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Índice

1. Análise Transversal do Tabuleiro............................................................................................................1


1.1. Guarda-corpos..................................................................................................................................1
1.2. Guarda-rodas....................................................................................................................................2
1.3. Tabuleiro..........................................................................................................................................3
1.3.1. Definição do sistema estático e pré-dimensionamento...............................................................3
1.3.2. Pré-dimensionamento................................................................................................................3
1.3.3. Quantificação das acções...........................................................................................................4
1.3.4. Combinações das acções em relação aos Estados limites últimos................................................15
1.3.5. Combinações das acções em relação aos Estados limites utilização........................................17
2. Análise Longitudinal do Tabuleiro........................................................................................................19
2.1. Pré-dimensionamento.....................................................................................................................19
2.2. Quantificação de acções..................................................................................................................19
2.3. Quantificação dos esforços.............................................................................................................20
2.3.1. Acções Permanentes................................................................................................................20
2.3.2. Acções Variáveis.....................................................................................................................21
2.4. Combinação dos esforços...............................................................................................................23
2.5. Pré-esforço......................................................................................................................................23
2.5.1. Materiais..................................................................................................................................23
2.5.3. Determinação do pré-esforço...................................................................................................24
2.5.4. Determinação do fuso limite....................................................................................................25
2.5.5. Dimensionamento dos cabos....................................................................................................27
2.5.6. Perdas de Pré-esforço...............................................................................................................27
2.5.7. Pressão localizada....................................................................................................................36
2.5.8. Verificação ao Estados Limites de Deformação.......................................................................38
2.5.9. Verificação ao Estados Limites de Fendilhação.......................................................................39
2.5.10. Verificação ao Estado Limite Último de Flexão....................................................................39
2.5.11. Verificação ao Estado Limite Último de Esforço Transverso................................................41
1. Análise Transversal do Tabuleiro
A análise transversal consiste no pré-dimensionamento e dimensionamento do tabuleiro e outros
elementos da superestrutura.

1.1. Guarda-corpos (Art. 44.2 do RSA)


Em pontes rodoviárias, o artigo 44.2 do RSAEEP preconiza a acção de uma força uniformemente
distribuída com valor característico igual a 1.5KN/m, com seus correspondentes valores
reduzidos nulos. A análise do guarda-corpos será feita considerando uma faixa de 1 metro.

1.1.1. Sistema estático e esforços de dimensionamento


V k =0 kN →V sd=0 kN

H k =1.5 kN → H sd =2.25 kN

M k =1.56 kN → M sd =2.34 kN

1.1.2. Pré-dimensionamento
Material: Fe 360 →σ rd =235 MPa

M sd M sd 3
σ sd = ≤ σ rd →W x ≥ → W x ≥ 9.95 cm
Wx σ rd

Admitindo que a secção transversal do guarda-corpos seja em perfil circular de secção oca

∅ext =60.3 mm
Adopta-se → { e=5 mm
→ W x =11.1 cm
3

1.1.3. Verificação da Resistência


M 2.34
σ sd = sd = × 103=210.81 MPa<235 MPa
W x 11.1

1
1.2. Guarda-rodas
O artigo 44.3 do RSAEEP preconiza a actuação de uma força concentrada e horizontal, actuando
normal ou tangencialmente cujo característico é igual a 20KN, com os correspondentes valores
reduzidos nulos. O guarda-rodas será de material misto, uma em perfil metálico e outra em betão.

i) Sistema estático e esforços de cálculo

Esforços
Naturez Esforços Esforços Esforços
de
a de Característico de Cálculo Característico
Cálculo
Esforço s em X X s em Y
Y
V (KN) 0 0 0 0
H (KN) 20 30 20 30
M
14 21 14 21
(KNm)

ii) Pré-dimensionamento

Betão : B 40 → f cd =23,3 MPa


Materiais → { Aço : Fe360 → σ rd =235 MPa

Será considerado o esforço no encastramento para dimensionar os elementos estruturais do


guarda-rodas.

2
M sd , x 21

{
3 3
W x≥ →W x ≥ ×10 =89.36 cm
σ rd 235
 Aço →
M 21
W y ≥ sd , y → W y ≥ × 103=89.36 cm3
σ rd 235

W x =288 cm3
Adopta-se perfil HE (NP-2117) → HE120M → {
W y =112 cm3

 Betão (B40/A400)

Com base no Ábaco 58 (Flexão Desviada)

As ( A(
μx μy ν η ω Armadura
cm2 /m¿ cm2 /m¿
0.003605 0.0144 0 4 0.02 3.34 0.836925 ∅ 6 @30 cm

1.3. Tabuleiro
1.3.1. Definição do sistema estático e pré-dimensionamento

1.3.2. Pré-dimensionamento
O artigo 102.2 do REBAP preconiza que a espessura da laje não deve ser inferior à:

 Sistema em Consola:

α × l 2.4 × 2
( α=2.4
η=1 )
→ h= =
30 η 30 × 1
=0.16 m

 Sistema duplamente encastrado armado numa direcção

3
α × l 0.6 × 5
( α=0.6
η=1 ) → h= =
30 η 30 ×1
=0.10 m

Adopta-se h=20 cm

1.3.3. Quantificação das acções

Propriedades Materiais Valores


Betão Armado 25kN/m3
Pesos Específicos
Betão Asfáltico 19kN/m3
Peso dos Elementos Perfil Circular Oco 6.82kg/m
Metálicos Perfil HE120M 52.1kg/m

a) Acções Permanentes
i) Guarda-corpos

Vista em perfil

m∗L∗g
g1 =
1000l

6.82∗(1.5∗3+1.040∗2 )
g1 =
1000∗1.5

g1=0.25 kN /m

ii) Guarda-rodas

Vista em perfil e secção transversal

4
m∗L∗g 52.1∗( 0.45∗2 )∗9.81
Perfil HE120M → g ' 2= = =0.31 kN /m
1000 l 1000∗1.5

