviais IV - deverão ser observadas as disposições
recolhidas no espaço aéreo dos lotes, inclusive de contidas na Lei de Uso e Ocupação do Solo, referente
beirais, diretamente nos logradouros públicos e nos à área mínima permeável do terreno para drenagem
imóveis vizinhos, devendo estas serem conduzidas natural de águas pluviais precipitadas no imóvel, sob
por meio de dutos próprios à rede pública de drena- pena de notificação, cumprido o devido rito adminis-
gem ou servidões oficiais internas dos quarteirões, trativo do contraditório e ampla defesa, podendo re-
quando existirem, sob pena de multa de quatro UFMs; sultar de multa de quatro UFMs; (Redação dada pela
(Redação dada pela Lei Complementar nº 008/2016) Lei Complementar nº 013/2019)
II - fica proibido o despejo de águas pluviais V - o nivelamento das edificações nos lotes,
recolhidas no espaço aéreo dos lotes, inclusive de em relação ao greide dos logradouros de acesso,
beirais, diretamente nos logradouros públicos e nos será feito de modo a facilitar o escoamento de águas
imóveis vizinhos, devendo estas serem conduzidas pluviais e esgotos sanitários por gravidade para as
por meio de dutos próprios à rede pública de drena- respectivas redes públicas, implantadas ou previstas;
gem ou servidões oficiais internas dos quarteirões, VI - é obrigatória a manutenção de placas de
quando existirem, sob pena de notificação, cumprido identificação dos imóveis, de acordo com numeração
o devido rito administrativo do contraditório e ampla e padrão oficial estabelecidos pelo órgão municipal
defesa,podendo resultar de multa de quatro UFMs; competente;
(Redação dada pela Lei Complementar nº 013/2019) VII - os acessos de veículos aos prédios deve-
III - fica proibido o despejo de águas servi- rão ser projetados de modo que a soma total das lar-
das provenientes de banheiros, cozinhas, lavanderias guras das faixas de entradas ou saídas não ultrapasse
dentre outros, diretamente nos logradouros públicos 12 m (doze metros), sendo obrigatória a instalação de
e nos imóveis vizinhos, devendo estas serem con- sinaleiras para pedestres, nos casos de oficinas e con-
duzidas por meio de dutos próprios à rede pública cessionárias de automóveis, garagens ou estaciona-
de esgotamento sanitário ou sistema de tratamento mentos com mais de 6 (seis) vagas para veículos;
pertinentes ao local, sejam estes fossas e sumidou- VIII - o acesso de veículos a lotes que pos-
ros, filtros anaeróbicos ou estação de tratamento; suírem níveis superiores aos dos logradouros públi-
III - fica proibido o despejo de águas servi- cos deverá ser feito através de rampas de acesso no
das provenientes de banheiros, cozinhas, lavanderias interior do lote, sendo proibida a instalação destas
dentre outros, diretamente nos logradouros públicos nos passeios públicos, de maneira a dificultar a livre
e nos imóveis vizinhos, devendo estas serem con- circulação dos pedestres;
duzidas por meio de dutos próprios à rede pública IX - é obrigatória a instalação de caixa cole-
de esgotamento sanitário ou sistema de tratamento tora de correspondência em local acessível dos imó-
pertinentes ao local, sejam estes fossas e sumidou- veis para utilização pelo serviço de correios, exceto
ros, filtros anaeróbicos ou estação de tratamento, em imóveis constituídos na forma de condomínios;
sob pena de multa de doze UFMs; (Redação dada X - nos estabelecimentos que abriguem ativi-
pela Lei Complementar nº 008/2016) dades capazes de produzir ruído, com som amplifica-

65
do, em áreas residenciais, é obrigatório o isolamento edificações, naquilo que se refere à coleta, ao acon-
acústico dos respectivos recintos; dicionamento e ao tratamento primário de resíduos
X - nos estabelecimentos que abriguem ativi- sólidos, além das disposições da Lei Orgânica do
dades capazes de produzir ruído, com som amplifica- Município, do Plano Diretor Urbano e Ambiental,
do, em áreas residenciais, é obrigatório o isolamento Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e leis
acústico dos respectivos recintos e o licenciamento correlatas, deverão atender às seguintes exigências:
ambiental; (Redação dada pela Lei Complementar nº I - é vedada a instalação e utilização de in-
008/2016) cineradores de resíduos sólidos nas edificações,
X - nos estabelecimentos que abriguem ativi- somente podendo a incineração ser realizada em lo-
dades capazes de produzir ruído, com som amplifica- cais e condições apropriadas, pela autoridade com-
do, em áreas residenciais, é obrigatório o isolamento petente no assunto;
acústico e licenciamento ambiental, quando for ne- II - os locais destinados ao depósito dos re-
cessário, conforme legislação especifica; (Redação síduos sólidos nas edificações deverão ter acesso
dada pela Lei Complementar nº 013/2019). direto a partir do logradouro público, com largura
XI - é obrigatória a manutenção e limpeza mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) e
dos lotes vazios, assim como seu fechamento com altura mínima de 2,40 m (dois metros e quarenta cen-
muros ou cercas. tímetros), pisos e paredes revestidos com material
XI - é obrigatória a manutenção e limpeza impermeável e proteção contra emanação de odores
dos lotes vazios, assim como seu fechamento com e acesso de animais, ou outro sistema devidamente
muros ou cercas, para garantir a segurança dos imó- aceito pelo órgão municipal competente.
veis lindeiros, sob pena de multa de dez UFMs. (Re- § 1º A coleta, o acondicionamento e o trata-
dação dada pela Lei Complementar nº 008/2016) mento primário dos resíduos industriais serão objeto
XI - é obrigatória a manutenção e limpeza de exigências, caso a caso, pelo órgão municipal com-
dos terrenos e imóveis abandonados, assim como petente, com a interveniência do órgão estadual afim,
seu fechamento com muros ou cercas, para garantir conforme o tipo e o volume dos resíduos produzidos.
a segurança dos imóveis lindeiros, sob pena de notifi- § 2º Serão estimuladas soluções de cole-
cação, cumprido o devido rito administrativo do con- ta, acondicionamento e tratamento primário nas edi-
traditório e ampla defesa, podendo resultar de multa ficações que promovam o reaproveitamento e a reci-
de dez UFMs. (Redação dada pela Lei Complementar clagem dos resíduos sólidos.
nº 013/2019)
Parágrafo único. Em relação ao inciso I, po-
derão ser mantidas as marquises dos edifícios que Seção II
façam parte do projeto e construção original. (Reda- Das Instalações de Energia e Telecomunicações
ção acrescida pela Lei Complementar nº 013/2019)
Art. 86. O projeto e a execução de instala-
ções elétricas nas edificações deverão atender às
CAPÍTULO III normas técnicas brasileiras e às disposições da le-
DAS INSTALAÇÕES PREDIAIS gislação estadual e municipal pertinente.

Seção I Art. 87. Os botijões, cilindros e recipientes


Das Instalações Sanitárias em geral de armazenamento de gás domiciliar ou in-
dustrial deverão ser instalados no pavimento térreo e
Art. 84. O projeto e a execução de obras de em área externa aberta e ventilada da edificação, em
instalações de água e esgotos obedecerão, além das condições de fácil acesso do logradouro público,
normas técnicas brasileiraspertinentes, às disposi- excluídas as residências unifamiliares.
ções das normas estaduais e municipais vigentes.
Parágrafo único. Incluem-se na exigência do Art. 88. As antenas de televisão ou teleco-
caput deste artigo o projeto e a realização de obras, municações, bem como para-raios ou qualquer outra
para fins públicos ou privados, de: estrutura técnica especial instalada nas edificações,
I - instalações domiciliares de água, inclusi- deverão estar integradas à sua arquitetura, de modo
ve poços de abastecimento em áreas não providas de a favorecer boas soluções paisagísticas para o am-
rede pública; biente urbano da cidade.
II - instalações de esgotos, incluídas as solu- Parágrafo único. Será admitida a instalação
ções de destino final em áreas não providas de rede de antenas de serviços de telecomunicação sobre os
pública; telhados das edificações, desde que observada a al-
III - piscinas. tura máxima de 5 m (cinco metros) acima da laje de
cobertura do último pavimento, a exceção os casos
Art. 85. O projeto e a realização de obras de especiais em que a Norma Técnica assim o exija.

66
Seção III quenta centímetros).
Das Instalações de Segurança
Art. 96. Na instalação dos elevadores deve-
Art. 89. Além dos casos previstos nas nor- rão ser observados os requisitos previstos nas res-
mas estaduais e municipais, será obrigatória a insta- pectivas normas técnicas brasileiras, devendo ser
lação de para-raios em: dotados de sistemas de segurança que garantam
I - edificações com altura igual ou superior a sua movimentação, em caso de pane ou falta de
12 m (doze metros), medida do pavimento térreo até energia elétrica.
a linha de cumeeira da cobertura;
II - hospitais; Art. 97. Os elevadores de serviço e carga
III - aeroportos e estações terminais deverão satisfazer às normas previstas para elevado-
de transportes em geral; res de passageiros.
IV - escolas, creches, auditórios, cinemas,
teatros, casas de espetáculos, estádios de esportes, Art. 98. Os elevadores de carga deverão
templos religiosos, penitenciárias e outros locais su- dispor de acessos próprios, independentes e se-
jeitos à aglomeração de pessoas, a critério do Corpo parados dos corredores, passagens ou espaços de
de Bombeiros do Estado do Amazonas. acesso aos elevadores de passageiros.
IV - escolas, creches, auditórios, cinemas,
teatros, casas de espetáculos, estádios de esportes,
templos religiosos, penitenciárias e outros locais TÍTULO V
sujeitos à aglomeração de pessoas. (Redação dada DAS DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS PARA AS
pela Lei Complementar nº 008/2016) EDIFICAÇÕES POR USO
Parágrafo único. O projeto e a instalação de
para-raios atenderá às normas técnicas brasileiras es- Art. 99. Além das demais disposições des-
pecíficas sobre o assunto. te Código, o projeto dos edifícios, em função de sua
Parágrafo Único - O projeto e a instalação de finalidade ou do seu uso, deverá observar as disposi-
para-raios atenderá às normas técnicas brasileiras ções específicas a seguir estabelecidas.
específicas sobre o assunto - Sistema de Proteção
contra Descargas. (Redação dada pela Lei Comple-
mentar nº 008/2016) CAPÍTULO I
DAS EDIFICAÇÕES PARA RESIDÊNCIA PERMA-
NENTE
Seção IV
Dos Elevadores Seção I
Das Residências Unifamiliares
Art. 90. Os elevadores, ou qualquer outro
equipamento mecânico de transporte vertical, não Art. 100. A habitação poderá dispor de am-
poderão constituir-se no único meio de circulação e bientes integrados, exceto as instalações sanitárias
acesso às edificações e seus distintos pavimentos. e ambientes para os quais seja necessária a vedação
e o controle de acesso, a fim de garantir condições
Art. 91. As edificações com mais de 4 (qua- de segurança ou conforto ambiental dos usuários,
tro) pavimentos, mesmo os subsolos, ou que apre- nos termos do disposto no artigo 48 deste Código.
sentarem altura superior a 12 m (doze metros) em re-
lação à cota do térreo, deverão ser obrigatoriamente
servidas por 1 (um) elevador de passageiros. Seção II
Art. 92. As edificações com mais de 8 (oito) Das Vilas
pavimentos deverão ser obrigatoriamente servidas
por 2 (dois) elevadores de passageiros. Art. 101. Será permitida a implantação de vi-
las dentro da área urbana e de transição, desde que
Art. 93. VETADO. observadas às normas deste Código e respeitadas os
seguintes parâmetros:
Art. 94. Nos poços de elevadores somente I - contenham no máximo 40 (quarenta) uni-
será permitida a passagem de fiação elétrica indis- dades residenciais; (Revogado pela Lei Complemen-
pensável ao próprio funcionamento do sistema. tar nº 008/2016)
II - ocupem terreno de, no máximo, 10.000
Art. 95. Os espaços de circulação fronteiros m² (dez mil metros quadrados), observados os afas-
às portas dos elevadores, em qualquer andar, não tamentos para os limites do lote;
poderão ter largura inferior a 1,50 m (um metro e cin- III - respeitem o CAMT e demais parâmetros

67
estabelecidos pela Lei de Uso e Ocupação do Solo § 1º A edificação geminada deverá ter pelo
para o terreno, limitando-se a dois pavimentos; menos uma das seguintes características:
IV - observem a taxa de permeabilidade total I - constituir, especialmente o seu aspecto
exigida; estético, uma unidade arquitetônica homogênea, em-
V - ocupem área de projeção da unidade de bora não implicando simetria;
no mínimo, 40 m² (quarenta metros quadrados); II - conter:
V - ocupem área de projeção da unidade de a. paredes externas total ou parcial-
no mínimo, 37m² (trinta e sete metros quadrados) e mente contíguas ou comuns;
ter área útil; (Redação dada pela Lei Complementar nº b. superposição total ou parcial de pisos.
013/2019) § 2º As edificações geminadas, em seu con-
VI - possuam: junto, deverão satisfazer as seguintes condições:
a. via interna de circulação de veícu- I - poderão ser agrupadas até o limite de 60
los com largura mínima de 6 m (seis metros), (sessenta) metros, atendidos os demais índices ur-
acrescida de 1,50 m (um metro e cinquenta banísticos previstos para o lote, tais como afasta-
centímetros) para a circulação de pedestres mentos, taxa de ocupação, CAMT e taxa de permea-
nas faixas frontais às edificações; bilidade.
b. via exclusiva de circulação de pedes- I - poderão ser agrupadas até o limite de
tres com largura mínima de 3 m (três metros), 60 (sessenta) metros, atendidos os demais índices
quando não houver circulação de veículos; urbanísticos previstos para o lote, tais como afasta-
VII - disponham de vagas para estaciona- mentos, CAMT e taxa de permeabilidade; (Redação
mento de veículos na proporção de 1 (uma) vaga para dada pela Lei Complementar nº 008/2016)
cada unidade residencial para uso dos moradores; II - a parede comum deverá ser construída
VIII - atendam, ainda, as seguintes condições: até a altura da cobertura;
a. quando implantadas em lotes com III - ter, no máximo, 3 (três) pavimentos;
mais de uma testada frontal, o afastamento IV - dispor de vagas para estacionamento de
frontal de 5 m (cinco metros) somente para veículos na proporção de 1 (uma) vaga para cada uni-
testada de acesso à vila, respeitados os de- dade residencial, para uso dos moradores e 1 (uma)
mais afastamentos nos termos do artigo 72 da vaga para cada 10 (dez) unidades residenciais para
Lei de Uso e Ocupação do Solo; uso de visitantes;
b. deve ser criado um limite entre esta V - as testadas dos lotes internos dos condo-
faixa e os fundos das unidades, impedindo a mínios de casas geminadas deverão ter, no mínimo,
ocupação dessas áreas por edículas ou qual- quatro metros lineares, desde que atendam aos arti-
quer edificação, permanente ou provisória. gos 52 ou 55, dependendo do padrão adotado. (Reda-
VIII - quando implantadas em lotes com ção acrescida pela Lei Complementar nº 013/2019)
mais de uma testada frontal, o afastamento frontal § 3º Cada unidade construída deve ocupar
deverá ser de 5m (cinco metros) somente para tes- área de projeção de construção total de no mínimo,
tada de acesso à vila, respeitados os demais afas- 40 m² (quarenta metros quadrados);
tamentos nos termos do artigo 72 da Lei de Uso e
Ocupação do Solo; (Redação dada pela Lei Comple-
mentar nº 013/2019) Seção IV
IX - em edificações com até dois pavimen- Dos Condomínios de Unidades Autônomas
tos, em que o lote possua frentes voltadas para três
logradouros públicos, será exigido o afastamento Art. 103. Será permitida, na área urbana e na
frontal de 5m (cinco metros) somente para testada área de expansão de Manaus, a implantação de con-
de acesso à vila, admitindo-se o afastamento fron- domínios, instituídos por uma ou mais edificações
tal mínimo de 2m (dois metros) para os outros dois construídas ou lotes urbanizados, dentro de um mes-
logradouros públicos, inclusive o pavimento de sub- mo terreno, na forma estabelecida nos artigos 1º e 8º
solo. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº da Lei Federal n. 4.591, de 16 de dezembro de 1964.
013/2019)

Subseção I
Seção III Dos Condomínios de Unidades
Das Edificações Geminadas Autônomas Horizontais

Art. 102. As edificações geminadas pode- Art. 104. Na implantação de condomínios de


rão ser executadas ou não sob a forma de condomí- unidades autônomas horizontais, deverão ser ob-
nio, onde cada unidade autônoma corresponda a uma servados os seguintes parâmetros:
fração ideal do terreno. I - ocupem terreno de, no máximo, 120.000

68
m² (cento e vinte mil metros quadrados); expressa deliberação e aprovação superior por parte
II - cada unidade ocupe lote com área míni- do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano
ma de 120 m² (cento e vinte metros quadrados) e tes- (CMDU). (Redação dada pela Lei Complementar nº
tada mínima de 6 (seis) metros; 013/2019)
possuir via interna de circulação com cai-
xa viária mínima de 9,40 m (nove metros e quarenta Subseção II
centímetros), incluindo passeios de 1,50 m (um me- Dos Condomínios de Unidades
tro e cinquenta centímetros); Autônomas verticais
III - possuir via interna de circulação com cai-
xa viária mínima de 9,40m (nove metros e quarenta Art. 105. Na implantação de condomínios de
centímetros), incluindo passeios de 1,50m (um metro unidades autônomas horizontais verticais, deverão
e cinquenta centímetros) em cada lado da via; (Reda- ser observados os seguintes parâmetros:
ção dada pela Lei Complementar nº 013/2019) Art. 105. Na implantação de condomínios
IV - para os casos em que haja a previsão de de unidades autônomas verticais, deverão ser obser-
salão de festas, deverá ser obedecido o mínimo de 1 vados os seguintes parâmetros: (Redação dada pela
(uma) vaga a cada 10 m² (dez metros quadrados) de Lei Complementar nº 008/2016)
área útil; I - ocupem terreno de, no máximo, 120.000
IV - disponham de vagas para estaciona- m² (cento e vinte mil metros quadrados);
mento de veículos para moradores, na proporção II - quanto ao sistema viário:
estabelecida no Anexo IX da Lei de Uso e Ocupação a. devem atender a seguinte hierarquia
do Solo, e para visitantes, devendo, ainda, ser obede- viária:
cido o mínimo de uma vaga a cada 10m² (dez metros 1. via principal: caracterizada
quadrados) de área útil do salão de festas; (Redação como principal eixo de distribuição e
dada pela Lei Complementar nº 008/2016) circulação de veículos com capacidade
V - destinem, obrigatoriamente, pelo menos de absorver o maior fluxo do condomí-
5% (cinco por cento) da área total do terreno para nio.
implantação de áreas verdes condominiais e de pelo 2. via secundária: caracteriza-
menos 5% (cinco por cento) para áreas de esporte da como eixo de integração e ligação
e de lazer, sendo admissível a coincidência de área para áreas específicas do condomínio.
arborizada com áreas de preservação permanente, 3. via de manobra: caracteriza-
além de atender aos mesmos requisitos dispostos da como via sem saída até o limite de
no artigo 109 deste Código, estabelecidos para gru- 45 (quarenta e cinco) metros de compri-
pamentos de edificações; mento, destinada a entrada e saída das
VI - obedeça ao afastamento mínimo entre vagas de garagens.
edificações nos termos da Lei de Uso e Ocupação do b. devem atender as seguintes dimen-
solo e artigo 58 deste Código. sões mínimas:
VII - no que se refere ao acondicionamento
dos resíduos sólidos gerados pelo empreendimento,
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA VIÁRIO DOS CONDOMÍNIOS
deverá ser previsto local de armazenamento frente a
VIAS FAIXA PASSEIO
via pública, considerando área para estacionamento
Principal 2 x 3,20 2 x 1,50*
do veículo de coleta pública, devendo ainda ser aten-
dido o disposto no art. 85 desta Lei Complementar. Secundária 2 x 3,00 2 x 1,50*

§ 1º Ficam excluídos da obrigatoriedade de Manobra 5,5 x 1,20**

atendimento aos parâmetros acima os condomínios *em casos específicos poderão ser adotados apenas 1 (um) único passeio, desde que seja
garantida total acessibilidade aos pedestres, proporcionando acesso seguro a todas as
constituídos por até 5 (cinco) unidades independen- áreas comuns e unidades autônomas.
tes em edifícios isolados, agrupados, geminados ou ** é permitida a previsão de faixa de circulação de pedestres compartilhada com veículos
sobre a faixa de tráfego, desde que devidamente sinalizada.
superpostos, observados os afastamentos para os li-
mites do lote. b. devem atender às seguintes dimen-
§ 2º Somente será permitida área superior a sões mínimas: (Redação dada pela Lei Comple-
definida no inciso I deste artigo se houver expressa mentar nº 008/2016
anuência do Conselho Municipal de Desenvolvimen-
to Urbano - CMDU, baseada em parecer da Comissão DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA VIÁRIO DOS CONDOMÍNIOS

Técnica de Planejamento e Controle Urbano - CTPCU, VIAS FAIXA PASSEIO

proferido em regular processo administrativo. Principal 2,00 x 3,20 2,00 x 1,50*

§ 2º Somente será permitida área superior a Secundária 2,00 x 3,00 2,00 x 1,50*

definida no inciso I deste artigo após prévio parecer Manobra 5,0 1,20**

da Comissão Técnica de Planejamento e Controle *em casos específicos poderão ser adotados apenas 1 (um) único passeio, desde que seja
Urbano (CTPCU), órgão assistencial consultivo, e garantida total acessibilidade aos pedestres, proporcionando acesso seguro a todas as
áreas comuns e unidades autônomas.

69
** é permitida a previsão de faixa de circulação de pedestres compartilhada com veículos
sobre a faixa de tráfego, desde que devidamente sinalizada. (Redação dada pela Lei Com-
unidades autônomas com 48 (quarenta e oito) ou
plementar nº 008/2016) mais unidades residenciais deverão ser submetidos
à consulta prévia do meio ambiente e pelo sistema
c.
viário urbano.
c. excetuam-se das exigências esta-
belecidas nos incisos I e II os pavimentos de
Art. 107. As edificações residenciais multi-
garagens e os condomínios que contenham
familiares verticais, deverão dispor de:
até 400 (quatrocentas) vagas de garagens, os
I - hall de entrada com previsão para instala-
quais devem atender o limite estabelecido para
ção de serviço de portaria ou guarita;
as vias secundárias e de manobras.
II - local para reuniões e abrigo da adminis-
III - disponham de vagas para estacionamen-
tração;
to de veículos na proporção de 1 (uma) vaga para
III - sanitários e vestiários para empregados
cada unidade residencial, para uso dos moradores,
e pessoal em serviço.
e 1 (uma) vaga para cada 4 (quatro) unidades resi-
denciais para uso de visitantes, além de atender ao
Art. 108. A largura máxima para as edifica-
artigo 81 desta Lei Complementar;
ções verticais não poderá exceder 60 (sessenta) me-
III - disponham de vagas para estacionamen-
tros em qualquer de seus lados.
to de veículos na proporção de uma vaga para cada
unidade residencial, para uso dos moradores, e de
Art. 109. O licenciamento de grupamento de
uma vaga para cada oito unidades residenciais, para
edificações em terrenos com mais de 10.000 m² (dez
uso de visitantes, além de atender ao artigo 81 desta
mil metros quadrados) dependerá de cessão gratuita
Lei Complementar; (Redação dada pela Lei Comple-
ao Município de um lote destinado ao equipamento
mentar nº 008/2016)
comunitário, atendidas ainda as seguintes condições:
IV - destinem, obrigatoriamente, pelo menos
Art. 109. O licenciamento de grupamento
5% (cinco por cento) da área total do terreno para
de edificações em terrenos com mais de 40.000 m²
implantação de áreas verdes condominiais e de pelo
(quarenta mil metros quadrados) dependerá de ces-
menos 5% (cinco por cento) para áreas de esporte
são gratuita ao Município de um lote destinado ao
e de lazer, sendo admissível a coincidência de área
equipamento comunitário, atendidas ainda as se-
arborizada com áreas de preservação permanente,
guintes condições: (Redação dada pela Lei Comple-
além de atender aos mesmos requisitos dispostos
mentar nº 008/2016)
no artigo 109 desta Lei Complementar, estabeleci-
I - ser localizado de frente para logradouro público;
dos para grupamentos de edificações;
II - apresentar forma regular e testada míni-
V - obedeça ao afastamento mínimo entre
ma de 20 (vinte) metros;
edificações nos termos da Lei de Uso e Ocupação do
III - ter área equivalente a 5% (cinco por cen-
solo e artigo 58 deste Código.
to) da área total do terreno;
VI - Para os casos em que haja previsão de
IV - apresentar declividade máxima de 10%
salão de festas, deverá, ainda, ser obedecido o míni-
(dez por cento).
mo de uma vaga a cada 10m² (dez metros quadra-
V - ser entregue cercado de forma a impedir
dos) de área útil. (Redação dada pela Lei Complemen-
a ocupação irregular. (Redação acrescida pela Lei
tar nº 008/2016)
Complementar nº 008/2016)
Parágrafo único. Somente será permitida
§ 1º O lote a ser destinado ao equipamen-
área superior a definida no inciso I deste artigo se
to comunitário poderá ser desmembrado da área do
houver expressa anuência do Conselho Municipal de
terreno do grupamento ou estar localizado próximo
Desenvolvimento Urbano - CMDU, baseada em pa-
à gleba do empreendimento, desde que viabilize, em
recer da Comissão Técnica de Planejamento e Con-
melhores condições, o equipamento comunitário re-
trole Urbano - CTPCU, proferido em regular processo
querido pelo órgão municipal competente.
administrativo.
§ 2º O lote a ser cedido ao Município deve-
Parágrafo único. Somente será permitida
rá estar perfeitamente delimitado e caracterizado no
área superior a definida no inciso I deste artigo, se
projeto do grupamento.
houver expressa anuência do Conselho Municipal de
§ 3º Será admitida a substituição da área
Desenvolvimento Urbano (CMDU), baseada em pré-
destinada à implantação de equipamento comunitá-
vio parecer opinativo da Comissão Técnica de Plane-
rio por pagamento em dinheiro, equivalente ao valor
jamento e Controle Urbano (CTPCU), órgão assisten-
do terreno exigido para a implantação do equipa-
cial consultivo, e expressa deliberação e aprovação
mento comunitário, devendo ser calculado de acor-
superior por parte do Conselho Municipal de Desen-
do com os preços unitários estabelecidos na Planta
volvimento Urbano (CMDU). (Redação dada pela Lei
Genérica de Valores de Manaus e recolhido ao Fundo
Complementar nº 013/2019)
municipal de Desenvolvimento Urbano.
§ 4º A alternativa de pagamento em dinhei-
Art. 106. Os projetos para condomínios de

70
ro ou de destinação de área fora da gleba poderá ser
autorizada mediante decisão do Conselho Municipal Art. 114. O projeto e a construção de edifi-
de Desenvolvimento Urbano. cações, estabelecimentos ou compartimentos des-
§ 5º Excetuam-se desta previsão os condo- tinados a armazenagem, acondicionamento, conser-
mínios destinados a Habitação de Interesse Social. vação, preparo, fabricação, manipulação, transporte
e comercialização de gêneros alimentícios ou medi-
Art. 110. Ressalvada a possibilidade de des- camentos, bem como de locais onde se exerçam
membramento, na forma da Lei, cada conjunto de atividades que direta ou indiretamente possam in-
edificações, em relação ao lote, será sempre um terferir na saúde individual ou coletiva, deverão aten-
condomínio indivisível, ao qual estarão definitiva e der às disposições da legislação relativa à vigilância
obrigatoriamente afetos o beneficiamento, a con- sanitária, em especial o Código Sanitário de Manaus.
servação e a manutenção das partes comuns, sendo § 1º Dentre as edificações e estabelecimen-
as vias internas consideradas vias particulares. tos a que se refere o caput deste artigo incluem-se,
além de indústrias, farmácias, drogarias, açougues,
Art. 111. O conjunto de edificações poderá bares, restaurantes, lanchonetes, churrascarias, pas-
ser executado parceladamente, sendo permitida sua telarias, pizzarias, mercados, supermercados e con-
implantação por etapas, desde que seja apresenta- gêneres, unidades de saúde médico-hospitalar, am-
do para aprovação o projeto completo do conjunto de bulatorial e laboratorial, bem como toda e qualquer
edificações a ser implantada. atividade que mantenha reservatórios de água, pis-
cinas, cozinhas ou sanitários voltados para o atendi-
mento público ou ainda produzam rejeitos, efluentes
CAPÍTULO II ou resíduos de qualquer natureza.
DAS DEMAIS EDIFICAÇÕES § 2º As edificações e estabelecimentos
mencionados no caput e no § 1º deste artigo deverão
Seção I dispor, conforme o tipo de atividade e o número de
Das Edificações para Residência trabalhadores, de instalações complementares, tais
Temporária e Hospedagem como vestiário, refeitório, ambulatório e creche, de
acordo com o estabelecido na Consolidação das Leis
Art. 112. Os estabelecimentos de hospeda- do Trabalho e nas Normas Regulamentadoras relati-
gem, além das demais disposições aplicáveis deste vas à segurança e medicina do trabalho.
Código, do Código Sanitário de Manaus, da legisla-
ção vigente e das normas técnicas brasileiras, deve-
rão atender às seguintes exigências mínimas: Seção III
I - existência obrigatória de ambiente de es- Das Edificações para Fins Comerciais
tar para utilização dos hóspedes, vestíbulo de entra-
da com local para portaria e recepção; Art. 115. As edificações para fins comer-
II - deverão dispor de ambiente para refei- ciais, além das demais disposições aplicáveis deste
ções coletivas ou por unidade, na proporção de 1 m² Código, do Código Sanitário de Manaus, da legisla-
(um metro quadrado) por dormitório; ção vigente e das normas técnicas brasileiras, deve-
III - disponham, de forma obrigatória: rão atender às seguintes exigências:
a. de banheiros para os hóspedes, pri- I - as áreas de atendimento das lojas deverão
vativos ou coletivos, estes separados por sexo; ter área mínima de 12 m² (doze metros quadrados) e
b. de banheiros e vestiários para os largura mínima de 2,70 m (dois metros e setenta cen-
empregados, separados por sexo; tímetros);
c. de lavatório em cada dormitório, se II - as lojas com área útil acima de 200 m²
este não for dotado de banheiros privativos; (duzentos metros quadrados) deverão ter, em cada
d. de acesso a todas as instalações pavimento, sanitários separados por sexo, propor-
de serviço independente das destinadas aos cionais ao movimento previsto de usuários perma-
hóspedes. nentes e visitantes, destinando o mínimo de um sani-
tário para portadores de necessidades especiais.
Art. 113. Nos locais de trabalho sujeitos às
disposições da Consolidação das Leis do Trabalho, é Art. 116. Os bares, restaurantes e congêne-
obrigatória a observância das Normas Regulamenta- res, além de vestiários para os trabalhadores, terão
doras relativas a segurança e medicina do trabalho. sanitários, separados por sexo e localizados de tal
forma que assegurem fácil acesso ao público, inclusi-
ve para pessoas com deficiência.
Seção II
Das Edificações para Produção e Armazenagem

71
Seção IV do estabelecimento serão afastadas, no mínimo, 4
Das Oficinas e Garagens de m (quatro metros) das bombas abastecedoras de
Veículos Edifícios Garagens combustíveis e deverão respeitar os afastamentos
frontais, laterais e de fundos estabelecidos neste Có-
Art. 117. As oficinas e garagens de veículos, digo e na Lei de Uso e Ocupação do Solo;
além das demais disposições aplicáveis deste Códi- V - haverá muro divisório com terrenos vizi-
go, da legislação vigente e das normas técnicas brasi- nhos, com altura mínima de 2 m (dois metros);
leiras, deverão atender às seguintes exigências: VI - haverá banheiros exclusivos para usuá-
I - será proibida a utilização de material com- rios e vestiários para os empregados, ambos separa-
bustível na edificação; dos por sexo; (Revogado pelas Leis Complementares
II - os pisos serão executados com material nº 008/2016 e nº 013/2019)
lavável e impermeável; VII - os pisos das áreas de acesso, circula-
III - haverá banheiros e vestiários para os tra- ção, abastecimento e serviços deverão ser revesti-
balhadores, separados por sexo; dos de material resistente ao desgaste de solventes,
IV - haverá muro divisório com terrenos vizi- impermeável e antiderrapante;
nhos, com altura mínima de 2 m (dois metros); VIII - serão providos de canaletas nos pisos,
V - existirá proteção contra interferências para coleta das águas, acompanhando toda a exten-
dos processos de trabalho adotados no estabeleci- são do alinhamento do terreno junto ao logradouro
mento para a segurança, o conforto e a qualidade público, e quando necessário provido de grelhas;
ambiental na vizinhança e nos logradouros públicos IX - nos postos de abastecimento de com-
adjacentes; bustíveis onde haja lavagem ou lubrificação de veícu-
VI - os despejos de óleo deverão passar por los, os compartimentos destinados a essa finalidade
caixa de areia e caixa separadora de óleo antes de deverão ser projetados de modo a proteger a vizi-
serem lançados na rede pública de esgotos sanitá- nhança e o logradouro público de incômodos do seu
rios ou outro destino, de acordo com as exigências funcionamento, devendo os despejos de óleo passar
do órgão municipal responsável pelo meio ambiente. por caixa de areia e caixa separadora de óleo antes
Parágrafo único. Será permitida a construção de de serem lançados na rede pública de esgotos sani-
garagens e oficinas integradas a estabelecimentos tários ou outro destino, de acordo com as exigências
industriais e de armazenagem. do órgão municipal responsável pelo meio ambiente.

Art. 118. Os serviços de abastecimento, Art. 121. Para os acessos aos postos de
lavagem e lubrificação existentes nas garagens e abastecimento de combustíveis, deverão ser respeita-
oficinas estarão sujeitos às normas relativas aos dos os seguintes limites:
Postos de Abastecimento e de Serviços de Veículos I - nos lotes de esquina deverá ser reservada,
deste Código. no mínimo, uma faixa correspondente a 5 m (cinco
metros) para cada lado, contados a partir da interse-
Art. 119. Não será admitida a instalação de ção das vias, sem rebaixamento do meio-fio fronteiro
oficinas em subsolo ou em pavimentos semienterrados. à testada;
II - cada rebaixamento de acesso poderá ter
comprimento máximo de 12 m (doze metros), deven-
Seção V do ser demarcada a sinalização horizontal identifi-
Dos Postos de Abastecimento cando a continuidade da passagem de pedestres e
e de Serviços de Veículos rampas de portadores de necessidades especiais;
III - só serão permitidos um acesso de
Art. 120. Os postos de abastecimento de entrada e um acesso de saída por testada do imóvel.
combustível, de lubrificação e lavagem de veículos, Parágrafo único. Não será permitido o rebai-
além das demais disposições aplicáveis deste Códi- xamento total da calçada para acesso aos postos de
go, da legislação vigente e das normas técnicas bra- abastecimento.
sileiras, deverão atender às seguintes exigências:
I - os lotes deverão ter testada mínima de 30
m (trinta metros) e área não inferior a 900 m² (nove- Seção VI
centos metros quadrados); Das Edificações para Ensino e Creche
II - as bombas abastecedoras de combustível
serão afastadas, no mínimo, 7 m (sete metros) do li- Art. 122. As creches e edificações para o
mite frontal do lote, inclusive para os lotes de esquina; ensino pré- escolar deverão apresentar arquitetura
III - a cobertura de bombas deverá manter o e condições técnico-construtivas compatíveis com o
afastamento livre frontal de, no mínimo, 2 m (dois metros); grupo etário que compõe a sua clientela.
IV - as edificações necessárias ao funcionamento

72
Art. 123. As instalações sanitárias, interrup- níveis estabelecidos no Código Ambiental de Manaus.
tores de luz, maçanetas, portas, bancadas e demais
elementos construtivos, inclusive integrantes do mo- Art. 127. Os locais de reunião deverão dis-
biliário, deverão permitir a sua utilização autônoma por de acomodações especiais para pessoas com
e segura por crianças de até 4 (quatro) anos, bem deficiência na proporção de, no mínimo, 3% (três
como para crianças com deficiência, de acordo com por cento) da lotação total, bem como condições de
as Normas da ABNT. acesso e circulação, de acordo com as disposições
das normas técnicas específicas.
Art. 124. É obrigatória a existência de área
livre externa de recreação, arborizada, com área pro-
porcional à capacidade prevista do estabelecimento, Seção VIII
nunca inferior a 50 m² (metros quadrados). Das Edificações para Prestação
de Serviços de Saúde
Art. 125. A interligação de níveis diferentes
ou pavimentos, limitados a 2 (dois) por edificação, Art. 128. As edificações para prestação de
será feita por meio de rampas com declividade máxi- serviços de saúde, além de atender às disposições
ma de 6% (seis por cento). deste Código, do Código Sanitário de Manaus, das
Art. 125. A interligação de níveis diferentes normas específicas dos órgãos fiscalizadores desta
ou pavimentos, limitados a dois por edificação, será atividade, das normas técnicas brasileiras pertinen-
feita por meio de rampas com declividade definida tes e da legislação federal, estadual e municipal apli-
em norma técnica específica. (Redação dada pela Lei cável, deverão observar as seguintes exigências:
Complementar nº 008/2016) I - todos os vãos de iluminação dos com-
partimentos de permanência prolongada deverão ser
voltados para orientação entre NE e SE;
Seção VII II - as circulações para trânsito permanente
Das Edificações para Reunião de Público ou eventual de pacientes terão largura mínima de 2 m
(dois metros);
Art. 126. Nas edificações e nos estabele- III - os elevadores deverão atender às dimen-
cimentos destinados à reunião de público, incluídos sões dasnormas específicas, devendo ser instalados
cinemas, teatros, auditórios, casas de espetáculos e elevadores exclusivos para atendimento aos pacien-
templos de culto, além das disposições do Código tes e para uso de serviço;
Sanitário de Manaus, das normas técnicas brasileiras IV - os banheiros de hospitais, prontos-so-
pertinentes e da legislação estadual e municipal de corros, maternidades, clínicas e UBS’s deverão ser
segurança contra incêndio, serão atendidas as seguin- construídos com piso antiderrapante, conter barras
tes exigências: em toda sua extensão, principalmente na área do
I - as plateias com assentos fixos deverão ter boxe, e ganchos para toalha, roupa e soro.
espaços internos para acesso, circulação e escoamento
dos usuários, atendendo às dimensões e características Art. 129. Serão admitidos consultórios e clí-
estabelecidas nas normas de segurança; nicas, sem internação de pacientes, em salas de edi-
II - a disposição dos assentos deverá ofere- ficações destinadas ao uso comercial e de serviços,
cer condições adequadas de circulação, conforto e observadas as disposições da Lei de Uso e Ocupação
visibilidade dos usuários, observando distância mí- do Solo.
nima entre filas de 90 cm (noventa centímetros) de
encosto a encosto; Art. 130. Será admitida a adaptação de edi-
III - todas as portas de circulação interna de ficações residenciais unifamiliares para instalação de
público deverão abrir nas duas direções, admitindo- clínicas destinadas à internação de pacientes, observa-
-se que as portas utilizadas exclusivamente para saí- das as disposições da Lei de Uso e Ocupação do Solo.
da, inclusive as de emergência, abrirão para fora do
recinto, no sentido de facilitar o escape do fluxo de
pessoas na direção do logradouro público; Seção IX
IV - haverá banheiros exclusivos para usuários Das Edificações para Fins Esportivos
e vestiários para os empregados, ambos separados por
sexo e com condições adequadas de atender às neces- Art. 131. Os projetos de edificações para fins
sidades dos portadores de necessidades especiais; esportivos, além de atenderem às disposições deste
V - todos os espaços internos e externos deverão Código, das normas técnicas brasileiras pertinentes
ser providos de instalação de iluminação de emergência; e da legislação federal, estadual e municipal, deverão
VI - a edificação deverá ser provida de trata- observar as seguintes exigências:
mento acústico interno para redução dos ruídos, aos I - as arquibancadas não poderão ser cons-

73
truídas em madeira; II - isolamento do terreno por muro, gradil ou
II - os estádios e ginásios esportivos cerca metálica;
deverão ter instalações sanitárias para o público em III - acessos independentes para entrada e saí-
geral e, independentemente das destinadas aos atle- da do público, em condições de segurança para escape;
tas, em número proporcional à sua capacidade, se- IV - banheiros exclusivos para usuários e
paradas por sexo e também as destinadas a pessoas para empregados, ambos separados por sexo, pro-
com deficiência; porcionais ao movimento previsto e com solução
III - as saídas sejam portas, circulações, es- adequada de destino final dos dejetos que não com-
cadas ou rampas, deverão garantir a vazão do públi- prometa a qualidade do meio ambiente;
co das dependências a que atendem, calculadas na V - instalação de iluminação de emergência.
base de:
a. as dimensões devem ser de 1 m (um Art. 135. A autorização para as instalações
metro) de largura para cada 500 (quinhentos) provisórias será concedida pelo órgão municipal
espectadores em estádios e ginásios com ca- competente, após análise de projeto apresentado
pacidade inferior a 5.000 (cinco mil) especta- pelo empreendedor, que deverá ser assinado por pro-
dores, com um mínimo de 5 m (cinco metros) fissional habilitado, responsável pela execução e ma-
de largura; nutenção das instalações.
b. b) as dimensões devem ser de 1 m Parágrafo único. Para a autorização de ins-
(um metro) de largura para cada 1.000 (mil) talação de parques de diversões, também deverá ser
espectadores, em estádios e ginásios com ca- apresentado profissional habilitado que assumirá a
pacidade superior a 5.000 (cinco mil) especta- responsabilidade técnica pela instalação e manuten-
dores, com um mínimo de 10 m (dez metros) ção dos equipamentos de diversão, inclusive quanto
de largura; às jaulas de animais.
IV - o acesso às arquibancadas deve ter ram-
pas para o deslocamento de portadores de necessida- Art. 136. A desmontagem das estruturas e
des especiais; instalações temporárias, bem como a limpeza do ter-
V - é obrigatória a criação de saídas de emer- reno, é de responsabilidade do interessado no prazo
gências. da licença para funcionamento da atividade.

Seção X CAPÍTULO III


Das Edificações para Fins Especiais DA MUDANÇA DE USO
(Suprimido pela Lei Complementar nº 013/2019)
Art. 132. Os projetos de edificações para fins
especiais que, pela natureza e excepcionalidade do Art. 137. Nos processos referentes à mudan-
seu programa arquitetônico, não hajam sido tratadas ça de uso das edificações, será observada a compati-
em todo ou em parte neste Código, serão objeto de bilidade com as exigências da Lei de Uso e Ocupação
análise pelo órgão municipal competente. do Solo e as devidas adaptações da arquitetura do
imóvel original, de modo a se atender aos requisitos
Art. 133. As edificações de uso misto aten- exigidos pela legislação para o novo uso pretendido.
derão às disposições legais pertinentes a cada uma § 1º Nas mudanças de uso durante a exe-
de suas partes funcionais, sem interferências que cução da obra, em caso de alteração das caracterís-
ameacem a segurança, a acessibilidade, a salubrida- ticas arquitetônicas, será exigida a apresentação de
de e o conforto ambiental do conjunto. projeto modificado para aprovação.
§ 2º O “Habite-se” ou a Certidão de Habitabi-
lidade para a edificação, na hipótese do disposto no
Seção XI § 1º, só será concedido após a aprovação do projeto
Das Edificações Temporárias de modificação.
Art. 137. O pedido de licenciamento de obra
Art. 134. As instalações provisórias do tipo da Estação Rádio Base (ERB) ocorrerá em duas eta-
circos, parques de diversões, feiras e outras de caráter pas, sendo a primeira etapa a aprovação e licença
temporário de afluência de público em geral, além de para montagem/instalação e a segunda etapa será a
outras disposições da legislação municipal, estadual expedição do Termo de Entrega da ERB.
e federal, deverão atender às seguintes exigências: § 1º A solicitação de aprovação e licença da
I - implantação dentro do terreno que garan- obra deverá ser efetuada por meio de processo pró-
ta afastamento mínimo de 5 m (cinco metros) do ali- prio dirigido ao órgão municipal responsável pelo Pla-
nhamento com o logradouro público, das divisas com nejamento Urbano, o qual deverá conter as seguintes
terrenos vizinhos e de qualquer edificação; documentações:

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I - requerimento padrão assinado pelo em- será instalada a estação;
preendedor ou responsável legal; VI - certidão de convenção de condomínio
II - cópia dos instrumentos societários e devidamente transcrita no competente Cartório do
CNPJ do empreendedor; Registro de Imóveis e cópia autenticada da ata da as-
III - comprovante de propriedade ou posse sembleia em que tenha sido aprovada a instalação da
da área; Estação de Rádio Base;
IV - matrícula do IPTU; VII - autorização expressa do Comando Mili-
V - contrato de uso/locação do imóvel onde tar da Aeronáutica;
será instalada a estação; VIII - ART ou RRT de autoria e execução dos
VI - projeto arquitetônico do empreendimen- projetos complementares: projeto estrutural, SPDA e
to com respectiva ART ou RRT de autoria e execução instalação elétrica;
contendo: IX - licença para funcionamento de ERB emitida
a. Planta de situação/localização exata pela Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL);
do lote na malha viária; X - projeto arquitetônico do empreendimen-
b. Planta de implantação da totalidade to - Planta de situação/localização exata do lote na
do terreno com suas respectivas dimensões malha viária, Planta de cobertura identificando a lo-
de acordo com o documento de propriedade calização da ERB no Sistema Regional Transverso
ou posse da área, com a indicação da locali- de Mercator (RTM), com Datum Geocêntrico SIRGAS
zação da ERB no Sistema Regional Transverso 2.000 com respectiva Anotação de Responsabilidade
de Mercator (RTM), com Datum Geocêntrico Técnica (ART) ou Registro de Responsabilidade Téc-
SIRGAS 2.000, taxa de permeabilidade, afasta- nica (RRT) de Autoria e Execução.
mentos e cursos d`água, se houver; § 4º Para os casos de regularização de ERB
c. para os casos em que esteja sendo já instalada e em funcionamento:
locada parte do lote, ainda assim deverá ser re- I - requerimento padrão assinado pelo em-
presentado o lote como um todo e da parte do preendedor ou responsável legal;
sublote com suas respectivas dimensões, de II - cópia dos instrumentos societários e
acordo com o documento de propriedade ou CNPJ do empreendedor;
posse da área; III - comprovante de propriedade ou posse
d. corte com indicação da altura da ERB; da área;
VII - projeto estrutural da torre com respecti- IV - Certidão Negativa de Débitos e matrícula
va ART ou RRT; do IPTU;
VIII - ART ou RRT de autoria e execução dos V - contrato de uso/locação do imóvel onde
projetos complementares: projeto estrutural, SPDA e será instalada a estação;
instalação elétrica; VI - autorização expressa do Comando Mili-
IX - autorização expressa do Comando Mili- tar da Aeronáutica;
tar da Aeronáutica; VII - ART ou RRT de autoria e execução dos
X - Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança, projetos complementares: projeto estrutural, SPDA e
no caso do art. 93, inciso XIV, desta Lei. instalação elétrica;
§ 2º Para a expedição do Termo de Entrega VIII - licença para funcionamento de ERB
da ERB, será necessário apresentar a seguinte docu- emitida pela Agência Nacional de Telecomunicações
mentação: (Anatel);
I - requerimento padrão assinado pelo em- IX - Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança
preendedor ou responsável legal; (EIV), no caso do art. 93, inciso XIV desta Lei;
II - conta ou carta de ligação de energia; X - Projeto arquitetônico com laudo de esta-
III - AVCB bombeiros. bilidade estrutural, bem como das instalações com-
§ 3º Para os casos de instalação de ERB em plementares: projeto estrutural, SPDA e instalação
topo de prédio, será necessário apresentar as seguin- elétrica com respectiva Anotação de Responsabili-
tes documentações: dade Técnica (ART) ou Registro de Responsabilidade
I - requerimento padrão assinado pelo em- Técnica (RRT), referente ao as built, contendo as se-
preendedor ou responsável legal; guintes informações:
II - cópia dos instrumentos societários e a. Planta de situação/localização exata
CNPJ do empreendedor; do lote na malha viária;
III - Certidão de Habite-se e/ou Certidão de b. Planta de implantação da totalidade
Habitabilidade da Edificação pelo órgão municipal do terreno com suas respectivas dimensões
responsável pelo planejamento urbano; de acordo com o documento de propriedade
IV - Certidão Negativa de Débitos e matrícula ou posse da área, com a indicação da localiza-
do IPTU; ção da ERB no Sistema Regional Transverso de
V - contrato de uso/locação do imóvel onde Mercator (RTM), com Datum Geocêntrico SIR-

75
GAS 2.000, taxa de permeabilidade/paisagis- Legislação Municipal, Estadual e/ou Federal;
mo, afastamentos e cursos d`água, se houver; IX - manter as estações delimitadas com
c. para os casos em que esteja sendo proteção que impeça o acesso de pessoas não auto-
locado parte do lote, ainda assim deverá ser re- rizadas e animais;
presentada a planta do lote como um todo e da X - fica vedada a instalação de estação de
parte do sublote com suas respectivas dimen- rádio base de telecomunicações em áreas de praças,
sões de acordo com o documento de proprie- parques urbanos e no interior de imóveis de escolas
dade ou posse da área; do ensino fundamental e médio, creches, hospitais,
d. corte com indicação da altura da centros de saúde e igrejas;
ERB. (Redação dada pela Lei Complementar nº XI - É tolerada a instalação de estações de
013/2019) rádio base de telecomunicações a partir de 50 m
(cinquenta metros) de distância horizontal de suas
Art. 138. Quando houver modificação da edi- divisas dos imóveis de escolas do ensino fundamen-
ficação nas mudanças de uso, o projeto de altera- tal e médio, creches, hospitais, centros de saúde e
ções será apresentado para aprovação. igrejas, com a potência máxima de 3 W/M (três watts
Art. 138. A implantação da ERB deverá obe- por metro).
decer aos seguintes parâmetros urbanísticos: Parágrafo único. No caso de estações com-
I - prioridade na implantação de estações partilhadas, a obrigação de licenciamento será do
com altura máxima de 5,00 m em topo de prédios, empreendedor titular da torre de transmissão. (Reda-
acima da laje de cobertura do último pavimento, des- ção dada pela Lei Complementar nº 013/2019)
de que autorizadas pelo proprietário, acompanhadas
das autorizações da Anatel e Comando Militar da
Amazônia, nos termos do caput do art. 127; Capítulo III
II - 5 m (cinco metros) do alinhamento fron- MUDANÇA DE USO
tal, excetuando o passeio público, e 2 m (dois me- (Redação acrescida pela Lei Complementar nº
tros) das divisas laterais e de fundos, a partir das 013/2019)
extremidades da base da torre ou poste em relação à
divisa do imóvel ocupado; Art. 139. O órgão fazendário municipal será
III - é obrigatório o compartilhamento de tor- informado da mudança de uso das edificações, após o
res pelas prestadoras de serviços de telecomunica- “Habite-se” ou Certidão de Habitabilidade, com a finali-
ções que utilizam estações, nas situações em que o dade de atualização da base de dados da Administra-
afastamento entre elas for menor do que 500 m (qui- ção municipal, devendo, para tanto, o Executivo muni-
nhentos metros), exceto quando houver justificado cipal dispor de sistema único de cadastro de imóveis.
motivo técnico, constante em norma específica do
órgão regulador; Art. 139. Nos processos referentes à mudan-
IV - toda estação deverá conter Sistema de ça de uso das edificações, será observada a compati-
Proteção de Descargas Atmosféricas (SPDA), con- bilidade com as exigências da Lei de Uso e Ocupação
forme legislação específica; do Solo e as devidas adaptações da arquitetura do
V - implantação de paisagismo na faixa do imóvel original, de modo a atender aos requisitos exi-
recuo frontal, objetivando amenizar o impacto visual, gidos pela legislação para o novo uso pretendido.
que poderá ser dispensado no caso de vedação fron- § 1º Nas mudanças de uso durante a exe-
tal do lote por meio de muro de alvenaria com altura cução da obra, em caso de alteração das caracterís-
de 2,20 m; ticas arquitetônicas, será exigida a apresentação de
VI - permeabilidade mínima do lote ou sublo- projeto modificado para aprovação.
te de quinze por cento; § 2º O Habite-se ou a Certidão de Habitabi-
VII - para a elaboração do projeto de implan- lidade para a edificação, na hipótese do disposto no
tação de estação, deverão ser observadas as restri- § 1º, só será concedido após a aprovação do proje-
ções construtivas do lote, decorrentes da existência to de modificação. (Redação dada pela Lei Comple-
de árvores, bosques, faixas não edificáveis de drena- mentar nº 013/2019)
gem, faixa de preservação permanente, dentre ou-
tros, que serão submetidas a análise e avaliação dos
órgãos competentes; TÍTULO VI
VIII - o Termo de Entrega da ERB fornecida DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS E DA
pelo órgão municipal responsável pelo Planejamen- SEGURANÇA DE TRABALHO NAS OBRAS
to Urbano, refere-se somente aos aspectos urba- (Suprimido pela Lei Complementar nº 013/2019)
nísticos, ficando a empresa solicitante responsável
pelo atendimento de todas as demais exigências da Art. 140. As condições ambientais e de se-
Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e gurança de trabalho nas construções, além das dis-

76
posições específicas deste Código, são reguladas Art. 142. As condições ambientais e de segu-
pela Norma Regulamentadora n° 18, em conformida- rança de trabalho nas construções, além das dispo-
de a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. sições específicas deste Código, são reguladas pela
Norma Regulamentadora nº 18, em conformidade a
Art. 140. Quando houver modificação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). (Redação
edificação nas mudanças de uso, o projeto de alte- dada pela Lei Complementar nº 013/2019)
rações será apresentado para aprovação. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 013/2019) Art. 143. Os tapumes e outras instalações
provisórias de obras não poderão prejudicar a arbori-
Art. 141. É obrigatória a inspeção prévia e pe- zação e a iluminação pública, a visibilidade de placas
riódica das instalações e equipamentos de seguran- da sinalização de trânsito, o funcionamento do mobi-
ça para sua utilização ou funcionamento nas obras. liário urbano e outras instalações de interesse público.
Parágrafo único. As edificações a partir de 4
Art. 141. O órgão fazendário municipal será (quatro) pavimentos, deverão dispor de redes de pro-
informado da mudança de uso das edificações após teção contra poluição, de forma a prevenir transtor-
o Habite-se ou Certidão de Habitabilidade, com a fi- nos à vizinhança imediata ou acidentes decorrentes
nalidade de atualização da base de dados da Admi- de suas atividades.
nistração Municipal, devendo, para tanto, o Executivo
Municipal dispor de sistema único de cadastro de Art. 143. É obrigatória a inspeção prévia e pe-
imóveis. (Redação dada pela Lei Complementar nº riódica das instalações e equipamentos de seguran-
013/2019) ça para sua utilização ou funcionamento nas obras.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 013/2019)

TÍTULO VI Art. 144. Os andaimes deverão ser dimen-


DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS E DA SEGURANÇA sionados, calculados, instalados, utilizados e man-
DE TRABALHO NAS OBRAS tidos de modo a oferecer segurança no seu uso aos
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº trabalhadores da obra, pedestres e vizinhos confor-
013/2019) me as normas técnicas brasileiras.

Art. 142. Nenhuma obra, inclusive de demo- Art. 144. Nenhuma obra, inclusive de demo-
lição, poderá ser realizada sem que haja no alinha- lição, poderá ser realizada sem que haja no alinha-
mento do logradouro público um tapume provisório mento do logradouro público um tapume provisório
que ofereça a necessária segurança e proteção aos que ofereça a necessária segurança e proteção aos
pedestres e pessoas com deficiências. pedestres e pessoas com deficiências.
§ 1º No caso de obras em edificações exis- § 1º No caso de obras em edificações exis-
tentes ou de construções projetadas com qualquer tentes ou de construções projetadas com qualquer
de suas faces no alinhamento de logradouros públi- de suas faces no alinhamento de logradouros públi-
cos, cujos passeios tenham largura igual ou inferior a cos, cujos passeios tenham largura igual ou inferior
1,50 m (um metro e cinquenta centímetros), deverá a 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros), de-
ser adotado respectiva proteção, iluminação e sinali- verá ser adotada a respectiva proteção, iluminação
zação de forma a garantir com segurança a acessibi- e sinalização de forma a garantir com segurança a
lidade e continuidade do passeio. acessibilidade e continuidade do passeio.
§ 2º No caso de passeios com largura maior § 2º No caso de passeios com largura maior
que 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros), os que 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros), os
tapumes poderão ocupar 50% (cinquenta por cento) tapumes poderão ocupar cinquenta por cento de sua
de sua largura, desde que atendam aos parâmetros largura, desde que atendam aos parâmetros preco-
preconizados e estabelecidos nas Normas Técnicas nizados e estabelecidos nas Normas Técnicas da
da ABNT, específicos ao acesso autônomo, seguro e ABNT, específicos ao acesso autônomo, seguro e
confortável das pessoas com deficiências. confortável das pessoas com deficiências.
§ 3º Quando os serviços na fachada se de- § 3º Quando os serviços na fachada se de-
senvolverem à altura superior a 4 m (quatro metros), senvolverem à altura superior a 4 m (quatro metros),
será obrigatória a cobertura de proteção aos pedes- será obrigatória a cobertura de proteção aos pedes-
tres, com altura mínima de 2,40 m (dois metros e tres, com altura mínima de 2,40 m (dois metros e
quarenta centímetros). quarenta centímetros).
§ 4º Durante o período de execução da obra § 4º Durante o período de execução da obra,
deverá ser mantido revestimento adequado do pas- deverá ser mantido revestimento adequado do pas-
seio fronteiro ao tapume, de modo a garantir boas seio fronteiro ao tapume, de modo a garantir boas
condições ao trânsito público. condições ao trânsito público. (Redação dada pela

77
Lei Complementar nº 013/2019) realizados para evitar o desabamento ou a ruína de
edificações, poderão ser iniciados através de comuni-
Art. 145. É vedada a utilização de qualquer cação ao órgão municipal competente sobre a nature-
parte do logradouro público para operações de car- za das intervenções a serem executadas, que deverão
ga, descarga, e deposição, mesmo que temporárias, contar com a assistência de profissional habilitado e
de materiais de construção, instalação de canteiro de autorização prévia do Poder Executivo municipal.
obras ou construções transitórias.
Art. 149. Nas proximidades de escavações
Art. 145. Os tapumes e outras instalações necessárias em logradouros públicos e canteiros de
provisórias de obras não poderão prejudicar a arbori- obras, deverá ser colocada cerca de proteção e siste-
zação e a iluminação pública, a visibilidade de placas ma adequado de sinalização para o trânsito. (Reda-
da sinalização de trânsito, o funcionamento do mobi- ção dada pela Lei Complementar nº 013/2019)
liário urbano e outras instalações de interesse público.
Parágrafo único. As edificações a partir de
quatro pavimentos, deverão dispor de redes de pro- TÍTULO VII
teção contra poluição, de forma a prevenir transtor- DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
nos à vizinhança imediata ou acidentes decorrentes (Suprimido pela Lei Complementar nº 013/2019)
de suas atividades. (Redação dada pela Lei Comple-
mentar nº 013/2019) Art. 150. O órgão municipal competente
atualizará, no prazo de 1 (um) ano, os valores esta-
Art. 146. Quando necessário o rebaixamento belecidos no art. 41 desta Lei Complementar.
de lençóis d’água para a construção de pavimentos
em subsolos, serão tomadas providências para evi- Art. 150. As obras e seus acessos deverão
tar danos aos prédios vizinhos e logradouros públi- ser convenientemente iluminados, natural ou artifi-
cos que possam ser afetados. cialmente, conforme as necessidades das distintas
tarefas a executar. (Redação dada pela Lei Comple-
Art. 146. Os andaimes deverão ser dimensio- mentar nº 013/2019)
nados, calculados, instalados, utilizados e mantidos
de modo a oferecer segurança no seu uso aos traba- Art. 151. Quando incorrer em débito decor-
lhadores da obra, pedestres e vizinhos, conforme as rente da aplicação de multa, nenhum infrator poderá
normas técnicas brasileiras. (Redação dada pela Lei receber quaisquer quantias ou créditos da Prefeitura
Complementar nº 013/2019) de Manaus, participar de licitação no âmbito munici-
pal, firmar contratos ou ajustes de qualquer natureza
Art. 147. Nas proximidades de escavações com órgãos e entidades do município, ter projetos
necessárias em logradouros públicos e canteiros de aprovados ou licença para construir concedidas,
obras, deverá ser colocada cerca de proteção e siste- nem transacionar com o Poder Público municipal a
ma adequado de sinalização para o trânsito. qualquer título.

Art. 147. É vedada a utilização de qualquer Art. 151. Obras ou serviços emergenciais,
parte do logradouro público para operações de car- realizados para evitar o desabamento ou a ruína de
ga, descarga, e deposição, mesmo que temporárias, edificações, poderão ser iniciados através de co-
de materiais de construção, instalação de canteiro municação ao órgão municipal competente sobre a
de obras ou construções transitórias. (Redação dada natureza das intervenções a serem executadas, que
pela Lei Complementar nº 013/2019) deverão contar com a assistência de profissional
habilitado e autorização prévia do Poder Executivo
Art. 148. As obras e seus acessos deverão Municipal. (Redação dada pela Lei Complementar
ser convenientemente iluminados, natural ou artifi- nº 013/2019)
cialmente, conforme as necessidades das distintas
tarefas a executar.
TÍTULO VII
Art. 148. Quando necessário o rebaixamen- DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
to de lençóis d`água para a construção de pavimen- (Redação acrescida pela Lei Complementar nº
tos em subsolos, serão tomadas providências para 013/2019)
evitar danos aos prédios vizinhos e logradouros
públicos que possam ser afetados. (Redação dada Art. 152. Esta Lei Complementar entra em vi-
pela Lei Complementar nº 013/2019) gor na data de sua publicação, revogada a Lei n° 673,
de 4 de novembro de 2002.
Art. 149. Obras ou serviços emergenciais, Art. 152. O órgão municipal competente

78
atualizará, no prazo de um ano, os valores estabeleci-
dos nesta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 013/2019)

Art. 153. Quando incorrer em débito decor-


rente da aplicação de multa, nenhum infrator poderá
receber quaisquer quantias ou créditos da Prefeitura
de Manaus, participar de licitação no âmbito munici-
pal, firmar contratos ou ajustes de qualquer natureza
com órgãos e entidades do município, ter projetos
aprovados ou licença para construir concedidas, nem
transacionar com o Poder Público municipal a qual-
quer título. (Redação acrescida pela Lei Complemen-
tar nº 013/2019)

Art. 154. Esta Lei Complementar entra em


vigor na data de sua publicação. (Redação acrescida
pela Lei Complementar nº 013/2019)

Manaus, 16 de janeiro de 2014.

ARTHUR VIRGÍLIO DO CARMO RIBEIRO NETO


Prefeito de Manaus

LOURENÇO DOS SANTOS PEREIRA BRAGA


Secretário Municipal Chefe da Casa Civil

79
05 PARCELAMENTO DO SOLO

A Lei Complementar 004, de 16 de


Janeiro de 2014, publicada no Diário

dispõe sobre o Parcelamento do Solo


Urbano do Município de Manaus.

Esta lei estabelece normas que


disciplinam o parcelamento do solo
urbano do Município de Manaus, em
consonância com a legislação federal,
estadual e a Lei Orgânica do
Município, e atualiza e consolida as
normas municipais de parcelamento
do solo urbano.

Esta Lei Complementar revogou a Lei


674/2002 e sofreu alterações por
meio da Lei Complementar 015, de 17
de Janeiro de 2019.

Complexo Viário 28 de Março


Rotatória Umberto Calderaro Filho / “Bola das Letras”
Lei Complementar N° 004, de 16 de Janeiro de 2014
DISPÕE sobre o Parcelamento do Solo Urbano do Município de
Manaus e dá outras providências.

