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Nos dias actuais as indústrias de grande porte não sobrevivem sem o uso da Automação
Industrial. Entretanto, diversos factores de adaptação do processo industrial devem ser
reflectidos antes de automatizar uma indústria. Alguns dos factores que podem ser
avaliados são:
Esses são conceitos que foram construídos ao longo da história evolutiva da Automação
Industrial. Um conceito um tanto neófito neste cenário é Redes para Automação
Industrial. O presente trabalho abordará os conceitos básicos sobre Automação
Industrial, alicerçados por uma dissertação histórica, os tipos de Protocolos para Redes
Industriais existentes e uma rápida comparação entre os mesmos.
Capitulo I: Breve noção sobre estudo comparativo!!
A rede industrial dividida em diferentes níveis e essa divisão tem como finalidade
organizar a rede de comunicação conforme se associam os elementos principais que a
compõem. Essa organização demanda algumas características particulares para cada
nível.
Como resultado não há um tipo de rede que seja capaz de atender a todos os requisitos
dos diversos subsistemas existentes em um ambiente industrial.
Dentro das redes industriais o “transporte” dos dados é feito através dos protocolos.
Nas redes industriais existem vários, por exemplo: Profibus, Fieldbus Foundation, AS-I,
DeviceNet etc. Cada um desses protocolos têm suas características e particularidades e a
escolha por um determinado tipo é feita de acordo com a necessidade do “lugar” onde
este protocolo irá actuar.
Desta forma uma rede industrial é o elemento que permite a troca de informações entre
máquinas (sensores, actuadores, computadores, CLP’s, etc) e entre as máquinas e o
usuário.
As redes industriais são sistemas que consistem na interligação dos diversos sistemas e
equipamentos, objectivando a organização, optimização dos processos produtivos e
geração do maior número de informações possíveis a respeito destes. Têm como função
básica comunicação entre dispositivos de campo (devices) que estão conectados a um
barramento, além de fornecer alimentação eléctrica.
Um pouco de história
Com a evolução tecnológica dos dias actuais, os CLP’s têm mudado completamente,
não em termos de semântica, mas de implementação. Os firmwares agora são escritos
em várias linguagens, o que contribui para ciclos de programa mais rápidos, sistemas de
entrada e saída mais compactos, interfaces especiais que permitem que aparelhos sejam
conectados directamente no CLP, etc. Outro grande avanço do desenvolvimento de
CLP’s eficazes foi a capacidade de realizar funções que indiquem suas próprias falhas,
como também as falhas da máquina ou do processo.
Os protocolos baseiam-se nas camadas do modelo OSI, sendo que a camada na qual o
protocolo trabalha descreve sua função.
O modelo OSI
Fonte: CTISM
Camada de enlace (2) – responsável pelo acesso lógico ao ambiente físico, como
transmissão e detecção de erros, correcção de erros, criação de limites dos quadros,
reconhecimento do início e do fim de um quadro (sincronismo).
Camada de rede (3) – controla o tráfego e roteamento dos dados na rede (evita o
congestionamento de dados). Permite conexão de redes heterogéneas: tradução de
protocolos, endereçamento, conformação dos tamanhos dos pacotes, etc.
Camada de aplicação (7) – é representada pelo usuário final. Oferece aos processos de
aplicação os meios para que eles utilizem os recursos OSI. Definem as funções de
gerência e mecanismos de suporte à construção de aplicações distribuídas. Ex.: terminal
virtual, transferência de arquivos, correio electrónico, etc.
Actualmente há uma vasta variedade de padrões por isso iremos apenas avaliar aqui
alguns dos mais amplamente usados:
AS-Interface
DeviceNet
Fieldbus Foundation
HART Protocol
Interbus
Modbus
Profibus
Profinet
A rede AS-I é uma rede de nível de Bit, utilizada em sensores e actuadores discretos.
Esta rede é muito simples, pois pode se conectar através de um único cabo módulos de
entradas e saídas.
Esta rede foi concebida para complementar os demais sistemas e tornar mais simples e
rápida a conexão dos sensores e actuadores com os seus respectivos controladores.
Método de Comunicação
Topologia
A topologia utilizada nesta rede são: árvore, estrela, linha ou a combinação destas. E
podem ser utilizados dispositivos distribuidores em campo que substituem as ligações
convencionais.
Meio físico
Este protocolo usa um cabo flat de fácil conexão ou o cabo circular. Este cabo permite
que pelo mesmo par de fios, sejam alimentados os sensores ou actuadores com 24V de
corrente contínua e ainda seja apresentado o estado dos mesmos, ou seja, é possível
utilizar o mesmo cabo para alimentação e comunicação. É uma rede de curta distância e
pode alcançar até 300 m. Maiores distâncias podem ser alcançadas com a utilização de
expansores e repetidores.
Sua limitação está relacionada com o comprimento do fio, que deve possuir no mínimo
cem metros (100 m). A rede AS-Interface também possui algumas limitações de
operação, com destaque para a baixa capacidade de tráfico de dados, limitada a 4 bits.
Além disso, o seu protocolo não permite transmissão assíncrona dos seus escravos, por
isso é uma premissa respeitar o tempo de varredura que é considerado alto.
Protocolo Profibus
A rede Profibus é a rede de barramento de campo líder no mercado mundial. Esta rede
está dividida em três variantes principais, que são a Profibus DP, Profibus PA, Profinet
e Profibus FMS.
