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MARKETING
IMOBILIÁRIO
Instituto do Corretor
Democrata
Centro de Educação
Escola
República
SUMÁRIO
MARKETING
1.1. Tradução de Marketing ....................................................... 217
1 1.2. Conceituação ..................................................................... 217
1.3. Desenvolvimento Histórico ................................................. 217
ASPECTOS PSICOLÓGICOS
2.1. Introdução ao Marketing ..................................................... 218
2 2.2. Necessidades, Desejos e Demanda ................................... 218
2.3. Produto ............................................................................... 219
2.4. Promessa, Percepção e Expectativa ................................... 219
2.5. Teorias Psicológicas .......................................................... 221
MARKETING x VENDAS
3 3.1. Fases do Marketing ............................................................. 224
3.2. Demanda, Potencial e Previsão .......................................... 225
O COMPOSTO DE MARKETING
4.1. O Composto de Marketing ................................................... 225
4.2. O Produto ........................................................................... 225
4 4.3. O Preço ............................................................................... 228
4.4. A Praça ............................................................................... 228
4.5. Propaganda / Comunicação ................................................ 229
O AMBIENTE DE MARKETING
5 5.1. Variáveis Controláveis ........................................................ 230
5.2. Variáveis Incontroláveis ...................................................... 230
5.3. Marketing-Mix ..................................................................... 230
SISTEMA DE INFORMAÇÃO
6.1. Sistema de Informação de Marketing .................................. 231
6 6.2. Análise do Comportamento de Vendas ................................ 231
6.3. Estudo dos Clientes ............................................................ 231
6.4. Benchmark ......................................................................... 231
PESQUISA DE MERCADO
7.1. Pesquisa Exploratória ......................................................... 232
7 7.2. Pesquisa Descritiva ............................................................ 232
7.3. Pesquisa Causal ................................................................. 232
7.4. Pesquisa de Painel ............................................................. 232
SEGMENTAÇÃO DE MERCADO
8 8.1. Mercado ............................................................................. 232
8.2. Segmento de Mercado ........................................................ 233
SEGMENTOS DE MARKETING
9 9.1. Marketing Direto ................................................................. 233
9.2. Mala Direta ......................................................................... 233
9.3. Telemarketing ..................................................................... 234
MARKETING DIGITAL
10 10.1. A Internet e as Ferramentas Digitais .................................. 234
10.2. Portal IMMO - Rede Imobiliária .......................................... 242
216
Na área empresarial, os empresários do setor devem
estar sintonizados com o conceito de Marketing, isto é,
217
No século VIII, face à invasão islâmica, os europeus se Percebe-se uma relação constante entre consumo e
voltaram para a agricultura, perdendo-se os mercados produção. Isso nos leva a concluir que:
externos. No século X, a atividade comercial é desen-
volvida por pessoas desclassificadas, que são párias PROCESSO DE EVOLUÇÃO DE MARKETING
ou marginais, desrespeitados pelo clero, pela socieda- FASES Características
de. Os comerciantes dessa época consideravam váli-
dos quaisquer expedientes que levassem ao lucro. A Maior Demanda
PRODUÇÃO
partir do século XII começa a aparecer uma nova cama- Menor Oferta
da social, a classe média, dedicando-se ao artesanato.
Maior Oferta
VENDAS
Menor Demanda
Os séculos XV e XVI são caracterizados por processos
de produção com altos-fornos, pelo encontro de novas Conquista do Mercado
rotas para o Oriente, pela descoberta da América e pelo (preocupação em identificar
MARKETING e suprir as necessidades
alargamento dos serviços postais. O mercantilismo, is-
do cliente)
to é, a doutrina econômica que defendia o enriqueci-
Busca de Fidelidade
mento nacional por acúmulo de metais preciosos, mar-
cou os séculos XVII e XVIII. Em 1776, Adam Smith lan-
ça seu livro A Riqueza das Nações, obra fundamental
do pensamento econômico.
218
O desejo humano consiste de necessidades humanas Por outro lado, o comprador concebe outro conjunto de
moldadas pela cultura e pelas características individu- promessas com relação ao seu comprometimento nes-
ais. Uma pessoa nos EUA talvez deseje um hambúr- sa relação. Depois, as promessas têm que ser mantidas
guer, batata frita e refrigerante, enquanto no Brasil, po- por ambas as partes, se quiserem que o relacionamen-
de ser feijão, arroz, bife e batata frita. Os desejos são to perdure e se desenvolva ainda para benefício mútuo
descritos em termos de objetos que satisfaçam neces- das partes envolvidas.
sidades. À medida que uma sociedade evolui, aumen-
tam os desejos de seus membros. l Promessa: é o compromisso do produto ou serviço,
l Demanda: são desejos de produtos específicos apoi- isto é, a benfeitoria principal que ele trará ao consumi-
ados na habilidade e vontade de comprá-los. dor. É Promessa Explícita de um Supermercado di-
l Desejos: tornam-se demanda quando são respalda- zer, por exemplo, que "tem o menor preço da cidade".
dos pelo poder de compra. Enquanto que é Promessa Implícita saber que os
apartamentos da Imobiliária Confiança são os mais
Ao estudar este texto você poderá: valorizados - visto que é o que as pessoas comentam.
l Explicar a importância e a dificuldade de entender o Note que no segundo caso, a empresa não precisou
comportamento do consumidor; incluir o argumento em seu discurso, por isso torna-se
l Identificar diversas teorias de análise psicológica do "implícito". Sabe-se que a promessa está ali, indepen-
comportamento e seus fundamentos; dentemente de qualquer divulgação.
l Explicar fatores básicos que influem no comporta-
mento do consumidor; l Percepção: É o processo pelo qual as pessoas sele-
l Perceber como os conceitos de autoimagem e ima- cionam, organizam e interpretam estímulos e infor-
gem de marca influem no comportamento do consu- mações. Depende não apenas dos estímulos físicos,
midor final: mas também da relação entre os estímulos e a situa-
l Necessidade = Fome ção em que ocorre, bem como das condições indivi-
l Desejo = Hambúrguer duais. Cada pessoa tende a organizar e interpretar
l Demanda = BigMac estímulos de Marketing de acordo com suas necessi-
Os profissionais de Marketing não criam necessidades. dades e experiências específicas e a perceber até
Certamente não. Elas já existem. Os profissionais ape- que ponto cada estímulo é consistente com outras
nas influenciam os desejos, ou seja, sugerem aos con- informações aprendidas ao longo dos anos.
sumidores que um determinado produto poderá satis- l Marketing cria necessidades?
fazer as necessidades de status de uma pessoa. Ten- l Obriga as pessoas comprarem o que não querem?
tam influenciar a demanda, tornando o produto atraen-
te, acessível e fácil de ser encontrado. O processo de percepção gera um conjunto de in-
formações que serão utilizadas, no caso específico
2.3. PRODUTO
do consumidor, para avaliar o produto - denominado
Um produto é qualquer coisa que possa ser oferecida a expectativas. As organizações obtêm sucesso satis-
um mercado para satisfazer uma necessidade ou dese- fazendo ou superando as expectativas do cliente. O
jo. O conceito de produto não está limitado a objetos conceito de promessa e o de troca são elementos
físicos. Qualquer coisa capaz de satisfazer uma neces- igualmente importantes no relacionamento com o cli-
sidade pode ser denominada produto. Além de bens e ente. Promessas sobre trocas que irão ocorrer são
serviços, produtos incluem pessoas, lugares, organiza- dadas mutuamente no relacionamento e essas pro-
ções, atividades e ideias. O consumidor decide qual messas são realizadas e cumpridas, ou não, nos vá-
veículo comprar, os programas de televisão que verá, rios tipos de trocas que ocorrem. A ação de compra
qual o lugar que irá passar as férias, para quais organi- precisa ser explicada, para que os executivos de Mar-
zações assistenciais contribuirá e quais ideias apoiará - keting conheçam os motivos que provocaram a deci-
para o consumidor, todas estas coisas são produtos. são do consumidor de adquirir determinado produto.
2.4. PROMESSA, PERCEPÇÃO E EXPECTATIVA
A área mercadológica precisa conhecer, avaliar e
Ao estabelecer e manter relacionamentos com o clien- equacionar o comportamento do consumidor, ou seja,
te, a organização vendedora concede uma série de pro- deve conhecer as suas atitudes, reações, comporta-
messas com relação aos produtos, serviços, soluções mentos e tornar compatíveis os produtos a serem co-
financeiras, contatos sociais e uma gama de compro- locados no mercado com interesses, desejos e ne-
metimentos futuros. cessidades de quem os compram.
