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O Cálculo Financeiro, como arquitetura teórica, apareceu muitos séculos depois de ter
começado o seu uso no mundo dos negócios. Antes do Cálculo Financeiro ser o que é, já o
juro era calculado, em cada vencimento, como o produto do capital por uma taxa.
Conceitos Básicos
Capitalização é a transformação, provocada pelo tempo, do capital em capital e juro.
Capital é uma variável stock, sempre referida a um momento, geralmente o início ou o fim
do período de capitalização. Período de capitalização é o mesmo que período de formação
do juro.
Juro é uma variável fluxo, sempre referida ao período de capitalização, mas só disponível
no vencimento que, geralmente coincide com o fim do período.
Por outros termos, é a remuneração cobrada pelo empréstimo de dinheiro. É expresso
como um percentual sobre o valor emprestado (taxa de juro) e pode ser calculado de duas
formas:
- juros simples
ou
- juros compostos.
O juro pode ser compreendido como uma espécie de "aluguer sobre o dinheiro".
"Sem tempo, não há juro; Com tempo e com capital, há sempre juro. "
1ª regra
O juro zero pode ocorrer, se e só se o capital for zero ou/e o prazo for zero.
2ª regra
Considerando os capitais C e C', pode fazer-se C+C', ou C-C', ou C>C', ou C=C', se e
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só se estiverem referidos ao mesmo momento.
Qualquer operação matemática sobre dois ou mais capitais requer a sua homogeneização
no tempo.
3ª regra
Sendo Jk o juro do período Ko, Ck-1 o stock de capital no início do mesmo período, isto é, no
momento k-1, rk a taxa de juro em vigor no mesmo período é:
Regimes de Capitalização
Juros Simples são os que resultam da capitalização retirada dos juros logo que se
vencem.
O stock de capital mantêm-se constante: o juro de cada período só varia, se variar a taxa de
juro; não há juros de juros, porque não há retenção do juro periodicamente produzido.
Em termos práticos:
Jk=rk C0 (k=1, 2, 3, ..... )
Juros Compostos são os que resultam da recapitalização periódica dos juros na própria
aplicação em curso.
O stock de capital cresce de vencimento para vencimento: há juros no interior do próprio
processo de capitalização: mal se vencem os juros, passam a ser capital para contagem do
juro do período seguinte.
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Em termos práticos:
O juro do 1° período é igual ao do juro simples J1=r1C0, mas sendo recapitalizado, o stock
de capital no momento 1 passa a ser C1=C0 (1+ r1);
O juro do 2° período é igual J2=r2 C1 e o stock de capital no momento 2 passa a ser
C2=C1+J2, ou seja:
Em suma:
Quando o dinheiro é investido a juro composto, os juros vencidos são reinvestidos para obter
mais juros nos períodos seguintes.
Em contrapartida, a oportunidade de ganhar juros sobre juros não existe num investimento
que proporcione apenas juros simples.
Há ainda regimes mistos que são mais ou menos flexíveis e abertos. Nestes regimes a
recapitalização dos juros pode ser parcial, ou o reembolso do capital pode ser parcial.
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Desconto ou atualização
- Se tivermos determinado capital disponível hoje (momento n).
- Qual é o capital equivalente no mês passado (momento m)?
Considerando uma taxa de juro fixa - taxa de avaliação (geralmente igual à taxa de juro
corrente para prazos iguais).
Se os juros fossem simples eram pagos período a período, o problema teria resposta óbvia:
Cm=Cn
Considerando o momento presente, ou seja m=0, para descobrir o valor descontado ou valor
atual ou atualizado, de modo a obter o capital inicial, dado o capital final temos:
-m
C0=Cn (1+r)
Deste modo num momento qualquer m, o valor descontado pode ser obtido durante m
Juro Nulo
Contraria claramente a 1ª regra de ouro e tem associado outras lógicas - o favor, a amizade,
a família, a pré-falência.
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rk=0, Jk=0, Ck=C0 para k=1, 2, 3, ...
mas não é pago e fica estéril no processo, findo o qual o stock de capital é:
n
Cn=C0 (1+∑rk)
K=1
Nesta situação vai-se buscar ao regime simples o cálculo dos juros e ao regime composto a
sua retenção, contrariando claramente as regras de ouro 1 e 3.
