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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA – UNIFOA

ENGENHARIA DE SOLDAGEM

Grupo 2:
João Marcos da Silva Francisco – 201710483
Matheus Gomes Rebello – 201811155
Paulo Henrique De Almeida Conceição – 201710773
Victor Hugo Mendes Jeremias – 201710530

SOLDAGEM NO ESTADO SÓLIDO

VOLTA REDONDA, RJ
AGOSTO DE 2021
Grupo 2:
João Marcos da Silva Francisco – 201710483
Matheus Gomes Rebello – 201811155
Paulo Henrique De Almeida Conceição – 201710773
Victor Hugo Mendes Jeremias – 201710530

SOLDAGEM NO ESTADO SÓLIDO

Trabalho apresentado ao curso de


Engenharia Mecânica – UniFOA como
requisito para obtenção de nota parcial
referente à 1ª AVD da disciplina de
Engenharia de Soldagem.

VOLTA REDONDA, RJ
AGOSTO DE 2021
I

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo apresentar e discutir sobre os processos de


soldagem no estado sólido e seus conceitos, exemplos de aplicação e materiais que são
soldados por esses processos, as principais características desses tipos de soldagem.

Palavras-chave: Soldagem; estado sólido.


II

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Processos de soldagem e afins, segundo a AWS. ................................ 2


Figura 2 - Soldagem por laminação (processo ROW) .......................................... 5
Figura 3 - Soldagem por explosão (processo EXW): (1) arranjo de configuração
em paralelo e (2) durante a detonação da carga explosiva. .............................................. 7
Figura 4 - Soldagem por fricção (processo FRW): (1) peças girando, sem contato;
(2) peças levadas ao contato para gerar calor de atrito; (3) rotação interrompida e
aplicação de pressão axial; e (4) solda realizada .............................................................. 8
Figura 5 - Soldagem por Ultrassom (processo USW): (a) configuração para uma
junta sobreposta e (b) detalhe da área de solda ................................................................ 9
III

Sumário
RESUMO .......................................................................................................................... I

ÍNDICE DE FIGURAS .................................................................................................... II

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1

1.1. CONSIDERAÇÕES SOBRE A SOLDAGEM NO ESTADO SÓLIDO .. 2

1.1.1. PROCESSOS DE SOLDAGEM NO ESTADO SÓLIDO ................. 3

CONCLUSÃO ................................................................................................................ 11

REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 12
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1. INTRODUÇÃO
Soldagem é o processo de união de materiais no qual duas ou mais peças são coalescidas
em suas superfícies de contato pela aplicação adequada de calor e/ou pressão. Muitos processos
de soldagem são realizados somente com calor, sem pressão aplicada; outros por uma
combinação de calor e pressão; e ainda outros somente por pressão, sem aplicação externa de
calor. Em alguns processos de soldagem, um material de adição é adicionado para facilitar a
coalescência. A montagem das peças que são unidas por soldagem é chamada de conjunto de
peças soldadas. Soldagem é com frequência associada com peças metálicas, mas o processo é
também usado para uniões plásticas (DUTRA, 2017).
Segundo Groover (2014), a importância comercial e tecnológica da soldagem decorre
do seguinte:

➢ A soldagem fornece uma junta permanente. Os componentes tornam-se uma unidade;

➢ As juntas soldadas podem ser tão resistentes quanto os materiais de base se um metal
de adição tiver propriedades de resistência superior a destes materiais e se as técnicas
de soldagem são usadas de forma apropriada;

➢ A soldagem é a maneira mais econômica para unir components em termos de custos de


utilização de material e custos de fabricação.

Embora o processo tenha as vantagens citadas, ele também tem suas limitações e
possíveis desvantagens:

➢ A maioria das operações de soldagem é realizada manualmente e é cara em termos de


mão de obra de custos de trabalho;

➢ A maioria dos processos de soldagem é inerentemente perigosa porque envolve uso de


alta energia;

➢ Como a soldagem realiza uma ligação permanente entre os componentes, não permite
desmontagem simples. Se o produto deve ser ocasionalmente desmontado (por
exemplo, reparo ou manutenção), então a soldagem não deve ser utilizada como método
de montagem.
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1.1. CONSIDERAÇÕES SOBRE A SOLDAGEM NO ESTADO SÓLIDO


Dezenas de processos de soldagem diferentes foram catalogados pela American
Welding Society (AWS), como se segue abaixo.