O PREFEITO DE MANAUS, no uso das atribuições pal, estadual e federal, conforme a legislação pertinente;
que lhe são conferidas pelo art. 80, inc. IV, da Lei Or- III - nos terrenos:
gânica do Município de Manaus, a. que tenham sido aterrados com ma-
FAÇO SABER que o Poder Legislativo decretou e eu terial nocivo à saúde, sem que sejam previa-
sanciono a seguinte mente saneados;
b. localizados abaixo da quota de nível
inferior a 30 m (trinta metros) nas margens dos
LEI: rios e igarapés e fundos de vale;
CAPÍTULO I c. predominantemente com declivida-
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES des superiores a 30% (trinta por cento), salvo
se apresentado projeto de terraplanagem e
Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece adequação ambiental;
normas que disciplinam o parcelamento do solo ur- d. onde as condições geológicas e
bano do Município de Manaus, em consonância com geotécnicas são impróprias à edificação.
a legislação federal, estadual e a Lei Orgânica do Mu- § 2º É vedado vender ou prometer vender par-
nicípio, e atualiza e consolida as normas municipais cela de loteamento ou desmembramento não registrado.
de parcelamento do solo urbano. § 2º É vedado vender ou prometer vender
parcela de loteamento ou desmembramento não
Art. 2º Assegurados o interesse público e a registrado e sem projeto urbanístico aprovado pelo
função social da propriedade no uso da terra, o par- Município. (Redação dada pela Lei Complementar nº
celamento do solo urbano far-se-á mediante lotea- 015/2019)
mento ou desmembramento, respeitada a lei federal § 3º Constitui infração contra a Administra-
de parcelamento do solo e as diretrizes urbanísticas ção Pública:
definidas por lei municipal. I - dar início, de qualquer modo, ou efetuar
§ 1º O loteamento consiste na subdivisão de loteamento ou desmembramento do solo para fins
gleba em lotes destinados à edificação, com abertura urbanos sem autorização do órgão municipal com-
de novas vias de circulação, de logradouros públicos, petente, ou em desacordo com as disposições desta
ou prolongamento, modificação ou ampliação das Lei Complementar ou das normas pertinentes da le-
vias existentes. gislação federal, estadual e municipal;
§ 2º O desmembramento consiste na sub- II - dar início, de qualquer modo, ou efetuar
divisão de gleba em lotes destinados à edificação, loteamento ou desmembramento do solo para fins
com aproveitamento do sistema viário existente, urbanos sem observância das determinações cons-
desde que não implique na abertura de novas vias e tantes do ato administrativo de licença;
logradouros públicos, nem no prolongamento, modifi- III - fazer, ou veicular em proposta, contrato,
cação ou ampliação dos já existentes. prospecto ou comunicação ao público ou a interes-
sados, afirmação falsa sobre a legalidade de lotea-
Art. 3º Somente será permitido o parcelamen- mento ou desmembramento do solo para fins urba-
to do solo para fins urbanos nas terras localizadas na nos, ou ocultar fraudulentamente fato a ele relativo.
Área Urbana e na Área de Transição, definidas pelo
Plano Diretor Urbano e Ambiental do Município de Ma-
naus e delimitadas pela Lei de Perímetro Urbano de CAPÍTULO II
acordo com o disposto nesta Lei Complementar. DAS DIRETRIZES URBANÍSTICAS
§ 1º Fica vedado o parcelamento do solo ur-
bano nas seguintes situações: Seção I
I - nas áreas de preservação permanente ou Das Condições Básicas
naquelas onde a poluição impeça condições sanitá-
rias suportáveis até a sua correção; Art. 4º O parcelamento do solo urbano deve-
II - nas Zonas de Proteção Ambiental munici- rá respeitar as diretrizes de mobilidade urbana, da

82
qualificação ambiental e da estruturação do uso e mento pelo qual o poder público fixa diretrizes para
ocupação do solo expressas no Plano Diretor Urbano adequar o projeto de parcelamento do solo à promo-
e Ambiental do Município de Manaus, na legislação ção do desenvolvimento urbano e ambiental sus-
municipal de controle do uso e ocupação do solo tentável, tendo em vista a necessidade de otimizar
e nos demais instrumentos específicos de planeja- a oferta de infraestruturas e de áreas destinadas aos
mento e gestão urbana. equipamentos públicos.
Parágrafo único. A Avaliação Urbanística
deverá ser requerida antes de iniciado o processo
Seção II de aprovação do projeto de parcelamento, mediante
Dos Parâmetros Urbanísticos consulta prévia ao órgão municipal competente.

Art. 5º Os parâmetros urbanísticos para Art. 7º A Avaliação Urbanística será obri-


efeito do parcelamento do solo urbano referem-se: gatória para o parcelamento de áreas superiores a
I - à destinação de áreas públicas para equi- 50.000 m² (cinquenta mil metros quadrados) em na
pamentos urbanos e comunitários; totalidade das Zonas Urbanas e de Transição.
II - aos sistemas de circulação interna da
gleba parcelada e de sua integração aos sistemas de Art. 8º Para a Avaliação Urbanística, o par-
circulação da Cidade; celador deverá apresentar ao órgão municipal com-
III - às áreas non aedificandi, faixas margi- petente o requerimento e planta do imóvel contendo
nais de rodovias, de proteção aos cursos d’água e às pelo menos:
nascentes, assim como de proteção a outros recur- I - as divisas da gleba a ser loteada;
sos naturais; I - as divisas da área a ser loteada; (Redação
IV - ao dimensionamento dos lotes e das qua- dada pela Lei Complementar nº 015/2019)
dras, fixados quanto aos seus limites máximos e mínimos. II - as curvas de nível, de metro em metro;
§ 1º Os parâmetros urbanísticos básicos III - a localização dos cursos d’água, nas-
constam nos Anexos I e II desta Lei Complementar, centes e fragmentos florestais ou cobertura vegetal,
de acordo com as peculiaridades das Zonas Urba- quando existirem;
nas, dos Corredores Urbanos e da Zona de Transição IV - a indicação de arruamentos contíguos à
definidos no Plano Diretor Urbano e Ambiental do Mu- gleba, em todo o seu perímetro;
nicípio de Manaus. V - a localização das vias de comunicação, de
§ 2º Nas Áreas de Especial Interesse Social áreas livres, dos equipamentos urbanos e comunitá-
poderão ser estabelecidos parâmetros específicos rios existentes no local ou em suas adjacências, com
por ocasião da implementação de Programas de Pro- respectivas distâncias da área a ser loteada;
moção da Habitação de Interesse Social, conforme o VI - tipo de uso predominante a que o parce-
disposto no Plano Diretor Urbano e Ambiental do Mu- lamento se destina;
nicípio de Manaus. VII - as características das zonas de uso con-
§ 3º Os limites máximos de lote, face de qua- tíguas.
dra e áreas de quarteirão poderão ser alterados nas § 1º Visando à atualização permanente da
seguintes situações: base cartográfica da cidade de Manaus, será obri-
I - quando localizados em áreas onde a rede gatória a apresentação da planta de situação de que
viária existente, ou projetada, torne desnecessária a trata o caput deste artigo em arquivo em meio digital
restrição; com os dados da gleba georreferenciados.
II - quando se pretenda edificação de equi- § 1º Visando à atualização permanente da
pamentos urbanos que exijam dimensões superio- base cartográfica da cidade de Manaus, será obri-
res, desde que fique garantida a circulação de pedes- gatória a apresentação da planta de situação de
tres, sejam respeitados os demais critérios de uso e que trata o caput deste artigo em arquivo digital
ocupação do solo para área pretendida e a alteração com os dados georreferenciados, em formato re-
seja condicionada à execução do empreendimento; gulamentado pelo Poder Executivo. (Redação dada
III - quando a necessidade de preservação pela Lei Complementar nº 015/2019)
do patrimônio ambiental desaconselhar a abertura § 2º O Poder Executivo disponibilizará a Plan-
de vias ou logradouros públicos, seu prolongamento, ta Oficial da Cidade em meio digital para o cumprimen-
modificação ou ampliação. to dos parâmetros de que trata esta Lei Complemen-
tar, em formatos compatíveis e de ampla utilização.

Seção III Art. 9º É atribuição do órgão municipal com-


Da Avaliação Urbanística petente, conforme estabelecido no Plano Diretor Urba-
no e Ambiental do Município de Manaus, a definição
Art. 6º A Avaliação Urbanística é o procedi- de diretrizes decorrentes da Avaliação Urbanística.

83
§ 1º As diretrizes referidas no caput deste banos, comunitários e áreas verdes.
artigo deverão ser fixadas em certidão específica no
prazo máximo de 60 (sessenta) dias após o protocolo Art. 14. O loteador deverá garantir, por meio
do pedido. do projeto de loteamento, a destinação de áreas de
§ 2º As diretrizes fixadas em certidão vigora- uso público para a implantação de equipamentos ur-
rão por um prazo máximo de 4 (quatro) anos. banos, comunitários, sistema de circulação e áreas
verdes. (Redação dada pela Lei Complementar nº
Art. 10. A Certidão de Avaliação Urbanística, 015/2019)
com prazo de validade, deverá conter:
I - o traçado básico das vias que integram o Art. 15. A área mínima destinada ao uso
sistema de circulação da cidade, existente ou proje- público poderá variar entre 25% (vinte e cinco por
tado, relacionado ao parcelamento pretendido; cento) e 50% (cinquenta por cento) da área total do
II - a localização dos equipamentos de suporte loteamento, na forma da Lei Federal nº 6.766, de 19
ao transporte urbano intermodal, existentes ou projetados; de dezembro de 1979, de acordo com as peculiarida-
III - os Planos Urbanísticos previstos para a área; des das Zonas Urbanas e da Zona de Transição, con-
IV - a localização aproximada dos terrenos forme Anexo I desta Lei Complementar, ou especifi-
destinados a equipamento urbano e comunitário e cação expressa na certidão de Avaliação Urbanística.
das áreas livres de uso público;
V - as faixas sanitárias de terrenos neces- Art. 16. As áreas de uso público são desti-
sárias ao escoamento das águas pluviais e as faixas nadas à implantação de:
não edificáveis; I - sistemas de circulação;
VI - os usos predominantes da área onde II - equipamentos urbanos necessários ao
se localiza o parcelamento, com indicação dos usos provimento dos serviços públicos de abastecimento
compatíveis, de acordo com as diretrizes e normas de de água potável, energia elétrica pública e domiciliar,
controle do uso e ocupação do solo urbano; recolhimento e tratamento de esgotos e escoamento
VII - as diretrizes do Plano Diretor Urbano e das águas pluviais, de acordo com a demanda pre-
Ambiental do Município de Manaus quanto à mobi- vista para o loteamento;
lidade urbana, qualificação ambiental e estruturação II - equipamentos urbanos necessários ao
do uso e ocupação do solo urbano; provimento dos serviços de utilidade pública de abas-
VIII - as diretrizes do Plano de Saneamento tecimento de água potável, energia elétrica pública
Ambiental. e domiciliar, recolhimento e tratamento de esgotos
e escoamento das águas pluviais, de acordo com a
Art. 11. A Avaliação Urbanística será com- demanda prevista para o loteamento; (Redação dada
plementar às normas e parâmetros urbanísticos pre- pela Lei Complementar nº 015/2019)
vistos nos Anexos I e II desta Lei Complementar, ob- III - equipamentos comunitários referentes a
servado o disposto nas leis federais e estaduais que praça, escola, posto de saúde ou outros equipamen-
regulam a matéria. tos de interesse público e social;
III - equipamentos comunitários referentes a
Art. 12. O órgão municipal competente man- praça, escola, posto de saúde ou outros equipamen-
terá registro de todas as certidões expedidas pelo pra- tos de interesse social; (Redação dada pela Lei Com-
zo de 4 (quatro) anos, para fins de monitoramento e plementar nº 015/2019)
avaliação das tendências do desenvolvimento urbano. IV - áreas verdes;
§ 1º Os sistemas de circulação deverão inte-
grar o loteamento na malha urbana da cidade, de acor-
CAPÍTULO III do com a classificação das vias por tipo, função e utili-
DO LOTEAMENTO zação que consta no Anexo II desta Lei Complementar.
§ 2º Os tipos de equipamentos comunitários,
Art. 13. Todos os projetos de loteamento deve- conforme o uso e destinação serão especificados
rão ser precedidos de solicitação de Avaliação Urbanísti- pelo órgão municipal competente por meio do licen-
ca, que será expedida pelo órgão municipal competente. ciamento do loteamento de acordo com a necessida-
de da área onde se localiza o empreendimento.
§ 3º A necessidade de equipamentos comu-
Seção I nitários também poderá ser identificada pela análise
Da Destinação de Áreas Públicas urbanística ou prevista em programa municipal de ha-
bitação de interesse social.
Art. 14. O loteador deverá garantir, por meio § 4º Para a implantação de sistemas de es-
do projeto de loteamento, a destinação de áreas de coamento das águas pluviais deverão ser observadas
uso público para a implantação de equipamentos ur- as condições hidrológicas originais da bacia onde se

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localiza a gleba e as diretrizes do Plano de Sanea- VI - Anotação de Responsabilidade Técni-
mento e Drenagem de Manaus. ca (ART) ou Registro de Responsabilidade Técnica
§ 5º Os equipamentos urbanos implanta- (RRT) de autoria do profissional habilitado pelo con-
dos para a garantia dos serviços públicos previstos selho competente. (Redação acrescida pela Lei Com-
no inciso II deste artigo deverão respeitar a regula- plementar nº 015/2019)
mentação definida pelos órgãos públicos competen- § 1º Na fase de fixação de diretrizes básicas, o
tes e pelas concessionárias dos serviços públicos. loteador deverá apresentar, para aprovação do projeto:
§ 6º A localização das áreas verdes previstas I - Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV;
no projeto de loteamento deverão sempre que possí- II - Licença Prévia ou de Conformidade Am-
vel, ser contíguas, evitando a fragmentação da cober- biental;
tura vegetal existente. III - Estudo de Tráfego, aprovado pelo órgão
§ 7º Poderão ser consideradas na reserva de municipal competente;
área verde aquelas que se enquadrarem nas seguin- IV - Termo de Compromisso estabelecendo
tes condições: garantias de execução do loteamento, caucionando
I - associadas às faixas non aedificandi; no mínimo 1/3 (um terço) da área total dos lotes par-
II - integradas ao Corredor Ecológico, previs- ticulares, excluindo-se áreas verdes, áreas de equi-
to no Plano Diretor Urbano e Ambiental do Município pamentos comunitários e áreas de uso público.
de Manaus; § 2º O memorial descritivo do loteamento de-
III - destinadas à recreação e lazer, desde verá conter:
que não provoque danos à vegetação; I - descrição sucinta do loteamento, com as
IV - identificadas como fragmentos florestais, confor- suas características e a fixação de uso ou usos predo-
me o disposto no Código Ambiental de Manaus. minantes;
§ 8º As áreas públicas, previstas nos artigos II - as condições urbanísticas do loteamen-
14 e 15 desta Lei Complementar, ficam isentas do to e as limitações que incidem sobre os lotes e suas
pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano construções de acordo coma legislação urbanística
- IPTU, ficando sujeitas ao tributo somente aquelas vigente, além daquelas decorrentes das diretrizes fi-
áreas pertencentes aos particulares. xadas pela Avaliação Urbanística, se houver;
§ 9º A isenção prevista no § 8º será concre- III - a indicação das áreas públicas que pas-
tizada mediante a apresentação do parcelamento, sarão ao domínio do Município no ato de registro do
devidamente legalizado, junto ao cadastro imobiliário loteamento;
do órgão fazendário municipal. IV - a enumeração dos equipamentos urba-
nos e comunitários, das áreas verdes e dos serviços
públicos ou de utilidade pública já existentes no lotea-
Seção II mento e adjacências;
Do Projeto de Loteamento V - a enumeração dos equipamentos urba-
nos e comunitários e as áreas verdes previstas no lo-
Art. 17. O projeto de loteamento, orientado teamento;
pelo traçado e diretrizes oficiais, quando houver, será VI - a indicação dos cursos d’água e nascentes;
apresentado ao órgão municipal competente, con- VII - a descrição dos serviços e das obras a
tendo desenhos, memorial descritivo e cronograma serem executados.
de execução das obras, acompanhado de: VIII - a indicação da sugestão da denomina-
I - título de propriedade; ção das vias para inserção na base cartográfica do
I - Certidão atualizada da matrícula do imó- órgão responsável;
vel a ser loteado, com, no máximo, cento e oitenta § 3º Os desenhos deverão contemplar:
dias, expedida pelo Cartório do Registro de Imóveis I - a subdivisão das quadras em lotes, com
competente; (Redação dada pela Lei Complementar respectivas dimensões e numeração;
nº 015/2019) II - a indicação dos lotes destinados à im-
II - Certidão de ônus reais; plantação de equipamentos comunitários;
III - Certidão Negativa de tributos municipais II - a indicação dos lotes destinados à im-
relativos ao imóvel; plantação de equipamentos urbanos e comunitários;
IV - Certidão de Avaliação Urbanística, quan- (Redação dada pela Lei Complementar nº 015/2019)
do for o caso, conforme previsto no artigo 9º desta Lei III - as áreas verdes reservadas;
Complementar; IV - o sistema de vias com respectiva hie-
V - declaração de viabilidade de prestação rarquia e conforme especificações determinadas
dos serviços públicos, expedida pelos órgãos públi- no Anexo II desta Lei Complementar;
cos competentes e pelas concessionárias dos res- IV - o sistema de vias com respectiva hierar-
pectivos serviços. (Revogado pela Lei Complementar quia e seção, conforme especificações determina-
nº 015/2019) das no Anexo II desta Lei Complementar; (Redação

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dada pela Lei Complementar nº 015/2019) e escoamento de águas pluviais; (Redação dada pela
V - os elementos de locação com as dimen- Lei Complementar nº 015/2019)
sões lineares e angulares do projeto, com raios, cor- II - Termo de Compromisso estabelecendo
das, arcos, pontos de tangência e ângulos centrais garantias de execução do loteamento, caucionando, no
das vias, de acordo com as normas técnicas adota- mínimo, 1/3 (um terço) da área total da gleba, registrado
das pelo órgão municipal competente; em cartório e publicado no Diário Oficial do Município;
VI - a indicação em planta e perfis de todas II - Termo de Compromisso estabelecendo a
as linhas de escoamento das águas pluviais; garantia de execução da infraestrutura do loteamen-
VII - topografia com curvas níveis do terreno, to, que poderá ser o caucionamento de no mínimo,
de metro em metro. um terço da área dos lotes, registrado em cartório e
VII - topografia com curvas de nível do terre- publicado no Diário Oficial do Município ou por alie-
no, de metro em metro; (Redação dada pela Lei Com- nação fiduciária de outro bem imóvel ou em pecúnia,
plementar nº 015/2019) desde que proporcional ao mesmo valor; (Redação
VIII - indicação dos cursos d`água e nascen- dada pela Lei Complementar nº 015/2019)
tes, se houver. (Redação acrescida pela Lei Comple- III - registro imobiliário do projeto, nos ter-
mentar nº 015/2019) mos previstos pela lei federal de parcelamento do
§ 4º Os documentos que compõem o proje- solo urbano;
to de loteamento deverão ser apresentados ao órgão III - registro imobiliário do plano de lotea-
municipal competente, em 3 (três) vias, devidamente mento aprovado, nos termos previstos pela lei fede-
assinadas pelo proprietário do imóvel e pelo respon- ral de parcelamento do solo urbano; (Redação dada
sável técnico com atribuição profissional comprova- pela Lei Complementar nº 015/2019)
da e 1 (uma) cópia digital. IV - Termo de Compromisso, fixando o prazo
de execução do loteamento, cumprimento da execu-
Art. 18. O órgão municipal competente apro- ção das obras previstas e demais obrigações legais.
vará ou recusará, atendidas todas as normas perti- Parágrafo único. Os projetos específicos tra-
nentes em vigor, o projeto de loteamento no prazo tados a que se refere este artigo são referentes aos
máximo de 90 (noventa) dias, contados da data de equipamentos urbanos necessários aos seguintes
apresentação do projeto. serviços públicos:
Parágrafo único. Na hipótese de documen- I - recolhimento e tratamento de esgoto sanitá-
tação incompleta, ou quando houver necessidade de rio, de acordo com o disposto na Lei n. 1.192, de 2007;
qualquer vistoria ou diligência, o prazo será contado II - abastecimento de água potável;
a partir da data em que a documentação estiver ple- III - energia elétrica e iluminação pública e
namente completada ou a vistoria atendida. domiciliar;
IV - solução de escoamento de águas plu-
Art. 19. Devidamente publicada a aprovação viais. (Revogado pela Lei Complementar nº 015/2019)
do projeto de loteamento, o loteador deverá subme-
tê-lo ao registro imobiliário dentro do prazo de 180 Art. 21. Cumpridas todas as exigências cabí-
(cento e oitenta) dias, e licenciá-lo em até 12 (doze) veis, o órgão municipal competente expedirá o alvará
meses, sob pena de caducidade da aprovação, aten- da obra.
dendo ao disposto na lei federal de parcelamento do Parágrafo único. O licenciamento da obra
solo, devendo, ainda, ser registrado em cartório e pu- será válido pelo prazo de 12 (doze) meses, contado a
blicado no Diário Oficial do Município. partir do despacho que o deferiu, devendo ser renova-
do antes do seu vencimento.

Seção III
Do Licenciamento das Obras Seção IV
Da Execução do Loteamento
Art. 20. O órgão municipal competente emiti-
rá a licença de execução das obras previstas no pro- Art. 22. Os prazos para execução de lotea-
jeto de loteamento aprovado no prazo máximo de 60 mento deverão estar estabelecidos no cronograma de
(sessenta) dias, desde que o loteador apresente: implantação referente ao projeto aprovado, conforme
I - projetos específicos aprovados pelos ór- previsto na lei federal de parcelamento do solo urbano.
gãos municipais competentes e pelas concessioná- Parágrafo único. O prazo máximo para a exe-
rias prestadoras dos serviços públicos urbanos; cução do loteamento não poderá exceder de 4 (qua-
I - ART ou RRT dos responsáveis técnicos tro) anos.
pela autoria dos projetos específicos que contenham
soluções para redes de abastecimento de água potá- Art. 23. É de responsabilidade do loteador
vel, esgotamento sanitário, energia elétrica domiciliar executar as seguintes infraestruturas do loteamento:

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I - abertura e pavimentação - asfalto ou ou- Art. 25. Compete ao órgão municipal com-
tro tipo de pavimentação - de vias, com execução de petente a aprovação do loteamento, incluindo o ter-
taludes e obras de contenção necessárias; mo de verificação da execução das obras exigidas
II - rede de distribuição de energia elétrica; nesta Lei, respeitado o disposto na lei federal de par-
III - rede de abastecimento e distribuição de celamento do solo urbano.
água; Parágrafo único. O reconhecimento dos lo-
IV - meio-fio e sarjeta; gradouros resultantes da execução do loteamento
IV - meio-fio, sarjeta e passeios, resguardando será aprovado por ato do Poder Executivo Munici-
a área pavimentada no mínimo o previsto por lei; (Reda- pal, após a aceitação das obras de urbanização pelo
ção dada pela Lei Complementar nº 015/2019) órgão municipal competente.
V - rede de drenagem superficial e profunda;
VI - rede de esgoto sanitário e o sistema de
tratamento; CAPÍTULO IV
VII - arborização das vias e praças; DO DESMEMBRAMENTO
VIII - implantação de equipamentos urbanos
previstos no projeto; Art. 26. O parcelamento por meio de desmem-
IX - fornecimento das placas de denomina- bramento estará sujeito aos parâmetros que definem
ção de logradouros; o dimensionamento máximo e mínimo dos lotes e das
X - obras e demarcação de lotes e quadras quadras estabelecidas para o loteamento nos bairros,
constantes do projeto aprovado. conforme o Anexo I desta Lei Complementar.
§ 1º O dimensionamento e as característi- § 1º Serão admitidos desmembramentos
cas de pavimentação das vias e dos passeios deve- fora dos padrões estabelecidos para o dimensiona-
rão seguir as especificações determinadas no Anexo mento dos lotes no Anexo I desta Lei Complementar:
II desta Lei Complementar. I - os casos previstos nos §§ 2º e 3º do arti-
§ 2º Os equipamentos públicos urbanos go 5º desta Lei Complementar;
deverão ser estendidos até a rede oficial existente e II - quando for constatada similitude com o
executados de acordo com as especificações técni- padrão existente, desde que não provoque impactos
cas aprovadas pelos órgãos públicos competentes e negativos à mobilidade urbana e à qualificação am-
as concessionárias de serviços públicos. biental, nas seguintes situações, passíveis de análise
§ 3º A arborização das vias e as especifica- pela Comissão Técnica de Planejamento e Controle
ções para execução dos passeios públicos deverão Urbano - CTPCU:
seguir o padrão técnico estabelecido em regulamen- a. quando do desmembramento, o
to municipal específico. lote remanescente possuir dimensão inferior
ao padrão estabelecido no Anexo I desta Lei
Art. 24. Será admitida a execução parcial de Complementar, desde que este não tenha área
loteamento e sua aceitação pelos órgãos municipais, inferior a 125 m² (cento e vinte e cinco metros
desde que o prazo decorrente do somatório das eta- quadrados) da área mínima;
pas não ultrapasse o prazo máximo estabelecido. b. em nenhuma hipótese tenha a tes-
§ 1º O prazo das etapas poderá ser prorro- tada inferior a 5 m (cinco metros), conforme
gado com anuência do órgão municipal competente, disposto na lei federal de parcelamento do
desde que não comprometa o prazo final da conclu- solo urbano.
são do loteamento.
§ 2º A execução parcial referida no caput Art. 27. Somente serão permitidos desmem-
deste artigo deverá ser prevista no cronograma de bramentos de terrenos com frente para via admitida
implantação do loteamento da seguinte forma: e reconhecida como pública pelo Poder Executivo.
I - detalhamento das etapas de execução no § 1º Os desmembramentos em terrenos com
Memorial Descritivo que acompanha o projeto do lo- frente para os corredores viários estabelecidos no
teamento, com a respectiva identificação dos lotes e Plano Diretor Urbano e Ambiental serão precedidos
a descrição dos equipamentos urbanos e comunitá- de Avaliação Urbanística pelo órgão municipal com-
rios a serem executados em cada uma das etapas; petente, para fins de compatibilização com os Planos
II - desenho contendo o traçado urbanístico Integrados de Transporte Urbano e de Alinhamento e
do loteamento, com a demarcação das áreas referen- Passeio, conforme disposto no Plano Diretor Urbano
tes às etapas de execução. e Ambiental de Manaus.
§ 3º A execução parcial do loteamento deve- § 2º Para efeito do disposto no caput deste
rá assegurar aos compradores dos lotes o pleno uso artigo, não serão consideradas as ciclovias, as vias
dos equipamentos implantados e a perfeita integra- de pedestres e as vias que não estiverem conectadas
ção com a malha urbana existente. com a malha viária existente.

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Seção I 3 (três) vias, devidamente assinadas pelo proprietá-
Do Projeto de Desmembramento rio do imóvel e pelo responsável técnico com atribui-
ção profissional comprovada e uma cópia digital.
Art. 28. Para aprovação do desmembra- § 1º O projeto de desmembramento deverá
mento, o interessado deverá apresentar ao órgão ser apresentado em uma via, devidamente assinado
municipal competente o requerimento acompanha- pelo proprietário do imóvel e pelo responsável
do de certidão atualizada da matrícula da gleba, técnico, acompanhado de cópia digital. (Redação
expedida pelo cartório de registro de imóveis com- dada pela Lei Complementar nº 015/2019)
petente e projeto referente à planta do imóvel a ser § 2º Na apresentação do projeto de des-
desmembrado contendo: membramento ao órgão municipal competente,
Art. 28. Para aprovação do desmembra- será fornecida pelo proprietário a numeração dos
mento, o interessado deverá apresentar ao órgão lotes desmembrados.
municipal competente o requerimento acompanha- § 3º Aprovado o projeto de desmembramen-
do de certidão atualizada da matrícula do imóvel, to, o parcelador deverá submetê-lo ao registro imobi-
com no máximo, cento e oitenta dias, expedida liário dentro de 180 (centro e oitenta) dias, sob pena
pelo Cartório de Registro de Imóveis competente, e de caducidade da aprovação, segundo o disposto na
projeto referente à planta do imóvel a ser desmem- lei federal de parcelamento do solo urbano.
brado contendo: (Redação dada pela Lei Comple-
mentar nº 015/2019)
I - a indicação das vias existentes e dos lo- CAPÍTULO V
teamentos próximos; DOS CONDOMÍNIOS DE
I - a indicação do lote na malha urbana e das UNIDADES AUTÔNOMAS
vias existentes confrontantes com o lote; (Redação
dada pela Lei Complementar nº 015/2019) Art. 30. O loteamento ou desmembramen-
II - a indicação da divisão de lotes pretendida to para construção de condomínios de unidades au-
na área; tônomas poderão ser constituídos na Zona Urbana
II - a indicação do imóvel a ser desmembrado, e na Zona de Transição, na forma da Lei Federal n.
em conformidade com as informações constantes em 4.591, de 16 de dezembro de 1964, e respeitados os
registro de imóveis; (Redação dada pela Lei Comple- parâmetros estabelecidos nesta Lei Complementar e
mentar nº 015/2019) na Lei de Obras e Edificações do Município.
III - a indicação das curvas de nível e dos cur- Parágrafo único. A área máxima de condo-
sos d’água. mínio admitida na Zona Urbana e na Zona de Transi-
Parágrafo único. O desmembramento estará ção é a disposta na Lei de Obras e Edificações, obser-
submetido à legislação urbanística vigente e poderá vada ainda a dimensão máxima da face de quadra,
ser objeto de avaliação urbanística, conforme o dis- conforme Anexo I desta Lei Complementar.
posto no artigo 7º desta Lei Complementar.
§ 1º O desmembramento estará submetido à Art. 31. A implantação de condomínios de
legislação urbanística vigente e poderá ser objeto de unidades autônomas deverá garantir o acesso ade-
avaliação urbanística, conforme o disposto no artigo quado à via pública, ao trânsito de veículos e de pe-
7º desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei destres, e garantir a prestação dos serviços públicos
Complementar nº 015/2019) previsto nesta Lei Complementar.
§ 2º Todos os projetos devem estar acom-
panhados do memorial descritivo, devidamente assi- Art. 32. A manutenção dos equipamentos
nados pelo responsável técnico, e de uma cópia di- urbanos e comunitários instalados em condomínios
gital. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº de unidades autônomas é responsabilidade do con-
015/2019) domínio.

Art. 29. Compete ao órgão municipal com-


petente a aprovação do desmembramento, incluindo CAPÍTULO VI
o termo dos lotes, respeitado o disposto na lei federal DO PARCELAMENTO EM ÁREAS DE
de parcelamento do solo urbano. ESPECIAL INTERESSE SOCIAL
Art. 29. Compete ao órgão municipal res-
ponsável a aprovação do desmembramento, in- Art. 33. Nas Áreas de Especial Interesse So-
cluindo o termo dos lotes, respeitado o disposto na cial, definidas e delimitadas por lei municipal, aten-
lei federal de parcelamento do solo urbano. (Reda- dendo ao disposto na lei federal de parcelamento
ção dada pela Lei Complementar nº 015/2019) do solo urbano, poderão ser adotados padrões in-
§ 1º O projeto de desmembramento deverá feriores ao mínimo estabelecido nesta Lei Comple-
ser apresentado ao órgão municipal competente em mentar quanto à destinação de áreas públicas para

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equipamentos urbanos e comunitários e dimensio- devida habilitação.
namento dos lotes e quadras.
§ 1º Os desmembramentos para fins de re- Art. 37. As multas aplicáveis simultanea-
gularização fundiária e urbanística de interesse so- mente a profissional ou firma responsável e o pro-
cial poderão configurar casos especiais de condomí- prietário, são as seguintes:
nios de unidades autônomas. I - 5 (cinco) UFMs por inexistência no local
§ 2º Nos loteamentos, inseridos em progra- da obra de execução do loteamento de cópia do pro-
ma habitacional de interesse social, executados pelo jeto na forma como foi aprovado;
Poder Público ou pela iniciativa privada, o lote míni- II - 01 (uma) UFM por lote, por mês de atraso
mo corresponderá a 125 m² (cento e vinte e cinco no caso de não cumprir o prazo exigido no parágrafo
metros quadrados) e a testada mínima do lote será único do artigo 22 desta Lei Complementar.
de 5 m (cinco metros). III - 05 (cinco) UFMs pelo não cumprimento
de notificação em virtude de vistoria ou de determina-
ção fixadas no Laudo de Vistoria;
CAPÍTULO VII IV - 02 (duas) UFMs por lote, por iniciar ven-
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES da de lotes, por iniciar ou executar obras de qualquer
tipo no loteamento, antes da necessária aprovação
Art. 34. A infração a qualquer dispositivo ou em desacordo com o projeto aprovado;
desta Lei acarretará, sem prejuízo das medidas pre- V - 02 (duas) UFMs por lote pelo não cumpri-
vistas na lei federal de parcelamento do solo urbano, mento de determinações fixadas no Laudo de Vistoria.
a aplicação das seguintes sanções:
I - Embargo: por meio do qual se determina a Art. 38. As multas aplicáveis a proprietá-
paralisação imediata de uma obra de parcelamento; rios de loteamentos são as seguintes:
II - Interdição: por intermédio da qual se deter- I - 2 (duas) UFMs por lote, por remanejamen-
mina a proibição do uso e da ocupação de parte ou da to no projeto de loteamentos sem prévia autorização;
totalidade da área objeto do parcelamento, quando for II - 2 (duas) UFMs por lote, pelo não cumpri-
constatada a irreversibilidade iminente da ocupação; mento da ordem, nos casos de execução de projeto
III - Multa: forma de penalidade pecuniária, de loteamentos embargados e não paralisados;
graduável de acordo com a gravidade da infração; III - 2 (duas) UFMs por lote, pela utilização de
IV - Advertência: quando a infração puder materiais inadequados ou sem as necessárias con-
ser corrigida de imediato. dições de resistência, resultando, a juízo do órgão
§ 1º A aplicação e o pagamento da multa municipal competente, em perigo para a segurança
não eximem o infrator da intervenção da interdição dos futuros ocupantes do loteamento, bem como do
ou da cassação do alvará para parcelamento. pessoal que executa os serviços e do público.
§ 2º O embargo, a intervenção ou a interdi-
ção serão comunicados ao interessado mediante Art. 39. Em caso de reincidência, as multas
notificação oficial do órgão municipal competente. previstas nos artigos 36, 37 e 38 desta Lei Comple-
mentar serão cobradas em dobro.
Parágrafo único. Considera-se reincidência a
CAPÍTULO VIII repetição da infração de um mesmo dispositivo des-
DAS PENALIDADES ta Lei pela mesma pessoa física ou jurídica depois de
passada em julgado administrativamente a decisão
Art. 35. As infrações a esta Lei Complemen- condenatória referente à infração anterior.
tar ensejarão à aplicação de multas, ao embargo ad-
ministrativo, bem como à revogação do ato que apro- Art. 40. Por infração em qualquer dispositivo
vou o loteamento, pelo órgão municipal competente. desta Lei Complementar não especificada nos seus
artigos 36, 37 e 38 desta Lei Complementar, poderão
Art. 36. As multas aplicáveis a profissional ser aplicadas as multas ao infrator de até 02 (duas)
ou firma responsável por projeto do loteamento, são UFMs por lote.
as seguintes:
I - 1 (uma) Unidade Fiscal do Município (UFM) Art. 41. Tem os infratores o prazo de 20 (vin-
por lote, por falsear cálculos do projeto e elementos te) dias para pagamento das multas aplicadas, após
de memoriais descritivos ou por viciar projeto apro- notificação da decisão administrativa que julgar im-
vado, introduzindo-lhe, ilegalmente, alterações de procedente a defesa apresentada ou não sendo esta
qualquer espécie; apresentada nos prazos legais.
II - 1 (uma) UFM por lote, por assumir respon- Parágrafo único. É facultada ao infrator a
sabilidade na elaboração do projeto de loteamento e apresentação de defesa, no mesmo prazo de 20 (vin-
entregar a sua elaboração de fato a terceiros sem a te) dias, encaminhada ao dirigente do órgão compe-

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tente pela lavratura do auto de infração. tamente paralisadas.
§ 3º Para assegurar a paralisação das obras
Art. 42. As multas não pagas nos prazos le- de execução de loteamentos embargados o órgão
gais serão inscritas na dívida ativa do Município. municipal competente poderá, ser for o caso, requisi-
Parágrafo único. Quando o infrator se recusar tar força policial, observados os requisitos legais.
a pagar as multas impostas nos prazos legais, os débi- § 4º O embargo só poderá ser suspenso
tos correspondentes serão executados judicialmente. após o cumprimento das exigências apontadas no
Laudo de Vistoria e mediante requerimento do inte-
Art. 43. Quando incorrer em débito decor- ressado ao órgão municipal competente, acompa-
rente da aplicação de multa, nenhum infrator poderá nhado dos respectivos comprovantes do pagamento
receber quaisquer quantias ou créditos da Prefeitura das multas devidas.
de Manaus, participar de licitação no âmbito munici-
pal, firmar contratos ou ajustes de qualquer natureza Art. 46. A revogação do ato que aprovou o
com órgãos e entidades do Município, ter projetos loteamento será aplicável nos seguintes casos:
aprovados ou licença para construir concedidas, I - quando as obras não forem executadas
nem transacionar com o Poder Público Municipal a nos prazos previstos no Termo de Acordo;
qualquer título. II - quando forem modificadas as indicações
dos projetos previstas no artigo 17 desta Lei Comple-
Art. 44. Os débitos decorrentes de multas mentar;
não pagas nos prazos legais serão atualizados, com III - no caso de obras embargadas, mas le-
base nos coeficientes de correção monetária fixados galizáveis, quando não o forem dentro dos prazos e
periodicamente em resoluções de órgão federal. de acordo com as exigências determinadas no Laudo
Parágrafo único. Nos cálculos de atualização de Vistoria.
dos valores monetários dos débitos decorrentes de
multa, a que se refere este artigo, serão aplicados os Art. 47. Serão informadas ao Conselho
coeficientes de correção monetária que estiverem em Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
vigor na data de liquidação das importâncias devidas. - CREA e ao Conselho de Arquitetura e Urbanismo
- CAU, as infrações enumeradas nesta Lei Comple-
Art. 45. A execução total ou parcial de qual- mentar do profissional e da firma corresponsável pe-
quer projeto de loteamento poderá ser embargada, las mesmas, sem prejuízo das penalidades cíveis e
sem prejuízo de outras sanções, nos seguintes casos: criminais a que estiverem sujeitos.
I - quando o projeto não houver sido aprovado
ou firmado o respectivo Termo de Compromisso pre- Art. 48. Nenhum serviço ou obra pública
visto no inciso II do artigo 20 desta Lei Complementar; será prestado ou executado em terrenos loteados
II - quando estiver sendo executado em desa- sem prévia licença do órgão municipal competente.
cordo com as prescrições desta Lei Complementar;
III - quando em desacordo com o Termo de Art. 49. O projeto deverá ser elaborado por
Compromisso; profissional devidamente habilitado pelo Conselho
IV - quando o responsável técnico isentar- Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia -
-se da responsabilidade de execução do projeto de CREA e Conselho de Arquitetura e Urbanismo - CAU,
loteamento ou for substituído, sem os referidos fatos assinado pelo proprietário e o contrato entre ambos
serem comunicados ao órgão municipal competente; anotados nos referidos Conselhos.
V - quando o responsável técnico ou o pro-
prietário deixarem de atender qualquer intimação da
Prefeitura referente ao cumprimento de dispositivos CAPÍTULO IX
desta Lei Complementar. DA REGULARIZAÇÃO
§ 1º A notificação do embargo da execução
de um loteamento será feita: Art. 50. Os parcelamentos do solo para fins
I - diretamente à pessoa física ou jurídica urbanos irregularmente implantados no Município de
proprietária do loteamento, mediante entrega da se- Manaus poderão ser regularizados, desde que obede-
gunda via do Termo de Embargo e colheita do recibo cidos os critérios fixados nesta Lei, e na legislação mu-
na primeira; nicipal, estadual e federal, naquilo que for pertinente.
II - por carta ou por edital, com prazo de 5 Parágrafo único. Para os fins desta Lei
(cinco) dias, publicado uma só vez no periódico ofi- Complementar, considera-se parcelamento irregular
cial do governo municipal, para aqueles não localiza- aquele que foi executado sem autorização do Muni-
dos ou após 3 (três) tentativas de notificação. cipal competente, em desacordo com o projeto apro-
§ 2º As obras de execução de loteamento vado ou que não obteve o termo de recebimento do
que houverem sido embargadas deverão ser imedia- órgão municipal competente, por falta da conclusão

90
da infraestrutura. previstas no parágrafo único do artigo 59 desta Lei
Complementar.
Art. 51. A comprovação da existência do par-
celamento do solo irregular far-se-á por qualquer do- Art. 54. Poderá ser objeto de regularização,
cumento expedido ou autuado pelo órgão municipal nos termos desta Lei Complementar, a parte parce-
competente, ou por qualquer outro que possua valor lada de uma gleba.
legal, inclusive por levantamento aerofotogramétrico, Parágrafo único. A área remanescente de-
reconhecido por órgãos públicos. verá ser considerada como gleba, para efeito de apli-
Parágrafo único. O compromisso de compra cação da legislação vigente de parcelamento do solo.
e venda celebrado por instrumento particular ou pú-
blico não se constitui, isoladamente, em documento Art. 55. Poderão ser regularizados, desde
hábil para comprovar a existência do parcelamento que atendidas as exigências desta Lei Complemen-
irregular. tar, quaisquer parcelamento do solo, independente-
mente da zona urbana onde se localizam.
Art. 52. Caberá ao parcelador o cumprimen-
to de toda e qualquer exigência técnica ou jurídica, Art. 56. Ficam excluídos da regularização
necessária à regularização plena do parcelamento. tratada nesta Lei Complementar os parcelamentos
irregulares do solo, ou parte deles, que apresentem
Art. 53. A regularização urbanística e nota- uma das seguintes características, por terem sido
rial prevista nesta Lei Complementar pressupõe o executados, de modo reversível:
atendimento aos seguintes requisitos: I - em terrenos:
I - apresentação de título de propriedade da a. aterrados com material nocivo à
gleba parcelada, devidamente registrado no Cartório saúde pública, até a sua correção;
de Registro de Imóveis; b. com declividade igual ou superior
II - comprovação de irreversibilidade do par- ao previsto nas legislações pertinentes, salvo
celamento implantado; se atendidas as exigências específicas da le-
III - conclusão de toda a infraestrutura ne- gislação municipal;
cessária, conforme determinado pela lei federal de c. alagadiços e sujeitos a inundações,
parcelamento do solo urbano. até a sua correção;
§ 1º O órgão municipal competente poderá II - em termos nos quais as condições geo-
aceitar, para fins de regularização técnica do parce- lógicas não aconselhem sua ocupação por edifica-
lamento do solo irregular e conseqüente emissão do ções, salvo de comprovada sua estabilidade, median-
Auto de Regularização, previsto nesta Lei Comple- te a apresentação de laudo técnico específico;
mentar, compromisso de compra e venda não regis- III - em áreas onde a poluição impeça con-
trado da gleba parcelada, desde que filiado a título de dições sanitárias suportáveis, até a eliminação dos
domínio devidamente registrado no cartório de regis- agentes poluentes.
tro de imóveis. Parágrafo único. Na hipótese prevista na alí-
§ 2º Na impossibilidade de identificação do nea “c” do inciso I deste artigo ou na impossibilida-
título de propriedade da gleba parcelada, uma vez de de correção das situações previstas neste artigo,
esgotadas as pesquisas necessárias para a sua lo- deverá o parcelador desfazer o parcelamento, objeti-
calização, e com o não atendimento do responsável vando o retorno da área à condição de gleba, deven-
parcelador, o órgão municipal competente poderá in- do, ainda, executar as obras e serviços necessários
tervir no parcelamento do solo irregular, para fins de para sanar eventuais danos ambientais causados
atendimento às exigências técnicas, previstas nos pelo parcelamento.
artigos 68 e 69 desta Lei Complementar, e definição
da planta técnica do parcelamento, com a emissão
do competente auto de regularização, nos termos do CAPÍTULO X
artigo 64 desta Lei Complementar. DO PROCESSO DE REGULARIZAÇÃO
§ 3º A situação de irreversibilidade do parce-
lamento, prevista no inciso II deste artigo, será carac- Art. 57. O processo de regularização do par-
terizada e comprovada por laudo técnico, que levará celamento do solo irregularmente executado obede-
em consideração a localização do parcelamento, sua cerá ao rito definido por esta Lei Complementar.
situação física, social e jurídica, observados os crité-
rios definidos no artigo 75 desta Lei Complementar. Art. 58. O processo de regularização poderá
§ 4º Na hipótese de possibilidade de rever- ser iniciado de ofício pelo órgão municipal compe-
são do parcelamento do solo à condição de gleba, tente ou por solicitação, mediante requerimento pró-
diagnosticada por laudo técnico, conforme parágrafo prio, do parcelador, de um ou mais adquirentes de lo-
anterior, o parcelador deverá atender às exigências tes ou por associações legalmente constituídas que

91
representem os adquirentes. a proposta da regularização, deverá o órgão munici-
pal competente expedir a licença para a execução de
Art. 59. A proposta de regularização feita obras e serviços acompanhada do respectivo crono-
pelo parcelador deverá ser acompanhada de laudo grama físico-financeiro, podendo exigir, quando ne-
técnico, obedecidos os parâmetros técnicos e urba- cessário, garantias para a execução das obras.
nísticos estabelecidos nesta Lei Complementar.
Parágrafo único. Na omissão do parcelador Art. 64. O Auto de Regularização somente
e nas hipóteses de regularização requerida por ad- será expedido após o cumprimento das exigências
quirente de lote ou associações, bem como no caso feitas para a regularização do parcelamento e sua
de regularização de ofício o órgão municipal compe- aceitação técnica pelo órgão municipal competente.
tente poderá elaborar a proposta e o laudo previstos § 1º A regularização de parcelamentos de
no caput deste artigo. solo irregulares não implica o reconhecimento, do
órgão municipal competente, de quaisquer obriga-
Art. 60. Deverão ser contemplados, no laudo ções assumidas pelo parcelador junto aos adquiren-
técnico previsto no artigo 62 desta Lei Complementar, tes de lotes.
os seguintes aspectos: § 2º Na impossibilidade de destinação da
I - diagnóstico do parcelamento; totalidade das áreas públicas previstas nos incisos
II - proposta técnica e urbanística para a re- I e III do artigo 68 desta Lei Complementar, e atendi-
gularização do parcelamento. das as demais exigências desse artigo e do artigo 69
desta Lei Complementar, poderá o órgão municipal
Art. 61. O projeto de regularização do parce- competente, quando for o caso, expedir o Auto de
lamento deverá atender às exigências do órgão mu- Regularização, prosseguindo na exigência, junto ao
nicipal competente, devendo, necessariamente, estar parcelador, das áreas públicas devidas.
representadas, em planta, as curvas de nível, de metro
em metro, bem como as quadras, os lotes, as áreas Art. 65. Expedido o Auto de Regularização,
remanescentes e as áreas destinadas ao uso público. deverá ser requerida, junto ao cartório de registro de
§ 1º Os projetos de regularização de parcela- imóveis, averbação ou registro, quando for o caso, da
mento e respectivos memoriais descritivos, bem como regularização do parcelamento.
os cronogramas de obras e serviços deverão ser as- Parágrafo único. Nos casos previstos no § 1º
sinados por profissional habilitado e pelo parcelador, do artigo 68 desta Lei Complementar, somente será
que se responsabilizará pelas informações prestadas. requerido o registro, após a solução do domínio da
§ 2º Na omissão do parcelador, o projeto e área parcelada.
a execução das obras serão executados, supletiva-
mente, pelo órgão municipal competente, com pos- Art. 66. O órgão municipal competente a
terior ressarcimento dos gastos, via cobrança judi- seu critério, poderá requerer a averbação ou registro,
cial, se necessário. conforme o caso, das áreas públicas, na hipótese de
§ 3º Deverá também o órgão municipal não atendimento, pelo parcelador, das exigências
competente, na omissão do parcelador, exigir des- técnicas formuladas, desde que não ocorram modifi-
te o projeto e a execução das obras, por via judicial cações no traçado do plano urbanístico implantado.
própria, sem prejuízo do prosseguimento da regula- Parágrafo único. Ocorrendo a situação pre-
rização de ofício pelo órgão municipal competente. vista no caput deste artigo, paralelamente o registro,
§ 4º A realização de projeto e a execução, deverá o órgão municipal competente prosseguir na
no todo ou em parte, das obras necessárias à regu- cobrança das exigências técnicas de responsabilida-
larização urbanística, poderão ser assumidas pelos de do parcelador.
adquirentes, por meio de associação legalmente
constituída, mediante termo de cooperação firmado Art. 67. A regularização, pelo órgão munici-
com o órgão municipal competente, observadas as pal competente, dos parcelamentos do solo irregula-
responsabilidades técnicas envolvidas. res, tem o caráter de atender especificamente as si-
tuações de interesse social, nos termos da lei federal
Art. 62. As conclusões decorrentes da aná- de parcelamento do solo urbano.
lise técnica e jurídica do pedido de regularização
serão comunicadas pelo órgão municipal compe- Art. 68. A regularização de que trata esta
tente ao interessado, que deverá atender às exigên- Lei Complementar deverá atender às condições téc-
cias formuladas no prazo de 30 (trinta) dias corridos, nicas e urbanísticas a seguir discriminadas:
prorrogável, no máximo, por 90 (noventa) dias, com a I - da área total, objeto do projeto de regula-
necessária justificativa. rização do parcelamento do solo, serão destinadas,
dentro do perímetro do parcelamento, no mínimo
Art. 63. Concluída a análise técnica e aceita 25% (vinte e cinco por cento) para sistema viário,

92
áreas verdes e equipamentos comunitários; estabelecido no inciso I deste artigo, o órgão munici-
II - na hipótese de áreas com dimensão pal competente, poderá estabelecer, a seu critério, as
inferior a 20.000 m² (vinte mil metros quadrados), não áreas faltantes, dentro da área do parcelamento, de
será exigida a destinação de áreas verdes e institucio- acordo com a conclusão da análise fundiária.
nais, além daquelas eventualmente já destinadas; § 1º Caso as obras previstas no inciso IX des-
III - comprovada a impossibilidade de des- te artigo deste artigo não garantam a estabilidade dos
tinação de áreas públicas no percentual previsto no lotes, deverá o parcelador promover a desocupação e
inciso I deste artigo, poderão as áreas faltantes ser a reurbanização da área, destinando-a a área verde.
locadas, sob responsabilidade exclusiva do parcela- § 1º Caso as obras previstas no inciso IX
dor, fora dos limites do parcelamento, num raio de deste artigo não garantam a estabilidade dos lotes,
até 1 km (um quilômetro), desde que destinadas com deverá o parcelador promover a desocupação e a
acréscimo de 50% (cinquenta por cento) e aceitas reurbanização da área, destinando-a à área verde.
pelo órgão municipal competente; (Redação dada pela Lei Complementar nº 015/2019)
IV - todos os lotes deverão ter acesso por § 2º Ocorrendo disponibilidade na gleba par-
vias e seu dimensionamento deverá, preferencialmen- celada, o órgão municipal competente, quando da
te, atender ao mínimo estabelecido nesta legislação; apresentação ou elaboração do laudo técnico referi-
V - as vias de circulação poderão ter a largura do nos artigos 62 e 63 desta Lei Complementar, exi-
mínima de 7m (sete metros), admitindo-se uma varia- girá do parcelador o atendimento a outros requisitos
ção de 10% (dez por cento) no seu dimensionamento; técnicos e urbanísticos previstos na legislação muni-
V - as vias de circulação poderão ter a largu- cipal de parcelamento do solo vigente.
ra mínima de 7m (sete metros), admitindo-se uma va-
riação de vinte por cento no seu dimensionamento. Art. 69. As obras e serviços necessários à
Em caso de maior variação, deverá ser avaliado pelo regularização do parcelamento serão exigidos pelo
órgão municipal competente; (Redação dada pela Lei órgão municipal competente, através de projetos es-
Complementar nº 015/2019) pecíficos, de forma a assegurar:
VI - as vias de circulação de pedestres pode- I - a estabilidade dos lotes, dos logradouros,
rão ter largura mínima de 3m (três metros), admitin- das áreas institucionais e dos terrenos limítrofes;
do-se uma variação de 10% (dez por cento) no seu II - a drenagem de águas pluviais e sistema
dimensionamento; de esgotamento sanitário nos termos de lei específica;
VI - as vias de circulação de pedestres pode- III - a preservação das quadras e dos logra-
rão ter largura mínima de 1,50m (um metro e meio), douros públicos, de processos erosivos;
admitindo-se uma variação de vinte por cento no seu IV - a trafegabilidade das vias, com tratamen-
dimensionamento. Em caso de maior variação, deve- to adequado;
rá ser avaliado pelo órgão municipal competente; (Re- V - a integração com o sistema viário existente;
dação dada pela Lei Complementar nº 015/2019) VI - o abastecimento de água;
VII - as vielas com acesso a lotes, que aten- VII - o esgotamento das águas servidas;
dam função de circulação de pedestre local e restrita, VIII - o fornecimento de energia elétrica resi-
poderão ter largura mínima de 2 m (dois metros), ad- dencial e iluminação pública;
mitindo-se a variação de 10% (dez por cento) no seu IX - a indicação da sugestão da denomina-
dimensionamento; ção das vias para inserção na base cartográfica do
VII - as vielas com acesso a lotes, que aten- órgão responsável.
dam função de circulação de pedestre local e restri-
ta, poderão ter largura mínima de 2 m (dois metros), Art. 70. O órgão municipal competente deve-
admitindo-se uma variação de vinte por cento no seu rá, quando necessário, exigir do parcelador as garan-
dimensionamento. Em caso de maior variação, deve- tias previstas pela legislação municipal vigente de
rá ser avaliado pelo órgão municipal competente; (Re- parcelamento do solo, visando assegurar a execu-
dação dada pela Lei Complementar nº 015/2019) ção das obras e serviços necessários à regulariza-
VIII - as vielas sanitárias para fins de drena- ção do parcelamento.
gem deverão ter larguras mínimas definidas no laudo Parágrafo único. Quando as associações de
técnico de que tratam os artigos 62 e 63 desta Lei adquirentes de lotes, legalmente constituídas, assu-
Complementar; mirem a execução das obras e serviços, poderão ser
IX - as porções da área do parcelamento dispensadas da apresentação de garantias.
com declividade superior à prevista em legislação
pertinente e que se destinem a lotes deverão ser
dotadas de obras que garantam sua estabilidade, de
acordo com prévio estudo geológico-geotécnico;
X - na regularização de ofício e não tendo
sido destinadas áreas públicas no percentual mínimo

93
CAPÍTULO XI Município e o parcelador responsável, efetuado até
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 120 (cento e vinte) dias da data da expedição do Auto
DA REGULARIZAÇÃO de Regularização, fica dispensado do pagamento do
acréscimo de 100% (cem por cento) previsto no caput
Art. 71. Detectada a implantação de parcela- deste artigo.
mento do solo de forma irregular, deverão ser adota-
das, de imediato, pelo órgão municipal competente, Art. 75. O parcelador sujeitar-se-á à aplicação
as seguintes providências: das penalidades cabíveis, até a efetiva regularização
I - notificação do proprietário da gleba ou do do parcelamento do solo irregularmente implantado.
responsável pelo parcelamento; Parágrafo único. A aplicação das penalida-
II - caracterização urbanística inicial do par- des só será suspensa se o parcelador estiver aten-
celamento, mediante o levantamento dos seguintes dendo às exigências técnicas decorrentes do proces-
elementos: so de regularização do parcelamento.
a. localização;
b. área aproximada; Art. 76. Deverá ser cobrada a taxa de regula-
c. densidade de ocupação; rização do parcelamento do solo irregular, pelo órgão
d. danos ambientais; municipal competente, nos termos de lei específica.
e. outros elementos relevantes para a
apuração da ilegalidade; Art. 77. As áreas mínimas de lote e vias
III - notificação do parcelador, para interrom- do empreendimento deverão atender ao prescrito nes-
per a implantação do parcelamento ou para desfazê-lo; ta Lei Complementar.
IV - expedição de notificação de Irregularida-
de, dirigida ao parcelador, em caso de não ser o parce- Art. 78. Terão prosseguimento, nos termos
lamento interrompido ou desfeito. desta Lei Complementar, os processos em trami-
tação que tratem da regularização de parcelamen-
Art. 72. O órgão municipal competente po- tos do solo irregularmente implantados, autuados
derá oficiar a todos os órgãos públicos envolvidos até a data da sua publicação.
para a adoção das medidas cabíveis, nas esferas de
suas competências. Art. 79. O parcelador deverá atender, quando
for o caso, os requisitos previstos na legislação esta-
Art. 73. Expedida a Notificação de Irregula- dual para as áreas de proteção aos mananciais, de
ridade e constatada a irreversibilidade do parcela- proteção ambiental e ao patrimônio histórico, reque-
mento, o órgão municipal competente poderá intervir rendo, junto ao órgão competente, o licenciamento ou
no parcelamento, para garantir os padrões de desen- a adaptação do parcelamento a regularizar.
volvimento urbano e propiciar a defesa dos direitos
dos adquirentes de lotes. Art. 80. O desdobro do lançamento do lm-
posto Predial e Territorial Urbano - IPTU deverá ser
Art. 74. O órgão municipal competente pode- autorizado após a expedição do Auto de Regulariza-
rá, no caso da inobservância das exigências previs- ção, ou após a definição, pelo órgão técnico com-
tas no artigo 76 ou das obrigações previstas no pa- petente do órgão municipal competente, da planta
rágrafo único do artigo 59 desta Lei Complementar, urbanística do parcelamento já executado, indepen-
executar as obras e serviços necessários à regula- dentemente da época da sua implantação.
rização do parcelamento, ou ao retorno da área par- § 1º A autorização de desdobro do lança-
celada a condição de gleba, cobrando do parcelador mento, de que trata o caput deste artigo, não interfe-
infrator o custo apropriado, acrescido do percentual re com a cobrança de eventuais exigências técnicas
de 100% (cem por cento), sobre a valor das obras e ou de serviços a serem executados pelo parcelador,
serviços, a título de custos gerenciais, sem prejuízo nos termos desta Lei Complementar.
da multa cabível, juros, eventuais acréscimos legais § 2º Na hipótese da regularização do parce-
e demais despesas advindas de sua exigibilidade e lamento, eventual débito do Imposto Predial e Terri-
cobrança. torial Urbano - IPTU e taxas incidentes sobre a gleba
§ 1º Consideram-se como despesas a se- ou área maior poderão ser pagos, conforme critérios
rem ressarcidas pelo parcelador, dentre outras, as do órgão fazendário municipal, descontando-se do
seguintes: levantamento topográfico, projetos, obras montante lançado as importâncias relativas às áreas
e serviços destinados à regularização do parcela- destinadas a ruas, praças e espaços livres já implan-
mento e à reparação de danos ambientais, no caso tados, sem prejuízo do prosseguimento da regulari-
de reconstituição de área degradada e de seu retorno zação e posterior registro.
à condição de gleba.
§ 2º No caso de acordo amigável entre o Art. 81. Localizando-se o parcelamento em

94
área de interesse ambiental, atendidos os requisitos especialmente as mesmas adotadas para o des-
previstos na legislação estadual, em conformidade membramento no artigo 28 desta Lei Complementar.
com o artigo 82 desta Lei Complementar, poderá o
Executivo restringir, concomitantemente, futuros Art. 88. Somente será admitida a execução
desdobros de lote ou usos não compatíveis com a de edificações e condomínios de unidades autôno-
região, nos termos da Lei Ambiental do Município. mas em lotes com frente para uma via pública devi-
damente reconhecida pelo órgão municipal compe-
Art. 82. As instâncias administrativas para tente, com acesso público independente, originado de
apreciação ou decisão de processos de regulariza- parcelamento regular.
ção são as definidas pela Lei Orgânica do Município
de Manaus. Art. 89. Será admitida a análise prévia para
projetos de edificação em lotes constantes de proje-
Art. 83. O prazo para interposição de defe- tos aprovados de parcelamento, desde que a cons-
sa ou de recurso, das decisões proferidas nos pro- trução da edificação e o “Habite-se” fiquem condi-
cessos de regularização de que trata esta Lei Com- cionados à aprovação da execução do parcelamento.
plementar, é de 20 (vinte) dias corridos, contados da
data da notificação ou da publicação da decisão no Art. 90. Será admitida a execução concomi-
órgão de imprensa oficial do Município. tante das obras de urbanização de loteamento e de
edificação nos lotes projetados, à exceção dos lotes
Art. 84. Tanto nas regularizações realizadas que estiverem gravados como garantia do parcela-
pelo parcelador como nos casos de regularização de mento no projeto aprovado.
ofício, a emissão do Auto de Regularização pelo ór- § 1º A situação prevista no caput deste artigo
gão municipal competente dar-se-á exclusivamente condiciona o “Habite-se” das edificações à aprovação
de acordo com os critérios urbanísticos fixados em do parcelamento pelo órgão municipal competente.
lei, independentemente da conclusão da análise da ti- § 2º Não poderão ser aprovados projetos
tulação fundiária. de edificação ou regularização de construções em
§ 1º Na regularização de ofício, a falta de re- áreas destinadas ao uso público pelo projeto aprova-
serva de áreas públicas, nos termos do inciso I do do de parcelamento.
artigo 68 desta Lei Complementar, não obsta a emis-
são do Auto de Regularização, sem prejuízo do previs- Art. 91. Nos processos de aprovação de par-
to no inciso III do mesmo dispositivo legal. celamento, será admitida a reclassificação de vias
§ 2º Na hipótese do disposto no § 1º e não existentes, a critério do órgão municipal competen-
tendo sido destinadas áreas fora do parcelamento, te, desde que assegurada a funcionalidade proposta
nos termos do inciso III do artigo 68 desta Lei Com- para a via e atendidas as condições de pavimenta-
plementar o órgão municipal competente cobrará as ção da pista, de acordo com a nova classificação.
áreas faltantes, inclusive por via judicial.
Art. 92. Enquanto os planos referidos nos
Art. 85. Fica o Poder Executivo Municipal instrumentos complementares do Plano Diretor Ur-
autorizado a celebrar com o Estado do Amazonas bano e Ambiental de Manaus não forem concluídos,
qualquer ato, convênio ou acordo que vise à simplifi- deverão ser considerados os pareceres técnicos da
cação ou agilização dos procedimentos necessários Comissão Técnica de Planejamento e Controle Urba-
à regularização dos parcelamentos, nos casos em que no - CTPCU e de decisão dirigente do órgão municipal
a lei assim o exigir. competente.

Art. 86. As disposições desta Lei Comple- Art. 93. Os expedientes administrativos refe-
mentar são complementadas pelos seguintes Anexos: rentes aos projetos de parcelamento do solo urbano
I - Quadro de Parâmetros para Loteamento; não aprovados, aprovados sem licença e os parce-
II - Quadro de Classificação Das Vias. lamentos licenciados protocolados anteriormente à
data de publicação desta Lei Complementar e que
não se enquadrem em suas disposições poderão ser
CAPÍTULO XII decididos de acordo com a legislação anterior.
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS Parágrafo único. O prazo máximo admitido
para o início da execução das obras previstas no pro-
Art. 87. Os remembramentos destinados à jeto é de 1 (um) ano, a contar da data de expedição
edificação do solo urbano que originarem loteamen- da respectiva licença, caracterizando-se o início das
tos ou desmembramentos deverão respeitar, no que obras como prescrito na legislação em vigor.
couber, os parâmetros urbanísticos e as demais
obrigações determinadas nesta Lei Complementar, Art. 94. O órgão municipal competente regu-

95
larizará, no prazo máximo de 1 (um) ano, contado a
partir da data de regulamentação deste artigo, todos
os projetos de loteamento que tenham processos
formalizados junto ao órgão municipal competente.

Art. 95. Esta Lei Complementar entra em


vigor na data de sua publicação, revogadas em es-
pecial, as Leis n. 1.208, de 25 de março de 1975, n.
1.213, de 2 de maio de 1975, n. 1.214, de 2 de maio
de 1975, n. 1.222, de 15 de setembro de 1975, n. 665,
de 23 de julho de 2002, com suas posteriores altera-
ções, e o Decreto n. 5.792, de 5 de junho de 1987.

Manaus, 16 de janeiro de 2014.

ARTHUR VIRGÍLIO DO CARMO RIBEIRO NETO


Prefeito de Manaus

LOURENÇO DOS SANTOS PEREIRA BRAGA


Secretário Municipal Chefe da Casa Civil

96
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Praia das Lajes
Artesanato Regional
Lei Complementar N° 005, de 16 de Janeiro de 2014
DISPÕE sobre o Código de Postura do Município de Manaus e
dá outras providências.