( 0.25+0.2 )
[
Betão armado → g ' ' 2=γ bet ã o A c =25∗
2 ]
∗0.05+0.20∗0.25 =1.53 kN /m

Peso total → g 2=→ g ' 2+ g ' ' 2=0.31+1.53=1.84 kN /m

iii) Passeio

Betão de limpeza → g ' 3=γ bet ã o∗e=25∗0.03=0.75 kN /m2

25∗( 0.647+ 0.735 ) 2∗π


∗0.22− ∗0.112
Betão armado γ A 3 4
→ g ' ' 3= bet ã o c = =5.04 kN /m2
l 0.847

Peso total → g 3=→ g ' 3+ g ' ' 3=0.75+5.04=5.79 kN /m2

5
iv) Viga de Bordadura

Ac = A Triângulo + AQuadrado + A Trapézio

0.55∗0.1 ( 0.1+0.2 )∗0.25


Ac = + 0.1∗0.55+
2 2

Ac =0.12m 2

g4 =γ bet ã o A c

g4 =25∗0.12

g4 =3 kN / m

v) Betão Asfáltico

g5=γ bet ã o Ac

g5=19∗0.05

g5=0.95 kN /m 2

vi) Tabuleiro

6
0.3+ 0.5 0.3+0.5
Ac =2× ×2+2 × ×2.5=1.8 m2
2 2

γ bet ã o∗A c 25∗1.8 2


g6 = = =5 kN /m
L 9
vii) Resumo das Acções Permanentes

Tabela Resumo
Acções Permanentes Designação Valores das Cargas
Guarda-corpos g1 (kN/m) 0.33
Guarda-rodas g2 (kN/m) 1.56
Passeio g3 (kN/m2) 4.8
Vigas de bordura g4 (kN/m) 2
2
Betão de Asfáltico g5 (kN/m ) 1.33
Peso do tabuleiro g6 (kN/m2) 5

b) Acções Variáveis
i) Veículo Tipo

No artigo 41.1 do RSAEEP está preconizado que nas pontes rodoviárias deve considerar-se, nas
faixas de rodagem, a actuação de dois tipos de sobrecargas definidos nas alíneas seguintes e
cujos valores característicos são indicados abaixo:

I. Veículo de três eixos equidistantes, cada um de duas rodas, com a disposição e dimensões
indicadas na figura abaixo.

7
As cargas Q transmitidas por cada eixo e as dimensões, a e b, das superfícies de contacto das
rodas são, consoante a classe a que a ponte pertence, as seguintes:

Classes I: Q=200 kN; a=0.20 m; b=0.60 m

Classes II: q 1=3 kN /m2; q 2=30 kN /m

II. Sobrecarga constituída por uma carga uniformemente distribuída, q 1, e por uma única carga
transversal com distribuição linear e uniforme, q 2, cujos valores, em função da classe da ponte,
são os seguintes:

Classes I: q 1=4 kN /m 2; q 2=50 kN /m

Classes II: q 1=3 kN /m2; q 2=30 kN /m

Os valores reduzidos das sobrecargas indicadas nas alíneas anteriores devem ser obtidos através
dos seguintes coeficientes: ψ 0=0.6; ψ 1=0.4 ;ψ 2 =0.2.

Nota: A ponte a ser dimensionada é de classe I, portanto, as cargas que serão utilizadas para o
seu dimensionamento são as acima destacadas.

ii) Passeio

O artigo 44.1 do RSAEEP preconiza que nas pontes rodoviárias deve considerar-se a actuação de
uma sobrecarga uniformemente distribuída ou de uma carga concentrada, conforme for mais
8
desfavorável, cujos valores característicos são, respectivamente, 3 kN /m2 e 20 kN . Os valores
reduzidos das sobrecargas indicadas nas alíneas anteriores devem ser obtidos através dos
seguintes coeficientes: ψ 0=0.6; ψ 1=0.4 ;ψ 2 =0.2.

c) Esforços
i) Acções Permanentes
 Sistema estático e representação das cargas

 Diagramas de esforços transversos

 Diagramas de esforços momentos flectores

iii) Acções Variáveis


I. Veículo Tipo

Hipótese 1: Carga pontual

 Sistema estático e representação das cargas

9
 Envolvente de esforço transverso

Rmax =160+20.60=180.60 kN / m

 Envolvente de momentos flectores

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Hipótese 2: Carga uniformemente distribuída e linearmente distribuída

Considerando uma faixa de 1 metro as cargas q 1=4 kN /m 2 e q 2=50 kN /m poderão se somar


formando, dado que a q 1 passará a ser linearmente distribuída.