O protocolo Profibus é um padrão de rede de campo aberto. Interface que permite ampla
aplicação em processos devido a simplicidade de comissionamento, flexibilidade e
baixo custo de aquisição. A estrutura do barramento permite a adição e remoção de
estações sem influência nas demais, permitindo o uso de até 32 estações sem o uso de
repetidores. Dentro do protocolo Profibus é possível identificar algumas vertentes do
mesmo, tais como:
Profibus FMS – Ampla solução em funções, resolvendo tarefas complexas entre CLP’s,
comumente utilizado em nível de controle.
Profibus PA – Solução com alto custo benefício para dispositivos aplicados a nível de
campo, transmitindo informações de processo, tais como, temperatura, pressão, status,
etc.
Estrela;
Linha;
Anel.
Meio físico
O cabo utilizado é o de par trançado ou fibra óptica. Tendo uma distância máxima de
100m-1200m / 15km para DP e 19600 para PA.
Este tipo de rede usa o método de comunicação Mestre\escravo. E usa uma taxa de
transmissão de DP: 9,6kbps-12Mbps e para PA 31,25kbp.
O número máximo de nós da rede no caso PROFIBUS está limitado a 127 no total e a
32 em cada segmento.
Uma vantagem importante do Profibus é que esta tecnologia cobre fábricas, processos e,
com o uso da tecnologia Profinet, extensas aplicações empresariais. Isto faz do Profibus
a melhor e mais simples solução para uso em grandes plantas e grandes aplicações.
Velocidade;
Facilidade de uso e versatilidade;
Economia.
Topologia
Esta rede utiliza a topologia tronco-derivação e pode chegar a uma distância máxima de
500 metros com uma taxa de transmissão de 125kbps.
Meio físico
A rede DeviceNet utiliza um cabo padrão de 2 pares trançados, sendo um dos pares
responsável pela distribuição da alimentação 24V de corrente contínua nos diversos nós,
e o outro utilizado para o sinal de comunicação. O número máximo de nós da rede no
caso DeviceNet está limitado a 64, em um segmento único.
Vantagens
A rede Profinet é uma evolução da rede Profibus, que utiliza como meio físico o padrão
Ethernet e está classificada como uma rede no nível de dispositivo. Esta rede permite a
comunicação em tempo real com dispositivos de campo.
Topologia
Meio físico
O cabo utilizado é o de par trançado ou fibra óptica para maiores distâncias chegando
aos 26 km. Esta rede permite altas taxas de transmissão de até 100 Mbps e grande
quantidade de dispositivos podendo chegar a ordem de milhões.
Agora que você já sabe o que são protocolos de rede, é hora de compreender a razão
para termos tantas opções diferentes disponíveis no mercado nos dias de hoje. Para
funcionarem, os protocolos pegam os dados que precisam ser transmitidos por meio da
rede e quebram essas informações em pequenos pedacinhos.
Em suma, cada protocolo de rede trabalha de uma maneira diferente. Cada um dos
códigos conta com um funcionamento diferente. Por exemplo, existem aqueles
direccionados aos equipamentos de pequeno porte, outros que cobrem distâncias
menores, alguns que podem cobrir centenas de metros e por aí vai.
Nossa contribuição é para o entendimento básico do protocolo, com dois guias anexo,
onde você pode baixar documentos oficiais da Associação Profibus, servindo de
referência para bons projectos e boas instalações.
O Protocolo Profibus se mostra com vida longa em qualquer aplicação industrial, pois
além da base instalada no mundo, a continuidade de desenvolvimento de equipamentos
de automação que conversam neste protocolo, continuam em desenvolvimento.
O Protocolo Profinet é uma das soluções que atendem a demanda por soluções em
Ethernet na indústria, além de estar preparado para a nova realidade, num futuro
próximo, para a Indústria 4.0.
Disponibilizamos o vídeo que é uma palestra do tema, além de uma apresentação que se
refere ao mesmo conteúdo.
As redes industriais ASI Bus são destacadas pela sua facilidade e flexibilidade na
instalação, um protocolo robusto e com uma grama de acessórios para automação no
nível sensor de campo.
Seu protocolo permite comunicação com sinais digitais e analógicos, com sensores
próprios e módulos que conectam sinais convencionais de campo, além de poder
trabalhar no perfil Safety Bus e dispositivos especiais com protocolo incorporado.
Esperamos com este material, contribuir de forma básica e directa para o conhecimento
do funcionamento deste tipo de rede, servido de referência para aprofundamento de
estudos e aplicação em projectos.
PROFIBUS
MODBUS
Falta de criptografia: os comandos e endereços são transmitidos texto puro e podem ser
facilmente capturados por falta deste recurso.
Durante a colecta de dados e conversa com pessoal especializado foi verificado que esse
protocolo somente é usado para manter comunicação entre dispositivos conhecidos na
rede, usando códigos de funções específicos, facilmente monitorados através de
estabelecimento de directivas que podem ser feitas baseadas em funcionamento
aceitável dos dispositivos. Por não haver tempo suficiente para implementar tecnologias
e software adequados durante o estudo de caso, foi enumerado uma lista com alguns
parâmetros que podem ser observados na rede para que se possa controlar os danos e
mitigar os controles em caso de ameaça. Citamos abaixo, alguns exemplos de
mensagens que devem ser observadas na rede, em caso de ocorrência de excepção no
processo de comunicação do MODBUS, conforme mostrado na figura 8.
Diante deste cenário foi encontrada uma solução paliativa que envolve uma pequena
mudança na rede existente.
Conclusão
Neste trabalho foi possível verificar que as redes industriais utilizam uma variedade de
protocolos especializados que realizam tarefas específicas, muitas vezes com atenção
cuidadosa à sincronização e operação em tempo real. Cada protocolo tem vários graus
de segurança e confiabilidade inerentes, e estas qualidades devem ser consideradas ao
tentar proteger esses protocolos.