Você está na página 1de 61

EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTIÇA – STJ.

1
WILSON KORESSAWA , brasileiro,
divorciado, Promotor de Justiça aposentado, portador do RG
número 490.801, SSP/AP, do CPF 366.704.991-91 e do título
de eleitor número 0025.9673.2038, Seção 0253, Zona 019,
residente na QNE 19, casa 22, Taguatinga Norte, CEP –
72.000-000, como qualquer pessoa (art. 654, CPP), vem
à presença de Vossa Excelência, por meio do Advogado que
esta subscreve, com fulcro na Constituição, com base nos
arts. 1o., parágrafo único, LXVIII, LXXVII e 37, da
Constituição Federal e art. 647 e seguintes do Código de
Processo Penal, tendo em vista a possibilidade da prática de
ato abusivo e ilegal, impetrar

HABEAS CORPUS INDIVIDUAL, COLETIVO E


PREVENTIVO EM FAVOR DO IMPETRANTE E DE
TERCEIROS contra a seguinte autoridade:

1
O requerente é brasiliense, formado em Direito pelo CEUB e Mestre em Direito pela
Universidade de Brasília- UnB.
Foi aprovado nos concursos públicos para Auxiliar Judiciário e Oficial de Justiça do
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios - TJDFT, Juiz de Direito das Justiças do DF
– TJDFT e do Estado do Amapá – TJAP - e para Promotor de Justiça dos Ministérios Públicos
do Distrito Federal – MPDFT - e do Estado do Amapá - MPAP.
Exerceu os cargos de Auxiliar Judiciário e Oficial de Justiça no TJDFT, Juiz de Direito na
Justiça do Estado do Amapá e Promotor de Justiça no Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios – MPDFT.
05. Governador do Distrito Federal, IBANEIS ROCHA, com
endereço na residência oficial no DF, com endereço na
residência oficial nesse Estado que figura como autoridade
coatora, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir
expostos.

1. DOS FATOS

O requerente protocolizou, em nome de


COALIZAÇÃO PRÓ-CIVILIZAÇÃO CRISTÃ, na Secretaria de
Segurança Pública do Distrito Federal AVISO PRÉVIO DE
MANIFESTAÇÃO E REUNIÃO, a ser realizada entre os dias 01
a 20/09/2021, na Esplanada dos Ministérios, Brasília-DF,
conforme cópia anexa.

A referida entidade pretende exercer o direito


de manifestação e de reunião no âmbito do Distrito Federal,
com o objetivo de comemorar a liberdade de expressão, de
locomoção, entre outros direitos alcançados pelo povo
brasileiro, titular da soberania popular e de quem emana
todo o poder, nos termos do art. 1o, parágrafo único, da
Constituição Federal.
A convocação para aquela data
comemorativa está sendo feita pelas redes sociais e por meio
de contatos de whatsapp, havendo expectativa de diversas
caravanas de ônibus e carros particulares virem para o
Distrito Federal, estimando-se um público de 10.000
pessoas, que pretendem ficar acampadas nesse período,
sendo que todos necessitam de espaços públicos a serem
destinados à colocação de barracas e para o estacionamento
dos carros particulares, ônibus e demais veículos
eventualmente envolvidos.
Trata-se de manifestação divulgada em
diversos Estados da Federação, com possibilidade de afluxo
de pessoas e de veículos se originarem de várias unidades,
devendo ser garantido o direito de locomoção delas de onde
vierem até o Distrito Federal, bem como a entrada de todos
os participantes na Capital Federal.
Ressalta que todos já estão sendo alertados
quanto ao disposto no art. 7o. do referido anexo, segundo o
qual, fica vedada nas locomoções a pé, nas reuniões e
manifestações públicas, a utilização, pelos
participantes, de instrumentos capazes de produzir
lesões corporais e danos ao patrimônio público e
privado.
Por fim, anuncia que, no que depender da
vontade daquela entidade, a manifestação realizar-se-á com
respeito aos ditames constitucionais e legais e no exercício
regular dos direitos acima mencionados (art. 23, III, do
Código Penal).
Em 10/08/2021, foi feito requerimento
endereçado ao Presidente do Senado Federal, Senador
Rodrigo Pacheco, com os seguintes pedidos:

1. DESARQUIVAMENTO E ENCAMINHAMENTO DE
TODOS OS PEDIDOS DE IMPEACHMENT DOS
MINISTROS DO STF, ILEGALMENTE ARQUIVADOS
PELO SENADOR ALCOLUMBRE PARA REGULAR
TRAMITAÇÃO E DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO DO
SENADO FEDERAL, com fundamento nos artigos 37 e
52, II, da Constituição Federal, 44 a 49, da Lei 1.079/50
e 377, do Regimento Interno do Senado Federal;
2. INSTAURAÇÃO DE PROCESSO DE CASSAÇÃO DO
MANDATO do Senador Davi Alcolumbre, junto ao
Conselho de Ética do Senado Federal.

Em 13/08/2021, foi protocolizado novo


requerimento a ele para que determinasse:

1. URGENTE TRAMITAÇÃO DE TODOS OS PEDIDOS


DE IMPEACHMENT DOS MINISTROS DO STF,
TANTO DOS ILEGALMENTE ARQUIVADOS PELO
SENADOR DAVI ALCOLUMBRE QUANTO DOS
PROTOCOLIZADOS NO ANO DE 2021, PARA
URGENTE DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO DO
SENADO FEDERAL e IMEDIATO AFASTAMENTO DE
TODOS OS DENUNCIADOS, com fundamento nos
artigos 37 e 52, II, da Constituição Federal, 44 a 49, da
Lei 1.079/50 e 377, II, do Regimento Interno do
Senado Federal;
2. O DESMEMBRAMENTO DO ITEM IMPRESSÃO DA
CÉDULA NO PROCESSO DE VOTAÇÃO ELETRÔNICA
E CONTAGEM PÚBLICA DOS VOTOS DA PEC 113-
A/2015, PARA TRAMITAÇÃO COM URGÊNCIA
URGENTÍSSIMA para aprovação de tais itens,
pois, representam a inequívoca vontade popular

De acordo com disponibilização no site do


Senado Federal, da mesma forma que ocorreu no ano de
2020, as 18 denúncias contra os Ministros do Supremo
Tribunal Federal (PETs 01 a 18/2021), apresentadas desde
fevereiro de 2021, não tiveram andamento na forma
estabelecida pelos arts. 44 e seguintes, da Lei 1.079/50,
estando todas com a mesma tramitação, qual seja, À
ADVOCACIA DO SENADO FEDERAL, PARA
ELABORAÇÃO DE PARECER, havendo as que se encontram
paralisadas há mais de 06 meses, contrariando,
frontalmente, o que dispõe a referida lei.
Em consonância com a Lei 1.079/50 (art. 44),
recebida a denúncia pela Mesa do Senado, será lida no
expediente da sessão seguinte e despachada a uma
comissão especial, eleita para opinar sobre a mesma. A
comissão a que alude o artigo anterior, reunir-se-á dentro
de 48 horas e, depois de eleger o seu presidente e relator,
emitirá parecer no prazo de 10 dias sobre se a denúncia
deve ser ou não julgada objeto de deliberação. Dentro desse
período poderá a comissão proceder às diligências que julgar
necessárias (art. 45).
Portanto, é inequívoca a ilegalidade que vem
sendo praticada por Vossa Excelência, configuradora de ato
de improbidade administrativa, no sentido de não observar
o que determina, expressamente, a referida lei e a
Constituição Federal (princípio da legalidade - art. 37,
CF), no que se refere à tramitação dos pedidos de
impeachment dos Ministros do STF.
Por outro lado, no que se refere à
contagem pública dos votos, tramita no Senado
Federal, a PEC 113-A/2015, desmembrada da PEC
182/2007 e da PEC 23/2007 (que teve como primeiro
signatário o Senador Marco Maciel), já aprovada na
Câmara dos Deputados e pronta para apreciação em
Plenário pelos Senadores, que visa a reformas
político-eleitorais e trata de diversos temas, entre eles
da alteração do artigo 14, da Constituição Federal, a
qual se refere, em um dos temas, à impressão da
cédula no processo de votação eletrônica e contagem
pública dos votos, item que deve ser desmembrado
para tramitação com urgência urgentíssima.
A PEC 182/2007 tratava de diversos
temas, inclusive a impressão do registro do voto, a
saber:
Art. 11. O art. 14 da Constituição Federal passa a
vigorar acrescido dos seguintes §§ 13,14,15:
Art. 14......................................................
§ 13. No processo de votação eletrônica, a urna
imprimira o registro de cada voto, que será
depositado, de forma automática e sem contato
manual do eleitor, em local lacrado.
§ 14. O processo de votação não será concluído
ate que o eleitor confirme a correspondência
entre o teor do registro de se voto, após impresso
e exibido pela urna eletrônica e o voto que
efetuou.
§ 15. No processo estabelecido nos §§ 13 e 14,
será garantido o total sigilo do voto”