q=q 1+ q2=54 kN /m

 Sistema estático e representação das cargas

 Envolvente de esforço transverso

Rmax =140.73+5.73=146.46 kN /m

 Envolvente de momentos flectores

11
II. Passeio

Hipótese 1: Carga uniformente distribuída

 Carga actuando num passeio


 Sistema estático e representação das cargas

 Diagrama de esforços transversos

Rmax =3.79 kN /m

 Diagrama de momentos flectores

 Carga actuando em simultâneo nos dois passeios


 Sistema estático e representação dos esforços

12
 Diagrama de esforços transversos

Rmax =2.91 kN /m

 Diagrama de momentos flectores

Hipótese 2: Carga Pontual

 Carga actuando apenas num único passeio


 Sistema estático e representação dos esforços

13
 Diagrama de esforços transversos

Rmax =28.00 kN

 Diagrama de momentos flectores

 Carga actuando em simultâneo nos dois passeios


 Sistema estático e representação dos esforços

 Diagrama de esforços transversos

14
 Diagrama de momentos flectores

1.3.4. Combinações das acções em relação aos Estados limites últimos


Segundo o artigo 9.2 do RSAEEP a combinação dos esforços pode ser feita pela seguinte
fórmula:

Permanente Veículo Tipo Passeio


Reacções de apoio 36.4 (kN/m) 180.6 (kN) 28 (kN)
Esforço transverso (+) 14.88 (kN/m) 160 (kN) 8 (kN)
Esforço transverso (-) 21.52 (kN/m) 100 (kN) 20 (kN)
Momento flector no apoio -27.24 -103 (kNm) -40 (kNm)

15
(kNm/m)
Momento flector a 1/2 vão -8.65 (kNm) 168.75 (kNm) -20 (kNm)

Considerando uma faixa de 1 metro tem-se:

i) Esforço transverso

Hipótese 1:

V sd ¿¿

Hipótese 2:

V sd ¿¿

Adopta-se → V sd =269.52 kN

ii) Momento flector

Esforço crítico à meio vão

M sd ¿ ¿

Esforço crítico no apoio

M sd ¿ ¿

1.3.4.1. Verificação da espessura do tabuleiro


i) Secção do meio vão

M sd , max=244.48 kNm; μ=0.15; b=1 m

M sd M sd 244.48∗10−3
μ=
b d2 f cd
→d ≥
√ μb f cd √
→d≥
0.15∗1∗23.3
→ d ≥ 0.26 m

A espessura do tabuleiro verifica nesta secção: h=50 cm

1.3.4.2. Cálculo da armadura


O cálculo da armadura foi feito com base no método de tabelas (Tabela 7 – Flexão Simples)

16
a A'
=0.1 e =0
d A

Armadura Armadura de
Esforço de cálculo μ ω A s (cm2)
Principal Distribuição
∅25@12.5c
M sd ¿ ¿ 0.182 0.209 33.58 ∅12@15cm
m
∅25@12.5c
M sd ¿ ¿ 0.172 0.196 31.50 ∅12@15cm
m

a) Verificação da resistência face ao esforço transverso (Artigo 53o – REBAP)


 Verificação do risco de esmagamento das bielas

V rd =V cd =0.6 τ 1 (1.6−d) b w d=0.6∗0.9∗103∗( 1.6−0.44 )∗1∗0.44=275.62 kN

V sd =269.52 kN <V rd =275.62 kN (OK !)

Nota: Não há risco de esmagamento das bielas e não há necessidade de colocação de armadura
de esforço transverso.

1.3.5. Combinações das acções em relação aos Estados limites utilização


1.3.5.1. Fendilhação
Tratando-se de uma ponte a ser implantada numa região de ambiente moderadamente agressivo o
artigo 68.3 do REBAP preconiza que para a verificação da resistência em relação aos estados
limites de Fendilhação deve-se utilizar as combinações frequente e w =0.2mm, e segundo o
artigo 12º do RSAEEP a combinação dos esforços pode ser feita pela seguinte fórmula:

n
Sd =∑ S g ,i +ψ 1 ,q 1 S q 1 +ψ 2 ,q 2 S q 2
i=1

 Esforço crítico à meio vão

17
M fr ¿¿

 Esforço crítico no apoio

M fr ¿¿

1º Passo: Determinação de c, s, a e η1

c=2.5 cm; s=12.5 cm e η1 =0.4

b=100 cm e A s =39.27 cm2 /m

a=c +ϕl =2.5+2.5=5.0 cm

d=h−a=0.45 m

2º Passo: Determinação de Ac , r , ϱ r , ϵ 1 , ϵ 2 , η2 e Srm

7.5 ϕ=7.5∗2.5=18.75 cm> 12.5 cm→ A c ,r =b∗( a+7.5 ϕ ) =2435 cm2 /m

A s 39.27
ϱr = = =0.016
A c ,r 2435

x=α∗d=0.304∗0.45=0.14 m=14 cm

ϵ c =3.5 %0

ϵ c ×(d −x)
ϵ 1= =7.75 %0
x

ϵ c ×(d −x−a−7.5 ϕ)
ϵ 2= =1.75% 0
x

ϵ 1+ ϵ 2
η2=0.25 =0.153
2 ϵ1

s ϕ
Srm=2 c+ ( 10 )
+ η1 η 2 =148.63 mm
ϱr

3º Passo: Determinação ϵ sm

18
β 1=β 2=0.5 ; E s=200 GPa ; Ec =33.5 GPa ; f ctm=3.1 MPa

Es A 39.37
α= =5.97 ≅ 10 ; ρ= s ∗100= ∗100=0.87
Ec bd 100∗45

C c =6.62
Quadro 2.1 – Fendilhação → {
C s=128.2

M 76.44∗10−3
σ s=C s =128.2 =483.93 MPa
b d2 1∗0.452

0.4 0.4
σ sr =0.6+
√h (
f ctm= 0.6+ )
√ 0.5
∗3.1=3.61 MPa

2
σ σ
Es [ ( )]
ϵ sm= s ∗ 1−β 1 β 2 sr
σs
=0.00062

4º Passo: Determinação da largura das fendas e verificação

w m=ϵ sm × S rm=0.092 mm

w k =1.7∗w m=1.7∗0.092=0.156 mm<0.2 mm ( OK ! )

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2. Análise Longitudinal do Tabuleiro
A análise longitudinal consiste no pré-dimensionamento e dimensionamento das vigas. O
tabuleiro será de dois tramos simplesmente apoiados.