O PREFEITO DE MANAUS, no uso das atribuições quais o licenciamento e autorização de atividades,


que lhe são conferidas pelo art. 80, inc. IV, da Lei Or- vistorias e programas permanentes de verificações
gânica do Município de Manaus, de campo.
FAÇO SABER que o Poder Legislativo decretou e eu Parágrafo único. As ações de polícia admi-
sanciono a seguinte nistrativa de que trata este Código serão comple-
mentadas por programas, ações e instrumentos de
educação ambiental e valorização da cidadania, que
LEI: assegurem à população o conhecimento da lei e dos
TÍTULO I procedimentos necessários ao seu cumprimento.
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 4º As pessoas físicas ou jurídicas, de
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o Código de Pos- direito público ou privado, sujeitas aos preceitos e
turas do Município de Manaus estabelecendo normas regras que constituem este Código, são obrigadas a
gerais de polícia administrativa destinadas a condicio- colaborar com o desempenho da fiscalização muni-
nar e restringir o uso de bens e o exercício de ativida- cipal, fornecendo as informações que se fizerem ne-
des e direitos individuais, em benefício da coletividade. cessárias e facilitando o acesso aos locais e equipa-
§ 1º Integram o conjunto de posturas mu- mentos objetos de vistoria.
nicipais, além deste Código, os códigos Sanitário, Parágrafo único. A inobservância deste artigo
Ambiental e de Obras e Edificações, sem prejuízo de constitui fator agravante na aplicação de penalidades.
outros instrumentos e normas relacionados à polícia
administrativa de competência do Município.
§ 2º Nas situações relacionadas à vizi- TÍTULO II
nhança, comercialização e exposição de produtos, DA FISCALIZAÇÃO DE POSTURAS
conduta e convivência em logradouros públicos, se-
rão observados os valores consagrados na Constitui- CAPÍTULO I
ção Federal, na Convenção dos Direitos das Pessoas DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
com Deficiência da Organização das Nações Unidas
(ONU), no Código Civil, no Código do Consumidor, no Art. 5º O Sistema de Fiscalização de Postu-
Código de Trânsito Brasileiro, no Código Penal, no ras Municipais será integrado, sem prejuízo de ou-
Estatuto da Cidade e nos Estatutos da Criança e do tros setores, pelos serviços de Vigilância e Inspeção
Adolescente, da Juventude e do Idoso. Sanitária, Fiscalização de Obras, Fiscalização Am-
biental, Fiscalização de Trânsito, Guarda Municipal,
Art. 2º As medidas previstas neste Código Procuradoria e Fiscalização Tributária.
devem ser interpretadas e aplicadas, no que couber, Parágrafo Único - As atividades do Sistema
em combinação com o que estabelecem os demais de Fiscalização de Posturas Municipais serão desen-
instrumentos de posturas municipais e dos diplo- volvidas com base nos seguintes instrumentos:
mas federais mencionados nos §§ 1º e 2º do artigo I - Normas integrantes do conjunto de postu-
1º, o Plano Diretor Urbano e Ambiental do Município ras municipais;
de Manaus e a legislação que o complementa, em es- II - Cadastro Técnico Municipal do imóvel;
pecial no tocante ao zoneamento, parcelamento, uso III - Cadastros de Contribuintes de ISS;
e ocupação do solo. IV - Cadastro de Logradouros Públicos;
V - Plano Diretor e Ambiental de Manaus;
Art. 3º Compete aos Poderes Municipais, VI - Lei de Uso e Ocupação do Solo;
por meio dos seus agentes políticos e administrati- VII - Cadastro Municipal de Publicidade;
vos, nos limites de suas atribuições, zelar pela obser- VIII - Demais sistemas de informação e pro-
vância das normas dispostas neste Código, através cessos relacionados às posturas municipais.
do exercício regular do poder de polícia administra- Parágrafo Único - As atividades do Sistema
tiva e dos seus respectivos instrumentos, dentre os de Fiscalização de Posturas Municipais serão desen-

101
volvidas com base nos seguintes instrumentos: da Licença de localização e funcionamento ou autori-
I - Normas integrantes do conjunto de postu- zação.
ras municipais;
II - Cadastro Imobiliário (NR); Art. 7º Qualquer atividade ou estabelecimen-
III - Cadastro Mobiliário (NR); to comercial, industrial, de prestação de serviços ou
IV - Cadastro de Logradouros Públicos; similar poderá instalar-se ou ser exercida no muni-
V - Plano Diretor Urbano e Ambiental de Ma- cípio de Manaus, de forma fixa ou provisória, desde
naus (NR); que tenha recebido do Poder Executivo Municipal o
VI - Lei de Uso e Ocupação do Solo; devido Alvará de Localização e Funcionamento ou
VII - Cadastro Municipal de Publicidade; autorização. (Redação dada pela Lei Complementar
VIII - Demais sistemas de informação e pro- nº 009/2016)
cessos relacionados às posturas municipais. (Reda- § 1º O Poder Executivo Municipal, por meio
ção dada pela Lei Complementar nº 009/2016) da legislação tributária, fixará taxas de licença e de
autorização para instalação de estabelecimentos e
Art. 6º As visitas para fins de fiscalização exercício de atividades, em cumprimento no disposto
aos estabelecimentos e logradouros poderão ser no caput deste artigo.
realizadas a qualquer momento, sempre que julgado § 2º As taxas de licenças e autorizações se
conveniente por órgão competente do Poder Executi- fundamentam no poder de polícia do Município, com-
vo Municipal, a fim de assegurar o cumprimento das preendendo o controle, em razão do interesse públi-
disposições deste Código ou para resguardar o inte- co, da prática de ato ou sua abstenção concernentes
resse público. a segurança, higiene, saúde, ordem e tranquilidade
Parágrafo único. Caso seja observada qual- públicas, costumes, propriedade, direitos individuais
quer irregularidade, o representante do órgão ou e coletivos, legislação urbanística aplicável à locali-
entidade fiscalizador deverá determinar as providên- zação e funcionamento de estabelecimentos comer-
cias cabíveis e, conforme o caso, proceder a notifica- ciais, industriais e prestadores de serviço e à legisla-
ção preliminar ou lavrar o competente Auto de Infração, ção a que estão submetidas qualquer pessoa física
na forma prevista neste Código, para que o interes- ou jurídica responsável pelas atividades licenciadas.
sado tome imediato conhecimento da ocorrência. § 3º As licenças serão concedidas por meio
§ 1º Caso seja observada qualquer irre- de alvarás e, para efeitos de fiscalização, deverão ser
gularidade, o representante do órgão ou entidade expostas em local de fácil visibilidade e exibidas à
fiscalizadores deverão determinar as providências autoridade fiscal sempre que esta as solicitar.
cabíveis e, conforme o caso, proceder à notifica- § 4º As autorizações serão concedidas por
ção preliminar ou lavrar o competente Auto de In- meio de certidão de autorização ou permissão ou
fração, na forma prevista neste Código, para que o concessão e, para efeitos de fiscalização, deverão
interessado tome imediato conhecimento da ocor- ser expostas em local de fácil visibilidade e exibidas
rência. (Redação dada pela Lei Complementar nº à autoridade fiscal sempre que esta as solicitar.
009/2016) § 5º A licença ou autorização terá caráter
§ 2º As vistorias necessárias à emissão provisório e precário, sendo válida, conforme o caso
de licenças e de autorizações de funcionamento e as disposições deste Código, pelo prazo nela esti-
poderão ser realizadas após o início de operação pulado e leis complementares.
do estabelecimento quando a atividade, por sua § 6º O Alvará de Funcionamento Provisório
natureza, comportar baixo grau de risco, mediante poderá ocorrer mediante requerimento via internet
assinatura de Termo de Ciência e Responsabilida- e poderá ser emitido automática e eletronicamente,
de do Empresário ou Responsável Legal. (Redação sempre que as atividades econômicas não represen-
acrescida pela Lei Complementar nº 009/2016) tarem risco relativo à segurança sanitária, ambiental
e apresentarem prevenção contra incêndios, aten-
dendo as exigências da Lei Complementar nº 123,
CAPÍTULO II de 14 de dezembro de 2006, que institui o Estatuto
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO Nacional da Microempresa e da Empresa de Peque-
no Porte. (Redação acrescida pela Lei nº 009/2016)
Seção I
Das Licenças e Autorizações Art. 8º Para iniciar o procedimento de expe-
dição do primeiro alvará de funcionamento de ativi-
Art. 7º Qualquer atividade ou estabelecimen- dades, será necessária a apresentação dos seguintes
to comercial, industrial, de prestação de serviços ou documentos:
similar poderá instalar-se ou ser exercida no Municí-
pio de Manaus, de forma fixa ou provisória, desde que Art. 8º O procedimento de concessão do Al-
tenha recebido do Poder Executivo Municipal a devi- vará de Funcionamento no âmbito do município de

102
Manaus será realizado de forma presencial ou pela correspondente à atividade em questão; (Redação
rede mundial de computadores, visando a atender dada pela Lei Complementar nº 012/2019)
o que estabelece as diretrizes e os procedimentos IV - Licença do órgão de vigilância sanitá-
para a simplificação e integração do processo de ria municipal, quando aplicável; (Redação acrescida
registro e legalização de empresários e de pessoas pela Lei Complementar nº 012/2019)
jurídicas. Para a expedição do Alvará, será necessá- V - outros documentos quando exigidos por
ria a apresentação dos seguintes documentos: (Re- legislação específica. (Redação acrescida pela Lei
dação dada pela Lei Complementar nº 009/2016) Complementar nº 012/2019)
§ 1º Nos loteamentos aprovados, vilas, con-
Art. 8º O procedimento de concessão do domínios de unidades autônomas e edificações re-
Alvará de Funcionamento, no âmbito do município sidenciais multifamiliares, as Atividades Tipo 1 e 2,
de Manaus, será realizado de forma presencial ou além dos documentos constantes do inciso I deste
pela rede mundial de computadores, sendo neces- artigo, necessitarão da anuência de mais de 50%
sária para sua expedição, a seguinte documentação, (cinquenta por cento) dos vizinhos localizados num
conforme classificação de riscos definida em ato do raio de 150m (cento e cinquenta metros) ou, para
Poder Executivo: (Redação dada pela Lei Comple- os casos dos condomínios de unidades autônomas
mentar nº 012/2019) aprovação em Assembleia para o uso em questão;
I - para as atividades tipo 1 e 2: § 1º O Alvará de Funcionamento Provisório
a. Declaração, sob as penas da Lei, fir- ou Definitivo será concedido seguindo a natureza da
mada pelo titular da empresa ou seu represen- atividade pretendida, o porte, o grau de risco e a loca-
tante legal, explicitando que atende a todas as lização, conforme regulamento. (Redação dada pela
exigências e regras legais pertinentes à sua ativi- Lei Complementar nº 009/2016)
dade, inclusive uso do solo e vagas de estaciona- § 2º As Atividades Tipo 3, para emissão da
mento, sem prejuízo das fiscalizações cabíveis; Certidão de Uso do Solo, em imóveis localizados em
b. Contrato Social; loteamentos aprovados, vilas, condomínios de uni-
c. CNPJ, no caso de pessoa jurídica; dades autônomas e edificações residenciais
d. Registro de imóveis, comprovação multifamiliares, necessitarão:
de posse do imóvel, contrato de locação ou au- I - da anuência de mais de 50% (cinquenta
torização de uso. por cento) dos vizinhos localizados num raio de 150
I - aprovação de viabilidade de localização m (cento e cinquenta metros) ou, para os casos dos
conforme Lei Complementar de Uso e Ocupação condomínios de unidades autônomas aprovação em
do Solo; (Redação dada pela Lei Complementar nº Assembleia para o uso em questão;
012/2019) II - de prévia e expressa aprovação de altera-
II - para as atividades tipo 3: ção de uso do solo, do Conselho Municipal de Desen-
a. Deverá ser apresentada Certidão de volvimento Urbano - CMDU, baseada em parecer da
Uso do Solo para a atividade requerida; Comissão Técnica de Planejamento e Controle Urba-
b. Certidão de Licenciamento Ambien- no - CTPCU;
tal, quando exigida pela legislação aplicável; § 2º O Alvará de Funcionamento Provisório
c. Contrato Social; será concedido para atividades econômicas de baixo
d. CNPJ, no caso de pessoa jurídica; risco, assim entendidas as atividades definidas em
e. Registro de imóveis, comprovação ato próprio do Poder Executivo, que permitem o início
de posse do imóvel, contrato de locação ou au- de operação do estabelecimento sem a necessidade
torização de uso. de realização de vistoria para a comprovação prévia
II - Certidão de Licenciamento Ambiental, do cumprimento de exigências, por parte dos órgãos
quando exigida pela legislação aplicável; (Redação e das entidades responsáveis pela emissão de licen-
dada pela Lei Complementar nº 012/2019) ças e autorizações de funcionamento. (Redação dada
III - para as atividades tipo 4 e 5: pela Lei Complementar nº 009/2016)
a. Habite-se ou Certidão de Habitabilida- § 2º O Alvará de Funcionamento Provisório
de correspondente para a atividade em questão; será concedido para atividades econômicas de baixo
b. Certidão de Licenciamento Ambiental; risco, assim entendidas as atividades definidas em
c. Licença do órgão de vigilância sani- ato próprio do Poder Executivo, que permitem o início
tária municipal, quando aplicável; de operação do estabelecimento sem a necessidade
d. Contrato Social; de realização de vistoria prévia do cumprimento de
e. CNPJ, no caso de pessoa jurídica; exigências, por parte dos órgãos e das entidades res-
f. Registro de imóveis, comprovação ponsáveis pela emissão de licenças e autorizações
de posse do imóvel, contrato de locação ou au- de funcionamento. (Redação dada pela Lei Comple-
torização de uso. mentar nº 012/2019)
III - Habite-se ou Certidão de Habitabilidade § 3º em qualquer hipótese, o imóvel deverá

103
estar devidamente registrado na Prefeitura de Manaus, II - de prévio parecer da Comissão Técnica de
através do Cadastro Técnico Municipal de imóvel; Planejamento e Controle Urbano (CTPCU), órgão as-
§ 3º O Alvará de Funcionamento será conce- sistencial consultivo, e expressa deliberação e apro-
dido para atividades econômicas de alto risco, assim vação superior de alteração de uso do solo por parte
entendidas aquelas atividades definidas em ato pró- do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano
prio do Poder Executivo, que exigem vistoria prévia (CMDU). (Redação dada pela Lei Complementar nº
por parte dos órgãos e das entidades responsáveis 012/2019)
pela emissão de licenças e autorizações, antes do § 6º Na hipótese de alteração de atividades
início do funcionamento da empresa. (Redação dada já licenciadas tipo 1 e 2, para atividades igual ou su-
pela Lei Complementar nº 009/2016) perior a tipo 3, deverá ser apresentada a respectiva
§ 4º A isenção ou imunidade tributária, de certidão de uso do solo.
qualquer natureza, não implica dispensa da Licença; § 6º Em qualquer hipótese, o imóvel deverá
§ 4º Nos loteamentos aprovados, nas vilas, estar devidamente registrado na Prefeitura de Ma-
nos condomínios de unidades autônomas e nas edi- naus, no Cadastro Imobiliário. (Redação dada pela Lei
ficações residenciais multifamiliares, as Atividades Complementar nº 009/2016)
Tipo 1 e 2, além dos documentos constantes do inci- § 7º A isenção ou imunidade tributária, de
so I deste artigo, necessitarão da anuência de mais qualquer natureza, não implica dispensa da Licen-
de cinquenta por cento, dos vizinhos localizados ça. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº
num raio de 150 (cento e cinquenta) metros ou, para 009/2016)
os casos dos condomínios de unidades autônomas, § 8º A concessão da licença poderá ser con-
aprovação em Assembleia para o uso em questão. dicionada à execução de reformas ou instalações,
(Redação dada pela Lei Complementar nº 009/2016) que serão determinadas pela Prefeitura, de forma a
§ 4º Nos casos de alterações de uso para garantir as exigências legais. (Redação acrescida
as atividades Tipo 1 e 2, localizadas em loteamentos pela Lei Complementar nº 009/2016)
aprovados, vilas, edificações residenciais multifami- § 9º Na hipótese de alteração de atividades
liares e condomínios, necessitarão somente dos re- já licenciadas tipo 1 e 2 para atividades igual ou supe-
quisitos previstos no artigo 91 da LC 002, de 14 de rior a do tipo 3, deverá ser apresentada a respectiva
janeiro de 2014, não sendo necessário aprovação certidão de uso do solo. (Redação acrescida pela Lei
prévia pelo CMDU e CTPCU, estando sujeitos ao pa- Complementar nº 009/2016)
gamento de outorga onerosa de alteração de uso. § 10 Visando a promover a desburocratiza-
(Redação dada pela Lei Complementar nº 012/2019) ção do licenciamento de atividades econômicas, o
§ 5º A concessão da licença poderá ser con- Município, por meio de legislação específica, poderá
dicionada à execução de reformas ou instalações, instituir, por prazo determinado, Alvará de Funciona-
que serão determinadas pela Prefeitura, de forma a mento para atividades comerciais, industriais e de
garantir as exigências legais; prestação de serviço a serem exercidas em áreas não
§ 5º As Atividades Tipo 3, para emissão da residenciais cuja edificação se encontre em situação
Certidão de Uso do Solo, em imóveis localizados em irregular já consolidada, desde que o uso seja permi-
loteamentos aprovados, vilas, condomínios de unida- tido pela Lei de Uso e Ocupação do Solo. (Redação
des autônomas e edificações residenciais multifami- acrescida pela Lei Complementar nº 009/2016)
liares, necessitarão:
I - da anuência de mais de cinquenta por cen- Art. 9º O funcionamento de qualquer esta-
to dos vizinhos localizados num raio de 150 (cento e belecimento comercial, industrial ou prestador de
cinquenta) metros ou, para os casos dos condomí- serviços, sem a necessária Licença ou autorização,
nios de unidades autônomas, aprovação em Assem- consiste em infração grave a este Código, cabendo
bleia para o uso em questão; a fiscalização ao órgão licenciador das atividades
II - de prévia e expressa aprovação de alte- econômicas do Município.
ração de uso do solo, por parte do Conselho Muni- § 1º Quando o uso do estabelecimento em
cipal de Desenvolvimento Urbano (CMDU), baseada situação irregular depender de parecer técnico dos
em parecer da Comissão Técnica de Planejamento órgãos de controle ambiental, vigilância sanitária ou
e Controle Urbano (CTPCU). (Redação dada pela Lei quando implicar em risco para a população, sua inter-
Complementar nº 009/2016) dição será imediata.
§ 5º Nos casos de alterações de uso para as § 2º O órgão licenciador elaborará relatório
atividades Tipo 3, localizadas em loteamentos apro- contendo os alvarás de localização e funcionamento
vados, vilas, edificações residenciais multifamiliares emitidos para as atividades tipo 4 e 5, o qual será en-
e condomínios, necessitarão: caminhado eletronicamente ao Corpo de Bombeiros
I - dos requisitos previstos no artigo 91 da LC do Estado do Amazonas para serem incluídos no pla-
002, de 14 de janeiro de 2014, estando sujeitos ao pa- nejamento de ação fiscal rotineira daquele órgão.
gamento de outorga onerosa de alteração de uso; § 3º O Corpo de Bombeiros terá acesso a

104
todas as informações relativas ao licenciamento das blicitário, será notificado o proprietário/possuidor do
atividades, em qualquer momento, por meio de siste- imóvel para prestar informações. (Redação acresci-
ma mantido pelo Município de Manaus. da pela Lei Complementar nº 012/2019)
Parágrafo Único. O Corpo de Bombeiros terá
acesso a todas as informações relativas às conces- Art. 11. A notificação deve conter as se-
sões de Alvará de Funcionamento das atividades. guintes informações:
(Redação dada pela Lei Complementar nº 009/2016) I - identificação do intimado: nome ou razão
social; ramo de atividade; CNPJ/CPF; número e a
data do alvará de licença ou autorização se houver;
Seção II endereço e CEP;
Da Notificação II - motivo da notificação, com a descrição
do fato que constitui infração, preceito legal infringido,
Art. 10. A notificação é o instrumento descri- procedimentos e prazo para correção da irregularidade;
tivo no qual a fiscalização comunica alguma irregula- III - assinatura do agente fiscalizador e a indi-
ridade verificada em relação a este Código e intima o cação do seu cargo ou função;
infrator à sua eliminação ou correção, dentro de pra- IV - assinatura do próprio infrator ou dos
zo determinado. seus representantes, mandatários ou prepostos,
§ 1º A notificação, sempre com intuito edu- ou a menção da circunstância de que o mesmo não
cativo, deverá preceder à lavratura de autos de infra- pôde ou se recusou a assinar;
ção, multas e interdições de estabelecimentos, ser- V - local e data da notificação.
viços e atividades, exceto para os seguintes casos,
quando será lavrado o Auto de Infração, independen-
temente de notificação preliminar: Seção III
I - situações em que se constate perigo imi- Da Representação
nente para a comunidade;
II - atividades de risco ao meio ambiente e Art. 12. Qualquer cidadão pode representar
ao patrimônio histórico; perante o órgão ou autoridade competente contra
III - irregularidade no funcionamento, nos ter- toda ação ou omissão contrária à disposição deste
mos desta Lei; IV - demais situações previstas em lei. Código ou de outras leis e regulamentos do Município.
§ 2º Aplicam-se ainda à notificação as se- § 1º A representação, feita por escrito, men-
guintes regras: cionará, em letra legível, o nome, endereço do seu
I - será entregue ao infrator, sempre que pos- autor, os elementos ou circunstâncias em razão das
sível, no ato do exercício do poder de polícia, salvo em quais se tornou conhecida a infração, acompanhada
situações excepcionais, quando se fará mediante re- de prova material ou indicação de testemunha.
messa postal, com emissão de aviso de recebimento; § 2º Recebida a representação, a autoridade
II - as omissões ou incorreções não acarre- competente providenciará imediatamente as diligên-
tarão sua nulidade, quando do Termo constarem ele- cias para verificar a veracidade dos fatos.
mentos suficientes para a identificação da infração e
do infrator;
III - no caso de ausência do infrator ou de Seção IV
sua recusa em assinar a notificação, o agente fisca- Do Auto de Infração
lizador fará registro dessa circunstância, colhendo a
assinatura de uma testemunha; Art. 13. Auto de Infração é o instrumento descri-
IV - o prazo para a regularização da situação tivo no qual a fiscalização aplica a sanção cabível a qual-
constatada será fixado pelo fiscal por período não quer violação deste e de outros Códigos, leis, decretos
excedente a 20 (vinte) dias corridos; e regulamentos do Município relacionados a posturas.
IV - o prazo para a regularização da situação
constatada será fixado pelo fiscal por período não ex- Art. 14. Será considerado infrator todo aque-
cedente a trinta dias corridos, podendo ser prorroga- le que por ação ou omissão, cometer, mandar, cons-
do a critério da administração quando devidamente tranger, ou auxiliar alguém a praticar infrações e,
fundamentado. (Redação dada pela Lei Complemen- ainda, os encarregados da fiscalização do cumpri-
tar nº 009/2016) mento de normas legais que, tendo conhecimento da
V - decorrido o prazo estabelecido sem que infração, deixarem de autuar o infrator.
o infrator tenha regularizado a situação apontada,
lavrar-se-á o respectivo Auto de Infração, nos termos Art. 15. O Auto de Infração será lavrado, com
deste Código. precisão e clareza, pelo agente da fiscalização do ór-
VI - para os casos em que não for possível gão municipal competente, e deverá conter as seguin-
notificar o proprietário da estrutura do engenho pu- tes informações:

105
I - o local, a data e a hora da lavratura; CAPÍTULO III
II - identificação do intimado: nome e/ou ra- DAS SANÇÕES
zão social; ramo de atividade; CNPJ/CPF; número e a
data do alvará de Licença ou autorização se houver; Seção I
endereço e CEP; Disposições Gerais
III - a descrição clara e precisa do fato que
constitui infração e, se necessário, as circunstâncias Art. 18. A inobservância deste Código, por
pertinentes; ação ou omissão de pessoa física ou jurídica, autori-
IV - a capitulação do fato, com a citação za a Prefeitura, através do agente fiscal competente,
expressa do dispositivo legal infringido e do que lhe à aplicação das seguintes sanções, conforme o caso:
comine a penalidade; I - apreensão de equipamentos ou instalações;
V - a penalidade cabível e intimação para II - multa;
apresentação de defesa, dentro do prazo de 20 (vinte) III - interdição ou suspensão de atividades;
dias corridos; IV - cassação da licença ou autorização.
VI - a assinatura do agente autuante e a indi- § 1º As sanções estabelecidas neste Códi-
cação do seu cargo ou função; go não isentam o infrator da obrigação de reparar o
VII - a assinatura do próprio infrator autuado dano resultante da infração, nem do pagamento das
ou dos seus representantes, mandatários ou pre- custas pela apreensão.
postos, ou a menção da circunstância de que o mes- § 2º A aplicação de uma das sanções pre-
mo não pôde ou se recusou a assinar. vistas não prejudica a de outra, se cabível.
Parágrafo único. A assinatura do autuado
não importa confissão, nem a sua falta ou recusa
em nulidade do Auto ou agravamento da infração. Seção II
Da Apreensão de Bens
Art. 16. Dará motivo à lavratura de Auto de
Infração: Art. 19. Serão apreendidos e recolhidos ao
I - o descumprimento de notificação prelimi- depósito do órgão municipal competente qualquer
nar, emitida pelo agente fiscalizador, em função de material, mercadoria, instalações, equipamento ou
irregularidade verificada em relação a este Código ou outros instrumentos que se apresentarem em desa-
outros diplomas legais; cordo com as prescrições deste Código.
II - a ocorrência de: Parágrafo único. Toda apreensão deverá
a. perigo iminente ou infrações flagran- constar de termo lavrado por agente fiscal compe-
tes que coloquem em risco a integridade física tente do Município, com a especificação precisa do
de pessoas e bens, exigindo ação imediata por que for apreendido, cuja devolução só se fará depois
parte do Poder Público; de pagas as multas devidas e as despesas do Poder
b. funcionamento clandestino de esta- Público com transporte e depósito.
belecimentos, nos termos deste Código.
Art. 20. No caso de não ser reclamado e
Art. 17. O autuado será notificado da lavratu- retirado dentro de 30 (trinta) dias úteis, o objeto da
ra do Auto de infração: apreensão será vendido em leilão público pela Prefei-
I - pessoalmente, no ato da lavratura, median- tura, com a observância das seguintes regras:
te entrega de cópia do Auto ao próprio autuado, seu Art. 20. No caso de não ser reclamado e reti-
representante, mandatário ou preposto, contra as- rado dentro de quinze dias úteis, o objeto da apreen-
sinatura-recibo, datada no original, ou a menção da são será doado a instituições públicas que dele ne-
circunstância de que o mesmo não pôde ou se recusa cessitem ou vendido em leilão público pela Prefeitura,
a assinar; com a observância das seguintes regras: (Redação
II - por via postal registrada, acompanhada dada pela Lei Complementar nº 009/2016)
de cópia do Auto de Infração, com aviso de recebi- Art. 20. No caso de não ser reclamado e reti-
mento a ser datado, firmado e devolvido ao destinatá- rado dentro de vinte dias úteis, o objeto da apreensão
rio ou pessoa de seu domicílio; será doado a instituições públicas que dele necessi-
III - por publicação no Diário Oficial do Muni- tem ou vendido em leilão público pela Prefeitura, com
cípio, na sua íntegra ou de forma resumida, quando a observância das seguintes regras: (Redação dada
improfícuos os meios previstos nos incisos anterio- pela Lei Complementar nº 012/2019)
res, presumindo-se notificado o infrator 48 (quarenta I - o leilão público será realizado em dia e
e oito) horas depois da publicação. hora designados por edital, publicado na imprensa
com antecedência mínima de 08 (oito) dias úteis;
II - a importância apurada será aplicada para
cobrir as despesas de apreensão, transporte, depósi-

106
to e manutenção, estas quando for o caso, além das Parágrafo único. Considera-se reincidência
despesas do edital; a repetição da infração no mesmo local já autuado.
III - o saldo restante será entregue ao pro- (Redação dada pela Lei Complementar nº 012/2019)
prietário, mediante requerimento devidamente instruí-
do e processado; Art. 26. Aplicada a multa, não fica o infrator
IV - se o saldo não for solicitado no prazo de desobrigado do cumprimento da exigência que a tiver
15 (quinze) dias úteis, a partir da data da realização determinado.
do leilão público, o valor respectivo será recolhido ao
Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano.
Seção IV
Art. 21. Quando se tratar de material ou mer- Da Interdição
cadoria perecível, haverá doação imediata às institui-
ções de caridade que sejam reconhecidas de utilida- Art. 27. Por interdição do estabelecimento,
de pública, a critério do órgão fiscalizador. entende-se a suspensão de seu funcionamento nas
Parágrafo único. Se for verificada a deterio- seguintes situações:
ração do material, este será recolhido pelo serviço de I - descumprimento das Notificações de in-
limpeza urbana. fração aos dispositivos desta Lei Complementar;
II - reincidências;
Art. 22. As coisas apreendidas em decor- III - exercício de atividade diferente da re-
rência de irregularidades que as tornem ilegalizá- querida e licenciada;
veis serão inutilizadas e destruídas pelo órgão mu- IV - perigo iminente ou risco para o Meio
nicipal competente sem direito a indenização ao seu Ambiente e Patrimônio Histórico;
proprietário ou responsável. V - funcionamento sem a respectiva licença ou
Parágrafo único. Não são indenizáveis os autorização para as situações previstas neste Código.
danos causados às coisas apreendidas na forma do Parágrafo único. Da interdição deverá ser la-
caput deste artigo em decorrência da ação fiscalizadora. vrado termo pelo agente fiscalizador competente, que
conterá as mesmas informações do Auto de Infra-
ção, somente sendo suspensa após o cumprimento
Seção III das exigências que a motivaram e mediante requeri-
Das Multas mento do interessado, acompanhado dos compro-
vantes de pagamento das multas e tributos devidos.
Art. 23. As multas são sanções pecuniárias
impostas aos infratores das disposições legais deste Art. 28. As edificações em ruínas ou imóveis
ou de outros Códigos, leis e regulamentos municipais. desocupados que estiverem ameaçados em sua se-
§ 1º A ação ou omissão que esteja dando gurança, estabilidade e resistência deverão ser inter-
causa a dano urbano significativo, a critério da ditados ao uso, até que tenham sido executadas as
autoridade competente, poderá ser punida com multa providências adequadas, atendendo-se às prescri-
diária contínua, até que cessem as causas da infração. ções do Código de Obras e Edificações e, conforme
§ 2º Na aplicação da multa, sempre que pos- o caso, dos órgãos do patrimônio histórico da União
sível, o agente fiscalizador levará em consideração a e do Estado.
capacidade econômica do infrator.

Art. 24. As multas serão expressas em moe- Seção V


da corrente e corrigidas anualmente pelo índice de- Da Cassação de Licença ou Autorização
terminado em ato do Poder Executivo, sendo arbitra-
das pelo agente fiscalizador de acordo com a Tabela Art. 29. A Licença de Localização ou a Au-
constante do Anexo Único deste Código. torização de funcionamento de qualquer estabeleci-
Parágrafo único. O valor das multas diárias mento comercial, industrial ou prestador de serviços
será arbitrado em Unidades Fiscais do Município - poderão ser cassadas ou canceladas nas seguintes
UFMs, com fundamento nos dispositivos infringidos situações:
e nos intervalos de valores fixados na Tabela referida I - quando no estabelecimento forem exer-
no caput deste artigo. cidas atividades prejudiciais à saúde, à higiene e à
segurança públicas, em desacordo com a Licença ou
Art. 25. Nas reincidências as multas serão Autorização concedida e contrárias às disposições
aplicadas em dobro. deste Código;
Parágrafo único. Considera-se reincidência a II - nas ações integradas com o poder de po-
repetição de infração a um mesmo dispositivo deste lícia do Estado e União, quanto ao exercício ilegal e
Código. clandestino de atividades no estabelecimento licen-

107
ciado ou autorizado; à procedência ou improcedência da impugnação.
III - nos demais casos legalmente previstos.
Art. 31 (VETADO) (Redação dada pela Lei
Art. 30. Notificado o ato de cassação da li- Complementar nº 009/2016)
cença ou autorização, assim como expirado o prazo
de sua vigência, o agente fiscalizador procederá, ime- Art. 31. A defesa far-se-á por petição, dentro
diatamente e conforme o caso: do prazo de vinte dias corridos contados da lavratura
I - à interdição do estabelecimento; do Auto de Infração, na qual o infrator alegará, de uma
II - à apreensão ou desmonte do mobiliário só vez, toda matéria que entender útil, juntando os do-
urbano; cumentos comprobatórios das razões apresentadas.
III - à retirada do ambulante. § 1º A petição mencionará, obrigatoriamente:
Parágrafo único. Sem prejuízo das multas I - a autoridade julgadora a quem é dirigida;
aplicáveis, o órgão fiscalizador poderá requisitar o II - a qualificação do interessado, com nome,
concurso de força policial, a fim de dar cumprimento endereço e CPF/CNPJ;
às ações previstas neste artigo. III - os dados do imóvel ou a descrição das
§ 1º Sem prejuízo das multas aplicáveis, o atividades exercidas;
órgão fiscalizador poderá requisitar o concurso de IV - os motivos de fato e de direito nos quais
força policial, a fim de dar cumprimento às ações se fundamenta a defesa;
previstas neste artigo. (Redação dada pela Lei Com- V - as diligências que o interessado pretende
plementar nº 009/2016) que sejam efetuadas, desde que justificadas as suas
§ 2º (VETADO) (Redação dada pela Lei razões;
Complementar nº 009/2016) VI - o objetivo visado, com referência ao Auto
de Infração que questiona.
§ 2º A impugnação terá efeito suspensivo da
CAPÍTULO IV sanção e instaurará a fase contraditória do procedimento.
DA DEFESA E DO RECURSO § 3º A autoridade administrativa determinará,
de ofício ou a requerimento do interessado, a
Art. 31. A defesa far-se-á por petição, dentro realização das diligências que entender necessárias,
do prazo de 20 (vinte) dias corridos contados da lavra- fixando-lhes prazo, e indeferirá as consideradas
tura do Auto de Infração, na qual o infrator alegará, de prescindíveis, impraticáveis ou protelatórias.
uma só vez, toda matéria que entender útil, juntando os § 4º Preparado o processo para decisão,
documentos comprobatórios das razões apresentadas. a autoridade administrativa que dirige o órgão
§ 1º A petição mencionará, obrigatoriamente: municipal competente prolatará despacho no prazo
I - a autoridade julgadora a quem é dirigida; máximo de sessenta dias úteis, resolvendo todas
II - a qualificação do interessado, com nome, as questões debatidas e pronunciando quanto à
endereço e CPF/CNPJ; procedência ou improcedência da impugnação.
III - os dados do imóvel ou a descrição das (Redação dada pela Lei Complementar nº 012/2019)
atividades exercidas;
IV - os motivos de fato e de direito nos quais Art. 32. Havendo renúncia à apresentação
se fundamenta a defesa; de defesa ou recurso, o valor das multas aplicadas
V - as diligências que o interessado pretende no Auto de Infração sofrerá as seguintes reduções,
que sejam efetuadas, desde que justificadas as suas contados os prazos em dias corridos, incluído o da
razões; lavratura do Auto:
VI - o objetivo visado, com referência ao Auto I - 80% (oitenta por cento), se paga a multa
de Infração que questiona. em 10 (dez) dias;
§ 2º A impugnação terá efeito suspensivo II - 70% (setenta por cento), se o pagamento
da sanção e instaurará a fase contraditória do ocorrer em 20 (vinte) dias;
procedimento. III - 50% (cinquenta por cento), quando a
§ 3º A autoridade administrativa determinará, multa for paga em 30 (trinta) dias.
de ofício ou a requerimento do interessado, a Parágrafo único. Sendo parcialmente aco-
realização das diligências que entender necessárias, lhida a defesa ou o recurso o valor da multa poderá
fixando-lhes prazo, e indeferirá as consideradas sofre redução nos termos do inciso III deste artigo.
prescindíveis, impraticáveis ou protelatórias.
§ 4º Preparado o processo para decisão, Art. 32 (VETADO) (Redação dada pela Lei
a autoridade administrativa que dirige o órgão Complementar nº 009/2016)
municipal competente prolatará despacho no prazo
máximo de 60 (sessenta) dias úteis, resolvendo Art. 32. Havendo renúncia à apresentação de
todas as questões debatidas e pronunciando quanto defesa mediante regularização prévia ou posterior,

108
conforme regulamento, o valor das multas aplicadas § 2º Quando a decisão entender improce-
no Auto de Infração sofrerá as seguintes reduções, dente a autuação, produzir-se-ão os seguintes efeitos,
contados os prazos em dias corridos, incluído o da conforme o caso:
lavratura do Auto: I - devolução da multa paga indevidamente;
I - cinquenta por cento, se paga a multa em II - cancelamento da interdição do estabele-
trinta dias; cimento;
II - quarenta por cento, se o pagamento ocor- III - revogação das penalidades aplicadas in-
rer em sessenta dias, em duas parcelas; devidamente.
III - trinta por cento, quando a multa for paga
em noventa dias, em três parcelas. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 012/2019) TÍTULO III
DOS LOGRADOUROS PÚBLICOS
Art. 33. A apresentação de recurso à deci-
são administrativa de primeira instância no prazo le- CAPÍTULO I
gal suspenderá a exigibilidade da multa, até a decisão DISPOSIÇÕES GERAIS
da autoridade competente.
§ 1º Os recursos serão dirigidos ao Conselho Art. 36. Consideram-se logradouros públicos
Municipal de Desenvolvimento Urbano no prazo de os espaços destinados à circulação de pedestres,
20 (vinte) dias, contados da notificação da decisão pessoas com deficiência e mobilidade reduzida,
de primeira instância. veículos ou ambos, compreendendo ruas, passeios,
§ 2º Uma vez decorrido o prazo para a apre- travessas, praças, estradas, vielas, largos, viadutos,
sentação do recurso, o processo será imediatamente escadarias e outros que se originem de processo le-
encaminhado à autoridade encarregada de julgá-lo. gal de ocupação do solo ou localizados em Áreas de
§ 3º Se entender necessário, a autoridade Especial Interesse Social.
julgadora poderá determinar a realização, em prazo Parágrafo único. Cabe ao proprietário reali-
certo, de diligência paraesclarecer questão duvido- zar as obras necessárias ao calçamento e conserva-
sa, bem como solicitar o parecer da assessoria jurí- ção do passeio correspondente à testada do imóvel,
dica do órgão municipal competente e vistoria técni- observadas as exigências deste Código e das Nor-
ca com parecer do órgão municipal competente. mas Municipais de Arruamento e dos Passeios.
§ 3º Se entender necessário, a autoridade
julgadora poderá determinar a realização, em prazo Art. 37. É dever dos cidadãos cooperar com
certo, de diligência para esclarecer questão duvido- a Prefeitura na conservação e limpeza dos logradou-
sa, bem como solicitar o parecer da assessoria jurídi- ros públicos urbanos, ficando vedado à população:
ca do órgão municipal competente e vistoria técnica I - fazer varredura ou limpeza de objetos do
com parecer do órgão municipal competente. (Reda- interior de edificações, terrenos ou veículos para os
ção dada pela Lei Complementar nº 012/2019) logradouros públicos;
II - atirar nos logradouros públicos resíduos,
Art. 34. O autuado será notificado da deci- detritos, caixas, envoltórios, papéis, pontas de cigar-
são da primeira instância ou do recurso: ros, líquidos e objetos em geral através de janelas,
I - por notificação ou comunicação por via portas de edificações e abertura de veículos, em dire-
postal registrada, com aviso de recebimento a ser ção a passeios públicos;
datado, firmado e devolvido ao destinatário ou pes- III - executar lavagem e consertos de veícu-
soa de seu domicílio; los, máquinas e equipamentos, salvo em situações
II - por publicação na imprensa oficial do emergenciais previstas nas leis de trânsito;
Município, presumindo-se notificado 48 (quarenta e IV - utilizar chafarizes, fontes ou tanques si-
oito) horas depois da publicação. tuados em logradouros públicos para lavagem de rou-
pas, animais, veículos ou objetos de qualquer natureza;
Art. 35. A decisão administrativa de segunda V - derivar águas servidas para logradouros
instância é irrecorrível e produzirá os seguintes efei- públicos;
tos, conforme o caso: VI - conduzir, sem as precauções devidas,
I - a interdição do estabelecimento até a cor- quaisquer materiais que possam comprometer a lim-
reção da irregularidade constatada; peza dos logradouros públicos;
II - as demais penalidades aplicadas por VII - instalar equipamentos destinados à la-
meio de auto de infração. vagem de veículos ou lava-jato nos logradouros públi-
§ 1º Mantida a autuação e não sendo pago cos de Manaus;
o valor correspondente, o órgão municipal compe- VIII - instalar qualquer equipamento ou mo-
tente levará o débito imediatamente à inscrição na biliário urbano sem a devida autorização do órgão
dívida ativa e posteriormente à execução judicial. municipal competente.

109
Art. 38. Os logradouros públicos deverão bueiros, muralhas, balaustradas, bancos, postes,
atender às normas gerais e critérios básicos para a lâmpadas, obras ou acessórios existentes nos lo-
promoção da acessibilidade das pessoas com defi- gradouros públicos serão coibidas mediante ação
ciência ou com mobilidade reduzida, nos termos de- direta do órgão municipal competente que, julgando
finidos pelas normas técnicas federais. necessário, pedirá o concurso da força policial.
§ 1º Os passeios deverão ser livres de qual- Parágrafo único. Além das sanções cabíveis,
quer entrave ou obstáculo, fixo ou removível, que limi- os infratores deste artigo ficarão obrigados a indeni-
te ou impeça o acesso, a liberdade de movimento e a zar o Poder Público Municipal das despesas realiza-
circulação com segurança das pessoas, disponibili- das para reparar os danos causados nos leitos dos
zando-se uma faixa livre com largura mínima de 1,50 logradouros públicos, nas benfeitorias ou nos aces-
m (um metro e cinquenta centímetros). sórios neles existentes.
§ 2º É vedado aos estabelecimentos comer-
ciais, imóveis residenciais e órgãos públicos a utili- Art. 41. O órgão municipal competente po-
zação dos passeios públicos para estacionamento derá autorizar a celebração de ajustes relativos à ma-
de veículos de moradores, clientes e funcionários ou nutenção, conservação ou restauro, no todo ou em
exposição de produtos. parte, de becos, escadarias, ruas, praças, parques,
§ 3º É vedada a abertura de portões de edifi- jardins, monumentos, chafarizes, murais e outros lo-
cações para o passeio público, devendo o proprietá- gradouros públicos.
rio do imóvel promover as adaptações necessárias § 1º O ajuste poderá consistir na doação, por
para que o acesso ao imóvel não configure entrave parte de particulares, de materiais, mobiliário ou equi-
ou obstáculo, mesmo que temporário, à circulação pamentos, realização de obras de melhoramentos e
das pessoas. restauro, prestação de serviços de iluminação e varri-
§ 4º Os logradouros públicos deverão ser ção, sempre a título gratuito, em benefício do Município.
adaptados em ordem de prioridade, com vistas à § 2º Qualquer que seja a modalidade de
maior eficiência das modificações, para promover a contrato, deverão ser observados, integralmente, as
acessibilidade de que trata este artigo. disposições deste Código, da Lei Orgânica do Muni-
§ 5º É proibida a utilização do passeio públi- cípio e Legislação Urbanística correlata, do Código
co para a operação de carga e descarga, como tam- de Obras e Edificações e do Código Tributário do Mu-
bém para a exposição de qualquer tipo de produto. nicípio, bem como as normas e regulamentos admi-
§ 6º O órgão municipal de planejamento e nistrativos quanto aos requisitos para o recebimento
fiscalização urbanística, no prazo de 360 dias, elabo- de bens.
rará lei específica para o Centro Histórico da cidade § 3º Qualquer que seja o objeto do contra-
de Manaus, estabelecendo a retirada de postes do to, a empresa autorizada ficará responsável, total ou
passeio público e adequação à fiação subterrânea parcialmente, conforme o caso, pela conservação da
pelas concessionárias no prazo de 3 (três) anos, nas área durante a vigência do acordo.
vias arteriais, e de 5 (cinco) anos nas vias locais. § 4º Quando o logradouro localizar-se em
§ 6º O órgão municipal de planejamento e área de preservação histórica ou quando tratar-se de
fiscalização urbanística elaborará lei específica para bem tombado, os ajustes somente serão efetuados
o Centro Histórico da cidade de Manaus, estabele- mediante parecer favorável do órgão público respon-
cendo a retirada de postes do passeio público e ade- sável pela proteção do patrimônio cultural.
quação à fiação subterrânea pelas concessionárias § 5º O órgão municipal competente permiti-
no prazo de três anos nas vias arteriais e, de cinco rá que conste, na área ou logradouro objeto do con-
anos nas vias locais, quando da elaboração do Plano trato, placa indicativa contendo o nome da empresa,
de Alinhamento e Passeio previsto na Lei do Plano nos moldes definidos por este Código.
Diretor Urbano e Ambiental do Município de Manaus.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 012/2019)
§ 7º Para os casos em que já existam Habite-se, pro- CAPÍTULO II
jetos já aprovados e/ou regularizados, os passeios DO TRÂNSITO
poderão ser mantidos. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 012/2019) Art. 42. O trânsito em condições seguras
é um direito de todos e dever do Poder Executivo
Art. 39. É vedada a obstrução ou fecha- Municipal que, no âmbito de suas competências
mento de logradouros públicos por meio de guari- previstas no Código de Trânsito Brasileiro, definirá
tas, cancelas, portões e elementos similares, exceto em regulamento próprio as medidas necessárias para
quando autorizadas pelo órgão municipal competente. garantir esse direito.

Art. 40. As depredações ou destruições de Art. 43. Os usuários das vias, além de obediên-
pavimentação, guias, passeios, pontes, galerias, cia às normas gerais de circulação e conduta, definidas

110
pelo Código de Trânsito Brasileiro, devem abster-se: que o leito do logradouro público, no trecho com-
I - de todo ato que possa constituir perigo ou preendido pelas mesmas, seja mantido permanente-
obstáculo para o trânsito, ou ainda causar danos às mente em perfeito estado de limpeza.
propriedades públicas ou privadas; Parágrafo único. Todo munícipe, empresas
II - de obstruir o trânsito ou torná-lo perigo- públicas ou privadas, autarquias ou concessionárias de
so, atirando, depositando ou abandonando nos lo- serviço público serão obrigados a restaurar e desfazer
gradouros objetos, animais ou substâncias, ou neles qualquer dano realizado nas vias e passeios públicos,
criando qualquer tipo de obstáculo; resultado de obras ou consertos por eles realizados,
§ 1º Sempre que houver necessidade de in- sob pena de multas diárias, a ser fiscalizada pelo ór-
terrupção do trânsito, esta deverá ser feita mediante gão municipal urbanístico de acordo com os padrões
autorização do órgão municipal competente e atra- estabelecidos por este Código, pelo Código de Obras e
vés de sinalização adequada, visível de dia e lumino- Edificações e pelo Plano Diretor Urbano e Ambiental.
sa à noite, salvo em situações emergenciais.
§ 2º O Poder Executivo Municipal definirá, Art. 47. Os veículos empregados no trans-
através de Regulamento, as áreas e os horários de porte de lixo e resíduos de qualquer natureza deverão
carga e descarga de materiais, em consonância com ser dotados dos elementos necessários ao adequa-
a Legislação de Uso do Solo e hierarquização do Sis- do acondicionamento da carga, evitando seu trans-
tema Viário. bordo, dispersão aérea e queda nos passeios e vias.
§ 1º Na carga ou descarga de veículos, de-
Art. 44. A sinalização de trânsito nos logra- verão ser adotadas as precauções para evitar que o
douros públicos será constituída por Mobiliário Ur- passeio do logradouro fique interrompido.
bano adequado, conforme definido pelo Código de § 2º Imediatamente após o término da carga
Trânsito Brasileiro, sendo expressamente proibida ou descarga de veículos, o ocupante da edificação
sua danificação, depredação, deslocamento ou al- providenciará a limpeza do trecho do logradouro pú-
teração de suas mensagens ou propriedades físicas blico afetado, recolhendo os detritos ao seu depósito
e estéticas. particular de lixo.
§ 3º Os resíduos industriais ou de extração
Art. 45. O órgão municipal competente pode mineral deverão ser transportados, pelos proprie-
impedir o trânsito de qualquer veículo que possa oca- tários dos estabelecimentos que os produzem, em
sionar danos à via pública. veículos adequadamente vedados, para local pre-
viamente designado por ocasião do licenciamento.

CAPÍTULO III
DA HIGIENE DOS LOGRADOUROS CAPÍTULO IV
DO USO DOS LOGRADOUROS
Art. 46. A limpeza dos passeios fronteiriços
às edificações será de responsabilidade de seus ocu- Art. 48. A ocupação de passeios e vias de
pantes ou proprietários, sendo o lixo ou detritos só- pedestres com mesas, cadeiras ou outros objetos
lidos resultantes de obras obrigatoriamente acon- deverá ser previamente autorizada pela Prefeitura,
dicionados em recipientes adequados, respeitadas, através do órgão municipal competente, a particula-
ainda, além das regras ambientais cabíveis, as seguin- res ou estabelecimentos comerciais, desde que satis-
tes regras: feitos, cumulativamente, os seguintes requisitos:
I - devem ser mantidos fechados e atender I - ocupem apenas a parte do passeio corres-
aos modelos indicados pela Prefeitura ou empresa pondente à testada do estabelecimento ou edificação
concessionária do serviço de coleta de lixo domiciliar; para o qual foram autorizadas;
II - os estabelecimentos comerciais ficam II - deixem livre de barreiras, para o trânsito
obrigados a manter serviço diário de limpeza do pas- público, uma faixa de passeio com largura não infe-
seio fronteiriço aos seus limites; rior a 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros).
III - a lavagem do passeio deve ser feita em § 1º A ocupação de passeios e vias de que tra-
dia e hora de pouca movimentação de transeuntes e ta este artigo somente será autorizada pelo órgão mu-
as águas servidas escoadas completamente; nicipal competente em passeios com no mínimo 2,50
IV - a existência de entrada de veículos e m (dois metros e cinquenta centímetros) de largura, e
acessos a edificações obriga o ocupante da edifica- em conformidade com a Legislação de Uso do Solo.
ção a tomar providências para que ali não se acumu- § 2º O pedido de autorização precária para
lem águas nem detritos; colocação de mesas nas calçadas deverá ser acom-
V - a execução de serviços de construção, panhadode uma planta de localização do estabele-
conserto e conservação de edificações obriga o res- cimento, indicando a testada, a largura do passeio, o
ponsável pelas obras à adoção de providências para número e a disposição das mesas e cadeiras.

111
§ 2º O pedido de autorização precária para causados ao patrimônio público em decorrência do
colocação de mesas nas calçadas deverá ser acom- evento propriamente dito ou da operação de remoção
panhado do Alvará de Funcionamento, condizente e desmonte.
com a atividade em funcionamento, e de uma planta
de localização do estabelecimento, indicando a testa- Art. 51. Nenhum serviço ou obra que exija le-
da, a largura do passeio, o número e a disposição das vantamento de guias ou escavações na pavimentação
mesas e cadeiras. (Redação dada pela Lei Comple- de logradouros públicos poderá ser executado sem
mentar nº 009/2016) prévia autorização do órgão municipal competente,
§ 3º É proibida a colocação de cones, exceto quando se tratar de reparo de emergência nas
cavaletes e outros artefatos nas vias públicas, ex- instalações de serviços públicos, a ser realizado pelo
cetuando-se as vagas destinadas a carro forte nos órgão competente ou empresa concessionária.
termos da legislação correlata. § 1º O executor do reparo fica obrigado à re-
composição do passeio e da pavimentação, respei-
Art. 49. Poderá ser autorizada a instalação tando os materiais empregados a estética e o mobi-
de toldos ou coberturas de lona ou material similar liário urbano preexistente.
sobre os passeios ou logradouros exclusivos de pe- § 2º As obras e serviços de reparos em lo-
destres, desde que atendidos os seguintes requisitos: gradouros nas áreas de preservação histórica não
I - sejam retráteis ou de fácil remoção; poderão ser realizados sem orientação dos organis-
II - não excedam a parte do passeio ou lo- mos do Patrimônio Histórico Federal e Estadual.
gradouro correspondente à testada do estabeleci- § 3º Quando os serviços de reposição de
mento para o qual foram autorizadas; guias ou de pavimentação de logradouro público
III - seja preservado 1,50 m (um metro e cin- forem executados pelo Poder Público Municipal, a
quenta) livre de calçada; Prefeitura, por meio do órgão municipal competente,
IV - contem, nos pavimentos térreos, com a al- cobrará do responsável pelos danos a importância
tura mínima de 2,50 m (dois metros e cinquenta centí- correspondente às despesas.
metros) entre a calçada e o limite inferior do pavimento;
V - não dificultem o escoamento das águas Art. 52. Qualquer órgão ou instituição públi-
pluviais; ca que tiver de executar serviço ou obra em logradou-
VI - tenham suas laterais sem obstrução do ro deverá fazer comunicação às aos órgãos públicos
trânsito de pedestres. interessados ou porventura atingidos pela execução
Parágrafo único. Não poderão ser instalados dos trabalhos.
toldos ou coberturas de lona ou material similar nas áreas
de preservação histórica sem autorização das autorida- Art. 53. A Prefeitura, por intermédio do órgão
des responsáveis pelo patrimônio histórico e cultural. municipal competente, exigirá a montagem de tapu-
mes e andaimes seguros, nos locais de obras e cons-
Art. 50. Para festividades cívicas e religiosas truções, conforme as exigências do Código de Obras
de caráter popular, poderão ser armados instalações e Edificações.
provisórias, coretos ou palanques nos logradouros pú- § 1º Além de alinhamento do tapume, não
blicos, mediante autorização do órgão municipal com- se permitirá a ocupação de qualquer parte do passeio
petente, desde que atendidas às seguintes condições: com materiais de construção.
I - obediência: § 2º Os tapumes serão construídos respeitan-
a. às especificações técnicas previs- do-se o meio do passeio limítrofe ao lote em questão.
tas na legislação aplicável; § 3º Os materiais de construção não pode-
b. às orientações de serviço de trânsito rão estar dispostos no logradouro público, sejam em
local a fim de não tumultuarem o trânsito público; pistas de rolamento e/ou calçadas, sob pena de apli-
II - provimento das instalações elétricas ade- cação das sanções cabíveis.
quadas, quando de utilização noturna, de acordo com
as determinações do Código de Obras e Edificações; Art. 54. As empresas responsáveis por ca-
III - não ocorrência de prejuízo ou dano ao çambas de entulho ou lixeiras temporárias deverão
calçamento, meio-fio, guias, sarjetas e escoamento obter cadastro no órgão de trânsito municipal para
das águas pluviais. autorização correspondente.
§ 1º Os coretos, palanques ou instalações de § 1º As caçambas devem ter identificação
que trata este artigo deverão ser removidos no prazo da empresa prestadora de serviço, número dos tele-
de 24 (vinte e quatro) horas, a contar do encerramento fones disponíveis para emergência e número de or-
do ato público. dem que as individualizem e diferencie de qualquer
§ 2º O responsável pelo evento deverá provi- outra caçamba da mesma empresa, bem como pelí-
denciar, no mesmo prazo da remoção do equipamen- cula refletiva para visualização noturna.
to, a limpeza do local e o reparo de eventuais danos § 2º Não poderão ser estacionadas as

112
caçambas em calçadas, ou em vias com largura nhos publicitários. (Redação acrescida pela Lei Com-
inferior a 5,80 m (cinco metros e oitenta centímetros), plementar nº 009/2016)
devendo a mesma estar dentro do imóvel em cons-
trução, sem prejuízo de outras proibições contidas Art. 56. Os elementos do mobiliário urbano
em regulamentação específica. não poderão:
§ 3º A caçamba deve estar frente à I - ocupar ou estar projetados sobre a pista
construção, disposta longitudinalmente de 30 (trinta) de rolamento das vias;
a 50 (cinquenta) centímetros do meio fio para que II - obstruir a circulação de pedestres ou con-
haja o escoamento das águas pluviais. figurar perigo ou impedimento à locomoção de pes-
soas com deficiência e mobilidade reduzida;
III - obstruir o acesso a faixas de travessias
CAPÍTULO V de pedestres ou entradas e saídas de público, sobre-
DO MOBILIÁRIO URBANO tudo as de emergência;
IV - estar localizados em ilhas de travessia, ex-
Art. 55. Considera-se mobiliário urbano a ceto pontos de ônibus e relógios/termômetros digitais;
coleção de artefatos fixos ou temporários, implanta- V - estar localizados em esquinas, viadutos,
dos nos logradouros públicos ou privados, de nature- passagens de nível e pontes, salvo os equipamentos
za utilitária ou de interesse urbanístico, paisagístico, de informação básica ao pedestre ou de denomina-
simbólico ou cultural, superpostos ou adicionados ção de logradouro público.
aos elementos da urbanização ou da edificação. Parágrafo único. A instalação do mobiliário
§ 1º São considerados como mobiliário urbano nos passeios públicos deverá necessaria-
urbano de uso e utilidade pública os seguintes ele- mente observar uma faixa de circulação de, no mí-
mentos, dentre outros: nimo, metade de sua largura, nunca inferior a 1,50m
I - abrigo de transporte público de passageiro; (um metro e cinquenta centímetros).
II - sanitário público;
III - sanitário público móvel (para feiras livres Art. 57. Nenhum mobiliário urbano poderá
e eventos); ser instalado sem a devida autorização do órgão
IV - placas e unidades identificadoras de municipal competente, que observará aspectos re-
vias e logradouros públicos; lacionados à utilidade, acessibilidade, material cons-
V - totem de identificação de espaços e edifí- trutivo, segurança e estética urbana e a obediência
cios públicos; às seguintes regras:
VI - cabine de segurança; I - o ordenamento do mobiliário urbano na
VII - quiosques em geral; paisagem do Município deve atender ao interesse pú-
VIII - bancas de jornais e revistas; blico, em consonância com os direitos fundamentais
IX - bicicletário; da pessoa humana, o conforto ambiental e a qualida-
X - protetores de árvores; de de vida urbana;
XI - cabines de rádio táxi; II - o órgão municipal competente poderá, a
XII - lixeiras; seu juízo, impedir a instalação ou remover, à custa
XIII - relógio (tempo, temperatura e poluição); do infrator, qualquer mobiliário urbano considerado
XIV - estrutura de suporte para terminal de inadequado;
Rede Pública de Informação e Comunicação; III - a instalação de mobiliário urbano nas
XV - suportes para afixação gratuita de pôs- áreas de preservação de patrimônio histórico e cul-
ter para eventos culturais; tural fica subordinada à anuência dos órgãos compe-
XVI - painéis de mensagens variáveis para tentes, em âmbito municipal, estadual e federal;
uso exclusivo de informações de trânsito; IV - a autorização para os mobiliários urba-
XVII - colunas multiuso; nos nas espécies de boxes fixos, bancas de revistas,
XVIII - hidrante; quiosques e quaisquer outros cujo objeto recaia so-
XIX - telefones públicos; bre a venda de produtos ou serviços por terceiros,
XX - elementos paisagísticos tais como es- poderá ser concedida pelo prazo de 12 (doze) me-
culturas, monumentos, estátuas, chafariz e pórticos, ses, renovável por igual período, desde que atendido
dentre outros; pelo interessado as exigências previstas na presente
XXI - elementos de lazer destinados às fun- Lei Complementar.
ções esportivas e recreativas, como bancos e mesas, § 1º Para instalação dos mobiliários deve-
equipamentos infantis e esportivos, infláveis ou não; rá ser apresentado documento com a anuência do
XXII - as cabines de saque 24 (vinte e quatro) proprietário ou possuidor do imóvel situado à frente e
horas. nas laterais do local solicitado.
§ 2º Também são considerados como mo- § 2º A alteração do uso concedido ao quios-
biliários urbanos, para efeitos desta norma, os enge- que sem prévia anuência do órgão competente impli-

113
cará no imediato cancelamento da autorização, sem placas, letreiros, tabuletas, relógios digitais, totens,
prejuízo da aplicação das penalidades cabíveis. balões infláveis, banners, pinturas em edificações,
§ 3º A infração a qualquer dos incisos deste outdoors, mupi, faixas, cartazes, estandartes, flâmu-
artigo implicará no cancelamento, suspensão ou cas- las, backlights, frontlights, painéis eletrônicos, cava-
sação da autorização de funcionamento do mobiliário. letes, e similares, que contarem com mensagens e
imagens publicitárias.
Art. 58. Não será permitida a instalação de § 1º Para os efeitos deste artigo, conside-
mobiliário a que se refere esta seção em: ram-se como engenhos publicitários os painéis ou
I - canteiros de vias públicas; placas, letreiros, tabuletas, relógios digitais, totens,
II - calçadas de frente a prédios dos poderes pú- balões infláveis, banners, pinturas em edificações,
blicos e de edificações que prestam serviços públicos; adesivos publicitários, outdoors, mupi, faixas, car-
III - no leito viário; tazes, estandartes, flâmulas, backlights, frontlights,
IV - a menos de 15 (quinze) metros das es- painéis eletrônicos, cavaletes e similares que conta-
quinas dos alinhamentos prediais; rem com mensagens e imagens publicitárias volta-
V - em calçadas de frente a monumentos e pré- das frontalmente para a via pública, instalado exter-
dios tombados pela União, Estado ou Município ou junto namente. (Redação dada pela Lei Complementar nº
a estabelecimentos militares ou órgãos de segurança. 012/2019)
Parágrafo Único. Nos casos dos incisos II I - VETADO.
e V, poderá haver instalação dos engenhos desde II - painel frontlight: é o meio publicitário sus-
que devidamente autorizado pelo órgão público res- penso por um poste resistente, em geral a grandes
ponsável pela área objeto da intervenção. (Redação alturas, onde uma lona impressa é aplicada e ilumi-
acrescida pela Lei Complementar nº 009/2016) nada por refletores externos, com 10 (dez) metros de
comprimento máximo por 4 (quatro) metros de altura
Art. 59. Os sinais de tráfego, semáforos, no máximo;
postes de iluminação ou quaisquer outros elemen- III - painel backligth: é o meio publicitário
tos verticais de sinalização que devam ser instalados suspenso por um poste resistente, em geral a gran-
em itinerário ou espaço de acesso para pedestres de- des alturas, onde uma lona impressa é aplicada e
verão ser dispostos de forma a não dificultar ou impe- iluminada por refletores internos e traseiros, com
dir a circulação e comodidade das pessoas. 10 (dez) metros de comprimento no máximo por 4
Parágrafo único. Os semáforos para pedes- (quatro) metros de altura no máximo;
tres instalados nos logradouros públicos deverão IV - painel eletrônico informativo: é o meio
estar equipados com mecanismo que emita sinal so- publicitário que consiste em painéis luminosos ou
noro suave, intermitente e sem estridência, que sirva de totens orientadores do público em geral, em relação
guia ou orientação para a travessia de pessoas porta- aos imóveis, paisagens e bens de valor histórico, cul-
doras de deficiência visual, sempre que a intensidade e tural, de memória popular, artístico, localizados no
periculosidade do fluxo de veículos o exigir. entorno e, ainda, com a mesma função relativamente
a casas de espetáculos, teatros e auditórios;
Art. 60. Sem prejuízo de outros informes ou de- V - painel de led: é o meio publicitário que con-
talhes que se fizerem necessários, o pedido de autori- siste em painel de alta luminosidade, suspendo por
zação para instalação de mobiliário urbano deverá ser um dos postes resistentes, formado por micro lâm-
instruído com as seguintes informações e documentos: padas, onde recebem informações de um processa-
I - dados cadastrais do solicitante; dor específico e que transformam luzes em imagens;
II - memorial descritivo da atividade a ser V - painel de LED: é o meio publicitário que
exercida; consiste em painel de alta luminosidade, suspenso
III - CNPJ/CPF do solicitante, se houver; por um dos postes resistentes, formado por micro
IV - planta de localização ou situação; lâmpadas, onde recebem informações de um pro-
V - desenho da intervenção proposta, se houver. cessador específico e que transformam luzes em
imagens; (Redação dada pela Lei Complementar nº
012/2019)
CAPÍTULO VI VI - busdoor: é a mídia em adesivo vinil, fixa-
DOS ENGENHOS PUBLICITÁRIOS da na face externa ou interna do vidro traseiro do ôni-
bus coletivo de transporte urbano, vedado nas laterais;
Art. 61. Fica estabelecida a obrigatoriedade VII - estrutura para disposição de sacos plás-
de solicitação de licença e pagamento de taxas ao ór- ticos de lixo destinados à reciclagem: são comparti-
gão municipal competente, para a exploração de enge- mentos de uso comum, com o objetivo de realizar a
nhos publicitários no âmbito do Município de Manaus. coleta seletiva;
§ 1º Para os efeitos deste artigo, conside- VIII - painel de led móvel: é o painel de alta
ram-se como engenhos publicitários os painéis ou luminosidade, formado por micro lâmpadas que re-