Todas essas reivindicações são legítimas,


pois, o poder emana do povo e a população brasileira não
consegue mais conviver com as restrições de direitos
fundamentais que vêm sendo impostas pelos Ministros do
STF, com prisões ilegais, condução indevida de inquéritos na
própria Corte, que faz o papel de Delegados de Polícia,
Promotores de Justiça e desrespeita dos os procedimentos
legais, que vêm impondo verdadeira tortura, mortes,
desemprego, quebra de empresas e, apesar de serem
denunciados, o Senado Federal vem acobertando a
adequada tramitação das denúncias para apurar tais
ilegalidades, crimes e atos de improbidade administrativa.
A Constituição Federal é clara ao prever que
COMPETE PRIVATIVAMENTE AO SENADO FEDERAL
PROCESSAR E JULGAR OS MINISTROS DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL (art. 52, II). O Presidente não é o
Senado Federal, mas, apenas um dos seus Membros.
No que se refere aos pedidos de
impeachment dos Ministros do STF, a Lei 1.079/50 (art. 48)
também evidencia que é o Senado Federal que resolve
se a denúncia deve ser objeto de deliberação ou
arquivada.
O Regimento Interno do Senado Federal, no
título X, capítulo I, dispõe sobre o funcionamento como
órgão judiciário e reproduz o Texto Constitucional, no sentido
de prever que compete privativamente ao Senado
Federal processar e julgar os Ministros do STF (art.
377, II).
Faz-se pertinente especificar o Estado de
flagrância delitiva, em relação à inconstitucional e ilegal
prisão do Deputado Federal Daniel Silveira que, na forma
estatuída na ordem jurídica, não deveria ter sido preso ou
ter a prisão mantida, por crime inexistente, cuja incoerência
reflete inegável abuso de autoridade e atos de improbidade
administrativa, uma vez que, a prisão cautelar,
supostamente, ocorreria por crime inafiançável. Entretanto,
o Min. Alexandre de Moraes fixou fiança, desconsiderando
a inafiançabilidade do inexistente delito.
Mesmo após o preso pagar a fiança, o
STF manteve a prisão, sendo que deveria, obrigatoriamente,
conceder a liberdade provisória.
Essa conduta demonstra a
prorrogação ilegal e inconstitucional da segregação cautelar,
impondo-se sofrimento além do razoável, o que caracteriza
o crime hediondo de tortura, esse sim, inafiançável, que
deve ensejar a prisão em flagrante delito de todos os que
aprovaram tal medida.
Além do acima exposto, vale ressaltar
que o STF tem desrespeitado o princípio da harmonia
e separação dos Poderes, além de violar o pacto
federativo e causar conflitos entre os poderes.
O STF também outorgou, em tempo de
pandemia, a Governadores e Prefeitos competências
constitucionais atribuídas ao Presidente da República pela
Constituição Federal, criando inaceitável violação pelos entes
federativos de direitos e garantias fundamentais, lastro
maior do Estado Democrático de Direito.
Após aquele prazo (72 horas), no
exercício regular dos direitos constitucionais à liberdade de
expressão, ao direito ao trabalho e à saúde, enfim, a vida
digna (art. 23, III, do Código Penal), caso não sejam
atendidas as reivindicações do povo brasileiro (afastamento
imediato dos Ministros do STF e aprovação do voto impresso
com contagem pública), todas as medidas pertinentes serão
adotadas para a consecução desse desiderato, pois, o poder
emana do povo (SUPREMO É O POVO, porque o poder
emana dele – art. 1o, parágrafo único, da Constituição
Federal).
Informamos a Vossa Excelência que
todas as providências adotadas e reivindicações do povo
foram comunicadas às seguintes autoridades (cópias
anexas):

1. Excelentíssimo Senhor Comandante do Exército


Brasileiro – GENERAL PAULO SÉRGIO NOGUEIRA DE
OLIVEIRA;
2. Excelentíssimo Senhor ANDERSON GUSTAVO TORRES,
Ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil;
3. Excelentíssimo Senhor Comandante da Aeronáutica -
TENENTE-BRIGADEIRO DO AR – CARLOS DE ALMEIDA
BAPTISTA JÚNIOR;
4. Excelentíssimo Senhor Comandante da Marinha do
Brasil – ALMIRANTE DE ESQUADRA - ALIMIR GARNIER
SANTOS.

Portanto, como facilmente se pode constatar,


o impetrante age dentro dos limites constitucionais e legais
e o que pretende é que os colaboradores, manifestantes e
participantes possam agir, livremente, no exercício regular
dos direitos de expressão, locomoção e de exigir que o
Senado Federal cumpra o que determina a Constituição
Federal, a Lei 1.079/50 e o Regimento Interno do Senado
Federal, sendo absolutamente constrangedora qualquer
ação, escrita ou verbal, das autoridades coatoras, no sentido
de inviabilizar os exercícios desse direitos.

DO DIREITO

1. DO CABIMENTO DO HABEAS CORPUS

De acordo com o art. 5o., LXVIII, da


Constituição Federal, conceder-se-á habeas corpus sempre
que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência
ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade
ou abuso de poder.

O habeas corpus é uma ação constitucional


destinada a proibir qualquer ilegalidade ou abuso de poder
voltado à restrição da liberdade de ir, vir e ficar, seja na
esfera penal ou na cível.

Tal remédio heroico refere-se direta ou


indiretamente à liberdade de locomoção e a atos ilegais que
venham a atingir a liberdade do cidadão.
AMEAÇA REAL E IMINENTE AO DIREITO DE
LOCOMOÇÃO E DE EXPRESSÃO

O impetrante bem pretende que seja


expedido salvo conduto em favor dos manifestantes não só
para evitar suas prisões, mas, também para que não seja
inviabilizada a locomoção até chegar em Brasília, para que
lá possa entrar, permanecer e se manifestar na Esplanada
dos Ministérios.
Há ameaças concretas, AO VIVO, NESTE
MOMENTO, COMO SE VÊ AGORA NAS REDES SOCIAIS, O
GOVERNADOR DO DF pretende usar todas as forças de
segurança pública do DF CONTRA OS MANIFESTANTES

GOVERNADORES AMEAÇAM USAR A


2
POLÍCIAS CONTRA FORÇAS ARMADAS

Nesse vídeo, com 314.871


visualizações, com 64 mil likes e 511 deslikes, publicado
em 16 de agosto de 2021, são esclarecidas as ameaças
proferidas pelas autoridades coatoras.

2
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rKDOkXcH3V8. Acesso em:
24/08/2021.
DORIA AFASTA CORONEL QUE FEZ
3
CONVOCAÇÃO PARA O 7 DE SETEMBRO

23/08/2021 Philipe Frutuozo 6711 visualizações 0 comentários


Bolsonaro 7 de setembro, João Doria, São Paulo

O governador de São Paulo, João Doria, na manhã de hoje


(23/8), anunciou o afastamento do chefe do Comando de
Policiamento do Interior-7, coronel Aleksander Lacerda, por
indisciplina.

Coronel Lacerda convocou alguns colegas para a manifestação 7


de setembro, por meio de sua conta no Facebook. Vale ressaltar,
que Lacerda também chamou Doria de “cepa indiana”, Rodrigo
Maia de “mafioso” e Rodrigo Pacheco de “covarde”.

Ele acaba de ser afastado da Polícia Militar (PM) do Estado de


São Paulo. O agente foi comunicado nesta manhã pelo secretário
de Segurança Pública

Doria

E acresentou Doria durante uma entrevista para à rádio CBN:

Nós não toleramos indisciplina e ele responderá por aquilo que


falou, bem como pelas postagens que fez

Doria

O analista político, jornalista e fundador do Vista Pátria, Allan


Frutuozo, apontou detalhes durante sua análise em nosso canal
no YouTube no vídeo acima mencionado.

3
Disponível em: https://vistapatria.com.br/doria-afasta-coronel-que-fez-convocacao-
para-o-7-de-setembro/. Acesso em: 24/08/2021.
CARTA INDICA QUE ESTADOS ESTÃO
PRONTOS PARA USAR POLICIAIS CONTRA
ATAQUES AO STF 4
Governadores reconhecem número enxuto de signatários
em nota divulgada nesta segunda-feira (16)
Da CNN, em São Paulo
16 de agosto de 2021 às 16:33 | Atualizado 16 de agosto de
2021 às 17:08

A carta assinada por 14 governadores em apoio ao Supremo


Tribunal Federal (STF) sinaliza que estados estão prontos para
usar forças policiais contra qualquer avanço autoritário sobre um
dos ministros da Corte. As informações são da âncora da CNN
Daniela Lima.

Os governadores admitem que o número de signatários na nota


em apoio ao STF divulgada nesta segunda-feira (16) é enxuto.
Em média, as últimas notas em defesa à democracia divulgada
por gestores estaduais contaram com 17 assinaturas.

Leia mais

• Governadores divulgam nota em apoio ao Supremo


Tribunal Federal
• Mourão diz achar difícil Senado aceitar processo contra
ministros do STF
• Políticos reagem a declarações de Bolsonaro sobre
processo contra juízes do STF
• Bolsonaro quer levar processo contra ministros do STF ao
Senado nesta semana

Além de manifestar solidariedade ao Supremo, o ponto mais


importante do documento é o trecho: "no âmbito dos nossos
estados, tudo faremos para ajudar a preservar a dignidade e
integridade do poder Judiciário".

4
Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/08/16/carta-indica-que-
estados-estao-prontos-para-usar-policiais-contra-ataques-ao-stf. Acesso em:
24/08/2021.
Nessas sentenças, o recado é para próprio Supremo: avanços
autoritários e antidemocráticos contra os ministros contarão com
a resistência das forças dos estados, afirmou um governador.