2.1. Pré-dimensionamento
li
12 ≤ ≤ 24 → 0.5 m≤ h ≤ 0.9m →h> 0.90 m→ b=0.4 h=0.4 m
h

2.2. Quantificação de acções


a) Peso da viga

R gv =γ betão∗A c =25∗0.4∗0.9=9 kN /m

b) Peso permanente total

R g=36.4+ 9=45.4 kN /m

20
2.3. Quantificação dos esforços
2.3.1. Acções Permanentes
 Sistema estático e representação das cargas

 Diagramas de esforços transversos

 Diagramas de esforços momentos flectores

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2.3.2. Acções Variáveis
a) Veículo Tipo
 Sistema estático e representação das cargas

 Envolvente de esforço transverso

Rmax =509.3 kN

 Envolvente de momentos flectores

Rmax =140.73+5.73=146.46 kN /m

22
b) Passeio
 Sistema estático e representação das cargas

 Diagrama de esforços transversos

Rmax =28 kN

 Diagrama de momentos flectores

23
2.4. Combinação dos esforços

Combinações Tipo de Esforço Valores


Fundamentais Momento Flector
n
10018.5
(kNm)
Sd =∑ γ g S g ,i +γ q 1 ( S q 1+ ψ 0 ,q 2 S q 2 ) Esforço transverso
i=1
1640.4
(kN)
Raras
n 6767.2
Sd =∑ S g ,i + Sq 1 +ψ o , q 2 Sq 2
i=1
Frequentes
Momento Flector
n 4828.02 
Sd =∑ S g ,i +ψ 1 ,q 1 S q 1 +ψ 2 ,q 2 S q 2 (kNm)
i=1
Quase Permanentes
n 4169.96
Sd =∑ S g ,i +ψ 2 ,q 1 S q 1
i=1

2.5. Pré-esforço
2.5.1. Materiais
 Betão da classe B40 (fctk=2,2MPa; fcd=23,3MPa);
 Armadura de pré-esforço (fpuk=1860MPa; fp0.1k=1670MPa).

2.5.2. Características geométricas da secção da viga

Características
Geométricas da Valores
secção
b (m) 0.40
h (m) 0.90
A (m 2) 0.36
ý (m) 0.45
I x (m 4 ) 0.0243
W x ¿ ¿) 0.054

24
2.5.3. Determinação do pré-esforço
a) Análise da secção na fase de inicial (t=t 0)

−P0 P 0 e M g

{
σ inf =
Ac

σ¿=
− +
wx wx
≤−0.8 f cd

−P 0 P0 e M g
Ac
+ −
wx wx
≤0

b) Análise da secção na fase de final (t=t ∞)

−P ∞ P ∞ e M ' comb

{
σ ¿=
σ inf =
Ac

wx
+

−P ∞ P∞ e M comb
Ac
+
wx

wx
wx
≤0

≤−0.8 f cd

Admitindo que as perdas diferidas do pré-esforço sejam de 15%.

M ' comb=M quase permanente =4169.96 kNm

25
−P0 P0 e M g
Descompressão→
{
σ inf =
σ ¿=
Ac
+ −
wx wx
≤0

−P∞ P ∞ e M ' comb


Ac

wx
+
wx
≤0

P0 ≤ 35499 kN
{
P0 ≥ 12264.59 kN

M comb=M c .raras =6767.2 kNm

−P0 P 0 e M g
Compressão Máxima →
σ ¿={ σ inf =
Ac
− +
wx wx
≤−0.8 f cd

−P ∞ P∞ e M comb
Ac
+
wx

wx
≤−0.8 f cd
P ≥6777.24 kN
→ 0
{
P0 ≤ 11391.15 kN

Adopta-se P0=15000 kN

2.5.4. Determinação do fuso limite


A determinação do fuso limite é feita com base nas equações de descompressão.

Equações dos momentos permanentes e das envolventes das acções variáveis:

Acções Equações
Peso próprio  M g =567.5 x−22.70 x 2
Veículo tipo  M q 1=498.45 x−19.94 x 2
Passeio  M q 2=28 x−1.12 x2
Combinaões frequentes  M comb=772.48 x−30.90 x 2

26
M comb w x

{
einf = −
0.85 P0 A c
M w
e ¿= g + x
P0 A c

x (m) 0 2.5 5 7.5 10 12.5 15 17.5 20 22.5 25


e ¿ (m) -0.150 -0.014 0.092 0.168 0.214 0.229 0.214 0.168 0.092 -0.014 -0.150
e inf (m) 0.150 0.235 0.301 0.349 0.377 0.386 0.377 0.349 0.301 0.235 0.150

Como pode-se observar na figura acima, o cabo equivalente encontra-se dentro do fuso limite.