Figura 1 Processos de soldagem e afins, segundo a AWS.

Fonte: UFPR

A soldagem no estado sólido refere-se aos processos de união nos quais o coalescimento
resulta apenas da aplicação de pressão ou a combinação de calor e pressão, sem ocorrência de
fusão dos materiais a serem unidos ou de qualquer outro.
Na maioria dos processos no estado sólido, a ligação metalúrgica é criada com pouca
ou nenhuma fusão do metal de base. Para a ligação metalúrgica de metais similares ou
dissimilares, os dois metais devem estar em contato, de modo que suas forças atómicas de
atração coesivas atuem entre si. Em contato físico normal entre duas superfícies, o contato
completo não é possível pela presença de filmes químicos, gases, óleos, e assim por diante. A
fim de que a ligação atómica tenha sucesso, estes filmes ou outras substâncias devem ser
removidos. Na soldagem por fusão (bem como em outros processos de união, tais como
brasagem e solda fraca), os filmes são dissolvidos ou queimados em altas temperaturas, e a
ligação atómica é estabelecida pela fusão e solidificação dos metais nestes processos. Mas em
soldagem no estado sólido, os filmes e outros contaminantes devem ser removidos por outros
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meios que permitam realizar a ligação metalúrgica. Em alguns casos, a limpeza completa das
superfícies é feita pouco antes do processo de soldagem, enquanto, em outros casos, a ação de
limpeza é realizada como parte integrante para aproximar as superfícies do conjunto. Em
resumo, as condições essenciais para o sucesso da solda no estado sólido são que as duas
superfícies devem estar muito limpas e devem ser levadas ao contato físico muito próximo entre
elas para permitir a ligação atómica.
Os processos de soldagem que não envolvem fusão tem muitas vantagens sobre os
processos de soldagem por fusão. Se não ocorre a fusão, então não existe zona termicamente
afetada e o metal em torno da junta preserva suas propriedades. Muitos desses processos
produzem juntas soldadas que compõem a interface de contato total entre as duas peças, em vez
de pontos distintos ou costuras, como na maioria das operações de soldagem por fusão. Além
disso, alguns destes processos são bastante utilizados em ligações de metais dissimilares, sem
a preocupação com as diferenças de ponto de fusão, expansão térmica, condutividade e outros
problemas que normalmente surgem quando metais dissimilares são fundidos e então,
solidificam durante a união.

1.1.1. PROCESSOS DE SOLDAGEM NO ESTADO SÓLIDO


O grupo de soldagem no estado sólido inclui processos de união mais antigos, bem como
alguns dos mais modernos. Cada processo deste grupo tem sua própria maneira de criar a
interação das superfícies em atrito. Começaremos com soldagem por forjamento, o mais antigo
processo de soldagem.

➢ Soldagem por Forjamento:

A soldagem por forjamento é de importância histórica no desenvolvimento de


tecnologia de fabricação. O processo remonta de aproximadamente 1000 a.C., quando ferreiros
da Antiguidade aprenderam a unir duas peças de metal. A soldagem por forjamento é o processo
de soldagem no qual os componentes que serão unidos são aquecidos em temperaturas de
trabalho a quente e, em seguida, são forjados juntos por um martelo ou outros meios.
Considerável habilidade era necessária pelos ferreiros que a praticavam para conseguir
uma boa solda para os padrões atuais. O processo pode ser de interesse histórico; entretanto,
ele tem atualmente importância comercial menor, exceto suas variantes que são discutidas a
seguir.
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➢ Soldagem por Forjamento a Frio:

A soldagem por forjamento a frio (cold welding — CW) é um processo de soldagem no


estado sólido realizado pela aplicação de pressão elevada entre superfícies de contato limpas,
em temperatura ambiente. As superfícies de atrito precisam ser excepcionalmente limpas para
o processo ser realizado, e a limpeza é em geral feita pelo desengorduramento e escovação de
imediato antes de unir. Também, pelo menos um dos metais a serem soldados, e de preferência
ambos, deve ser muito dúctil e livre de encruamento. Metais como o alumínio macio e o cobre
podem ser soldados a frio com facilidade. As forças de compressão aplicadas no processo
resultam em trabalho a frio das peças metálicas, reduzindo a espessura em até 50%; mas eles
também causam deformação plástica localizada nas superfícies de contato, resultando em
coalescimento. Nas peças pequenas, as forças podem ser aplicadas por ferramentas simples de
operação manual. Em trabalhos mais pesados, são necessárias prensas mais potentes para
exercer a força necessária. Não é aplicado calor por meio de fontes externas em processo CW,
mas o processo de deformação aumenta um pouco a temperatura de trabalho. As aplicações do
processo CW incluem a preparação de conexões elétricas.

