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A LEI DO JUIZADO ESPECIAL

Barbarah Marques Martins 5144387

A Lei DO JUIZADO ESPECIAL 9.099/95 é uma norma que dispõe sobre os


Juizados Especiais Cíveis e Criminais, órgãos do Poder Judiciário brasileiro
que atuam promovendo a conciliação, o julgamento e a execução de causas
de menor complexidade na sociedade, facilitando o acesso dos cidadãos à
justiça.

Os Juizados Criminais tratam de infrações penais de menor potencial ofensivo,


os crimes e contravenções que não possuem pena superior a dois anos,
cumulada ou não com multa, conforme art. 61, caput, da lei 9.099/95. Já no
caso dos Juizados Cíveis, a causa não pode ultrapassar 40 salários mínimos pois
é um requisito do Juizado Cível.

De acordo com o art. 2º da lei 9.099/95, os princípios dos Juizados Especiais são:
oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade. A
oralidade não significa que o processo será oral na sua integralidade, apenas
que os atos serão documentados e que os demais poderão ser gravados,
prevalecendo a oralidade.

Os princípios da simplicidade e informalidade são usados nas causas de menor


complexidade e também a forma como determinados atos processuais devem
ser praticados.

O princípio da celeridade corresponde a uma prestação jurisdicional rápida e


eficiente, no entanto, não pode prejudicar a segurança jurídica.No princípio da
economia processual tem como objetivo que o processo nos Juizados Especiais
seja eficiente com o mínimo de atos processuais praticados.

O art. 3º da referida lei dispõe as causas que ficam obrigatoriamente excluídas


da competência do Juizado Especial, sendo estas: as causas de natureza
alimentar, falimentar, fiscal e de interesse da Fazenda Pública, e também as
relativas a acidentes de trabalho, a resíduos e ao estado e capacidade das
pessoas, ainda que de cunho patrimonial.
Segundo o caput do artigo 8 da lei 9.099/95, não poderão ser admitidas por
incapazes, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas
da União, a massa falida e o insolvente civil. Agora, conforme os incisos do §1º,
somente são admitidas por: pessoas físicas capazes, excluídos os cessionários de
direito de pessoas jurídicas; as pessoas enquadradas como
microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno
porte na forma da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006; as
pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse
Público, nos termos da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999; e as sociedades
de crédito ao microempreendedor, nos termos do art. 1o da Lei no 10.194, de
14 de fevereiro de 2001.

Já às audiências, nos Juizados Cíveis é marcada uma de conciliação, que pode


ser dirigida pelo Juiz Togado, leigo ou por conciliador. Caso não resolva o
problema as partes podem tentar resolver pelo Juízo Arbitral. Se mesmo assim
não houver solução para o litígio após estas fases, se fará de imediato a
audiência de instrução e julgamento, ouvindo as partes e colhendo as
provas,logo após a sentença será proferida como previsto no art. 28.

Já nos Juizados Criminais é marcada uma audiência preliminar em que ocorre a


tentativa de conciliação, onde é realizada uma proposta de composição dos
danos,art. 72. Não havendo a composição civil dos danos e ocorrendo a
posterior representação, o Ministério Público poderá propor a aplicação de
pena restritivas de Direito. Essa aplicação refere-se ao Instituto da transação
penal art 76, parágrafo 2. Não havendo a possibilidade de composição civil dos
danos e também da transação penal, será designada audiência de instrução e
julgamento, onde o Juiz colherá as provas e ouvirá as testemunhas, proferindo,
por fim, a sentença.

Os recursos da 2 estância são, interpostos para a turma recursal caso não seja
resolvido

Da decisão da turma Recursal não é cabível recurso para o Superior Tribunal de


Justiça, como ocorre diante das decisões dos Tribunais de Justiça.

São realizados também nos Juizados Criminais, a apelação e os embargos de


declaração (quando ocorrer obscuridade, contradição ou omissão na sentença,
conforme os artigos 82 e 83 da lei 9.099/95). Já na esfera cível, são cabíveis o
recurso inominado da sentença e os embargos de declaração da sentença ou do
acórdão, conforme arts. 41 e 48 da mesma lei.Os prazos dos Juizados Especiais
são contados em dias úteis.

Apesar de ser possível o jus postulandi no Juizado Cível, a lei informa que: a
depender da natureza da causa, o Juiz deve advertir a parte da importância de
se estar assistida por advogado, segundo o art. 9º, §2º. A parte deve
obrigatoriamente estar assistida por advogado quando a causa tiver valor maior
que vinte salários mínimos e também na elaboração de recursos, conforme o
arts. 41.

Julga se então que o Juizado Especial são um importante meio de acesso à


justiça, pois permitem que cidadãos busquem soluções para seus conflitos
cotidianos de forma rápida, eficiente e gratuita, já que seus princípios que
orientam a prática processual cooperam para que as demandas tramitem
rapidamente ou findem com a conciliação.

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