27
2.5.5. Dimensionamento dos cabos
Admitindo que as perdas instantâneas equivalem a 15% pré-esforço inicial.

σ po ' ≤ 0.75 f puk


{
σ po ' ≤ 0.85 f p 0,1 k

15000
P'o =P o +∆ P'o → P'o = =16647.06 kN ≅ 16650 kN
0.85

P'o

{ A p≥

Ap≥
0.75 f puk
Po'

0.85 f p 0.1 k
→ A p ≥ 119 .4 cm2

→ A p ≥ 117.29 cm2
→ A p ≥ 119 .4 cm2

 Número de cordões

Ap 119.2
n= +1= +1=86 cordões
A cordão 140∗102

Com base no catálogo dsi-dywidag adopta-se 4 x 6822 →ϕ bainha=105 mm com placa de


ancoragem de dimensão 370X370mm.

2.5.6. Perdas de Pré-esforço


2.5.6.1. Perdas Instantâneas
Considerou-se:
 Penetração das cunhas: Δs = 2,5mm;
 Coeficiente de atrito entre as duas superfícies em contacto: μ = 0,20 (CEB/FIP);
 Desvio angular parasita: k=0,006rad/m (REBAP)

2.5.6.1.1. Perdas por atrito


1º Passo: Equação do cabo equivalente

17.
x (m) 0 2.5 5 7.5 10 12.5 15 20 22.5 25
5

28
0.2 0.2 0.2 0.1
e (m) 0 0.09 0.16 0.24 0.25 0.09 0
1 4 1 6

e ( x )=0.04 x−0.0016 x 2

2º Passo: Ângulo de desvio em relação a secção de aplicação do pré-esforço.

y ' =0.04−0.0032 x

β= y ' ( 0 )− y ' ( 2l =12.5 m)=0.0016 rad


β ( x )=0.000128 x

3º Passo: Determinação da tensão do pré-esforço inicial

P ' o 16650∗10−3
σ po' = = =1382.89 MPa
A p 140∗10−6∗86

4º Passo: Equação da perda de pré-esforço por atrito

∆ σ p o ,1( x )=σ po [μ (β ( x )+ kx)] → ∆ σ p o , 1( x )=1.71 x

σ p o ,1( x )=σ po' −∆ σ p o , 1( x )=1382.89−1.71 x

x (m) β (rad ) ∆ σ p o ,1 ( MPa)σ p o ,1 ( MPa)


0 0 0 1382.89
0.000 1378.61
2.5 32 4.275 5
0.000
5 64 8.55 1374.34
0.000 1370.06
7.5 96 12.825 5
0.001
10 28 17.1 1365.79
0.001 1361.51
12.5 6 21.375 5
0.001
15 92 25.65 1357.24

29
0.002 1352.96
17.5 24 29.925 5
0.002
20 56 34.2 1348.69
0.002 1344.41
22.5 88 38.475 5
0.003
25 2 42.75 1340.14

30
2.6.1.1.2. Perdas nos dispositivos de amarração

σ o =σ p o =σ po 1 =1382. 89 MPa
'
Para ancoragem activa (x=0):

Assume-se s ≅ 5mm. ( Este valor e dado pelo fabricante do cabo )


Δσ P ( x)=2σ P ¿ p∗( a−x )
'
02 0 para x = a
1º Passo: Comprimento afectado (a)
β(x) 0.0016
P =μ ( x )
+ k =0.21∗(
12.5
+0.005)=0.001456

Δs⋅E p 0 , 005×200⋅103
a=
√ σ o⋅P
=
√1382 .89×0 , 001456
=22. 29 m≃22 .5 m

2º Passo: Equação da perda por reentrância dos dispositivos de amarração


0 ≤ x ≤ 22.5 m

Δσ po,2 ( x)=2∗σ o1⋅P⋅( a−x)


Δσ po,2 ( x)=2×1382. 89×0, 001456×(22. 5−x )
Δσ po,2 ( x)=90.61−4 .03 x

Nota: Para os restantes valores de x as perdas são nulas.

31
σ P 02 ( x )=σ po ,1 ( x )−∆ σ po , 2(x )

x (m) σ p o ,1 ( MPa)∆ σ p o ,1 (MPa)


σ p o ,2 ( MPa)
0 1382.89 0 1382.89
2.5 1378.615 80.535 1302.355
5 1374.34 70.46 1312.43
7.5 1370.065 60.385 1322.505
10 1365.79 50.31 1332.58
12.5 1361.515 40.235 1342.655
15 1357.24 30.16 1352.73
17.5 1352.965 20.085 1362.805
20 1348.69 10.01 1372.88
22.5 1344.415 0 1344.415
25 1340.14 0 1340.14

32
2.5.6.1.3. Perdas devidas à deformação do betão

Admite-se que o pré-esforço é aplicado ao betão aos 28 dias de idade.