Em rede social, o governador do Maranhão, Flávio Dino, reforçou


a mensagem antes implícita. "14 governadores assinam nota em
defesa do Supremo Tribunal Federal, dos seus ministros e das
suas famílias, diante de ameaças e agressões. Não será por falta
de proteção policial que vão acabar com a independência do
Judiciário no Brasil", publicou Dino.

GOVERNADORES DIVULGAM NOTA EM


5
APOIO AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Texto assinado por governadores de 13 estados e do DF


manifesta solidariedade aos ministros da Corte e suas famílias
'em face de constantes ameaças e agressões' .

Governadores de 13 estados e do Distrito Federal divulgaram


nesta segunda-feira (16) uma nota de solidariedade ao Supremo
Tribunal Federal (STF) “em face de constantes ameaças e
agressões” sofridas pelos ministros da Corte e por suas famílias.

“O Estado Democrático de Direito só existe com Judiciário


independente, livre para decidir de acordo com a Constituição e
com as leis”, diz o texto.

“No âmbito dos nossos Estados, tudo faremos para ajudar a


preservar a dignidade e a integridade do Poder Judiciário”,
continua a nota. “Renovamos o chamamento à serenidade e à
paz que a nossa Nação tanto necessita.”

Leia mais

5
Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/08/16/carta-indica-que-
estados-estao-prontos-para-usar-policiais-contra-ataques-ao-stf. Acesso
em:24/08/2021.
• Bolsonaro quer levar processo contra ministros do STF ao
Senado nesta semana
• Políticos reagem a declarações de Bolsonaro sobre
processo contra juízes do STF
• Linha do tempo: a escalada da tensão entre STF e
Bolsonaro em um mês

A nota é assinada pelos governadores Rui Costa (Bahia),


Flávio Dino (Maranhão), Paulo Câmara (Pernambuco),
João Doria (São Paulo), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul),
Camilo Santana (Ceará), João Azevêdo (Paraíba), Renato
Casagrande (Espírito Santo), Wellington Dias (Piauí),
Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), Renan Filho
(Alagoas), Belivaldo Chagas (Sergipe), Ibaneis Rocha
(Distrito Federal) e Waldez Goés (Amapá).

Apesar de não haver menção direta ao presidente Jair Bolsonaro


(sem partido), a iniciativa dos governadores surge em momento
de escalada das tensões entre o presidente e o STF.

No episódio mais recente, no sábado (14), Bolsonaro afirmou que


apresentará ao Senado, nesta semana, um pedido para abertura
de processos contra os ministros Alexandre de Moraes e Luís
Roberto Barroso.

Ministros do governo Bolsonaro ouvidos pela CNN reduziram o


efeito da carta, que teve adesão de metade dos governadores do
país. Um ministro observou que o número de signatários é
praticamente o mesmo dos que não aderiram.

Ibaneis Rocha, que é aliado do governo federal, afirmou que não


viu razões para não assinar o documento. “Fortalecer a
democracia é sempre bom”, disse à analista de política Basília
Rodrigues.
Governadores são avisados
de que, entre eles e
Bolsonaro, PMs ficam com
presidente 6
Publicado em 17/06/2020 - 16:51 Vicente Nunes

Governadores reconhecem número enxuto de signatários


em nota divulgada nesta segunda-feira (16)
Da CNN, em São Paulo
16 de agosto de 2021 às 16:33 | Atualizado 16 de agosto de
2021 às 17:08

Governadores de vários estados acenderam o sinal de alerta


depois de receberem avisos, mesmo que cifrados, de que, se os
policiais militares tiverem de escolher entre eles e Jair Bolsonaro,
ficam com o presidente da República. Do mais alto ao menor
cargo, as PMs estão fechadas com a linha bolsonarista.

Portanto, não surpreendem as declarações do governador


do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, de que a PM local
soube com antecedência que haveria ataques ao Supremo
Tribunal Federal (STF) no último fim de semana, mas nada
fez para evitá-los. Para reforçar a autoridade sobre a
corporação, Ibaneis exonerou o subcomandante da PM do
DF, Sérgio Luiz Ferreira de Souza.

O clima mais belicoso entre governadores e PM está em


São Paulo. São muitas as manifestações públicas de que os
policiais militares estão contra o governador João Dória. Em
mensagens que circulam pelas redes sociais, os policiais
sustentam uma série de ataques a Doria, chamado de “traidor”
e “incompetente”.

Gabinete do ódio

6
Disponível em: https://blogs.correiobraziliense.com.br/vicente/governadores-sao-
avisados-de-que-entre-eles-e-bolsonaro-pms-ficam-com-presidente/. Acesso em:
24/08/2021.
Ciente desse apoio explícito, integrantes do Palácio do Planalto
mantêm contatos diários com lideranças das PMs. Muitos desses
contatos são intermediados pelo chamado gabinete do ódio, que
identificou entre os policiais militares uma das bases mais fieis
ao presidente da República.

“Com certeza, o índice de apoio a Bolsonaro é maior nas PMs do


que na Forças Armadas, para as quais todos ficam olhando”, diz
um assessor do presidente da República. “As PMs, certamente,
farão o que o presidente pedir. Não há dúvidas disso”, acredita.

A determinação dos grupos bolsonaristas é manter a tensão


entre as PMs e os governadores no grau mais elevado possível,
de forma a reforçar o poder que persuasão que Bolsonaro tem
entre os policiais militares. “As manifestações de ruas nos
ajudam nisso”, afirma o mesmo assessor.

Os governadores sabem o perigo dessa situação, mas preferem


crer que a situação está sob controle e, quando testadas, as PMs
cumprirão o papel que lhes cabe na Constituição. No Planalto, a
visão é totalmente diferente. Trata-se de um quadro alarmante.

CRISE ENTRE OS PODERES: GOVERNADORES


QUEREM REUNIÃO COM BOLSONARO E COM
PRESIDENTE DO STF

5.942 visualizações - 23 de agosto de 2021.

Disponível em: https://youtu.be/b_X2KWOb_cA. Acesso


em: 24/08/2021.

GOVERNADORES PEDEM ARREGO A


BOLSONARO
129.969 visualizações
23 de ago. de 2021 - 46 MIL LIKES
Disponível em: https://youtu.be/U5F8co9i9F0. Acesso em:

24/08/2021.

Nesse contexto, observa-se a existência de


atos concretos e de visível expectativa de atos atentatórios
ao direito ambulatorial dos pacientes e terceiros, o que
garante o cabimento do habeas corpus, instrumento
adequado a proteção contra ameaça ou lesão real ou
iminente ao direito de locomoção.
EXCELÊNCIA ASSISTA ÀS REDES SOCIAIS
OU VENHA AQUI NA ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS VER
AGORA O QUE ESTÁ ACONTECENDO.
SE NÃO HOUVER UMA DECISÃO URGENTE DE
VOSSA EXCELÊNCIA PODERÁ HAVER UMA DAS MAIORES
TRAJÉDIAS DO PAÍS AQUI NO DF.
TODO A GABINETE DE SEGURANÇA DE CRISE
DO GDF ESTÁ AQUI NA EXPLANADA AGORA.
MILHARES DE MANIFESTANTES PODEM SER
MORTOS. A RESPONSABILIDADE PODERÁ SER ATRIBUÍDA A
VOSSA EXCELÊNCIA, CASO NÃO CONCEDA UM SALVO
CONDUTO, NEM QUE SEJA PARA QUE HAJA UM PRAZO
RAZOÁVEL PARA NEGOCIAÇÃO.
Trata de real possibilidade de
constrangimento, com elementos categóricos
demonstrativos de que a suposta ameaça ao direito
ambulatorial materializar-se-á, até mesmo pelas narrativas
da grande mídia no sentido de inverter a real intenção dos
manifestantes que nada mais representa de que fazer
prevalecer a vontade popular, o poder que emana do povo,
para ver lisura nas eleições e o processo e julgamento dos
Ministros do STF e, se for o caso, a imediata destituição
deles, pois, o que se vê, claramente, é uma relação de
dependência entre o STF e o Senado Federal, em que
Ministros não são aqui julgados e Senadores lá também não,
o que configura atentado ao Estado Democrático de Direito,
pois, ninguém pode estar acima da lei e isento de
investigações.
É certo que o habeas corpus preventivo tem
cabimento quando, de fato, houver ameaça a liberdade de
locomoção, isto é, sempre que fundado for o receio de o
paciente ser preso ilegalmente e tal receio haverá de resultar
de ameaça concreta de iminente prisão (STJ, AgRg no HC
84.246/RS, Rel. Ministro NILSON NAVES, SEXTA TURMA, DJ
19/12/2007). Mas, não só de prisão, pois, caso o Governador
do DF inviabilize a entrada das manifestações na Capital
Federal ou a livre manifestação na Esplanada dos Ministérios,
está visível a restrição ao exercício do direito de locomoção.
A ameaça de constrangimento ao jus
libertatis a que se refere a garantia prevista no rol dos
direitos fundamentais (art. 5.º, inciso LXVIII, da Constituição
da República) constitui-se objetivamente, de forma iminente
e plausível, e não hipoteticamente (AgRg no RHC
127.142/RJ, Rel. Ministra LAURITA VAZ, SEXTA TURMA,
julgado em 25/08/2020, DJe 04/09/2020).
Caso não seja concedida a ordem, em razão
da premente necessidade do povo brasileiro e da disposição
dele para agir, fatos mais graves poderão acontecer, pois, as
pessoas estão dispostas a levar adiante tais desejos,
irremediavelmente, valendo ressaltar, que estão amparadas
pelo Texto Constitucional, como Vossa Excelência bem sabe.
Há suposta crise entre Poderes não é objeto
das manifestações populares. A grande mídia desvia o foco
da questão. O interesse é pelo respeito aos direitos e
princípios constitucionais, mormente a independência entre
os Poderes e a observância dos direitos fundamentais. A
vontade popular deve prevalecer sobre os interesses escusos
de pessoas que não querem ser investigadas, processadas e
punidas. O PODER EMANA DO POVO e, neste momento, por
omissão proposital da maioria dos representantes dele,
PRETENDE EXERCÊ-LO DIRETAMENTE, como o permite o
parágrafo único, do artigo 1o., da Constituição Federal.
Portanto, é imprescindível a concessão da
ordem, que nenhum prejuízo causará às autoridades
coatoras, aos Estados e ao País, pois, o que se pretende é
ter a oportunidade de exercer direitos constitucionais,
livremente, sem nenhuma coação, ameaça ou prisão.

