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Assim como os principíos gerais relativos a ele (Có digo Penal, Lei das
Contravençõ es Penais), o direito penal substativo, também chamado de material,
é configurado pelas normas que podem definir as figuras penais, ao se designar
sançõ es respectivas. Já o adjetivo, ou formal, é constituído de preceitos de
adequaçã o do direito substantivo e de organizaçã o judiciá ria.
Quando tratamos dos marcos de origem e manifestações do Direito Penal, nos referimos as
suas fontes; ou seja, o órgão e a forma de exteriorização são exemplos de fontes do Direito
Penal. Podemos citar o caso da União, um órgão que legisla privativamente sobre direito
civil, comercial, processual, eleitoral, do trabalho, dentre outros. A existência de leis,
costumes, jurisprudências e/ou doutrinas também são exemplos de fontes.
As fontes do Direito Penal se dividem em: Fontes Materiais, Formais, Formais Imediatas e
Formais Mediatas.
Fontes Formais Imediatas: Diz respeito a lei penal, ou seja, a norma; ou seja, as leis penais
que existem. Segundo o princípio de legalidade, descrito abaixo, não há crime sem definição
da lei anterior, nem pena sem prévio aviso legal.
Fontes Formais Mediatas: De maneira geral, quando se trata de princípios gerais do direito
e costumes. Quando a lei se omite, abre a possibilidade da aplicação desses princípios
gerais do Direito, a jurisprudência, a doutrina e os costumes, que são fontes formais
imediatas. A lei autoriza esses princípios.
Abaixo estão listados os princípios mais importantes do Direito Penal, como anterioridade da
norma, devido processo legal, inocência, retroatividade de lei mais benéfica, direito à defesa,
dentre outros.
Dentro desse princípio, há a exigência de uma lei anterior que defina a prática de um ato
reprovável como crime. Caso o ato não seja caracterizado crime, então o praticante não será
condenado. “Não existe crime, ou pena, sem lei prévia que o defina.”
Princípio da Inocência
Presumidamente, todo cidadão é inocente, salvo quando se prova o contrário. Logo, quem
precisa provar a culpa do acusado é o Estado, e não ele provar sua inocência. “Para o direito
penal, na dúvida, é melhor que um culpado seja solto, do que um inocente punido.
“Quando o fato não é mais considerado crime pela nova lei, ocorre o fenômeno da abolitio
criminis.” O acusado pode ser beneficiado caso a sua pena seja diminuída, ou o crime ser
descriminalizado (ou seja, deixarem de ser crimes, como foi o caso do adultério e da
sedução), após a condenação. Entretanto, em caso contrário, se a lei se tornar mais severa,
não será aplicada ao réu.
Direito à Defesa
“Se a pessoa não tiver recurso para contratar um defensor, o Estado proporcionará a
defesa.” Independentemente do crime praticado e das suas circunstâncias, qualquer
acusado tem direito à defesa.
Princípio da Legalidade
Limita o poder punitivo do Estado, não havendo crime, caso não haja lei que defina a
infração penal e lhe imponha uma pena. A lei penal é fundamentada formalmente pela
previsão da infração penal, e é dela que se retira a fonte exclusiva da aplicação da pena.
Princípio da Fragmentariedade
Estabelece que nem toda ameaça de lesão ou lesão são proibidos de acordo com a lei penal,
como da mesma forma, nem tudo tem sua proteção. O Código Penal se limita aos fatos mais
graves e que sugerem maior importância, tendo caráter seletivo de ilicitude.
Princípio da Culpabilidade
Princípio da Humanidade
O poder punitivo estatal é vedado por esse princípio, que proibe a aplicação de penas crueis
como a capital e a prisão perpétua, pois são sanções que atingem a dignidade da pessoa
humana. Prioriza-se a ressocialização do condenado através da execução penal, e não a sua
degradação.
Princípio da Insignificância
Condutas socialmente permitidas, adequadas ou até mesmo toleradas não devem ser
tipificadas pela lei penal, mas somente aquelas condutas de relevância social. O princípio
seleciona os comportamentos, além de determinar valores aos mesmos.
Princípio da Igualdade
Princípio que rege a aplicação da lei penal de maneira igualitária a todos os cidadãos.
Prioriza-se a igualdade material acima da formal, buscando a não discriminação e proibido
diferenças de tratamento, como está prescrito na Constituição Federal de 1988.
Princípio da Efetividade
De acordo com esse princípio, o Direito Penal, quando na sua intervenção, deve sempre ser
eficaz e agindo de maneira preventiva e, quanto necessário, repreensiva.
Princípio da Proporcionalidade
Destina-se ao legislador, quando for criar uma norma com base na previsão de um fato
abstrato, que leve em consideração a constituição de uma pena proporcional a prática
antijurídica. Num segundo momento, quando se tratar de fatos concretos, o Estado-juiz,
aplicador da lei penal, deve ter em mente aplicar pena proporcional, dentro dos critérios
objetivos e subjetivos, ao injusto praticado.
Para a prática de uma única infração penal, deverá haver somente uma punição criminal,
impossibilitando a existência de duas ou mais punições.