Número de cabos considerados: 4
E p =200 GPa
Ec , 28=33.5GPa

−1 n−1 E p
∆ σ po ,3= × × σ (x)
2 n Ec , j c
 M g =567.5 x−22.70 x 2
e ( x )=0.04 x−0.0016 x 2

A p =12040 mm2
P0 (x )2 =σ po ,2 ( x )∗A P
2
P 0 ( x)2 M g (x ) e( x) P0 ( x)2 e( x )
σ c ( X )=− + −
A I I
σ po, 3 ( x )=σ po ,2 ( x )−∆ σ po , 3( x)

x (m) M g ( kNm) e (m) σ p o ,2 (MPa) Po , 3 (kN ) σ c (MPa) ∆ σ p o ,3 ( MPa) σ p o ,3 ( MPa)


0.00 0.00 0.00 1382.89 16650.00 -11.87 26.58 1356.31
2.50 1276.88 0.09 1302.36 15680.35 -13.45 30.12 1272.24
5.00 2270.00 0.16 1312.43 15801.66 -15.19 34.00 1278.43
7.50 2979.38 0.21 1322.51 15922.96 -17.06 38.20 1284.30
10.00 3405.00 0.24 1332.58 16044.26 -19.07 42.70 1289.88
12.50 3546.88 0.25 1342.66 16165.57 -21.20 47.46 1295.19
15.00 3405.00 0.24 1352.73 16286.87 -23.43 52.45 1300.28
17.50 2979.38 0.21 1362.81 16408.17 -25.74 57.62 1305.19
20.00 2270.00 0.16 1372.88 16529.48 -28.10 62.92 1309.96
22.50 1276.88 0.09 1344.42 16186.76 -30.50 68.29 1276.13
25.00 0.00 0.00 1340.14 16135.29 -32.91 73.67 1266.47

33
2.5.6.1.4. Tabela resumo das perdas instantâneas
Perdas Instantâneas
X σ ' po ∆ σ ' p o ,1 ∆ σ p o ,2 ∆ σ p o ,3 ∆ σ p o ,total σ p o ,3 % ∆ σ 'o
0 1382.89 0 0 26.58 26.58 1356.31 1.92
2.5 1382.89 4.28 80.54 30.12 114.93 1267.96 8.31
5 1382.89 8.55 70.46 33.99 113.01 1269.88 8.17
7.5 1382.89 12.83 60.39 38.20 111.41 1271.48 8.05
10 1382.89 17.10 50.31 42.70 110.11 1272.78 7.96
12.5 1382.89 21.38 40.24 47.46 109.07 1273.82 7.88
15 1382.89 25.65 30.16 52.45 108.26 1274.63 7.82
17.5 1382.89 29.93 20.09 57.62 107.63 1275.26 7.78
20 1382.89 34.20 10.01 62.92 107.13 1275.76 7.74
22.5 1382.89 38.48 0.00 68.29 106.76 1276.13 7.72
25 1382.89 42.75 0.00 73.67 116.42 1266.47 8.41

Nota: a maior perda ocorre na extremidade (x = 25m, secção da ancoragem passiva), sendo de
8.41%.
Na secção crítica tem-se uma perda de carga de 7.88 % que é aproximadamente igual à estimada,
então:
P0=15337.98 KN >15000 kN (OK !)

34
2.5.6.2. Perdas Diferidas
Admite-se que o pré-esforço é aplicado ao betão aos 28 dias de idade e foram considerados para
os cálculos das perdas aço de baixa relaxação.
t 0=28 dias tempo de aplicação do pré −esforço
t=1000 dias de idade do betão a dataem que se pretende aplicar o pré −esforço

Considerando humidade relativa=75 %


ε cs (t , t 0 )=200∗10−6
ϕc =2 .3
E P 200
α= = =5 . 97
E c , 28 33 .5

A expressão para o cálculo das perdas diferidas é dada por:

ε cs ( t ,t 0 )∗E P + α∗ϕc ( t , t 0 )∗[ σ c , g ( x )+σ c, P0 ( x ) ]−Δσ P ,t−t 0 ,r ( x )


Δσ P , s+c +r ( x )=−
t
σc , P( x ) ϕ ( t , t0 )
1−α∗
σ P0 ( x ) (
∗ 1+ c
2 )
1º Passo: Equação de M g ( x )

M g ( x )=468.17 x−18.73 x 2

2º Passo: Equação de σ g ( x )

M g ( x )∗e( x ) (468.17 x−18.73 x 2)


σ c, g ( x )= = ∗(0.04∗x−0.0016∗x 2)
I 0.8759

35
3º Passo: Equação de
σ c , po

P o( x ) P o( x )⋅e(2x )
σ c , po( x )=− −
Ac I
2
1 e( x )
σ c , po( x )=−σ po ( x )⋅A p ∗
Ac I ( )
σ po ( x )
Po( x ) } valores obtidos no final das perdas instantâneas.

4º Passo: Equação de
σ c ,g 2
Considerando um aço de relaxação normal ter-se-á:
Δσ Pt , s+c +r ( x )=0 .15×σ P0 ( x )

M g 2 ( x ) =567.5 x −22.70 x 2
M g 2 ( x )∗e ( x )
σ C ,g 2 ( x )=
I
5º Passo: Equação de σ cP,r ( x )
σ cP,r ( x )=σ P 03 ( x )+ α∗σ c , g 2 ( x )−0.3∗¿
6º Passo: Equação de σ Po 3+ g 2 ( x )

σ P 03+ g 2 ( x )=σ P 03 ( x ) +α∗σ c , g 2( x )


7º Passo: Equação de k i ( x )
σ cP ,r ( x )−900
k i ( x )= ∗0.06
360
8º Passo: Equação de σ pr ,t −t 0 ,r ( x )