2. DA LEGITIMIDADE ATIVA
De acordo com o Código de Processo Penal
(art. 654), o habeas corpus poderá ser impetrado por
qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo
Ministério Público.

O requerente propõe a presente medida em


favor dele, dos demais pacientes identificados abaixo e de
todos os manifestantes que vierem de outros Estados, que
residirem no Distrito Federal, dos vendedores ambulantes e
de quaisquer pessoas que estiverem colaborando e
participando da manifestação.

A impetração coletiva foi permitida pelo STF,


conforme abaixo se demonstrará.

3. PACIENTES ESPECÍFICOS

Seja porque estão, como várias outras


pessoas, de várias formas, participando como colaboradores
da manifestação, sejam porque precisarão viajar e entrar no
Distrito Federal, os pacientes adiante especificados
necessitam do amparo do Poder judiciário, no sentido de lhes
garantir o direito de participar de tudo, sem serem
constrangidos por quaisquer medidas, sejam de que
autoridades forem, pois, trata-se do livre exercício de
direitos garantidos constitucionalmente.
Assim, apresentam-se os seguintes
pacientes:

1. LUÍS ANTÔNIO MOZZINI, CPF 360.589.630-87;


2. DIANA DA CUNHA MOZZINI, CPF 061.313.319-60;
3. JULIANO DA SILVA MARTINS, CPF 027.402.259-11;
4. ALEXANDRE URBANO RAITZ PETERSEN, CPF 100.168.868-60;
5. MARCOS ANTONIO PEREIRA GOMES, CPF 364.006.818-17;
6. SERGIO REIS BAVINI CPF: 069.761.408-59.
7. FRANCISCO DALMORA BURGARDT - CPF - 799.857.429-15,
8. ADRIANO CARUSO - CPF: 121.521.628-97;
9. OSWALDO EUSTÁQUIO FILHO - CPF 024.572.289-05;
10. RONALDO ZOKAZOMAIAKE - CPF 883.493.901-82;
11. JOÃO SIDNEY GESSI – CPF 177.100.309-04;
12. GETÚLIO ALVES DE LIMA – CPF 169.707.994-58
13. WILLIAM MASSAO KORESSAWA, CPF 483.000.981-00;
14. ROLF PFEIFFER – CPF 292.144.599-91;
15. SIMONE MARIA BARROS PIMENTEL, CPF 376.733.604-97;
16. CAROLINA DE SOUSA MENEZES - CPF 855.741.801-97;
17. EDUARDO JOSE CORNELIO DE OLIVEIRA, CPF
193.511498-03;
18. CARLOS ALBERTO RAMÃO CAVALCANTE JÚNIOR, CPF
035.374.061-69;
19. ROSÁRIA CAMPOS CAVALCANTE - CPF 248.290051-49;
20. TALITA CAMPOS CAVALCANTE - CPF 055.699.561-90;
21. CARLOS ALBERTO RAMÃO CAVALCANTE - CPF
313.603.781-20;
22. HÉLIO VITOR DE OLIVEIRA MACHADO - CPF 725.641.301-
78;
23. ALESSANDRA NASCIMENTO PEREIRA – CPF 958.364.991-
28;
24. ELISABETH FRIEDA BAARTSCH FRANK – CPF 686.424.239-
00;
25. JOÃO CARLOS LUIZ VAZ MARQUES LEZIRIA - CPF
185.858.767-00;
26. MARIA DAS NEVES COSTA FERNANDES – CPF
248.218.168-22;
27. FRANSCISCO DALMORA BURGARDT, CPF 799.857.429-15;
28. ELIZAMA CABRAL FIGUEIREDO DE SOUZA, CPF
036.742.966-75;
29. TURÍBIO TORRES – CPF – 038.939.739-31;
30. MANOEL FERREIRA DA ROSA NETO – CPF 017.924.617-80
31. ERONI BECKER – CPF 253.989.700-20;
32. LEONARDO GABRIEL DA SILVA SCHULTZ – CPF
078.856.249-51;
33. FABIANA CABRAL BARROSO – CPF 480.754.343-15;
34. BRUNO HENRIQUE SEMCZESZM – CPF 109.188.479-07;
35. CARLOS OTAVIO SCHENEIDER - CPF 185.214.010-00;
36. LEOMAR LUIZ CARNEIRO – CPF 703.714.661-72;
37. FABRICIO DOMINGOS BERTIER – CPF 014.905.449-17;
38. ITANAJÁ LOPES ROCHA, CPF – 538.633.131-00;
39. FRANCISCA ROZIRLENE OLIVEIRA SILVA, CPF –
424.437.503-10;
40. JOÃO VIEIRA DA SILVA, CPF - 113.421.021-34,
41. SIDNEI GONÇALO MAINARDI, CPF – 662.648.559-87
42. MARIA DAS NEVES COSTA FERNANDES – CPF
248.218.168-22;
43. RAFAEL DECRESCI, CPF 286.609.998-27;