219
Para analisar qualitativamente o comportamento dos
consumidores, o Marketing se vale da psicologia, da
sociologia e da antropologia porque fornecem o refe- “A meta do
rencial teórico-científico que fundamenta a execução marketing é
das análises comportamentais. Esta base teórica é in- conhecer
dispensável ao administrador mercadológico, porque
e entender o
consumidor tão
a maior parte das compras efetuadas pelo consumi-
bem, que o
dor costuma ser influenciada por fatores de ordem psi- produto ou
cológica ou sociológica. serviço se molde
a ele e se venda
Motivos econômicos e demográficos não são suficien- sozinho”
tes para explicar as variações do comportamento in-
dividual. Para elaborar um plano de Marketing ade- Peter Drucker
(1909 - 2005)
quado, a empresa deve ter conhecimento do maior
número possível de informações sobre os consumi-
Chamamos o processo de decisão de Compra aquele
dores, no que diz respeito a motivos, atitudes, interes-
que traz as seguintes etapas:
ses e personalidade, etc.
l Identificação das necessidades;
Analisar qualitativamente o mercado é determinar:
l Busca de informações a respeito do que foi reco-
l o porquê das compras em certo lugar;
nhecido como necessário;
l a aquisição de um produto em detrimento de outro;
l Avaliação das informações coletadas;
l e porque certos estilos ou cores são comprados por
l Decisão de compra com base na melhor alternativa;
um consumidor.
l Avaliação pós-compra e utilização do produto.
220
l Percepção - É o significado, o conceito que é atribuí-
2.5. TEORIAS PSICOLÓGICAS
do à alguma coisa com base em experiências ante-
Os métodos psicológicos, longe de estarem concordes
riores. Um mesmo produto pode ser visto de forma to-
em seus conceitos, fornecem explicações dentro de
talmente diferente por diferentes consumidores.
seus vários enfoques a respeito do comportamento do
l Repetição - A repetição é necessária para a progres-
consumidor como indivíduo, considerando as ações
siva motivação das reações psicológicas e deve ser
que executa para satisfazer seus desejos e necessida-
acompanhada de atenção, interesses e de um obje-
des. A seguir, algumas teorias psicológicas:
tivo para que alcance êxito.
2.5.1. TEORIA DA APRENDIZAGEM l Condicionamento - É outra forma pela qual uma no-
va resposta a um determinado estímulo pode ser de-
Alguns psicólogos, como Pavlov, Skinner e Hull afir-
sencadeada. A reação condicionada deve ser consta-
mam que o aprendizado ou conscientização ocorre à
ntemente reforçada para não perder o seu efeito.
medida em que a pessoa reage a determinado estímu-
l Relacionamento e Organização - A eficiência do
lo, e é recompensada (reforçada) pela satisfação de
uma necessidade pela reação correta, ou punida por processo de aprendizado é aumentada quando o ob-
uma reação errada. A aplicação desta teoria no Marke- jeto a ser adquirido é apresentado em condições am-
ting orienta a ideia de que, ao repetir os mesmos estí- bientais favoráveis. Por isso, as demonstrações de
mulos seguidamente, poder-se-á alcançar o objetivo de produtos são utilizadas para facilitar as decisões do
provocar reações de compra. consumidor.
Outros fatores considerados nesta teoria são o condici- Além das cinco categorias inicialmente estabelecidas,
onamento e o esquema de relação. O condicionamen- Maslow completa com mais duas.
to é uma forma através da qual um estímulo pode de- A hierarquia das necessidades assim é apresentada:
senvolver uma resposta, pela insistência com que ele Estado em que se percebe alguma privação.
aparece. O esquema de relação representa um fator efi- l Necessidades de realização (autorealização);
ciente na aprendizagem, uma vez que o produto é apre- l Necessidades de estima (autorespeito, status);
sentado ao consumidor mediante demonstração em l Necessidades de satisfação estética (beleza);
condições adequadas. Os fundamentos desta teoria l Necessidades de saber e entender;
para efeito da análise do comportamento do consumi- l Necessidades de segurança (integridade física).
dor são, segundo críticas, simplistas, porque seu com- l Necessidades de associação e de amor (afeição);
portamento é afetado também por percepções, atitudes l Necessidades fisiológicas (fome, sede, abrigo).
e experiências.
Pirâmide de Auto
Fatores básicos que influem no aprendizado Maslow realização
segundo Cundiff:
l Motivação; Autoestima
l Percepção;
Necessidades Sociais
l Repetição;
l Condicionamento;
Necessidades de Segurança
l Relacionamento e Organização.
221
2.5.2. TEORIA COGNITIVA Um exemplo de como funciona a análise do comporta-
mento com base nesta teoria é aquele que envolve um
A abordagem cognitiva esclarece que o comportamen- comercial de televisão no qual um homem muito ele-
to é influenciado por fatores, tais como, atitudes, con- gante, de branco, anuncia em tom sério um remédio
vicções e experiências anteriores, que agem sobre a contra dores. Muitos espectadores poderão associar a
predisposição do comportamento. Segundo esta teoria, sua imagem a de um médico e a sua mensagem a um
os processos mentais e o sistema nervoso de um indiví- certificado de que o produto é bom, porque é assim que
duo são muito importantes na formação dos padrões de são vistos na cena, face experiências passadas.
seu comportamento. Nessa teoria, os psicólogos “não
determinam diretamente o comportamento, antes eles 2.5.4. TEORIA PSICANALÍTICA
guiam, modificam, condicionam o comportamento em Esta teoria parte do princípio de que os indivíduos não
relação aos alvos visados, às expectativas, à solução conhecem seu próprio subconsciente e este desconhe-
de problemas e às situações particulares”. cimento justifica a sua incapacidade de articular com
clareza, porque adquirem ou não, determinado produto
Sob este enfoque destaca-se que, quando alguém tem e/ou serviço. Iniciada por Freud a teoria envolve aspec-
que tomar uma decisão, ocorre quase sempre uma in- tos da personalidade. Segundo ela, se algum trauma ou
quietação e dissonância. Isto porque o indivíduo sabe fixação ocorre em qualquer estágio da formação da per-
que toda decisão pode envolver riscos, com vantagens sonalidade, a própria personalidade do indivíduo pode
e desvantagens. Por isso, a ansiedade pré e pós-com- ser afetada e o seu comportamento futuro também.
pra. “A dissonância cognitiva é um estado mental que
leva o indivíduo a tentar reduzir qualquer carência ou Segundo a teoria psicanalítica o indivíduo adquire ca-
deficiência que estabeleça uma analogia associada às racterísticas associadas à fixação em cada estágio de
cognições”. A dissonância representa a ocorrência de sua personalidade. Os psicanalistas veem a personali-
“comportamento que não se ajusta às relações cogniti- dade como o resultado final das forças que atuam den-
vas”. Por cognição se entende o conhecimento, as opi- tro. A psicanálise é considerada uma teoria bastante so-
niões, o posicionamento do indivíduo em seu ambiente fisticada para análise do comportamento do consumi-
interno. dor e da difícil obtenção de resultados. A utilidade desta
teoria é que leva os profissionais de Marketing a com-
O Marketing deve tentar reduzir essa tensão, que pode preensão de “que devem” proporcionar ao comprador
afetar o consumidor, através do fornecimento do maior uma racionalização socialmente aceitável no ato de
número e formas possíveis de informações sobre o pro- comprar. No entanto, também podem apelar para seus
duto. Isso pode ser realizado através do fornecimento sonhos, anseios, esperanças e temores. Sem dúvida, a
de material informativo, manuais, catálogos, folhetos. personalidade do indivíduo é a composição de traços in-
Por meio da ação pessoal dos revendedores com ternos e externos, que determinam suas reações de
explicações e demonstrações, de forma a diminuir a comportamentos. O Marketing está convicto de que a
incerteza do consumidor na tomada de decisão. personalidade influi nas decisões de compra.