➢ Soldagem por Laminação:

A soldagem por laminação é uma variação da soldagem por forjamento e soldagem por
forjamento a frio, dependendo se o aquecimento externo das peças de trabalho é aplicado antes
do processo. A soldagem por laminação (roll welding — ROW) é um processo de soldagem no
estado sólido, no qual a pressão suficiente para provocar o coalescimento é aplicada por meio
de rolos, com ou sem aplicação externa de calor. Se não é aplicado calor externo, o processo é
chamado soldagem por laminação a frio; se calor é aplicado, o termo usado é soldagem por
laminação a quente. As aplicações de soldagem por laminação incluem o revestimento de aço
doce ou baixa-liga, com aço inoxidável para resistência à corrosão, preparação de tiras
bimetálicas para medir temperatura e produção de moedas do tipo "sanduíche" para a Casa da
Moeda dos EUA.
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Figura 2 Soldagem por laminação (processo ROW)

Fonte: GROOVER

➢ Soldagem por Pressão a Quente:

A soldagem por pressão a quente (Hot Pressure Welding — HPW) é outra variação da
soldagem por forjamento em que o coalescimento ocorre pela aplicação de calor e pressão
suficientes para causar uma considerável deformação dos metais de base. A deformação rompe
a superfície do filme de óxido, deixando assim o metal limpo para estabelecer boa ligação entre
as duas peças. É necessário um tempo que permita ocorrer difusão entre as superfícies de atrito.
A operação é geralmente realizada em uma câmara de vácuo ou na presença de um meio de
proteção. As principais aplicações do processo HPW são na indústria aeroespacial.

➢ Soldagem por Difusão:

A soldagem por difusão (Diffusion Welding — DFW) é uma soldagem no estado sólido
resultante da aplicação de calor e pressão, geralmente em atmosfera controlada, com um tempo
suficiente para permitir que ocorra difusão e coalescimento. As temperaturas são bem abaixo
dos pontos de fusão dos metais (em torno de no máximo 0,5 Tf), e a deformação plástica nas
superfícies é mínima. O principal mecanismo de coalescimento é a difusão no estado sólido,
que envolve a migração de átomos através das interfaces entre as superfícies de contato. As
aplicações do processo DFW incluem a união de elevada resistência e metais refratários nas
indústrias aeroespacial e nuclear. O processo é usado para unir tanto metais similares como
metais dissimilares, e, neste último caso, uma camada de enchimento de metal diferente é com
frequência inserida entre os dois metais de base, para promover a difusão. O tempo para a
difusão ocorrer entre as superfícies de atrito pode ser significativo, exigindo mais que uma hora
em algumas aplicações.
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➢ Soldagem por Explosão:

A soldagem por explosão (explosion welding — EXW) é um processo de soldagem no


estado sólido, em que um coalescimento rápido de duas superfícies metálicas é gerado pela
energia da detonação de um explosivo. Ele é normalmente usado para unir dois metais
dissimilares, em particular para revestir a parte superior de um metal base, sobre áreas extensas.
As aplicações incluem a produção de chapas resistentes à corrosão e placas para equipamentos
de estocagem nas indústrias petrolífera e química. O termo revestimento por explosão é usado
neste contexto. No processo EXW não é usado metal de adição e não é aplicado calor externo.
Também não ocorre difusão durante o processo (o tempo é muito curto). A natureza da ligação
é metalúrgica e, em muitos casos, combinada com interação mecânica, resulta em uma interface
irregular ou ondulada entre os metais.
O processo para revestimento de uma placa metálica sobre outra pode ser descrito
conforme a Figura 3. Nesta condição, as duas chapas se encontram em uma configuração
paralela, separadas por certa distância, com carga explosiva acima da chapa superior, chamada
placa de revestimento. Um amortecedor (por exemplo, borracha, plástico) é normalmente usado
entre o explosivo e a placa de revestimento para proteger sua superfície. A chapa inferior,
chamada metal de apoio (metal base), repousa sobre um batente. Quando a detonação é iniciada,
a carga explosiva propaga a partir de uma extremidade da placa de revestimento para a outra,
representada na vista superior da Figura 3 (2). Uma das dificuldades em compreender o que
ocorre no processo EXW é o equívoco comum de que a explosão ocorre de forma instantânea;
na realidade, é uma reação progressiva, embora reconhecidamente muito rápida — com taxas
de propagação tão elevadas como 8500 m/s (28.000 in/s). A zona de alta pressão resultante
impulsiona a chapa de revestimento a colidir de maneira progressiva com o amortecedor em
velocidade alta, de modo que ela assume uma forma angular conforme a progressão da
explosão, como ilustrado no nosso esboço. A placa superior permanece na posição da região
em que o explosivo não tenha sido ainda detonado. A colisão em velocidade alta, ocorrendo de
forma progressiva e angular, faz com que as superfícies no ponto de contato se tornem fluidas
e qualquer filme superficial seja expelido para frente. As superfícies em colisão são, portanto,
limpas quimicamente, e o comportamento fluido do metal, que envolve alguma fusão
interfacial, provoca o contato maior entre as superfícies, levando a uma ligação metalúrgica. As
variações na velocidade de colisão e no ângulo de impacto durante o processo podem ocasionar
uma interface ondulada entre os dois metais. Este tipo de interface reforça a ligação porque
aumenta a área de contato, levando à interação mecânica entre as duas superfícies.
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Figura 3 Soldagem por explosão (processo EXW): (1) arranjo de configuração em paralelo e (2) durante a
detonação da carga explosiva.

Fonte: GROOVER

➢ Soldagem por Fricção:

A soldagem por fricção é um processo comercial largamente usado, propício a métodos


automatizados de produção. O processo foi desenvolvido na antiga União Soviética e
introduzido nos Estados Unidos por volta de 1960. A soldagem por fricção (friction welding —
FRW) é um processo de soldagem no estado sólido, no qual a coalescência é alcançada pelo
calor gerado pela fricção combinada com pressão. A fricção é induzida pelo atrito mecânico
entre as duas superfícies, geralmente pela rotação de uma parte em relação à outra, para
aumentar a temperatura na interface da junta e alcançar o intervalo de trabalho a quente dos
metais envolvidos. Em seguida, as peças são movimentadas uma de encontro à outra com força
suficiente para formar uma ligação metalúrgica. A sequência é representada na Figura 4 para
soldagem de duas peças cilíndricas, uma aplicação típica. A força de compressão axial recalca
as peças, e uma rebarba é produzida pelo material deslocado. Quaisquer filmes da superfície
que estejam sobre as superfícies de contato são eliminados durante o processo. Posteriormente,
a rebarba deve ser eliminada (por exemplo, por torneamento) para proporcionar uma superfície
plana na região da solda. Quando realizada de forma adequada, não ocorre fusão nas superfícies
de atrito. Normalmente não são usados metal de adição, fluxo e gases de proteção.
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Figura 4 Soldagem por fricção (processo FRW): (1) peças girando, sem contato; (2) peças levadas ao contato para
gerar calor de atrito; (3) rotação interrompida e aplicação de pressão axial; e (4) solda realizada

Fonte: GROOVER

Quase todas as operações do processo FRW usam rotação para desenvolver o calor de
atrito para soldagem. Existem dois sistemas de movimentação principais, diferenciando os dois
tipos de processo FRW: (1) soldagem por fricção por arraste contínuo e (2) soldagem por
fricção inercial. Na soldagem por fricção por arraste contínuo, a peça é conduzida a uma
velocidade rotacional constante e pressionada para ter contato com a peça estacionária, a certo
nível de força, que gera calor de atrito na interface. Quando a temperatura de trabalho a quente
é alcançada, um travamento é aplicado para parar a rotação de forma abrupta, e,
simultaneamente, as peças são forçadas em conjunto por pressões de forjamento. Na soldagem
por fricção inercial, a peça girando é conectada a um volante, que tem velocidade
predeterminada. Em seguida, o volante é desacoplado do motor, e as partes são pressionadas
em conjunto. A energia cinética armazenada no volante é dissipada na forma de calor de atrito
para gerar a coalescência nas superfícies adjacentes. O ciclo total para estas operações é de
cerca de 20 segundos.
As máquinas utilizadas para soldagem por fricção têm a aparência de um torno. Elas
necessitam de fuso potente para girar uma parte em alta velocidade e um meio de aplicar uma
força axial entre a peça girando e a peça fixa. Com os seus tempos de ciclo menores, o processo
serve para produção em grande escala. Ele é aplicado em vários tipos de eixos e peças tubulares,
indústrias tais como automotiva, aeronaves, equipamentos agrícolas, petróleo e gás natural. O
processo gera uma zona termicamente afetada estreita e pode ser usado para soldar metais
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dissimilares. No entanto, pelo menos uma das peças deve estar em rotação, rebarbas em geral
devem ser removidas e o recalque reduz os comprimentos das peças (que devem ser levados
em consideração no projeto do produto).
As operações de soldagem por fricção convencional já discutidas utilizam movimento
rotativo para desenvolver o atrito necessário entre as superfícies de atrito. Uma modalidade
mais recente do processo é a de soldagem por fricção linear, na qual o movimento alternado
linear é usado para gerar o calor de atrito entre as peças. Isto elimina a necessidade de pelo
menos uma das peças ser rotacional (por exemplo, cilíndrica, tubular).