Carimbo de
data/hora NOME COMPLETO CPF
14/08/2021
13:17:58 Marcos Geraldo Nunes 08838636850
14/08/2021
13:18:36 Luciano do Carmo Rosa 18699184875
14/08/2021
13:18:38 Ruy C.Oliveira 21709351287
14/08/2021
13:18:53 Neemias Willian Brizon 61828807249
14/08/2021
13:19:38 Valdemir Pereira Gama 97125652972
14/08/2021
13:19:57 Ruy C.Oliveira 21709351187
14/08/2021 419.261.705-
13:20:09 Rosangela Lázaro Oliveira 63
14/08/2021
13:20:20 Adilson moreira zambotti 13512282857
14/08/2021 359.407.781-
13:20:25 Ligia Maria da Silva Azevedo Nogueira 00
14/08/2021
13:22:03 Neri Brando 34026843068
14/08/2021
13:22:12 ARIANNE GIACOMELLI MARTINS 19704168829
14/08/2021
13:22:28 Denise Ferreira Marques Gomes 69930427187
14/08/2021
13:22:40 TATIANE TAFARELLO BISCOLA 21796132888
14/08/2021
13:23:03 Thaís Matias da Silva 41276860811
14/08/2021
13:24:50 Rudinei Luís Floriano 90129776904
14/08/2021
13:24:50 Everaldo Marcelino da Silva 61239496400
14/08/2021
13:25:43 Luiz Cesar Taborda Alves 96344083972
14/08/2021 274.523.877-
13:27:37 Miguel Ângelo Patrício Ramalho 91
14/08/2021 JOSE RICARDO TEIXEIRA DO REGO 255.736.084-
13:29:22 BARROS 87
14/08/2021
13:29:33 FRANCI CARLOS CORREA 89062590934
14/08/2021
13:29:43 Elisete Amélia Radin 49475649972
14/08/2021
13:30:16 Arilson Eustaquio de Araujo. 757061138 15
14/08/2021
13:31:08 Mauricio farias 69358508949
14/08/2021
13:31:33 Luana isis sanson de castro 01281491241
14/08/2021
13:34:01 AGILSON CARLOS LACERDA FREITAS 43498272349
14/08/2021
13:34:49 Marli Schwingel 244598100 00
14/08/2021
13:35:46 Alan Loriato 29647448821
14/08/2021
13:37:36 Manoel Ferreira da Rosa Neto 017 924 617 80
14/08/2021
13:37:52 Euclides José de Souza 57180687987
14/08/2021
13:40:19 JEANE RODRIGUES DA SILVA 02883474478
14/08/2021
13:41:06 Daniel Camilotti 45572631949
14/08/2021
13:41:33 Comendador EDNEY DA SILVA BENAYON 40726894249
14/08/2021 867.018.789-
13:42:41 JEZIEL VIEIRA 20
14/08/2021
13:43:06 TADEU SILVA 31817580353
14/08/2021
13:44:20 Adislon moreira zambotti 13512282857
14/08/2021
13:44:39 GUILHERME CASTRO CABRAL 44494300691
14/08/2021
13:45:09 Manoel Ferreira da Rosa Neto 017924 617 80
14/08/2021
13:45:58 Alessandra Nascimento Pereira 05836499128
14/08/2021
13:50:27 Luis Antônio de castro 15878426889
14/08/2021
13:55:26 Domingos Raimundo da Paz 60748311815
14/08/2021
13:56:45 Elizama cabral figueiredo de souza 03674296675
14/08/2021
14:01:02 Cláudio Lopes Rodrigues 46925759215
14/08/2021 223.388.969-
14:02:16 Ipenor José Salvi 94
14/08/2021 278.290.149-
14:05:40 Edna Sassaki Zenke 49
14/08/2021
14:12:57 Glaucie Lima 37956736153
14/08/2021
14:18:09 Maria das Neves Costa Fernandes 13240000
14/08/2021 102.905.401-
14:18:30 Eridison vasni fontoura vieira 00
14/08/2021
14:27:10 Lavina celia da silva castelo 02769033824
14/08/2021
14:43:53 ROSE BRANDAO ROCHA MELECCHI 35195533172
14/08/2021 OTONIEL FRANCISCO FERREIRA
14:46:38 MACHADO 28570423888
14/08/2021
14:58:23 Maria Aparecida dos Santos 78719763620
14/08/2021
14:58:24 Luciana Luiza de Lima 44869983400
14/08/2021
15:05:03 Sidnei Pedro da Silva 30637209842
14/08/2021
15:19:46 Marcos Roberto de Oliveira 62688219987
14/08/2021
15:20:24 Joceli Borges de Oliveira 02135476943
14/08/2021
15:23:07 Luiz Roberto de Oliveira Ferreira 08181665848
14/08/2021
15:31:24 João Bosco de Castro Guimarães 05887965819
14/08/2021
15:32:04 Odete Pereira da Silva Guimarães 12771049805
14/08/2021
15:33:15 Lucas Guimarães 46709876829
14/08/2021
15:33:37 André Henrique Gomes da Fonseca 40820602434
14/08/2021 031.337.104-
15:37:07 Edson Batista Mendes 00
14/08/2021
15:37:26 Elizabeth coelho 10253890187
14/08/2021 163.526.375-
15:39:23 Maria da Conceição Almeida Leão Mendes 15
14/08/2021
15:42:04 Wendel Correia do Nascimento 03554410713
14/08/2021
15:49:55 Dario Felicidade silva 813.414.666.04
14/08/2021 558.882.249-
15:50:00 JOSE NEVES DE OLIVEIRA NETO 87
14/08/2021 074.182.449-
15:51:36 Natali Alves Felicidade Silva 32
14/08/2021
16:02:42 ROLF PFEIFFER 29214459991
14/08/2021
16:02:54 Cíntia Fernandes de Oliveira 26119607803
14/08/2021
16:04:00 Andresa Pegoraro Couri Veiga 26532925802
14/08/2021
16:28:50 Potyara Moraes Rocha 40951600206
14/08/2021
16:29:32 Milda Suely Del Grecco 04524965866
14/08/2021
16:32:05 Renan da Silva Sena 30936810149
14/08/2021
16:36:20 Aldemir Pinheiro de Moura 94030472834
14/08/2021
16:47:50 thatiana schippnick 01442224932
14/08/2021
16:53:49 Teodomiro de queiroz farias 77390539704
14/08/2021
16:54:26 Hanna Brandão Rocha Melecchi 07462570157
14/08/2021
16:55:03 Rosely Pavan Valla 72170867872
14/08/2021
16:57:54 Fabio Melillo Guedes 24879917800
14/08/2021
17:00:29 Adalberto José Gomes 65844432649
14/08/2021
17:06:59 Roberta Lopes Alves 6134649660
14/08/2021
17:14:56 Ana Inês Facchin 50686720091
14/08/2021
17:28:39 Cosmerino Duarte da Silva 10105004812
14/08/2021
17:31:22 HILDA MARIA NARDELLO PONTEL 35010339072
14/08/2021
17:32:05 ISA MESSIAS DA CUNHA COSTA LEITE 76863735768
14/08/2021
17:43:45 Frankerley de Sena Reis 12886780707
14/08/2021
17:56:25 Maria de Fatima Ferreira 14399297859
14/08/2021
18:04:42 Marcelo Muzzi Cardozo 09793293705
14/08/2021
18:05:56 Thiago Coelho da Silva 04738843990
14/08/2021
18:07:36 Maria Luiza Corrêa da Silva Meyer Farah 90508366872
14/08/2021 550.470.768-
18:09:09 ELIZABETH SENISE 49
14/08/2021 687.386.417-
18:11:30 Abel ceciliano oliveira de almeida 04
14/08/2021
18:14:21 Anísio Rodrigues Neto 02436477191
14/08/2021 346.654.127-
18:21:11 LINO LIMA DE AGUIAR 15
14/08/2021
18:21:20 ISRAEL M SUTERIO 24790838889
14/08/2021 392.973.571-
18:22:02 MARIA LUISA DE MELO AGUIAR 72
14/08/2021 346.654.127-
18:24:33 LINO LIMA DE AGUIAR 15
14/08/2021 392.973.571-
18:25:06 MARIA LUISA DE MELO AGUIAR 72
14/08/2021
18:35:09 Carlos Magno Dias Ferreira 05524745760
14/08/2021
18:58:48 Humberto Paceli Rangel Dias 54459672715
14/08/2021
19:16:11 Fernando Cezaretti Blau 07587336826
14/08/2021
19:17:53 Célio Vasconcelos Mendonça 213171351-72
14/08/2021
19:39:50 Cleber Pedro fontana 33511411149
14/08/2021 406.050.511-
19:46:45 Glaudiston da Silva Cabral 00
14/08/2021
19:47:36 Vera Ely Almeida Gomes 51518708749
14/08/2021 599.992.251-
20:27:46 VILMAR BARBOSA DE OLIVEIRA 87
14/08/2021
20:27:54 Nelma Oliveira Costa Assunção 65891724553
14/08/2021 599.992.251-
20:28:14 VILMAR BARBOSA DE OLIVEIRA 87
14/08/2021
20:31:57 Julio Augusto Gomes nunes 43621597115
14/08/2021
20:45:20 Sergio Aparecido Moreira Prado 05256703862
14/08/2021
20:57:08 Jose Paulo Fancio 004884768-28
14/08/2021 307.759.491-
21:11:56 ROSA CASTELO SILVEIRA 91
14/08/2021
21:13:16 Vanessa Silvestre 00818398124
14/08/2021
21:15:08 Catia Marcia de Oliveira Santos Barbosa 35596034800
14/08/2021
21:30:22 Yara 00456077960
14/08/2021 476.123.803-
21:30:33 JOSÉ RONALDO DOS SANTOS 82
14/08/2021
21:30:50 Docimar José marengo 67044816053
14/08/2021
21:43:56 Ernani Kopper 18578110978
14/08/2021 146.789.518-
21:55:06 Lourdes Fortunato Almeida 06
14/08/2021
22:07:07 Elson carlos de Carvalho 49361708953
14/08/2021
22:07:33 Geldes Ronan Passos 27459454672
14/08/2021 203.202.481-
22:09:26 Rubens Lopes de Matos 00
14/08/2021
22:09:52 Elson Carlos de Carvalho 49361708953
14/08/2021
22:28:36 Karina Katia Fortunato 25114516892
14/08/2021
22:29:55 Dayane Dias Gomes Miyasaki 007852689-28
14/08/2021
22:43:43 Sidney Machado 02203949970
14/08/2021
22:44:51 Jaldesantoniodospassos 37080393191
14/08/2021 052.255.376-
22:45:49 Alysson Christian de Oliveira 18
14/08/2021
22:58:25 LUCIA DE FÁTIMA PESSOA 16316657315
14/08/2021
23:38:53 Celeste Nogueira 07304805989
15/08/2021 812.505.419-
00:39:45 Adelio Sieves 72
15/08/2021 538.633.131-
00:49:34 Itanajá lopes rocha 00
15/08/2021
00:51:44 Maria Dulce de Lima 40941914615
15/08/2021 538.633.131-
00:52:48 ITANAJÁ LOPES ROCHA 00
15/08/2021
01:03:07 Paulo Roberto Barnosa de Andrade 09999329500
15/08/2021
06:46:07 Maria Tereza Serra de Oliveira 007.426.888.01
15/08/2021
07:40:37 Euler Lauar Cunha 621.746.656.20
15/08/2021 667.098.063-
07:52:23 Ana Catharine Melo Sekeff 91
15/08/2021 564.380.522-
08:33:47 Ivone Oliveira Santos Fernandes 72
15/08/2021
08:48:01 Rodrigo Antônio Vieira 00773998977
15/08/2021
08:48:40 Rodrigo Antônio Vieira 00773998977
15/08/2021
08:56:10 Leonardo puga Martins 30042759889
15/08/2021
09:00:55 EUCLIDES DOS SANTOS 03851541430
15/08/2021 014.905.449-
09:05:15 Fabrício Domingos Bertier 17
15/08/2021 014.905.449-
09:05:53 Fabrício Domingos Bertier 17
15/08/2021
09:30:14 Nádia Maria Batista de Oliveira 81732678391
15/08/2021
09:44:45 Nirral Morais De Abreu 795742973-49
15/08/2021
09:49:30 Nirral Morais De Abreu 795742973-49
15/08/2021
09:55:59 Nirral Morais De Abreu 79574297349
15/08/2021
10:16:39 Elisalandi Claudino Borges 033.796.099.27
15/08/2021
10:27:56 Danielle Pessanha Pedra 07843480730
15/08/2021 149.057.298-
10:29:43 Luciane Moreira De Souza 82
15/08/2021
10:39:30 Rosely Maria de Jesus 703643891-68
15/08/2021
10:55:00 Maria cristina Scheidt 40271692987
15/08/2021
10:56:46 Mauro Porto Meirelles Leite 74273906015
15/08/2021 794.199.920-
10:59:51 Eliane da Silveira Meirelles Leite 04
15/08/2021
11:10:41 Joana Darc de Melo 307344014 34
15/08/2021
11:17:02 Marlucia Ramiro 07050310
15/08/2021
12:54:47 BRUNO CÉSAR MEDEIROS DA SILVA 00367326302
15/08/2021 000.037.183-
13:00:27 Adinaldo Silva Farias Junior 10
15/08/2021
13:04:36 Jeones Marcelo Farias 04436029999
15/08/2021
13:10:28 Karina Orige Coelho 90900863900
15/08/2021
13:11:26 Itacir begnini 81221592904
15/08/2021
13:12:35 Felipe Couto Dias 01356111564
15/08/2021 708.553.079-
13:26:37 EDNA APARECIDA DE ARAUJO 00
15/08/2021
13:27:16 ADELMO BRITO MORAES 10680359869
15/08/2021 351.667.460-
13:46:41 Selma Fernandes Silveira Aguiar 15
15/08/2021
13:49:08 Daniel Dantas Brito 06906223925
15/08/2021 094.366.509-
13:49:30 Cezar Luiz Meneghel 49
15/08/2021
15:19:01 Miriam Monteiro de Oliveira 460 464 618-04
15/08/2021 531.414.829-
15:32:33 Renato Rovaris 34
15/08/2021
15:38:53 Ademar Joaquim Benedet 29828422972
15/08/2021
17:08:16 ROBERTA LOPES ALVES 6134649660
15/08/2021
17:50:13 Gilson Veiga dos Santos 10155807854
15/08/2021
17:50:20 Reginaldo Josino André 02751421911
15/08/2021 455.726.319-
17:56:46 DANIEL CAMILOTTI 49
15/08/2021
18:36:50 Daniel Manenti 00972221948
15/08/2021
18:59:54 Ivonir Dupont 62271580897
15/08/2021
19:22:27 Alfredo Reboledo Corrêa 46163786068
15/08/2021
20:26:36 João Francisco vieira 12445754100
15/08/2021
20:41:37 Cecílio Idalgo 82493677820
15/08/2021
20:53:37 Elton João martinello 522 200 529-15
15/08/2021
20:55:59 Marco Antonio Spillere 57377197900
15/08/2021 296.043.891-
20:57:16 Júlio Sérgio Moraes 49
15/08/2021
20:57:36 MARCO ANTONIO SPILLERE 57377197900
15/08/2021 266.449.671-
20:57:46 ANA LUCIA GILLET LOMONACO 91
15/08/2021
22:08:31 Raquel Bruno dos Santos 40963020315
15/08/2021 650.480.403-
22:33:30 Frdson Carlos Nogueira Pinto 68
15/08/2021 650.480.403-
22:35:26 FFredson Carlos Nogueira Pinto 68
15/08/2021
22:55:51 SARA PATRICIA RIBEIRO FARIAS 22577939272
15/08/2021
23:43:20 Bismarck Pereira luna 592120717-91
16/08/2021
00:12:44 Fábio do Nascimento Batista 34767133858
16/08/2021
00:15:00 Fabio do Nascimento Batista 34767133858
16/08/2021
00:32:19 Conceição Aparecida Teixeira Alves 587.773.856.91
16/08/2021
05:42:49 Daniel da silva nascimento 01395266417
16/08/2021
07:08:24 RICARDO SALGADO MORAES 01787831884
16/08/2021
07:11:22 Ricardo salgado moraes
16/08/2021
08:19:50 Lucinete.Silva Ferreira 45601461520
16/08/2021
08:26:41 Wanderlei Costa Leite 69745811220
16/08/2021
09:37:09 Adércio José Velter 66504309949
16/08/2021 309.056.139-
10:26:28 José Stanke 53
16/08/2021
10:28:36 Fabiola Dessaune Tardin 98517473787
16/08/2021
10:33:07 José Nascimento de Jesus Castro 58008578653
16/08/2021
10:47:20 Ricardo salgado moraes 01787841884
16/08/2021
10:51:02 Juscelino Fernandes da Silva 35902949159
16/08/2021 013.848.928-
11:47:38 Roberto de Souza e Sá 93
16/08/2021
11:48:02 Dilma Barreto Bettega 27445089934
16/08/2021
11:55:40 Daniel William Campos Patrício 91077540353
16/08/2021 933.032.705-
12:11:37 Sérgio Reis de Oliveira Cerqueira 20
16/08/2021
12:13:40 Adauto José Galli Júnior 02022531809
16/08/2021 020.225.318-
12:17:58 ADAUTO JOSÉ GALLI JÚNIOR 09
16/08/2021 600.246.741-
12:19:09 ELITONIA ALMEIDA SANTOS 68
16/08/2021
12:30:47 Andreia do carmo costa 07163986645
16/08/2021
13:48:21 Adilson Moreira Zambotti 13512282857
16/08/2021
13:49:57 Tadeu Roberto Bueno 16439970278
16/08/2021
17:44:22 Edson Carlos Felite 52858910197
16/08/2021
20:23:41 Flávio Zanotto Soares 00439074150
3. PACIENTES INDETERMINADOS