2.5.3. TEORIA GESTÁLTICA
Outro fator influente que deve ser considerado na aná-
Os psicólogos afirmam que o estudo e o comporta- lise do comportamento do consumidor, sob o enfoque
mento têm que ser interpretados como um processo psicológico, é o da imagem. É importante, por exemplo,
global. É bastante semelhante ao método de estudo o conceito de autoimagem, que “é uma forma da pes-
cognitivo, quando considera a percepção, as experiên- soa se ver a si própria e, ao mesmo tempo, é o jeito de
cias anteriores e a orientação à meta como elementos imaginar como os outros a veem”. Estudos têm indica-
básicos de análise do comportamento. Define-se per- do que as pessoas dão preferência às marcas e produ-
cepção “como a importância que damos, segundo nos- tos compatíveis com a sua imagem pessoal. Outro tipo
sas experiências anteriores, aos estímulos recebidos de imagem a ser considerado é o que envolve impres-
através dos cinco sentidos”. Segundo a teoria gestáltica sões do consumidor em relação à determinada marca
o indivíduo percebe e reage a estímulos com base em de produto. Esta imagem pode ser formada pela experi-
suas experiências. A teoria de campo é um refinamento ência pessoal em relação à marca do produto, por infor-
da teoria gestáltica. Afirma que é o campo psíquico o mações de pessoas que já tenham tido experiências e
responsável pelo comportamento de uma pessoa em que as tenham repassado, ou pela própria atuação do
um dado momento. Por campo, considera o ambiente esforço promocional da organização. A imagem é, por-
que cerca o indivíduo e os fatos no momento em que tanto, um conjunto de percepções que se tem sobre um
seu comportamento ocorrer. produto ou organização.
222
Fatores sócioculturais que influem no l Desejo de Conformismo - Existe uma forte orien-
comportamento do Consumidor. tação das pessoas em aceitar o consumo de produtos
idênticos aos adquiridos por outros consumidores.
Os profissionais de Marketing, além de considerar fato-
res psicológicos e econômicos, recorrem às ciências l Mais Tempo de Lazer - Antiga aspiração trabalhista,
sociais para, através da análise das questões culturais a redução da jornada de trabalho trará considerável
e de relações interpessoais, ampliar o conhecimento do influência ao consumo. Mais tempo livre implica em: o
consumidor. O ponto básico da análise sociocultural é que, como e onde as pessoas compram. O grande
que as atitudes e o comportamento do consumidor so- tráfego de pessoas em centros comerciais, calçadões
frem influências da cultura, classe social e grupos de re- e Shopping Centers, são exemplos bem atuais.
ferência. Estas influências podem ou não ser reconhe-
cidas conscientemente pelo consumidor final. l A Importância do Tempo - A vida acelerada nas áre-
as urbanas traz mudanças nos padrões de compra e
l Cultura - Grande parte do comportamento humano é abre amplas possibilidades para a prestação de servi-
determinada pela cultura. Aliás, são as influências ços. É grande a tendência do consumo de produtos
culturais as que têm maior duração. Cultura pode ser descartáveis e de rápido preparo.
definida como sendo um complexo de símbolos e dis-
positivos criados pelo homem e transferidos de gera- l Desejo de Comodidade - A importância cada vez
ção em geração, como fatores determinantes do mais significativa dada ao tempo e a consequência de
comportamento humano, numa determinada socie- um maior poder de compra do consumidor, têm con-
dade. Os símbolos podem ser intangíveis (não po- duzido a diferentes tipos de comodidade:
l Forma - Os produtos devem ser ofertados em gran-
dem ser tocados): atitudes, ideias, crenças, valores,
linguagem, religião; ou tangíveis (podem ser toca- de variedade de formas;
l Quantidade de Unidades - Os produtos devem ser
dos): obras de arte, ferramentas, habitação, produ-
produzidos em diversos tamanhos e quantidades;
tos. Os padrões culturais mudam com o tempo e os
l Tempo - Os produtos devem ser colocados à dispo-
antigos dão lugar a novas influências culturais.
sição do consumidor na hora em que são exigidos;
l Local - Os consumidores devem ter oportunidades
“O homem tende a assimilar os costumes de sua cul-
de realizar suas compras em locais os mais conve-
tura e a acreditar em sua correção absoluta até que
nientes possíveis;
apareçam elementos divergentes dentro de sua pró-
l Embalagens - Deve ser fácil de identificar e facilitar
pria cultura ou até que ele se defronte com membros
sua manipulação;
de outra cultura”. A área mercadológica deve estar
l Combinação- Oferecer produtos combinados;
alerta para os padrões culturais em evolução, de for-
l Automatização - A tecnologia deve ser aplicada;
ma a constantemente adaptar seus planos para
l Crédito - O consumidor deseja a popularização do
acompanhar as mudanças culturais e, quando possí-
crédito, porque deseja comprar mais no presente e
vel, antecipar-se a elas. Algumas mudanças culturais
pagar com renda futura;
têm repercutido consideravelmente no Marketing mo-
l Escolha - Os produtos devem ser ofertados a pre-
derno, segundo Stanton:
ços convenientes, variedade de cores e materiais;
l Facilidade - Os consumidores exigem que os pro-
l O Novo Papel das Mulheres - Em proporção maior
dutos sejam fáceis de consumir ou usar;
nos países desenvolvidos, as novas posições assu-
l Gostos apurados e o desejo de ser elegante - O
midas pela mulher na sociedade representam desa- apuro nos hábitos de compra têm sua base no au-
fios para o Marketing. A participação crescente da mento da renda e nas forças sociais (educação e in-
mulher no mercado de trabalho e a fuga dos padrões fluências dos meios de comunicação).
estereotipados das funções do homem e da mulher, l Preocupação com o Meio Ambiente - É impor-
têm motivado mudanças no comportamento de com- tante que profissionais que trabalham com Marke-
pra nas sociedades modernas. ting lembrem-se das questões socioambientais. A
preservação da natureza é urgente e dita novos há-
l Compras por Impulso - Com o passar dos anos as bitos - tanto da parte de empresas quanto de consu-
compras realizadas sem planejamento têm aumen- midores..
tado. Isto não se deve apenas ao aumento de renda, l Classes Sociais - A classe social é outro fator so-
como também são fundamentais no método de com- ciocultural que é determinante de certos comporta-
pra “self-service”, autoserviço no varejo. mentos do consumidor.
223
O comportamento de uma pessoa, às vezes, é mais in-
fluenciado pela classe a que pertence do que pela sua
renda. Existem diferenças substanciais entre as clas-
ses quanto aos seus hábitos de compra, as lojas que
frequentam, os produtos e marcas que preferem. Exis-
UNIDADE 3
tem também diferenças psicológicas de largo alcance
entre as classes, pois não têm a mesma mentalidade e
reagem de modo diverso a certas estratégias mercado- MARKETING x VENDAS
lógicas. O conceito de classe social é útil na interpreta-
ção do comportamento, quando são entendidas as su- INTRODUÇÃO
as limitações. Para Stanton, a classe social só é rele-
A leitura desta Unidade é importante que você consiga:
vante para o Marketing até o ponto em que está relacio-
l Diferenciar Marketing de Vendas;
nada às questões de renda familiar.
l Identificar as fases do Marketing.
224
3.2. DEMANDA, POTENCIAL E PREVISÃO
Isto significa que a demanda jamais atinge o volume 4.1. O COMPOSTO DE MARKETING
máximo projetado para o potencial de mercado e, ape- Composto de Marketing (ou Marketing-Mix):
nas teoricamente, a curva de demanda encontra poten- lProduto;
cial de mercado no infinito. A demanda para um produto lPreço;
ou serviço é o objetivo do esforço de marketing, uma lPraça;
vez que o marketing não cria demanda, apenas a esti- lPropaganda (Promoção).
mula a partir de necessidades latentes, identificadas no
consumidor-alvo. O potencial de mercado, ao contrário Esta organização enquanto áreas foi proposta pela pri-
da demanda, considera não apenas as pessoas que meira vez pelo autor americano McCarthy e é conheci-
efetivamente consomem determinado produto ou ser- da como a estratégia dos 4 “pês”:
viço, mas todos os compradores potenciais existentes,
Products - Price - Place - Promotion
independentemente de estarem ou não consumindo
Alguns autores brasileiros propuseram a tradução dos
naquele momento o produto ou serviço.
termos, mantendo em português os 4 “pês”:
Produto - Preço - Praça - Promoção
Embora seja uma diferença sutil, ela existe e é funda-
Porém, distribuição é um termo mais abrangente, que
mental para a compreensão das duas conceituações.
engloba não somente o ponto de vendas ou praça, mas
Na prática, as pessoas acabam por confundir os dois
também o transporte e o armazenamento dos produtos;
conceitos. Há diversos métodos para se calcular o po-
assim como comunicação tem um significado mais am-
tencial de mercado. A primeira diferenciação básica é
plo que apenas promoção.
entre produtos industriais e produtos de consumo. O
potencial de mercado para produtos de consumo é ba- 4.2. O PRODUTO
seado no tripé gente (consumidores existentes), com
renda (dinheiro) e disposição para gastar (para efetiva- De um ponto de vista amplo, produto é tudo aquilo que a
mente consumirem o produto). Há métodos que levam empresa desenvolve e comercializa. Dentro de uma vi-
em conta o censo, dados setoriais e levantamentos. O são geral, produto é o bem ou serviço utilizado para a
potencial de mercado para produtos industriais é ba- satisfação da necessidade de um cliente, mediante pro-
seado nos métodos de registros estatísticos da empre- cesso de troca. Produtos e serviços são apenas instru-
sa e em métodos dos dados setoriais, relativos aos seg- mentos para satisfazer a necessidade e desejo do con-
mentos de mercado em que a empresa atua. sumidor. O produto pode ser tangível, concreto, como
uma caneta, automóvel, geladeira, ou intangível, em
CURVA DE DEMANDA forma de prestação de serviços: educação, consultoria,
DE MERCADO POR PERÍODO DE TEMPO
seguro, bancos, etc.