114
cebem informações de um processador específico tes, agregando informações e mapas da região onde
que transforma luzes em imagens, fixado em cami- estão localizados;
nhões ou em qualquer outro meio móvel; XXII - gradil de proteção para pedestres: é
IX - painel móvel: são equipamentos publi- um mobiliário urbano destinado à proteção dos tran-
citários, destinados à divulgação de propagandas seuntes e possui em sua estrutura local espaço para
ou anúncios, fixados em caminhões ou qualquer ou- veiculação publicitária.
tro meio móvel; XXIII - Empena: equipamento publicitário
X - balões infláveis são equipamentos publi- confeccionado em material flexível, apoiado em es-
citários confeccionados em material sintético, inflá- trutura metálica, com iluminação própria, fixado na
vel, para a divulgação de eventos, propagandas ou empena cega de edifícios e destinado à veiculação
anúncios; de anúncios. (Redação acrescida pela Lei Comple-
XI - totem indicativo de parada de ônibus: é o mentar nº 009/2016)
elemento de comunicação visual destinado à identi- XXIV - adesivo publicitário: são materiais
ficação da parada de ônibus, quando houver impedi- gráficos personalizados utilizados na divulgação de
mento para instalação de abrigos; produtos ou serviços para atrair a atenção do públi-
XII - painéis de mensagens variáveis para co, podendo ser aplicado em portas, janelas, lojas,
uso exclusivo de informações de trânsito: são equi- paredes, entre outros. (Redação acrescida pela Lei
pamentos eletrônicos destinados a veicular mensa- Complementar nº 012/2019)
gens de caráter exclusivamente informativo e de utili- XXV - backbus: são envelopamentos per-
dade no que se refere ao sistema viários e de trânsito sonalizados com adesivo de vinil, fixados na parte
da Cidade; traseira total do ônibus coletivo de transporte urba-
XIII - mupi: são equipamentos publicitários no. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº
confeccionados em materiais diversos, com ilumi- 012/2019)
nação tipo backligth, fixados diretamente ao solo ou § 2º Novas tecnologias e meios de veicula-
sobre base própria; ção de anúncios, bem como projetos diferenciados
XIV - academia de rua com exploração publi- não previstos nesta Lei Complementar, serão enqua-
citária: são unidades de academia ao ar livre e públi- drados e terão seus parâmetros estabelecidos por
cas com oferta de atividades à população como mus- ato do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urba-
culação, alongamento, ginástica, entre outras, com no - CMDU.
totem publicitário acoplado no mesmo mobiliário; § 3º Os engenhos publicitários a serem vei-
XV - bancos de rua com publicidade: são culados no Subsetor Sítio Histórico, deverão obede-
unidades públicas instaladas em praças, parques e cer a critérios específicos regulamentados por ato do
logradouros ao ar livre; Poder Executivo.
XVI - VETADO. § 3º Os engenhos publicitários a serem vei-
XVII - bicicletário com publicidade: é um mo- culados no Subsetor Sítio Histórico e Subsetor Cen-
biliário urbano que agrega tanto a questão sustentá- tro Antigo deverão obedecer a critérios específicos
vel quanto a valorização do espaço para divulgação regulamentados por ato do Poder Executivo. (Reda-
de anúncios; ção dada pela Lei Complementar nº 012/2019)
XVIII - monólito (backligth 4 faces): é um § 4º Antes do pedido definitivo de licença,
tipo de mídia exterior em que painéis backligth em poderá ser solicitado estudo de viabilidade de ins-
formato de cubos trazem informações institucio- talação, com pagamento de taxas de análise e de
nais, informações de interesse público, bem como vistoria, em pedido próprio, informando tipo do en-
anúncios publicitários; genho, tamanho, croquis com local e posicionamen-
XIX - indicativo de cooper: são placas que to. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº
informam a distância percorrida entre uma e outra 009/2016)
e possuem dois espaços destinados à publicidade:
frente e verso; Art. 62. Em função de sua complexidade e
XX - totem interativo: são unidades do mo- para garantia da segurança, a instalação de publicida-
biliário urbano que permitem, simultaneamente e de caracterizada como de grande porte, tipo outdoor,
em tempo real, a medição e indicação do índice de painel luminoso, backlight, frontlight, painel multifa-
radiação ultravioleta, possibilita a conexão wireless cetado e eletrônicos publicitários, seja em área públi-
para acesso à internet gratuita nas redondezas onde ca ou privada, será realizada por empresas inscrita
o totem for instalado, possui câmara que transmite no Cadastro Municipal de Publicidade, pelo órgão
imagens 90º graus através da internet e espaço para municipal competente.
publicidade institucional;
XXI - totem turismo: é um mobiliário que visa Art. 62. Em função de sua complexidade e
oferecer informações de interesse artístico e cultural para garantia da segurança, a instalação de enge-
tanto para a população da cidade quanto aos visitan- nhos publicitários, como outdoor, painel luminoso,

115
backligth, frontlight, painel multifacetado e eletrôni- caso de não ocupação, a estrutura deverá ser retirada,
cos publicitários, em área pública ou privada, será a exceção do prazo necessário a troca de anúncio.
realizada por empresas inscritas no Cadastro Mu- § 3º Vencido o prazo estipulado na primei-
nicipal de Publicidade, pelo órgão municipal com- ra autorização, será realizada renovação de licença
petente. (Redação dada pela Lei Complementar nº tendo como data base aquela expressa na autoriza-
009/2016) ção anteriormente concedida, constituindo-se seu
descumprimento em falta grave, passível de multa,
Art. 62. Em função de sua complexidade e cassação da licença e apreensão do engenho.
para garantia da segurança, a instalação de engenhos § 4º Havendo retirada do engenho publicitário
publicitários como outdoor, painel luminoso, backlight, pelo particular, a empresa responsável deverá comu-
frontlight, painel multifacetado, eletrônicos/LED publi- nicar imediatamente ao órgão municipal competente,
citários e similares, em área pública ou privada, será sob pena de cobrança automática de renovação.
realizada sob a responsabilidade técnica de profis-
sional legalmente habilitado nos conselhos de classe Art. 64. Não são considerados engenhos
Confea/Crea ou CAU-BR, que apresentará a respectiva publicitários para efeito deste Código, garantido o
ART/RRT de responsabilidade técnica pela execução. limite máximo de 2 (dois) metros quadrados, os se-
Parágrafo único. A instalação/projeção da guintes casos:
estrutura de fixação dos engenhos publicitários cita-
dos no caput deste artigo não poderá avançar sobre Art. 64. Não são considerados engenhos pu-
passeio público. (Redação dada pela Lei Complemen- blicitários, para efeito deste Código, desde que a tota-
tar nº 012/2019) lidade dos caracteres esteja limitada em 3 (três) me-
tros quadrados, os seguintes casos: (Redação dada
Art. 63. O licenciamento da mensagem pu- pela Lei Complementar nº 012/2019)
blicitária será promovido a pedido do interessado, I - a placa de identificação da atividade
que obterá a respectiva autorização que vigorará pelo do estabelecimento, quando fixada na fachada do
prazo de 12 (doze) meses, a contar da data expressa imóvel, desde que não contenha o logotipo da em-
na mesma. presa, marca de produtos, desenhos e ilustrações re-
ferentes a produtos ou serviços oferecidos, telefone,
Art. 63. O licenciamento do engenho publici- nome de fantasia e razão social.
tário será promovido a pedido do interessado, obten- I - a placa de identificação da atividade do
do a respectiva autorização com prazo de vigência estabelecimento, quando fixada na fachada do imó-
de até doze meses, a contar da data de expedição vel, desde que não contenha marcas, desenhos e ilus-
da licença. (Redação dada pela Lei Complementar nº trações referentes a produtos de terceiros; (Redação
009/2016) dada pela Lei Complementar nº 009/2016)
Art. 63. O licenciamento do engenho publici- I - uma única placa de identificação do es-
tário será anual, podendo ser solicitado por um perío- tabelecimento, quando fixada na fachada do imóvel,
do de até cinco anos, a contar da data de sua expedi- desde que não contenha marca, desenhos e ilustra-
ção, com pagamento da taxa equivalente ao período ções referentes a produtos e serviços de terceiros;
requerido. (Redação dada pela Lei Complementar nº (Redação dada pela Lei Complementar nº 012/2019)
012/2019) II - as tabuletas indicativas de sítios, granjas,
§ 1º Qualquer alteração na dimensão ou es- serviços de utilidade pública, os hospitais, ambula-
trutura de sustentação do anúncio implica na exigên- tórios e prontos-socorros públicos e, nos locais de
cia de imediata solicitação de nova licença. construção, as placas indicativas dos nomes dos
§ 1º Qualquer alteração na dimensão ou profissionais responsáveis, firmas e profissionais
estrutura de sustentação do engenho publicitário responsáveis pelo projeto ou pela execução de obra
implica a exigência de imediata solicitação de nova pública ou particular, respeitado, ainda, o disposto no
licença. (Redação dada pela Lei Complementar nº inciso I.
009/2016) III - os logotipos ou logomarcas de pos-
§ 1º Qualquer alteração da dimensão ou es- tos de abastecimento e serviços, quando veiculados
trutura de sustentação do engenho publicitário im- nos equipamentos próprios do mobiliário obrigatório,
plica a exigência de imediata alteração na licença. como bombas, densímetros e similares;
Para os casos de mudança de local, o mesmo será IV - as denominações de prédios e condomí-
tratado como uma nova licença, não cabendo res- nios;
sarcimento por parte do órgão licenciador. (Redação V - os avisos que contenham referências que
dada pela Lei Complementar nº 012/2019) indiquem lotação ou capacidade e os que recomen-
§ 2º As estruturas dos engenhos publicitários dem cautela ou indiquem perigo, desde que sem qual-
deverão após a liberação de instalação, manter-se quer legenda, dístico ou desenho de valor publicitário;
constantemente com mensagem publicitária, ou em VI - as mensagens obrigatórias por legisla-

116
ção federal, estadual ou municipal; XI - pintura publicitária: anúncio aplicado di-
VI - as placas originadas por imposição legal retamente sobre muros, paredes, fachadas, toldos de
Federal, Estadual e Municipal; (Redação acrescida edificações e nas superfícies externas das bancas de
pela Lei Complementar nº 009/2016) revista; (Redação acrescida pela Lei Complementar nº
VII - as mensagens institucionais; 009/2016)
VII - as placas das entidades institucionais; XII - inflável: equipamento publicitário con-
(Redação dada pela Lei Complementar nº 012/2019) feccionado em material sintético, inflável, para divul-
VIII - os banners ou pôsteres indicativos dos gação de eventos, propaganda ou anúncio; (Redação
eventos culturais que serão exibidos na própria edi- acrescida pela Lei Complementar nº 009/2016)
ficação, para museu ou teatro, desde que não ultra- XIII - faixa: equipamento publicitário confec-
passem 10% (dez por cento) da área total de todas cionado em tira horizontal e tecido ou material flexível
as fachadas; fixado nas laterais e destinado à veiculação de even-
Parágrafo único. Os engenhos publicitários tos; (Redação acrescida pela Lei Complementar nº
com medida inferior a meio metro quadrado, não se- 009/2016)
rão objeto de licenciamento. XIV - banner: equipamento publicitário con-
§ 1º Os engenhos publicitários com medida feccionado em tira horizontal e tecido ou material
inferior a meio metro quadrado não serão objeto de flexível fixado na extremidade superior e destinado à
licenciamento. (Redação dada pela Lei Complementar veiculação de eventos; (Redação acrescida pela Lei
nº 012/2019) Complementar nº 009/2016)
§ 2º Os engenhos publicitários localizados XV - outdoor: equipamento publicitário com-
nos setores Sítio Histórico e Centro Antigo que obe- posto por painel rígido para fixação de cartazes subs-
deçam aos critérios específicos regulamentados por tituíveis, dotado ou não de iluminação própria, desti-
ato do Poder Executivo não serão objeto de licencia- nado à veiculação de anúncios e serviços. (Redação
mento. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº acrescida pela Lei Complementar nº 009/2016)
012/2019) § 1º Os equipamentos publicitários compos-
tos de estrutura metálica, com iluminação própria,
Art. 65. Para os efeitos de aplicação deste deverão dispor de aterramento, com a finalidade de
Código, ficam estabelecidas as seguintes definições: eliminar descargas elétricas, obedecendo às normas
I - área de exposição: superfície disponível da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
para a colocação da mensagem publicitária; § 2º Para efeitos deste Código, são solida-
II - altura do engenho: diferença entre suas riamente responsáveis pelo engenho publicitário o
alturas máximas e mínimas; proprietário e o possuidor do imóvel onde o anúncio
III - altura máxima do engenho: diferença en- estiver instalado. (Revogado pela Lei Complementar
tre a cota do ponto mais alto do engenho e a maior nº 009/2016)
cota do meio fio que lhe é fronteiriço; § 3º A empresa instaladora e os profissio-
IV - cobertura da edificação (topo): área si- nais responsáveis responderão solidariamente pelos
tuada acima do teto do último pavimento; aspectos técnicos e de segurança de instalação do
V - empena cega: é a face lateral externa da engenho publicitário, bem como de sua manutenção.
edificação que não apresenta aberturas destinadas a § 4º Os responsáveis pelo anúncio respon-
ventilação e iluminação. derão administrativa, civil e criminalmente pela vera-
VI - mensagem publicitária: toda forma de cidade das informações prestadas quando do pedido
divulgação de mensagens, por meio de anúncios, de licenciamento do engenho publicitário.
com o fim de influenciar o público como consumidor, § 5º Para efeitos deste Código, são solida-
fixados em estruturas, muros, tapumes, veículos, cal- riamente responsáveis pelo engenho publicitário o
çadas, fachadas de prédios, coberturas e edificações; proprietário e o possuidor do imóvel onde o anún-
VII - local exposto ao público: qualquer área, cio estiver instalado. (Redação acrescida pela Lei
construção ou edificação, pública ou privada, onde Complementar nº 012/2019)
sejam visualizados anúncios para o exterior;
VIII - painéis de grande porte: engenhos pu- Art. 66. Para os efeitos desta Lei Comple-
blicitários acima de 50 (cinquenta) metros quadrados; mentar, consideram-se anúncios especiais que so-
IX - paisagem urbana: configuração da con- frerão análise específica e licenciamento quando ca-
tínua e dinâmica interação entre os elementos natu- bível, os engenhos:
rais, os elementos edificados ou criados e o próprio I - de finalidade cultural: quando for inte-
homem, numa constante relação de escala, forma, grante de programa cultural, de plano de embeleza-
função e movimento; mento da cidade ou alusivo a data de valor histórico;
X - visibilidade: a possibilidade de visualiza- II - de finalidade educativa, informativa ou de
ção de uma mensagem exposta em espaço externo orientação social, de programas políticos ou ideológi-
da edificação; cos, em caso de plebiscitos ou referendos populares;

117
III - de finalidade eleitoral: quando destinado IX - requerimento padrão; (Revogado pela Lei
à propaganda de partidos políticos ou de seus candi- Complementar nº 012/2019)
datos, na forma prevista na legislação federal eleitoral;
Parágrafo único. Os engenhos publicitários
Art. 67. Os pedidos de licença para instala- temporários e de pequeno porte, deverão sofrer li-
ção de engenhos publicitários serão instruídos com: cenciamento simplificado definido pelo órgão muni-
Art. 67. Os pedidos de licença para insta- cipal competente.
lação de engenhos publicitários serão instruídos Parágrafo único. Os engenhos publicitários
com requerimento padrão e as seguintes documen- temporários com veiculação de até sessenta dias de-
tações: (Redação dada pela Lei Complementar nº verão sofrer licenciamento simplificado definido pelo
012/2019) órgão municipal competente, mediante pagamento
I - cópia de documentação comprobatória de taxas de análise e vistoria, em pedido próprio, in-
do responsável ou proprietário, na qualidade de pes- formando o tipo de engenho, tamanho, croquis com
soa física e jurídica, da empresa anunciante; local e posicionamento. (Redação dada pela Lei Com-
I - cópia de documentação comprobatória plementar nº 012/2019)
do responsável ou proprietário, na qualidade de pes-
soa física ou pessoa jurídica por unidade de logra- Art. 68. Para o pedido de inscrição de em-
douro, da empresa anunciante; (Redação dada pela presa de publicidade, serão apresentados os seguin-
Lei Complementar nº 012/2019) tes documentos:
II - cópia de documentação comprobatória Art. 68. No pedido de inscrição de empresa
da propriedade ou posse do imóvel em que será im- publicitária para instalação e exploração de enge-
plantado o referido engenho; nhos publicitários, serão apresentados os seguin-
II - cópia de documentação comprobatória tes documentos: (Redação dada pela Lei Comple-
da propriedade ou posse do imóvel onde será implan- mentar nº 012/2019)
tado o referido engenho, na frente ou dentro. (Reda- I - CNPJ da Empresa;
ção dada pela Lei Complementar nº 009/2016) I - CNPJ de estabelecimento da empresa lo-
III - autorização, procuração ou contrato res- calizada em Manaus, com código e descrição da ati-
pectivo de uso do imóvel; vidade econômica, seja principal ou secundária, para
IV - croqui de localização e implantação do instalação e exploração de engenhos publicitários; (Re-
engenho, demonstrando claramente os afastamen- dação dada pela Lei Complementar nº 012/2019)
tos deste à todos os demais elementos, tais como II - contrato social atualizado;
muros limítrofes, edificações, rede de energia elétri- III - comprovante de endereço;
ca, dentre outros; IV - alvará de funcionamento de empresa pu-
V - projeto detalhado, assinado por respon- blicitária do ano em curso da inscrição;
sável técnico, explicitando todos os elementos cons- V - indicação de responsável técnico regular-
trutivos e medidas necessárias ao licenciamento so- mente inscrito do Órgão de fiscalização profissional
licitado. competente;
VI - memorial descritivo, especificando as VI - requerimento padrão.
dimensões exatas do engenho, o tipo de material de Parágrafo único. A solicitação de alteração
confecção, o detalhamento da publicidade a se veicu- cadastral deverá ser efetuada mediante requerimento
lar, sendo vedado: próprio, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da ocor-
a. as publicidades e mensagens que rência dos referidos eventos, sob pena de suspensão
contenham dizeres, referências ou insinua- da inscrição no cadastro a que se refere este artigo.
ções ofensivas a pessoas ou grupos e à moral
e os bons costumes. Art. 69. Fica expressamente proibido a insta-
b. as publicidades e mensagens que lação de engenhos publicitários nos seguintes casos:
contenham elementos que possam estimular I - leitos dos rios, igarapés, nascentes e praias;
a prática de atividades consideradas ilegais. I - leitos dos rios, igarapés, nascentes e
c. as publicidades e mensagens que praias, devendo obedecer à legislação ambiental
contenham elementos que estimulem a degra- quanto à Área e Proteção Permanente (APP); (Reda-
dação ao meio ambiente natural e construído, ção dada pela Lei Complementar nº 009/2016)
aos patrimônios históricos, cultural, artístico e II - postes de iluminação pública ou de rede
paisagístico. de telefonia, inclusive cabines e telefones públicos,
VII - explicações detalhadas quanto ao sis- exceção feita ao mobiliário urbano nas áreas permiti-
tema de iluminação, quando houver; das pelo Município;
VIII - anotação de responsabilidade técnica II - postes de iluminação pública ou de rede
dos profissionais responsáveis pelas informações de telefonia, assim como obstruir a rede de distribui-
prestadas; ção elétrica e de telefonia, inclusive cabines e telefo-

118
nes públicos, exceção feita ao mobiliário urbano nas qualquer abertura destinada à iluminação, ventila-
áreas permitidas pelo Município; (Redação dada pela ção e emergências das edificações.
Lei Complementar nº 012/2019) XVII - nos casos de painéis tipo frontlight,
III - torres ou postes de transmissão de ener- painel eletrônico e similar com distância inferior a
gia elétrica; 200 (duzentos) metros contados a partir do eixo
IV - dutos de gás e de abastecimento de central de cada painel. (Redação acrescida pela Lei
água, hidrantes e similares; Complementar nº 009/2016)
V - faixas ou placas acopladas à sinalização XVII - nos casos de painéis tipo frontlight,
de trânsito; painel eletrônico e similar com distância inferior a
V - faixas, banners, placas e similares acopla- 100 (cem) metros contados a partir do eixo central
das à sinalização de trânsito, pontes e passarelas; (Re- de cada painel; (Redação dada pela Lei Complemen-
dação dada pela Lei Complementar nº 012/2019) tar nº 012/2019)
VI - obras públicas de arte, tais como pontes, XVIII - exposição de cavaletes, placas re-
viadutos, passarelas e passagens de nível, ainda que movíveis em área de logradouro público; (Redação
de domínio estadual e federal, bem como em uma acrescida pela Lei Complementar nº 012/2019)
distância mínima de 200 (duzentos) metros a partir XIX - cartazes, colagens e pichações em
do limite do eixo central dos mesmos; mobiliários urbanos, muro, parede, tapume e facha-
VI - obras públicas de arte, tais como pontes, das comerciais, à exceção do anúncio do próprio
viadutos, ainda que de domínio estadual e federal, bem estabelecimento comercial mediante licenciamento
como em uma distância mínima de 200 (duzentos) do órgão competente. (Redação acrescida pela Lei
metros a partir do limite do eixo central dos mesmos; Complementar nº 012/2019)
(Redação dada pela Lei Complementar nº 009/2016)
VI - obras públicas de arte, tais como pontes, Art. 70. Para engenhos publicitários com al-
viadutos, ainda que de domínio estadual e federal, tura superior a 5 (cinco) metros do solo, com lumi-
bem como em uma distância mínima de 100 (cem) nosidade, instalados em área privada ou de domínio
metros a partir do limite do eixo central dos mesmos; público, deverão ser apresentadas as seguintes do-
(Redação dada pela Lei Complementar nº 012/2019) cumentações:
VII - árvores de qualquer porte; I - os equipamentos publicitários compostos
VIII - nas áreas verdes, nos termos da lei es- de estrutura metálica, com iluminação própria, deve-
pecífica; rão dispor de aterramento, com a finalidade de elimi-
IX - estátuas, esculturas, monumentos, gra- nar descargas elétricas, obedecendo às normas da
des, parapeitos e bancos em logradouros ou similares; Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT;
X - passeio público, salvo na hipótese de ins- II - Anotação de Responsabilidade Técnica
talação em mobiliários urbanos definidos nesta lei, (ART) do responsável pelo projeto de cálculo estrutu-
que não venham prejudicar ou reduzir a mobilidade ral e de execução;
urbana das pessoas mantendo-se livre e desimpedi- III - manifestação do órgão municipal de trânsi-
do o mínimo de 1,50 m (um metro e cinquenta centí- to sobre o impacto, ou não, na visibilidade do motorista;
metros), inclusive no espaço aéreo; IV - laudo de iluminância emitindo por órgão
XI - interior de cemitérios, hospitais públicos, público competente.
escolas públicas, áreas remanescentes de lotes desa-
propriados, salvo em se tratando de anúncios orienta- Art. 71. Os engenhos publicitários quando
dores ou em mobiliário urbano nos termos da lei; fixados quer seja em logradouro público, fachada ou
XII - nos equipamentos de alarme de incên- área particular, deverão respeitar como altura míni-
dio e combate ao fogo; ma o total de 2,50 m (dois metros e cinquenta centí-
XIII - de forma fixa ou temporária em áreas metros) de forma a permitir o livre fluxo de pedestres.
de domínio público ou privado, a menos de 5 (cinco)
metros do cruzamento de vias; Art. 71. Os engenhos publicitários, quando
XIV - a superposição de equipamentos do fixados em logradouro público, fachada ou área par-
mesmo tipo ou diferentes, e em posição que venha ticular, deverão respeitar como altura mínima 2,50m
obstruir a visualização de engenhos já existentes; (dois metros e cinquenta centímetros) do solo, de
XV - rotatórias e no raio de 500 (quinhentos) forma a permitir o livre fluxo de pedestres, e distan-
metros, a partir do limite externo da linha de circunfe- ciar 2m (dois metros) da rede elétrica.
rência das mesmas; § 1º Quando a mensagem publicitária for
XV - rotatórias no raio de 250 (duzentos e composta por letras, logomarcas ou símbolos gram-
cinquenta) metros, a partir do eixo central da circun- peados ou pintados na caixa publicitária instalada na
ferência das mesmas; (Redação dada pela Lei Com- fachada, a área total do anúncio será aquela resul-
plementar nº 009/2016) tante do somatório do polígono formado pelas linhas
XVI - quando obstruam portas, janelas ou imediatamente externas inserido na fachada.

119
§ 2º Para garantia da segurança, a instala- da solicitação proposta será de 30 (trinta) dias úteis,
ção de engenhos publicitários próximos da rede elé- contados a partir da data de comunicação formal do
trica, em área pública ou privada, será realizada sob a indeferimento, não tendo o recurso efeito suspensivo;
responsabilidade técnica de profissional legalmente III - quanto ao disposto no inciso I, o inte-
habilitado nos conselhos de classe Confea/Crea ou ressado deverá reapresentar o projeto com as alte-
CAU-BR, que apresentará a respectiva ART/RRT de rações necessárias no prazo de até trinta dias úteis
responsabilidade técnica pela execução. (Redação sob pena de arquivamento; (Redação dada pela Lei
dada pela Lei Complementar nº 012/2019) Complementar nº 012/2019)
IV - autorizada a instalação do engenho pu-
Art. 72. O engenho publicitário do tipo empe- blicitário, o interessado terá o prazo de 60 (sessenta)
na deverá respeitar o distanciamento mínimo de 100 dias úteis para fazê-lo, sob pena de seu cancelamento;
(cem) metros de raio de outro equipamento do mes- IV - nos casos de regularização de engenho,
mo tipo ou dos painéis de grande porte. para os projetos que não estejam de acordo com a
Parágrafo único. Quando o imóvel limítrofe legislação vigente, será elaborado um parecer téc-
ao local de instalação for habitado, deverá ser apre- nico ao interessado, que poderá corrigi-los e reapre-
sentada anuência do proprietário ou possuidor do sentá-los, sendo fixado um novo prazo de trinta dias
imóvel com documentação comprobatória. (Reda- úteis. Em caso de não atendimento, estará sujeito à
ção acrescida pela Lei Complementar nº 012/2019) notificação, cumprido o devido rito administrativo do
contraditório e ampla defesa; (Redação dada pela Lei
Art. 73. Deverá constar da parte frontal e em Complementar nº 012/2019)
local bem visível de cada engenho publicitário a res- V - o órgão municipal competente poderá, a
pectiva identificação da firma que o explora e respec- bem do interesse público, revogar, a qualquer tempo,
tivo número de processo do cadastro de empresas a autorização concedida e proceder ou exigir a remo-
de publicidade, junto ao órgão municipal competente. ção do engenho publicitário para outro local, desobri-
gando-se a qualquer ressarcimento ao responsável;
Art. 74. Reunida toda a documentação perti- VI - havendo revogação, por interesse do Po-
nente à solicitação proposta pelo requerente, o órgão der Público, da autorização do engenho licenciado,
municipal competente deverá responder ao interes- o crédito correspondente será concedido à empresa
sado no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data proprietária, pelo período restante da autorização,
do protocolo, que poderá ser prorrogado por igual que poderá ser utilizado para um novo engenho, des-
período, quando, por motivo justificado, não se com- de que atendidos os preceitos legais aplicáveis.
pletarem as providências exigidas.
Art. 74. Reunida toda a documentação per- Art. 75. A instalação de engenhos publicitá-
tinente à solicitação proposta pelo requerente, o rios nos imóveis de preservação histórica deverá ob-
órgão municipal competente deverá responder ao ter à anuência dos órgãos competentes, em âmbito
interessado no prazo de trinta dias úteis, contados municipal e federal.
da data do protocolo, que poderá ser prorrogado por Parágrafo único. O Município autorizará a
igual período, quando, por motivo justificado, não se instalação de engenhos publicitários em imóveis,
completarem as providências exigidas. (Redação lotes ou áreas de propriedade da administração pú-
dada pela Lei Complementar nº 012/2019) blica municipal, porém tais áreas deverão ser dispo-
Parágrafo único. Aplicam-se, ainda, aos pe- nibilizadas pela modalidade de concorrência pública
didos de autorização para instalação de engenho pu- por melhor preço.
blicitário ou veiculação de mensagem publicitária de
que trata este artigo, as seguintes regras: Art. 76. A instalação de painéis (outdoors)
I - o não atendimento, pelo requerente, à ao longo de logradouro deverá obedecer às seguin-
comunicação formal para cumprimento de providên- tes exigências, além dos demais parâmetros para en-
cias devidas, dentro de prazo determinado, implica genho publicitário:
no indeferimento da solicitação protocolada; I - cada painel, deverá ser executado em es-
I - nos casos de novos projetos que não este- trutura metálica, sem iluminação;
jam de acordo com a legislação vigente, será elabo- I - cada painel deverá ser executado em es-
rado um parecer técnico ao interessado, que poderá trutura metálica, com ou sem iluminação, e com mol-
corrigi-los e reapresentá-los, sendo fixado um novo dura de 20 (vinte) a 25 (vinte e cinco) centímetros;
prazo de trinta dias úteis para o despacho final; (Re- (Redação dada pela Lei Complementar nº 009/2016)
dação dada pela Lei Complementar nº 012/2019) II - terá no máximo 3 (três) metros de altura
II - o indeferimento da solicitação proposta por 9 (nove) metros de largura, incluída a moldura na
não dá ao requerente o direito a ressarcimento de cor característica de cada empresa, e distanciamen-
eventuais taxas ou emolumentos pagos; to em relação ao chão não superior a 4 (quatro) me-
III - o prazo para recorrer-sedo indeferimento tros, devendo ainda ser respeitado o distanciamento

120
mínimo de 2 (dois) metros da rede elétrica; mo de quinze dias antes e retirá-los até vinte e quatro
II - terá no máximo 3 (três) metros de altura horas depois do evento ao qual se destina; (Redação
por 9 (nove) metros de largura, incluída a moldura na acrescida pela Lei Complementar nº 012/2019)
cor característica de cada empresa, e distanciamen- IV - ser fixada nos limites da proprieda-
to em relação ao chão não superior a 4 (quatro) me- de; (Redação acrescida pela Lei Complementar nº
tros, devendo ainda ser respeitado o distanciamento 012/2019)
mínimo de 2 (dois) metros da rede elétrica, podendo V - a exposição de balão ou anúncio inflável
ser autorizada a união de dois engenhos, provisoria- depende de licenciamento nos termos da legislação
mente, em prazo não superior a trinta dias; (Redação por tempo indeterminado em áreas particulares ou
dada pela Lei Complementar nº 009/2016) temporário justificado em memorial. Para os casos
III - será admitido grupo de no máximo qua- de exposição em logradouro, somente será permitido
tro painéis consecutivos e alinhados, sendo aceito, autorização temporária. (Redação acrescida pela Lei
no máximo, 1 (um) grupo de painéis por face de qua- Complementar nº 012/2019)
dra a cada 1 km (um quilômetro); Parágrafo único. Os responsáveis pelos en-
III - será admitido grupo de, no máximo, qua- genhos citados no caput deste artigo poderão colo-
tro painéis consecutivos e alinhados, sendo aceito, cá-los no período máximo de 15 (quinze) dias antes
no máximo, um grupo de painéis por face de quadra e retirá-los até no máximo 24 (vinte e quatro) horas
a cada 300 (trezentos) metros; (Redação dada pela depois do evento ao qual se destina.
Lei Complementar nº 009/2016) Parágrafo Único. Os responsáveis pelos en-
IV - a instalação do engenho de que trata genhos citados no caput deste artigo poderão colo-
este artigo, seja em área pública ou particular, deverá cá-los mediante autorização do órgão competente
guardar, em relação ao meio-fio, área de segurança pelo período máximo de quinze dias antes e retirá-
mínima igual à altura total do engenho; -los até vinte e quatro horas depois do evento ao qual
IV - a instalação do engenho de que trata se destina. (Redação dada pela Lei Complementar nº
este artigo, seja em área pública ou particular, deverá 009/2016)
guardar, em relação ao meio-fio, área de segurança
mínima de 3 (três) metros; (Redação dada pela Lei Art. 79. A publicidade em partes externas de
Complementar nº 009/2016) veículos, tipo envelopamento, será autorizada pelo
V - admitir-se-ão acréscimos ou apliques órgão municipal competente, não podendo, em ne-
temporários, no limite máximo de 1 (um) metro; nhuma hipótese, ser prejudicada a visibilidade do
Parágrafo único. Havendo destruição total condutor ou do passageiro.
ou parcial do engenho publicitário, ficam os seus res- Parágrafo único. No caso de veículo de
ponsáveis obrigados a reconstruir a parte danificada, transporte coletivo, os anúncios não poderão inter-
ou promover sua substituição ou remoção, no prazo ferir na perfeita identificação da origem e destino do
de 48 (quarenta e oito) horas após o ocorrido. itinerário, da empresa prestadora do serviço e do nú-
mero de registro do carro.
Art. 77. Quando o conteúdo da mensagem
publicitária for veiculado em desacordo com a pre- Art. 80. Em obra de construção civil particu-
sente Lei Complementar, o engenho publicitário po- lar ou pública, os anúncios indicativos e publicitários
derá, a juízo do órgão municipal competente, ser instalados em área livre e/ou tapume, deverão aten-
interditado, desfeito ou ter sua exibição cancelada. der às seguintes condições:

Art. 78. A veiculação de publicidade em faixas Art. 80. Em obra de construção civil particu-
e galhardetes, respeitado o disposto nesta Lei Com- lar ou pública, os anúncios indicativos e publicitários
plementar, serão permitidas nas seguintes condições: instalados em área livre ou tapumes sujeitam-se ao
Art. 78. A veiculação de publicidade em fai- licenciamento previsto nesta Lei, devendo atender às
xas, banners, galhardetes e similares, respeitado o seguintes condições: (Redação dada pela Lei Com-
disposto nesta Lei Complementar, será permitida plementar nº 009/2016)
nas seguintes condições: (Redação dada pela Lei I - será admitida a instalação de anúncios em
Complementar nº 012/2019) tapume, cuja área máxima não ultrapasse a 25% (vin-
I - manutenção em perfeitas condições de te e cinco por cento) de sua área total;
afixação e conservação; II - será permitida a instalação de um único
II - quando as faixas forem rebocadas por painel de grande porte não superior a 36 m² (trinta e
aeronave ou balões dirigíveis devidamente licencia- seis metros quadrados) a cada 50 m (cinquenta me-
dos pela Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC; tros) de testada de lote.
III - os responsáveis pelos engenhos citados Parágrafo único. Não executada a obra, é
no caput deste artigo poderão colocá-los mediante de responsabilidade do empreendedor a retirada de
autorização do órgão competente pelo período máxi- todos os engenhos publicitários instalados.

121
está sujeita aos seguintes requisitos:
Art. 81. A empresa autorizada deverá reco- I - os esportes náuticos que envolverem
lher os resíduos provenientes da retirada da publici- equipamentos flutuantes puxados a barco a motor,
dade ou as sobras destes, e depositá-los em local só poderão ser realizados em áreas demarcadas por
adequado, conforme as disposições deste Código e sinalizadores apropriados, conforme orientação de
do Código Sanitário do Município; órgão competente;
II - não serão permitidas instalações fixas
Art. 82. A inobservância das disposições para guarda de material ou equipamentos nas mar-
deste Código sujeitará os infratores, nos termos do gens de rios e igarapés, em decorrência da explora-
seu Capítulo II, do Processo Administrativo, às se- ção de atividade esportiva ou recreativa;
guintes penalidades: III - a montagem de arquibancadas, arenas,
I - multa; palcos e quadras esportivas deverão obedecer às
II - cancelamento imediato da licença ou auto- disposições do Código de Obras e Edificações, quan-
rização; to às instalações e estabilidade, e sua localização
III - apreensão do engenho publicitário. dependerá da legislação de uso do solo e da não
proximidade de edificações de uso especial;
IV - a empresa exploradora da atividade é
CAPÍTULO VII integralmente responsável pelo perfeito estado e as-
DOS EVENTOS, FESTEJOS E COMPETIÇÕES seio de todas as instalações e equipamentos, bem
como pelas medidas que se fizerem necessárias jun-
Art. 83. As grandes queimas de fogos de to ao Poder Executivo Estadual, quanto à segurança
artifício e espetáculos pirotécnicos só serão realiza- do público e dos participantes;
das em locais autorizados pela Prefeitura, através do V - é permitida a instalação de barracas e
Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento tendas, em caráter temporário, para guarda de equi-
Urbano - IMPLURB*, mediante projeto aprovado pelo pamentos e funções auxiliares das atividades de que
Corpo de Bombeiros e apresentação de Termo de trata este artigo, desde que não comprometam a es-
Responsabilidade Técnica, assinado por profissional tética urbana ou padrões urbanísticos definidos para
legalmente habilitado. o local.
§ 1º Do projeto deverão constar as medidas § 1º Ao conceder a autorização, a Prefeitura,
de segurança cabíveis, inclusive de isolamento da por intermédio do Instituto Municipal de Ordem So-
área, que serão de inteira responsabilidade do pro- cial e Planejamento Urbano - IMPLURB, estabelecerá
motor do evento e do responsável técnico. as restrições que julgar convenientes à manutenção
§ 2º As áreas onde for autorizada a queima da ordem e do sossego público.
de fogos deverão manter distância mínima de 300 (tre- § 2º Em nenhuma hipótese, o funcionamen-
zentos) metros de hospitais, casas de saúde, sanató- to poderá prejudicar o interesse público, nem suas
rios, casas de repouso, postos de combustíveis, esco- instalações poderão deixar de oferecer suficiente
las e repartições públicas nas horas de funcionamento. segurança aos frequentadores, aos transeuntes e
§ 3º A escolha das áreas deverá obedecer à vizinhança.
às diretrizes de uso do solo definidas pela legislação
urbanística.
TÍTULO IV
Art. 84. A realização de eventos, desfiles, DOS ESTABELECIMENTOS E
passeatas, competições e festejos populares em ATIVIDADES ECONÔMICAS
logradouros públicos, dependerão de trajeto e local
previamente autorizados pela Prefeitura, por intermé- CAPÍTULO I
dio do Instituto Municipal de Ordem Social e Plane- DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
jamento Urbano - IMPLURB*, que o fará em função
das prioridades do trânsito de veículos e pedestres, Art. 86. Os estabelecimentos destinados a
bem como das disposições da legislação urbanística qualquer atividade comercial, industrial, prestação
e edificações de uso especial. de serviços só poderão funcionar mediante licença
Parágrafo único. É vedada a cobrança de in- ou autorização da Prefeitura de Manaus, nos termos
gresso para eventos autorizados em vias públicas. do artigo 7º e seguintes deste Código.
§ 1º Considera-se estabelecimento, para
Art. 85. A exploração de atividades espor- efeitos deste Código, qualquer imóvel, mobiliário ou
tivas ou recreativas nos rios e igarapés e demais local, de caráter permanente ou temporário, fixo ou
corpos hídricos de Manaus dependerá de autoriza- móvel, onde pessoas físicas ou jurídicas exerçam
ção da Prefeitura, por meio do Instituto Municipal de suas atividades.
Ordem Social e Planejamento Urbano - IMPLURB*, e § 2º A obrigação imposta neste artigo incide

122
Nota(*) Atualmente a sigla IMPLURB significa Instituto Municipal de Planejamento Urbano
também sobre o exercício de atividades em residên- CAPÍTULO II
cias e em locais já licenciados ou autorizados, sem- DO COMÉRCIO
pre que a atividade exigir instalações adequadas ou
produza algum tipo de ruído ou de resíduo diferente Seção I
daqueles característicos da função residencial. Horário de Funcionamento
§ 3º Os estabelecimentos licenciados ou au-
torizados estão sujeitos à Taxa de Licença, conforme Art. 89. É livre o horário de funcionamen-
estabelecido no Código Tributário de Manaus. to dos estabelecimentos comerciais no Município
de Manaus.
Art. 87. Os estabelecimentos de que trata
este Código, além das exigências dos demais instru- Art. 90. O horário adicional de funciona-
mentos de posturas municipais, guardarão obediên- mento dos estabelecimentos comerciais independe-
cia aos seguintes requisitos de higiene pública: rá de autorização de horário extra, desde que vigente
I - deverão ser asseguradas condições de a respectiva autorização ou licença de localização
higiene e conforto nas instalações destinadas a re- ou de funcionamento.
feições ou a lanches e nos locais de trabalho;
II - serão proporcionadas aos empregados fa-
cilidades para obtenção de água potável em locais Seção II
de trabalho, especialmente bebedouros de jato incli- Da Defesa do Consumidor
nado e guarda-protetora, que não poderão ser insta-
lados em pias ou lavatórios; Art. 91. O Poder Público Municipal atuará
III - onde se servem líquidos é proibido o uso concorrentemente com a União e o Estado na fisca-
de copos coletivos ou a existência de torneiras sem lização dos direitos do consumidor, de acordo com o
proteção; artigo 55 da Lei Federal nº 8.078, de 11 de setembro
IV - mesmo quando o trabalho for realizado de 1990, Código de Proteção e Defesa do Consumidor.
a céu aberto, será obrigatório o provimento de água § 1º Os estabelecimentos comerciais ou in-
potável aos empregados de serviço; dustriais serão obrigados, antes do início de suas
V - os recintos e dependências serão manti- atividades, e anualmente, a se submeterem à aferi-
dos em estado de higiene compatível com a natureza ção dos instrumentos de medição utilizados em suas
de seu trabalho; transações comerciais, de acordo com as normas
VI - o serviço de limpeza geral dos locais de estabelecidas pelo Instituto Nacional de Metrologia,
trabalho será realizado fora do expediente da produ- Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO.
ção e por processo que reduza ao mínimo o levanta- § 2º O Município organizará o Conselho Mu-
mento de poeira; nicipal de Defesa do Consumidor, o qual receberá e
VII - as paredes dos locais de trabalho deve- encaminhará as denúncias recebidas do público so-
rão ser conservadas em permanente estado de limpe- bre atos lesivos a sua economia.
za, sem umidade aparente, infiltrações ou rachaduras. § 3º O órgão ou entidade municipal encarre-
gado da defesa do consumidor, como encarregado
Art. 88. Materiais, substâncias e produtos da fiscalização de posturas, manterá em sua sede,
empregados na manipulação e transporte, em locais bem como nas proximidades de centros comerciais,
de trabalho, deverão conter etiqueta de sua composi- pontos de informação munidos de balanças perma-
ção, as recomendações do socorro imediato em caso nentemente atualizadas, para que os consumidores
de acidente, bem como o símbolo correspondente a possam conferir o peso de suas compras.
determinados perigos, segundo padronização nacio- § 4º A Prefeitura de Manaus poderá estabele-
nal ou internacional. cer acordos com a fiscalização do governo estadual
§ 1º Os responsáveis pelo emprego de subs- e federal para, através do Conselho Municipal de De-
tâncias nocivas afixarão, obrigatoriamente, avisos e fesa do Consumidor, definir e aplicar aos infratores
cartazes sobre os perigos que acarreta a manipula- as sanções cabíveis, inclusive multas, no âmbito do
ção dessas substâncias, especialmente se produzem Sistema Nacional de Defesa do Consumidor - SNDC.
aerodispersóides tóxicos, irritantes ou alergênicos.
§ 2º Deverão ser adotadas medidas capazes Art. 92. Os produtos alimentícios, incluin-
de impedir, seja por processos gerais ou por dispo- do-se bebidas, só poderão ser comercializados em
sitivos de proteção individual, absorção ou assimi- Manaus quando oriundos de estabelecimentos
lação, pelo organismo humano, de aerodispersóides comerciais ou industriais registrados nos órgãos
tóxicos, irritantes e alergênicos. competentes, devidamente acondicionados nos in-
vólucros ou recipientes de origem, apresentando
indicações precisas a respeito da marca, datas de
fabricação e de validade, origem e composição, ex-

123
cetuando-se os considerados típicos e aqueles auto- Art. 96. São consideradas casas de
rizados pela legislação de inspeção sanitária. diversões os estabelecimentos fechados ou ao ar
livre, com entrada paga ou não, destinadas ao entre-
tenimento, recreio ou prática de esportes.
CAPÍTULO III § 1º Para fins de licenciamento e fiscaliza-
DOS ESTABELECIMENTOS ção, ficam adotadas as seguintes designações para
os diversos tipos de casas de diversões:
Seção I I - cinema, teatro e auditório, quer localiza-
Disposições Gerais dos em recinto fechado ou aberto;
II - casa de forró; quadra, curral de boi-bum-
Art. 93. A licença e a autorização para ati- bá, quadra de escola de samba e casas de show;
vidades temporárias serão concedidas mediante a III - boate, discoteca e danceteria;
apresentação dos seguintes documentos: IV - restaurante com pista de dança ou músi-
I - aparecer técnico de localização e uso, a ser ca ao vivo;
expedido em consulta prévia à Prefeitura, por meio do V - boliche, bilhar, sinuca; casa de diversões
órgão municipal competente nos termos deste Código; e jogos eletrônicos;
II - registro público de empresário individual VI - circo;
ou pessoa jurídica no órgão competente; VII - parque de diversões;
III - prova de habilitação de pessoa física, VIII - bingo;
quando for o caso; IX - salões de festas, bailes e buffets;
IV - prova de direito ao uso do local; X - clube, compreendido como o local des-
V - inscrição no Cadastro Nacional de Pes- tinado a reuniões literárias, recreativas, dançantes e
soa Jurídica ou Cadastro de Pessoa Física; outros divertimentos, ou à prática de jogos permitidos
VI - Habite-se ou Certidão de Habitabilidade, ou esporte de qualquer modalidade;
observada a legislação pertinente; XI - outros estabelecimentos que se enqua-
VII - inscrição do imóvel no Cadastro Técnico drarem no disposto no caput deste artigo.
Municipal; § 2º A autorização para funcionamento
VIII - comprovante de residência dos só- dos estabelecimentos de que trata este artigo deve-
cios ou proprietários; rá ser renovada anualmente.
IX - quaisquer documentos, exigidos no pa- § 3º A autorização para instalação de cir-
recer de consulta prévia, de aceitação das instala- cos e parques de diversões deverá ser precedida
ções, maquinaria, equipamentos e motores, conforme de análise de viabilidade urbanística. (Redação
o caso. acrescida pela Lei Complementar nº 009/2016)
§ 4º Para a instalação de quaisquer das
Art. 94. Será objeto de autorização o funcio- atividades listadas no § 3º, em corredor urbano,
namento de estabelecimentos de qualquer natureza, deverá ser obtida prévia anuência do órgão de
quando as atividades forem desenvolvidas por prazo trânsito. (Redação acrescida pela Lei Comple-
determinado, em especial as seguintes: mentar nº 009/2016)
I - stand de vendas em empreendimento imo-
biliário; Art. 97. É livre o horário de funcionamento
II - exposições, feiras promocionais, con- de estabelecimentos de diversão, respeitados:
gresso, encontro, simpósio e eventos análogos; I - a tranquilidade e o decoro públicos;
III - instalação e funcionamento de circos, II - a legislação de uso do solo;
parques de diversões, arenas e palcos; III - a circulação de veículos e pedestres;
IV - atividades festivas, recreativas, despor- IV - os dispositivos do Código Ambiental re-
tivas, culturais e artísticas em logradouros públicos, lativos aos ruídos;
praias e áreas particulares; V - a capacidade de lotação.

Art. 95. É vedada aos estabelecimentos co- Art. 98. As casas de diversão deverão man-
merciais a venda, a menor de 18 (dezoito) anos, de: ter afixado, em local visível e de fácil acesso, infor-
I - cigarros e bebidas alcoólicas; mação destacada sobre a natureza do espetáculo ou
II - produtos cujos componentes possam diversão e a faixa etária especificada no certificado
causar dependência física ou química, ainda que por de classificação.
utilização indevida. Parágrafo único. É vedado o ingresso e per-
manência de menores em espetáculos ou diversões
inadequadas à sua faixa etária.
Seção II
Dos Estabelecimentos de Reuniões e Diversões Art. 99. É vedado às casas de diversão:

124
I - obstruir, de qualquer forma, durante o fun- talações, devendo haver no local placa indicativa da
cionamento, portas, passagens ou corredores de cir- lotação máxima permitida para a estrutura;
culação;
II - não manter em perfeito estado as instala- Art. 102. Os cinemas, teatros e auditórios,
ções de ar condicionado, sanitárias e outras, destina- bem como estabelecimentos destinados a espetá-
das a garantir o necessário conforto e segurança dos culos públicos em ambiente fechado, deverão:
frequentadores; I - manter:
III - funcionar: a. o revestimento interno e externo
a. fora do horário autorizado; sempre em boas condições;
b. sem os respectivos equipamen- b. os dispositivos e revestimentos de
tos de prevenção de incêndios, definidos em isolamento acústico apropriados à atividade
projeto aprovado pelo Corpo de Bombeiros e sempre em perfeito estado de funcionamento;
apresentado por ocasião da autorização ou li- c. as salas de entrada e as de espetá-
cenciamento; culos rigorosamente asseadas;
c. em discordância com o projeto arqui- II - conservar, permanentemente, a aparelha-
tetônico aprovado e respectivo “Habite-se” ou gem de ar- condicionado ou entradas de renovação
Certidão de Habitabilidade, quando for o caso, de ar em perfeito estado de funcionamento e de rigo-
no que concerne às instalações, dimensiona- rosa higiene;
mento dos compartimentos, vãos e passagens; III - assegurar rigoroso asseio das instala-
IV - utilizar aparelhos sonoros, amplificado- ções sanitárias, que deverão apresentar laudo de de-
res e equipamentos similares que produzam ruídos sinfecção regular;
em desacordo com a legislação ambiental vigente; IV - ter os respectivos equipamentos de pre-
V - permitir o ingresso de pessoas acima da venção de incêndios, definidos em projeto aprovado
lotação definida na licença. pelo Corpo de Bombeiros e apresentados com o pro-
jeto de construção, reforma ou modificação arquite-
Art. 100. No caso de estabelecimentos de- tônica.
finidos nos termos desta Lei Complementar, com
lotação superior a 100 (cem) pessoas, o interessado Art. 103. Os responsáveis pelo funcionamen-
deverá apresentar: to de cinemas, teatros, auditórios, salas de confe-
I - Relatório de Inspeção subscrito por pro- rências, casas de diversões noturnas, salões de es-
fissional legalmente habilitado, com Anotação de portes, salões de bailes e outros locais de diversões
Responsabilidade Técnica e cadastrado no Município, onde se reúnam grande número de pessoas, ficam
atestando, se for o caso, a cada 5 (cinco) anos, as con- obrigados a apresentar anualmente, ao órgão muni-
dições de estabilidade, higiene, comodidade, salubri- cipal competente, laudo de vistoria técnica referente
dade, segurança, capacidade de lotação da edificação à segurança e estabilidade do edifício e das respecti-
ou instalação para a atividade, bem como o funciona- vas instalações, assinado por profissional legalmen-
mento normal das instalações, aparelhos e motores; te habilitado, registrado no órgão local responsável
II - Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, pela fiscalização do exercício profissional.
atualizado;
III - outras licenças ou documentos atualiza- Art. 104. A autorização de circo, parque de
dos, quando exigidos por legislação específica. diversões ou teatro desmontável, será concedida por
§ 1º A apresentação do Relatório de Inspe- prazo não superior a 90 (noventa) dias.
ção referido no inciso I deste artigo não dispensa a Parágrafo único. Nos casos previstos nes-
necessária vistoria por parte do agente fiscalizador, te artigo, a autorização de funcionamento poderá ser
dentro do processo regular de autorização que trata renovada a cada 90 (noventa) dias, desde que não te-
este Código. nham sido apresentadas inconveniências para a vizi-
§ 2º As empresas já instaladas regularmente nhança ou para a coletividade, após necessária vistoria.
no Município, na data da publicação deste Código, te-
rão o prazo de 1 (um) ano para apresentação do Rela- Art. 105. Os circos, parques de diversões e
tório de inspeção, nos moldes do inciso I deste artigo. teatros desmontáveis cujo funcionamento for superior
a 30 (trinta) dias, deverão possuir instalações sanitá-
Art. 101. Para a expedição de autorização rias independentes para homens e mulheres, confor-
das estruturas provisórias de reunião de público, de- me as disposições do Código de Obras e Edificações.
verão ser solicitados:
I - Anotação de responsabilidade técnica por Art. 106. As instalações dos parques de di-
profissional habilitado; versões não poderão ser alteradas ou acrescidas de
II - Laudo técnico atestando as condições novos equipamentos, motores ou aparelhos destina-
de montagem, segurança e funcionamento das ins- dos a embarques ou transporte de pessoas, sem pré-

125
via autorização do Órgão Municipal competente. culto, já existentes no advento desta lei, terão o pra-
zo de 1 (um) ano a partir da data de sua promulgação,
§ 1º Os equipamentos a que se refere o caput para se adaptarem às normas nelas definidas.
deste artigo só poderão entrar em funcionamento
após ser autorizado pelo órgão municipal competente.
§ 2º Para a expedição de autorização, deve- Seção IV
rão ser apresentados: Do Comércio em Áreas de
I - Anotação de responsabilidade técnica por Especial Interesse Social
profissional habilitado;
II - Laudo técnico atestando as condições Art. 109. São consideradas Áreas de
de funcionamento das instalações e equipamentos, Especial Interesse Social aquelas destinadas à im-
quantidade de equipamentos e ou brinquedos, nome plantação de política e programas para a promoção
do fabricante e ano de fabricação, prazo das manu- da habitação de interesse social, conforme definidas
tenções, idade e tamanho recomendado para usuário pelo Plano Diretor Urbano e Ambiental de Manaus e
de cada brinquedo ou equipamento; pela legislação específica.
§ 3º A frente de cada brinquedo e equipa-
mento deve constar uma placa legível com idade e Art. 110. A licença para funcionamento
tamanho recomendados para utilização. de estabelecimentos comerciais e de prestação de
§ 4º Os responsáveis por circos e parques de serviços em Áreas de Especial Interesse Social será
diversões se obrigarão a reconstruir as áreas que da- concedida mediante a apresentação dos seguintes
nificarem em decorrência de sua atividade. documentos:
I - parecer técnico de localização e uso, a
ser expedido em consulta prévia ao órgão municipal
Seção III competente, nos termos deste Código;
Dos Estabelecimentos de Culto II - registro público de firma individual ou pes-
soa jurídica no órgão competente, quando for o caso;
Art. 107. Aplicam-se aos estabelecimentos III - prova de inscrição no fisco federal (CNPJ/
de culto e às instituições por eles responsáveis, no CNPF); IV - prova de endereço do(s) proprietário(s).
que couber, as disposições deste Código com res- Parágrafo único. Para as atividades de pres-
peito ao licenciamento da atividade, bem como às tação de serviços nas áreas de saúde, educação e
vistorias periódicas para constatação das condições creches, é exigida, ainda, a apresentação:
de segurança e manutenção do silêncio adequados I - de prova de habilitação profissional de
nos núcleos urbanos onde funcionam. pessoa física ou jurídica, quando for o caso;
II - do Certificado de Inspeção do Corpo de
Art. 108. É vedado aos estabelecimentos de Bombeiros;
culto, no que concerne aos locais franqueados ao público: III - de documento de aprovação das Secre-
I - obstruir, de qualquer forma, durante o fun- tarias Municipais de Saúde e de Educação.
cionamento, portas, passagens ou corredores de cir-
culação;
II - não manter em perfeito estado as instala- Seção V
ções de ar condicionado, sanitárias e outras, destina- Dos Mercados Populares
das a garantir o necessário conforto e segurança dos
frequentadores; Art. 111. Para efeito deste Código, são con-
III - funcionar: sideradas como mercados populares as unidades
a. sem os respectivos equipamen- de abastecimento caracterizadas como estabeleci-
tos de prevenção de incêndios, definidos em mento coberto, semi-coberto ou aberto, destinado
projeto aprovado pelo Corpo de Bombeiros e a abrigar as atividades típicas do comércio varejista
apresentados com o projeto de construção, re- de primeira necessidade e a prestação de pequenos
forma ou modificação arquitetônica; serviços, podendo ser formado por mais de uma uni-
b. em discordância com o projeto arqui- dade comercial.
tetônico aprovado e respectivo “Habite-se” ou Parágrafo único. Por unidade comercial en-
Certidão de Habitabilidade, quando for o caso, tende-se as barracas, bancas, tabuleiros e similares,
no que concerne às instalações, dimensiona- cobertos ou não, destinados à exposição, armazena-
mento dos compartimentos, vãos e passagens; mento e comercialização de gêneros alimentícios e
IV - utilizando aparelhos sonoros, amplifica- utensílios domésticos.
dores e equipamentos similares que produzam ruídos
em discordância com o Código Ambiental de Manaus. Art. 112. Os mercados populares só poderão
Parágrafo único. Os estabelecimentos de funcionar se devidamente cadastrados no órgão mu-

126
nicipal competente, que somente permitirá o uso das para proteção dos pedestres;
dependências e serviços mediante o cumprimento IV - disponibilização ou construção de cabi-
das exigências da Legislação Municipal pertinente à na de abrigo e sanitários para vigia;
organização e funcionamento dos mercados e feiras. V - sinalização adequada de entrada e saída
de veículos.
Art. 113. Além das exigências do Regula-
mento próprio das Feiras e Mercados e do Código
Sanitário de Manaus, os mercados populares deve- Seção VII
rão atender: Dos Depósitos de Ferro-Velho
I - às normas de funcionamento estabe-
lecidas pelos órgãos de abastecimento em nível Art. 116. A licença ou autorização para a
municipal e estadual; instalação e funcionamento de estabelecimentos
II - às exigências: comerciais destinados a depósito, compra e venda
a. do Código de Obras e Edificações, de ferro-velho, além de atender às exigências da Lei
quanto aos aspectos construtivos, ventilação, Municipal de Uso do solo, está condicionada ao
iluminação e estabilidade das estruturas de cumprimento das seguintes exigências:
vedação e cobertura; I - localização em terreno cercado por muros
b. do Corpo de Bombeiros, quanto aos de alvenaria ou concreto, de altura não inferior a 2,50
aspectos de segurança contra incêndio e pânico. m (dois metros e cinquenta centímetros);
II - manutenção das peças devidamente or-
Art. 114. Sem prejuízo do cumprimento das ganizadas de forma a evitar a proliferação de insetos
normas e exigências descritas no artigo anterior, de- e roedores;
verão os mercados populares: III - não permitir o responsável pelo empreen-
I - dispor de: dimento:
a. placa de indicação, em local visível a. o empoçamento de água nos materiais;
ao público, da localização da administração b. a exposição de peças e materiais
do mercado; nos passeios e nos terrenos adjacentes;
b. instalações sanitárias, em bom esta- c. a permanência de sucatas de veícu-
do de conservação e asseio, para funcionários los ou qualquer outro material nas vias públicas
e consumidores, conforme o sexo; e passeios.
c. plataforma de carga e descarga;
d. equipamento apropriado para coleta de
lixo e local reservado para o lixo acondicionado; Seção VIII
II - estar adaptado para a acessibilidade de Dos Postos de Serviço e
pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, in- Revenda de Combustíveis
clusive no tocante às alíneas a e b do inciso I.
Parágrafo único. Somente poderão exercer a Art. 117. A instalação de postos de serviço e
atividade comercial ou de prestação de serviços nos revenda de combustíveis automotivos fica sujeita à
mercados populares aqueles comerciantes cadastra- aprovação de projeto e à concessão de licença, se-
dos pelo órgão regulador da atividade, segundo nor- gundo a legislação de Uso do Solo e dos Códigos de
mas de legislação específica. Obras e Ambiental de Manaus.
§ 1º Considera-se posto revendedor de com-
bustível automotivo o estabelecimento destinado ao
Seção VI comércio varejista de derivados de petróleo e álcool
Dos Estacionamentos e Guarda de Veículos etílico hidratado.
§ 2º A Prefeitura, por intermédio do órgão
Art. 115. A licença ou autorização de utili- municipal competente, exigirá, para cada caso, as
zação de terrenos para estacionamento e guarda de medidas e obras que julgar necessárias, ao interesse
veículos será concedida mediante a apresentação da segurança e da higiene públicas.
dos documentos exigidos pelo órgão competente e, § 3º As lojas de conveniência, bares e restau-
ainda, ao atendimento das seguintes exigências: rantes anexados aos postos de serviço e revenda de
I - o terreno deverá estar devidamente cercado, combustíveis só poderão funcionar em postos devi-
obrigando- se o responsável pelo licenciamento, sob damente licenciados pela Prefeitura, e mediante licen-
Termo de Compromisso, a mantê-lo drenado, no míni- ça própria do estabelecimento comercial em questão.
mo ensaibrado, limpo e conservado em bom aspecto;
II - manutenção do passeio adequadamente Art. 118. A licença fica condicionada à apre-
pavimentado; sentação dos seguintes documentos:
III - instalação de avisos sonoros e visuais Art. 118. A emissão do Alvará de Funciona-

127
mento fica condicionado à apresentação dos seguin- CAPÍTULO IV
tes documentos: (Redação dada pela Lei Comple- DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS
mentar nº 009/2016) EM LOGRADOUROS
I - parecer técnico de localização e uso, a
ser expedido em consulta prévia ao órgão municipal Seção I
competente; Disposições Gerais
II - licença de operação expedida pelo órgão
competente; Art. 121. Qualquer atividade econômica nos
III - Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros logradouros de Manaus só poderá ser exercida median-
quanto às instalações e normas de segurança; (Revo- te autorização da Prefeitura, através do órgão ou enti-
gado pela Lei Complementar nº 009/2016) dade competente, nos termos da Lei Complementar.
IV - Habite-se ou Certidão de Habitabilidade Art. 121. Qualquer atividade econômica nos
do imóvel; logradouros de Manaus só poderá ser exercida me-
V - prova de inscrição no fisco federal (CNPJ/ diante autorização da Prefeitura, por meio do órgão
CNPF) e estadual; ou entidade competente, nos termos da Lei Comple-
VI - declaração da distribuidora de viabilida- mentar, sob pena de demolição administrativa em
de da concessão de sua marca; quarenta e oito horas, caso não atendida a notifica-
VII - licença ou parecer favorável da Capita- ção para retirada voluntária do mobiliário. (Redação
nia dos Portos, quando se tratar de estabelecimento dada pela Lei Complementar nº 009/2016)
localizado nas margens de rios e igarapés ou em imó-
vel flutuante; Art. 122. As atividades econômicas em lo-
VIII - licença ou parecer favorável da Aero- gradouros públicos poderão ser exercidas em ponto
náutica ou do Departamento de Aviação Civil, quan- fixo ou em caráter itinerante ou ambulante.
do localizado nas áreas sob o seu controle; § 1º Terão ponto fixo as atividades econômi-
IX - quaisquer documentos, licenças ou pa- cas a serem exercidas em local devidamente determi-
receres exigidos, por ocasião da consulta prévia, de nado e demarcado pelo órgão municipal competente,
aceitação das instalações, maquinaria, equipamen- podendo fazer uso do seguinte mobiliário urbano:
tos e motores, conforme o caso. I - quiosques e trailers;
II - bancas de jornais e revistas;
Art. 119. Aos postos de serviço e revenda de III - barracas;
combustíveis automotivos é vedado: IV - boxes;
I - o funcionamento: V - cabines.
a. sem as bombas devidamente aferi- § 2º As atividades econômicas em logradou-
das pelo INMETRO, conforme as normas técni- ros públicos serão consideradas ambulantes quan-
cas apropriadas; do admitirem o deslocamento durante seu exercício,
b. sem extintores e demais equipamen- obedecendo a trajeto ou área de abrangência defini-
tos de prevenção de incêndios, em número e dos pelo órgão ou entidade competente da Prefeitura,
locais definidos no projeto aprovado pela Pre- nos termos da Lei, podendo ser exercidas a pé, em
feitura e pelo Corpo de Bombeiros; carrocinhas, triciclos ou equipamento móvel similar.
c. sem as perfeitas instalações de § 3º São consideradas itinerantes as feiras
água, esgotos e energia elétrica; livres e qualquer atividade econômica em logradou-
d. sem as perfeitas condições de cal- ros públicos exercida em ponto fixo, segundo dias e
çadas e pátios de manobras, que devem ser horários pré-determinados pela Prefeitura, por meio
mantidos inteiramente livres de detritos, tam- do órgão ou entidade competente, na forma da Lei,
bores, veículos enguiçados e quaisquer obje- não sendo admitido, nesses casos, o deslocamento
tos estranhos ao respectivo comércio; durante o exercício nem a permanência além do pra-
II - a prestação de serviços: zo autorizado.
a. de lavagem, lubrificação e troca de § 4º Não serão admitidos mobiliários
óleo de veículos em vias públicas; urbanos acima de 15 (quinze) metros quadrados,
b. de reparos, pinturas e lanternagem assim como a construção de banheiros nos logra-
de veículos, exceto pequenos reparos em douros públicos.
pneus e câmaras de ar.
Art. 123. Quando se tratar da comercialização
Art. 120. Em todo posto de abastecimento e de alimentos, estes deverão ser, preferencialmente,
de serviço de veículos deverá haver avisos, em locais preparados em outro local, sendo permitida na barraca,
visíveis, de que é proibido fumar, acender ou manter quiosque, trailer, apenas os procedimentos de aque-
fogos acesos dentro de suas áreas. cimento, refrigeração ou conservação do alimento.