Como regra, os pacientes devem ser


identificados, segundo entendimento doutrinário e
jurisprudencial.

Entretanto, tais posicionamentos devem


admitir temperamentos, pois, em situações excepcionais,
embora não se identificando singularmente cada um dos
pacientes, é possível impetrar um writ mais amplo, capaz de
tutelar, por exemplo, o direito de locomoção de todos os
colonos aprisionados em uma fazenda enquanto não
quitarem suas dívidas ou de residentes em determinado
bairro impedidos de deixar suas casas por força de ação
policial (exemplos fornecidos por Rogério Sanches Cunha e
Ronaldo Batista Pinto, no Código de Processo Penal Lei de
Execução Penal comentado, 3a. edição, 2019).

Dão outra hipótese, segundo a qual os


moradores de uma favela (e só porque moram na favela)
sofram o chamado mandado de busca e apreensão genérico,
que tem sido expedido a fim de autorizar o ingresso de
policiais em toda e qualquer residência. Exigir-se a
identificação precisa de cada uma das pessoas
resultaria, na prática, na total ineficácia da medida,
por tratar-se de tarefa impossível.
Admitir-se, outrossim, nesses casos
especiais, um habeas corpus coletivo, renderia homenagem
à tradição de nosso remédio heroico-constitucional e mesmo
à velha origem do instituto. Nesses casos, segundo eles,
incidiria o brocardo ubi jus, ibi remedium.

Acrescente-se a tal entendimento o teor do


dispositivo 580, do CPP 7, que pode ser aplicado por analogia,
a fim de estender a ordem a todos aqueles que se encontrem
em situações idênticas.

Recentemente, a Segunda Turma do STF


concedeu um habeas corpus coletivo (HC 143.641) no qual
figuravam como pacientes todas as mulheres submetidas
à prisão cautelar no sistema penitenciário nacional que
ostentassem a condição de gestantes, de puérperas ou
de mães com crianças com até 12 anos de idade sob
sua responsabilidade, além das próprias crianças que
porventura estivessem na companhia de suas mães.

Preliminarmente, o STF analisou a


possibilidade da impetração do HC coletivo e a confirmou,
por unanimidade.

Em síntese, os ministros fundamentaram a


decisão no fato de que remédios processuais coletivos

7
Art. 580. Em caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um
dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal,
aproveitará aos outros.
têm sido exigidos para solucionar problemas ligados a
relações sociais massificadas e burocratizadas,
prevenindo-se assim lesões a direitos de grupos
vulneráveis, cujos componentes não são capazes de se
impor individualmente. Mencionou-se o fato de que tramitam
no Brasil mais de cem milhões de processos para pouco mais
de dezesseis mil Juízes, o que exige soluções de natureza
coletiva para conferir a eficácia adequada ao postulado
constitucional.

O HC coletivo, na visão do Tribunal,


homenageia a tradição brasileira de conferir a maior
amplitude possível ao remédio constitucional e decorre
mesmo do disposto no artigo 544, parágrafo 2o., do CPP,
a que possibilita aos juízes e tribunais a concessão e
ordem de ofício quando, no curso de processos,
verificarem que alguém sofre ou está na iminência de
sofrer coação ilegal. Além disso, não se pode ignorar que
a impetração coletiva é harmoniosa com as disposições o art.
580, do CPP, que, ao tratar dos recursos, permite a extensão
dos efeitos a todos os corréus, desde que os fundamentos de
decisão não sejam de caráter exclusivamente pessoal.