Todo produto tem características específicas que o per-
Potencial de Mercado
sonalizam: o design fixa seu estilo; a embalagem pode
conter e conservar o produto, mas, sobretudo, identifi-
Demanda atual
ca-o. O rótulo, fornece informações tais como compo-
sição e utilização. Também identificam o produto: a cor -
XH que diferencia e atrai a atenção para o produto; a marca
que apresenta o produto; e o logotipo - que é a repre-
Esforço de Marketing total ramo de atividades
sentação gráfica da marca.
225
l Características específicas do Produto: O que importa são os benefícios.
l Design; Veja alguns exemplos:
l Embalagem; l Casa:
l Rótulo; l Atributos: localização, tamanho, estilo, construção.
l Cor; l Benefícios: conforto, status, segurança.
l Marca; l Cosmético:
l Logotipo; l Atributos: química, volume, desing.
l Logomarca. l Benefícios: beleza, esperança.
l Automóvel:
Do ponto de vista mercadológico você não vende pro- l Atributos: potência, design, tecnologia.
dutos. Vende benefícios. Você incorpora à venda de l Benefícios: status, poder, agilidade.
tinguimos mais dois pontos associados aos produtos: l Benefícios: ganhos financeiros, diferenciais.
Exemplo: automóvel - status, estilo, velocidade, sen- l Benefícios: liberdade, glamour, facilidade.
PR
EÇ
ÇA
TO
O
D
O
G
PR
A
N
D
226
l Slogan - Crie um slogan para a sua marca. Ele vai
CICLO DE VIDA DO PRODUTO
ajudar o cliente a se lembrar do que você faz ou como
você faz, ou dos benefícios que ele espera. Procure o
auxílio de um profissional de uma agência de propa- Ve
n da
s
ganda. ilid
ad
e
n tab
Re
nto
to
de
ão
me
en
nio
ida
aç
i
olv
cim
clí
tur
tur
nv
De
Sa
es
Ma
se
Cr
Logotipo
De
l É a representação mais aceita pelo mercado publici- Maior Maior eficácia Maior eficácia
eficácia de Propaganda de Promoção e Vendas
227
4.3. O PREÇO Portanto, a função de determinar preço é complexa,
com características distintas. Critérios e objetivos de-
l A determinação de preço de um produto leva em
terminantes do preço decorrem da estratégia mercado-
conta não somente o custo de sua produção, mas
lógica da empresa e dos critérios de pressão que deseja
também a demanda, o preço da concorrência, a polí-
adotar.
tica vigente, até mesmo o status que se quer dar a PREÇO
ele. É a valorização aplicada a determinado bem ou
serviço, tendo como retaguarda para a sua constitui- PROCURA OFERTA
ção algumas variáveis, abaixo assinaladas: STATUS
PRETENDIDO
l Custo de produção; CUSTOS DE PODER
PRODUÇÃO AQUISITIVO
l Comissões de força de vendas;
l Concorrência; PREÇO MARGEM
COMUNICAÇÃO CONCORRÊNCIA DE LUCRO
l Eventual controle governamental de preços;
l Fretes;
l Margem de lucro; 4.4. A PRAÇA
l Poder aquisitivo dos clientes;
Como já vimos, a praça/distribuição é algo mais que o
l Situação econômica do país.
ponto de venda. Desde a produção até a chegada ao
cliente, várias etapas são percorridas. Um iogurte, por
l Preço Psicológico - Valor ímpar traz a ideia de que o
exemplo, é produzido, transportado até o mercado on-
produto é barato. Exemplo: de R$ 500,00 por R$ de será exposto em prateleiras refrigeradas e só então
499,00. A diminuição de dígitos proporciona a mesma será vendido. Os produtos em geral também recebem
ideia (ser um item acessível ou barato). Exemplo: esse tratamento. Cuidados com o tipo de transporte e
utilizar R$ 999,00 a R$ 1.000,00. sua maior eficácia, armazenamento e exposição de
produtos são levados em consideração. As decisões lo-
l Preço Limite ou com Base no Valor Percebido - gísticas referem-se às análises de custos e organiza-
Um cliente se dirige a uma loja com o valor do produto ções de distribuição. A logística reúne itens como trans-
que deseja comprar em sua mente (valor máximo de porte, movimento de materiais, estocagem, localização
aceitação). Caso encontre o tal produto com preço de fábricas, depósitos e decisões de comunicação.
superior, a venda poderá não ser efetivada. Como é
um conceito sobre preço, apresentado daquele que l Tipos de Distribuição - Com as novas tecnologias
compra para aquele que vende (sentido inverso), a de comunicação surgem novos Canais de Distribui-
este último são muitas vezes exigidas margens de ção, tais como:
negociação, as quais procuram satisfazer clientes, l Internet;
sem haver prejuízo na operação comercial. l Televisão;
l Rádio;
l Preço Promocional - São os chamados preços in- l Telefone;
centivados. Exemplos: Leve 3 e pague 1; três paga- l Correios.
mentos sem juros; de R$ 50,00 por apenas R$ 30,00. A indústria vai vender e entregar diretamente ao cli-
ente seus produtos, com uma velocidade incrível. Ao
l Preço de Venda - É o valor estipulado para um pro- mesmo tempo em que esses novos canais são uma
duto, considerando para sua constituição o citado an- ameaça no varejo, apresentam em contrapartida,
teriormente. Exemplo: De R$ 50,00 por R$ 30,00. oportunidades de negócio imediato. Entre todas as
decisões de Marketing, contudo, o da fixação dos pre-
l Preço Legal - É aquele estabelecido através de ta- ços é mais fortemente condicionada pelas ações
belamento e controles governamentais, através de competitivas. Desenvolva programas de telemarke-
agentes especializados como o CIP (Comissão Inter- ting para manter contato direto e constante com seus
ministerial de Preços). Exemplo: Remédios. clientes.
O mercado precisa conhecer o seu produto e serviço,
Otimizar Custos: O negócio é gastar menos e melhor, deve ser persuadido a buscar mais informações dele
evitando-se desperdícios, atrasos, paradas, quebras no ponto de venda. Quanto melhor for o seu merchan-
desnecessárias, baixa produtividade, desânimo, etc. dising, ou seja, quanto mais adaptado estiver o seu
Os preços trazem consequências muito importantes produto às necessidades e desejos do mercado, mais
para as operações de comercialização. atenção do cliente a sua comunicação terá.
228
TIPOS DE DISTRIBUIÇÃO TIPOS DE PROPAGANDA
229
O Ambiente de Marketing
UNIDADE 5 l Marketing
l
l
l
Produto
Preço
Praça
l Propaganda
O AMBIENTE DE MARKETING
INTRODUÇÃO
l Empresa
A leitura deste texto dará a você condições de identificar l Finanças
as variáveis mercadológicas. Mostrar quais são as va- l Produção
l Recursos Humanos
riáveis controladas pela empresa e quais as que não l Suprimentos
são possíveis de controlar. Toda empresa é um sistema
que influencia o ambiente onde opera e também sofre
influência desse mesmo ambiente. Essas “influências”
exercidas e sofridas provocam significativas alterações
de mercado e são chamadas variáveis. l Microambiente
l Cliente
l Concorrente
5.1. VARIÁVEIS
5.1. VARIÁVEIS
CONTROLÁVEIS
CONTROLÁVEIS l Fornecedor
Algumas variáveis são controladas pelas empresas.