Durante anos a liberdade negocial possibilitou este regime de retenção e esterilização do
juro.
O desconto é calculado como sendo um juro, não sobre o capital inicial, como deve ser, mas
sobre o capital final, o que contraria não só as regras do cálculo financeiro, mas o próprio
bom senso.
O valor descontado do momento n para o momento m vem:
Este tipo de desconto é geralmente utilizado quase só para períodos inferiores a 1 ano. A
sua aplicação verifica-se no desconto bancário do papel comercial (crédito a curto prazo).
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Equivalências da capitalização e da taxa de juro
Qual é o interesse de estabelecer essas equivalências?
1- Numa situação em que o período de referência da taxa de juro não coincide com o
período de capitalização.
Exemplo 1: Sendo a taxa de juro 30% ao ano, qual é a taxa de juro semestral?
Recorre-se às taxas de juro equivalentes no regime composto, onde a taxa de juro declarada
é sempre considerada efetiva.
x
C0 (1+u) = C0 (1+r)
Ou seja:
1/x
1+u = (1+r)
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Para qualquer outra taxa r', com período de referência igual a x' unidades de tempo, há de
ser também
,
1/x
1+u =(1+r')
,
Conclui-se que x/x não é mais do que a proporção entre os períodos de referência das taxas
r' e r.
Por exemplo:
Qual a taxa de juro semestral equivalente à taxa de juro anual de 30%?
,
x/x
1+r' = (1+r)
12/6
1,3 = (1+r)
2
1,3=(1+r)
2 2
1,3 = 1 + 2r + r
2
r + 2r- 0,3 = 0
2
r=-b± √b - 4ac
2a
2
r=-2± √ 2 - 4X1(- 0,3)
2X1
r=-2± √ 4 - 4X (- 0,3)
2
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r=-2± √4 + 1,2
2
r = - 2 + 2,280
2
r = 0,14
14%
Por exemplo:
Qual a taxa de juro a nove meses equivalente à taxa de juro anual de 30%?
,
x/x
1+r' =(1+r)
12/9
1,3=(1+r)
4/3
1,3 = (1+r)
3/4
1,3 = (1+r)
4 3
r= √1,3 – 1
r = 1,21746788-1
r = 0,21746
r = 21,75%
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No regime simples geralmente são usadas taxas proporcionais.
Nos depósitos a prazo e nos títulos obrigacionistas, as taxas anuais são puramente
nominais, com exceção das situações em que a capitalização faz-se de uma só vez ao ano
em que as taxas anuais são mesmo efetivas.
Nos outros casos, em que se declara uma taxa anual nominal r pagável m vezes ao ano, a
taxa efetiva é r/m no período sub-anual.
Por exemplo:
Qual a taxa de juro semestral proporcional à taxa de juro anual de 30%?
r' = r x'/x
Por exemplo:
Qual a taxa de juro a nove meses proporcional à taxa de juro anual de 30%?
r'= r x'/x
r'= 0,3 x 9/12
r'= 0,3 x 3/4
r'= 0,225
r'= 22,5%
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Equivalência da Capitalização
No regime composto para um prazo t entre n e n+1 ( n< t<n+1), o capital acumulado no
momento t é:
t-n
Ct = Cn (1+rn+1)
A atualização, ou desconto, de um capital para prazos inteiros pode, agora, ser também
objeto de generalização para qualquer prazo, inteiro ou não inteiro.
Dado um capital Ct com vencimento em t > 0, o capital Ch equivalente no momento h em
que (0 < h < t), é:
-t+h
Ch =Ct(1+r) sendo r a taxa de juro de avaliação e pressupondo-se, como é norma,
um processo de capitalização composta.
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a) Capital acumulado – quando o capital inicial C0 (momento de referência) produz um juro
j durante um período n, temos:
Cn = C0 + j
Em que Cn é o valor do capital acumulado que é obtido a partir do capital inicial C0 durante
o período n.
Diz-se que falamos em juros simples quando nos referimos a aplicações ou empréstimos
que vencem juros, que são pagos ou recebidos na sua data de vencimento.
