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PUC - Cinema

Bernardo Alves Valente

Análise - The Cosmic Dope - A Plant Experience

Começamos com um MEIO PRIMEIRO PLANO (MPP) que se transforma em um


PRIMEIRO PLANO (PP) para se ler um aviso inicial.
Logo de início vemos um visual mais retro pela fotografia mais amarelada e granulada, além
de logico o formato 1.19:1 que entrega um pouco da proposta estética do curta.
Inicia-se então uma introdução que vai de um PLANO DE DETALHE (PD) que segue até
um PLANO AMERICANO (PA), um rápido PLANO DE DETALHE (PD) seguido para um
PRIMEIRO PLANO (PP). Segue a introdução com vários cortes RAPIDOS que variam em
PA, PM e MPP. Dois cortes em MEIO PRIMEIRO PLANO (MPP) que introduzem os nomes
dos personagens, seguidos de um PLANO DE MEIO CONJUNTO (PMC) que finaliza a
introdução com o nome do curto e um PLANO MÉDIO (PM).
A direção de fotografia na introdução nos deixa claro a ideia de anos 60/70 do curta, mais
também nos mostra uma ideia futurista, tipo de coisa muito comum em filmes dessa época
como Os Caça-Fantasmas (1984) com seus equipamentos de plasma e lazer.
O programa começa com uma voz em off bem característica da época, onde o apresentador
nos fala sobre as propriedades de uma orquídea rara, seguimos com um MEIO PRIMEIRO
PLANO (MPP) que segue até a apresentação da nossa personagem Nancy, então temos um
corte para PLANO DE MEIO CONJUNTO (PMC) e um zoom que volta ao MEIO
PRIMEIRO PLANO (MPP).
Temos então uma sequência de PLANOS DE DETALHE (PD) que mostra a preparação para
o experimento até terminar com um PLANO DE MEIO CONJUNTO (PMC).
Seguimos então com uma dinâmica de planos PMC, PM, MPP e PD, onde é mostrado todo a
preparação da personagem para o teste, o curta usa essa forma dinâmica com vários cortes
para emergir o espectador a ideia de um programa de TV padrão da época, nessa cena por
exemplo temos um total de 12 cortes durante a explicação.
MEIO PRIMEIRO PLANO (MPP) seguimos no laboratório para entendermos o processo
mais cientifico, a cada passo do processo temos um corte que segue a lógica de MEIO
PRIMEIRO PLANO (MPP), PRIMEIRO PLANO (PP), PLANO DE DETALHE (PD) e
PLANO DE MEIO CONJUNTO (PMC), tendo um total de 34 cortes, alguns super rápidos
para passar a ideia de desespero e que algo está para falhar e cada vez que algo sai do
controle os cortes ficam mais rápidos.
Chegamos então no clímax do curta onde a um erro no teste, entramos em um PLANO DE
MEIO CONJUNTO (PMC), a fotografia muda completamente seu visual, e a cor vermelha
ganha grande foco, para simbolizar a ideia de falha/erro.
2 cortes rápidos, PLANO AMERICANO (PA) câmera desliza para um MEIO PRIMEIRO
PLANO (MPP) e assim se finaliza o curta com um grande erro técnico no experimento.
The Cosmic Dope - A Plant Experience é uma produção muito bem feita e com total sucesso
em sua proposta de simular um episódio de um programa dos anos 60.
Toda a montagem cria essa sensação, desde os planos com seus focos no olhar, o destaque de
um objeto, a profundidade, justaposição (como no caso dos textos ou imagens que aparecem
durante as explicações), a simetria nas cenas, e a clareza dos elementos na imagem.
Além disso a fotografia em si simula muito bem o tom vintage retro do curta e finalizando
com um dos elementos mais importantes os efeitos sonoros e a própria trilha do curta, que é a
parte principal para a imersão do espectador.

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