São os elementos do Composto de Marketing, já vistos
anteriormente (produto, preço, distribuição e comuni-
cação). l Macroeconomia
l Tecnologia
l Legislação
O
PR
EÇ
l Economia
A
PR
ÇA
l Cultura
COMPOSTO
COMPOSTO DE MARKETING DE l Política
MARKETING - MIX MARKETING
l Social
PR
TO
O
U
PA
D
O
G
PR
A
N
D
A
230
6.2. ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DE VENDAS
Nota:
O SIM deve estar integrado a um banco de dados atu- Considere todas as áreas acima interligadas
alizado periodicamente, contendo as vendas efetua- OUTRAS entre si e realizando troca de informações
sobre vendas e clientes
das aos clientes, os efeitos das promoções, os infor-
mes sobre os clientes, os dados sobre o ambiente da Na atividade comercial e industrial o SIM se reveste de
empresa e sua concorrência. Nesse sentido, podemos muita importância, na medida em que as informações a
definir Sistema de Informações de Marketing como um respeito das vendas e do perfil dos clientes podem ser
complexo de relações estruturadas, onde intervêm ho- rapidamente acessadas, permitindo decisões mais efi-
mens, máquinas e procedimentos, e que tem por objeti- cazes.
vo gerar um fluxo ordenado de informações pertinen-
6.4. BENCHMARK
tes, provenientes de forças internas e externas à em-
presa, destinadas a servir de base às decisões de Mar- Benchmark nada mais é do que estudar a fundo os
keting. concorrentes de êxito e procurar identificar o que fize-
ram e o que fazem para obter sucesso, de acordo com
S. I. M. as características de cada negócio, por exemplo: foco
no negócio; ponto comercial; composição do mix de
produtos; seleção e treinamento de pessoal; higiene e
P HOMEM HOMEM
R limpeza; disponibilidade de crédito; rapidez na imple-
D O mentação das decisões políticas de crédito, etc. No Ja-
C
E E pão eles têm a palavra “dantotsu” que significa lutar pa-
C D ra tornar-se o “melhor do melhor”, com base num pro-
I I HOMEM HOMEM
M cesso de alto aprimoramento que consiste em procu-
S E
à N
rar, encontrar e superar os pontos dos concorrentes. Ao
O T contrário do que algumas pessoas pensam “bench-
O
S HOMEM HOMEM
marking” não é espionagem, copiar um processo ou
serviço, rápido e fácil de realizar e nem um modismo pa-
ra se administrar melhor.
231
7.3. PESQUISA CAUSAL
232
8.2. SEGMENTO DE MERCADO PRINCIPAIS VARIÁVEIS DE SEGMENTAÇÃO
A segmentação de mercado é o processo de identificar l Geográfica:
compradores com diferentes desejos ou necessidades l Região;
e agrupá-los de acordo com a finalidade que têm entre l Parte da cidade ou região metropolitana;
si. É a divisão do mercado em segmentos compostos de l Densidade;
clientes com características homogêneas. Conjunto ho- l Área.
mogêneo de clientes em um dado mercado é especifi- l Psicográfica:
cado a partir de critério preestabelecido. l Estilo de vida;
Não só no mercado de carros, mas todo e qualquer l Personalidade;
mercado geral se divide em submercados menores, l Valores; Status; Cultura.
mais homogêneos e distintos entre si, chamados seg- l Demográfica:
mentos. Um segmento de mercado é um grupo de indi- l Idade; tamanho e ciclo de vida familiar;
víduos com características comuns como clientes. l Sexo e renda;
Escolher um segmento, num determinado mercado, l Ocupação e grau de instrução;
significa determinar qual parcela se pretende atingir e l Religião, nacionalidade e classe social.
que critérios serão utilizados para chegarmos aos seus l Comportamental:
clientes. Selecionamos um segmento como nosso mer- l Ocasiões; Benefícios; Status;
cado-alvo por dois motivos principais: maior eficiência, l Índice de utilização; Fidelidade;
pois num mercado homogêneo temos mais facilidade
l Estágio de prontidão;
de comunicação e custos menores.
l Atitude em relação ao produto.
233
9.3. TELEMARKETING Observe que a necessidade de se adquirir senso de hu-
mor, citada no manifesto, é uma das habilidades que
Através do uso padronizado da ação telefônica, vende-
são imprescindíveis no atual cenário devido à intimida-
mos produtos, serviços e a imagem da empresa. O tele-
de e proximidade que esse novo ambiente traz entre
marketing pode ser receptivo (recebemos ligações dos
consumidor e empresa.
clientes) ou transmissivo (fazemos ligações). A base do
telemarketing é a elaboração de um script, ou seja, de
Honestidade, transparência, credibilidade,
um guia de conversação telefônica, que preveja as pos- comprometimento ético e social e ambiental
síveis objeções dos clientes e modos de superá-las. estão na linha de frente neste
novo contexto do marketing.
A conversa deixa de ser um improviso e dá ao vendedor
a preparação adequada para a venda. O sucesso des- Enquanto há alguns anos se utilizava um composto de
sa técnica também depende de uma boa listagem. O marketing baseado em tecnologias tradicionais, hoje
script é fundamental e deve conter todas as objeções e qualquer um dos 04 P's pode ser digital ou tradicional.
saías, orientando para o fechamento da venda. Hoje produtos digitais como um arquivo de e-book, uma
música mp3 ou um software (como os aplicativos de
iPhone); os Linden Dollars do Second Life são conside-
10
rados um dos compostos, neste caso, o preço digital.
UNIDADE
MARKETING DIGITAL
10.1. A INTERNET
234
GOOGLE E AS PALAVRAS-CHAVE O Google se tornou um site diversificado que acabou
criando um universo próprio com termos relacionados
A publicidade exerce o papel de auxiliar o consumidor a
aos serviços que oferece. Você percebe isto quando
perceber o valor e qualidade de uma marca, produto ou
realiza uma pesquisa no Google e digita as palavras na
serviço. A comunicação publicitária pode ser utilizada
pesquisa que chamamos de palavra-chave. O resulta-
na construção do conhecimento do nome da marca, na
do desta busca é chamado de busca orgânica ao passo
percepção de suas qualidades, na formação de asso-
que os anúncios pagos que aparecem juntos a essa
ciações e até mesmo, na fidelidade dos consumidores.
busca são chamados de links patrocinados. Os links pa-
Segundo o autor, todas essas formas contribuem para a
trocinados são gerenciados por intermédio de uma fer-
construção da imagem da marca pelo fato do seu alto
ramenta chamada Google AdWords, que permite criar
poder de penetração e convencimento que a mídia
campanhas promocionais desenvolvendo anúncios
exerce hoje junto aos clientes. (PINHO, 1996, p.136).
através de textos relacionadas a palavras-chave.
Hoje podemos creditar às marcas outras funções:
l concorrencial;
l identificadora;
l individualizadora;
l revelação;
l diferenciação;
E-COMMERCE
l publicitária e de diferenciação no âmbito da própria
empresa. E-commerce ou Comércio Eletrônico.
Aqui iremos abordar o conceito do E-Commerce e a sua
Essas funções são conceituadas da seguinte forma: evolução e, por fim, daremos sugestões de como fazer
l Função concorrencial: as marcas que assinalam os desta plataforma um negócio que renda lucros e traga
produtos concorrem diretamente entre si; visibilidade para marcas e produtos. Contextualizando
l Função identificadora: ao assinalar os produtos e o E-commerce a internet vem evoluindo e o ambiente
serviços, as marcas os identificam individualmente; digital passou a ser visto pelas corporações como um
l Função individualizadora: o produto marcado e solo fértil a ser explorado imprimindo uma maior agili-
identificado torna-se um bem individualizado e único dade nos negócios. Assim, essa preocupação se esten-
perante um conjunto de bens e marcas diferentes; deu para uma evolução que segundo Sandra TURCHI
l Função de descobrimento ou revelação: depois de (p. 16, 2012) afirma “na década de 1980, as grandes
um produto novo ser lançado no mercado, a marca é corporações, principalmente dos setores industrial e
que vai revelar a sua existência ao consumidor. E ao varejista, já realizavam transações comerciais pela via
comprar o bem, o consumidor descobre o produto eletrônica, com uso de tecnologias específicas.”
que a marca assinala;
l Função de diferenciação: por meio de uma marca o No final dos anos 1990 e início de 2000, com a evolução
produto torna-se diferenciado na sua categoria. da internet e recursos de segurança as operações co-
meçaram a ser feitas pela web, e que o potencial ofere-
O grande desafio é descobrir a palavra que está direta- cido pela internet levou as empresas a pensar mais am-
mente relacionada ao seu serviço, produto ou conteú- plamente incluindo estratégias de E-business em seus
do, ou seja, não basta apenas escolher o termo que pa- planejamentos de marketing. Sendo o E-business um
rece ser o mais pesquisado, pois este pode não refletir a conceito abrangente que se refere a uma fusão com-
ideia central da página do site que está sendo otimiza- plexa dos processos internos, aplicações empresariais
do. E para descobrir quais termos geram mais resulta- e estrutura organizacional, com apoio da tecnologia cri-
dos ou serão mais eficientes, se faz necessário enten- ando um modelo de negócios de grande desempenho.
der primeiramente que produto ou serviço a empresa Assim lançava-se o E-commerce que são as operações
oferece, quais são os concorrentes, como estes se rela- de compra e venda de serviços e produtos pela internet,
cionam com seus consumidores e a partir desta análise, que hoje estende as suas ações para outros processos
pesquisar quais palavras geram retorno. Como se pode virtuais como, por exemplo: M-commerce (comércio por
ver, a publicidade tem um papel importante na constru- meio de dispositivos móveis), o T-commerce (comércio
ção da marca como em todo o processo de divulgação, por meio da televisão), o social commerce (comércio via
posicionamento de mercado, vendas e até na própria redes sociais) e finalmente o F-commerce comércio
sustentabilidade da empresa. feito pelo Facebook.