➢ Soldagem por Ultrassom:

A soldagem por Ultrassom (ultrasonic welding — USW) é um processo de soldagem


no estado sólido, no qual dois componentes são mantidos unidos sobre pressão de aperto
modesta e tensões de cisalhamento oscilatórias de frequência ultrassônica são aplicadas para
provocar o coalescimento. A operação é ilustrada na Figura 23.24 para soldagem sobreposta,
uma aplicação típica. O movimento vibratório entre as duas peças rompe quaisquer filmes na
superfície para permitir contato e forte ligação metalúrgica entre as superfícies. Embora o
aquecimento das superfícies de contato ocorra devido ao atrito interfacial e deformação plástica,
as temperaturas resultantes são bem abaixo do ponto de fusão. No processo USW, não é
necessário metal de adição, fluxos ou gases de proteção.

Figura 5 Soldagem por Ultrassom (processo USW): (a) configuração para uma junta sobreposta e (b) detalhe da
área de solda

Fonte: GROOVER

O movimento oscilatório é transmitido para a peça de trabalho superior por meio de um


sonotrodo, que é acoplado a um transdutor ultrassônico. Este dispositivo converte energia
elétrica em movimento vibratório de alta frequência. As frequências usadas nos processos USW
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normalmente estão entre 15 e 75 kHz com amplitudes de 0,018 a 0,13 mm (0,0007 a 0,005 in).
As pressões de aperto são bem abaixo daquelas utilizadas em soldagem por forjamento e não
produzem deformação plástica significativa entre as superfícies. Os tempos de soldagem sob
estas condições são menores que 1 segundo.
As operações do processo USW são em geral limitadas a juntas sobrepostas em
materiais macios, como o alumínio e cobre. A soldagem de materiais mais duros provoca rápido
desgaste do sonotrodo em contato com a peça de trabalho superior. As peças de trabalho
precisam ser relativamente pequenas e soldagem com espessuras inferiores a 3 mm (1/8 in) é o
caso típico. As aplicações incluem os arames de terminações e emendas nas indústrias
eletrônica e elétrica (elimina a necessidade de solda fraca), montagem de painéis de chapas
metálicas de alumínio, soldagem de tubos em painéis solares e outras tarefas de montagem de
peças pequenas.
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CONCLUSÃO

Ao desenvolver esse estudo a respeito de soldagem e mais especificamente soldagem


no estado sólido, conseguimos compreender um pouco mais a respeito da utilidade e da
importância da ferramenta de soldagem. Diversos aspectos são levados em conta quando se
trata de soldagem, em muitos os casos a tecnologia empregada precisam ser de primeira linha.
Também foi estudado que a prática de soldagem é a mais econômica e também a mais usual
quando se necessita unir componentes e que essa união dure bastante tempo.
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REFERÊNCIAS
[1] - MARQUES, P.V. Soldagem: fundamentos e tecnologia / Paulo Villani Marques, Paulo
José Modenesi, Alexandre Queiroz – 3ª edição atualizada. Belo Horizonte: Editora UFMG,
2009.
[2] - MACHADO, I.G. Soldagem e Técnicas Conexas: Processos. Porto Alegre: editado pelo
autor, 1996
[3] ALMEIDA, M.B.Q. Oxicorte, Rio de Janeiro: Senai, 2000, p.78
[4] CARY, H.B. Modern welding technology, 4nd ed. New Jersey; Prentice Hall, 1997, p.767

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