σ pr ,t −t 0 ,r ( x )=k ( x )∗σ P 03 +g 2 ( x)
9º Passo: Perdas diferidas
ε cs ( t ,t 0 )∗E P + α∗ϕc (t , t 0 )∗[ σ c , g ( x )+σ c, P0 ( x ) ]−Δσ P ,t−t 0 ,r (x )
Δσ P t , s+c +r ( x )=−
σc , P( x ) ϕ ( t , t0 )
1−α∗
σ P0 ( x ) (
∗ 1+ c
2 )
36
Perdas Diferidas
x σ c, g σ po, 3 σ c, po Δσ P , s+c +r σ c, g 2 σ cP,r σ po, 3+c , g 2 ki σ pr ,t −t ,r
Δσ P , s+c +r % ∆ σ∞
t o t

0.1
0.00 1356.31 0.00 203.45 0.00 1152.86 1356.31 142.90 102.90 7.59
0 1
0.0
2.34 1272.24 -1.60 190.84 1.87 1092.57 1283.40 102.97 51.97 4.09
2.5 8
0.0
4.39 1278.43 -3.22 191.76 4.92 1116.04 1307.80 117.72 59.73 4.67
5 9
0.1
6.65 1284.30 -5.08 192.65 8.44 1142.05 1334.69 134.61 69.52 5.41
7.5 0
0.1
9.40 1289.88 -6.97 193.48 11.80 1166.85 1360.33 151.25 72.83 5.65
10 1
12. 0.1
9.90 1295.19 -8.74 194.28 14.52 1187.60 1381.88 165.60 100.93 7.79
5 2
0.1
9.40 1300.28 -10.25 195.04 11.80 1175.69 1370.73 157.45 117.26 9.02
15 1
17. 0.1
6.65 1305.19 -11.80 195.78 8.44 1159.80 1355.58 146.74 159.00 12.18
5 1
0.1
4.39 1309.96 -12.10 196.49 4.92 1142.84 1339.34 135.52 180.04 13.74
20 0
22. 0.0
2.34 1276.13 -12.27 191.42 1.87 1095.87 1287.29 105.06 179.28 14.05
5 8
0.0
0.00 1266.47 -12.33 189.97 0.00 1076.50 1266.47 93.14 197.73 15.61
25 7

37
Nota: a maior perda ocorre na extremidade (x = 25m, secção da ancoragem passiva), sendo de 15.61%.
Na secção crítica tem-se uma perda de carga de 7.79 % que é aproximadamente igual à estimada, então:

38
2.5.7. Pressão localizada
O dimensionamento da viga conduziu a um valor do pré-esforço na origem (ancoragem) de

P0' =16650 KN . Adoptaram-se quatro (4) cabos de P0' =4262.5 kN cada, localizado conforme se
ilustra na figura.

A largura da viga determinada no pré-dimensionamento foi de 40cm, porém, a largura da placa


de ancoragem é de 37cm. O grupo decidiu aumentar a largura da secção da viga na zona dos
apoios dado que a pré-dimensionada é muito pequena para a disposição das placas na secção,
assim, a medida que se afasta dos apoios, a largura da viga vai se reduzindo. O mesmo irá
acontecer com a altura da viga.

Figura – Secção transversal da viga nos apoios

Considerando uma placa de ancoragem de 0.37 x 0.37 m 2 e os valores de f cd =23.3 MPa e

A1=1.52∗1.52=2.31 m 2

Ao =4∗0.37∗0.37=0.5476 m 2

γ g∗P0 1.35∗16650
'

F sd = = =5619.375 kN
n 4

39
2.5.7.1. Verificação ao esmagamento do betão
F sd ≤ Pcrd ∗A o

A1 2.31
Pcrd =f cd∗
√ A0 √
=23.3∗
0.5476
=47.86 MPa

Pcrd ≤3.3∗f cd

47.86 MPa ≤ 76.89 MPa → OK !

Pcrd ∗A 0=44.95∗103∗0.1849=8310.34 KN

F sd ≤ Pcrd ∗A o →5619.375 kN ≤ 8310.34 KN → OK !

2.5.7.2. Dimensionamento das Armaduras

Análise do faseamento na aplicação do pré-esforço

Parâmetros (m) Valores


a0 0.37
b 0.45
b' 0.63
a1 0.63
a2 1.53

a0 2a 1
F t 1 ,sd =0.3∗F sd∗ 1− ( ) a1 (
=691.18 kN ; Ft 2 ,sd =0.6∗F sd ∗ 1− )
a2
=606.90 kN

F t ,sd
A s=
f syd

40
A s ,1=19.86 cm 2 ; A s ,2 =17.43 cm2

 Armadura distribuída ao longo da faixa a 1=0.63 m:

A s= A s ,1 + A s , 2=37.25 cm2 → 34 ϕ 12→ 3 filas de 11 ϕ 12

 Armadura distribuída ao longo da faixa a 2−a1=1.53−0.63 m=0.9 m:

A s ,2=17.43 cm2 → 35 ϕ 8 →3 filasde 12ϕ 8

2.5.8. Verificação ao Estados Limites de Deformação


Calculo das flechas

l
δ máx=
400
l 25
δ máx= = =0 .0625 m
400 400

 Devido as cargas permanentes (considerando distribuição uniforme)


5∗g∗l 4
f g= =0.0317 m
348∗EC∗I
 Devido ao pré-esforço
−5∗P0∗e∗l 2
t 0 → f Pe = =−0.0310 m
48∗E c∗I

−5∗P ∞∗e∗l 2
t ∞ → f Pe = =−0.0286 m
48∗Ec∗I
 Devido à sobrecarga do passeio (carga pontual)

g∗l 3 28∗253
f sp = = =0.0027 m
48∗EC ∗I 48∗33.5∗106∗0.024

41
 Devido à sobrecarga do veiculo tipo (considerando distribuição uniforme)
g∗l 4
f vt = =0.055 m
348∗E C∗I
 Cálculo flecha total
f T =f g+ f q −f pe
f T =0.0317+ ( 0.0027+0.055 )−( 0.0310+0.0286)=0.0298 m
δ max > f T →OK !