235
OTIMIZAÇÃO DO E-COMMECE MÍDIA SOCIAL E REDES SOCIAIS
A mídia social diz respeito a comportamentos, práticas
e atividades entre as pessoas que se reúnem na inter-
net para trocar conhecimentos, informações e opiniões
usando meios para conversarem. Neste caso, seriam
aplicativos baseados na web que permitem criar e
transmitir de maneira fácil o conteúdo (assuntos) em
palavras, imagens, áudios e vídeos. Estas palavras,
imagens, vídeos e áudios podem inspirar, informar, esti-
mular e influenciar as pessoas que gostam de saber so-
bre o lado bom, o lado mau e o lado feio de pessoas, di-
gamos assim. Como já citado, o que mudou foi a manei-
ra que as pessoas interagem, bem como, a rapidez que
Sugestões para otimização do E-commerce: as informações chegam a lugares distantes e remotos
l É indispensável que ao desenvolver um plano de ne- que em tempos atrás não era possível ocorrer com tan-
gócios se contemple as estratégias operacional, es- ta facilidade e velocidade.
trutural e mercadológica.
l No aspecto logístico devem-se observar as práticas No passado, os vizinhos e colegas de trabalho se en-
de gestão de estoque, como é feita a entrega e devo- contrariam para comentar e compartilhar o que viram ao
lução de produtos. ler no jornal pela manhã ou no telejornal da noite, mes-
l Usar a tecnologia buscando processos de melhor de- mo quando o que se conversava assumia proporções
sempenho de sistemas que envolvam a segurança da extremas de vida ou morte, ou uma simples promoção
loja, seja ela física ou virtual. de uma loja local. Seja lá o que fosse as pessoas se
l Atentar-se a mensuração e análise de dados mobili- viam, se ouviam e se respondiam. Para a perspectiva
zando a equipe para este trabalho, podendo ser feita de negócios, a mídia social significa a possibilidade de
de hora em hora ou por um tempo determinado pela conversas, de interação com marcas, produtos e servi-
empresa. ços, gerando rentabilidade e até mesmo a sustentabili-
l Criação de lojas virtuais que não necessitam de espa- dade das empresas.
ço físico, diminui-se custos, ficam abertas 24 horas
por dia, podem oferecer serviços e produtos persona- Sendo assim, pontuamos três pontos importantes que
lizados, além de se complementar a rede de lojas já poderão auxiliar nas estratégias de comunicação para
existentes ou somente no ambiente virtual. as mídias sociais, segundo Lon SAFKO e David K.
l Adicionar um blog para o E-commerce da empresa é BRAKE (p.3, 2010). que são:
também uma maneira eficiente para atrair e aumentar l Mídia Social é puramente possibilitar conversas;
o fluxo de visitas (tráfego) em uma loja virtual, sendo l Nem sempre podem controlar as conversas, mas os
que as possibilidades de SEO (ações para otimizar os participantes podem influenciá-la;
sites nos resultados alcançados dentro dos mecanis- l A influência é o alicerce sobre o qual todas as rela-
mos de buscas na internet) são maiores que em pági- ções economicamente viáveis são construídas.
nas que se detêm a descrição de produtos.
l Saber o que vai ser escrito para colocar em um site Por ser ainda, para muitos, um novo campo a ser explo-
(página), se faz necessário, para apresentar conteú- rado e que nem todos compreendem de que maneira
dos convincentes e provocadores que estimulem o estas ferramentas e plataformas poderão influenciar
acesso das pessoas. nos negócios, as pessoas tendem a evitá-la ou temê-la.
Para isso se deve ficar atento para algumas regras Primeiramente é importante estar aberto para este novo
básicas como: olhar digital e mundo virtual e estar em constante atuali-
l identificar o público-alvo; zação, pois da mesma maneira que um aplicativo para
l fazer uma análise demográfica da loja virtual; celular é desenvolvido e explorado nas estratégias de
l estudar os detalhes da clientela; marketing, daqui a pouco este aplicativo poderá se tor-
l observar quais produtos essa clientela mais com- nar obsoleto. Vivenciamos isto quando adquirimos um
pra, além de perceber o estilo de vida desses clien- equipamento novo de computador de última geração,
tes, o que fazem, o que gostam e o que a marca re- por exemplo, e daqui a pouco logo surgem novos mode-
presenta para eles. los, com tecnologias mais avançadas.
236
O que se deve ter em mente é que a mídia social redefi- No entanto, através da utilização de ferramentas de
ne a maneira como as pessoas interagem, vivem e se mídia social e das redes sociais, esse número cresceu
comunicam com marcas e fazem negócios. Nas mídias para, talvez, centenas. “E pela ligação de sua rede a ca-
sociais não há nem controle, pois o próprio consumidor da uma das suas redes de seus contatos, o número efe-
é que produz a informação e julga o que vale a pena ser tivo utilizáveis pode atingir a casa dos milhões.”
lido e divulgado.
Diante a uma infinidade de sites de redes sociais e al-
Ou seja, é o próprio consumidor que forma conceitos, guns bastante populares no mundo, citamos o Orkut tão
opina, critica, sugere o que deve ser obtido ou consu- aclamado no início de 2004. O Orkut conseguiu se esta-
mido. A essência das mídias sociais se dá no relaciona- belecer e se manter na internet por certo tempo, até que
mento criado pelo compartilhamento coletivo de con- veio a “avalanche” do Facebook e vem desafiando os
teúdo. TORRES (2009 p.113) “refere-se às mídias so- profissionais de marketing digital a ”decifrar” a lingua-
ciais como o conjunto de todos os tipos e formas de gem e de que maneira este deverá ser utilizado para se
mídias colaborativas.”. comunicar com consumidores.
Nessa classificação cabem muitos dos sites de armaze- A autora Martha Gabriel (p. 85, 86, 2010) justifica que
namento multimídia, como YouTube e Flickr, Wikipedia, não é mais novidade para o Brasil a crescente propa-
Twitter, os blogs, os sites colaborativos, como o Delici- gação das redes sociais e que elas têm impactado o
ous e o Digg, e os sites de relacionamento, como Orkut, comportamento das pessoas.
Facebook e MySpace. O mesmo autor considera as re-
des sociais como parte das mídias sociais, já que elas Desde o surgimento até a atualidade a estudiosa lança
também produzem conteúdo que é consumido e com- alguns dados a esse respeito:
partilhado na internet. l Mais de 50% da população mundial tem menos de 30
anos de idade e 96% desse público usa redes sociais;
l O uso das redes sociais superou a pornografia como
REDES SOCIAIS
atividade mais popular na web;
l Anos necessários para alcançar 50 milhões de usuá-
rios: rádio (38 anos); TV (13 anos); internet (4 anos);
iPod (3 anos);
l O Facebook adicionou mais de 200 milhões de usuá-
rios em menos de 1 ano;
l Os aplicativos de IPhone alcançaram a marca de 1 bi-
lhão em 9 meses;
l 80% por cento das empresas usam mídias sociais pa-
ra contratação e 95% delas, o Linkedin;
l O segundo maior buscador do mundo é o YouTube. A
Wikipédia tem mais de 15 milhões de artigos. Estudos
mostram que são mais precisos do que a Enciclopé-
As redes sociais permitem compartilhar informações dia Britânica e 78% deles não são em inglês;
sobre uma pessoa e sobre os interesses que ela tem l Existem mais de 200 milhões de blogs. 25% dos re-
com amigos, familiares, colegas de profissão. A maioria sultados de busca para 20 maiores marcas do mundo
delas permite que o internauta crie um perfil e coloque são links para conteúdos gerados pelos usuários
conteúdo seja texto, vídeo, áudio, fotos ou crie links pa- (UGC – User Generated Content);
ra as coisas que correspondam às áreas de seu interes- l 34% dos blogs postam opiniões sobre produtos;
se ou de especialização. l 78% dos consumidores confiam nas recomendações
de amigos sociais, enquanto apenas 14% confiam em
É muito comum que uma pessoa que tenha perfil no propaganda. Já, 24 entre cada 25 dos grandes jornais
Facebook também tenha conta no Twittwer e no Lin- do mundo estão experimentando taxas recorde de di-
kedin, este último voltado para rede de negócios. O ta- minuição da circulação.
manho de uma rede social típica é limitado a cerca de
cento e cinquenta membros, devido aos limites possí-
veis na capacidade do canal de comunicação humana.