Vejamos o conteúdo da r. decisão do STF, de


acordo com esta reportagem 8:

8
Disponível em: https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2018/07/09/stf-e-o-
habeas-corpus-coletivo-para-presas-circunstancias-da-concessao-e-limites-
necessarios/. Acesso em: 09/02/2021.
STF E O ‘HABEAS CORPUS’ COLETIVO PARA PRESAS:
CIRCUNSTÂNCIAS DA CONCESSÃO E LIMITES
NECESSÁRIOS

O habeas corpus é o remédio jurídico destinado a


tutelar a liberdade de locomoção do indivíduo. Protege,
pois, o direito de ir, vir, ficar ou voltar, isto é, o direito
de ir e vir para onde quer que se pretenda, mas
diretamente relacionado ao indivíduo. Outros direitos
líquidos e certos, mas que não se refiram à locomoção,
podem ser amparados através de mandado de
segurança, cuja aplicação é admitida no âmbito penal e
que se presta, por exemplo, para liberação de bens
sequestrados (STJ – RMS 56.799/MT, j.
12/06/2018). Afinal, conforme bem anotado pelo
Ministro Celso de Mello, “a ação penal de habeas
corpus, enquanto instrumento de ativação da jurisdição
constitucional das liberdades, configura um poderoso
meio de cessação do injusto constrangimento ao estado
de liberdade de locomoção física das pessoas. Se essa
liberdade não se expõe a qualquer tipo de cerceamento,
e se o direito de ir, vir ou permanecer sequer se revela
ameaçado, nada justifica – por não estar em causa a
liberdade de locomoção física – o emprego do remédio
heroico do habeas corpus” (HC nº 86878/SP, j. em
25/10/2005).

Para que seja viável a impetração, a petição inicial do


habeas corpus deve conter, nos termos do art. 654, §
1º, a, do CPP, “o nome da pessoa que sofre ou está
ameaçada de sofrer violência ou coação e o de quem
exercer a violência, coação ou ameaça”.

A primeira parte do dispositivo diz respeito ao paciente,


aquele em favor do qual é ajuizado o habeas corpus e
que suporta uma restrição ao seu direito de locomoção
ou, ao menos, uma ameaça de que tal constrangimento
se verifique.

Por esta razão, já se negou o writ quando


indeterminadas as pessoas em favor de quem foi ele
impetrado. Assim ocorreu, por exemplo, quando se
ingressou com habeas corpus, de forma genérica, em
prol de professores da rede estadual impedidos de
gozarem férias (RSTJ 45/83) ou de integrantes do
Movimento dos Sem-Terra (RJTACRIM 30/390). Em
2017, o STF não conheceu de habeas corpus impetrado
pela Defensoria Pública do Estado do Paraná contra
decisão proferida pela 5ª Vara da Fazenda Pública de
Curitiba, que vedou, a pedido da Procuradoria do
Município, a permanência de pessoas em algumas áreas
da cidade, especificamente nas cercanias das
instalações da Justiça Federal, nas quais ocorreria o
interrogatório do ex-presidente da Luiz Inácio Lula da
Silva. A Defensoria havia impetrado o remédio heroico
em favor da “coletividade formada por todas as
pessoas” que desejassem “exercer seu direito de
manifestação na cidade de Curitiba”. O min. Celso de
Mello, a quem foi distribuída a ação, reconheceu a
importância da liberdade de reunião e de manifestação
do pensamento, mas considerou não ser o habeas
corpus a medida correta para viabilizar essa garantia,
justamente porque se tratava de uma coletividade
anônima, não de indivíduos que tiveram sua liberdade
cerceada. O ministro ressaltou a necessidade, por
expressa disposição legal, de identificar o paciente e
invocou a jurisprudência do próprio tribunal e do
Superior Tribunal de Justiça (HC 143.704/PR, j.
10/05/2017).

Nesse sentido é a lição de Bento de Faria, que nega a


possibilidade de ajuizamento do pedido “quando se
tratar de pessoas indeterminadas, v.g., os sócios de
certa agremiação, os empregados de determinado
estabelecimento, os moradores de alguma casa, os
membros de indicada corporação, os componentes de
uma classe, etc., ainda quando referida uma das
pessoas com o acréscimo de – e outros. Somente em
relação a essa será conhecido o pedido” (Código de
Processo Penal, Rio de Janeiro: Record, 1960, vol. 2, p.
381).

Parece merecer alguma ressalva esse posicionamento.


Com efeito, é defensável que se negue a possibilidade
de impetração coletiva absolutamente genérica,
visando a beneficiar, por exemplo, todos aqueles que
se encontrem cumprindo pena pela prática de
determinado crime. Mas nada impede, segundo
entendemos, que em situações excepcionais, embora
sem identificar singularmente cada um dos pacientes,
se possa manejar um writ mais amplo, capaz de tutelar,
v.g., o direito de locomoção de todos os residentes em
determinado bairro impedidos de deixar suas casas por
força de ação policial. Suponha-se, ainda, que
moradores em uma favela sejam alvo do chamado
mandado de busca e apreensão genérico ou coletivo,
que tem sido expedido a fim de autorizar o ingresso de
policiais em toda e qualquer residência. Exigir-se, para
eventual habeas corpus, a identificação precisa de cada
uma das pessoas resultaria, na prática, na total
ineficácia da medida, por tratar-se de tarefa impossível.
Admitir-se, outrossim, nesses casos especiais, um
habeas corpus coletivo renderia homenagem à tradição
de nosso remédio heroico e mesmo à velha origem do
instituto.

Apesar das restrições apontadas, há alguns meses a


Segunda Turma do STF concedeu um habeas corpus
coletivo (HC 143.641) no qual figuravam como
pacientes “todas as mulheres submetidas à prisão
cautelar no sistema penitenciário nacional” que
ostentassem “a condição de gestantes, de puérperas ou
de mães com crianças com até 12 anos de idade sob
sua responsabilidade”, além das próprias crianças que
porventura estivessem na companhia de suas mães.

Preliminarmente, aquele órgão colegiado analisou a


possibilidade da impetração do habeas corpus coletivo
e a confirmou por unanimidade. Embora os ministros
Dias Toffoli e Edson Facchin tenham votado pelo
conhecimento parcial do habeas corpus, que deveria
atingir apenas pleitos já analisados pelo STJ –
excluindo-se as decisões de primeira e segunda
instâncias –, concordaram com os demais ministros no
que tange à possibilidade de impetração coletiva.

Em síntese, os ministros fundamentaram sua decisão


no fato de que remédios processuais coletivos têm sido
exigidos para solucionar problemas ligados a relações
sociais massificadas e burocratizadas, prevenindo-se
assim lesões a direitos de grupos vulneráveis, cujos
componentes não são capazes de se impor
individualmente. Mencionou-se o fato de que tramitam
no Brasil mais de cem milhões de processos para pouco
mais de dezesseis mil juízes, o que exige soluções de
natureza coletiva para conferir a eficácia adequada ao
postulado constitucional da razoável duração do
processo e ao princípio da efetividade da prestação
jurisdicional.

O habeas corpus coletivo, na visão do tribunal,


homenageia a tradição brasileira de conferir a maior
amplitude possível ao remédio constitucional e decorre
mesmo do disposto no art. 654, § 2º, do CPP, que
possibilita aos juízes e tribunais a concessão de ordem
de ofício quando, no curso de processo, verificarem que
alguém sofre ou está na iminência de sofrer coação
ilegal. Além disso, não se pode ignorar que a
impetração coletiva é harmoniosa com as disposições
do art. 580 do CPP, que, ao tratar dos recursos, permite
a extensão dos efeitos a todos os corréus, desde que os
fundamentos da decisão não sejam de caráter
exclusivamente pessoal.

Analisando o mérito do habeas corpus, os ministros


invocaram tanto a legislação nacional quanto a
internacional para justificar a concessão da ordem.
Como apontou a decisão, as Regras de Bangkok
estabelecem prioridade para soluções judiciais que
promovam alternativas ao encarceramento,
especialmente nas situações prévias à formação
definitiva da culpa. Além disso, temos no plano interno,
inicialmente, o art. 227 da CF/88, que determina
prioridade absoluta para a garantia dos interesses de
crianças, e a manutenção de presas sem efetiva
necessidade atinge o direito delas, que acabam
sofrendo injustamente as consequências da prisão. E,
ainda, o quadro revelado no processo demonstrava a
necessidade de cumprir a lei sobre as políticas públicas
para a primeira infância (Lei 13.257/16), que inclusive
alterou o art. 318 do CPP nas disposições relativas à
substituição da prisão preventiva pela domiciliar,
permitindo-a para gestantes, mulheres com filho de até
doze anos incompletos e homens que sejam os únicos
responsáveis pelos cuidados do filho de até doze anos
incompletos.

O suporte fático para a concessão da ordem consistiu


na comprovação de que mulheres grávidas e mães de
crianças (compreendidas no sentido legal conferido pelo
art. 2º do ECA: até doze anos incompletos) estavam
sendo submetidas a prisões preventivas em situação
degradante, não dispunham de cuidados médicos pré-
natais e pós-parto e não contavam com berçários e
creches para seus filhos.

Em razão disso, determinou-se “a substituição da prisão


preventiva pela domiciliar – sem prejuízo da aplicação
concomitante das medidas alternativas previstas no art.
319 do CPP – de todas as mulheres presas, gestantes,
puérperas ou mães de crianças e deficientes, nos
termos do art. 2º do ECA e da Convenção sobre Direitos
das Pessoas com Deficiências (Decreto Legislativo
186/2008 e Lei 13.146/2015), relacionadas neste
processo pelo DEPEN e outras autoridades estaduais,
enquanto perdurar tal condição, excetuados os casos de
crimes praticados por elas mediante violência ou grave
ameaça, contra seus descendentes ou, ainda, em
situações excepcionalíssimas, as quais deverão ser
devidamente fundamentadas pelo juízes que
denegarem o benefício”. E estendeu-se a ordem de
ofício a todas as demais presas gestantes, puérperas ou
mães de crianças e de pessoas com deficiência, assim
como às adolescentes sujeitas a medidas
socioeducativas que estivessem na mesma situação
daquelas beneficiadas diretamente pela impetração.