2.5.9. Verificação ao Estados Limites de Fendilhação


a) Estado limite de largura das fendas
Combinações Frequentes: M = 4703.85 KN.m
σ ins ≤ f ctm
−P∞ P∞∗e M
σ ins = − + =1.87 MPa≤ 3.10 MPa
A Wi W i
σ ins =1.87 MPa ≤ 3.10 MPa → OK !

Conclusão: Não há fendilhação.

2.5.10. Verificação ao Estado Limite Último de Flexão

d s =0.85 m; d p =0.70 m

Ac =0.4∗0.8 x=0.32 x

42
y g=0.4 x

Equação de equilíbrio de translação


∑ F x=0 → F s + F p −F c =0
F c =0.85∗f cd∗A c =6337.6 x
f p 0,1 k
F p= ∗A p=17484.17 kN
1.15
F s=f syd∗A s=348000 A s

6337.6 x−17484.17
348000 A s +17484.17−633.76 x=0 → A s=
348000

Equação de equilíbrio de rotação

∑ M Fc =0 : M sd=F s∗(d ¿ ¿ s− y g )+ F P∗(d ¿ ¿ p− y g)=0 ¿¿


Posição da linha neutra (LN)
10018.5 = 348∗103 A s∗( 0.85−0.4 x ) +17484.17∗(0.70−0.4 x )
x=0.67 m
Verificação de hipóteses de cedência
 Armadura ordinária
εc εs 3.5∗(0.85−0.67)
= → εs = → ε s=0.94 %0
x d−x 0.67
ε s=0.94 %0¿ 3.5 %0 (OK!)
 Armadura de pré-esforço
ε c ∆ ε Pe 3.5∗( 0.7−0.67)
= → ∆ ε Pe = → ∆ ε Pe =0.16 % 0
x d p−x 0.67
P∞ 14143.15
ε P∞= = 6
∗10 3 → ε Po=5.87 %0
A P∗EP 12040∗10 ∗200∗10
−6

ε P=ε Po+ ∆ ε Pe=5.87 +0.16=6.03 %0


f pyd 1670
ε Pyd = = 3
∗103 → ε Pyd =7.26 %0¿ ε P=6.03 %0 (OK!)
E P 1.15∗200∗10

43
Cálculo de armadura ordinária

6337.6 x −17484.17
A s= =−0.038 m 2
348000
NB: É necessário dispor de armadura mínima.

Armadura mínima ( art. 90° REBAP ¿


ρ=0.15( A 400)
ρ=
A s(mim)
bt∗d
∗100 →
{
b t=0.4 m
d=0.85m

A S(mim)= ρ∗b t∗d∗102=0.15∗0.4∗0.85∗102=5.1cm2


2 2
A S(mim)=5.1 cm → 5 ∅ 12( A s (efec )=5.65 cm )
Armadura de alma (Art. 96 ° REBAP ¿
A S(alma) ≥ 4 %∗A S

A S(alma) ≥ 0.04∗5.65=0.0392 cm2


2 2
A S(alma)=0.98 cm → 4 ∅ 10 (A S ( efec )=3.14 cm )

2.5.11. Verificação ao Estado Limite Último de Esforço Transverso (Art. 53º REBAP)

τ 1=0.90 MPa
B40 →
{
τ 2=7.0 MPa
ρ w =0.10

P∞ =14143.87 kN

e ( x )=0.04 x−0.0016 x 2

e (x=1.0)' =0.0384 m

Largura efectiva: bw=0.4 m

44
Esforço transverso máximo: V sd =1640.4 kN

V sd (Pe)=P∞∗e ( x=1 )' =14143.87∗0.0384=543.12 KN

1º Passo: Esforço transverso a vencer


V sd =V sd −V s ( Pe )=1640.4−543.12
V sd =1097.28 kN
2º Passo: Esmagamento do betão
V sd ≤ V Rd =τ 2∗bw ∗d=7.0∗103∗0.4∗0.85=2380 kN
1097.28 kN ≤ 2380 kN →OK !
3º Passo: Resistência atribuida ao betão
M0 M0
(
V cd =τ 1∗b w∗d∗ 1+ ) (
M sd
→ 1+
M sd )
=0 → A secção de análise e nos apoios.

V cd =τ 1∗b w∗d=0.9∗103∗0.4∗0.85=306 kN
4º Passo: Resistência atribuida as armaduras
V wd =V sd −V cd =1097.28−306
V wd =791.28 kN

5º Passo: Espaçamento de armadura

V Rd=2380 kN

V Sd =1097.28 kN

1 2
τ 2∗b w∗d=396.67 kN ≤V Sd=1097.28 kN ≤ τ 2∗bw∗d=1586.67 kN → Zona 2
6 3

Smax ≤ 0.5∗d=42.5 cm → Smax =25 cm


{ 25 cm

Adopta-se s=10 cm

6º Passo: Armadura
α =90º

45
A sw
V wd ≥0.9 d f ( 1+ cotgα ) senα
s syd
A sw 29.72 cm2 2
= → A sw =29.72∗0.1=2.9 7 cm → 4 Rϕ 10@ 10 cm
s m

46

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