237
INFLUÊNCIA DAS REDES SOCIAIS “Se você vende móvel, mostre aos usuários como com-
binar a mesa com o papel de parede, qual o melhor tipo
A influência das redes sociais no dia a dia do brasileiro. de madeira para ambientes à beira-mar ou diga qual a
As redes sociais promoveram mudanças no comporta- altura ideal da mesa para a altura de cada um ou de ca-
mento da sociedade, atualmente, todos estão conecta- da cadeira.” (ADOLPHO p.504, 2011).
dos e buscando atualizações de conteúdo a toda hora.
As marcas, com a internet, passam a ser provedoras de
Desde o momento em que acordamos, estamos com conteúdo e não mais somente criadoras de meios para
nossos smartphones ligados olhando as últimas novi- gerar identificação com estilos de vida desejados pelos
dades de nossos amigos no Facebook, verificando atu- consumidores. Passam a ser coprodutoras de relacio-
alizações de notícias no Twitter, vendo fotos no Insta- namento com o seu mercado.
gram ou analisando as últimas recomendações de ami-
gos sobre um restaurante no Foursquare. Um site que tenha valor e relevância para o usuário, cria
uma percepção de qualidade, competência, credibili-
l Não temos mais que ir atrás das informações. dade, proximidade e vários outros sentimentos neces-
As informações vêm até nós por meio de diversas redes sários para a captação e a fidelização de um consumi-
sociais. Além do aspecto social, o profissional também dor. Deve-se lembrar que o consumidor quer ler um
está presente, diversas pessoas procuram empregos conteúdo que seja de interesse para a vida dele, não
em grupos do Facebook ou no Twitter, sem contar o Lin- promoções, descrições de produto ou a missão da em-
kedin, uma rede voltada para negócios. presa, isso sim torna-se importante para ele.
O campo vem crescendo e as empresas estão de olho As mídias sociais têm características marcantes que
nas redes sociais, tanto que quando vão contratar al- vão desde a colaboração tanto à criação coletiva de
guém (é comum checarem os perfis dos candidatos conteúdo e que faz parte do campo do jornalismo, uma
nessas redes, durante processos seletivos), como em vez que muitos sites são considerados agregadores de
relação aos seus clientes (hoje em dia, são poucas as notícias pela participação dos usuários que enviam fo-
empresas que não possuem perfis ativos nas principais tos, vídeos e informações constituindo todo esse uni-
redes sociais). verso.
238
Vejamos o que diz ADOLPHO (p.509, 510, 2011). Abaixo algumas dicas para fazer a integração com o
O conteúdo a ser escrito deve ter um direcionamento cenário social (clientes) apresentadas por (GABRIEL
para as palavras-chave que mais são procuradas pelo p.271,272 ,2010):
mercado-alvo. É Importante mensurar as estatísticas l promova via e-mail jogos, aplicativos e competições
dessas palavras e textos para saber quais os melhores no Facebook e no Twitter;
a serem acrescentados nos próximos artigos ou notí- l divulgue na sua newsletter por e-mail, os vencedores
cias. Todo o conteúdo deve ser dinâmico, de fácil inser- de competições no Facebook;
ção, edição e exclusão. É necessário ferramentas de l tuite sobre conteúdos exclusivos que estão disponí-
mensuração que a tecnologia possibilite fazer a men- veis apenas para assinantes de e-mail;
suração completa em termos de acesso, tempo de re- l crie ofertas exclusivas no Facebook e Twitter, mas
tenção, origem e outras informações que, ao serem re- que disponíveis apenas aos assinantes de e-mail;
passadas ao marketing, digam as diretrizes para que os l poste links no Facebook e Twitter, apontando para as
jornalistas ou redatores escrevam os próximos textos. versões na web dos seus melhores e-mails;
l inclua os botões “Like” e “Follow” nas newsletters e
Os textos devem ser de leitura agradável e o design de- promoções por e-mail;
ve ter a função de agradar ao leitor e fazer com que ele l inclua nas newsletters, por e-mail, os links para as pá-
fique o maior tempo possível no site, lendo os textos e ginas da empresa no Twitter e Facebook;
aumentando a fixação da marca. Sendo assim, o con- l capture endereços de e-mail nos momentos de con-
teúdo na internet vai mais além que a sequência de pa- versão para consumidores que chegaram ao seu site
lavras coesas e informativas que caracterizam os jor- por meio de links no Facebook ou Twitter;
nais, as revistas e outros meios impressos. Ou seja, a l crie um segmento de e-mails, contendo os seus se-
palavra adquire importância na internet, além de ser guidores no Twitter e forneça a eles informações adi-
fundamental na encontrabilidade, e hipertextualizar a cionais via e-mail;
informação quando cria laços para especializações de l inclua, nos seus e-mails, temas postados no Twitter e
conteúdo. Facebook e, então, responda a elas;
l encoraje os assinantes de e-mail a postarem no Fa-
Uma das regras de como o texto pode ser mostrado na cebook ou Twitter;
web, seria adotar a lógica da pirâmide invertida que, es- l hospede vídeos na sua página no Facebook e inclua
tabelece que o mais importante apareça primeiro, não os links em seu e-mail e no Twitter.
enchendo os primeiros parágrafos com textos intro-
dutórios. Também a moderação deve existir para que se ENGAJAMENTO
retirem palavras de baixo calão, ofensas pessoais e ou-
tros conteúdos não apropriados. Estudiosos e expertos “Engajamento são as interações que aumentam o in-
em gestão de crises em comunicação sugerem a não vestimento e o envolvimento emocional, psicológico e
retirada de uma postagem de reclamações de consu- físico que um consumidor tem por uma marca.”
midores sérios que se sentem lesados por algum moti- Richard Sedley
vo, como a venda de um produto defeituoso, demora na Apesar da tarefa fácil de postar imagens, fazer comen-
entrega de mercadorias, por exemplo. tários, propor discussões, o engajamento não é tão sim-
ples assim e muitos cuidados devem ser observados.
CONTEÚDO DE TEXTOS Primeiro, como já abordamos, se faz necessário criar
conteúdos criativos e de acordo com o perfil dos consu-
Conteúdo, Integração, Dados e E-mail Marketing. midores da marca em questão. Depois se pode partir
A internet é uma grande conversa e conversas são para as ferramentas de monitoramento. Para medir o
feitas de palavras, assim as empresas devem aprender engajamento é usado métricas que definem o número
a conversar e não falar só de si mesmas. Por outro lado, de fãs, likes, visualizações, seguidores, ret-weets e co-
a credibilidade de uma empresa é baseada no que ela mentários, feitos pelas pessoas que podem ser desde
diz para o mercado, sobre os seus produtos, sobre sua consumidores, formadores de opinião ou apenas um in-
marca, seus clientes e várias informações que o merca- ernauta ligado constantemente nas redes sociais. Apa-
do tomará como verdade. Portanto, é preciso estreitar rece aí uma dificuldade nesse aspecto que as pessoas
relações, comunicar, informar clientes e prospects, des- têm em relação às marcas na web, pois mesmo fazen-
pertando o interesse destes em conhecer marcas e pro- do essa mensuração de dados, as métricas não conse-
dutos e o e-mail marketing poderá ser um aliado eficaz, guem sozinhas capturar o sentimento, a afinidade e a
se bem empregado. opinião de uma pessoa ou empresa.