Esquematicamente:
Se considerarmos um empréstimo de 1.000€, durante um ano, à taxa de 10%, ter-se-á:
Cn = 1.000 + 1000 x 0,1
Cn = 1.000 + 100
Cn = 1.100
1/1/n 31/12/n
Esquematicamente:
Mutuário: recebe 1.000 – 100 = 900€ Paga 1.000€
___________________________________________________________
1/1/n 31/12/n
Assim podem resultar, em relação ao cálculo do valor do juro, dois tipos de desconto:
a) Desconto por dentro ou desconto racional (Dd), corresponde ao juro produzido pelo valor
atual do capital durante o período de tempo que falta para o vencimento.
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É o método mais utilizado, tratando-se do verdadeiro desconto financeiro.
Neste tipo de desconto o juro em vez de incidir sobre o valor nominal do título (C) incide
sobre o valor atual (C´).
b) Desconto por fora ou desconto comercial (Df), corresponde ao juro produzido pelo valor
nominal do capital durante o prazo que falta para o seu vencimento.
Isto é:
j=i
de onde
C´ = 1 – i
Como os juros são diretamente proporcionais aos respetivos capitais e as taxas de juro
representam o juro de uma unidade de capital numa unidade de tempo, se considerarmos k
como uma constante de proporcionalidade, temos:
K= i ʌ k= i´
1- i 1
Logo:
i = i´
1–i 1
i´(1-i) = i
Ou seja:
i´ = ´ i =
1-i
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De onde resulta que a taxa real (i´) é sempre superior à taxa nominal (i), uma vez que o
devedor paga juros sobre o capital que não recebe na totalidade, dado que lhe são
deduzidos de imediato os juros.
Assim: i ´˃ i
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Papel Comercial
É um produto de dívida privada de curto prazo que permite às entidades emitentes
financiarem-se diretamente no mercado sem terem de recorrer ao crédito bancário. Este é
um produto típico de desintermediação financeira, sendo um instrumento monetário
vocacionado para o financiamento de tesouraria de grandes empresas.
O Papel Comercial é representado por títulos nominativos, que devem estar domiciliados
num banco ou em qualquer outra instituição financeira que preste serviço de guarda de
títulos, são transmitidos por endosso e amortizados pelo emitente na data do vencimento. O
prazo de emissão é livre, geralmente inferior a um ano (podendo, no entanto, atingir os 2
anos), a taxa de juro pode ser fixa ou indexada a uma taxa de referência, podendo a
colocação deste produto ser feita pelo valor nominal ou sob a forma de desconto.
Livranças
As livranças constituem uma forma de titulação de créditos ao dispor dos agentes
económicos. Existe uma promessa de pagamento do devedor em relação ao credor. Uma
livrança é um documento através do qual o subscritor ou signatário se compromete a pagar
a um beneficiário ou à ordem deste um determinado valor (valor nominal da Iivrança) numa
determinada data (data de vencimento).
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Os encargos associados a uma Iivrança podem ser de emissão e de desconto (nos
casos em que estão em causa livranças financeiras). Como encargo de emissão temos o
pagamento do imposto de selo de acordo com o valor nominal. Como encargos de desconto
temos o juro e o imposto de selo que incide sobre esse mesmo juro.
Letras
De todos os títulos de crédito o mais conhecido é sem dúvida a letra.
É um título de crédito emitido pelo sacador (credor) onde se dá a conhecer ao sacado
(devedor) qual o valor em dívida que deverá ser efetuado ao pagador.
Desconto racional difere do desconto comercial pois o juro em vez de incidir sobre o valor
nominal do título de crédito (C) incide sobre o valor atual (C').
Deste modo é possível relacionar C com C' do seguinte modo:
C' = C - j
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O sacador ao efetuar o desconto bancário não recebe o valor nominal da letra na totalidade,
uma vez que aquele incorpora alguns encargos, nomeadamente:
- encargos bancários;
- juros do valor nominal, relativos aos dias de antecipação em relação ao vencimento;
- prémio de transferência, incide sobre o valor nominal da letra quando o desconto é
efetuado em local diferente do de desconto;
- encargos fiscais, trata-se de um imposto que incide sobre a totalidade dos encargos
bancários;
- portes do correio;
- telefone;
- fax;
- etc.
Receitas do banco:
(i) o desconto por fora, calculado com uma taxa proporcional à taxa anual nominal (r1),
vigente no curto prazo (t) da operação, expresso em dias;
(ii) uma comissão bancária, calculada com uma taxa r2 incidente sobre o valor nominal da
letra, independente do prazo (t) e que, em geral discrimina entre letras domiciliadas ou não.