128
Art. 124. Os equipamentos utilizados deverão Art. 130. As feiras livres só poderão se insta-
ser mantidos em boas condições de higiene e con- lar em local previamente autorizado pela Prefeitura,
servação, sendo descartáveis os utensílios destina- por meio do órgão ou entidade competente, nos ter-
dos a servir alimentos e bebidas. mos da Lei, observando-se:
I - as disposições do Plano Diretor Urbano e
Art. 125. O exercício de atividades econô- Ambiental de Manaus e a legislação correlata;
micas em logradouros públicos que façam uso de II - os níveis de ruído adequados para o local
aparelhos, máquinas e demais instalações alimen- e período de funcionamento;
tadas por energia elétrica só será autorizado para III - as exigências do órgão municipal regu-
quiosques, trailers e bancas de jornais e revistas, des- lador do trânsito;
de que: IV - as exigências do código sanitário de Ma-
I - devidamente interligadas pelo órgão ou naus.
concessionária responsável pelo fornecimento do Parágrafo único. O horário de funcionamento,
serviço; bem como o de carga e descarga, deverá obedecer às
II - não coloquem em risco a segurança pú- características da área e proximidade de equipamentos
blica nem prejudiquem o trânsito de veículos e pe- especiais, e às determinações do órgão competente;
destres, a estética e a acessibilidade dos cidadãos.
Art. 131. Os feirantes deverão manter, indivi-
Art. 126. O exercício de atividades econômi- dualmente, recipientes próprios para acondicionamento
cas em logradouros públicos que exijam instalações do lixo, de acordo com as normas municipais específicas.
de água e esgoto só será autorizado para quiosques § 1º Os detritos e resíduos que eventualmen-
e trailer, desde que as respectivasinstalações este- te forem lançados ou depositados sobre logradouros
jam de acordo com projeto aprovado pelo Órgão Mu- deverão ser devidamente acondicionados e recolhi-
nicipal competente. dos até o encerramento das atividades comerciais.
§ 2º O desrespeito ao previsto no § 1º acarre-
Art. 127. O lixo e detritos produzidos deve- tará sanções ao infrator, na forma legal e regulamentar.
rão ser acondicionados em recipientes adequados,
sendo obrigatória a manutenção do quiosque, trailer,
bem como suas imediações, em boas condições de Seção IV
asseio e higiene. Das Barracas

Art. 132. Entende-se por barraca, para efeito


Seção II deste Código, o mobiliário urbano de caráter provisó-
Do Exercício do Comércio rio, formado por cobertura, tabuleiro e estrutura de
sustentação simples, destinadas ao comércio fixo ou
Art. 128. O exercício de atividade econômi- itinerante, devendo ser desmontadas após o exercí-
ca nos logradouros públicos de Manaus será tolera- cio da atividade.
da, desde que o interessado atenda às condições de § 1º A autorização de localização de barra-
cadastramento e exigências junto ao órgão ou en- cas, para fins comerciais nos passeios e nos leitos
tidade competente da Prefeitura, na forma da Lei, e dos logradouros públicos, será dada apenas nos se-
demais exigências deste Código, quando se tratar de guintes casos:
mobiliário urbano como barracas, quiosques e trailer. I - prestação de serviços considerados de
utilidade pública, como informações turísticas, cultu-
rais, campanhas educativas e sanitárias;
Seção III II - comércio informal devidamente cadastrado;
Das Feiras Livres III - feiras livres e de artesanato;
IV - postos fluviais de salva-vidas;
Art. 129. Para os fins deste Código, as feiras V - feiras beneficentes ou culturais e durante
livres são os espaços, em geral logradouros, utiliza- festas de caráter popular ou religioso nos dias e lo-
dos para o comércio de gênero de primeira necessi- cais determinados pela Prefeitura.
dade ou produtos típicos, mediante a instalação de § 2º Os documentos e demais exigências
barracas, tendas, trailers e caminhões, em caráter para autorização de instalação de barracas serão
transitório e temporário. definidas conforme a atividade a ser exercida, res-
Parágrafo único. As feiras livres são regidas, peitando-se a legislação de uso do solo e de preser-
no tocante à higiene e funcionamento, pelo Código vação do patrimônio histórico, cultural, artístico e pai-
Sanitário e pelo Regulamento das Feiras e Mercados sagístico de Manaus.
de Manaus. § 3º As barracas destinam-se ao atendimen-
to rápido, sendo vedada a instalação de acessórios

129
para acomodação do público, tais como mesas e ca- -se por veículo utilitário o móvel que pode ser adap-
deiras, exceto para atividades de interesse público. tado ao exercício de atividade econômica podendo
§ 4º É vedada a instalação de barracas, ficar estacionado em locais previamente determi-
bancas e depósitos nas imediações de feiras livres e nados pela Prefeitura, através do órgão ou entidade
mercados populares. competente, nos termos da Lei.

Art. 133. Além da obediência às normas de


padronização definidas pela Prefeitura, através do ór- Art. 137. A autorização da instalação e
gão ou entidade competente, nos termos da Lei, as funcionamento de quiosques, traillers e veículos
barracas, conforme a atividade e aspectos paisagís- utilitários nos logradouros e áreas privadas, para fins
ticos e urbanísticos locais deverão: comerciais ou de prestação de serviços, somente
I - não exceder a área de 2m² (dois metros será concedida, conforme o caso, mediante a apre-
quadrados), exceto nos casos de atividades exerci- sentação dos seguintes documentos:
das em feiras livres quando não poderão exceder a I - parecer técnico favorável quanto à locali-
6m² (seis metros quadrados); zação, emitido em consulta prévia ao órgão ou entida-
II - ficar fora da pista de rolamento do logradou- de encarregado da fiscalização;
ro público e dos pontos de estacionamento de veículos; II - certificado de Vigilância Sanitária, no
III - não prejudicar o trânsito de veículos; caso da comercialização de alimentos e bebidas;
IV - quando localizadas nos passeios, não III - licença do veículo;
prejudicar o trânsito de pedestres e acessibilidade; IV - registro público de firma individual ou pes-
V - amanter distância mínima de 200 (duzen- soa jurídica no órgão competente, quando for o caso;
tos) metros de templos, hospitais, casas de saúde, V - prova de inscrição no fisco federal (CNPJ/
escolas e cinemas, com exceção feita às festas be- CNPF); VI - prova de endereço do proprietário.
neficentes e serviços de utilidade pública;
VI - ser desmontáveis e de fácil remoção. Art. 138. Os quiosques, traillers poderão ter
autorização para instalação de mesas e cadeiras
em quantidades previamente definida na autorização
Seção V pelo órgão municipal competente.
Dos Quiosques e Traillers e Veículos Utilitários § 1º A instalação de mesas e cadeiras só
será autorizada mediante a existência de instala-
ções sanitárias adequadas ao atendimento ao públi-
Art. 134. Para efeitos desta Lei Complemen- co, separadas por sexo.
tar, entende-se por quiosque a edícula ou mobiliário § 2º É vedada aos veículos utilitários a insta-
urbano destinado a atividades de ponto fixo, cons- lação de mesas e cadeiras, sendo admitido somente
truídos em alvenaria, madeira, ferro, fibra de vidro ou o uso de toldo retrátil, com projeção máxima de 1
material similar. (um) metro sobre o passeio, observadas as pres-
§ 1º O exercício de atividade econômica em crições quanto ao trânsito de pedestres, veículos e
quiosques somente será autorizado mediante proje- acessibilidade dos cidadãos.
to de instalações e localização devidamente aprova-
dos pela Prefeitura, por meio do órgão ou entidade
competente, nos termos da Lei, dando-se preferência Seção VI
aos quiosques temáticos que venham contribuir para Das Bancas de Jornais e Revistas
o embelezamento dos logradouros públicos.
§ 2º Quando fisicamente integrados a abri- Art. 139. Para a autorização de localização de
gos de pontos de ônibus, os quiosques deverão bancas de jornais e revistas em logradouros públicos
manter uma faixa de passeio livre de 2 (dois) metros, é obrigatório o atendimento das seguintes exigências:
destinada tanto à circulação de pedestres quando à I - conformação aos modelos aprovados
espera do transporte. pelo órgão ou entidade competente da Prefeitura, na
forma da Lei, apresentando bom aspecto construtivo;
II - instalação respeitando uma faixa de, no
Art. 135. Para efeito deste Código, entende- mínimo, 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros)
-se por trailler o veículo rebocável ou vagão, que pode para passagem de pedestres;
ser adaptado ao exercício de atividade econômica III - localização a uma distância mínima de
mediante sua fixação ou estacionamento em locais 0,50 m (cinquenta centímetros) das guias dos respec-
previamente determinados pela Prefeitura, através do tivos passeios;
órgão ou entidade competente, nos termos da Lei. IV - respeito à distância mínima de 15 (quin-
ze) metros do ponto de encontro dos alinhamentos
Art. 136. Para efeito deste Código, entende- respectivos, quando localizadas próximas a cruza-

130
mento de logradouros.
Parágrafo único. O órgão municipal compe-
tente definirá, em conformidade com a legislação de
uso do solo e de preservação do patrimônio histórico,
cultural, artístico e paisagístico de Manaus, os locais e
logradouros destinados à instalação de bancas de jor-
nais, bem como os modelos e dimensões adequadas.

Art. 140. O proprietário de banca de jornais


e revistas obriga-se a:
I - manter a banca em bom estado de con-
servação;
II - conservar em boas condições de asseio
a área utilizada;
III - não ocupar passeio, muros e paredes
com a exposição de suas mercadorias;
IV - não expor, em local de maior visibilidade
ao público, material ofensivo, obsceno ou pornográfico.

TÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 141. Todas as funções referentes à apli-


cação das normas e imposições deste Código serão
exercidas por órgão ou entidade da Prefeitura Muni-
cipal, cuja competência para tanto estiver definida
em leis, regulamentos ou regimentos internos.

Art. 142. Esta Lei entra em vigor na data


de sua publicação, revogada a Lei n° 674, de 4 de
novembro de 2002, com suas posteriores alterações.
Art. 142. Esta Lei Complementar entra em vigor na
data de sua publicação. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 012/2019)

Manaus, 16 de janeiro de 2014.

ARTHUR VIRGÍLIO DO CARMO RIBEIRO NETO


Prefeito de Manaus

LOURENÇO DOS SANTOS PEREIRA BRAGA


Secretário Municipal Chefe da Casa Civil

131
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Lei N° 1.837, de 16 de Janeiro de 2014
DISPÕE sobre as Áreas de Especial Interresse Social previstas no
Plano Diretor Urbano e Ambiental do Município de Manaus e dá
outras providências.

O PREFEITO DE MANAUS, no uso das atribuições VIII - possibilitar investimentos públicos e


que lhe são conferidas pelo art. 80, inc. IV, da Lei privados em projetos e programas habitacionais de
Orgânica do Município de Manaus, interesse social.
FAÇO SABER que o Poder Legislativo decretou e
eu sanciono a seguinte Art. 3º Na aplicação do disposto nesta Lei,
serão adotadas as definições estabelecidas na co-
dificação urbanística em vigor, especialmente as se-
LEI: guintes:
TÍTULO I I - afastamento: distância entre a edificação
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES e as divisas do terreno, podendo se constituir em:
a. afastamento frontal: distância entre
Art. 1º Esta Lei define parâmetros diferen- os limites do lote e a edificação, voltadas para
ciados para parcelamento e uso do solo e para as o logradouro;
construções nas Áreas de Especial Interesse Social b. afastamento lateral: distância entre
(AEIS). os limites laterais do lote e a edificação;
Parágrafo único. As AEIS são porções do c. afastamento de fundos: distância
território que devem, prioritariamente, assegurar entre os limites de fundo e a edificação;
moradia digna para a população de baixa renda, por II - aglomerados de sub-habitação: unidades
intermédio de melhorias urbanísticas, recuperação residenciais autônomas e contíguas, ocupadas por
ambiental e regularização fundiária de assentamen- população de baixa renda, construídas em locais des-
tos precários e irregulares, bem como a provisão de providos de infraestrutura;
novas habitações de interesse social, dotadas de III - águas servidas: águas residuais ou de
boa oferta de serviços, equipamentos públicos e in- esgoto;
fraestrutura urbana. IV - área de serviços: área de apoio ao uso
residencial;
Art. 2º A delimitação de Áreas de Especial V - área non aedificandi: área do terreno
Interesse Social tem por objetivos: onde não é permitida a edificação de qualquer natu-
I - o estabelecimento de padrões constru- reza, admitida apenas construção de gradil, muro de
tivos e de parcelamento do solo que possibilitem arrimo, escadas de acesso, obras de canalização e
a regularização fundiária e urbanística de assenta- escoamento de águas e canalização de esgotos;
mentos habitacionais da população de baixa renda; VI - áreas verdes condominiais: áreas desco-
II - conferir à propriedade imobiliária a fun- bertas e permeáveis do terreno, dotadas de vegeta-
ção social preconizada pelo artigo 5°, inciso XXIII, da ção arbórea que contribua para o equilíbrio climático
Constituição Federal; e favoreça o serviço de drenagem de águas pluviais;
III - evitar o processo de expulsão indireta VII - atividade econômica doméstica: ativi-
dos moradores dessas áreas em razão da valoriza- dade comercial ou de serviços, explorada por qual-
ção dos imóveis, quando de sua regularização jurídi- quer dos ocupantes da própria unidade, de maneira
ca e urbanística; que não descaracterize o uso residencial;
IV - incentivar a participação comunitária no VIII - compartimento: espaço coberto ou des-
processo de delimitação, urbanização e regularização coberto, de uma edificação que serve para utilização
jurídica dessas áreas; permanente ou transitória, podendo se constituir em:
V - manter, sempre que possível, as edifica- a. compartimento de permanência
ções existentes; prolongada: caracterizado como espaço ha-
VI - corrigir situações de risco ocasionadas bitável que permita permanência confortável
por ocupação de áreas impróprias à habitação; por tempo longo ou indeterminado, tal como
VII - estabelecer condições de habitação dig- quarto, sala de estar, de jantar e de lazer, am-
na, através de investimentos em equipamentos urba- biente de estudo e de trabalho e cozinha;
nos e comunitários; b. compartimento de permanência tran-

135
sitória: compartimento caracterizado como TÍTULO II
espaço habitável de permanência confortável DO PARCELAMENTO DO SOLO NAS ÁREAS DE
por tempo determinado, tal como vestíbulo, ESPECIAL INTERESSE SOCIAL
corredor, caixa de escada, despensa, depósito,
vestiário, banheiro, lavabo e área de serviços; CAPÍTULO I
IX - desmembramento: forma de parcelamen- DAS DIRETRIZES URBANAS E AMBIENTAIS
to da terra em dois ou mais lotes, com testada para
logradouro público existente; Art. 4º A licença para parcelamento do solo
X - divisa: linha de limite entre imóveis confi- nas Áreas de Especial Interesse Social está condi-
nantes ou para o logradouro público; cionada à aprovação do respectivo projeto, na forma
XI - equipamentos comunitários: equipa- da Lei de Parcelamento do Solo Urbano de Manaus,
mentos públicos voltados à educação, cultura e saú- atendidos os requisitos prescritos neste Capítulo.
de, ao desporto, lazer e similares;
XII - equipamentos urbanos: equipamentos Art. 5º Nos loteamentos em Áreas de Espe-
públicos destinados ao abastecimento de água, ser- cial Interesse Social, os lotes terão no mínimo 125 m²
viços de esgotos, energia elétrica, coleta de águas (cento e vinte e cinco metros quadrados) de área e 5
pluviais, rede telefônica e gás canalizado; m (cinco metros) de testada.
XIII - logradouros públicos: bem público de Art. 6º Para aprovação dos projetos de lo-
uso comum, constituídos por vias, calçadas, passa- teamentos em Áreas de Especial Interesse Social
gens de transeuntes, dentre outros; (AEIS), o órgão municipal competente exigirá dos
XIV - frente ou testada do lote ou terreno: linha parceladores, públicos ou privados, reserva de ter-
que coincide com o alinhamento do logradouro públi- renos para implantação de equipamentos comuni-
co e destinada a separá-lo da propriedade particular; tários e áreas verdes, calculados em função da área
XV - gabarito: número de pavimentos de uma total do loteamento, nas seguintes proporções:
edificação; I - 5% (cinco por cento) para área verde, em
XVI - habite-se: documento que autoriza o terreno contínuo, sempre que possível se evitando a
uso e ocupação de um edifício, expedido pelo Órgão fragmentação da cobertura vegetal existente;
Municipal competente; II - 10% (dez por cento) para equipamentos
XVII - obra: realização de um serviço em um comunitários na área urbana e 8% (oito por cento) na
imóvel, cujo resultado implique alteração de seu es- área de transição.
tado físico anterior, tais como serviços de terraplana- § 1º É vedada a destinação de área para
gem e construção de quaisquer tipos de edificação equipamentos comunitários em terrenos nas situa-
transitória ou permanente; ções descritas na Lei do Parcelamento do Solo Urba-
XVIII - parcelamento: subdivisão de gleba no de Manaus.
em lotes destinados à edificação, com abertura ou § 2º As Áreas verdes e de equipamentos co-
não de novas vias de circulação, de logradouros pú- munitários, deverão ser entregues ao Poder Execu-
blicos ou prolongamento, modificação ou ampliação tivo totalmente livres e desafetadas, e no caso das
das vias existentes; áreas verdes, serem definidas fisicamente por vias
XIX - passeio: parte de um logradouro desti- ou ciclovias, de forma a facilitar sua fiscalização e
nada ao trânsito de pedestres; acompanhamento, estando devidamente identifica-
XX - pé-direito: distância vertical entre o piso da como área de preservação ambiental.
e o nível mais baixo do fundo da laje de um comparti-
mento ou da cobertura de um compartimento; Art. 7º As vias de circulação deverão, quan-
XXI - porão: espaço compreendido entre dois do necessário, articular-se com as vias adjacentes
pisos, localizado geralmente abaixo do nível do solo; oficiais, existentes ou projetadas, harmonizar-se
XXII - remembramento: unificação de um ou com a topografia local e obedecer às seguintes ca-
mais lotes formando um lote maior; racterísticas:
XXIII - terreno: extensão de terra pública ou I - via coletora (c2) - composta por 4 (quatro)
particular; faixas de tráfego de 3,60 m (três metros e sessen-
XXIV - uso residencial multifamiliar: mais ta centímetros) cada, 2 (dois) passeios de 2 m (dois
de duas unidades habitacionais autônomas por lote metros) cada, com caixa viária de 18,40 m (dezoito
em condomínio; metros e quarenta centímetros);
XXV - uso residencial unifamiliar: uma ou II - via local (l2): composta de 2 (duas) faixas
duas unidades habitacionais autônomas por lote. de tráfego de 3,20 m (três metros e vinte centímetros)
cada, 2 (duas) faixas de passeio de 1,50 m (um metro
e cinquenta centímetros) cada, com caixa viária de
9,40 m (nove metros e quarenta centímetros).
III - via de servidão (ls): composta de 2 (duas)

136
faixas de tráfego de 3 m (três metros) cada, 2 (duas) fai- Nº Total de Afastamento Afastamentos
Afastamentos Fundos
xas de passeio de 1,50 m (um metro e cinquenta centí- Pavimentos Frontal (m) Laterais

metros) cada, com caixa viária de 9,00 m (nove metros); 1 3 0,00 / 0,00 1

IV - via de pedestre: composta de 1 (uma) fai- 2 3 0,00 / 0,00 1,5


xa de passeio de 3 m (três metros) no mínimo. 3 4 2 2
§ 1º A interseção do alinhamento das vias 4 5 3 2,5
públicas deve concordar em curva com raio mínimo 5 5 4 3
de 2,30 m (dois metros e trinta centímetros), exceto
quando se tratar de vias de servidão. A partir de 6 pavimentos, obedecer os afastamentos previstos na Lei de Uso e Ocupação
do Solo.
§ 2º Qualquer interrupção ou descontinuidade
no traçado das vias coletoras ou locais deverá ter dis- II - quanto aos afastamentos mínimos da
positivo que permita manobra para retorno de veículos. edificação: deverão ser garantidos afastamentos
previstos no quadro a seguir:
Art. 8º O parcelador deverá executar as
obras e serviços necessários às vias de circulação, à NºTotal de Pavi- Afastamento Frontal
demarcação dos lotes, das quadras, dos logradouros, mentos (m)
Afastamentos Laterais Afastamentos Fundos

ao escoamento das águas pluviais e aos equipamen- 1 3 0,00 / 0,00* 1


tos urbanos previstos no projeto, além da arborização 2 3 0,00 / 0,00* 1,5
das vias e praças e do fornecimento das placas de de- 3 4 2 2
nominação de logradouros. 4 5 3 2,5

5 5 3,5 3
Art. 9º Em todos os cursos d’água locali-
* Para os casos em que o requerente contemple em seu projeto afastamentos laterais com
zados nas Áreas de Especial Interesse Social será aberturas, os afastamentos laterais para um pavimento será de 1 m e, para dois pavimentos,
adotada faixa de proteção marginal mínima de 30 m será de 1,5 m. (Redação dada pela Lei nº 2401/2019)

(trinta metros), medidos da maior enchente, durante


o período em que o Plano de Proteção das Margens III - quanto à taxa de ocupação: sem restri-
dos Cursos d’Água ainda não houver sido implantado, ções, ressalvados os espaços necessários à implan-
observadas as exceções previstas na legislação am- tação dos afastamentos e taxa de permeabilidade.
biental vigente. III - devem ser resguardados os espaços
Parágrafo único. Ao redor de nascentes ou necessários à implantação dos afastamentos e a
olhos d´água, será obrigatória a reserva de área non ae- taxa de permeabilidade; (Redação dada pela Lei nº
dificandi com raio mínimo de 50 m (cinquenta metros). 2153/2016)
IV - quanto as vagas de estacionamento:
Art. 10. Não serão licenciados loteamentos deverá atender ao determinado no Código de Obras
em terrenos com declividade igual ou superior a 30% e Edificações do Município de Manaus, excetuados
(trinta por cento), excetuando- se os casos em que os casos a seguir:
sejam realizados trabalhos de engenharia. IV - quanto às vagas de estacionamento: de-
verá atender ao determinado no Código de Obras e
Edificações do Município de Manaus, excetuados os
CAPITULO II casos a seguir:
DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO a. as residências unifamiliares deverão
ter, no mínimo, uma vaga de garagem;
Art. 11. Nos empreendimentos em Áreas de b. os empreendimentos em forma de
Especial Interesse Social o Coeficiente de Aprovei- vila e casas geminadas limitados até dez uni-
tamento Básico do Terreno - CABT para cálculo da dades deverão obedecer a uma vaga de veícu-
Outorga Onerosa do Direito de Construir será 2,5, de- lo a cada duas unidades, não sendo necessá-
vendo obedecer ao gabarito estipulado na Lei de Uso rias vagas para visitantes;
e Ocupação do Solo: c. os empreendimentos multifamilia-
I - quanto ao uso: de acordo com o disposto nos res deverão dispor de uma vaga de visitante
Quadros de Usos e Atividades por Setor Urbano e Cor- para cada dezesseis unidades habitacionais.
redor Urbano constantes nos Anexos II e V, respectiva- (Redação dada pela Lei nº 2153/2016)
mente, da Lei de Uso e Ocupação do Solo de Manaus; V - para edificações de até dois pavimentos,
II - quanto aos afastamentos mínimos da em lotes de esquina, deverá ser previsto para uma
edificação: deverão ser garantidos afastamentos pre- das testadas o afastamento frontal mínimo e, para
vistos no quadro abaixo: outra testada, o afastamento equivalente ao lateral;
(Redação acrescida pela Lei nº 2153/2016)
VI - no caso de previsão de aberturas laterais
para edificações de até dois pavimentos, deverá ser

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atendido o afastamento equivalente ao de fundos, deverão ter equivalência à no mínimo 15% (quinze
conforme a quantidade de pavimentos. (Redação por cento) da área dos compartimentos de perma-
acrescida pela Lei nº 2153/2016) nência prolongada;
§ 1º As residências unifamiliares deverão ter II - todos os compartimentos de permanên-
no mínimo uma vaga de garagem. cia prolongada deverão ter abertura comunicando-se
§ 2º Os empreendimentos em forma de vila diretamente com o exterior da edificação;
e casas geminadas limitados até 10 (dez) unidades, III - os banheiros poderão ser iluminados e ven-
deverão obedecer a uma vaga de veículo a cada 2 tilados para áreas de serviço ou poços de ventilação;
(duas) unidades, não sendo necessárias vagas para Parágrafo único. Para o atendimento do pre-
visitantes. visto nos incisos I a IV, o interessado poderá bene-
ficiar-se dos serviços listados segundo artigo 11 do
Código de Obras e Edificações de Manaus.
TÍTULO III
DAS EDIFICAÇÕES NAS ÁREAS DE ESPECIAL
INTERESSE SOCIAL CAPÍTULO II
DAS NORMAS TÉCNICAS
CAPÍTULO I PARA AS EDIFICAÇÕES
DO LICENCIAMENTO
Art. 14. Os projetos de iniciativa pública ou
Art. 12. A execução de toda e qualquer obra, privada, executados em Áreas de Especial Interesse
construção, reforma ou ampliação em imóveis situados Social deverão atender as medidas necessárias para
nas Áreas de Especial Interesse Social deverá ser pre- os compartimentos:
viamente licenciada pelo órgão municipal competente.
Parágrafo único. Não dependem de projetos PÉ-DIREITO
COMPARTIMENTO ÁREA MÍNIMA LARGURA MÍNIMA
nem de alvará de construção as obras e serviços MÍNIMO

descritos nos incisos I a V do artigo 10 do Código de Salas 7,50m² 2,40m 2,50m

Obras e Edificações do Município. Quartos 7,50m² 2,40m 2,50m

Cozinha 4,00m² 1,60m 2,50m


Art. 13. O licenciamento da obra ou serviço Cômodo Diferenciado 7,00m² 2,40m 2,50m
será concedido pelo órgão municipal competente me- Banheiro 2,00m² 1,00m 2,20m
diante requerimento do interessado, instruído obriga- Área de Serviços 1,50m² 1,00m 2,20m
toriamente com:
I - documentos de propriedade ou docu- § 1º Serão aceitos até dois cômodos diferen-
mento que comprove a posse do imóvel por 5 (cin- ciados podendo este destinar-se a quarto, gabinete,
co) anos, título definitivo ou registro de imóveis; escritório, sala de T.V, sala de estudos ou biblioteca,
II - RG e CPF do proprietário; dentre outros.
III - os seguintes documentos gráficos: I - as aberturas para iluminação e ventilação dos
a. planta do terreno, com identificação compartimentos de permanência transitória deverão ter
de suas dimensões, limites e confrontações, equivalência à no mínimo 15% (quinze por cento) da
implantação do edifício no terreno e respec- área dos compartimentos de permanência prolongada;
tivas dimensões e afastamentos das divisas, II - todos os compartimentos de permanên-
norte magnético; cia prolongada deverão ter abertura comunicando-se
b. planta baixa dos pavimentos com in- diretamente com o exterior da edificação;
dicação da área total construída, localização III - os banheiros poderão ser iluminados e ven-
das esquadrias em cada pavimento, área dos tilados para a área de serviço ou poços de ventilação;
ambientes, um corte esquemático de volume- IV - os poços de ventilação poderão ter di-
tria, uma fachada, planta de cobertura, projeto mensões que permitam a abertura dos vãos de ilu-
do esgotamento sanitário para o sistema pú- minação e ventilação dos compartimentos, obedeci-
blico, quando houver, ou localização de fossa da à largura mínima de 1 m (um metro);
e sumidouro. V - as portas de acesso às edificações, bem
IV - croqui de localização do terreno na ma- como as passagens de circulação e corredores no in-
lha viária urbana da Cidade; terior das edificações, devem ter largura mínima de 90
§ 1º Serão aceitos até dois cômodos dife- cm (noventa centímetros);
renciados podendo este destinar-se a quarto, gabi- VI - as escadas de acesso público terão largu-
nete, escritório, sala de TV, sala de estudos ou biblio- ra mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros).
teca, dentre outros. VII - serão permitidas edificações de até 5
I - as aberturas para iluminação e ventila- (cinco) pavimentos, sem elevador, desde que a dis-
ção dos compartimentos de permanência transitória tância da laje de piso do primeiro pavimento a laje

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de piso do último pavimento seja de, no máximo, 11 Parágrafo único. O Habite-se poderá ser conce-
(onze) metros, sendo reservado o percentual de 5% dido em caráter parcial e precário nas hipóteses da Lei do
dos apartamentos térreos para pessoas com deficiên- Código de Obras e Edificações do município de Manaus.
cia e idosos.
§ 2º Os compartimentos de permanência
prolongada deverão ter pé-direito mínimo de 2,50 m TÍTULO IV
(dois metros e cinquenta centímetros) e, no caso de DA REGULARIZAÇÃO DOS PARCELAMENTOS
tetos inclinados, o ponto mais baixo deverá ter altura DO SOLO
mínima de 2,20 m (dois metros e vinte centímetros).
§ 3º As regras previstas neste artigo CAPÍTULO I
poderão ser aplicadas às construções que estejam DISPOSIÇÕES GERAIS
inseridas em programas governamentais do Plano
Nacional de Habitação Urbana (PNHU), prevalecendo Art. 21. Para os efeitos desta Lei, os parcela-
estes parâmetros aos do zoneamento em razão do mentos do solo empreendidos nas Áreas de Especial In-
interesse público. (Redação acrescida pela Lei nº teresse Social são qualificados nas seguintes categorias:
2153/2016) I - parcelamentos irregulares: de iniciativa
pública ou privada, os empreendidos pelos Gover-
Art. 15. Os banheiros ou lavabos deverão nos Federal, Estadual ou Municipal ou por pessoa
apresentar piso lavável e, no mínimo, um vaso e um física ou jurídica de direito privado, sem a aprovação
dispositivo para banho, ambos ligados à rede de es- do Poder Público Municipal ou em desacordo com o
goto, se existente, ou à fossa séptica. projeto aprovado;
Parágrafo único. O lavatório poderá ser ins- II - parcelamentos clandestinos: parcelamen-
talado fora do banheiro e, de igual modo, deverá estar tos realizados sem que tenha sido apresentado proje-
ligado à rede de esgoto, se existente, ou a sistema de to para aprovação do Poder Público Municipal, efetiva-
fossa e sumidouro. do por pessoa jurídica ou por ocupação espontânea.

Art. 16. As cozinhas deverão ser providas Art. 22. Tomando conhecimento de parce-
de pia com canalização de efluentes para a rede de lamento irregular ou clandestino empreendido em
esgoto, quando existente, ou para sistema de esgota- Área de Especial Interesse Social, caberá ao órgão
mento sanitário. municipal competente adotar imediatamente as pro-
vidências dos procedimentos de controle e sanções,
Art. 17. Os tanques de lavagem doméstica conforme disposto no Plano Diretor Urbano e Ambien-
deverão ser ligados à rede de esgoto, quando existen- tal do Município de Manaus.
te, ou a fossa e sumidouro.
Art. 23. Após as providências previstas no
Art. 18. As edificações destinadas ao uso Co- artigo 22, o órgão municipal competente, deverá,
mercial e de Serviço, na forma da Lei de Uso e Ocupa- ainda, expedir ofícios à Procuradoria Geral do Muni-
ção do Solo de Manaus, deverão apresentar no míni- cípio, à Autoridade Policial e ao Ministério Público do
mo um banheiro provido de vaso sanitário e lavatório. Estado, informando sobre a prática dos crimes pre-
vistos na Lei Federal n. 6.766, de 19 de dezembro de
Art. 19. Para coleta de água do telhado de- 1979, e solicitando a adoção das medidas aplicáveis
verá ser previsto mecanismo apropriado para cada contra o parcelador.
caso, não permitida a emissão de águas pluviais dire-
tamente para a via ou logradouro público e nem para Art. 24. Ao parcelador irregular serão aplica-
terrenos vizinhos. das as penas administrativas e civis que a legislação
Parágrafo único. Não poderá haver vão de prescrever, independentemente das sanções crimi-
iluminação e ventilação voltado diretamente para o nais e do atendimento das exigências da Prefeitura
lote vizinho. Municipal de Manaus.

Art. 25. Verificados que o parcelamento não


CAPÍTULO III se acha registrado ou regularmente executado, de-
DO HABITE-SE verá o adquirente do lote suspender o pagamento
das prestações restantes e notificar o loteador para
Art. 20. A ocupação de toda e qualquer suprir a falta junto ao órgão municipal competente.
edificação nas Áreas de Especial Interesse Social
dependerá de Habite-se a ser expedido pelo órgão mu-
nicipal competente, desde que as obras tenham sido
empreendidas de acordo com o projeto aprovado.

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CAPÍTULO II b. com declividade igual ou superior ao
DOS PROCEDIMENTOS máximo previsto nas legislações pertinentes,
salvo se atendidas as exigências específicas
Art. 26. Os parcelamentos irregulares ou da legislação municipal;
clandestinos empreendidos nas Áreas de Especial In- c. cujas condições geológicas ou mor-
teresse Social poderão ser regularizados pelo órgão fológicas do solo não permitam sua ocupação
municipal competente, na forma desta Lei e a partir por edificações, salvo se comprovada sua es-
do levantamento dos parcelamentos irregulares e tabilidade mediante a apresentação de laudo
clandestinos e do cadastramento de suas popula- técnico específico;
ções, visando à regularização urbanística e fundiária. d. alagadiços ou sujeitos a inundações,
até a sua correção.
Art. 27. A regularização dos parcelamentos Parágrafo único. Ocorrendo qualquer das
empreendidos nas Áreas de Especial Interesse Social situações previstas neste artigo e essa se mostrar
dar-se-á por meio de processo administrativo defini- insanável, o parcelador deverá desfazer o parcela-
do por esta Lei. mento e executar, às suas exclusivas expensas, todas
as obras e serviços necessários ao saneamento de
Art. 28. A regularização dos parcelamentos danos ambientais eventualmente causados pelo par-
irregulares ou clandestinos nas Áreas de Especial In- celamento, restituindo a área à condição de gleba.
teresse Social poderá ser determinada pelo Prefeito
Municipal de Manaus ou solicitada pelo parcelador, Art. 31. O laudo técnico que deverá instruir o
por qualquer adquirente de lote ou por associação processo de regularização do parcelamento irregu-
representativa dos adquirentes de lotes, por meio de lar empreendido em Área de Especial Interesse So-
requerimento próprio. cial constará no mínimo de:
§ 1º A solicitação de regularização feita pelo I - diagnóstico geral da situação do parcela-
parcelador deverá ser instruída com a proposta de mento;
regularização, acompanhada de laudo técnico que II - proposta técnica e urbanística para a re-
demonstre a observância dos parâmetros técnicos e gularização do parcelamento.
urbanísticos estabelecidos nesta Lei.
§ 2º Nas hipóteses de determinação e de so- Art. 32. Os projetos de regularização de par-
licitação da regularização feita por adquirente de lote celamentos empreendidos em Área de Especial In-
ou por associações, o órgão municipal competente, teresse Social atenderão às exigências feitas pelo
deverá elaborar a proposta e o laudo previstos no § 1° órgão municipal competente, devendo, necessaria-
deste artigo. mente, estar representadas em planta as curvas de
§ 3º O órgão municipal competente poderá nível, as quadras, os lotes, as áreas públicas, verdes,
aceitar, para efeito de instrução dos processos de re- de preservação permanente e remanescentes.
gularização nas Áreas de Especial Interesse Social, Parágrafo único. Os projetos de regulari-
compromisso de venda e compra da gleba parcela- zação de parcelamentos, os respectivos memoriais
da, ainda que não registrado, desde que filiado a títu- descritivos e cronogramas das obras e serviços deve-
lo de domínio devidamente registrado no cartório de rão ser assinados por profissional habilitado e pelo lo-
registro de imóveis. teador, os quais serão plenamente responsáveis pelo
empreendimento na forma da Lei.
Art. 29. Também poderá ser objeto de regu-
larização, na forma desta Lei, apenas parte de ter- Art. 33. O parcelador será comunicado pelo
reno irregularmente loteado, considerando-se a área órgão municipal competente, das conclusões da
remanescente como gleba, nos termos da Lei de Par- análise técnica e jurídica do pedido de regularização,
celamento do Solo em vigor. devendo atender às exigências formuladas no prazo
de 30 (trinta) dias corridos, prorrogável, no máximo,
Art. 30. Não poderão ser objeto da por dois períodos iguais e sucessivos.
regularização prevista nesta Lei os parcelamentos irre-
gulares ou clandestinos, ou parte destes, empreendidos: Art. 34. Para efeito de regularização dos
I - em Áreas de Preservação Permanente, na parcelamentos empreendidos em Áreas de Especial
forma da legislação ambiental; Interesse Social, o órgão municipal competente, po-
II - em áreas onde a poluição impeça con- derá exigir, ainda, a execução de obras e serviços de
dições sanitárias suportáveis, até a eliminação dos forma a que sejam assegurados:
agentes poluentes; I - a estabilidade dos lotes, dos logradouros,
III - em terrenos: das áreas públicas e dos terrenos limítrofes;
a. aterrados com material nocivo à II - a drenagem de águas pluviais;
saúde pública, até a sua correção; III - a preservação das quadras e dos logra-

140
douros públicos quanto a processos erosivos; ressarcirá dos gastos decorrentes da intervenção
IV - a fluidez de tráfego nas vias; que efetuar, mediante o levantamento do depósito ju-
V - a integração das vias do parcelamento dicial das prestações ou da entrega dos lotes dados
com o sistema viário existente; em garantia.
VI - o abastecimento de água e, quando ne- § 3º Consideram-se despesas a serem res-
cessário, sua captação e tratamento. sarcidas pelo parcelador, dentre outras, aquelas rea-
lizadas pelo Poder Público com levantamentos to-
Art. 35. Aceita pelo parcelador a proposta pográficos, projetos, obras e serviços destinados à
técnica para a regularização, deverá o órgão muni- regularização do parcelamento ou de seu retorno à
cipal competente expedir a licença para a execução condição de gleba ou, ainda, à reparação de danos am-
das obras e serviços, acompanhada do respectivo bientais, no caso de reconstituição de área degradada.
cronograma físico-financeiro, informando ao órgão
municipal competente as áreas destinadas como ga- Art. 39. O desmembramento da gleba, para
rantia para a execução dessas obras e serviços. efeito de lançamento do Imposto Predial e Territorial
§ 1º Na falta ou omissão do parcelador, os Urbano (IPTU), deverá ser autorizado logo após a ex-
projetos e a execução das obras necessárias à re- pedição da regularização do parcelamento.
gularização do parcelamento serão executados pela Parágrafo único. A autorização para des-
Prefeitura Municipal de Manaus. membramento da gleba não exime o loteador do
§ 2º Quando a execução das obras e servi- cumprimento das exigências que lhe forem feitas
ços necessários à regularização do parcelamento for pelo Poder Público.
assumida por associação de adquirentes de lotes, o
órgão municipal competente poderá, a seu critério, dis- Art. 40. Quando a regularização do parcela-
pensar a prestação das garantias previstas neste artigo. mento ocorrer a requerimento de associação de mo-
Art. 36. O Auto de Regularização do Parcela- radores ou adquirentes de lotes, os débitos relativos a
mento só será expedido depois de cumpridas as exi- taxas e ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU)
gências feitas para a regularização do parcelamento vencidos poderão ser pagos por meio de parcela-
e da aceitação técnica do órgão municipal das obras mento, a ser disciplinado em regulamento próprio,
e serviços executados. descontando-se do montante lançado as importân-
cias relativas às áreas destinadas a ruas, praças e
Art. 37. Expedido o Auto de Regularização espaços livres já implantados.
do Parcelamento, deverá o parcelador proceder à
averbação do parcelamento junto ao competente Art. 41. O prazo para interposição de recurso
Cartório de Registro de Imóveis no prazo de 30 (trin- contra as decisões proferidas nos processos de regu-
ta) dias, sob pena de, não o fazendo, ser demandado larização de que trata esta Lei é de 15 (quinze) dias
judicialmente. corridos, contados a partir da data da publicação da
Parágrafo único. Na hipótese de omissão do decisão.
parcelador, o órgão municipal competente deverá Parágrafo único. A interposição extemporâ-
providenciar, imediatamente, o registro das áreas nea de recurso implicará o encerramento da instância
públicas e reservadas no competente cartório do re- administrativa.
gistro de imóveis.
Art. 42. O Conselho Municipal de Desenvolvi-
Art. 38. Quando o parcelador irregular não mento Urbano (CMDU) é a última instância de recur-
for identificado ou recusar a adoção das medidas so nas matérias relacionadas à aplicação desta Lei.
determinadas, o órgão municipal competente poderá
intervir no parcelamento por meio de quaisquer das Art. 43. A regularização urbanística dos
seguintes providências: parcelamentos na forma desta Lei não implica o re-
I - execução das obras e serviços necessários conhecimento ou a assunção, pelo Poder Público
à regularização do parcelamento, na forma desta Lei; Municipal, de qualquer obrigação assumida pelo
II - retorno da área parcelada à condição de parcelador perante os adquirentes de lotes.
gleba;
§ 1º O órgão municipal competente cobrará
do parcelador o custo das obras e serviços execu- CAPÍTULO III
tados, inclusive seu gerenciamento, juros, correção DOS PADRÕES TÉCNICOS
monetária e todos os acréscimos legais e outras E URBANÍSTICOS EXIGÍVEIS
despesas que tiver de suportar, tudo para garantir
os padrões de desenvolvimento urbano e propiciar Art. 44. A regularização dos parcelamentos
a defesa dos direitos dos adquirentes de lotes. empreendidos em Áreas de Especial Interesse Social
§ 2º A Prefeitura Municipal de Manaus se deverá observar e exigir a destinação de áreas para

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implantação de áreas públicas dentro da área objeto d. um corte esquemático de volumetria,
do parcelamento, nos percentuais exigidos pela legis- e. uma fachada;
lação federal. f. esquema geral de esgotamento sa-
Parágrafo único. Em glebas localizadas em nitário para o sistema público, quando houver,
Áreas de Especial de Interesse Social, com área me- ou localização de fossa e sumidouro.
nor do que 20.000 m² (vinte mil metros quadrados) IV - Anotação de Responsabilidade Técnica
não será exigida do parcelador a destinação de áreas pela execução da obra.
públicas, além daquelas eventualmente já destinadas. § 2º Poderão ser regularizados os imóveis
localizados em Áreas de Especial Interesse Social,
Art. 45. Quando não forem alcançados os que atenderem os seguintes parâmetros:
percentuais mínimos exigidos pela legislação que I - que sejam exclusivamente residenciais
rege o parcelamento do solo urbano, o órgão muni- ou que contenham uso misto com atividade de co-
cipal competente exigirá do parcelador a doação do mércio ou serviço com ocupação máxima de 50 m²
dobro da área que faltar em terreno contíguo ou si- (cinquenta metros quadrados).
tuado nas proximidades do parcelamento objeto da II - que seja comprovada a construção da
regularização, ou o pagamento de seu equivalente em edificação anterior a 4 de novembro de 2002;
moeda corrente, em favor do Fundo Municipal de De- III - contenha até 100 m² (cem metros qua-
senvolvimento Urbano. drados) de área construída;
Parágrafo único. Na impossibilidade de IV - que tenha no máximo até 2 (dois) pavi-
cumprimento do disposto neste artigo, o órgão muni- mentos;
cipal competente poderá expedir a regularização do V - que tenha sistema de esgotamento sanitário;
parcelamento, devendo, entretanto, seguir exigindo VI - que apresente comprovantes de água e luz;
do parcelador, inclusive por meio judicial, o cumpri- VII - deverão atender a ventilação e ilumi-
mento dessas obrigações. nação em no mínimo 50% (cinquenta por cento) dos
vãos necessários por cômodos;
Art. 46. Na regularização dos parcelamen- VIII - não houver invasão de áreas públicas e
tos empreendidos em Áreas de Especial Interesse lotes vizinhos;
Social, as vias de circulação deverão atender o míni- IX - que não tenha nenhum dos afastamen-
mo definido nesta Lei, ou se comprovadamente exe- tos, desde que não haja qualquer tipo de vão de aber-
cutado antes de 04 de novembro de 2002 poderão turas para os lotes vizinhos e contenha no mínimo 1
ser definidos e analisados pelo Conselho Municipal (uma) vaga de garagem.
de Desenvolvimento Urbano - CMDU, ouvido o Ór- § 3º Para o atendimento deste artigo, o inte-
gão Municipal competente. ressado poderá beneficiar-se dos serviços listados
segundo artigo 11 do Código de Obras e Edificações
de Manaus.
TÍTULO V
DA REGULARIZAÇÃO DAS CONSTRUÇÕES
TÍTULO VI
Art. 47. A regularização das construções DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
empreendidas nas Áreas de Especial Interesse Social
deverá ser solicitada por meio de requerimento do Art. 48. São condições imprescindíveis
proprietário ou possuidor do imóvel. à regularização fundiária dos lotes situados em
§ 1º A solicitação de regularização prevista parcelamentos clandestinos, na forma desta Lei:
neste artigo deverá ser instruída com os seguintes do- I - identificação da propriedade da gleba, de
cumentos: acordo com a averbação no cartório de registro de
I - nome do titular da propriedade, da posse a imóveis;
mais de 5 (cinco) anos ou do domínio útil do imóvel, II - comprovação de irreversibilidade do par-
comprovado por documento hábil; celamento implantado;
II - Certidão de débito do IPTU, do referido III - contenham lotes com área de, no míni-
imóvel. mo, 70 m² (setenta metros quadrados).
III - documento gráfico, composto de: Parágrafo único. Em nenhuma hipótese, as
a. planta de situação do terreno na ma- glebas ocupadas espontaneamente poderão ser ob-
lha viária urbana; jeto de desapropriação pelo Poder Público.
b. implantação do edifício no terreno
com suas respectivas dimensões, afastamen- Art. 49. Não sendo identificada a
tos, cobertura, limites e confrontações, inclusi- propriedade da gleba parcelada e uma vez esgotadas
ve o norte magnético; as pesquisas necessárias para essa identificação, e
c. planta baixa dos pavimentos; com o não atendimento do responsável parcelador,

142
a Prefeitura poderá intervir no parcelamento do solo junto Habitacional Cidadão II - AmineLindoso - AEIS
irregular, somente para fins de atendimento às exi- conjunto Cidadão II - AmineLindoso;
gências técnicas, urbanísticas e de serviços, previs- XIV - Área de Especial Interesse Social Con-
tas nos artigos 25, 26 e 27 desta Lei, e definição da junto Habitacional Cidadão IV - João Paulo II -AEIS
planta técnica do parcelamento. conjunto Cidadão IV - João Paulo II;
§ 1º A situação de irreversibilidade do par- XV - Área de Especial Interesse Social Con-
celamento prevista no inciso II do artigo anterior será junto Habitacional Cidadão - AEIS conjunto Cidadão;
atestada por laudo técnico emitido pelo Órgão muni- XVI - Área de Especial Interesse Social Con-
cipal competente, que levará em consideração a loca- junto Habitacional Cidadão III - Carlos Braga - AEIS
lização do parcelamento, sua situação física, social conjunto Cidadão III - Carlos Braga;
e jurídica, observados os critérios definidos nesta Lei. XVII - Área de Especial Interesse Social Santo
§ 2º Quando se mostrar possível a reversão Agostinho - AEIS Santo Agostinho;
do parcelamento à condição de gleba, diagnosticada XVIII - Área de Especial Interesse Social Al-
por laudo técnico nos moldes do § 1º, o parcelador vorada - AEIS Alvorada;
deverá ser determinado a fazê-lo, assumindo os cus- XIX - Área de Especial Interesse Social Co-
tos das obras e serviços. roado - AEIS Coroado;
§ 3º Nos casos previstos no caput deste ar- XX - Área de Especial Interesse Social Tan-
tigo só será requerido o registro ou a averbação do credo Neves - AEIS Tancredo Neves;
parcelamento, conforme o caso, depois de resolvidas XXI - Área de Especial Interesse Social Muti-
as questões sobre o domínio da área parcelada. rão - AEIS Mutirão;
XXI - Área de Especial Interesse Social Feira
do Mutirão - AEIS Feira do Mutirão; (Redação dada
TÍTULO VII pela Lei nº 2401/2019)
DAS ÁREAS DE ESPECIAL INTERESSE SOCIAL XXII - Área de Especial Interesse Social Resi-
dencial Francisco Garcia - AEIS Francisco Garcia;
Art. 50. Ficam definidas as seguintes Áreas XXII - Área de Especial Interesse Social Re-
de Especial Interesse Social - AEIS, cujos limites se- sidencial Francisco Garcia Rodrigues - AEIS Fran-
rão descritos em ato do Prefeito Municipal: cisco Garcia Rodrigues; (Redação dada pela Lei nº
I - Área de Especial Interesse Social Cidade 2401/2019)
de Deus - AEIS Cidade de Deus; XXIII - Área de Especial Interesse Social Iga-
II - Área de Especial Interesse Social Jorge rapé do Quarenta - AEIS Igarapé do Quarenta;
Teixeira - AEIS Jorge Teixeira; XXIV - Área de Especial Interesse Social Iga-
III - Área de Especial Interesse Social Manaus rapé do Mestre Chico - AEIS do mestre Chico;
2000 – AEIS Manaus 2000; XXV - Área de Especial Interesse Social Iga-
IV - Área de Especial Interesse Social Maua- rapé Manaus/Bittencourt - AEIS Manaus Bittencourt;
zinho - AEIS Mauazinho; XXVI - Área de Especial Interesse Social Iga-
V - Área de Especial Interesse Social Crespo rapé Treze de Maio - AEIS igarapé Treze de Maio;
- AEIS Crespo; XXVII - Área de Especial Interesse Social Igara-
VI - Área de Especial Interesse Social Santa pé do Bombeamento - AEIS Igarapé do Bombeamento;
Etelvina - AEIS Santa Etelvina; XXVIII - Área de Especial Interesse Social
VII - Área de Especial Interesse Social Con- Igarapé da Sapolândia - AEIS Igarapé da Sapolândia;
junto Habitacional Galiléia - AEIS conjunto habitacio- XXIX - Área de Especial Interesse Social Iga-
nal Galiléia; rapé do Franco - AEIS Igarapé do Franco;
VIII - Área de Especial Interesse Social Con- XXX - Área de Especial Interesse Social Resi-
junto Habitacional Boas Novas - AEIS conjunto Boas dencial Campos Sales - AEIS Residencial Campos Sales;
Novas; XXXI - Área de Especial Interesse Social Par-
IX - Área de Especial Interesse Social Con- que Tropical - AEIS Parque Tropical;
junto Habitacional Amadeu Soares Botelho - AEIS XXXII - Área de Especial Interesse Social
conjunto Amadeu Soares Botelho; Nova Esperança - AEIS Nova Esperança;
X - Área de Especial Interesse Social Con- XXXIII - Área de Especial Interesse Social
junto Habitacional Presidente Lula - AEIS conjunto Zumbi dos Palmares - AEIS Zumbi dos Palmares;
Presidente Lula; XXXIV - Área de Especial Interesse Social
XI - Área de Especial Interesse Social Lotea- Novo Israel - AEIS Novo Israel;
mento Lírio do Vale I - AEIS loteamento Lírio do Vale I; XXXV - Área de Especial Interesse Social Co-
XII - Área de Especial Interesse Social Con- lônia Terra Nova - AEIS colônia Terra Nova;
junto Habitacional Nova Cidade - AEIS conjunto Nova XXXVI - Área de Especial Interesse Social Re-
Cidade; sidencial Parque dos Buritis - AEIS Parque dos Buritis;
XIII - Área de Especial Interesse Social Con- XXXVII - Área de Especial Interesse Social

143
Residencial Aluísio Domingues - AEIS residencial Aluí- Melhor II - AEIS Viver Melhor II; (Redação acrescida
sio Domingues; pela Lei nº 2401/2019)
XXXVIII - Área de Especial Interesse Social LXII - Área de Especial Interesse Social Viver
Condomínio Residencial Villa Poupex - AEIS Condomí- Melhor III - Colônia Terra Nova - AEIS Viver Melhor III
nio Residencial Villa Poupex; - Colônia Terra Nova; (Redação acrescida pela Lei nº
XXXIX - Área de Especial Interesse Social 2401/2019)
Augusto Montenegro - AEIS Augusto Montenegro; LXIII - Área de Especial Interesse Social Vi-
XL - Área de Especial Interesse Social Gedá- ver Melhor III - Monte das Oliveiras - AEIS Viver Me-
riaMaspoli - AEIS GedáriaMaspoli; lhor III - Monte das Oliveiras; (Redação acrescida pela
XLI - Área de Especial Interesse Social Resi- Lei nº 2401/2019)
dencial Novo Israel - AEIS Novo Israel; LXIV - Área de Especial Interesse Social Gil-
XLI - Área de Especial Interesse Social Re- berto Mestrinho - AEIS Gilberto Mestrinho; (Redação
sidencial Novo Israel - AEIS Residencial Novo Israel; acrescida pela Lei nº 2401/2019)
(Redação dada pela Lei nº 2401/2019) LXV - Área de Especial Interesse Social Cam-
XLII - Área de Especial Interesse Social Lago pos Sales - AEIS Campos Sales; (Redação acrescida
Azul - AEIS Lago Azul; pela Lei nº 2401/2019)
XLIII - Área de Especial Interesse Social Villa LXVI - Área de Especial Interesse Social Boa
Lírios - AEIS Villa Lírios; Vista - Puraquequara - AEIS Boa Vista - Puraquequa-
XLIV - Área de Especial Interesse Social Ci- ra; (Redação acrescida pela Lei nº 2401/2019)
dadão Petrópolis - AEIS Cidadão Petrópolis; LXVII - Área de Especial Interesse Social Par-
XLV - Área de Especial Interesse Social Pre- que Eduardo Gomes - AEIS Parque Eduardo Gomes;
sidente Vargas - AEIS Presidente Vargas; (Redação acrescida pela Lei nº 2401/2019)
XLVI - Área de Especial Interesse Social São LXVIII - Área de Especial Interesse Social
Geraldo - AEIS São Geraldo; Avenida Brasil - AEIS Avenida Brasil; (Redação acres-
XLVII - Área de Especial Interesse Social cida pela Lei nº 2401/2019)
José Romão I - AEIS José Romão I; LXIX - Área de Especial Interesse Social Ar-
XLVIII - Área de Especial Interesse Social La- quiteto Zé Henriques - AEIS Arquiteto Zé Henriques;
ranjeiras I - AEIS Laranjeiras; (Redação acrescida pela Lei nº 2401/2019)
XLIX - Área de Especial Interesse Social LXX - Área de Especial Interesse Social Aca-
Areia Branca - AEIS Areia Branca; sota I - Deus é Fiel - AEIS Acasota I - Deus é Fiel; (Re-
L - Área de Especial Interesse Social José dação acrescida pela Lei nº 2401/2019)
Romão II - AEIS José Romão II; LXXI - Área de Especial Interesse Social Con-
LI - Área de Especial Interesse Social Villa domínio Flex Tapajós - AEIS Condomínio Flex Tapa-
Bella - AEIS Villa Bella; jós; (Redação acrescida pela Lei nº 2401/2019)
LII - Área de Especial Interesse Social Con- LXXII - Área de Especial Interesse Social
junto Nova Cidade - AEIS Conjunto Nova Cidade; Portal das Rosas - AEIS Portal das Rosas; (Redação
LIII - Área de Especial Interesse Social São acrescida pela Lei nº 2401/2019)
José Operário 1ª Etapa - AEIS São José Operário 1ª LXXIII - Área de Especial Interesse Social
Etapa; Alegro Residencial Club - Condomínio 2 - AEIS Alegro
LIV - Área de Especial Interesse Social São Residencial Club - Condomínio 2; (Redação acrescida
José Operário etapas II-A e II-B - AEIS São José Ope- pela Lei nº 2401/2019)
rário etapas II-A e II-B; LXXIV - Área de Especial Interesse Social
LV - Área de Especial Interesse Social Cida- Residencial PAR Campos Sales - AEIS Residencial
dão VIII - AEIS Cidadão VIII; PAR Campos Sales; (Redação acrescida pela Lei nº
LVI - Área de Especial Interesse Social Vila 2401/2019)
Suíça - AEIS Vila Suíça; LXXV - Área de Especial Interesse Social Ci-
LVII - Área de Especial Interesse Social Vila dadão X - AEIS Cidadão X; (Redação acrescida pela
Suécia – AEIS Vila Suécia. Lei nº 2401/2019)
LVIII - Área de Especial Interesse Social Cida- LXXVI - Área de Especial Interesse Social
dão XIII - AEIS Cidadão XIII; (Redação acrescida pela Smart Vista do Sol - AEIS Smart Vista do Sol; (Reda-
Lei nº 2401/2019) ção acrescida pela Lei nº 2401/2019)
LIX - Área de Especial Interesse Social Bom LXXVII - Área de Especial Interesse Social
Jardim - AEIS Bom Jardim; (Redação acrescida pela Reserva da Cidade - AEIS Reserva da Cidade; (Reda-
Lei nº 2401/2019) ção acrescida pela Lei nº 2401/2019)
LX - Área de Especial Interesse Social Agnus LXXVIII - Área de Especial Interesse Social
Dei - AEIS Agnus Dei; (Redação acrescida pela Lei nº Conquista do Tarumã - AEIS Conquista do Tarumã;
2401/2019) (Redação acrescida pela Lei nº 2401/2019)
LXI - Área de Especial Interesse Social Viver LXXIX - Área de Especial Interesse Social Po-

144
pular Petrópolis - AEIS Popular Petrópolis. (Redação que forma o seu Anexo Único.
acrescida pela Lei nº 2401/2019)
Art. 53. Caberá à Prefeitura Municipal de Ma-
Art. 51. O Chefe do Poder Executivo Munici- naus, quando necessário, expropriar áreas para parce-
pal poderá definir, por Decreto, outras Áreas de Espe- lamento e incorporação, ressalvada a preferência dos
cial Interesse Social (AEIS), respeitados os seguintes expropriados para a aquisição de novas unidades.
critérios e condições:
I - as AEIS serão definidas, prioritariamente: Art. 54. Compete ao órgão municipal com-
I - as AEIS serão definidas com base, priori- petente, com apoio do órgão municipal de trânsito,
tariamente, em um dos princípios a seguir: (Redação manifestar-se quando das questões relativas ao sis-
dada pela Lei nº 2153/2016) tema viário nos parcelamentos de que trata esta Lei.
a. em áreas ocupadas espontaneamen-
te porassentamentos habitacionais em terras Art. 55. Não serão admitidas quaisquer
de propriedade de terceiros, nos parcelamen- alterações ou modificações nos parcelamentos regu-
tos irregulares ou clandestinos ocupados por larizados na forma desta Lei.
população de baixa renda, onde exista interesse
na promoção de regularização jurídica do par- Art. 56. Serão permitidos desdobramentos
celamento do solo existente e sua integração à ou remanejamentos de lotes, nos termos da Lei de
estrutura urbana; Parcelamento do Solo Urbano de Manaus.
b. nos terrenos não edificados, subu-
tilizados ou não utilizados, necessários à im- Art. 57. Os casos omissos e aqueles que
plantação de programas reconhecidamente não se enquadrem nos termos desta Lei relacionada
habitacionais de interesse social; com o parcelamento, uso e ocupação do solo, serão
c. em áreas destinadas à promoção da decididos pelo Conselho Municipal de Desenvolvi-
habitação de interesse social, inseridas em pro- mento Urbano (CMDU), baseados em parecer da Co-
gramas municipais, estaduais ou federais; missão Técnica de Planejamento e Controle Urbano
d. em áreas destinadas ao reassenta- (CTPCU).
mento de população de baixa renda que tenha
sua moradia em situação de risco, devidamen- Art. 58. Independentemente das medidas
te identificada pelo órgão público competente; previstas nesta Lei, a Prefeitura Municipal de Ma-
e. nos condomínios de unidades autôno- naus deverá mover ações civis e criminais contra os
mas, localizados em áreas reconhecidamente responsáveis pelos danos causados ao Município,
com ocupação de população de baixa renda, decorrentes das irregularidades praticadas.
destinando o mínimo de 20% (vinte por cento)
das unidades à população que estejam no ca- Art. 59. Esta Lei entra em vigor na data de
dastro de moradia em situação de risco jun- sua publicação, revogada, em especial a Lei nº 846, de
to a Prefeitura, a serem adquiridos a preços 24 de junho de 2005.
populares e facilidades de pagamento, para
este caso o empreendimento ficará isento do
atendimento ao artigo 109 do Código de Obras e Manaus, 16 de janeiro de 2014.
Edificações do Município.
II - não serão definidas Áreas de Especial Inte-
resse Social: ARTHUR VIRGILIO DO CARMO RIBEIRO NETO
a. em Zonas ou Áreas de Proteção Am- Prefeito de Manaus
biental definido pelo Código Ambiental de Ma-
naus ou legislação ambiental complementar
onde existam áreas non aedificandi, e nas fai- LOURENÇO DOS SANTOS PEREIRA BRAGA
xas de proteção das margens dos igarapés; Secretário Municipal Chefe da Casa Civil
b. nas encostas de morros, áreas con-
sideradas de risco e áreas inundáveis.
Parágrafo único. Identificada a permanência
de edificações em áreas inadequadas para estabeleci-
mento de ocupação popular, conforme a alínea c do in-
ciso II deste artigo, a Prefeitura deverá promover a remo-
ção e reassentamento da população ali estabelecida.

Art. 52. Esta Lei é complementada pelo


Mapa das Áreas de Especial Interesse Social (AEIS),

145
ANEXO ÚNICO - MAPA DAS ÁREAS DE ESPECIAL INTERESSE SOCIAL

CLIQUE PARA
BAIXAR
Prédios ao Redor do Largo São Sebastião
Cúpula do Mercado Municipal Adolpho Lisboa
Lei N° 1.838, de 16 de Janeiro de 2014
DISPÕE sobre as Normas de Uso e Ocupação do Solo
no Município de Manaus e dá outras providências.