239
O engajamento deve ser entendido além da amostra de Uma delas, é através do monitoramento, sendo que
números e não deve ser comparado ao marketing tradi- existem plataformas que oferecem ao público recursos
cional. Brian Haven, da Forrester, em 2007 conseguiu para a sua utilização. Citamos as mais conhecidas co-
explicar, o termo engajamento que é o nível de envolvi- mo a Scup, Seekrs e Brandviewer. Cada uma têm as su-
mento, interação, intimidade e influência que um indiví- as características próprias, mas todas têm o mesmo ob-
duo tem com uma marca ao longo do tempo. Fazer o jetivo que é conhecer quem é quem nas redes sociais, o
uso de plataformas para medir o engajamento de con- que pensam e de forma as empresas poderão desen-
sumidores com marcas é de suma importância, além de volver campanhas, conquistando mentes e corações
exigir conhecimento por parte de quem irá “monitorar”. dos consumidores.
Apesar de estas plataformas ter diversos recursos e ori- Um estudo realizado pelo grupo de pesquisa Chadwick
entações para facilitar a interpretação de gráficos, es- Martin Bailey, que analisou o comportamento de 1.491
tatísticas é importante analisar, fazer comparações, en- consumidores com idades a partir de 18 anos em todo
tender o contexto, por exemplo, de uma postagem neu- os estados dos Estados Unidos revelou detalhes de que
tra, negativa ou positiva e de que forma estas poderão forma as pessoas interagem com marcas no Facebook.
impactar no mercado, na marca e nas redes sociais. As razões pelas quais as pessoas interagem com esta
rede são diversas, sendo que a forma de curtir na maio-
FACEBOOK ria das vezes se refere ao fato estas quererem receber
descontos e promoções.
A pesquisa revela que:
l 77% dos consumidores interagem com as marcas
através de posts e atualizações da página.
l 17% interagem e compartilham experiências com
amigos e que 13% dizem postar atualizações sobre
as marcas que mais gostam.
l 51% dos consumidores dizem ser propensos a reco-
mendar marcas para amigos, após se tornar fã da
marca no Facebook.
240
No perfil os usuários têm amigos que só farão parte da Também há possibilidade de alguns aplicativos que
rede de contatos de uma pessoa, se ela autorizar um controlam o acesso dos usuários a uma página, mas o
pedido de amizade e o usuário pode enviar e receber ideal é que as páginas sejam abertas, pois elas funcio-
mensagens privadas de outras pessoas. Para as em- nam como sites de empresas, podendo dar acesso a al-
presas no caso das páginas elas terão os fãs ou segui- guns conteúdos somente para os seus fãs como dicas
dores, que são as pessoas que clicam na opção “curtir”, em um artigo exclusivo, incentivando dessa maneira
mas se comunicam com os fãs por meio da time-line (li- que outras pessoas também possam segui-la.
nha do tempo). Antes as marcas podiam enviar mensa-
gens aos fãs.
241
PLANEJAMENTO MARKETING DIGITAL
RELATÓRIOS ESTUDOS OBJETIVOS RECURSOS CRONOGRAMA MONITORAMENTO
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Outros aspectos importantes se referem as métricas e
KPIs aplicáveis para ter controle do que deverá ser atu-
alizado e adequar de acordo com primeiros resultados
obtidos. As opções para divulgação de uma marca na
Internet são inúmeras, mas é importante definir quais
serão os canais apropriados de acordo com a campa-
nha que será lançada e a segmentação.
O portal IMMO tem como objetivo divulgar imóveis das
Neste caso, se deve investir em meios de comunicação principais imobiliárias do Sul do Brasil e dar a oportuni-
específicos e que venham a atingir os seus consumido- dade aos corretores recém-formados como forma de
res. Criar valor para compradores vai além da função do impulsionar a carreira para o corretor recém-formado,
marketing, ou seja, comparamos a uma orquestra em facilitando as transações imobiliárias, o que torna tudo
que cada instrumento deve ser orientado e integrado a mais pratico e rápido.
um regente, criando uma sinergia em que todos os de-
partamentos devem se comunicar e atuarem para um A Rede IMMO é parte de um grupo de empresas,
mesmo ideal. atuantes desde 2004, que inclui:
l o Centro de Formação de Corretores de Imóveis;
10.2. PORTAL IMMO - REDE IMOBILIÁRIA l o Instituto do Corretor,
l a Escola Democrata; e
Portais para Otimização de l o E-Mestre - Educação Profissional.
Acesso, Visibilidade e Divulgação.
Para definir o que seriam os portais, começamos com o Desta forma, o portal IMMO foi desenvolvido, seguindo
significado de portal, que deriva do latim portalis (rela- as principais regras do bom marketing digital, facilitan-
tivo à palavra porta). do as possibilidades de negócios, através da divulga-
Sendo assim, portal podemos definir como site (espaço ção imobiliária. Os desenvolvedores trabalham diaria-
ou canal), onde podemos encontrar “portas” para diver- mente em busca de melhorias e ferramentas, sempre
sos tipos de conteúdos de diferentes assuntos. Como atuais, para auxiliar e impulsionar as vendas de imó-
exemplo, citamos o Portal IMMO (www.immo.com.br) veis, que estão publicados no portal.
o qual foi desenvolvido com o
intuito de auxiliar o Corretor de
Imóveis na promoção e
divulgação de seus imóveis.
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COMO FUNCIONA UM PORTAL
Como funciona um
Portal de Divulgação de Imóveis?
Para iniciar a divulgação, você precisa ter uma conta
para acessar o painel administrativo do portal. Para isto,
você deve contratar um dos planos disponíveis no
portal. No ramo imobiliário, os portais trazem captações
de vendas, os chamados leads, que são dados de con-
tatos de pessoas que possuem interesse em um refe-
rido imóvel.
Grandes portais costumam trabalhar este lead, direcio-
nando este mesmo contato para outros imóveis na mes-
ma região ou que tenha o mesmo perfil que o futuro
VANTAGENS DA DIVULGAÇÃO
comprador procurou ou está procurando.
Veja as Vantagens ao
Divulgar em um Portal.
l Temos como principal vantagem, a de alcançar pes-
Bem-vindo(a)
Gerenciador IMMO soas de maneira globalizada, que tenham acesso à
Digite seu Login internet, para iniciar a busca de imóveis por regiões.
l Outra vantagem, comparado aos antigos classifica-
Digite sua senha
dos, o custo de divulgação é bem reduzido, além de
se ter divulgação de grande alcance.
Entrar
Não lembra sua senha?
Clique aqui Neste contexto, citamos novamente o portal IMMO, no
qual todos os corretores possuem, após a sua forma-
ção, acesso gratuito por três meses, salientando que a
escola tem corretores formados em todos os municípios
Ao assinar um plano, você terá seus dados de acesso do sul do País.
para acessar a área administrativa do portal. Ao aces-
COMO ACESSAR
sar, poderá cadastrar os imóveis que você irá oferecer
para aluguel ou venda e terá acesso a relatórios de cap- Ao clicar no ícone padrão de menu, você verá as op-
tações, impressões e visualizações que teve o anúncio. ções que o portal oferece para gerenciar seus anúncios
e dados.
Ao acessar a área administrativa, você verá a tela inicial Veja os detalhes na imagem abaixo, seguindo o descri-
(como mostra a figura ao alto na coluna ao lado), con- tivo de cada item.
tendo informações de seus anúncios, tais como:
l Total de Captações:
Total de Contatos enviados por clientes;
l Novas Captações:
Total de novos Contatos de Clientes;
l Total de Imóveis:
Total de imóveis que estão registrados e
divulgados no portal;
l Total de Cliques:
Total de vezes que os clientes clicaram em seu
anúncio para visualizar os detalhes;
l Total de Impressões:
Total de vezes que o seu anúncio foi listado no
resultado de busca dos clientes.
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Na imagem abaixo você tem um exemplo de entrada de Para que isto ocorra, você precisa verificar se seu
dados para o registro de um novo imóvel no portal. O re- CRM, ou site, disponibiliza arquivos de integração. Se
gistro é simples e intuitivo. Comece, acessando o painel não disponibilizar, será necessário solicitar auxílio atra-
de navegação em “Meus Imóveis”, e depois, em “Adi- vés do pessoal de suporte do Sistema de Informação
cionar Imóveis”. Após clicar em “Adicionar Imóveis”, do portal.
vai abrir uma tela para cadastrar o imóvel com todas as
suas especificações, como no exemplo a seguir: ELABORANDO O CRONOGRAMA
METODOLOGIA DO MONITORAMENTO
Após a definição das ações, recursos e meios que se-
rão adotados no plano de marketing digital o outro pas-
so é acompanhar e verificar os resultados do plano que
foi pensado.
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