Receitas fiscais:
(iv) o imposto de selo sobre o desconto bancário (i + ii), calculado à taxa (f1);
(v) a sobretaxa para o Fundo de Compensação, à taxa (f2) sobre o valor nominal;
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Deste modo conclui-se que o valor recebido pelo sacador, no momento do desconto, não
será igual ao valor nominal da letra.
Tendo em consideração as receitas atrás identificadas constata-se a existência de dois tipos
de encargos:
- Encargos de emissão, aqueles que são referidos em (vi), ou seja, f3 VN.
- Encargos de desconto, são os referidos em (i + ii + iii + iv + v), ou seja:
Ou
Reforma da letra
Por vezes na data do vencimento da letra o sacado encontra-se impossibilitado de pagar a
totalidade ou parte do valor em dívida.
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Face a esta situação o portador pode negociar com a banca a substituição da letra vencida
por uma ou mais com vencimento em data posterior.
A esta operação de substituição da letra vencida por outra ou outras com vencimento em
data posterior chama-se reforma.
Reforma total – quando a letra é substituída, na data do seu vencimento, por outra com
vencimento em data posterior, sem ser feita qualquer amortização da dívida.
Reforma parcial – quando na data do vencimento da letra é paga uma parte da dívida,
incidindo os juros e restantes encargos só sobre a parte ainda em dívida.
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Rendas
O devedor de uma determinada importância pode chegar a acordo com o credor para pagar
a dívida em quantias parcelares escalonadas no tempo.
Cada pagamento efetuado engloba uma parte, que amortiza o capital inicial, e uma parte
que é constituída pelos juros que o capital em dívida produz.
Exemplos:
- Quando se aplica um capital num determinado banco, esse capital é remunerado
periodicamente;
- Quando se paga periodicamente um serviço adquirido a outra pessoa/empresa.
Em toda e qualquer situação que o vencimento dos capitais tem uma periodicidade
constante ao longo do período diz-se que a sucessão de capitais é uma renda.
Noções gerais
A renda é a aplicação mais importante do conceito de homogeneização, pois trata-se da
substituição de um conjunto de valores dispersos com vários vencimentos por determinado
capital comum referido a um vencimento comum.
Renda – é um conjunto de capitais vencidos em períodos de tempo iguais, ou , seja, um
conjunto, finito ou infinito, de valores com vencimentos de periodicidade certa.
Termo da renda – é o nome dado a cada um dos capitais, que se vence periodicamente. O
termo da renda recebe o nome de anuidade, semestralidade ou mensalidade, se o período
da renda for o ano, o semestre ou o mês.
Em termos gráficos:
C0 C1 C2 C3 Cn-1 Cn
Capital:
Tempo: 0 1 2 3 n-1 n
p p p p p p
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Em que:
C0, C1, C2, C3,... Cn – valores dos termos
1, 2, 3,... n – momento de vencimento dos termos
p – período da renda, sempre constante
Assim:
n h-k
O valor da renda Ch no momento h será: Ch = ∑Vk (1+i) com 1<h<n
k=1
C1 C2 ……….. Cn-1 Cn
Capital:
Período: 0 1 2 ……….. n-1 n
Uma renda é temporária, inteira, constante e imediata se os seus termos são constantes e
em número finito, o seu período coincide com o período da taxa de juro e o primeiro termo
se vence um período após a negociação da renda.
O estudo das rendas a desenvolver assentará basicamente no cálculo de dois pontos
fundamentais:
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- o valor atual a n
- o valor acumulado da renda s n
Considerando um conjunto de capitais com vencimento em diferentes momentos. O valor da
renda obtém-se quando se referem todos os seus termos a um mesmo momento. Se esse
momento for zero, obtém-se somando o valor atual de todos os termos que a compõem.
De notar que os termos da renda sendo iguais mas não unitários os valores atuais são
multiplicados por C.
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Assim, neste tipo de rendas:
- o número de termos é finito;
- o período da renda coincide com o período de referência da taxa de juro.
C1 C2 C3 ……….. Cn
Capital:
Período: 0 1 2 ……….. n-1 n
ṡ n = (1 + i) x s n
No caso dos termos da renda serem iguais a C, tanto ä n como ṡ n devem ser multiplicados
por C.
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