O PREFEITO DE MANAUS, no uso das atribuições namentos;


que lhe são conferidas pelo art. 80, inc. IV, da Lei Or- X - quadro de reenquadramento de atividades;
gânica do Município de Manaus, XI - quadro de verticalização de edificações;
FAÇO SABER que o Poder Legislativo decretou e eu XII - quadro de verticalização para galpões;
sanciono a seguinte XIII - mapa de intensidade de ocupação/ga-
barito por setor;
XIV - mapa de intensidade de ocupação/ga-
LEI: barito por subsetor;
CAPÍTULO I XV - mapa de intensidade de ocupação/ga-
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES barito por corredores urbanos e segmentos.
§ 1º A classificação e o enquadramento
Art. 1º As Normas de Uso e Ocupação do das atividades desenvolvidas em Manaus utilizarão
Solo no Município de Manaus passam a vigorar na como referência a Classificação Nacional de Ativida-
forma estabelecida nesta Lei, tendo por pressuposto des Econômicas (CNAE), visando a:
a utilização do potencial de adensamento das áreas I - favorecer a padronização das classes de
territoriais mediante os seguintes critérios: atividades no cadastro da Administração Tributária do
I - a preservação das áreas de proteção e de Município;
fragilidades ambientais, incluídas as nascentes e as II - estabelecer a identidade econômica das
margens dos cursos d’água, as unidades de conser- pessoas jurídicas da cidade, em consonância com a
vação, os fragmentos florestais e as áreas de fundo codificação utilizada no país;
de vales; III - compatibilizar as atividades com a clas-
II - a capacidade da infraestrutura urbana ins- sificação internacional definida pela Divisão de Esta-
talada; tísticas das Nações Unidas.
III - as condições de saneamento básico; § 2º Por se configurarem em mapas e em
IV - a acessibilidade às centralidades do Mu- face da baixa resolução de sua publicação oficial, os
nicípio. Anexos XIII, XIV e XV, a que se refere este artigo es-
tão disponíveis no endereço do sítio digital oficial da
Art. 2º Os dispositivos contidos nesta Lei se Prefeitura Municipal de Manaus.
aplicam à Área Urbana e à Área de Transição, delimi- Parágrafo único. O enquadramento e a clas-
tadas na Lei do Perímetro Urbano.* sificação de riscos das atividades serão regulamen-
tados por ato do Poder Executivo, com aprovação do
Art. 3º São partes integrantes desta Lei os CMDU para a classificação urbanística das atividades
seguintes Anexos: econômicas. (Redação dada pela Lei nº 2402/2019.
I - quadro de intensidade de ocupação por
setores urbanos;
II - quadro de intensidade de ocupação por CAPÍTULO II
corredores urbanos; DA ÁREA URBANA
III - quadro de intensidade de ocupação por
zonas de transição; Seção I
IV - quadro de usos e atividades por setores Das Definições
urbanos;
V - quadro de usos e atividades por corredo- Art. 4º Para fins de planejamento, gestão e
res urbanos; VI - quadro dos usos e atividades por zo- aplicação das Normas de Uso e Ocupação do Solo, a
nas de transição; área urbana se divide em Zonas Urbanas, baseadas
VII - quadro de classificação das atividades; em seu posicionamento geográfico e subdivididas
VIII - enquadramento das atividades; (Revo- em Setores Urbanos, que poderão conter Subsetores
gado pela Lei nº 2402/2019) e Eixos de Atividades, com as seguintes definições:
IX - quadro das vagas de garagem e estacio- I - Área Urbana: é o compartimento territo-

149
Nota(*) Foi proposta altuação no Art. 106 da Lei N° 1.838/14, no entanto foi vetado pela
Lei N° 2.154/2016, permanecendo a redação dada pela lei original.
rial destinado ao planejamento e gestão da cidade, e afins. A fim de facilitar a instalação dos re-
compatibilizado com limites administrativos, que feridos estabelecimentos de forma compatível
agrega zonas urbanas contínuas e homogêneas. com o uso residencial.
II - Setor Urbano: constitui a unidade resul- c. Subsetor Centro Antigo: compreen-
tante da subdivisão da Área Urbana, composta por dido entre a Rua Leonardo Malcher e a orla
um conjunto de bairros que apresentam identidade fluvial, limitado esse espaço, à direita, pelo
edilícia ou formação histórica comum, que possui igarapé de São Raimundo e, à esquerda, pelo
parâmetros urbanísticos próprios e tem limites coin- igarapé de Educandos, tendo como referência
cidentes com os limites dos bairros que o compõe; a Ponte Benjamin Constant. (Redação acres-
III - Subsetores: correspondem às áreas que cida pela Lei nº 2154/2016)
exigem tratamento diferenciado para as condições II - Setor Urbano 02: unidade de uso diver-
de uso e ocupação, com parâmetros urbanísticos sificado, de verticalização baixa e densidade baixa,
que se sobrepõem obrigatoriamente aos das demais manutenção das atividades existentes, integração de
subdivisões urbanas; atividades comerciais, de serviços e industriais, com-
IV - Eixos de Atividades: correspondem às patíveis com o uso residencial, compreendendo os
áreas internas aos bairros, localizadas ao longo de bairros N. Sra. Aparecida, Glória, Santo Antônio, São
vias onde há incentivo à implantação de atividades Raimundo, Presidente Vargas, Compensa, Vila da
de comércios, serviços e indústrias, que servem de Prata e Santo Agostinho, comportando os seguintes
apoio ao uso residencial, de abrangência local ou re- Subsetores:
gional e que foram definidos para diminuir os desloca- a. Subsetor Orla Aparecida: abrange a
mentos urbanos; orla do bairro Aparecida, com uso diversifica-
V - Corredor Urbano: definidos no Plano Dire- do de ocupação horizontal e densidade baixa,
tor Urbano e Ambiental de Manaus, podem se consti- situado ao longo da orla do Rio Negro, de in-
tuir de um ou mais segmentos, para os quais se apli- centivo à requalificação urbana, estruturação
cam normas de uso e ocupação do solo específicas. dos usos residenciais, com estímulo às ativi-
§ 1º Os limites das Zonas e dos Setores Ur- dades de lazer e turismo, restrição das ativida-
banos estão descritos no Plano Diretor Urbano e Am- des portuárias de carga;
biental de Manaus. b. Subsetor Orla Centro-Oeste: abran-
§ 2º Os limites dos Subsetores estão repre- ge as orlas dos bairros Compensa, Santo
sentados no Anexo XIV desta Lei. Agostinho, São Raimundo e parte da orla do
§ 3º Os Corredores Urbanos e seus segmen- bairro Ponta Negra, de uso diversificado, de
tos estão representados no Anexo XV desta Lei. verticalização alta e densidade alta, situado
ao longo da orla do Rio Negro, de incentivo à
requalificação urbana, estruturação dos usos
Seção II residenciais, com estímulo às atividades de
Da Área Urbana lazer e turismo, restrição das atividades por-
tuárias de carga.
Art. 5º A Área Urbana é dividida nos seguin- c. Eixos de atividades: reforço às ati-
tes Setores Urbanos (SU): vidades existentes, principalmente as ativi-
I - Setor Urbano 01: unidade de concentra- dades comerciais, de serviços e industriais,
ção de comércio e serviços, de verticalização média, compatíveis com o uso residencial:
predominância dos usos comerciais, de serviços e in- 1. Av. Oscar Borel, antiga Av. São Pedro;
centivo ao uso residencial, compreendendo o bairro 2. Rua Guanapuris, antiga Av. Ipase;
do Centro, comportando o seguinte Subsetor: 3. Rua Izaurina Braga, antiga Rua
a. Subsetor Sítio Histórico: abrange a Amazonas;
orla do bairro Centro, dentro dos limites do Sí- 4. Rua Profª. Emília Cavalcante, anti-
tio Histórico da Cidade de Manaus, integração ga Av. Rio Negro;
de atividades comerciais, de serviços e indus- 5. Av. Cel. Cyrillo Neves, antiga Estra-
triais, compatíveis com o uso residencial e in- da da Estanave;
tegração com bens tombados. 6. Rua Hidra, antiga Rua Santa Luzia;
b. Subsetor Área Especial de Comércio 7. Av. Compensa, antiga Estrada da
para Bares e Restaurantes: abrange a área que Compensa;
vai da Av. Epaminondas até a Av. Getúlio Var- 8. Rua Pe. Agostinho Caballero Mar-
gas, e da Av. Leonardo Malcher até a Av. Sete tin, antiga Estrada da Compensa e
de Setembro, bem como suas vias transversais Rua Coração de Jesus;
e paralelas, como Área Especial de Comér- 9. Rua 5 de setembro;
cio para Bares e Restaurantes, lanchonetes, 10. Rua Álvares de Azevedo, antiga
teatros, cinemas, casas de show, antiquários Via Arterial Sul;

150
11. Rua Teófilo Dias, antiga Rua Belo e Silva;
Horizonte; 4. Rua Prof. Ernani Simão, antiga Av.
12. Rua Eduardo Prado, antiga Rua da Ipixuna;
Prosperidade; 5. Rua Urucará;
13. Rua Maria Amorim Neves, antiga 6. Av. Maués;
Rua da Estanave; 7. Av. Borba;
14. Rua Alberto Rangel, antiga Rua T6; 8. Av. Carvalho Leal;
15. Rua Ribeiro Couto, antiga Rua Natal; 9. Av. Ajuricaba;
16. Rua Nelson Rodrigues, antiga Es- 10. Av. Itacoatiara;
trada do Bombeamento; 11. Av. Manicoré;
17. Rua Tobias Barreto, antiga Rua 12. Av. Leonardo Malcher, antiga Rua
Brasil; Leonardo Malcher;
18. Rua Cassiopéia, antiga Av. Liberdade; 13. Av. Tarumã;
19. Rua Rio Tapí, antiga Av.Chaves; 14. Rua Major Gabriel;
20. Rua Unicórnio, antiga Av. Solimões; 15. Av. Jonathas Pedrosa, antiga Rua
21. Rua Beta, antiga Rua Santos Dumont; Jonathas Pedrosa;
22. Rua Prof. Lourival Muniz, antiga Rua 16. Av. Visconde de Porto Alegre;
Lourival Muniz; 17. Av. Duque de Caxias, antiga Rua
23. Av. Presidente Dutra, antiga Ruas: Duque de Caxias;
Central e Rêgo Barros; 18. Av. Nhamundá;
24. Rua dos Inocentes; 19. Av. Ayrão, antiga Rua Ministro Wal-
25. Rua Com. Vicente Cruz, antiga Rua demar Pedrosa;
São José; 20. Rua Emílio Moreira;
26. Rua Jerônimo Ribeiro; 21. Rua Japurá, antiga Av. Japurá e J.
27. Av. Ramos Ferreira, antiga Rua Ra- Carlos Antony.
mos Ferreira;
28. Av. Leonardo Malcher, antiga Rua IV - Setor Urbano 04: unidade de uso diver-
Leonardo Malcher; sificado, de verticalização baixa e densidade baixa,
29. Rua Alexandre Amorim; integração de atividades comerciais, de serviços e in-
30. Rua Dibo Felipe, antiga Rua 1º de dustriais compatíveis com o uso residencial, compreen-
Maio; dendo os bairros Colônia Oliveira Machado, Crespo,
31. Rua Voluntários da Pátria; Educandos, Morro da Liberdade, Santa Luzia, São Lá-
32. Rua Ary Brandão de Oliveira, anti- zaro e Betânia, comportando os seguintes Subsetores:
ga Rua Paraguaçu; a. Subsetor Ponta Branca/Amarelinho:
33. Rua Pe. Francisco; abrange a orla do bairro Educandos, de uso
34. Rua Com. J. G. Araújo; diversificado e de ocupação horizontal e den-
35. Rua Raimundo Nonato de Castro, sidade baixa, situado ao longo da orla do Rio
antiga Estrada da Jonasa; Negro, integração das atividades de comércio,
36. Rua Herman Lima, antiga Via Arte- de serviços e industriais ao uso residencial,
rial Norte; com apoio ao turismo e lazer;
37. Rua Alexandre Dumas, antiga Rua b. Subsetor Colônia Oliveira Machado:
São Francisco; abrange a orla do bairro Colônia Oliveira Ma-
chado, de uso diversificado e de ocupação ho-
III - Setor Urbano 03: unidade de uso diver- rizontal e densidade baixa, situado ao longo da
sificado, de verticalização média e densidade alta, orla do Rio Negro, com a presença de ativida-
manutenção das atividades existentes, integração de des portuárias integrantes do sistema fluvial;
atividades comerciais, de serviços e industriais, com- c. Eixos de Atividades: reforço às ati-
patíveis com o uso residencial, compreendendo os vidades existentes, principalmente as ativi-
bairros Cachoeirinha e Praça 14 de Janeiro. dades comerciais, de serviços e industriais,
a. Eixos de Atividades: reforço às ati- compatíveis com o uso residencial:
vidades existentes, principalmente as ativi- 1. Rua Dona Mimi, do igarapé do 40
dades comerciais, de serviços e industriais, até a Rua Adalberto Vale, antiga
compatíveis com o uso residencial: Rua São Benedito;
1. Av. Tefé, antiga Rua Dr. Machado; 2. Rua Adalberto Vale;
2. Av. Silves, antiga Av. Pres. Costa e 3. Rua Leopoldo Neves;
Silva; 4. Rua Prof. Plácido Serrano, antiga
3. Av. Ramos Ferreira, antigas Rua Av. São João;
Ramos Ferreira e Av. Pres. Costa 5. Rua Prof. Carlos Mesquita;

151
6. Rua Inocêncio de Araújo; 24. Rua Profa. Raymunda Magalhães,
7. Rua Rio Negro, antiga Av. Rio Negro; antiga Rua Santo Antônio;
8. Av. Leopoldo Peres; 25. Rua Dr. Elviro Dantas, antiga Rua
9. Rua Maria Andrade, antiga Rua Sucupira;
São Vicente; 26. Rua Cristo Rei, antiga Rua Castro
10. Rua Des. Felismino Soares; Barroso;
11. Av. Silves, antiga Av. Pres. Costa e 27. Rua Marquesa de Santos, antiga
Silva; Presidente Médice;
12. Rua Magalhães Barata; 28. Rua Sete Quedas, antiga Rua São
13. Rua 31 de Março; Pedro;
14. Rua Santa Helena; 29. Av. Senador Fábio Lucena, antiga
15. Rua Escandinávia, antiga Rua São Av. Penetração 2;
Lázaro; 30. Av. Carlos Drummond de Andrade,
16. Rua Aristides Mavignier, antiga antiga Av. Solimões;
Rua São José Operário; 31. Rua Waldomiro Lustoza, antiga Av.
17. Rua Nebraska, antiga Rua Amazo- Perimetral;
nas; 32. Rua Alberto Carreira, antiga Rua A-
18. Rua São Jerônimo. Conj. Nova República.

V - Setor Urbano 05: unidade de uso diversi- VI - Setor Urbano 06: unidade de uso diver-
ficado, de verticalização baixa e densidade média, sificado, de ocupação horizontal e densidade baixa,
manutenção das atividades existentes, integração de atividades compatíveis com o uso industrial, agroin-
atividades comerciais, de serviços e industriais, com- dustrial, agrícola, agricultura familiar, de serviços,
patíveis com o uso residencial, compreendendo os bair- apoio ao turismo, lazer e a significativa presença de
ros Raiz, Japiim, Petrópolis, São Francisco e Coroado. áreas de fragilidade ambiental, compreendendo os
a. Eixos de Atividades: reforço às ati- bairros Distrito Industrial I e Distrito Industrial II:
vidades existentes, principalmente as ativi- a. Subsetor Distrito II/Agroindustrial:
dades comerciais, de serviços e industriais, abrange parte do bairro Distrito II de ocupação
compatíveis com o uso residencial: horizontal e densidade baixa, atividades com-
1. Av. Silves, antiga Av. Pres. Costa e patíveis com o uso industrial, agroindustrial,
Silva; agrícolas, agricultura familiar, de serviços, de
2. Av. Tefé; apoio ao turismo ecológico e a significativa
3. Av. Delfim de Souza, antiga Av. presença de áreas de fragilidade ambiental;
Atlântica; b. Eixos de Atividades: reforço às ati-
4. Av. Delfim de Souza; vidades existentes, principalmente as ativi-
5. Av. Codajás; dades comerciais, de serviços e industriais,
6. Av. Marques da Silveira; compatíveis com o uso residencial:
7. Rua Tito Bittencourt; 1. Av. Ministro Mário Andreazza, an-
8. Rua Valério Botelho de Andrade; tiga BR-319 (Distrito Industrial I).
9. Rua General Carneiro;
10. Rua São Paulo de Olivença, antiga VII - Setor Urbano 07: unidade de uso diver-
Rua Sátiro Dias; sificado, de ocupação horizontal e densidade baixa,
11. Rua Franco de Sá; manutenção das atividades existentes, inclusive as
12. Rua Leopoldo Carpinteiro Peres; portuárias e institucionais, predominância de ativida-
13. Rua Delfim de Souza; des comerciais, de serviços e industriais, compreen-
14. Rua Cel. Ferreira de Araújo; dendo os bairros Vila Buriti, Colônia Antônio Aleixo e
15. Rua Benjamim Constant; Mauazinho:
16. Rua Danilo Corrêa; a. Subsetor Portuário Vila Buriti: abran-
17. Rua Maria Mansour, antiga Rua ge a orla do bairro Vila Buriti, de uso diversi-
Portugal; ficado e de ocupação horizontal e densidade
18. Rua Monte Castelo; baixa, situado ao longo da orla do Rio Negro,
19. Av. Tefé, antiga Av. Santa Cruz Ma- manutenção das atividades existentes, inclu-
chado; sive as portuárias e institucionais, predomi-
20. Rua Eulálio Chaves, antigas Rua nância de atividades comerciais, de serviço e
Polivalente e Rua São Francisco; industriais.
21. Av. Beira Rio; b. Subsetor BR - 319: abrange parte da
22. Av. Beira Mar; orla do bairro Mauazinho, de uso diversificado
23. Rua Ouro Preto; e de ocupação horizontal e densidade baixa,

152
manutenção das atividades existentes, inclu- ocupação horizontal e densidade baixa, ativi-
sive as portuárias, e institucionais, predomi- dades compatíveis com uso industrial, agroin-
nância de atividades comerciais, de serviço e dustrial, agrícolas, de serviços, apoio ao turis-
industriais; mo e lazer condicionados à preservação dos
c. Subsetor Orla Mauazinho: abrange recursos naturais.
parte da orla do bairro Mauazinho, de ocupa- IX - Setor Urbano 09: unidade de uso diversi-
ção horizontal e densidade baixa, situado ao ficado, com verticalização baixa e densidade média,
longo da orla do Rio Negro, manutenção das manutenção das atividades existentes, integração de
atividades existentes, inclusive as portuárias atividades comerciais, de serviços e industriais, com-
e institucionais, predominância de atividades patíveis com o uso residencial, compreendendo os
comerciais, de serviço e industriais; bairros Armando Mendes, Gilberto Mestrinho, Jorge
d. Subsetor Orla Colônia Antonio Alei- Teixeira, São José Operário, Tancredo Neves e Zumbi
xo: abrange a orla do bairro Colônia Antônio dos Palmares:
Aleixo, de uso diversificado e de ocupação ho- a. Eixo de Atividades: reforço às ati-
rizontal e densidade baixa, situado ao longo da vidades existentes, principalmente as ativi-
orla do Rio Negro, manutenção das atividades dades comerciais, de serviços e industriais,
existentes, inclusive as portuárias e institucio- compatíveis com o uso residencial:
nais, predominância de atividades comerciais, 1. Rua Rio Marie, antiga Rua Pene-
de serviço e industriais; tração I;
e. Eixos de atividades: reforço as ati- 2. Rua Edmundo Soares, antiga Rua
vidades existentes, principalmente as ativi- Penetração II e Rua 27;
dades comerciais, de serviços e industriais, 3. Rua Rio Buafana, antiga Rua 21;
compatíveis com o uso residencial: 4. Rua José Romão, antiga Rua 21
1. Av. Arica, antiga Av. Rio Negro; do Conj. Colina do Aleixo;
2. Rua Getúlio Vargas; 5. Rua José Romão;
3. Av. Solimões; 6. Rua Pindaro, antiga Rua Para-
4. Rua Rio Quixito, antiga Estrada de cuúba;
Acesso a Reman; 7. Rua Barreirinha, antigas Rua J, Rua
29, Rua A;
VIII - Setor Urbano 08: unidade de uso diver- 8. Rua Rio Mucuim, antiga Rua 11;
sificado, de ocupação horizontal e densidade baixa, 9. Rua Antônio Matias;
compatível com o relevo acidentado e a significativa 10. Rua Vicente Dutra, antiga Rua An-
presença de áreas de proteção ambiental e de habi- tônio Matias;
tação de interesse social, compreendendo o bairro 11. Rua Rio Carauari, antiga Rua Mar-
de Puraquequara. ginal A;
a. Subsetor Orla Puraquequara I: abran- 12. Rua Profa. Luiza do Nascimento,
ge parte da orla do bairro Puraquequara, de antiga Rua Dr. Pegoraro;
ocupação horizontal e densidade baixa, ma- 13. Rua Rio Carabinani, antiga Rua I;
nutenção das atividades existentes, inclusive 14. Rua Rio Mamoré, antiga Av. Peri-
as portuárias e institucionais, predominância metral;
de atividades comerciais e de serviços condi- 15. Av. Brig. Hilário Gurjão, antiga Av.
cionados à preservação dos recursos naturais. Penetração;
b. Subsetor Urbano Puraquequara: 16. Rua Mirra, antiga Av. Mirra;
abrange parte da orla do bairro Puraquequara, 17. Rua Plutarco, antiga Rua 7 de Se-
de ocupação horizontal e densidade baixa, ma- tembro;
nutenção das atividades existentes, integração 18. Rua Topázio, antigas Av. Topázio,
de atividades comerciais, de serviços e indus- Rua Manacapuru, Rua Angelim;
triais, compatíveis com o uso residencial, condi- 19. Rua Walter Reis, antigas ruas Alfa-
cionados à preservação dos recursos naturais. zema e Jacaré;
c. Subsetor Orla Puraquequara II: abran- 20. Rua Malvarisco;
ge parte da orla do bairro Puraquequara, de 21. Rua Domiciano Leite, antiga Rua
ocupação horizontal de densidade baixa, ma- Vilar Fiúza;
nutenção das atividades existentes, inclusive 22. Rua Vilar Fiúza;
as portuárias e institucionais: predominância 23. Rua Rio Badajós, antiga Rua Cel.
de atividades comerciais e de serviços condi- Boucinha;
cionados à preservação dos recursos naturais. 24. Rua Profª. Júlia Sampaio, antiga
d. Subsetor Puraquequara/Agroindus- Rua Dra. Didia;
trial: abrange parte do bairro Puraquequara, de 25. Rua Rio Xeroá, antiga Av. Contorno

153
Norte; 6. Rua João Câmara, antigas Ruas
26. Rua Rio Xingu, antiga Av. Contorno 202, Rua Cel. Jorge Teixeira;
Norte; 7. Av. Cel. Sávio Belota, antigas Av.
27. Rua Armando Mendes, antiga Av. 197 e Av. Ramos D;
Itacolomi; 8. Rua Cartola, antigas Rua Penetra-
28. Rua das Esmeraldas; ção 2 e Estrada José
29. Rua Opala, antiga Rua Bernardo 9. Av. Margarita, antiga Via de Acesso;
Cabral; 10. Av. Curaçao, antiga Rua Principal I;
30. Rua Gonzalo Pizarro, antiga Rua 11. Rua Ilhas Rei Jorge, antigas Ruas
Mãe das Flores; Principal 2, Rua 105
31. Rua Pirita, antiga Rua Manoel Ri- 12. Rua Arqta. Angélica Cruz, antiga
beiro; Rua Principal 3;
32. Rua Batrun, antiga Av. Batrun; 13. Rua Curaçao, antiga Rua Secundária;
33. Rua Rio Napo, antiga Rua Girassol; 14. Av. Nepal, antiga Rua Secundária 2;
34. Rua Dinahi, antiga Rua Lírio; 15. Rua José Maria da Cruz, antigas
35. Rua Rio Ajarini, antiga Rua H; Ruas Secundárias 3 e Secundária 7;
36. Rua Rio Envira, antiga Rua I; 16. Rua Delfi, antiga Rua Secundária 4;
37. Rua Tucanaira, antiga Rua Papou- 17. Av. Creta, antiga Rua Secundária 5;
la e Carlos Drumond de Andrade; 18. Rua Baltimore, antiga Rua Secun-
38. Rua dos Açaizeiros, antiga Av. Pe- dária 6;
rimetral; 19. Rua Monte Blanca, antiga Rua Se-
39. Rua Sobral, antigas ruas Nelson cundária 8;
Mandela e Penetração I; 20. Av. Ten. Roxana Bonesse, antiga
40.
Rua Ten. José Arnaud, antigas Av. Marginal esquerda e Marginal
ruas Criciúma e Londres; direita;
41. Rua Rio Carauari, antiga Rua Mar- 21. Av. Timbiras;
ginal A; 22. Rua Cel. Taborda de Miranda, anti-
42. Rua Rio Cajubim, antiga Rua Mar- ga Rua 27;
ginal C; 23. Rua Cariré, antiga Rua 192 - núcleo 16;
43. Rua Violeta Bayma, antiga Av. Ira- 24. Rua Francisca Mendes, anti-
que; ga Ruas Penetração I, Rua 147,
44. Rua Ivaiporã, antiga Rua Rio Wau- Rua Curuai e Rua Palmeiras;
pés; 25. Av. Irianeópolis, antiga Av. G do
45. Rua Ananás, antiga Rua 7; Lotm. Francisca Mendes;
46. Rua Rio Dimitri, antigas Ruas 4 e 26. Rua Iritama, antiga Av. H do Lotm.
4-A; Américo Medeiros;
47. Rua Rio Xanxerê, antiga Rua J; 27. Rua Paulo Eduardo de Lima, anti-
48. Rua Rio Mamoré, antiga Av. Peri- ga Rua G do Conj. Ribeiro Júnior e
metral. Renato Souza Pinto II;
28. Rua Rouxinol, antiga Rua Rouxinol
X - Setor Urbano 10: unidade de uso diversi- -1ªEtapa;
ficado com verticalização baixa e densidade média, 29. Av. Atroarís;
integração de atividades comerciais, de serviços e 30. Av. Guaranás;
industriais compatíveis com o uso residencial, com- 31. Av. Jurunas;
preendendo os bairros Cidade de Deus, Nova Cidade, 32. Rua Fênix, antiga Rua Baixada Flu-
Cidade Nova e Novo Aleixo: minense;
a. Eixos de atividades: reforço às ati- 33. Av. Francisco Queiroz, antiga Av.
vidades existentes, principalmente as ativi- São João;
dades comerciais, de serviços e industriais, 34. Rua Dr. Astrolábio Passos, antiga
compatíveis com o uso residencial: Rua I;
1. Rua Ibicaré, antigas Rua Circular 2 35. Rua Prof. Carlos Barroso, antigas
e Rua 17; Rua II e Rua VII;
2. Rua Ibicaré; 36. Av. Bispo Pedro Massa;
3. Rua Itaeté, antiga Rua Penetração 3; 37. Rua Malhada, antiga Av. Santa Luzia;
4. Rua Ivaiporã, antiga Rua Rio Wau- 38. Rua Gravataí, antiga Av. F do Lotm.
pés; Oswaldo Frota;
5. Rua Rogério Magalhães, antiga 39. Rua Antonio Landim, antiga Rua
Rua 77; Vasco da Gama;

154
40. Rua Conservatória, antiga Rua Ayr- 13. Av. Tancredo Neves;
ton Senna; 14. Rua do Comércio;
41. Rua Pe. João Ribeiro, antiga Rua 15. Av. Gabriel Correia Pedrosa, anti-
Penetração II, do conj. Jardim Ca- gas Rua Carlota Joaquina e/ou Av.
naranas; Perimetral 1;
42. Av. Itaberaba, antiga Av. E do Conj. 16. Av. Maneca Marques, antigas Rua
Sérgio Pessoa Neto; Perimetral 2 e/ou Av. Grande Otelo;
43. Av. Noel Nutels; 17. Av. Recife antiga Rua Recife;
44. Av. Camapuã , antigas Rua 143 e 18. Av. Mário Ypiranga, antiga Rua Re-
Av. Grande Circular; cife;
45. Rua Itiquira, antiga Av. C do Conj. 19. Rua Álvaro Braga, antiga Rua A
Américo Medeiros; dos Loteamentos Jardim Amazo-
46. Rua Prof. Manoel Belém, antigas nas e Nova Friburgo;
Rua II e Rua São Paulo; 20. Rua Manoel Marques de Souza,
47. Rua Dr. Argemiro Germano, antiga antiga Rua 6 do Conj. Castelo;
Rua Edmilson Maia; 21. Rua Raimundo Polari, antiga Rua 7;
48. Rua Santa Maria da Paz, antigas 22. Av. Ivanete Machado, antigas Av.
Rua Marcos Cavalcante e Rua Perimetral 3, Rua Penetração 4,
Santarém; Rua 32 e Tv. B;
49. Av. N. Sra. de Fátima, antiga Rua 23. Av. Via Láctea;
N. Sra. De Fátima; 24. Av. José de Arimatéia, antigas Av.
50. Av. Nathan Xavier de Albuquerque, Constelação e Rua C-5 do Lotm.
em toda sua extensão. Parque Resid. Adrianópolis;
51. Rua Gurjaú, antiga Av. Penetração I; 25. Av. Guilherme Paraense, antigas
52. Rua Itapuí, antiga Rua 61; Ruas Principal e C-1 do Lotm. Par-
que Resid. Adrianópolis; (Revoga-
XI - Setor Urbano 11: unidade de uso diver- do pela Lei nº 2154/2016)
sificado, com verticalização média e densidade alta, 26. Rua Gabriel Gonçalves;
integração de atividades comerciais, de serviços e 27. Rua Constelação de Gêmeos, anti-
industriais compatíveis com o uso residencial, com- ga Rua São José Operário;
preendendo os bairros Flores, Parque Dez de Novem- 28. Rua Belo Horizonte;
bro e Aleixo: 29. Rua das Rosas;
a. Eixo de Atividades: reforço às ati- 30. Av. das Flores;
vidades existentes, principalmente as ativi- 31. Rua Argentina;
dades comerciais, de serviços e industriais, 32. Rua Formosa;
compatíveis com o uso residencial: 33. Rua Visconde de Sinimbú;
1. Av. Prof. Nilton Lins, antigas ruas: 34. Rua Visconde de Porto Seguro;
Estrada do Aeroclube, Av. Amazo- 35. Rua Visconde de Caeté;
nas, Rua Visconde de Cairú, Rua
Marquês de Inhambupé e Rua E XII - Setor Urbano 12: unidade de uso diver-
do Lotm. Parque das Palmeiras; sificado, com verticalização alta e densidade alta,
2. Rua Visconde de Utinga, antiga integração de atividades comerciais, de serviços
Rua Pirassununga; e industriais, compatíveis com o uso residencial,
3. Rua Visconde de Utinga; compreendendo os bairros Adrianópolis e Nossa Se-
4. Rua Marquês de Quixeramobim; nhora das Graças:
5. Rua Marquês de Muritiba; a. Eixo de Atividades: reforço às ati-
6. Rua Marquês de Vila Real da Praia vidades existentes, principalmente às ativi-
Grande; dades comerciais, de serviços e industriais,
7. Rua Marquês de Erval; compatíveis com o uso residencial:
8. Rua Barão do Rio Branco; 1. Av. Jornalista Umberto Calderaro
9. Rua Loris Cordovil; Filho, antiga Rua Paraíba;
10. Rua Barão de Indaiá, antigas Ruas: 2. Av. Paraíba, antiga Rua Paraíba;
Estrada dos Oficiais, Rua 1 do Conj. 3. Av. Mário Ypiranga, antiga Rua Recife;
Beija Flor II e Rua XIII, do Conj. dos 4. Av. Recife, antiga Rua Recife
Sargentos; 5. Rua Belo Horizonte;
11. Av. Desembargador João Machado; 6. Rua Salvador;
12. Av. Tancredo Neves, antiga Rua 7. Rua Dídimo Soares, antiga Rua
Visconde de Sepetiba; Fortaleza;

155
8. Rua Fortaleza; 2. Rua Copiara, antigas Ruas XIX e
9. Rua Acre; Copiara;
10. Rua Pará; 3. Rua Campos Bravos, antiga Rua
11. Av. João Valério; Campo Grande;
12. Rua Maceió; 4. Av. Cravina dos Poetas, antigas
13. Rua Dr. Thomas, antigas Ruas: Dr. Av. Central, Rua Yanomami e Rua
Thomas e Beco Santo Antônio. Goiânia;
14. Av. Guilherme Paraense, antigas 5. Av. Ilhas Marquesas, antiga Rua
Ruas Principal e C-1 do Loteamen- Juriema;
to Parque Residencial Adrianópo- 6. Av. Des. Paulo Jacob, antiga Rua
lis. (Redação acrescida pela Lei nº Antenor Landim;
2154/2016) 7. Alameda Santos Dumont;
8. Rua Cmte. Norberto Won Gal;
XIII - Setor Urbano 13: unidade de uso diversificado, 9. Rua Cmte.Paulo Varela, antiga Rua
com verticalização média e densidade alta, integra- Boa Esperança;
ção de atividades comerciais, de serviços e indus- 10. Rua Gurupi;
triais compatíveis com o uso residencial, compreen- 11. Rua Cordilheira dos Andes, antiga
dendo os bairros Chapada, São Geraldo, São Jorge e Rua N. Senhora das Graças;
Dom Pedro: 12. Av. Sen. Raimundo Parente, antiga
a. Eixo de Atividades: reforço às ati- Rua Raimundo Parente;
vidades existentes, principalmente as ativi- 13. Av. Dublim;
dades comerciais, de serviços e industriais, 14. Rua João Paulo I, antigas ruas: Av.
compatíveis com o uso residencial: J e Rua 7 de Abril;
1. Rua Major Gabriel, da Av. Álvaro 15. Rua Matis, antiga Av. D;
Maia até a Rua São Luiz; 16. Rua Margarita Mattos, antiga Av. B;
2. Rua Pará; 17. Rua Profa. Rosa Gomes, antiga Av.
3. Av. João Valério; F;
4. Av. São Jorge, antiga Estrada do 18. Rua Prof. Abílio Alencar, antigas 4
São Jorge; e 5;
5. Rua Emília Ruas, antiga Rua N. 19. Rua Loris Cordovil;
Sra. de Fátima; 20. Av. Desembargador João Machado;
6. Rua Dr. Dalmir Câmara, antiga Rua 21. Av. Constantinopla;
Brasil; 22. Rua Profa. Cacilda Pedroso, antiga
7. Rua Dr. Benjamim Lima; Av. N-S do Lotm. Canaã;
8. Rua Paxiúbas; 23. Rua Criciúma, antigas Ruas: Rua 8,
9. Rua Rita G. Barros; Rua 9 e Rua 9-A;
10. Rua Trugillo, antiga Rua Tiradentes; 24. Rua Profa. Lea Alencar, antigas
11. Av. Dom Pedro I; Ruas 7 e Rua 8;
12. Rua Bartolomeu B. da Silva: 25. Rua Wagner, antiga Estrada da
13. Av. Matias de Albuquerque, antiga Col. João Alfredo;
Av. Sen. Fábio Lucena; 26. Rua José Augusto de Queiroz, an-
14. Av. Domingos Jorge Velho; tiga Rua 1;
15. Av. Manoel Borba Gato, antiga Rua 27. Rua da Prosperidade, antigas
Manoel Borba Gato; Ruas: Rua 6, Beco da Paz e Av. L;
16. Rua Francisco Orellana, antiga Av. 28. Rua Domingos Leite, antiga Rua
Francisco Orellana. Enoch Reis;
29. Rua Da Independência, antiga Rua 3;
XIV - Setor Urbano 14: unidade de uso di- 30. Av. Laguna, antiga Estrada dos
versificado, com verticalização baixa e densidade Franceses;
média, integração de atividades comerciais, de servi- 31. Rua Jequié, antigas Ruas 22 e Rua
ços e industriais, compatíveis com o uso residencial, Quintino Cunha;
compreendendo os bairros Alvorada, da Paz, Planal- 32. Rua Vera Cruz, antiga Av. Central;
to, Redenção, Nova Esperança e Lírio do Vale: 33. Rua Nova Aurora, antiga Rua La-
a. Eixo de Atividades: reforço às ati- guna;
vidades existentes, principalmente às ativi- 34. Rua Marquesa de Alorna, antigas
dades comerciais, de serviços e industriais, Ruas: Av. Y e 5 de Setembro;
compatíveis com o uso residencial: 35. Av. Pedro Teixeira.
1. Rua Alfredo Valois, antiga Rua III;

156
XV - Setor Urbano 15: unidade de uso diversi- ton Senna;
ficado, com verticalização baixa e densidade média, 3. Av. Claúdio Mesquita;
manutenção das atividades existentes, integração 4. Rua do Luso, antigo Ramal do Luso;
de atividades comerciais, de serviços e industriais, 5. Av. do Cetur, antiga Est. Do Cetur;
compatíveis com o uso residencial, condicionados à 6. Rua Beija-Flor Vermelho, antiga
preservação dos recursos naturais, compreendendo o Av. 1 Lotm. Paraíso Tropical;
bairro da Ponta Negra: 7. Flor-de-Santa Rita, antigas Peri-
XV - Setor Urbano 15: unidade de uso diversi- metral Duque de Caxias e rua São
ficado, com verticalização baixa e densidade média, Francisco;
manutenção das atividades existentes, integração de 8. Rua Dona Otília, antiga Ramal
atividades comerciais, de serviços e industriais, com- Campos Sales.
patíveis com o uso residencial, condicionados à pre- 9. Av. Santos Dumont;
servação dos recursos naturais, compreendendo o
bairro Ponta Negra e, ainda, serviços especialmente XVII - Setor Urbano 17: unidade de uso diver-
voltados à atividade de marinas ou outras atividades sificado, de ocupação horizontal e densidade baixa,
de turismo, recreação e lazer, de mesma natureza e atividades compatíveis com o uso residencial e pro-
apoio ao transporte fluvial, nos termos do Anexo IV: teção dos recursos naturais, compreendendo os bair-
(Redação dada pela Lei nº 2165/2016) ros Colônia Santo Antonio, Colônia Terra Nova, Monte
a. Subsetor CMA: abrange parte da orla das Oliveiras, Novo Israel e Santa Etelvina:
do bairro Ponta Negra, de ocupação horizontal a. Eixos de Atividades: reforço às ati-
e densidade baixa, com predominância do uso vidades existentes, principalmente as ativi-
institucional, tolerância para usos residenciais, dades comerciais, de serviços e industriais,
comerciais e serviços compatibilizados com compatíveis com o uso residencial:
ao uso institucional; 1. Av. Francisco Queiroz, antiga Av.
b. Subsetor Orla Ponta Negra: abrange São João;
parte da orla do bairro Ponta Negra, de uso di- 2. Rua Pascoal R. Mazzilli, antiga
versificado, de ocupação horizontal e densida- Rua da Saudade;
de baixa, com estímulo às atividades de apoio 3. Rua Francisco de Freitas, antiga
ao turismo e ao lazer, localizado na orla do Rio Rua São João;
Negro; 4. Rua Evaristo Faustino, antigas
c. Subsetor Orla Oeste: abrange parte Ruas: Ramal Rosa de Maio, Rua
da orla do bairro Ponta Negra de verticalização Santo Antonio e Rua 2;
alta e densidade alta, com estímulo às ativida- 5. Rua das Oliveiras, antiga Rua das
des residenciais, comerciais e aos serviços de Oliveiras;
apoio ao transporte fluvial, ao turismo e ao la- 6. Av. Cristã, antiga Av. Chico Men-
zer; des;
d. Eixos de Atividades: reforço às ati- 7. Av. Bom Jesus;
vidades existentes, principalmente às ativi- 8. Rua Andirá-Açú, antigas ruas: Ala-
dades comerciais, de serviços e industriais, meda Rio Negro e Rua Diamantina;
compatíveis com o uso residencial: 9. Rua Andóbia, antiga Rua Manaus;
1. Rua Raimundo Nonato de Castro, 10. Rua Pe. José Nestor, antigas ruas:
antiga Est. da Jonasa (Ponta Negra). Ramal Torquato Tapajós e Ramal
Santa Rosa;
XVI - Setor Urbano 16: unidade de uso diver- 11. Av. Elias Ramiro Bentes, antiga Av.
sificado, de ocupação horizontal e densidade baixa, da Liberdade;
manutenção das atividades existentes, de turismo e 12. Rua Louro-abacate, antigas ruas:
lazer, integração de atividades comerciais, de servi- Alameda Rio Negro, Rua Rio Tefé,
ços e industriais, compatíveis com o uso residencial, Rua Paricá e Rua Oliveira;
condicionados à preservação dos recursos naturais, 13. Rua Moisés, antiga Rua 31 de março;
compreendendo os bairros Tarumã e Tarumã-Açu: 14. Rua São Eusébio, antiga Rua São
a. Eixo de Atividades: reforço às ati- Lourenço;
vidades existentes, principalmente as ativi- 15. Av. Ten. Roxana Bonessi, antigas
dades comerciais, de serviços e industriais, ruas: Marginal Direita e Marginal
compatíveis com o uso residencial: Esquerda;
1. Av. da Floresta, antigas Ruas da 16. Av. Samaúma;
Floresta, 25 e 38 do Lotm. Jardim 17. Av. Preciosa;
Tarumãzinho; 18. Av. Mulateiro, antiga Rua A;
2. Rua Peixe-Cavalo, antiga Av. Ayr- 19. Rua Profa. Santina Felizeda, antiga

157
Rua Canaã; Nery, da confluência com a Avenida Álvaro Botelho
20. Rua Monte Calvário, antiga Av. Je- Maia até a confluência com a Avenida Loris Cordovil;
rusalém; II - Segmento Centro: predominância de usos
21. Rua Santiago Dantas, antiga Rua comerciais, de serviços, de expansão da área central,
Ezequiel; com estímulo às atividades não geradoras de tráfego.
22. Rua Estrela Nova, antiga Rua Jericó; Tolerância para o uso residencial em condições ade-
23. Rua Arca da Aliança, antigas ruas: quadas e reforço à criação de novos centros. De ver-
Rua São Marcos e São Tomé; ticalização alta e densidade alta, abrange a Avenida
24. Rua N. Sra. de Fátima; Torquato Tapajós da confluência com a Rua Loris Cor-
25. Rua Santa Etelvina; dovil até a confluência com a Avenida Santos Dumont;
26. Rua Esmeldo Silva, antiga Rua Pal- III - Segmento Norte: atividades de apoio e
meiras; compatíveis com a predominância do uso industrial,
27. Rua Altacir Montenegro, antiga com a presença de grandes glebas e lotes. Tolerân-
Rua Dom Milton; cia para o uso residencial em condições adequa-
28. Rua Antonia Duarte, antiga Rua das. De verticalização baixa e densidade média,
Francisca Mendes; abrange a Avenida Torquato Tapajós da confluência
29. Av. 7 de Maio, antiga Rua 7 de com a Avenida Santos Dumont até a confluência com
Maio; a Avenida Prof. Paulo Graça;
30. Rua João Monte Fusco, antiga IV - Segmento AM-010: unidade predomi-
Rua Samambaia; nantemente residencial, compatível com a presença
31. Rua Apuiuna, antiga Rua Paxiúba; de grandes glebas e lotes, de incentivo às atividades
32. Rua Vicente Martins, antiga Rua agroindustriais. De ocupação horizontal e densidade
Piquiá; baixa, abrange a Avenida Torquato Tapajós até o Km
33. Rua Dom Marcos Noronha, anti- 34 da Rodovia AM-010, a partir da confluência com a
gas ruas: Alameda A e Estrada do Avenida Prof. Paulo Graça.
Rio Branco;
34. Rua Matupiris, antigas ruas: Ma- Art. 7º O Corredor Avenida do Turismo é di-
trinxã, Rua A e Penetração; vidido nos seguintes segmentos:
35. Rua Rufino Eliziarde, antiga Rua I - Segmento Tarumã: reforço à criação de
Bom Jesus; centro de comércio e serviços, compatíveis com a
36. Rua Altacir Montenegro, antiga presença de grandes glebas, com cuidados ambien-
Rua Dom Milton Pereira Correa. tais, integração de atividades comerciais e de ser-
viços ao uso residencial. De verticalização baixa e
XVIII - Setor Urbano 18: unidade de uso di- densidade média, abrange a Avenida do Turismo da
versificado de ocupação horizontal e densidade bai- confluência com a Avenida Santos Dumont até a con-
xa, atividades compatíveis com o uso residencial e fluência com a Torquato Tapajós;
com a proteção dos recursos naturais, compreenden- II - Segmento Aeroporto: reforço ao centro
do o bairro Lago Azul: de comércios serviços existentes; integração de ati-
a. Eixos de Atividades: reforço às ati- vidades comerciais e de serviços ao uso residencial,
vidades existentes, principalmente às ativi- com cuidados ambientais e zoneamento aeropor-
dades comerciais, de serviços e industriais, tuário. De ocupação horizontal e densidade média,
compatíveis com o uso residencial: abrange a Avenida do Turismo da confluência com
1. Av. Acácia Negra, antiga Alameda A; a Avenida do Futuro até a confluência com a Avenida
2. Av. dos Guaranás; Santos Dumont;
3. Av. Santa Tereza D’ávila. III - Segmento Ponta Negra: reforço ao cen-
tro de comércios e serviços existentes, sobretudo
de turismo e lazer com cuidados ambientais, integra-
Seção III ção de atividades comerciais e de serviços ao uso
Dos Corredores Urbanos residencial. De verticalização alta e densidade alta,
abrange a Avenida do Turismo da confluência com
Art. 6º O Corredor Sul/Norte é dividido nos a Avenida Coronel Teixeira até a confluência com a
seguintes segmentos: Avenida do Futuro.
I - Segmento Sul: predominância de usos
comerciais e de serviços, de expansão da área cen- Art. 8º O Corredor Avenida Brasil/Ponta Ne-
tral, com estímulo às atividades não geradoras de gra é dividido nos seguintes segmentos:
tráfego. Tolerância para o uso residencial em condi- I - Segmento Praia da Ponta Negra: integra-
ções adequadas. Verticalização alta e densidade alta ção de atividades comerciais e de serviços ao uso
abrange as Avenidas Djalma Batista e Constantino residencial, com cuidados ambientais. De verticaliza-

158
ção alta e densidade alta, abrange a Avenida Coronel ticalização alta e densidade alta, abrange a Avenida
Teixeira até a confluência com a Avenida do Turismo; Coronel Teixeira e Avenida São Jorge, da confluência
II - Segmento Ponta Negra: reforço às ativi- com a Avenida Brasil até a confluência com a Avenida
dades de comércios e serviços existentes, sobretu- Jacira Reis;
do de turismo e lazer com cuidados ambientais; inte- II - Segmento Jacira Reis: estímulo aos usos
gração de atividades comerciais e de serviços ao uso comerciais e de serviços; integração de atividades
residencial. De verticalização alta e densidade alta, comerciais e de serviços ao uso residencial. De ver-
abrange a Avenida Coronel Teixeira da confluência ticalização alta e densidade alta, abrange a Avenida
com a Avenida do Turismo até a confluência com a Jacira Reis, da confluência com a Avenida São Jorge
Avenida Cecília Meirelles; até confluência com a Avenida Constantino Nery;
III - Segmento Coronel Teixeira: reforço às III - Segmento Darcy Vargas: predominân-
atividades de comércios e serviços existentes; inte- cia dos usos comerciais e de serviços, de expansão
gração de atividades comerciais e de serviços ao uso da área central, com estímulo às atividades não ge-
residencial. De verticalização alta e densidade alta, radoras de tráfego; tolerância para uso residencial
abrange a Avenida Coronel Teixeira, da confluência em condições adequadas. De verticalização alta e
com a Avenida Cecília Meirelles até a confluência com densidade alta, abrange a Avenida Darcy Vargas, da
a Avenida Brasil; confluência com a Avenida Constantino Nery até con-
IV - Segmento Avenida Brasil: reforço ao fluência com a Avenida Mario Ypiranga;
centro de comércios e serviços existentes; integra- IV - Segmento Ephigênio Salles: reforço ao
ção de atividades comerciais, de serviços ao uso centro de comércios e serviços existentes; integra-
residencial. De verticalização alta e densidade alta, ção de atividades comerciais, de serviços ao uso
abrange a Avenida Brasil, da confluência com Aveni- residencial. De verticalização alta e densidade alta,
da Coronel Teixeira até a confluência com a Avenida abrange a Avenida Ephigênio Salles, da confluência
Álvaro Botelho Maia. com a Avenida Mario Ypiranga até a confluência com
a Avenida Cosme Ferreira e André Araújo.
Art. 9º O Corredor Boulevard Amazonas é di-
vidido nos seguintes segmentos: Art. 11. O Corredor Rodrigo Otávio é dividi-
I - Segmento Boulevard: predominância dos do nos seguintes segmentos:
usos comerciais e de serviços, de expansão da área I - Segmento Rodrigo Otávio: reforço ao
central, com estímulo às atividades não geradoras centro de comércios e serviços existentes; integra-
de tráfego; tolerância para uso residencial em condi- ção de atividades comerciais, de serviços ao uso re-
ções adequadas. De verticalização alta e densidade sidencial. De verticalização média e densidade alta,
alta, abrange a Avenida Álvaro Botelho Maia, da con- abrange a Avenida Rodrigo Otavio, da confluência
fluência com a Avenida Brasil até a confluência com a com a Avenida Cosme Ferreira e André Araújo até a
Rua Belém; confluência com a Avenida Manaus 2000;
II - Segmento Cachoeirinha: predominância II - Segmento Bola da Suframa: reforço ao
dos usos comerciais e de serviços, de expansão da centro de comércios e serviços existentes; integra-
área central, com estímulo às atividades não gera- ção de atividades comerciais, de serviços e indus-
doras de tráfego; tolerância para uso residencial em triais ao uso residencial. De verticalização média e
condições adequadas. De verticalização alta e densi- densidade alta, abrange a Avenida Rodrigo Otavio e
dade alta, abrange a Rua Belém e a Avenida Castelo toda a Rotatória do Memorial da Amazônia e Rotató-
Branco, da confluência com a Avenida Álvaro Botelho ria do Distrito Industrial, da confluência com a Ave-
Maia até a confluência com a Avenida 7 de setembro; nida Manaus 2000 até a confluência com a Avenida
III - Segmento Leopoldo Peres: predominân- Silves e Ministro Mário Andreazza;
cia dos usos comerciais e de serviços, de expansão III - Segmento Presidente Kennedy: reforço
da área central, com estímulo às atividades não ge- ao centro de comércios e serviços existentes; inte-
radoras de tráfego; tolerância para uso residencial gração de atividades comerciais, de serviços e indus-
em condições adequadas. De verticalização média triais ao uso residencial. De verticalização baixa e
e densidade alta, abrange a Avenida Castelo Bran- densidade média, abrange a Avenida Rodrigo Otavio
co e Avenida Leopoldo Peres, da confluência com a e Avenida Presidente Kennedy, da confluência com a
Avenida 7 de Setembro até a confluência com a Rua Avenida Silves e Ministro Mário Andreazza até a con-
Vista Alegre e Rua Rio Negro. fluência com a Avenida Leopoldo Peres.

Art. 10. O Corredor Darcy Vargas é dividido


nos seguintes segmentos: Art. 12. O Corredor Aleixo é dividido nos se-
I - Segmento Ayapuá: estímulo aos usos guintes segmentos:
comerciais e de serviços; integração de atividades I - Segmento Paraíba: predominância dos
comerciais e de serviços ao uso residencial. De ver- usos comerciais e de serviços, de expansão da área

159
central, com estímulo às atividades não geradoras da Autaz Mirim, Avenida Solimões, Avenida Guaruba
de tráfego; tolerância para uso residencial em condi- e Avenida Ministro Mario Andreazza, da confluência
ções adequadas. De verticalização alta e densidade com a Avenida dos Oitis até a confluência com a Ave-
alta, abrange a Avenida Jornalista Umberto Calderaro nida Rodrigo Otavio.
Filho, da confluência com a Rua Belém até a confluên-
cia com a Avenida André Araujo; Art. 14. O Corredor Leste-Oeste é dividido
II - Segmento André Araújo: reforço ao cen- nos seguintes segmentos:
tro de comércios e serviços existentes; integração de I - Segmento itaúba: reforço ao centro de
atividades comerciais, de serviços ao uso residencial. comércios e serviços existentes; integração de ativi-
De verticalização alta e densidade alta, abrange a dades comerciais, de serviços ao uso residencial. De
Avenida Andre Araujo, da confluência com a Avenida verticalização baixa e densidade média, abrange a
Jornalista Umberto Calderaro Filho até a confluência Avenida Itaúba, da confluência com a Avenida Autaz
com as Avenidas Ephigênio Salles e Rodrigo Otávio; Mirim até a confluência com a Avenida Sacaca;
III - Segmento Coroado: reforço ao centro de II - Segmento Camapuã: reforço ao centro de
comércios e serviços existentes; integração de ativi- comércios e serviços existentes; integração de ativi-
dades comerciais, de serviços ao uso residencial. De dades comerciais, de serviços ao uso residencial. De
verticalização alta e densidade alta, abrange a Aveni- verticalização baixa e densidade média, abrange a
da Cosme Ferreira, da confluência com as Avenidas Avenida Camapuã, da confluência com a Avenida Au-
Ephigênio Salles e Rodrigo Otávio até a confluência taz Mirim até confluência com a Avenida Noel Nutels;
com a Avenida Autaz Mirim; III - Segmento Noel Nutels: reforço ao centro
IV - Segmento São José: atividades de de comércios e serviços existentes; integração de ati-
apoio e compatíveis com a predominância do uso vidades comerciais, de serviços ao uso residencial.
industrial e com a presença de grandes glebas e lo- De verticalização média e densidade alta, abrange a
tes; tolerância para o uso residencial em condições Avenida Noel Nutels, da confluência com a Avenida
adequadas. De verticalização média e densidade Camapuã até a confluência com a Avenida Torquato
alta, abrange Avenida Cosme Ferreira, da confluên- Tapajós;
cia com a Avenida Autaz Mirim até confluência com IV - Segmento Sul do Aeroporto: integra-
a Avenida Oitis; ção de atividades comerciais e de serviços ao uso
V - Segmento Colônia: atividades de apoio e residencial; compatibilização com as áreas de pro-
compatíveis com a predominância do uso industrial teção ambiental e proximidades do aeroporto inter-
e com a presença de grandes glebas e lotes; tolerân- nacional. De ocupação horizontal e densidade baixa,
cia para o uso residencial em condições adequadas. abrange a Avenida Torquato Tapajós, Avenida Paulo
De verticalização baixa e densidade média, abrange a Jacob, Rua Cmte. Norberto Won Gal, Rua Gurupi, Rua
Avenida Cosme Ferreira, da confluência com a Avenida Campos Bravos, Avenida Constantinopla, Rua Cravi-
dos Oitis até a confluência com a Rua Ernesto Costa. na dos Poetas e Avenida do Futuro, da confluência
com a Avenida Noel Nutels até a confluência com a
Avenida do Turismo.
Art. 13. O Corredor Autaz Mirim é dividido
nos seguintes segmentos: Art. 15. O Corredor Distrito II unidades de
I - Segmento Nossa Senhora da Conceição: usos diversificados, com predominância de ativida-
reforço ao centro de comércios e serviços existen- des industriais, de comércio e de serviços de grande
tes; integração de atividades comerciais, de serviços porte, com tolerância para uso residencial multifa-
ao uso residencial. De verticalização média e densi- miliar. De ocupação horizontal e densidade baixa,
dade alta, abrange a Avenida Nossa Senhora da Con- abrange a Avenida dos Oitis, da confluência com a
ceição, da confluência com a Avenida Margarita até Avenida Autaz Mirim até a confluência com a Avenida
a confluência com a Avenida Autaz Mirim; Puraquequara.
II - Segmento Autaz Mirim: Reforço ao cen-
tro de comércios e serviços existentes; integração de Art. 16. O Corredor Santa Etelvina é dividido
atividades comerciais, de serviços ao uso residencial. nos seguintes segmentos:
De verticalização média e densidade alta, abrange a I - Segmento José Henriques: unidades
Avenida Autaz Mirim, da confluência com a Avenida de usos diversificados, com estímulo ao uso resi-
Nossa Senhora da Conceição até a confluência com a dencial e atividades de comércios e de serviços.
Avenida dos Oitis; De verticalização média e densidade alta, abrange a
III - Segmento Distrito Industrial I: unidade Avenida Arqto. José Henriques Bento Rodrigues da
de uso diversificado, com predominância de ativida- confluência da Avenida Torquato Tapajós até a con-
des industriais, comércios e de serviços de grande fluência com a Avenida Samaúma;
porte, com tolerância para o uso residencial. De ocu- II - Segmento Margarita: unidades de usos
pação horizontal e densidade baixa, abrange a Aveni- diversificados, com estímulo ao uso residencial e

160
atividades de comércios e de serviços. De verticali- de baixo impacto ambiental;
zação baixa, de densidade média, abrange a Avenida II - ZT TARUMÃ-AÇU: unidade de baixa
Margarita em toda a sua extensão a partir da con- densidade e integração de atividades de serviços e
fluência com Avenida Samaúma. agroindustriais de baixo impacto ambiental;
III - ZT PRAIA DA LUA: unidade de uso resi-
Art. 17. O Corredor Avenida das Torres é di- dencial de baixa densidade com incentivo às ativida-
vidido nos seguintes segmentos: des de turismo ecológico e à produção agrícola, com
I - Segmento Centro Sul: unidades de usos cuidados ambientais para proteção dos recursos
diversificados, com estímulo ao uso residencial e ati- ambientais.
vidades de comércios e de serviços. De verticaliza-
ção alta e densidade alta, que abrange a Avenida Gov.
José Lindoso da confluência com a Avenida Cosme CAPÍTULO IV
Ferreira e Ephigênio Salles até a confluência com a DO PATRIMÔNIO AMBIENTAL
Avenida Noel Nutels e Max Teixeira;
II - Segmento Norte: unidades de usos di- Seção I
versificados, com estímulo ao uso residencial e ati- Da Proteção dos Recursos Naturais
vidades de comércios e de serviços. De verticaliza-
ção baixa e densidade média abrange a projeção da Art. 21. Constituem Áreas de Proteção dos
Avenida das Flores da confluência da Avenida Noel Recursos Naturais de Manaus as Zonas Ambientais
Nutels e Max Teixeira até a confluência da Avenida conceituadas no Código Ambiental de Manaus:
Torquato Tapajós: I - Zonas de Unidades de Conservação - ZUC;
a. VETADO; II - Zonas de Proteção Ambiental - ZPA;
III - Zonas de Proteção Paisagística - ZPP;
Art. 18. O corredor BR 174: atividades indus- IV - Zonas de Recuperação Ambiental - ZRA;
triais, serviços, comerciais com tolerância ao uso re- V - Zonas de Controle Especial - ZCE.
sidencial adequadas às condições de habitabilidade § 1º Sem prejuízo do disposto nesta Lei, as
e a significativa presença de áreas de fragilidade Áreas de Proteção dos Recursos Naturais de Ma-
ambiental. De ocupação horizontal e densidade baixa naus estão submetidas às normas da legislação fe-
abrange a Avenida Prof. Paulo Graça até o Km 8 da deral pertinente.
BR-174, a partir da confluência com a Avenida Tor- § 2º A delimitação e descrição dos limites
quato Tapajós. das Zonas Ambientais de Manaus serão feitas no Zo-
neamento Ambiental municipal.

CAPÍTULO III
DA ÁREA DE TRANSIÇÃO Subseção I
Das Zonas de Unidades de Conservação
Seção I
Das Definições Art. 22. As Zonas de Unidades de Conser-
vação (ZUC) correspondem às áreas das diversas
Art. 19. Para fins de planejamento, gestão e categorias de manejo, submetidas às disposições do
aplicação das normas de Uso e Ocupação do Solo, a Código Ambiental de Manaus.
Área de Transição, definida no Plano Diretor Urbano e
Ambiental do Município de Manaus, divide-se em Zo- Art. 23. As Zonas de Unidades de Conser-
nas de Transição - ZT. vação que constituem Áreas de Proteção Ambiental
Parágrafo único. A Zona de Transição é o com- (APA) têm seus índices urbanísticos definidos nos
partimento territorial da Área de Transição destinado Quadros de Intensidade de Ocupação e de Usos e
ao planejamento e gestão da Cidade, e apresenta as- Atividades constantes dos Anexos desta Lei, de acor-
pectos físicos ou características de ocupação e de uso do com os Setores Urbanos, Corredores Urbanos ou
homogêneos com as mesmas diretrizes urbanísticas. ZEU em que se situam, até que seja criada regulamen-
tação específica.

