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Escola Construir

Hana Silva Marinho – 7° Ano

TAMANHO NÃO É DOCUMENTO

Embora tenha uma aparência inocente, a ausência de garras ou chifres e seu tamanho
insignificante, a formiga é considerada uma das pragas urbanas mais severas do planeta.
As formigas fazem parte da família Formicidae da ordem Hymenoptera. São insetos com um
alto grau social. De acordo com Brown Junior (2000), elas possuem entre 18.000 a 20.000
espécies, porém só 11.000 foram analisadas detalhadamente.
Elas são diferentes dos outros insetos que também tem graus sociais, pois apresentam
específicas dietas alimentares durante sua vida e ocupam compartimentos diferentes como a
serapilheira e o solo (Hölldobler & Wilson, 1990).
As formigas apresentam espécies com valores econômicos bem importantes, mas entre
essas espécies, a mais significativa são as formigas cortadeiras, sendo denominadas de
“tramp ants” ou formigas andarilhas. Elas chamavam bastante atenção antes de 2013, sua
espécie é espalhada pelo mundo, sendo distribuídas pelo comércio e tendo contato indireto
com o ser humano (Bueno & Campos – Farinha, 1999).
Para Bueno (2003), as espécies urbanas possuem características comuns como o contato
com o homem, que é responsável por oferecer condições e locais para a formação de ninhos,
assim como, facilitam a dispersão das espécies em longas distancias.
Cohen (2013) ressalta que a colônia é um organismo único e através de observações das
saúvas pôde concluir que a coletividade é um dos fatores que as mantiveram de pé durante
milênios. Verificou também, a forma como selecionam seus ninhos. Quando sozinhas, 50% das
vezes as formigas decidem pelos melhores ninhos. Porém, quando a escolha é da colônia
inteira, sempre escolhem ninhos com melhores condições de habitação. No que diz respeito a
alimentação, possuem uma dieta flexível, pois não têm limitação no ramo alimentar podendo
explorar diversos recursos de um local.
As formigas têm boa interação com outros insetos resultando em benefícios para ambos os
grupos e para o meio ambiente. A exemplo disso temos o enriquecimento do solo, quando em
conjunto com os cupins e minhocas revolvem e oxigenam o solo. Elas também utilizam os
fungos criados nos formigueiros como adubo para algumas espécies de árvores (Cohen,
2003).
Muitas vezes é necessário controlar esses insetos e este controle deve ser feito com método
e cautela como descreve Bueno (2003): A primeira etapa é fazer uma análise precisa,
identificando seus ninhos e registrando o número de espécies presentes naquele local. É
recomendado desfazer o ninho com água quente e detergente ou algum inseticida. Lembrando
que normalmente o controle é trabalhoso por causa de onde ficam localizado os ninhos, o que
pode acabar causando reinfestações constantes. Logo, o objetivo deve ser eliminar a colônia
inteira.

Fontes:
https://super.abril.com.br/ciencia/o-segredo-das-formigas/
http://www.biologico.sp.gov.br/uploads/docs/bio/v65_1_2/bueno.pdf

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