Seção II Art. 24. Qualquer modificação no uso e na


Da Área de Transição edificação dos imóveis incluídos nas Zonas de Uni-
dades de Conservação deverá ser precedida de con-
Art. 20. A Área de Transição é dividida nas sulta aos órgãos responsáveis pela proteção ambien-
seguintes Zonas de Transição: tal e planejamento urbano do Município.
I - ZT DUCKE: unidade de baixa densidade e
integração de atividades de serviços e agroindustriais

161
Subseção II toramento ambiental em função de suas caracterís-
Das Zonas de Proteção Ambiental ticas peculiares, nos termos do Código Ambiental de
Manaus.
Art. 25. É vedada a edificação nas Zonas de
Proteção Ambiental - ZPA, que correspondem a áreas Art. 30. No processo de licenciamento de imó-
protegidas por instrumentos legais diversos, devido veis incluídos nas Zonas de Controle Especial (ZCE), a
à existência de suscetibilidade do meio a riscos rele- ser executado pelo órgão municipal competente, po-
vantes, submetendo-se qualquer tipo de intervenção derão ser negociadas com os requerentes medidas
ou uso nessas áreas à consulta aos órgãos respon- mitigadoras ou compensatórias, inclusive a transfe-
sáveis pela proteção ambiental e planejamento urba- rência do direito de construir, conforme estabeleci-
no do Município. do no Plano Diretor Urbano e Ambiental de Manaus.
Parágrafo Único. Fica instituída a área do
igarapé Água Branca e as áreas das cachoeiras Alta e
Baixa do Tarumã como Zona de Proteção Ambiental - Seção II
ZPA. Da Proteção dos Bens Culturais

Art. 26. Para as faixas de proteção das mar- Art. 31. Constituem o patrimônio histórico,
gens dos cursos d’água nas Áreas Urbanas e de Tran- artístico, arqueológico e cultural de Manaus a ser
sição se aplica o disposto no Código Ambiental do preservado, por serem testemunhos antigos e signifi-
Município e legislações correlatas. cativos da história do lugar e importantes ao resguar-
do da identidade e memória da população local e,
ainda, por suas características excepcionais, os bens
Subseção III situados no Subsetor Sítio Histórico, incluídos no
Das Zonas de Proteção Paisagística Setor Especial de Unidades de Interesse de Preser-
vação, definido e regulamentado pelo Poder Execu-
Art. 27. São proibidos o uso e a edificação tivo municipal, conforme os termos da Lei Orgânica
nas Zonas de Proteção Paisagística - ZPP, que cor- do Município de Manaus (Loman), e de acordo com o
respondem a áreas de proteção da paisagem com ca- Anexo XV desta Lei.
racterísticas excepcionais de qualidade e fragilidade Art. 31. Constituem o patrimônio histórico,
visual, submetendo-se qualquer tipo de intervenção artístico, arqueológico e cultural de Manaus a ser
nessas áreas à consulta aos órgãos de proteção am- preservado, por serem testemunhos antigos e signi-
biental das esferas federal, estadual e municipal e de ficativos da história do lugar e importantes ao res-
planejamento urbano municipal. guardo da identidade e memória da população local
e, ainda, por suas características excepcionais, os
bens situados no Subsetor Sítio Histórico e Subsetor
Subseção IV Centro Antigo, incluídos no Setor Especial de Unida-
Das Zonas de Recuperação Ambiental des de Interesse de Preservação, definido e regula-
mentado pelo Poder Executivo Municipal, conforme
Art. 28. As Zonas de Recuperação Ambiental os termos da Lei Orgânica do Município de Manaus
(ZRA), que correspondem às áreas em estágio sig- (Loman), e de acordo com o Anexo XIV desta Lei.
nificativo de degradação, são áreas prioritárias para (Redação dada pela Lei nº 2402/2019)
aplicação do instrumento de intervenção da Opera- Parágrafo único. Aplicam-se aos imóveis que
ção Urbana Consorciada, conforme estabelecido no compõem o patrimônio histórico, artístico, arqueoló-
Plano Diretor Urbano e Ambiental de Manaus. gico e cultural de Manaus, além do disposto nesta
Parágrafo único. Nas Zonas de Recuperação Lei, as normas pertinentes da Loman e demais cor-
Ambiental (ZRA), sujeitas à aplicação de Operação Ur- relatas.
bana Consorciada, os índices urbanísticos serão defi-
nidos nos projetos especiais, atendendo aos critérios Art. 32. Os proprietários dos bens constantes
e parâmetros estabelecidos pelo órgão de planeja- do patrimônio histórico e cultural de Manaus serão
mento urbano do Município. incentivados pela Prefeitura a preservá-los e conser-
vá-los, nos termos da Loman, do Plano Diretor Urba-
no e Ambiental de Manaus e legislação específica.
Subseção V
Zonas de Controle Especial Art. 33. Os proprietários dos imóveis que
compõem o patrimônio histórico, artístico, arqueoló-
Art. 29. As Zonas de Controle Especial gico e cultural de Manaus poderão negociar medidas
(ZCE) correspondem às demais áreas do Município, mitigadoras ou compensatórias, inclusive a transfe-
submetidas a normas próprias de controle e moni- rência do direito de construir, com o órgão municipal

162
competente, conforme estabelecido no Plano Diretor Técnica de Planejamento e Controle Urbano - CTPCU,
Urbano e Ambiental de Manaus. proferido em regular processo administrativo.
§ 1º Os imóveis pertencentes a parcelamento
Art. 34. Qualquer modificação no uso e na aprovado para uso residencial, exclusivamente
edificação nos imóveis incluídos nos setores men- limítrofes a uma via caracterizada como eixo de
cionados estará sujeita à tutela e à apreciação es- atividades ou corredor urbano, poderão sofrer a
peciais pelo organismo municipal responsável pela aplicação da outorga onerosa de alteração de uso
preservação do patrimônio cultural. e/ou atividade sem necessidade de avaliação por
parte da Comissão Técnica de Uso e Ocupação
do Solo (CTPCU) e do Conselho Municipal de
CAPÍTULO V Desenvolvimento Urbano (CMDU), desde que os usos
DO CONTROLE DOS USOS E ATIVIDADES e/ou as atividades pretendidas estejam incluídas
dentre aquelas permitidas para o zoneamento
Seção I segundo os Anexos IV e V da Lei de Uso e Ocupação
Das Diretrizes para Usos e Atividades do Solo.
a. Excetuam-se as áreas definidas
Art. 35. Constituem-se diretrizes para o con- como públicas e atividades que necessitam
trole dos usos e atividades: de apresentação de Estudo de Impacto de Vi-
I - permissão da implantação de atividades zinhança;
enquadradas nos usos industrial, comercial e de ser- b. Devem ser atendidos os seguintes
viços em áreas residenciais, desde que não criem parâmetros urbanísticos: observância das
impacto ambiental e não provoquem riscos à segu- APPs, vagas de estacionamento e de carga e
rança ou incômodo à vizinhança; descarga, cuja quantidade será estabelecida
II - estímulo à convivência de usos distintos, pela Gerência de Informação Técnica do Im-
criando-se alternativas para o desenvolvimento eco- plurb ao requerente, o qual deverá apresentar
nômico e a geração de trabalho e renda; em memorial descritivo responsabilizando-se
III - flexibilização de usos e atividades nos pelas informações. (Redação dada pela Lei nº
centros de bairro e na área central de negócios, in- 2402/2019)
tegrando-se harmoniosamente o uso residencial às
atividades de comércio e serviços; § 2º A pedido do interessado, o Instituto Mu-
IV - regulamentação das atividades indus- nicipal de Ordem Social e Planejamento Urbano - IM-
triais, comerciais e de serviços que não criem impac- PLURB poderá avaliar o possível reenquadramento
to ambiental e não provoquem riscos à segurança ou da atividade. Para tanto, a atividade deverá atender
incômodo na vizinhança, desenvolvidas fora de esta- todos os parâmetros das classificações inferiores
belecimentos próprios, sobretudo nas residências; ao atual, conforme Anexo X desta Lei. Caso a nova
V - submissão de atividades que provoquem classificação não seja permitida para o Setor Urba-
impacto ambiental ou geração de tráfego a análises no, Corredor ou Eixo de Atividade estará sujeita à al-
especiais dos órgãos competentes; teração de uso nos termos da legislação em vigor.
VI - definição de áreas específicas para im- § 3º O microempreendedor individual que fi-
plantação de atividades potencialmente poluidoras zer uso do endereço de sua residência apenas como
e empreendimentos ou estabelecimentos que sejam domicílio fiscal, ou seja, não utilizar nenhum cômo-
polos geradores de tráfego ou que provoquem risco à do da edificação para sua atividade sendo portanto,
segurança ou incômodo à vida urbana. realizada a atividade externamente, não será tratado
como alteração de uso, sendo isento do pagamento de
Art. 36. Os usos e as atividades nos lotes ur- outorga onerosa de alteração de uso.
banos estão estabelecidos nos Quadros de Usos e § 4º (VETADO) (Redação dada pela Lei n.
Atividades nos Anexos IV, V e VI desta Lei, para cada 2.154, de 25 de julho de 2016)
Setor Urbano e seus Subsetores, para os Corredores § 5º Passam a ser considerados Eixos de
Urbanos e seus segmentos, assim como para cada Atividades as ruas, avenidas e similares que tenham
Zona de Transição. regularizado cinquenta por cento de estabelecimen-
§ 1º É vedado qualquer uso com caracterís- tos comerciais, de serviços ou industriais, ainda que
ticas diferentes daquelas originalmente aprovadas de maneira compatível com o uso residencial. (Re-
para os lotes inseridos em loteamentos regulares, dação dada pela Lei nº 2402/2019)
exceto os situados no Setor 01, Subsetor Sítio His- § 6º A pedido do interessado, o Instituto
tórico e nos Corredores Urbanos ou lindeiros aos Ei- Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) pode-
xos de Atividades, desde que haja prévia e expressa rá avaliar o possível reenquadramento da ativida-
anuência do Conselho municipal de Desenvolvimen- de. Para tanto, a atividade deverá atender a todos
to Urbano - CMDU, baseada em parecer da Comissão os parâmetros das classificações inferiores à atual,

163
conforme Anexo X desta Lei. Caso a nova classifica- e de serviços de grande porte, com tolerância para
ção não seja permitida para o Setor Urbano, Corre- o uso residencial com exigências que garantam as
dor ou Eixo de Atividade, estará sujeita à alteração adequadas condições de habitabilidade;
de uso nos termos da legislação em vigor. (Redação V - unidade de uso diversificado: integração
acrescida pela Lei nº 2402/2019) de atividades comerciais, de serviço e industriais,
§ 7º Não será tratado como alteração compatibilizadas ao uso residencial;
de uso, sendo isento do pagamento de outorga VI - unidade de concentração de comércio e
onerosa, todas as atividades que atendam aos serviços: predominância de atividades de comércio e
requisitos do parágrafo único do art. 100 do Plano serviços, com tolerância para o uso residencial, com
Diretor, ou seja, funcionando como escritório de exigências que garantam as adequadas condições
contato, excetuando-se os imóveis localizados em de habitabilidade;
condomínios (verticais ou horizontais). (Redação VII - unidade de uso residencial/industrial/
acrescida pela Lei nº 2402/2019) agrícola: integração dos usos residencial, industrial e
agrícola que não ofereçam impacto ambiental signi-
ficativo e apresentem grande escala de operação;
Seção II VII – unidade de uso residencial/industrial/
Da Caracterização dos Usos agrícola: ecológico/agricultura/pecuária: compati-
bilização das residências permanentes e de recreio
Art. 37. Para aplicação das normas de uso e com atividades vinculadas ao turismo ecológico e
ocupação do solo na área urbana e na Área de Tran- com o uso agrícola e as atividades de apoio à produ-
sição são considerados os seguintes usos: ção agrícola e pecuária.
I - residencial:
a. unifamiliar - uma ou duas unidades
habitacionais autônomas por lote; Seção IV
b. multifamiliar - mais de duas unida- Da Classificação das Atividades
des habitacionais autônomas por lote.
II - comercial, abrangendo comércio varejis- Art. 39. As atividades de uso comercial, de
ta ou atacadista; serviços e industrial são classificadas de acordo com:
III - serviços, consistente na prestação de I - a escala de operação das unidades produtivas;
serviços, inclusive institucionais; II - o incômodo causado à vizinhança; III - os
IV - industrial e industrial especial, considera- impactos ambientais negativos;
da a indústria de transformação ou de beneficiamento; IV - a geração de tráfego;
V - agrícola, alcançando cultivo, criação de V - o risco à segurança.
culturas de lavouras ou de animais destinados ao
abate e comercialização, ou ambas as atividades. Art. 40. Classificam-se as atividades em:
I - Atividades Tipo 1: podem conviver com
o uso residencial sem limitações específicas à sua
Seção III localização, caracterizando- se:
Das Categorias de Usos e Atividades a. quanto à natureza, em atividades
que não oferecem riscos à segurança, nem in-
Art. 38. Os Setores Urbanos, os Corredores cômodo à vizinhança e não provocam impac-
Urbanos e as Zonas de Transição são enquadrados tos significativos ao ambiente, à estrutura e à
nas seguintes categorias, de acordo com a estratégia infraestrutura urbana;
de uso e ocupação do solo a ser adotada em cada um: b. quanto à escala de operação, em ativi-
I - unidade de preservação do ambiente na- dades de pequena e média escala de operação;
tural: diversidade de usos e atividades, compatibiliza- c. as atividades industriais em geral,
dos com o uso residencial e com as características instaladas em área de até 50 M², serão consi-
excepcionais ambientais e paisagísticas da área; deradas como atividade caseira, classificada
II - unidade de preservação do ambiente como industrial tipo 1.
cultural: diversidade de usos e atividades condicio- II - Atividades Tipo 2: podem ser controladas
nados à preservação do patrimônio histórico-cultural, por meio de normas edilícias e exigências urbanísti-
admitindo-se a presença do uso residencial; cas e caracterizam-se:
III - unidade de uso residencial: predominân- a. quanto à natureza, em atividades
cia residencial com atividades que não ofereçam im- que podem oferecer incômodo eventual ou
pactos ambientais negativos nem incômodos e risco moderado à vizinhança, tais como, ruídos, mo-
à vizinhança; vimentação moderada de veículos ou riscos de
IV - unidade predominantemente industrial: acidentes;
predominância de atividades industriais, de comércio b. quanto à escala de operação, em ati-

164
vidades de pequena e média escala. de 750 m² (setecentos e cinquenta metros quadra-
III - Atividades Tipo 3: podem ser controla- dos) até 3.000 m² (três mil metros quadrados), clas-
das por meio de normas edilícias e exigências urba- sificadas como atividade comercial Tipo 3 e serviço
nísticas e caracterizam-se: Tipo 3; (Redação dada pela Lei nº 2402/2019)
a. quanto à natureza, em atividades V - minimercado, mercearia e armazéns: co-
que podem oferecer incômodo eventual ou mércio de produtos alimentícios e de uso doméstico,
moderado à vizinhança, tais como, ruídos, mo- em regime de autosserviço, com área de exposição e
vimentação moderada de veículos ou riscos de vendas inferior a 300 m² (trezentos metros quadrados);
acidentes; V - centro comercial: o conjunto de lojas/
b. quanto à escala de operação, em ati- salas para exercícios de atividades comerciais e ser-
vidades de média e grande escala. viços, com área de construção acima de 3.000 m²
IV - Atividades Tipo 4: exigem controle por (três mil metros quadrados) até 5.000 m² (cinco mil
meio de normas edilícias e exigências urbanísticas e metros quadrados), classificadas como atividade
por meio de consulta prévia aos órgãos responsáveis comercial Tipo 3 e serviço Tipo 4; (Redação dada
pelo meio ambiente e pela circulação viária e carac- pela Lei nº 2402/2019)
terizam-se: VI - supermercado: comércio de produtos ali-
a. quanto à natureza, em atividades mentícios e de uso doméstico, em regime de autos-
que podem oferecer riscos à segurança ou in- serviço, com área de exposição e vendas entre 300
cômodo à vizinhança e impacto ao ambiente, m² (trezentos metros quadrados) a 5.000 m² (cinco
à estrutura e à infraestrutura urbana; mil metros quadrados);
b. quanto à escala de operação, em VI - shopping center: o conjunto de lojas/salas
atividades de pequena, média e grande escala. para exercícios de atividades comerciais e serviços,
V - Atividades Tipo 5: exigem controle por com área de construção acima de 5.000 m² (cinco
meio de normas edilícias e exigências urbanísticas e mil metros quadrados), classificadas como atividade
por meio de consulta prévia aos órgãos responsáveis comercial Tipo 4 equivalente a comercial atacadista e
pelo meio ambiente e pela circulação viária e carac- serviço Tipo 4; (Redação dada pela Lei nº 2402/2019)
terizam-se: VII - hipermercado: comércio de produtos ali-
a. quanto à natureza, em atividades mentícios e de uso geral, em regime de autosserviço,
de difícil compatibilização com o uso residen- com área de exposição e vendas superior a 5.000 m²
cial, oferecendo impacto significativo ao am- (cinco mil metros quadrados).
biente, à estrutura e à infra-estrutura urbana; VII - minimercado, mercearia e armazéns: co-
b. quanto à escala de operação, em ati- mércio varejista de produtos alimentícios e de uso do-
vidades de média e grande escala. méstico, em regime de autosserviço, com área total de
§ 1º Para efeito de enquadramento das ati- construção inferior a 750 m² (setecentos e cinquenta
vidades e das vagas de garagem e estacionamento, metros quadrados), classificada como atividade co-
considera-se: mercial Tipo 2; (Redação dada pela Lei nº 2402/2019)
I - área útil principal: o somatório das áreas VIII - mercado: comércio varejista de produ-
construídas utilizadas na atividade principal, excluí- tos alimentícios e de uso doméstico, em regime de au-
das áreas de apoio ou de serviços; tosserviço, com área total de construção entre 750 m²
II - área bruta locável: o somatório da área to- (setecentos e cinquenta metros quadrados) a 2.000
tal construída de lojas; m² (dois mil metros quadrados), classificada como
III - galeria comercial: o conjunto com 15 atividade comercial Tipo 3; (Redação acrescida pela
(quinze) ou mais lojas, com área útil igual ou superior Lei nº 2402/2019)
a 750 m² (setecentos e cinquenta metros quadrados) IX - supermercado: comércio varejista de pro-
e área bruta locável inferior a 5.000 m² (cinco mil me- dutos alimentícios e de uso doméstico, em regime de
tros quadrados); autosserviço, com área total de construção superior
III - minishopping: o conjunto de até quatorze a 2.000 m² (dois mil metros quadrados) a 5.000 m²
lojas/salas para exercícios de atividades comerciais (cinco mil metros quadrados), classificada como ati-
e serviços, com área de construção até 750 m² (sete- vidade comercial Tipo 4; (Redação acrescida pela Lei
centos e cinquenta metros quadrados), classificadas nº 2402/2019)
como atividade comercial Tipo 2 e serviços Tipo 2; X - hipermercado: comércio varejista de pro-
(Redação dada pela Lei nº 2402/2019) dutos alimentícios e de uso geral, em regime de autos-
IV - centro comercial ou shopping center: o serviço, com área total de construção superior a 5.000
conjunto de lojas com área bruta locável igual ou su- m² (cinco mil metros quadrados). (Redação acrescida
perior a 5.000 m² (cinco mil metros quadrados); pela Lei nº 2402/2019)
IV - galeria comercial: o conjunto com quinze
ou mais lojas/salas para exercícios de atividades co- § 2º As atividades do uso comercial, de ser-
merciais e serviços, com área de construção acima viços e industrial estão enquadradas na Classifica-

165
ção de Atividades de acordo com a listagem constan- Subseção I
te do Anexo VII desta Lei. Dos Postos de Abastecimento e
§ 2º A classificação das atividades do uso de Serviços para Veículos
comercial, de serviços e industrial será definida em
Decreto do Poder Executivo. (Redação dada pela Lei Art. 44. Os postos de abastecimento e de
nº 2154/2016) serviços para veículos somente poderão ser instala-
§ 3º Conforme sua classificação, considera- dos num raio superior a 150 m (cento e cinquenta
das a escala de operação e a capacidade de arma- metros) dos estabelecimentos de concentração de
zenamento, as atividades de comércio varejista de pessoas de qualquer natureza.
gás liquefeito de petróleo ficam sujeitas às condicio- Art. 44. Os postos de abastecimento e de
nantes ambientais, ficando expressamente proibida serviços para veículos somente poderão ser ins-
para todos os casos a utilização do passeio público talados num raio superior a 100 m (cento metros)
para locação de gaiolas. dos estabelecimentos de concentração de pessoas
de qualquer natureza. (Redação dada pela Lei nº
2402/2019)
Seção V § 1º Ficam definidos como estabelecimen-
Dos Empreendimentos de Impacto tos de concentração de pessoas, os empreendi-
Urbano-Ambiental mentos regularmente implantados, que demandem
número de vagas de estacionamentos superior a 100
Art. 41. Empreendimentos de impacto urba- (cem) vagas, conforme estabelecido no Anexo IX
no ambiental são aqueles potencialmente causado- desta Lei.
res de alterações no ambiente natural ou construído, § 2º São considerados, ainda, estabelecimen-
ou que provoquem sobrecarga na capacidade de tos de grande concentração de pessoas, as escolas
atendimento de infraestrutura básica, quer sejam e similares, regularmente implantadas, que possuam
empreendimentos públicos ou privados, habitacio- o número de 100 (cem) alunos atendidos por turno.
nais ou não habitacionais. § 3º O licenciamento e o funcionamento de
novos postos de combustíveis são condicionados à
Art. 42. São considerados empreendimentos apresentação dos seguintes documentos:
de impacto urbano-ambiental relevantes: I - Análise de Tráfego, aprovada pelo órgão
I - empreendimentos sujeitos à elaboração municipal de Trânsito;
do EIA e respectivo RIMA, conforme estabelecido no II - Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
§ 2º do artigo 95 desta Lei; com anuência de mais de 50% (por cento) dos mora-
I - empreendimentos sujeitos à elaboração dores, num raio de 150 m (cento e cinquenta metros)
do EIA e respectivo RIMA, conforme estabelecido no do imóvel em questão;
§ 2º do artigo 98 desta Lei; (Redação dada pela Lei II - Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV),
nº 2154/2016) com anuência de mais de cinquenta por cento dos
II - empreendimentos com área de construção moradores, num raio de 100 m (cem metros) do
superior a 20.000 m² (vinte mil metros quadrados); imóvel em questão; (Redação dada pela Lei nº
III - empreendimentos que demandem nú- 2402/2019)
mero de vagas de estacionamento superior a 100 III - Licenciamento Ambiental municipal cor-
(cem) vagas, quando localizados nos Corredores Ur- respondente;
banos, e superior a 400 (quatrocentas), conforme as IV - Habite-se, como condição para seu fun-
exigências no Quadro de Vagas de Garagem e Esta- cionamento.
cionamentos, no Anexo IX desta Lei; § 4º As especificações para instalação de
IV - empreendimentos cuja natureza ou novos postos de abastecimento de combustível de-
condições requeiram análises específicas por parte verão obedecer à legislação federal e municipal per-
dos órgãos competentes, identificados como Ativi- tinentes.
dades Tipo 5 com listagem no Anexo VII desta Lei; § 5º Quando o raio de que trata o caput atin-
V - condomínios de unidades autônomas gir empreendimentos multifamiliares, será levada em
com área superior a 120.000m² (cento e vinte mil me- consideração a quantidade de vagas relativas às tor-
tros quadrados); res ou aos lotes compreendidos neste raio. (Redação
VI - as instalações especiais. acrescida pela Lei nº 2154/2016)
§ 6º O raio de que trata o caput deste artigo
Art. 43. A instalação de empreendimentos será estabelecido tomando como referência central a
de impacto em Manaus é condicionada à elabora- localização dos tanques de armazenamento de com-
ção de Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV e Estu- bustíveis. (Redação acrescida pela Lei nº 2154/2016)
do de tráfego, conforme disposto nesta Lei. § 7º Nos casos de empreendimentos multifa-
miliares, a anuência dos moradores será por meio de

166
assembleia de condomínio. (Redação acrescida pela normas federais, estaduais e municipais pertinentes
Lei nº 2402/2019) à matéria, desde que apresentado respectivo EIV e
§ 8º Quando raio de que trata o caput deste devidamente aprovado pela CTPCU/CMDU.
artigo atingir empreendimentos residenciais multifa- Parágrafo único. Não serão permitidas a
miliares aprovados pelos órgãos competentes, ainda colocação de estruturas no passeio público, excetua-
em fase de construção, deverá haver anuência, por dos os casos em que haja largura suficiente para ma-
escrito, da incorporadora/construtora responsável nutenção de 2 m (dois metros) livre de calçadas.
pela obra. (Redação acrescida pela Lei nº 2402/2019)

Art. 45. A distância mínima entre postos de Subseção I


abastecimento de combustível obedecerá aos seguin- Das Estações de Radiocomunicação dos
tes parâmetros: Serviços de Telecomunicações
I - na área urbana, um raio mínimo de 250
m (duzentos e metros), mesmo em lados opostos na Art. 49. Estação de radiocomunicação dos
mesma via; serviços de telecomunicações é o conjunto de equi-
II - na área de transição, um raio mínimo de pamentos ou aparelhos dispositivos e demais meios
1.000 m (mil metros), mesmo em lados opostos na necessários para a comunicação via rádio, assim
mesma via; (Revogado pela Lei nº 2156/2016) como as instalações que os abrigam e complemen-
tam, associados a estruturas de sustentação.

Seção VI Art. 50. Ficam vedadas estações de radioco-


Das Instalações especiais municação dos serviços de telecomunicações nas se-
guintes áreas:
Art. 46. Instalações especiais são os equi- I - zonas de proteção ambiental, exceto
pamentos potencialmente causadores de interferên- quando devidamente autorizado pelo órgão de con-
cia na paisagem natural ou construída, quer sejam trole ambiental;
públicos ou privados. II - zonas de controle especial;
§ 1º São consideradas instalações especiais: III - praças, canteiros centrais e vias públicas;
I - estações de radiocomunicação dos ser- IV - escolas, hospitais e estabelecimentos
viços de telecomunicações; de concentração de pessoas de qualquer natureza,
II - torres de transmissão de alta tensão; nos termos dos §§ 1º e 2º do artigo 44 desta Lei.
II - linha de transmissão de energia elétrica;
(Redação dada pela Lei nº 2402/2019)
III - dutos, polidutos, gasodutos e mineradutos; Subseção II
IV - estações de rádio base. Das Torres de Transmissão de Alta Tensão
§ 2º As faixas de terrenos ao longo das li-
nhas de transmissão de energia elétrica, dutos, po- Art. 51. É vedada a instalação de torres de
lidutos, gasodutos e mineradutos ficam declaradas transmissão de alta tensão nas seguintes áreas:
de utilidade pública para fins de servidão administra- Art. 51. É vedada a instalação de linhas de
tiva e, portanto, como áreas non aedificandi. transmissão de energia elétrica nas seguintes áreas:
§ 3º A faixa da servidão administrativa é (Redação dada pela Lei nº 2402/2019)
regulada em normatização técnica específica, infor- I - zonas de proteção ambiental, exceto
mado em relatório técnico pela concessionária no quando devidamente autorizado pelo órgão de con-
ato da regularização do empreendimento, devendo trole ambiental;
obedecer aos limites de segurança exigidos pelo po- II - praças e calçadas excetuados os casos
der concedente e respeitar as normas específicas da em que haja largura suficiente para manutenção de 2
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). m (dois metros) livre da mesma;
§ 4º Compete à concessionária a manuten- III - meio a testada de lotes, objetivando a
ção e fiscalização das faixas non aedificandi referi- locação das torres entre limites de lotes contíguos.
das nos §§ 2º e 3º deste artigo. III - meio a testada de lotes, objetivando a lo-
cação das linhas de transmissão de energia elétrica
Art. 47. Para autorização das instalações entre limites de lotes contíguos. (Redação dada pela
especiais nas áreas de entorno de bens tombados Lei nº 2402/2019)
deverão ser ouvidos os órgãos de tutela federal, esta-
dual ou municipal competentes.

Art. 48. A implantação de instalações espe-


ciais deverá ser feita em obediência aos princípios e

167
Subseção III III - é obrigatório o compartilhamento de
Dos Dutos, Polidutos, Gasodutos e Mineradutos torres pelas prestadoras de serviços de telecomuni-
cações que utilizam estações, nas situações em que
Art. 52. É vedada a instalação de dutos nas o afastamento entre elas for menor do que 500 m
seguintes áreas: (quinhentos metros), exceto quando houver justifica-
I - zonas de proteção ambiental, exceto do motivo técnico, constante em norma específica do
quando devidamente autorizado pelo órgão de con- órgão regulador;
trole ambiental; IV - toda estação deverá conter Sistema de
II - escolas, hospitais e estabelecimentos de Proteção de Descargas Atmosféricas (SPDA), confor-
concentração de pessoas de qualquer natureza, nos me legislação específica.
termos dos §§ 1º e 2º do artigo 44 desta Lei. Parágrafo único. No caso de estações com-
partilhadas, a obrigação de licenciamento será do
empreendedor titular da torre de transmissão. (Revo-
Subseção IV gado pela Lei nº 2402/2019)
Das Estações de Rádio-Base
de Telecomunicações
Seção VII
Art. 53. Considera-se estação de rádio base Das Atividades, Prédios e
o conjunto de equipamentos, aparelhos, dispositivos Instalações Desconformes
e demais meios necessários à realização de comu-
nicação, seus acessórios, os transformadores e pe- Art. 56. Consideram-se atividades descon-
riféricos que auxiliam ou emitam rádio frequências formes as atividades pré-existentes à vigência desta
e, quando for o caso, as instalações que os abrigam e Lei que se encontram em desacordo com as normas
complementam. de uso do solo, podendo ser classificadas como ativi-
dades compatíveis e atividades incompatíveis.
Art. 54. O pedido de licenciamento de obra
será iniciado por requerimento do interessado, Art. 57. Atividades compatíveis são aquelas
acompanhado dos seguintes documentos: que não se enquadram na listagem das atividades
I - requerimento padrão assinado pelo em- permitidas e nas diretrizes de usos e atividades para
preendedor ou responsável legal; o respectivo Setor Urbano, Corredor Urbano ou Zona
II - cópia dos instrumentos societários e de Transição, mas apresentam condições relativas
CNPJ do empreendedor; a dimensões e funcionamento que não descaracte-
III - comprovante de propriedade ou posse da rizam o Setor Urbano, Corredor Urbano ou Zona de
área; Transição, e que não tenham sido objeto de recla-
IV - CND de IPTU; mações aos órgãos competentes por parte dos mo-
V - contrato de uso/locação do imóvel aon- radores da vizinhança.
de será instalada a estação; § 1º Permite-se renovação da licença de uso
VI - projeto arquitetônico do empreendi- ou ampliação em atividade compatível desde que a
mento com respectiva ART; ampliação não descaracterize o Setor Urbano, Cor-
VII - projeto estrutural da torre; redor Urbano ou Zona de Transição, mediante autori-
VIII - apresentação de autorização expressa zação do organismo responsável pelo licenciamento
do Comando Militar da Aeronáutica em caso de estar urbano em Manaus, com a adoção das seguintes pro-
localizada num raio de 3 Km da cabeceira da pista do vidências:
aeródromo de Manaus; § 1º Permite-se a licença de uso ou amplia-
IX - estudo de impacto de vizinhança indivi- ção em atividade compatível desde que a ampliação
dual ou coletivo. (Revogado pela Lei nº 2402/2019) não descaracterize o Setor Urbano, Corredor Urbano
ou Zona de Transição, mediante autorização do or-
Art. 55. A implantação de estações deve ob- ganismo responsável pelo licenciamento urbano em
servar as seguintes diretrizes: Manaus, com a adoção das seguintes providências:
I - prioridade na implantação de estações (Redação dada pela Lei nº 2402/2019)
em topos e fachadas de prédios ou construções I - avaliação dos níveis de incompatibilidade;
existentes, desde que autorizadas pelo proprietário; II - eliminação das incompatibilidades veri-
II - 5 m (cinco metros) do alinhamento fron- ficadas, em conjunto com o interessado, resguarda-
tal, excetuando o passeio público, onde houver pos- das as peculiaridades das atividades.
sibilidade técnica, e 2 m (dois metros) das divisas § 2º Permite-se a licença de uso do solo em
laterais e de fundos, a partir das extremidades da locais com atividades similares às existentes antes
base da torre ou poste em relação à divisa do imóvel da vigência desta Lei, desde que regularmente implan-
ocupado; tadas.

168
§ 3º Considera-se atividade regularmen- Art. 60. Consideram-se instalações descon-
te implantada aquela cuja instalação foi licenciada formes aquelas preexistentes à vigência desta Lei,
no local pelo Município mediante Alvará de Funcio- que tenham sido instaladas em logradouros públicos
namento Definitivo. (Redação acrescida pela Lei nº sem a prévia autorização do órgão municipal compe-
2154/2016) tente, e que não atendam às exigências urbanísticas
§ 4º Consideram-se como atividades simila- estabelecidas nesta Lei.
res as de mesmo uso e classificação com igual ou Parágrafo único. As instalações desconfor-
menor tipificação, observadas as exceções discipli- mes ficam sujeitas à apresentação ao órgão munici-
nadas em regulamento. (Redação acrescida pela Lei pal competente de uma proposta de abrandamento
nº 2402/2019) do grau de desconformidade e de uma avaliação, pelo
Sistema Municipal de Planejamento, de condições e
Art. 58. Atividades incompatíveis são aque- prazos para sua adaptação. (Redação dada pela Lei
las que não se enquadram na listagem das atividades nº 2154/2016) 
permitidas e nas diretrizes de uso e atividades para o
respectivo Setor Urbano, Corredor Urbano e Zona de
Transição, e que descaracterizam a área em que se CAPÍTULO VI
encontram. DO CONTROLE DE INTENSIDADE
§ 1º São vedadas quaisquer obras de DE OCUPAÇÃO
ampliação ou reforma nos prédios que abriguem ativi-
dades incompatíveis, exceto as referentes a obras de Seção I
segurança e higiene das edificações, ou quando devi- Das Diretrizes para Intensidade de Ocupação
damente licenciadas pelo órgão de controle urbano.
§ 2º Quando houver viabilidade de abranda- Art. 61. Constituem-se diretrizes para a in-
mento do grau de desconformidade de uma atividade tensidade de ocupação:
incompatível, de tal modo que possa ser considerada I - indução à ocupação das áreas urbanas
compatível, o Sistema municipal de Planejamento pode- não consolidadas;
rá estabelecer condições e prazos para sua adaptação. II - prioridade para a ocupação de áreas não
consolidadas, cuja acessibilidade é facilitada pela pro-
Art. 59. Consideram-se prédios desconfor- ximidade de eixos viários;
mes aqueles pré- existentes à vigência desta Lei, que III - estímulo ao adensamento de áreas ur-
não atendam aos padrões urbanísticos relativos ao banizadas, atendendo-se a critérios e parâmetros
porte ou uso estabelecidos para os respectivos Seto- que minimizem os impactos ambientais e proporcio-
res Urbanos, Corredores Urbanos ou Zonas de Tran- nem melhor qualidade de vida;
sição, em função de suas destinações específicas e IV - estabelecimento de intensidade de ocu-
seus aspectos edilícios próprios. pação diferenciada para as áreas urbanas, conside-
§ 1º Nos prédios desconformes serão permi- rando-se as características ambientais de cada área
tidos outros usos, a critério do órgão de planejamen- e a existência de infraestrutura e serviços urbanos;
to urbano, sendo admitida a aplicação da outorga V - definição de critérios e parâmetros que
onerosa do direito de construir e alteração de uso, garantam o conforto térmico (circulação de ar e tem-
de acordo com o disposto no Plano Diretor Urbano e peratura amena) de unidades residenciais multifami-
Ambiental do Município de Manaus. liares, nas áreas propícias ao adensamento vertical;
§ 2º Serão considerados prédios descon- VI - fixação de normas que proporcionem o
formes especialmente os postos de abastecimen- equilíbrio entre o espaço construído e áreas verdes
tos de veículos que não atendam aos preceitos des- e entre o espaço privado e áreas para recreação e
ta Lei, do Código de Obras e do Código de Posturas equipamentos urbanos, em grupamentos de edifica-
do Município. ções e empreendimentos de grande porte;
VII - fixação de normas que proporcionem o
Art. 60. Consideram-se instalações descon- equilíbrio entre o espaço construído e áreas verdes e
formes aquelas pré-existentes à vigência desta Lei, entre o espaço privado e áreas para recreação e equi-
sem a prévia autorização do órgão municipal compe- pamentos urbanos, em grupamentos de edificações
tente, e que não atendam às exigências urbanísticas e empreendimentos de grande porte, respeitado o
estabelecidas nesta Lei. disposto nas legislações específicas.
Parágrafo único. As instalações desconfor-
mes ficam sujeitas à apresentação ao órgão munici-
pal competente de uma proposta de abrandamento Seção II
do grau de desconformidade e ao estabelecimento, Das Categorias de Intensidade de Ocupação
pelo Sistema municipal de Planejamento, de condi-
ções e prazos para sua adaptação. Art. 62. Para efeito do controle da intensi-

169
dade de ocupação na área urbana, e de transição, en- § 2º O organismo de planejamento urbano
quadram-se como: poderá definir ajustes ou normas especiais para Pro-
I - áreas de verticalização alta: edificações de jetos Especiais, em situações específicas, mediante
até 25 (vinte e cinco) pavimentos; Estudo de impacto de vizinhança (EIV).
II - áreas de verticalização média: edifica-
ções de até 16 (dezesseis) pavimentos;
III - áreas de verticalização baixa: edifica- Subseção I
ções de até 8 (oito) pavimentos; Dos Coeficientes de Aproveitamento do Terreno
IV - áreas de ocupação horizontal de alta (CAMT)
densidade: prédios de até 4 (quatro) pavimentos,
com o coeficiente de aproveitamento máximo do ter- Art. 64. Para efeito de controle da intensi-
reno igual a 2,0; dade de ocupação na Área Urbana e Área de Tran-
V - áreas de ocupação horizontal de média sição, serão adotados o Coeficiente de Aproveita-
densidade: prédios de até 4 (quatro) pavimentos e mento Máximo de Terreno (CAMT) e o Coeficiente
coeficiente de aproveitamento máximo do terreno de Aproveitamento Básico de Terreno (CABT).
igual a 1,0; § 1º O Coeficiente de Aproveitamento Má-
VI - áreas de ocupação horizontal de baixa ximo do Terreno (CAMT) é o fator que, multiplicado
densidade: prédios de até 4 (quatro) pavimentos e pela área do terreno, define a área total construída de
coeficiente de aproveitamento máximo do terreno edificação, permitida neste mesmo lote, sendo variá-
igual a 0,8. vel para cada Setor Urbano (SU) e suas subdivisões
§ 1º Para os efeitos deste artigo, considera-se: e para os Corredores Urbanos e seus segmentos, as-
I - pavimento: andar habitável das edifica- sim como para cada Zona de Transição, de acordo
ções, sejam residenciais, comerciais, de uso comum, com os Quadros de Intensidade de Ocupação cons-
industriais, de serviços ou mistas, situadas num mes- tantes dos Anexos I, II e III desta Lei.
mo nível; § 2º O Coeficiente de Aproveitamento Básico
II - áreas de verticalização: as áreas onde são de Terreno (CABT) é o fator de referência para aplica-
admitidos gabaritos acima de 4 (quatro) pavimentos; ção da Outorga Onerosa do Direito de Construir, con-
III - embasamento: o número máximo de 4 forme disposto no Plano Diretor Urbano e Ambiental
(quatro) pavimentos de uma edificação vertical loca- de Manaus, tendo valor fixo igual a 2,0 (dois) para
lizado acima dos pavimentos de subsolo, destinados todos os Setores Urbanos (SU) e suas subdivisões e
a garagens e a atividades de apoio à edificação e uso para os Corredores Urbanos e seus segmentos onde
comum. é permitida a aplicação deste instrumento.
§ 2º O embasamento das edificações verti- § 3º As áreas excedentes de CABT 2,0 (dois)
cais será computado no número máximo de pavimen- serão à base de cálculo para cobrança de outorga
tos da edificação. onerosa.

Art. 65. Consideram-se como áreas de edifi-


Seção III cações não computadas nos cálculos do CAMT e do
Dos Parâmetros Urbanísticos de Ocupação CAPT:
I - subsolo, de acordo com as definições do
Art. 63. Para o controle da intensidade da código de obras e edificações;
ocupação na Área Urbana e Área de Transição, II - áreas de recreação e lazer, mesmo que
consideram-se os seguintes parâmetros urbanísti- construídas, em prédios residenciais ou de uso mis-
cos: to cujo pavimento-tipo tenha uso exclusivamente re-
I - Coeficiente de Aproveitamento do Terreno; sidencial;
II - Gabarito Máximo da Edificação; III - áreas complementares à atividade prin-
III - Taxa de Ocupação Máxima do Terreno; cipal e os serviços gerais e de apoio à edificação,
IV - Afastamentos da Edificação - frontal, la- compreendendo:
terais e de fundos; a. estacionamentos e garagens nos pré-
V - Testada Mínima para Verticalização; dios residenciais;
VI - Largura Mínima de Via para Verticalização; b. estacionamentos nos prédios não
VII - Taxa de Permeabilização. residenciais, exceto edifícios-garagem;
§ 1º Os parâmetros urbanísticos de ocupa- c. reservatórios, casa de bombas, bar-
ção dos lotes urbanos estão estabelecidos nos Qua- rilete, casa de máquinas de elevadores, área
dros de Intensidade de Ocupação nos Anexos I, II e III para depósito de lixo, transformadores, gera-
desta Lei para cada Setor Urbano - SU e suas subdi- dores, medidores, centrais de gás e de ar-con-
visões e para os Corredores Urbanos e seus segmen- dicionado;
tos, assim como para cada Zona de Transição. d. áreas de uso comum, como porta-

170
rias, circulações, acessos, zeladoria, lazer e horizontais e verticais será a relação entre as proje-
mezanino; ções máximas de construção, excetuando-se os bei-
e. nas edificações de acesso públi- rais, e a área do terreno onde se realiza a edificação,
co, descontam-se as áreas não utilizadas na desde que obedecidos os afastamentos correspon-
atividade principal; dentes e a taxa de permeabilidade respectiva.
IV - sacadas, varandas ou balcões abertos, em
prédios residenciais, até o limite de 3m (três metros);
V - pilotis, desde que ocupados por usos co- Subseção IV
muns no condomínio, tais como, áreas de lazer, esta- Dos Afastamentos da Edificação
cionamento, administração de serviços comuns;
VI - edícula, conforme definido no código de Art. 69. Os afastamentos frontais, laterais e
obras e edificações do município; de fundos da edificação são as distâncias obrigatórias
VII - pavimentos de cobertura, mesmo quan- em relação às divisas de frente, laterais e de fundo do
do executados em laje impermeabilizada que sirvam lote à edificação, aplicados proporcionalmente à altu-
apenas para manutenção e visita técnica. ra da edificação, conforme Anexos XI e XII desta Lei.
§ 1º Quando as obras para edificação forem Parágrafo único. Poderá haver escalonamen-
iniciadas sem alvará de construção ou quando hou- to nas fachadas, se obedecidas às relações dos afas-
ver modificação de projeto, com acréscimo de área tamentos pela altura do pavimento correspondente.
construída, mesmo as áreas não computáveis, men-
cionadas nos incisos e alíneas deste artigo, não se- Art. 70. Nos afastamentos exigidos para a
rão dispensadas do cálculo do Coeficiente de Apro- edificação será permitido:
veitamento Máximo do Terreno e do Coeficiente de I - construção de beirais e marquises em ba-
Aproveitamento Projetado para o Terreno, consideran- lanço, de modo a cobrir no máximo 50% (cinquenta
do a mesma proporcionalidade das obras iniciadas. por cento) dos afastamentos;
§ 2º A somatória das áreas não computadas, II - construção de varandas, sacadas, laje
conforme o disposto nos incisos e alíneas deste arti- técnica, poço de elevador ou caixa de escada, até o
go, não podem exceder 50% (cinquenta por cento) da máximo 3 m (três metros) de profundidade, desde
área computável no CAMT e no CAPT, exceto área de que garantida a distância mínima 5 m (cinco metros)
estacionamento. metros em relação à divisa;
§ 3º Caso a somatória das áreas não compu- III - nas residências unifamiliares até 2 (dois)
táveis exceda a área computável no CAMT em mais pavimentos, cobertura para utilização exclusiva,
de 50% (cinquenta por cento), esta diferença deverá como garagem, desde que executada no pavimento
ser considerada para a base de calculo juntamente térreo e que não sofra quaisquer vedações, com ex-
com as áreas computáveis. ceção dos muros limítrofes, respeitadas as demais
disposições do Código de Obras do Município;
IV - nas residências unifamiliares de até 2
Subseção II (dois) pavimentos, a construção de varanda em ba-
Do Gabarito Máximo da Edificação lanço no afastamento frontal, desde que garantida a
distância mínima de 3 m (três metros) para o limite
Art. 66. O Gabarito Máximo das Edificações do lote.
é o número máximo de pavimentos estabelecido para
o respectivo Zoneamento Urbano em que o imóvel se Art. 71. Será admitida no afastamento frontal
situe, conforme estabelecido nos anexos I, II, III. a localização de guarita para segurança, desde que o
Parágrafo único. Não são considerados total da área construída não ultrapasse 10% (dez por
pavimentos, para efeito do cálculo do Gabarito Máxi- cento) da área definida pelo afastamento frontal, e
mo da Edificação, as coberturas, o barrilete, as caixas não tenha área útil superior a 10m² (dez metros qua-
d’água e as casas de máquina dos elevadores. drados).
Parágrafo único. Excetuam-se do percentual
Art. 67. Nos lotes de esquina e nas interse- estabelecido no caput deste artigo as áreas comple-
ções de vias com parâmetros diferenciados, prevale- mentares apenas cobertas, inclusive pórticos e mar-
cem os parâmetros estabelecidos para o gabarito de quises.
maior altura da edificação.
Art. 72. Em edificações situadas em lotes de
esquina e com até 2 (dois) pavimentos, será exigi-
Subseção III do o afastamento frontal de 5 m (cinco metros) para
Da Taxa de Ocupação Máxima do Terreno um dos logradouros públicos, admitindo-se o afas-
tamento frontal mínimo de 2 m (dois metros) para o
Art. 68. A taxa de ocupação de edificações outro logradouro, inclusive o pavimento de subsolo.

171
§ 1º Em edificações com até 2 (dois) pavi- inclusive no subsolo, visando às áreas de manobra
mentos, em que o lote possua 2 (duas) frentes, não de veículos e ao aumento da caixa viária, até que seja
sendo lote de esquina, será exigido o afastamento implantado o Plano de Alinhamento e Passeio. (Re-
frontal de 5 m (cinco metros) para um dos lados do dação dada pela Lei nº 2402/2019)
logradouro público de maior nível hierárquico, admi- § 3º Nos eixos de atividades com caracte-
tindo-se o afastamento frontal mínimo de 2 m (dois rísticas de vias coletoras, a serem definidas por re-
metros) para o outro logradouro, inclusive o pavimen- solução do Conselho municipal de Desenvolvimento
to de subsolo. Urbanos - CMDU, será exigido afastamento frontal
§ 2º Em edificações com até 2 (dois) pavi- mínimo de 6,50 m (seis metros e cinquenta centí-
mentos, em que o lote possua frentes voltadas para metros), visando às áreas de manobra de veículos e
3 (três) logradouros públicos, será exigido o afasta- aumento da caixa viária até que seja implantado o
mento frontal de 5m (cinco metros) para 2 (dois) Plano de Alinhamento e Passeio.
logradouros públicos, admitindo-se o afastamento § 3º Nos eixos de atividades com caracte-
frontal mínimo de 2 m (dois metros) para o terceiro rísticas de vias coletoras, a serem definidas por re-
logradouro, inclusive o pavimento de subsolo. solução do Conselho Municipal de Desenvolvimento
§ 2º Em edificações com até dois pavimentos, Urbanos (CMDU), será exigido afastamento frontal
em que o lote possua frentes voltadas para três logra- mínimo de 6,50 m (seis metros e cinquenta centíme-
douros públicos, será exigido o afastamento frontal de tros), inclusive no subsolo, visando às áreas de ma-
5m (cinco metros) para um dos logradouros públicos nobra de veículos e ao aumento da caixa viária até
de maior nível hierárquico, admitindo-se o afastamen- que seja implantado o Plano de Alinhamento e Pas-
to frontal mínimo de 2m (dois metros) para os demais seio. (Redação dada pela Lei nº 2154/2016)
logradouros, inclusive o pavimento de subsolo. (Reda- § 3º Nos eixos de atividades com
ção dada pela Lei nº 2402/2019) características de vias coletoras, a serem
definidas por resolução do Conselho Municipal
Art. 73. As edificações horizontais com até de Desenvolvimento Urbano (CMDU), será exigido
2 (dois) pavimentos estão isentas de um dos afasta- afastamento frontal mínimo de 5m (cinco metros),
mentos laterais, desde que este não apresente vão inclusive no subsolo, visando às áreas de manobra
de abertura na lateral sem afastamento, devendo os de veículos e ao aumento da caixa viária, até que
demais afastamentos observar as medidas especifi- seja implantado o Plano de Alinhamento e Passeio.
cadas no Código de Obras e Edificações. (Redação dada pela Lei nº 2402/2019)
Parágrafo único. Estão isentos de afasta- § 4º Nos lotes situados em Áreas de Especial
mentos laterais os imóveis de até 2 (dois) pavimentos Interesse Social, prevalece o afastamento frontal
e com testada igual ou inferior a 5 m (cinco metros). mínimo estabelecido na Lei de Áreas de Especial
Interesse Social.
Art. 74. Os Afastamentos da Edificação de
imóveis, para cada Setor Urbano, Corredor Urbano,
assim como para cada Zona de Transição, serão es- Subseção V
pecificadas no Código de Obras e Edificações. Da Testada Mínima para Verticalização
§ 1º Os afastamentos laterais mínimos do
embasamento com até 4 (quatro) pavimentos e de Art. 75. É de 15 m (quinze metros) a Testada
uso comum, nos imóveis de que trata o parágrafo an- Mínima para Verticalização em Setores Urbanos e
terior, serão os exigidos para edificações horizontais Corredores Urbanos cujos parâmetros para intensi-
nos setores urbanos ou corredores urbanos corres- dade de ocupação permitem verticalização, de acor-
pondentes, estando os demais pavimentos sujeitos do com os Anexos I, II, III, XI e XII desta Lei.
aos afastamentos mínimos para a verticalização.
§ 2º Nos corredores urbanos, será exigido
afastamento frontal mínimo de 8 (oito) metros, vi- Subseção VI
sando as áreas de manobra de veículos e aumento Da Largura Mínima de Logradouro
da caixa viária até que seja implantado o Plano de para Verticalização
Alinhamento e Passeio.
§ 2º Nos corredores urbanos, será exigido Art. 76. Observados os parâmetros definidos
afastamento frontal mínimo de 8 (oito) metros, in- nos Quadros de Intensidade de Ocupação dispostos
clusive no subsolo, visando às áreas de manobra de nos Anexos I, II, III, XI e XII desta Lei, a verticalização
veículos e ao aumento da caixa viária até que seja somente será permitida em lotes que estejam situa-
implantado o Plano de Alinhamento e Passeio. (Re- dos em vias ou logradouros com largura mínima de
dação dada pela Lei nº 2154/2016) 9,5m (nove metros e cinquenta centímetros).
§ 2º Nos corredores urbanos, será exigido § 1º Considera-se como largura da via ou do
afastamento frontal mínimo de 5m (cinco metros), logradouro, para efeito de largura mínima para verti-

172
calização, as distâncias entre os alinhamentos dos pela Lei nº 2402/2019)
muros limítrofes na via em que o imóvel esteja situa- § 3º Os imóveis consolidados com testada
do, respeitados os seguintes parâmetros: de até 5 m (cinco metros) estarão isentos da Taxa de
a. inexistindo muros ou definições físi- Permeabilização Mínima.
cas dos limites da via ou logradouro, o Instituto § 3º Os imóveis com testada de até 5m (cin-
Municipal de Ordem Social e Planejamento Ur- co metros) estarão isentos da Taxa de Permeabiliza-
bano - IMPLURB, mediante ato formal, definirá ção Mínima. (Redação dada pela Lei nº 2402/2019)
a largura oficial implantada; § 4º Serão aceitas em 50% (cinquenta por
b. existindo previsão de recuo viário, de- cento) do total exigido de área permeável, pavi-
finido segundo Plano de Alinhamento e Passeio, mentações, desde que comprovadamente configu-
sob nenhuma hipótese poderá este prevalecer rem em materiais com o mínimo de 70% (setenta por
para efeito de gabarito máximo da edificação cento) de absorção.
sobre a via implantada, exceto se o interessa- § 5º Os loteamentos e condomínios de uni-
do realizar, sob suas expensas e mediante au- dades autônomas deverão atender à taxa de permea-
torização e controle técnico do Poder Público, bilidade nas áreas comuns na aprovação do projeto.
a execução de toda a expansão viária prevista. (Redação acrescida pela Lei nº 2154/2016)
§ 2º Para cálculo do gabarito máximo, a
cada 0,5 m (meio metro) que a largura da via ou lo-
gradouro exceder a medida mínima estabelecida no CAPÍTULO VII
caput deste artigo, será admitido o acréscimo de um DAS VAGAS DE GARAGENS
pavimento computável à construção, até o limite es- E ESTACIONAMENTOS
tabelecido nesta Lei e atendidos os demais parâme-
tros urbanísticos pertinentes. Seção I
§ 3º Para casos de lotes com testadas para Das Definições
diferentes vias, prevalecerá a de maior caixa viária.
Art. 78. Garagens e estacionamentos são,
respectivamente, pavimentos, edificações e áreas
Subseção VII cobertas ou descobertas, destinadas exclusivamen-
Da Taxa de Permeabilização Mínima te à guarda de veículos, como função complementar
ao uso ou atividade principal do imóvel.
Art. 77. A Taxa de Permeabilização é a rela-
ção entre áreas descobertas e permeáveis do terreno Art. 79. Garagens e estacionamentos co-
e a sua área total, de forma a contribuir para o equilí- merciais são prédios e áreas destinadas predominan-
brio climático e favorecer o serviço de drenagem na- temente à prestação de serviços de guarda de veícu-
tural de águas pluviais. los, podendo ser considerados edifícios-garagem.
§ 1º Os imóveis situados no Subsetor Centro An-
tigo estão isentos da Taxa de Permeabilização Mínima. Art. 80. Garagens e estacionamentos gerais
§ 1º Os imóveis situados no Subsetor Cen- são prédios e áreas destinadas à guarda de veículos
tro Antigo e Sub-setor Sítio Histórico estão isentos coletivos e de serviços, incluídos ônibus, microônibus,
da Taxa de Permeabilização Mínima. (Redação dada vans e caminhões.
pela Lei nº 2154/2016)
§ 2º A Taxa de Permeabilização Mínima para Art. 81. A área de estacionamento ou garagem
todos os demais imóveis será de 15% (quinze por corresponde à vaga para veículos, não devendo ser
cento), sendo que para loteamentos e condomínios tratada como via de circulação de veículos em geral.
de unidades autônomas horizontais, cada lote deverá
possuir a mesma taxa determinada.
§ 2º A Taxa de Permeabilização Mínima para Seção II
todos os demais imóveis será de quinze por cento, Dos Critérios e Parâmetros para
inclusive para lotes em loteamentos e condomínios Garagens e Estacionamentos
de unidades autônomas, por ocasião do seu licencia-
mento. (Redação dada pela Lei nº 2154/2016) Art. 82. Os números de vagas exigidas, se-
§ 2º A Taxa de Permeabilização Mínima para gundo usos e atividades, são os definidos no Anexo
todos os demais imóveis será de quinze por cento ou IX desta Lei.
poderá, desde que aprovado pelo respectivo órgão Parágrafo único. As vagas mínimas exigi-
de licenciamento, apresentar caixa de retenção, nos das para aprovação do uso ou atividade, quando do
termos da legislação vigente, inclusive para lotes em licenciamento, não poderão ser posteriormente ex-
loteamentos e condomínios de unidades autônomas, ploradas como atividade de estacionamento comer-
por ocasião do seu licenciamento. (Redação dada cial, sob pena de não ser concedida a renovação do

173
alvará de funcionamento do uso ou atividade permi- condomínios podem ter até três vagas contínuas,
tidos, exceto em horários de funcionamento diferen- desde que pertencente ao mesmo condômino, sem a
tes e distintos para cada uso, e emitido o respectivo exigência de manobristas. (Redação dada pela Lei nº
alvará de funcionamento. 2402/2019)
Art. 82. Os números de vagas exigidas, se-
gundo usos e atividades, são os definidos no Anexo Art. 86. Nas edificações com duas ou mais
IX desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 2402/2019) testadas, a entrada para a área de estacionamento
§ 1º Se houver número de vagas a maior ou garagem deverá ser feita pela via de menor nível
que o exigido, estas poderão ser destinadas a aten- hierárquico, exceto em logradouros públicos com lar-
der à atividade de outro imóvel na forma estabele- gura inferior a 9 m (nove metros).
cida no caput do art. 90 desta Lei. (Redação dada
pela Lei nº 2402/2019) Art. 87. Nas vias coletoras e arteriais do sis-
§ 2º Para os casos de funcionamento de tema viário não será admitido estacionamento com
atividades em diferentes imóveis e desde que em acesso direto da via à vaga por sobre o passeio pú-
horários distintos, uma poderá se utilizar do esta- blico, devendo esta ser inserida dentro dos limites
cionamento da outra, desde que devidamente iden- do lote em questão, exceto os imóveis com testada
tificado. (Redação dada pela Lei nº 2402/2019) inferior a 15 m (quinze metros), ou aqueles em que
§ 3º As vagas mínimas exigidas para apro- esteja devidamente autorizado pelo órgão municipal
vação do uso ou atividade, quando do licenciamen- de trânsito.
to, não poderão ser posteriormente exploradas
como atividade de estacionamento comercial, sob Art. 88. As exigências de vagas de estacio-
pena de multa e de não ser concedida a renovação namento deverão ser aplicadas para imóveis novos
do alvará de funcionamento do uso ou atividade e para aqueles com mudança de uso, reformados ou
permitidos, exceto em horários de funcionamento não, ressalvando aqueles que são de interesse histó-
diferentes e distintos para cada uso, e emitido o res- rico-cultural e foram estabelecidos em lugares onde
pectivo alvará de funcionamento. (Redação acresci- não há possibilidade de novas vagas.
da pela Lei nº 2422/2019)
§ 4º A exploração comercial das vagas mí- Art. 89. As exigências de vagas de estacio-
nimas exigidas para aprovação do licenciamento, na namento para os imóveis reformados sem mudança
função complementar a um uso ou atividade prin- de uso, mas com acréscimo de área, limitar-se-ão à
cipal, é infração que poderá ser aplicada multa de área de acréscimo.
até dez Unidades Fiscais do Município (UFMs) por
vaga. (Redação acrescida pela Lei nº 2422/2019) Art. 90. A previsão de vagas para
estacionamento estabelecida no Anexo IX desta Lei,
Art. 83. Edificações em terrenos com testa- poderá ser admitida em outro local, distante, no má-
da igual ou superior a 6 m (seis metros) devem pre- ximo, 150 m (cento e cinquenta metros) da edifica-
ver vagas para estacionamento, conforme padrões ção, quando se tratar de:
estabelecidos no Quadro das Vagas de Garagens e I - imóveis reformados sem mudança de uso,
Estacionamentos constante do Anexo IX desta Lei. mas com acréscimo de área;
II - imóveis com mudança de uso, reforma-
Art. 84. Na edificação com mais de duas uni- dos ou não;
dades habitacionais em um mesmo lote, será exigida § 1º Os proprietários dos imóveis a que se
uma ou mais vagas de garagem para cada unidade, refere o caput deste artigo deverão apresentar do-
de acordo com o Quadro das Vagas de Garagens e cumento comprobatório de propriedade do local em
Estacionamentos constante do Anexo IX desta Lei. questão, que não poderá ser transformado em esta-
cionamento rotativo para outros usos.
Art. 85. Os estacionamentos podem ser con- § 1º Para os imóveis a que se refere o caput
dominiais, sendo obrigatória a demarcação da vaga deste artigo, deverá ser apresentado documento
na proporção estabelecida no Anexo IX desta Lei, comprobatório de propriedade ou posse ou domínio
sendo aceitável o posicionamento de até 3 (três) va- útil do imóvel ou contrato de locação. (Redação dada
gas contínuas, quando pertencente ao mesmo con- pela Lei nº 2402/2019)
dômino, exceto os casos em que haja manobristas. § 2º As edificações nas quais é obrigatória
Art. 85. Os estacionamentos, desde que a previsão de local destinado à movimentação e ma-
identificados com manobristas ou sistema de valet, nobra de veículos de carga e de estacionamento de
podem ter vagas presas, sendo obrigatória a demar- veículos de serviço, são as especificadas no Quadro
cação da vaga na proporção estabelecida no Anexo das Vagas de Garagens e Estacionamentos constan-
IX desta Lei. te do Anexo IX desta Lei.
Parágrafo único. Os estacionamentos em § 3º Nos prédios de uso residencial multi-

174
familiar com mais de 16 (dezesseis) unidades resi- Vizinhança – EIV os seguintes empreendimentos e
denciais, deverá ser prevista área para carga e des- atividades:
carga dentro do limite do lote. (Revogado pela Lei I - empreendimentos de impacto urbano am-
nº 2402/2019) biental, nos termos dos artigos 41 e 42 desta Lei ou
§ 4º Em caso de Habite-se, será exigido o re- quando o Poder Público julgar necessário;
gistro do imóvel da mesma propriedade de onde será II - casas noturnas com área útil principal igual
exercida a atividade. (Redação acrescida pela Lei nº ou superior a 200 m² (duzentos metros quadrados);
2402/2019) III - centro comercial e shopping center;
IV - centro cultural e centro de convenções;
Art. 91. Os imóveis localizados no Subsetor (Revogado pela Lei nº 2154/2016)
Sítio Histórico são dispensados das vagas de garagem V - clube; (Revogado pela Lei nº 2154/2016)
e estacionamento indicadas no Anexo IX desta Lei. VI - comércio atacadista e depósitos com
Art. 91. Os imóveis localizados no Subse- área útil principal igual ou superior a 2.000 m² (dois
tor Sítio Histórico e Centro Antigo são dispensados mil metros quadrados);
das vagas de garagem e estacionamento indicadas VII - comércio varejista de mercadorias em
no Anexo IX desta Lei. (Redação dada pela Lei nº geral, com predominância de produtos alimentícios,
2154/2016) com área útil principal igual ou superior a 1.000m²
(mil metros quadrados);
Art. 92. Nas edificações de uso residencial VIII - comércio varejista e atividades de
multifamiliar, será exigido estacionamento para veí- prestação de serviços com área útil principal igual
culos de visitantes conforme Anexo IX desta Lei, sen- ou superior a 5.000 m² (cinco mil metros quadrados);
do obrigatório que as vagas e suas áreas de mano- IX - depósitos ou postos de revenda de gás -
bras estejam inseridas dentro do lote. classe 3;
Parágrafo único. Nos prédios de uso resi- X - edificações de segurança pública;
dencial multifamiliar com mais de dezesseis unida- XI - estabelecimentos de ensino fundamental,
des residenciais, deverá ser prevista área para carga médio ou superior, e templos religiosos com área útil
e descarga dentro do limite do lote. (Redação acres- principal superior a 1.000 m² (mil metros quadrados);
cida pela Lei nº 2402/2019) XII - demais escolas com área útil principal
superior a 500m² (quinhentos mil metros quadrados);
XII - demais escolas com área útil principal
CAPÍTULO VIII superior a 500m² (quinhentos metros quadrados);
DOS INSTRUMENTOS COMPLEMENTARES DE (Redação dada pela Lei nº 2402/2019)
CONTROLE URBANO XIII - estação de radiodifusão; (Revogado pela
Lei nº 2154/2016)
Seção I XIV - torre de telefonia, acima de 30 m (trinta
Do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV metros) de altura, com aprovação do COMAR;
XV - estação de televisão; (Revogado pela Lei
Art. 93. O Estudo de impacto de vizinhança - nº 2154/2016)
EIV, nos termos do Plano Diretor Urbano e Ambiental XVI - estacionamento coberto ou descoberto
de Manaus, poderá ser exigido aos empreendimentos para mais de 100 (cem) carros;
e às atividades a seguir relacionados, por suas espe- XVI - estacionamento comercial, coberto ou
cificidades, mesmo quando sua implantação constar descoberto para mais de cem carros; (Redação dada
como permitida no Setor Urbano ou no Corredor Ur- pela Lei nº 2154/2016)
bano considerado, para obtenção das aprovações, XVII - funerária; (Revogado pela Lei nº
licenças ou autorizações de construção, ampliação 2154/2016)
ou funcionamento. XVIII - garagem geral; (Revogado pela Lei nº
Art. 93. O Estudo de Impacto de Vizinhança 2154/2016)
(EIV), nos termos do Plano Diretor Urbano e Ambien- XIX - hospital; (Revogado pela Lei nº
tal de Manaus, poderá ser exigido aos empreendi- 2154/2016)
mentos e às atividades a seguir relacionados, por XX – hotel com área de terreno igual ou su-
suas especificidades, mesmo quando sua implan- perior a 1.000 m² (mil metros quadrados);
tação constar como permitida no Setor Urbano ou XX - motel com área de terreno igual ou su-
no Corredor Urbano considerado, para obtenção das perior a 1.000 m² (mil metros quadrados); (Redação
aprovações, licenças de construção, regularização, dada pela Lei nº 2154/2016)
ampliação ou funcionamento, desde que não esteja XXI - indústrias tipo 3, tipo 4 e tipo 5;
regularmente implantado nos termos do artigo 57. XXI - indústrias, tipo 4 e tipo 5; (Redação
(Redação dada pela Lei nº 2402/2019) dada pela Lei nº 2154/2016) 
§ 1º Sujeitam-se ao Estudo de Impacto de XXII - posto de abastecimento e de serviços

175
para veículos; vidades do entorno imediato.
XXIII - estação de rádio-base; Parágrafo único. Para elaboração do Estudo
XXIV - torres de alta tensão; de Impacto de Vizinhança, a Comissão Técnica de
XXV - empreendimentos classificados Planejamento e Controle Urbano (CTPCU) deverá for-
como polo geradores de tráfego. necer Termo de Referência.
§ 2º Ficam dispensados do Estudo de Im-
pacto de Vizinhança - EIV os empreendimentos e Art. 96. Os documentos integrantes do Estu-
atividades acima citados, quando estes estiverem do de Impacto de Vizinhança (EIV) ficarão disponíveis
inseridos nos bairros Distrito Industrial I e Distrito In- para consulta no órgão municipal competente, por
dustrial II, ou quando tratar-se do pedido certidão de qualquer interessado, nos termos da Lei Federal n°
uso do solo para lotes que ainda não tiverem projetos 10.257, de 10 de julho de 2001, Estatuto da Cidade.
em aprovação.
§ 3º Será exigido novo EIV em casos de Art. 97. O Estudo de Impacto de Vizinhança
obras de ampliações consideradas de impacto ur- (EIV) não substitui a elaboração e aprovação do Es-
bano ambiental relevante, nos termos do art. 42 tudo de Impacto Ambiental (EIA), requerido nos ter-
desta Lei, ou inclusão de nova atividade que requei- mos da legislação ambiental e Estudo de Tráfego.
ra EIV nos termos do caput deste artigo. (Redação
acrescida pela Lei nº 2402/2019)
Seção II
Art. 94. O Poder Executivo municipal, por Do Estudo de Impacto Ambiental (EIA)
meio do órgão de planejamento urbano, poderá
condicionar a instalação ou o licenciamento do Art. 98. O Estudo de Impacto Ambiental
empreendimento ou atividade ao cumprimento pelo (EIA) se aplica para a fase de planejamento, instala-
empreendedor e a suas expensas, de medidas miti- ção e operação de atividades ou obras efetiva ou po-
gadoras ou compensatórias que atenuem o impacto tencialmente causadoras de significativa degradação
que o projeto acarretará. do meio ambiente, de acordo com normas ambientais
§ 1º As medidas compensatórias são des- correspondentes.
tinadas a compensar impactos irreversíveis que não § 1º Devem ser observadas para elaboração
podem ser evitados. do Estudo de Impacto Ambiental as exigências feitas
§ 2º As medidas mitigadoras são instrumen- pelo Código Ambiental de Manaus.
tos destinados a atenuar impactos adversos e a re- § 2º A relação dos empreendimentos ou ati-
duzir aqueles que não podem ser evitados. vidades que estarão sujeitas à elaboração do EIA e
§ 3º As medidas mitigadoras e compensató- respectivo RIMA, são aqueles definidos em legislação
rias não poderão exigir do empreendedor contrapartida ambiental específica.
maior que a demanda gerada pelo empreendimento, e
devem ser aplicadas na área do entorno ao mesmo.
Seção III
Art. 95. O Estudo de Impacto de Vizinhança Do Estudo de Tráfego
(EIV) será executado atendendo às exigências do Es-
tatuto da Cidade, além de necessariamente analisar: Art. 99. Será exigido o Estudo de Tráfego
I - a compatibilização do estabelecimento pelo órgão municipal de trânsito para os empreen-
ou empreendimento com as diretrizes de uso e ati- dimentos e as atividades de natureza pública ou
vidades indicadas para o Setor Urbano ou Corredor privada, no momento da aprovação, licenciamento,
Urbano no qual será implantada; instalação ou regularização de obra.
II - a manutenção e valorização do Patrimô- § 1º Sujeitam-se ao Estudo de Tráfego os
nio Ambiental, natural ou cultural, no Setor Urbano ou seguintes empreendimentos e atividades:
no Corredor Urbano no qual será implantado ou no I - empreendimentos de impacto urbano am-
seu entorno; biental, nos termos dos artigos 41 e 42 desta Lei ou
III - a adequação à estrutura urbana, sobretu- quando o Poder Público julgar necessário;
do quanto ao sistema viário, fluxos, segurança, sos- II - todas as atividades tipo 4 e 5, segundo
sego e saúde dos habitantes e equipamentos públi- seu porte.
cos comunitários; § 2º Ato do executivo regulamentará através
IV - a adequação ao ambiente, em especial de um Termo de Referência, de responsabilidade do
quanto à poluição; órgão de trânsito e de transporte, as análises e cita-
V - a adequação à infraestrutura urbana; ções relevantes a serem apresentadas no pedido de
VI - a adequação à paisagem natural ou aprovação do estudo de tráfego.
construída;
VII - a adequação quanto aos usos e às ati-

176
Seção IV metros quadrados de uso em desconformidade, o
Das Medidas Compensatórias valor da compensação será arbitrado pelo Instituto
municipal de Ordem Social e Planejamento Urba-
Art. 100. A aplicação das Medidas Compen- no (Implurb), com anuência da Comissão de Plane-
satórias objeto do Plano Diretor Urbano e Ambiental jamento Técnico e Controle Urbano (CPTCU) e do
do Município de Manaus é condicionada aos seguin- Conselho municipal de Desenvolvimento Urbano
tes critérios e condições: (Regulamentado pelo De- (CMDU).
creto nº 3207/2015)
I - destinam-se aos empreendimentos com Art. 102. A implantação e, conforme o caso,
necessidade de apresentação de Estudo de Impacto a manutenção das medidas atenuantes e compensa-
de Vizinhança (EIV), contemplando os efeitos positi- tórias será feita com despesas pagas pelo interes-
vos e negativos de um empreendimento ou atividade sado no licenciamento, no prazo indicado no ato de
no tocante à qualidade de vida da população residen- aprovação, sob pena de:
te na área e em suas proximidades, ou poderá ser I - não expedição da licença ou da
aplicada em benefício da população em geral; autorização para funcionamento ou da autorização
II - serão utilizadas quando, mesmo com a para funcionamento ou do “Habite-se”, caso a implan-
aplicação de medidas preventivas e mitigadoras, per- tação das medidas atenuantes e compensatórias se-
maneçam os efeitos negativos do empreendimento jam condições prévias para esses atos;
ou atividade; II - multa, aplicável simultaneamente a qual-
III - não poderão ser utilizadas para flexibilizar quer outra penalidade, cujo valor será equivalente ao
parâmetros urbanísticos ou ambientais; valor cobrado pela infração correspondente à ausên-
IV - a elaboração e apreciação do Estudo de cia de licença para construção;
Impacto de Vizinhança, incluindo a fixação de medi- III - embargo da obra, após 30 (trinta) dias do
das mitigadoras devem atender: decurso do prazo exigido para cumprimento da medi-
a. Normas Técnicas da Associação da compensatória ou atenuante;
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT); IV - suspensão das atividades, após 30 (trin-
b. às Diretrizes estabelecidas para área ta) dias do decurso do prazo exigido para cumpri-
de influência do imóvel em questão. mento da obrigação ou da descontinuidade na manu-
§ 1º Ficam isentos das medidas compensa- tenção da medida exigida;
tórias os projetos de empreendimentos de habitação V - cassação da licença, após 60(sessenta)
de interesse social. (Redação acrescida pela Lei nº dias do decurso do prazo para o cumprimento da
2402/2019) obrigação ou da descontinuidade na manutenção da
§ 2º Para fins de aplicação do disposto no § medida exigida.
1º, consideram-se habitações de interesse social as
definidas na lei municipal que dispõe sobre Áreas de
Especial Interesse Social previstas no Plano Diretor CAPÍTULO IX
Urbano e Ambiental do Município de Manaus. (Reda- DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
ção acrescida pela Lei nº 2402/2019)
Art. 103. Os expedientes administrativos,
Art. 101. O valor da Medida Compensatória ainda sem despachos decisórios, protocolados ante-
será determinado levando-se em consideração: riormente à data de publicação desta Lei que não se
I - a área construída multiplicada pelos Custos enquadrem em suas disposições, serão decididos de
Unitários Básicos de Construção (NBR 12.721:2006 - acordo com a legislação anterior.
CUB 2006), em se tratando de construção, aprovada Parágrafo único. O prazo máximo admitido
pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sin- para o início de obra de edificação, abrangida pelo
duscon), conforme as características do projeto; disposto deste artigo, é de 1 (um) ano a contar da
II - a área total da gleba multiplicada pelos data de expedição do respectivo alvará.
preços unitários estabelecidos na Planta Genérica de
Valores de Manaus, no caso de loteamento, aprovada Art. 104. Serão objeto de lei as matérias que
pela Procuradoria Geral do Município (PGM). tratem de:
§ 1º O valor do cálculo da medida compensa- I - criação ou extinção de Setores Urbanos,
tória será obtido por meio da seguinte equação: Valor Corredores Urbanos e Zonas de Transição;
= Área construída x Tabela (Sinduscon ou PGM) x 0,05. II - alteração e definição de regime urbanís-
§ 1º O valor do cálculo da medida compensa- tico nos grupamentos existentes na Classificação de
tória será obtido por meio da seguinte equação: Va- Atividades, conforme Anexo desta Lei, à exceção da
lor = Área construída x Tabela (Sinduscon ou PGM) x inclusão e exclusão de atividades, em atendimento
0,5% (Redação dada pela Lei nº 2154/2016) ao enquadramento na Classificação Nacional de Ati-
§ 2º Quando não for possível calcular em vidades Econômicas (CNAE);

177
III - alteração e definição dos empreendimen-
tos e das atividades considerados empreendimentos
de impacto urbano-ambiental;
IV - revisão de critérios e parâmetros para
garagens e estacionamentos;
V - alteração e definição das áreas passíveis
de serem aplicados instrumentos de intervenção.

Art. 105. Serão objeto de Resolução do Con-


selho Municipal de Desenvolvimento Urbano (CMDU)
as matérias que tratem de:
I - ajustes nos limites dos Setores Urbanos e
Corredores Urbanos;
II - alteração dos regimes de usos ou ativida-
des nas vias dos Setores Urbanos, Subsetores, Eixos
de Atividades, Corredor Urbano ou Zonas de Transição;
III - definição de critérios e parâmetros para
análise de Projetos Espaciais Pontuais;
IV - definição ou ajustes de Eixos de Atividades;
V - ajuste no Quadro de Enquadramento das
Atividades desta Lei, de acordo com novos enquadra-
mentos que venham a ser promovidos na Classifica-
ção Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).

Art. 106. Em todos os cursos d’água locali-


zados na área urbana e de transição, será adotada
faixa de proteção marginal mínima de 30 m (trinta
metros) contados de cada margem da maior enchen-
te e 50 m (cinquenta metros) das nascentes, durante
o período em que o Plano de Proteção das Margens
dos Cursos d’Água ainda não houver sido implanta-
do, observadas as exceções previstas na legislação
ambiental vigente. (VETADO)*

Art. 107. Esta Lei entra em vigor na data de


sua publicação, revogadas, as Leis nº 672, de 4 de
novembro de 2002; nº 752, de 7 de janeiro de 2004;
nº 767, de 31 de maio de 2004; nº 782, de 30 de junho
de 2004; nº 857, de 14 de julho de 2005, e nº 155, de
10 de janeiro de 2005.

Manaus, 16 de janeiro de 2014.

ARTHUR VIRGÍLIO DO CARMO RIBEIRO NETO


Prefeito de Manaus

LOURENÇO DOS SANTOS PEREIRA BRAGA


Secretário Municipal Chefe da Casa Civil

178
Nota(*) Foi proposta altuação no Art. 106 da Lei N° 1.838/14, no entanto foi vetado pela
Lei N° 2.154/2016, permanecendo a redação dada pela lei original.
LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
ANEXO I - QUADRO DE INTENSIDADE DE OCUPAÇÃO POR SETORES URBANOS

(ANEXO I ALTERADO EM ALGUNS ITENS PELA LEI 2402/19)


SETORES
SETOR BAIRRO DENSIDADE OCUPAÇÃO/VERTICALIZAÇÃO CAMT GABARITO MÁXIMO

1 CENTRO Vertical Média 4,0* 16 pavtos


N. SRA. APARECIDA
GLÓRIA
SANTO ANTÔNIO
SÃO RAIMUNDO
2 Baixa Vertical Baixa 2,0 8 pavtos
PRESIDENTE VARGAS
COMPENSA
VILA DA PRATA
SANTO AGOSTINHO
CACHOEIRINHA
3 Alta Vertical Média 4,0* 16 pavtos.
PRAÇA 14 DE JANEIRO
COLÔNIA OLIVEIRA MACHADO
CRESPO
EDUCANDOS
4 MORRO DA LIBERDADE Baixa Vertical Baixa 2,0 8 pavtos
SANTA LUZIA
SÃO LÁZARO
BETANIA
RAIZ
JAPIÍM
5 PETRÓPOLIS Média Vertical Baixa 3,0* 8 pavtos
SÃO FRANCISCO
COROADO
DISTRITO INDUSTRIAL I
6 Baixa Horizontal 1,0 4 pavtos.
DISTRITO INDUSTRIAL II
VILA BURITI
7 COLÔNIA ANTÔNIO ALEIXO Baixa Horizontal 1,0 4 pavtos.
MAUAZINHO
8 PURAQUEQUARA Baixa Horizontal 1,0 4 pavtos.
ARMANDO MENDES
GILBERTO MESTRINHO
JORGE TEIXEIRA
9 Média Vertical Baixa 3,0* 8 pavtos.
SÃO JOSÉ OPERÁRIO
TANCREDO NEVES
ZUMBI DOS PALMARES
CIDADE DE DEUS
NOVA CIDADE
10 Média Vertical Baixa 3,0* 8 pavtos.
CIDADE NOVA**
NOVO ALEIXO
FLORES**
11 PARQUE 10 DE NOVEMBRO Alta Vertical Média 4,0* 16 pavtos.
ALEIXO
ADRIANÓPOLIS
12 Alta Vertical Alta 4,8* 25 pavtos.
N. SRA. DAS GRAÇAS
CHAPADA
SÃO GERALDO
13 Alta Vertical Média 4,0* 16 pavtos.
SÃO JORGE
DOM PEDRO I
ALVORADA
BAIRRO DA PAZ**
PLANALTO
14 Média Vertical Baixa 3,0* 8 pavtos.
REDENÇÃO**
NOVA ESPERANÇA
LÍRIO DO VALE
8 pavtos (Redação
15 PONTA NEGRA** Média Vertical Baixa 3,0*
dada Lei 2402/19)

TARUMÃ**
16 Baixa Horizontal 1,0 4 pavtos.
TARUMÃ-AÇÚ
COLÔNIA SANTO ANTÔNIO**
COLÔNIA TERRA NOVA
17 MONTE DAS OLIVEIRAS Baixa Horizontal 1,0 4 pavtos.
NOVO ISRAEL**
SANTA ETELVINA
18 LAGO AZUL Baixa Horizontal 1,0 4 pavtos.
SUBSETORES

GABARITO
BAIRRO DENSIDADE OCUPAÇÃO/VERTICALIZAÇÃO CAMT
MÁXIMO

Subsetor Orla Aparecida Baixa Horizontal 2,0 4 pavtos.


Subsetor Sítio Histórico Baixa Horizontal 2,0 3 pavtos.
Horizontal 2 4 pavtos.
Subsetor Centro Antigo (Redação acrescida pela Lei 2402/19) Baixa
VerƟcal Média 4 16 pavtos.
Subsetor Col. Oliveira Machado Baixa Horizontal 0,8 4 pavtos.
Subsetor Ponta Branca/Amarelinho Baixa Horizontal 0,8 4 pavtos.
Subsetor Portuário Vila Buriti Baixa Horizontal 1,0 4 pavtos.
Subsetor Orla Oeste Alta VerƟcal Alta 4,8* 25 pavtos.
Subsetor CMA Baixa Horizontal 1,0 4 pavtos.
Subsetor Orla Ponta Negra Baixa Horizontal 0,8 4 pavtos.
Subsetor Orla Centro-oeste Alta VerƟcal Alta 4,8* 25 pavtos.
Subsetor Distrito II/Agroindustrial Baixa Horizontal 1,0 4 pavtos.
Subsetor Orla Colônia Antônio Aleixo Baixa Horizontal 1,0 4 pavtos.
Subsetor Orla Mauazinho Baixa Horizontal 1,0 4 pavtos.
Subsetor BR 319 Baixa Horizontal 0,8 4 pavtos.
Subsetor Puraquequara/Agroindustrial Baixa Horizontal 0,8 4 pavtos.
Subsetor Orla Puraquequara I Baixa Horizontal 0,8 4 pavtos.
Subsetor Orla Puraquequara II Baixa Horizontal 0,8 4 pavtos.
Subsetor Urbano Puraquequara Baixa Horizontal 0,8 4 pavtos.
(*)Admitida aplicação de Outorga Onerosa do Direito de Construir, com Coeficiente de Aproveitamento Básico do Terreno - CABT = 2,0.

(**) Imóveis inseridos no Cone de Aproximação do Aeroporto de Manaus deverão ter aprovação do Comando Aéreo Regional, conforme o previsto no Plano de
Proteção Aeroportuária. (Redação dada pela Lei 2402/19)

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LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
ANEXO II - QUADRO DE INTENSIDADE DE OCUPAÇÃO POR CORREDORES URBANOS

(ANEXO II ALTERADO EM ALGUNS ITENS PELA LEI 2402/19)

PARÂMETROS PARA
INTENSIDADE DE OCUPAÇÃO
CORREDORES SEGMENTOS DENSIDADE VERTICALIZAÇÃO/OCUPAÇÃO
GABARITO MAX.
CAMT
DA EDIFICAÇÃO

SUL Alta Alta 5,0* 25 pavto.


CENTRO** Alta Alta 5,0* 25 pavto.
SUL/ NORTE
NORTE** Média Baixa 3,0* 8 pavto.
AM 010 Baixa Horizontal 1,5 4 pavto.
TARUMÃ Média Baixa 3,0* 8 pavto.
AV. DO TURISMO AEROPORTO** Média Horizontal 1,5 4 pavto.
PONTA NEGRA** Alta Alta 5,4 * 25 pavto.
PRAIA PONTA NEGRA Alta Alta 5,4 * 25 pavto.
AV. BRASIL/ PONTA PONTA NEGRA Alta Alta 5,4 * 25 pavto.
NEGRA CORONEL TEIXEIRA Alta Alta 5,4 * 25 pavto.
AVENIDA BRASIL Alta Alta 5,0* 25 pavto.
BOULEVARD Alta Alta 5,0* 25 pavto.
BLVD. AMAZONAS CACHOEIRINHA Alta Alta 5,0* 25 pavto.
LEOPOLDO PERES Alta Média 4,8* 16 pavto.
AYAPUÁ Alta Alta 5,0* 25 pavto.
JACIRA REIS Alta Alta 5,0* 25 pavto.
DARCY VARGAS
DARCY VARGAS Alta Alta 5,0* 25 pavto.
EPHIGÊNIO SALLES Alta Alta 5,0* 25 pavto.
RODRIGO OTÁVIO Alta Média 4,8* 16 pavto.
RODRIGO OTÁVIO BOLA DA SUFRAMA Alta Média 4,8* 16 pavto.
PRES. KENNEDY Média Baixa 3,0* 8 pavto.
PARAÍBA Alta Alta 5,0* 25 pavto.
ANDRÉ ARAÚJO Alta Alta 5,0* 25 pavto.
ALEIXO COROADO Alta Alta 5,0* 25 pavto.
SÃO JOSÉ Alta Média 4,8* 16 pavto.
COLÔNIA Média Baixa 3,0* 8 pavto.
N.S. DA CONCEIÇÃO Alta Média 4,8* 16 pavto.
AUTAZ MIRIM AUTAZ-MIRIM Alta Média 4,8* 16 pavto.
DISTRITO INDUSTRIAL I Baixa Horizontal 2,0 4 pavto.
ITAÚBA Média Baixa 3,0* 8 pavto.
CAMAPUÃ Média Baixa 3,0* 8 pavto.
LESTE-OESTE
NOEL NUTELS** Alta Média 4,8* 16 pavto.
SUL DO AEROPORTO** Baixa Horizontal 2,0 4 pavto.

CORREDOR DISTRITO II Baixa Horizontal 2,0 4 pavto.

CORREDOR SANTA JOSÉ HENRIQUES Alta Média 4.8* 16 pavto.


ETELVINA MARGARITA Média Baixa 3,0* 8 pavto.
CORREDOR AV. DAS CENTRO SUL Alta Alta 5,4 * 25 pavto.
TORRES NORTE Média Baixa 3,0* 8 pavto.
CORREDOR BR 174 Baixa Horizontal 1,5 4 pavto.

(*)Admitida aplicação de Outorga Onerosa do Direito de Construir e Transferência do Direito de Construir, com Coeficiente de Aproveitamento
Básico do Terreno - CABT = 2,0.

(**) Imóveis inseridos no Cone de Aproximação do Aeroporto de Manaus deverão ter aprovação do Comando Aéreo Regional, conforme o previsto
no Plano de Proteção Aeroportuária. (Redação dada pela Lei 2402/19)

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LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
ANEXO III - QUADRO DE INTENSIDADE DE OCUPAÇÃO POR ZONAS DE TRANSIÇÃO

PARÂMETROS PARA INTENSIDADE DE OCUPAÇÃO


ZONAS DE TRANSIÇÃO DENSIDADE OCUPACIONAL
CAMT Máximo Gabarito Máximo da Edificação

ZT PRAIA DA LUA BAIXA 1,0 3


ZT TARUMÃ AÇU BAIXA 1,0 3
ZT DUCKE BAIXA 1,0 3

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LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO


ANEXO IV - QUADRO DE USOS E ATIVIDADES POR SETORES URBANOS

(ANEXO IV ALTERADO EM ALGUNS ITENS PELA LEI 2154/16)

ZONAS/ SETOR/SUBSETOR E USO E ATIVIDADES


EIXO DE ATIVIDADES DIRETRIZES USOS PERMITIDOS ATIVIDADES PERMITIDAS

Centro Predominância dos usos comerciais e de serviços e incentivo ao uso residencial. residencial unifamiliar e tipo 1, tipo 2, tipo 3** e tipo 4***
multifamiliar; comercial;
SETOR 01 serviço; industrial de baixo
Abrange parte da orla do bairro Centro, integração de atividades comerciais, de serviços e
Subsetor Sítio Historico impacto tipo 1, tipo 2, tipo 3** e tipo 4**
industriais compatíveis com o uso residencial e integração com bens tombados.

N.Sra. Aparecida

Glória

Santo Antônio

São Raimundo residencial unifamiliar e


Manutenção das atividades existentes; integração de atividades comerciais, de serviços e multifamiliar; comercial;
serviço; industrial de baixo tipo 1, tipo 2, tipo 3**
Presidente Vargas industriais, compatíveis com o uso residencial.
impacto

Compensa

Vila da Prata
SETOR 02
Santo Agostinho

Subsetor Orla Aparecida Ao longo da Orla do Rio Negro, de incentivo à requalificação urbana, estruturação dos residencial unifamiliar e tipo 1, tipo 2, tipo 3**
usos residenciais, com estímulo às atividades de lazer e turismo e restrição das multifamiliar; comercial;
atividades portuárias de carga. serviço; industrial de baixo
Subsetor Orla
impacto tipo 1, tipo 2, tipo 3***
Centro-oeste

residencial unifamiliar e
Reforço as atividades existentes, principalmente as atividades comerciais, de serviços e multifamiliar; comercial;
EIXO DE ATIVIDADES* tipo 1 e tipo 2, tipo 3**, tipo 4***
industriais, compatíveis com o uso residencial. serviço; industrial de baixo
impacto
residencial unifamiliar e
Cachoeirinha Manutenção das atividades existentes; integração de atividades comerciais, de serviços e multifamiliar; comercial; tipo 1, tipo 2, tipo 3** e tipo 4***
industriais, compatíveis com o uso residencial. serviço; industrial de baixo
impacto
Praça 14 de Janeiro
SETOR 03
residencial unifamiliar e
Reforço as atividades existentes, principalmente as atividades comerciais, de serviços e multifamiliar; comercial;
EIXO DE ATIVIDADES* tipo 1 e tipo 2, tipo 3, tipo 4**
industriais, compatíveis com o uso residencial. serviço; industrial de baixo
impacto

Col. Oliveira Machado

Crespo residencial unifamiliar e


SETOR 04 Integração de atividades comerciais, de serviços e industriais, compatíveis com o multifamiliar; comercial; tipo 1 e tipo 2 e tipo 3
uso residencial. serviço; industrial de médio
Educandos
impacto

Morro da Liberdade
Santa Luzia residencial unifamiliar e
Integração de atividades comerciais, de serviços e industriais, compatíveis com o multifamiliar; comercial; tipo 1 e tipo 2 e tipo 3
São Lazaro uso residencial. serviço; industrial de médio
impacto

Betânia
SETOR 04
residencial unifamiliar e
Subsetor Ponta Integração das atividades de comercio, de serviços e industriais ao uso residencial, multifamiliar; comercial; tipo 1, tipo 2 e tipo 3
Branca/Amarelinho com apoio ao turismo e lazer. serviço; industrial de baixo
impacto

residencial unifamiliar e
multifamiliar; comercial;
Subsetor Col. Oliveira Ao longo da orla do Rio Negro, com a presença de atividade portuárias integrantes do tipo 1, tipo 2, tipo 3 , tipo 4 e tipo 5***
serviço; industrial de maior
Machado sistema fluvial. impacto

residencial unifamiliar e
Reforço as atividades existentes, principalmente as atividades comerciais, de serviços e multifamiliar; comercial; tipo 1 e tipo 2, tipo 3**, tipo 4**
EIXO DE ATIVIDADES* serviço; industrial de baixo
industriais, compatíveis com o uso residencial.
impacto

Raiz
residencial unifamiliar e
Japiim multifamiliar; comercial;
Petropólis Manutenção das atividades existentes; integração de atividades comerciais, de serviços e serviço; industrial de baixo tipo 1 e tipo 2 , tipo 3**
industriais, compatíveis com o uso residencial. impacto
São Francisco
SETOR 05 Coroado

residencial unifamiliar e
Reforço as atividades existentes, principalmente as atividades comerciais, de serviços e multifamiliar; comercial;
EIXO DE ATIVIDADES* serviço; industrial de baixo tipo 1 e tipo 2, tipo 3**, tipo 4***
industriais, compatíveis com o uso residencial.
impacto

Distrito Industrial I
residencial unifamiliar e
Atividades compatíveis com uso Industrial, agroindustrial, agrícola, agricultura familiar,
multifamiliar; comercial;serviço;
de serviços, apoio ao turismo ecológico, lazer e a significativa presença de áreas de industrial considerados de tipo 1, tipo 2, tipo 3, tipo 4 e tipo 5
Distrito Industrial II fragilidade ambiental. maior impacto

Atividades compatíveis com uso Industrial,agroindustrial, agrícolas, agricultura familiar, residencial unifamiliar e
Subsetor Distrito II multifamiliar; comercial;serviço; tipo 1, tipo 2, tipo 3, tipo 4, tipo 5 e
SETOR 06 de serviços, de apoio ao turismo ecológico e a significativa presença de áreas de
/agroindustrial industrial; agrícolas agrícolas
fragilidade ambiental;
considerados de maior impacto

residencial unifamiliar e
Reforço as atividades existentes, principalmente as atividades comerciais, de serviços e multifamiliar; comercial;serviço;
EIXO DE ATIVIDADES* tipo 1, tipo 2, tipo 3, tipo 4 e tipo 5
industriais, compatíveis com o uso residencial. industrial considerados de
maior impacto

Vila Buriti
Usos e atividades compatíveis com a presença de estabelecimentos portuários e/ou residencial unifamiliar e
multifamiliar; comercial;
Colônia Antônio Aleixo vinculados ao Distrito Industrial e às áreas institucionais; tolerância para o uso serviço; industrial de médio
tipo 1, tipo 2, tipo 3 e tipo 4 **
residencial em condições que garantam adequada habitabilidade. impacto
Mauazinho

Subsetor Portuário
Vila Buriti

residencial unifamiliar e
Subsetor BR 319
SETOR 07 Manutenção das atividades existentes;inclusive as portuárias e institucionais; multifamiliar; comercial;serviço; tipo 1, tipo 2, tipo 3, tipo 4 , tipo 5 e
predominância de atividades comerciais, de serviço e industriais. industrial considerados de industrias especiais
Subsetor Orla Colônia maior impacto, inclusive as
Antônio Aleixo atividades especiais

Subsetor Orla
Mauazinho

residencial unifamiliar e
Reforço as atividades existentes, principalmente as atividades comerciais, de serviços e multifamiliar; comercial;serviço;
EIXO DE ATIVIDADES* tipo 1 e tipo 2, tipo 3 e tipo 4
industriais, compatíveis com o uso residencial. industrial considerados de
maior impacto

Compatível com o relevo acidentado e a significativa presença de áreas de proteção residencial unifamiliar e
Puraquequara multifamiliar; comercial;serviço; tipo 1,tipo 2, tipo 3 e tipo 4**
ambiental e de habitação de interesse social.
industrial de médio impacto

Manutenção das atividades existentes; inclusive as portuárias e institucionais; residencial unifamiliar e


Subsetor Orla predominância de atividades comerciais e de serviços condicionados à preservação multifamiliar; comercial;serviço; tipo 1, tipo 2, tipo 3 e tipo 4***
Puraquequara I dos recursos naturais. industrial de médio impacto

Manutenção das atividades existentes; integração de atividades comerciais, de serviços e residencial unifamiliar e
Subsetor Urbano
SETOR 08 industriais, compatíveis com o uso residencial, condicionados à preservação dos multifamiliar; comercial de tipo 1, tipo 2, tipo 3**
Puraquequara serviço; industrial
recursos naturais.

Manutenção das atividades existentes; inclusive as portuárias e institucionais;


Subsetor Orla residencial unifamiliar e
predominância de atividades comerciais e de serviços condicionados à preservação multifamiliar; comércio;serviço; tipo 1, tipo 2, tipo 3 e tipo 4***
Puraquequara II
dos recursos naturais. industrial de médio impacto

residencial unifamiliar e
Subsetor puraquequa- Atividades compatíveis com uso Industrial,agroindustrial, agrícolas, de serviços, apoio ao multifamiliar; serviço; tipo 1, tipo 2, tipo 3, tipo 4 , tipo 5 e
ra/agroindustrial turismo e lazer condicionados à preservação dos recursos naturais. industrial, agrícolas agrícolas

Armando Mendes

Gilberto Mestrinho
residencial unifamiliar e
Jorge Teixeira Manutenção das atividades existentes; integração de atividades comerciais, de serviços e multifamiliar; comercial;
tipo 1, tipo 2,tipo 3**
industriais, compatíveis com o uso residencial. serviço; industrial de baixo
São José Operário impacto
SETOR 09
Tancredo Neves

Zumbi dos Palmares

residencial unifamiliar e
Reforço as atividades existentes, principalmente as atividades comerciais, de serviços e multifamiliar; comercial;
EIXO DE ATIVIDADES* serviço; industrial de baixo tipo 1 e tipo 2, tipo 3**, tipo 4**
industriais, compatíveis com o uso residencial.
impacto
Cidade de Deus
residencial unifamiliar e
Nova Cidade multifamiliar; comercial;
Integração de atividades comerciais e de serviços, industrial compatíveis com o tipo 1, tipo 2, tipo 3**
Cidade Nova serviço; industrial de baixo
uso residencial.
impacto
SETOR 10 Novo Aleixo
residencial unifamiliar e
Reforço as atividades existentes, principalmente as atividades comerciais, de serviços e multifamiliar; comércio;serviço;
EIXO DE ATIVIDADES* tipo 1,tipo 2, tipo 3, tipo 4 ***
industriais, compatíveis com o uso residencial. industrial de médio impacto

Flores
residencial unifamiliar e
Parque Dez Integração de atividades comerciais e de serviços, industrial compatíveis com o multifamiliar; comercial; tipo 1 e tipo 2** , tipo 3***
de Novembro uso residencial. serviço; industrial de baixo
SETOR 11 impacto
Aleixo
residencial unifamiliar e
Reforço as atividades existentes, principalmente as atividades comerciais, de serviços e multifamiliar; comercial;
EIXO DE ATIVIDADES* industriais, compatíveis com o uso residencial. tipo 1 e tipo 2, tipo 3** e tipo 4 ***
serviço; industrial de baixo
impacto

Adrianopólis residencial unifamiliar e


multifamiliar; comercial; tipo 1, tipo 2**, tipo 3**
Integração de atividades comerciais e de serviços, industrial compatíveis com o
Nossa Senhora das serviço; industrial de baixo
uso residencial.
Graças impacto
SETOR 12
Reforço as atividades existentes, principalmente as atividades comerciais, de serviços e residencial unifamiliar e
EIXO DE ATIVIDADES* multifamiliar; comércio;serviço; tipo 1 e tipo 2 , tipo 3, tipo 4***
industriais, compatíveis com o uso residencial.
industrial de médio impacto

Chapada
residencial unifamiliar e
São Geraldo multifamiliar; comercial;
Integração de atividades comerciais e de serviços, industrial compatíveis com serviço; industrial de baixo tipo 1, tipo 2, tipo 3**
São Jorge o uso residencial. impacto
SETOR 13
Dom Pedro I

Reforço as atividades existentes, principalmente as atividades comerciais, de serviços e residencial unifamiliar e


EIXO DE ATIVIDADES* multifamiliar; comercial; tipo 1 e tipo 2, tipo 3**, tipo 4***
industriais, compatíveis com o uso residencial.
serviço; industrial de baixo
impacto

Alvorada

Bairro da Paz
residencial unifamiliar e
Planalto Integração de atividades comerciais e de serviços, industrial compatíveis com multifamiliar; comercial; tipo 1, tipo 2 e tipo 3**
o uso residencial. serviço; industrial de baixo
Redenção impacto
SETOR 14
Nova Esperança

Lírio do Vale

residencial unifamiliar e
EIXO DE ATIVIDADES* Reforço as atividades existentes, principalmente as atividades comerciais, de serviços e multifamiliar; comercial;
tipo 1 e tipo 2, tipo 3**, tipo 4***
industriais, compatíveis com o uso residencial. serviço; industrial de baixo
impacto

residencial unifamiliar e
Ponta Negra (AEA) Manutenção das atividades existentes; integração de atividades comerciais, de serviços e
multifamiliar; comercial;
(Redação dada pela Lei industriais, compatíveis com o uso residencial, condicionados à preservação tipo 1, tipo 2 e tipo 3 ***
serviço; industrial de baixo
2154/16) dos recursos naturais.
impacto

residencial unifamiliar e
Predominância do uso institucional, tolerância para usos residenciais, comerciais e multifamiliar; comercial;
Subsetor CMA serviço; industrial de baixo tipo 1, tipo 2**
serviços compatibilizados com ao uso institucional.
impacto

residencial unifamiliar e
multifamiliar; comercial;
Subsetor Orla serviço; industrial de baixo tipo 1, tipo 2** e todas as atividades
Estímulo às atividades de apoio ao turismo e ao lazer, localizado na orla do Rio Negro. impacto e demais atividades
Ponta Negra de turismo e lazer
consideradas de apoio ao
turismo e lazer

SETOR 15

residencial unifamiliar e
Estímulo às atividades residenciais, comerciais e aos serviços de apoio ao transporte fluvial,
Subsetor Orla Oeste multifamiliar; comercial; tipo 1, tipo 2, tipo 3** e tipo 4***
ao turismo e ao lazer. (Redação dada pela Lei 2154/16).
serviço; industrial de baixo
impacto

Ao longo da Orla do Rio Negro, de incentivo à requalificação urbana, estruturação dos


Subsetor Orla Centro- usos residenciais, com estímulo às atividades de lazer e turismo e restrição das residencial unifamiliar e
Oeste (Redação atividades portuárias de carga e, ainda, serviços especialmente voltados à multifamiliar; comercial;
serviço; industrial de baixo tipo 1, tipo 2 e tipo 3** (Redação
acrescida pela atividade de Marinas ou outras atividades de turismo, recreação e
impacto (Redação acrescida acrescida pela Lei 2154/16)
Lei 2154/16) lazer, de mesma natureza e apoio ao transporte fluvial
(Redação acrescida pela Lei 2154/16) pela Lei 2154/16)

residencial unifamiliar e
Reforço as atividades existentes, principalmente as atividades comerciais, de serviços e multifamiliar; comercial;
EIXO DE ATIVIDADES* serviço; industrial de baixo tipo 1 e tipo 2, tipo 3** e tipo 4***
industriais, compatíveis com o uso residencial.
impacto

Tarumã (AEA)
(Redação dada pela residencial unifamiliar e
Lei 2154/16) Manutenção das atividades existentes de turismo e lazer; integração de atividades multifamiliar; comercial; tipo 1, tipo 2 e tipo 3***
comerciais, de serviços e industriais, compatíveis com o uso residencial, serviço; industrial de baixo
condicionados à preservação dos recursos naturais. impacto
Tarumã-açú
SETOR 16

residencial unifamiliar e
EIXO DE ATIVIDADES* Reforço as atividades existentes, principalmente as atividades comerciais, de serviços e multifamiliar; comércio;serviço; tipo 1,tipo 2, tipo 3 e tipo 4 ***
industriais, compatíveis com o uso residencial. industrial de médio impacto
Colônia Santo Antônio
(AEA) (Redação dada
pela Lei 2154/16)

Colônia Terra Nova residencial unifamiliar e


multifamiliar; comercial;
Atividades compatíveis com o uso residencial e com a proteção dos recursos naturais. serviço; industrial de baixo tipo 1,tipo 2 e tipo 3***
Monte das Oliveiras impacto
SETOR 17
Novo Israel

Santa Etelvina

residencial unifamiliar e
Reforço as atividades existentes, principalmente as atividades comerciais, de serviços e multifamiliar; comercial;
EIXO DE ATIVIDADES* tipo 1,tipo 2, tipo 3** e tipo 4 **
industriais, compatíveis com o uso residencial. serviço; industrial de baixo
impacto
residencial unifamiliar e
Lago azul Atividades compatíveis com o uso residencial e com a proteção dos recursos naturais multifamiliar; comercial; tipo 1,tipo 2 e tipo 3**
serviço; industrial de baixo
impacto
SETOR 18
residencial unifamiliar e
Reforço as atividades existentes, principalmente as atividades comerciais, de serviços e multifamiliar; comercial;
EIXO DE ATIVIDADES* tipo 1,tipo 2, tipo 3** e tipo 4 **
industriais, compatíveis com o uso residencial. serviço; industrial de baixo
impacto

(*)relação no Anexo II desta Lei


(**) exceto para o uso industrial
(***) exceto para o uso industrial e comércio atacadista
AEA: Área Especial Aeroportuária (Redação dada pela Lei 2154/16)
(AEA) Imóveis inseridos em área de abrangência da Curva de Ruídos dependerão de Projeto de Tratamento AcúsƟco executado por proĮssional habilitado,
com adequações de redução de decibéis, em conformidade com o previsto no Plano EspecíĮco de Zoneamento de Ruídos.
(Redação acresdida pelaLei 2154/16)

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LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
ANEXO V - QUADRO DE USOS E ATIVIDADES POR CORREDORES URBANOS

(ANEXO V ALTERADO EM ALGUNS ITENS PELA LEI 2154/16)

USOS E ATIVIDADES
CORREDORES URBANOS
DIRETRIZES
/ SEGMENTOS
USOS PERMITIDOS ATIVIDADES PERMITIDAS OBSERVAÇÕES

predominância de usos comercial e de serviços,de


Residencial unifamiliar e Para serviços de reparação e
expansão da área central, com estímulo às atividades tipo 1, tipo 2*,
SEGMENTO SUL multifamiliar; comercial; de indústria, área útil principal
atividades não geradoras de tráfego: tolerância tipo 3* e tipo 4*
serviços; industrial inferior a 500m²
para o uso residencial em condições adequadas.

predominância de usos comercial e de serviços, de


expansão da área central, com estímulo às Residencial unifamiliar e
atividades tipo 1, tipo 2,
SEGMENTO CENTRO multifamiliar; comercial; de
SUL/ NORTE

atividades não geradoras de tráfego: tolerância tipo 3, tipo 4* e tipo 5*


para o uso residencial em condições adequadas; serviços; industrial
reforço ou criação de novos centros.
atividades de apoio e compatíveis com a Residencial unifamiliar e
predominância do uso industrial e com a presença multifamiliar; comercial, de
SEGMENTO NORTE de grandes glebas e lotes: tolerância para o uso serviços, industrial (Redação
residencial em condições adequadas. dada pela Lei 2154/16) atividades tipo 1, tipo 2,
Residencial unifamiliar; tipo 3, tipo 4 e tipo 5
unidade predominantemente residencial,
comercial, de serviços e
SEGMENTO AM 010 compatível com a presença de grandes glebas e
agroindustrial (Redação dada
lotes, de incentivo às atividades agroindustriais.
pela Lei 2154/16)
reforço à criação de centro de comércio e serviços,
compatíveis com a presença de grandes glebas,
TARUMÃ com cuidados ambientais; integração de atividades Residencial unifamiliar e
comerciais e de serviços ao uso residencial. multifamiliar; comercial; de
AV. DO TURISMO

atividades tipo 1, tipo 2,


serviços; industrial
reforço ao centro de comércio e serviços existente; tipo 3 e tipo 4
Todas as atividades
AEROPORTO integração de atividades comerciais e de serviços
aeroportuárias
ao uso residencial, com cuidados ambientais.

reforço ao centro de comércio e serviços existente;


sobretudo de turismo e lazer, com cuidados Residencial unifamiliar e
PONTA NEGRA multifamiliar; comercial; de atividades tipo 1, tipo 2 e 3**
ambientais; integração de atividades comerciais e
de serviços ao uso residencial. serviços; industrial

integração de atividades comerciais e de serviços


PRAIA PONTA NEGRA
ao uso residencial, com cuidados ambientais.
AV. BRASIL/ PONTA NEGRA

reforço às atividades de comércio e serviços


existentes; sobretudo de turismo e lazer, com
PONTA NEGRA cuidados ambientais; integração de atividades Residencial unifamiliar e
comerciais e de serviços ao uso residencial. multifamiliar; comercial; de atividades tipo 1, tipo 2,
serviços; industrial tipo 3** e tipo 4**
reforço às atividades de comércio e serviços
CORONEL TEIXEIRA existente; integração de atividades comerciais, de
serviços ao uso residencial.
reforço ao centro de comércio e serviços existente;
AVENIDA BRASIL integração de atividades comerciais, de serviços e
residenciais.
BOULEVARD
AMAZONAS

BOULEVARD predominância dos usos comercial e de serviços, Residencial unifamiliar e


de expansão da área central, com estímulo às multifamiliar; comercial; de atividades tipo 1, tipo 2,
CACHOEIRINHA atividades não geradoras de tráfego; tolerância serviços; industrial tipo 3** e tipo 4**
LEOPOLDO PERES para o uso residencial em condições adequadas.

AYAPUÁ estímulo aos usos comercial e de serviços;


integração de atividades comerciais e de serviços
JACIRA REIS ao uso residencial.
DARCY VARGAS

predominância dos usos comercial e de serviços, Residencial unifamiliar e


de expansão da área central, com estímulo às multifamiliar; comercial; de atividades tipo 1, tipo 2,
DARCY VARGAS serviços; industrial tipo 3* e tipo 4*
atividades não geradoras de tráfego; tolerância
para o uso residencial em condições adequadas.
reforço ao centro de comércio e serviços existentes;
EPHIGÊNIO SALLES integração de atividades comerciais de serviços ao
uso residencial.

reforço ao centro de comércio e serviços existente; Residencial unifamiliar e


atividades tipo 1, tipo 2,
RODRIGO OTÁVIO (Revogado pela Lei

RODRIGO OTÁVIO (Revogado integração de atividades comerciais de serviços ao multifamiliar; comercial; de tipo 3* e tipo 4* (Revogado
pela Lei 2154/16) uso residencial. (Revogado pela Lei 2154/16) serviços; industrial (Revogado
pela Lei 2154/16)
pela Lei 2154/16)
reforço ao centro de comércio e serviços existente; Residencial unifamiliar e
integração de atividades comerciais, de serviços e multifamiliar; comercial; de atividades tipo 1, tipo 2,
BOLA DA SUFRAMA
2154/16)

tipo 3, tipo 4* e tipo 5*


(Revogado pela Lei 2154/16) industriais ao uso residencial.(Revogado pela Lei serviços; industrial (Revogado
2154/16) pela Lei 2154/16) (Revogado pelaLei 2154/16)

reforço ao centro de comércio e serviços existente; Residencial unifamiliar e


PRES. KENNEDY (Revogado integração de atividades comerciais, de serviços e multifamiliar; comercial; de atividades tipo 1, tipo 2,
pela Lei 2154/16) industriais ao uso residencial.(Revogado pela Lei serviços; industrial (Revogado tipo 3 e tipo 4*
2154/16) pela Lei 2154/16) (Revogado pelaLei 2154/16)

predominância de usos comercial e de serviços, de Para comércio atacadista,


expansão da área central, com estímulo às serviços de reparação e
PARAÍBA atividades não geradoras de tráfego; tolerância indústria, área útil principal
para o uso residencial em condições adequadas. inferior a 500m²

ANDRÉ ARAÚJO reforço ao centro de comércio e serviços existente; Residencial unifamiliar e


atividades tipo 1, tipo 2,
integração de atividades comerciais e de serviços multifamiliar; comercial; de
tipo 3* e tipo 4*
COROADO ao uso residencial. serviços; industrial
ALEIXO

atividades de apoio e compatíveis com a


predominância do uso industrial e com a presença
SÃO JOSÉ de grandes glebas e lotes; tolerância para o uso
residencial em condições adequadas.
atividades de apoio e compatíveis com a
Residencial unifamiliar e
predominância do uso industrial e com a presença
COLÔNIA multifamiliar; comercial; de atividades tipo 1, tipo 2,
de grandes glebas e lotes; tolerância para o uso
serviços; industrial tipo 3 e tipo 4
residencial em condições adequadas.
reforço ao centro de comércio e serviços existente;
NOSSA SENHORA integração de atividades comerciais e de serviços
DA CONCEIÇÃO ao uso residencial. Residencial unifamiliar e
multifamiliar; comercial; de atividades tipo 1, tipo 2,

AUTAZ MIRIM
serviços; industrial tipo 3* e tipo 4*
reforço ao centro de comércio e serviços existente;
AUTAZ-MIRIM integração de atividades comerciais e de serviços
ao uso residencial.

unidade de uso diversificado, com predominância Residencial unifamiliar e


de atividades industriais, comércio e de serviços de multifamiliar; comercial; de atividades tipo 1, tipo 2,tipo
DISTRITO INDUSTRIAL I
grande porte, com tolerância para o uso residencial. serviços; industrial 3,tipo 4 e tipo 5

ITAÚBA atividades tipo 1, tipo 2,


reforço ao centro de comércio e serviços existente; Residencial unifamiliar e tipo 3* e tipo 4*
CAMAPUÃ integração de atividades comerciais e de serviços multifamiliar; comercial; de
ao uso residencial. serviços; industrial
atividades tipo 1, tipo 2,
LESTE-OESTE

NOEL NUTELS tipo 3*, tipo 4* e tipo 5*

integração de atividades comerciais e de serviços Residencial unifamiliar e


SUL DO AEROPORTO ao uso residencial; compatibilização com áreas de multifamiliar; comercial; de atividades tipo 1, tipo 2
proteção ambiental e proximidade do serviços; industrial e tipo 3**
Aeroporto Internacional.

unidade de uso diversificado, com predominância


Residencial unifamiliar e
de atividades industriais, de comércio e de serviços atividades tipo 1, tipo 2,
DISTRITO II multifamiliar, comercial,
de grande porte, com tolerância para o uso tipo 3, tipo 4 e tipo 5
serviços; industrial.
residencial multifamiliar.

JOSÉ HENRIQUES
ETELVINA

Residencial unifamiliar e
SANTA

unidade de uso diversificado com estímulo ao uso atividades tipo 1, tipo 2,


multifamiliar; comercial e de
residencial e atividades de comércio e serviço. tipo 3 e tipo 4**
serviços;
MARGARITA
CORREDOR

CENTRO SUL
AV. DAS
TORRES

Residencial Unifamiliar,
unidade de uso diversificado, com estímulo ao uso atividades tipo 1, tipo 2,
multifamiliar, comercial,
residencial e atividades de comércio e serviço. tipo 3 e tipo 4**
serviços e industrial
NORTE

atividades industriais, serviços, comerciais com


Residencial Unifamiliar,
tolerância para o uso residencial adequadas as atividades tipo 1, tipo 2,
CORREDOR BR 174 multifamiliar, comercial,
condições de habitabilidade e a significativa tipo 3,tipo 4 e tipo 5
serviços e industrial
presença de áreas de fragilidade ambiental

* - exceto para o uso industrial


** - exceto para o uso industrial, o comércio atacadista, as oficinas e os serviços de reparação

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Nota(*) Nas atualizações de 2016, este Corredor Urbano não foi revogado. porém, nas
públicações da Lei N° 2.154, de 25 de Julho de 2016, este corredor foi suprimido do
Anexo V - Quadro de Usos e Atividades por Corredores Urbanos.
LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
ANEXO VI - QUADRO DOS USOS E ATIVIDADES POR ZONAS DE TRANSIÇÃO

(ANEXO VI ALTERADO EM ALGUNS ITENS PELA LEI 2402/19)

USOS E ATIVIDADES
ZONAS DE TRANSIÇÃO
DIRETRIZES ATIVIDADADES PERMITIDAS

ZT PRAIA DA LUA Compatibilização das residências permanentes e de recreio com atividades vinculadas ao
turismo ecológico e com o uso agrícola e com as atividades de apoio à produção agrícola.

Integração dos usos residencial, industrial e agrícola que não ofereçam impacto ambiental
ZT TARUMÃ AÇU significativo e apresentem grande escala de operação.

Compatibilização das residências permanentes e de recreio com atividades relacionadas ao


ZT DUCKE turismo ecológico e de apoio às atividades produtivas e industriais vinculadas à produção
agrícola. (Redação dada pela Lei 2402/19)

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LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
ANEXO VII - QUADRO DE CLASSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES

ATIVIDADES
CLASSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES QUANTO A NATUREZA
QUANTO A ESCALA DE OPERAÇÃO CONDIÇÕES
Não oferecem risco a segurança nem
incômodo a vizinhança e não provocam Podem conviver com o uso residencial sem
ATIVIDADES TIPO 1 pequena e média
impactos significativos ao ambiente, a limitações específicas à sua localização
estrutura e a infraestrutura.

Podem oferecer incômodo eventual ou


moderado a vizinhança, tais como ruídos, Podem conviver com o uso residencial sem
ATIVIDADES TIPO 2 pequena e média
movimentação moderada de veículos ou limitações específicas à sua localização
riscos de acidentes.

Podem oferecer incômodo eventual ou


moderado a vizinhança, tais como ruídos, Podem ser controladas por normas edilícias e
ATIVIDADES TIPO 3 média e grande
movimentação moderada de veículos ou exigências urbanísticas.
riscos de acidentes.

Podem oferecer riscos a segurança ou Exigem controle por meio de normas edilícias,
incômodo a vizinhança e impacto ao exigências urbanísticas e através de consultas
ATIVIDADES TIPO 4 pequena, média e grande
ambiente, à estrutura e a prévia aos orgãos responsáveis pelo meio ambiente
infraestrutura urbana. e pela circulação viária.

Exigem controle por meio de normas edilícias,


De difícil compatibilização com o uso
exigências urbanísticas e através de consultas
ATIVIDADES TIPO 5 residencial. Oferecendo impacto média e grande
prévia aos orgãos responsáveis pelo meio ambiente
significativo ao ambiente
e pela circulação viária.

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LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO


ANEXO VIII - ENQUADRAMENTO DAS ATIVIDADES

(ANEXO VIII REVOGADO PELA LEI 2154/16)

INSERIDA AO DECRETO N° 4.648, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2019


LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
ANEXO IX - QUADRO DAS VAGAS DE GARAGEM E ESTACIONAMENTOS

(ANEXO IX ALTERADO EM ALGUNS ITENS PELA LEI 2402/19)

USOS/ATIVIDADES NÚMERO MÍNIMO DE VAGAS OBSERVAÇÕES

1 (uma) vaga por unidade residencial com área


edificada de até 100m² de área útil
2 (duas) vagas por unidade residencial superior Nos residenciais multifamiliares verticais: previsão de 1 (uma)
a 100m² e igual ou inferior a 180m² de área útil vaga a cada 8 (oito) unidades residenciais para visitantes**
Residencial unifamiliar e multifamiliar* (Redação dada pela Lei 2402/19)
3 (três) vagas por unidade residencial superior a
180m² e inferior a 300m² de área útil
4 (quatro) vagas por unidade residencial acima
de 300m² de área útil

Os bancos terão, no mínimo 1 vaga/10 m² de área construída**

É obrigatória a previsão de local de estacionamento para veículos


Serviços* 1 vaga/75m² de área útil e no mínimo 1(uma) vaga
destinados a funcionários, acrescendo a proporção de, no mínimo, 5% ao
total das vagas obrigatórias ou, no mínimo, 1 vaga, à exceção dos
bancos. (Redação dada pela Lei 2402/19)

Oficinas mecânicas 1 vaga/20 m² de área útil e no mínimo 2 (duas) vagas

Os prédios de depósito e indústria acima de 300m², terão previsão de


vagas para caminhões em, no mínimo, 20% das vagas obrigatórias.
Comércio atacadista, indústria e depósito * 1 vaga/200m² de área útil e no mínimo 2 vagas
(Redação dada pela Lei 2402/19) O comércio atacadista terá previsão de local para carga e descarga de
materiais, observando a proporção de, no mínimo, áreas correspondente
a 3% das vagas obrigatórias. (Redação dada pela Lei 2402/19)

Comércio varejista e mini shopping* 1 (uma) vaga/75m² de área construída e, no


(Redação dada pela Lei 2402/19) mínimo 2 (duas) vagas (Redação dada pela Lei
2402/19)

Restaurantes* 1 vaga/20m² de área construída

Galeria comercial e centro comercial* 1 (uma) vaga/75m² de área construída e, no mínimo, 2 Previsão de 3% (três por cento) das vagas para carga e descarga ou, no
(Redação dada pela Lei 2402/19) (duas) vagas (Redação dada pela Lei 2402/19) mínimo, 1 (uma) vaga (Redação dada pela Lei 2402/19)

É obrigatória a previsão de local para carga e descarga de materiais,


observando a proporção de, no mínimo, área correspondente a 3% (três
Shopping center (Redação dada pela 1 (uma) vaga/25m² de área bruta locável +circulação de por cento) das vagas obrigatórias. (Redação dada pela Lei 2402/19)
Lei 2402/19) público *** (Redação dada pela Lei 2402/19)
É obrigatória a previsão de local de embarque e desembarque de público
e estacionamento de apoio a táxi.

Previsão de área para carga e descarga na proporção de 10% das vagas


Hipermercado* 1 vaga/100m² de área útil e no mínimo 2 vagas**
exigidas por lei e 5% para funcionários.

Previsão de área para carga e descarga de materiais, observando a


Supermercados * (Redação dada pela Lei 1 vaga/20m² de área de área útil*** proporção de, no mínimo,área correspondente a 3% das vagas obrigatórias.
2402/19) É obrigatória a previsão de estacionamento de apoio a táxis.

Hotel* 1 vaga/5 de unidades de alojamento

Apart Hotel/ Residence/ Motel* 1 vaga/unidade de alojamento

É obrigatória a previsão de local de estacionamento para veículos


destinados a funcionários, acrescendo a proporção de, no mínimo, 10%
Creches, pré-escola e maternais* 1 vaga/50m² de área útil (dez por cento) ao total das vagas obrigatórias. É obrigatória a previsão
de baia para embarque e desembarque de passageiros
dentro dos limites do lote.

Escola particular de ensino fundamental,


médio, técnico, profissionalizante ou 1 vaga/40m² de área útil
supletivo * (Redação dada pela Lei 2402/19) É obrigatória a previsão de local de estacionamento para veículos
destinados a funcionários, acrescendo a proporção de, no mínimo, 10%
(dez por cento) ao total das vagas obrigatórias. É obrigatória a previsão
de baia para embarque e desembarque de passageiros
Escola pública de ensino fundamental, dentro dos limites do lote.
médio, técnico, profissionalizante ou 1 vaga/75m² de área útil
supletivo * (Redação dada pela Lei 2402/19)

Escola superior e cursos preparatórios para 1 vaga/10m² de área total construída


escola superior*

É obrigatório a previsão de local para estacionamento de veículos


Hospitais e pronto socorro* 1 vaga/50m² de área útil destinados aos funcionários, observando a proporção de, no mínimo,
área correspondente a 10% (dez por cento) das vagas obrigatórias.

Auditório, cinemas e teatros* 1 vaga/4 lugares

Centro de eventos, Buffet e Casa de recepções(*) 1 vaga/10m² de área total construída

Casas noturnas e de shows: sem 1 vaga/15m² de área útil destinada ao público **


lugares demarcados*

Casas noturnas e de shows: com


1 vaga/5 unidades**
lugares demarcados*

Clubes sociais, academias, quadras


Serão computadas, também, as áreas ocupadas pelos equipamentos de
esportivas com exploração comercial e 1 vaga/50m² de área útil***
recreação e lazer
serviços de recreação*

Estádios e ginásio de esportes* 1 vaga/5 lugares, acima de 10.000 lugares 1


vaga/10 lugares ***

Igrejas e Templos religiosos* 1 vaga/8M² de área útil (Redação dada pela Lei
2402/19)

Obs 1: Cemitérios e parques - número de vagas a ser deĮnido pelo órgão competente, considerando as caracterísƟcas especiais da localização e a via (Redação
dada pela Lei 2402/19)
Obs 2: Deverão ser previstos para as ediĮcações de acesso público: 3% das vagas exigidas por lei para cadeirantes nos estacionamentos de 10 a
100 vagas ou, no mínimo, 1 vaga; 1% nos estacionamentos com mais de 100 vagas e, no mínimo, 2 vagas; e ainda, 5% das vagas exigidas por lei para
idosos. (Redação dada pela Lei 2402/19)

* - Exceto no subsetor Sítio Histórico e Centro Antigo, conforme definido nesta Lei.
** - 10% das vagas exigidas por lei para motos
3% das vagas exigidas por lei para cadeirantes nos estacionamentos de 10 a 100 vagas ou, no mínimo, 1 vaga; 1% nos estacionamentos com mais de
100 vagas e no mínimo 2 vagas (Redação dada pela Lei 2402/19)
5% das vagas exigidas por lei para idosos.
*** - 10% das vagas exigidas por lei para motos
3% das vagas exigidas por lei para cadeirantes nos estacionamentos de 10 a 100 vagas ou, no mínimo, 1 vaga; 1% nos estacionamentos com mais de
100 vagas e, no mínimo, 2 vagas (Redação dada pela Lei 2402/19)
5% das vagas exigidas por lei para idosos
3% das vagas exigidas por lei para bicicletas

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LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO


ANEXO X - QUADRO DE REENQUADRAMENTO DE ATIVIDADES

ATIVIDADES
PARÂMETROS A SEREM AVALIADOS
1 2 3 4 5
GERAÇÃO DE TRÁFEGO VAGAS DE ESTACIONAMENTO 0à9 10 à 49 60 à 99 100 à 400 > 400

INCÔMODO À VIZINHANÇA VAGAS DE ESTAC. DISPONÍVEIS 100 à 80% 79 à 60% 59 à 50% 49 à 40% <40%

ÁREA ÚTIL DE CONSTRUÇÃO (M²) até 100 101 à 500 501 à 5.000 5.001 à 20.000 > 20.000

ESCALA DE OPERAÇÃO/PRODUÇÃO
NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS (TURNO) 1à5 6 à 15 16 à 100 101 à 500 >500

RISCO DE SEGURANÇA (M²) até 400 401 à 750 751 à 1.125 1.126 à 1.500 acima 1.500

POLUIÇÃO SONORA (decibéis) até 30 31 à 59 60 à 74 75 à 85 acima 85

RECURSOS HÍDRICOS (Nº de contribuição) até 10 11 à 20 21 à 40 acima de 40


MEIO AMBIENTE
RISCO QUÍMICO (produção química) não utiliza comercializa estoca manuseia

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LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
ANEXO XI - QUADRO DE VERTICALIZAÇÃO DE EDIFICAÇÕES

(ANEXO XI ALTERADO EM ALGUNS ITENS PELA LEI 2154/16)

CX VIÁRIA
AFASTAMENTOS AFASTAMENTOS
TIPO DE VERTICALIZAÇÃO No. DE PAVTOS. MÍNIMA
FRONTAIS(m) LATERAIS E FUNDOS (m)
(m)

1 5 1,5* ----
2 5 2,0* ----
HORIZONTAL***
3 5 2,5 ----
4 5 3 ----
5 5 3,5 10
6 5 4 10,5
BAIXA
7 5 4,5 11
8 5 5 11,5

AFASTAMENTOS AFASTAMENTOS CX VIÁRIA


TIPO DE VERTICALIZAÇÃO No. DE PAVTOS.
FRONTAIS E FUNDOS (m) LATERAIS (m) MÍNIMA (m)

9 5,5 5,5 12
10 5,5 5,5 12,5
11 6 6 13
12 13,5
MÉDIA
13 14
14 H**/5,5 14,5
15 15
16 15,5
17 16
18 16,5
19 17
20 17,5
ALTA 21 H**/5,5 18
22 18,5
23 19
24 19,5
25 20

(*) Admitindo-se um dos afastamentos com 0,00 m


(**) Altura total da ediĮcação, excluindo-se a caixa d´água e caixa de escada (Redação da pela Lei 2154/16)
(***) Observados os parâmetros estabelecidos para as Áreas de Especial Interesse Social

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LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO (Redação pela Lei 2154/16)
ANEXO XII - QUADRO DE VERTICALIZAÇÃO PARA GALPÕES

(ANEXO XII ALTERADO EM ALGUNS ITENS PELA LEI 2154/16)

TIPO DE
ALTURA (m) AFASTAMENTOS FRONTAIS(m) AFASTAMENTOS LATERAIS (m) AFASTAMENTOS DE FUNDOS (m)
VERTICALIZAÇÃO

De 4,00m à 6,00m** 5,00 2,0 / 2,0 ou 0,0 2,00


De 6,01m à 9,00m** 5,00 2,50 2,50
HORIZONTAL
De 9,01m à 12,00m** 5,00 3,00 3,00
À partir de 12,01m** 5,00 5,00 5,00

(**) Altura total da ediĮcação, excluindo-se a caixa d´água e caixa de escada (Redação dada pela Lei 2154/16)

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ANEXO XIII - MAPA DE INTENSIDADE DE OCUPAÇÃO E
GABARITO POR SETORES URBANOS

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ANEXO XIV - MAPA DE INTENSIDADE DE OCUPAÇÃO E
GABARITO POR SUBSETORES URBANOS

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ANEXO XV - INTENSIDADE DE OCUPAÇÃO E GABARITO POR
CORREDORES URBANOS E SEGMENTOS

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09 PERÍMETRO URBANO

O Perímetro Urbano do Município de


Manaus tem seus limites descritos
por meio da Lei Nº 1.839, de 16 de
janeiro de 2014.

O perímetro urbano do Município de


Manaus corresponde à delimitação
da Zona Urbana e da Zona de Transi-
ção, conforme o disposto no Plano
Diretor Urbano e Ambiental do Muni-
cípio de Manaus.

Esta delimitação não sofreu altera-


ções até a presente data.

Vista Áerea da Cidade de Manaus


Projeto do Implurb para o “Mirante da Ilha” de São Vicente
Lei N° 1.839, de 16 de Janeiro de 2014
DISPÕE sobre o perímetro urbano do Município de
Manaus e descreve os limites da Cidade, conforme as
diretrizes do Plano Diretor Urbano e Ambiental.

O PREFEITO DE MANAUS, no uso das atribuições cialmente os recursos hídricos.


que lhe são conferidas pelo art. 80, inc. IV, da Lei Or-
gânica do Município de Manaus, Art. 5° Zona de Transição é definida a partir
FAÇO SABER que o Poder Legislativo decretou e eu do ponto de encontro entre o limite da zona urbana,
sanciono a seguinte descrito no artigo 3° desta Lei, e o Rio Amazonas,
pela margem deste, segue no sentido Leste até o rio
Puraquequara, seguindo por sua margem Oeste, por
LEI: esta até encontrar o divisor de águas que define a
bacia do igarapé do Mariano e a bacia do igarapé do
Art. 1° Esta Lei dispõe sobre o perímetro ur- Leão, seguindo por este divisor e por seu prolonga-
bano do Município de Manaus e descreve os limites mento no sentido Oeste até a margem do igarapé do
da Cidade, conforme as diretrizes do Plano Diretor Ur- Tarumã-Açu e por esta margem, no sentido Sul até
bano e Ambiental. encontrar o igarapé Mariano, deste ponto atravessa
Parágrafo único. O perímetro urbano do o igarapé do Tarumã-Açu até o ponto situado na con-
Município de Manaus corresponde à delimitação da fluência do Tarumã-Açu com o igarapé da margem
Zona Urbana e da Zona de Transição, conforme o dis- oposta, segue por este, no sentido Oeste, até o se-
posto no Plano Diretor Urbano e Ambiental do Municí- gundo igarapé na margem Sul, por este e por seu pro-
pio de Manaus. longamento até o igarapé do Acuaru e por este até o
Rio Negro, seguindo pela margem deste, no sentido
Art. 2° A definição dos limites da Zona Ur- Leste, até a foz do igarapé Tarumã-Açu, seguindo por
bana tem por objetivo conter a expansão horizontal este, no sentido Norte, até o ponto de encontro do li-
da cidade nas direções Norte e Leste, otimizando a mite da Zona Urbana com o igarapé Tarumã-Açu, se-
infraestrutura instalada na área urbana consolidada. guindo pelo limite da zona urbana até o ponto inicial.

Art. 3° A Zona Urbana limita-se ao Sul pela Art. 6º O Município de Manaus terá o prazo
margem esquerda dos rios Negro e Amazonas, se- de 2 (dois) anos para efetuar levantamento geodé-
gue a Leste, a partir da margem esquerda do Rio sico que garanta a demarcação precisa do perímetro
Amazonas, pelo divisor de águas das bacias do rio urbano descrito nesta Lei.
Puraquequara e do igarapé do Aleixo, por este divisor
até encontrar o novo limite oficial do Distrito Indus- Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de
trial II seguindo por este, na direção Norte, até reen- sua publicação.
contrar o divisor de águas do rio Puraquequara e por
este até o limite Sul da Reserva Florestal Ducke, des-
te ponto segue no sentido Oeste-Norte pelo contorno Manaus, 16 de janeiro de 2014.
da Reserva Ducke até o divisor de águas das bacias
dos igarapés da Bolívia e do Mariano e seu prolonga-
mento até encontrar a Oeste a margem esquerda do ARTHUR VIRGÍLIO DO CARMO RIBEIRO NETO
igarapé Tarumã-Açu e por esta seguindo até sua foz Prefeito de Manaus
no Rio Negro.

Art. 4° A Zona de Transição, situada no en- LOURENÇO DOS SANTOS PEREIRA BRAGA
torno dos limites da Zona Urbana, é destinada a abri- Secretário Municipal Chefe da Casa Civil
gar atividades agrícolas e ocupação urbana de baixa
densidade, onde serão incentivadas atividades eco-
turísticas.
Parágrafo único. As atividades desenvolvi-
das na Zona de Transição deverão atender à legisla-
ção, visando à proteção dos recursos naturais, espe-

199
10 CRÉDITOS
DAVID ANTÔNIO ABISAI PEREIRA DE ALMEIDA
Prefeito de Manaus

MARCOS SÉRGIO ROTTA


Vice-Prefeito de Manaus

CARLOS ALBERTO VALENTE ARAÚJO


Diretor-Presidente

ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL


CLAUDEMIR JOSÉ ANDRADE
Vice-Presidente

GABRIEL EYVIN BARBOSA GRIJÓ


Lead Designer

COMISSÃO DE REVISÃO E CONSOLIDAÇÃO


PEDRO PAULO BARBOSA CORDEIRO
Diretor de Planejamento Urbano

JEANE DA ROCHA MOTA


Diretora de Operações

LUÍZA LACERDA FILGUEIRA


Gerente de Patrimônio Histórico

LUÍZ AUGUSTO OLIVEIRA DE QUEIROZ ALBUQUE


Administração

CLAÚDIA DO VALLE
Assessoria de Comunicação

ELOÍSA ALVES SERRÃO DA SILVA


Arquiteta e Urbanista

MARCELO NOVAES MEGALI


Arquiteto e Urbanista

TIAGO GOMES DA SILVA


Arquiteto e Urbanista

RAFAELA CALVACANTE LIMA


Arquiteta e Urbanista

ELAIMES FARIAS DE PAIVA


Assistente Técnico (GIS)

MARCELO PASSOS DA COSTA


Assistente Técnico (GIS)

IMAGENS
ARQUIVOS SEMCOM Projeto do Implurb para o antigo local “Casa de Praia”
Projeto do Implurb para o “Museu da Indústria”
implurb.manaus.am.gov.br
SUGESTÕES
Caso tenha algo para sugerir que possa melhorar a experiência
desde documento, nos envie um e-mail para:

design.implurb@gmail.com

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