Críticas à parte – pois a lei processual penal já


estabelece a possibilidade de impor prisão domiciliar em
substituição à prisão preventiva para gestantes e
mulheres com filho de até doze anos de idade
incompletos (art. 318, IV e V), o que é muito mais
criterioso do que uma ordem de habeas corpus coletivo
–, devemos notar que o próprio STF estabeleceu
limitações: que o crime em razão do qual a mulher se
encontra presa cautelarmente não tenha sido cometido
com violência ou ameaça contra seus próprios
descendentes e que não se trate de situações
excepcionais que exijam a prisão (ausentes os
requisitos do art. 312 do CPP).

Bem, não faria mesmo sentido, tendo em vista que o


fundamento do habeas corpus era a necessidade de que
as presas dispensassem os cuidados necessários a seus
filhos, permitir a substituição da preventiva se esses
mesmos filhos fossem as vítimas. Soaria absurdo
permitir que a mãe acusada de permitir que seu filho
fosse abusado sexualmente pelo padrasto deixasse a
prisão para retomar os cuidados sobre a criança.

Mas isso, certamente, não é o bastante.

É evidentemente irrazoável avaliar a substituição da


prisão preventiva somente pela condição pessoal de
quem está preso. O fato de uma mulher presa
preventivamente ser gestante ou ter filhos é sem
dúvida um fator que agrega alguns cuidados à análise
de sua condição processual, mas isso não pode ser o
bastante para determinar se ela deve ou não
permanecer presa.

Com efeito, a prisão preventiva tem requisitos,


pressupostos e fundamentos estritos, que, uma vez
preenchidos, indicam que o agente deve ser levado ao
cárcere porque, afinal, sua liberdade traz riscos
concretos à sociedade. Se um agente reincidente está
sendo acusado de uma série de latrocínios, é forçoso
concluir que sua prisão é imprescindível para a
manutenção da ordem pública; se o acusado de crime
contra o sistema financeiro pode cometer ações
atentatórias à livre concorrência e às relações de
consumo, abusando de seu poder econômico, a
preventiva se justifica para a manutenção da ordem
econômica; se se comprova que, no decorrer do
processo, o acusado comete coação contra
testemunhas, a preventiva pode ser decretada para a
conveniência da instrução criminal; se há alguma
indicação concreta de que o agente planeja sua fuga, a
preventiva tem lugar para garantir a aplicação da lei
penal. E a jurisprudência é absolutamente pacífica no
sentido de que o decreto de prisão deve se basear em
elementos sólidos, não exclusivamente na opinião do
juiz, na gravidade abstrata do crime ou em outras
circunstâncias não comprovadas.

Como se nota, portanto, são situações concretas que


justificam o encarceramento prévio à formação da
culpa. Essas situações não podem ser simplesmente
desconsideradas somente pela condição pessoal de
quem deve ser preso. Uma vez constatada a
necessidade da prisão imediata, as condições pessoais
do sujeito devem ser cotejadas com o interesse geral
na manutenção da paz social.

Esse cotejo deve incidir também nas situações em que


a mulher presa é gestante ou tem filhos. Não são
somente os casos de crimes cometidos contra os
próprios filhos que impedem a substituição da prisão
preventiva pela domiciliar, pois há diversas formas de
condutas gravíssimas, cometidas com violência
extrema e que revelam um traço de personalidade
violenta que pode eventualmente vitimar inclusive
esses mesmos filhos em nome dos quais a acusada foi
liberada.

Neste passo, o STJ já negou provimento a recurso em


habeas corpus considerando que o caso concreto se
subsumia à situação excepcionalíssima a que se referiu
o próprio STF no HC 143.641. No caso julgado, a
recorrente estava sendo acusada de tomar parte em
homicídios qualificados cometidos em circunstâncias de
violência acima do comum, razão pela qual havia sido
presa preventivamente. A primeira instância havia
fundamentado a ordem de prisão nos seguintes termos:

“(…) Não há como ignorar a frieza com que teria sido


perpetrado o delito, ou seja, mediante dissimulação, ao
que tudo indica, vez que as vítimas teriam franqueado
a entrada de Samara (companheira de Amauri), já que
havia medida protetiva deferida em favor das vítimas,
proibindo o representado Amauri de se aproximas
delas, tendo este, na sequência, ingressado na casa e,
de posse de uma arma de fogo, desferido os disparos
de arma de fogo nas cabeças das ofendidas, ao que os
autos indicam, em verdadeira execução.

Pelo apurado até o momento, o crime teria sido


cometido contra a ex-companheira de Amauri (Fabiola)
e ex-sogra (Geneci), em razão de não se conformar com
o término do relacionamento, ciúmes e por temer voltar
à prisão, haja vista a medida protetiva deferida. Ainda,
o fato teria sido cometido na frente da filha de Fabiola
e Amauri, que tudo presenciou, tendo ele e Samara,
após o cometimento do delito, saído do local levando a
menina de 06 anos, que posteriormente foi ouvida por
uma psicóloga e uma assistente social, as quais
afirmaram que ela foi testemunha ocular, e confirmou
a participação de Amauri e Samara nos homicídios.

(…)
Quanto à representada Samara, embora seja primária,
verifica-se que responde a processo por posse de arma
de fogo, e teria se aliado ao representado Amauri para
prática dos gravíssimos fatos, evidenciando-se a
imperatividade de aplicação de medida mais severa
para fazer cessar seu agir ilícito (…)”.

O STJ encampou o decreto de prisão, inicialmente sob


o argumento de que a substituição da prisão preventiva
pela domiciliar não é uma medida inafastável, cabendo
ao juiz analisar as circunstâncias e aquilatar a
suficiência e a adequação da medida, com o que se
resguarda a efetividade da prestação jurisdicional.

Além disso, ponderou-se que o caso concreto era muito


grave:

“In casu, tem-se “situação excepcionalíssima” que


justifica a mitigação da referida decisão do Supremo
Tribunal Federal, na medida em que o crime foi
praticado com extrema violência, tendo as vítimas sido
executadas com tiros na cabeça, em verdadeiro ato de
execução, na frente de uma criança de apenas 6 anos
de idade (filha que o companheiro da acusada tem com
uma das vítimas fatais do homicídio). Vale ressaltar
que, segundo o juízo de primeiro grau, os filhos da
recorrente estão morando na casa dos avós maternos,
onde também reside uma tia” (RHC 92.760/RS, j.
15/03/2018).

Embora tenhamos nos referido a crimes cometidos com


violência como fator impeditivo da substituição da
custódia cautelar, há outros, sem violência, mas que
podem obstar a medida alternativa à prisão.
Imaginemos um crime de tráfico de drogas cometido
por uma mulher em sua própria residência e na
presença dos filhos. Substituir a prisão, neste caso,
consistiria em proporcionar todas as condições para que
o crime se perpetuasse e – mais grave – que as crianças
continuassem sob péssima influência, em um ambiente
que não lhes traria coisa alguma além de sofrimento e
de indução a conduta semelhante no futuro. Neste
sentido:

“O fato de a acusada comercializar entorpecentes em


sua própria residência, local onde foi apreendida
quantidade relevante de cocaína, já embalada em
porções individuais, além de outros petrechos
comumente utilizados para o tráfico de drogas,
evidencia o prognóstico de que a prisão domiciliar não
cessaria a possibilidade de novas condutas delitivas no
interior de sua casa, na presença dos filhos menores de
12 anos, circunstância que inviabiliza o acolhimento do
pleito” (STJ – RHC 96.737/RJ, j. 19/06/2018).

Outra situação na qual se negou a prisão domiciliar se


referia a uma mulher responsável pela contabilidade e
pela transmissão de ordens em um grupo criminoso
dedicado a crimes de furto, roubo e receptação de
veículos automotores. Considerou-se que a medida
mais branda facilitaria a prática criminosa à qual a
acusada se dedicava:

“O fato de a acusada realizar a contabilidade do grupo


criminoso e transmitir as ordens de seu companheiro –
líder da associação, atualmente privado de sua
liberdade – evidencia o prognóstico de que a prisão
domiciliar não seria suficiente para evitar a prática
delitiva no interior de sua residência, na presença dos
filhos menores de 12 anos, circunstância que inviabiliza
o acolhimento do pleito” (RHC 96.157/RS, j.
05/06/2018).

Destacamos, por fim, que a decisão do STF não abrange


a prisão domiciliar disciplinada no art. 117 da Lei de
Execução Penal, que se aplica, evidentemente, durante
a execução da pena. Esta modalidade de prisão
domiciliar não tem natureza cautelar, mas incidental ao
processo de execução, e é cabível – segundo a letra
expressa da lei – para beneficiar, dentre outros, as
condenadas gestantes ou com filho menor ou deficiente
físico ou mental que cumpram pena em regime aberto.
Ainda que se admita, conforme tem decidido o STJ, a
concessão do benefício também aos presos em regime
fechado e semiaberto, seus requisitos são específicos e
não se confundem com a situação das mulheres presas
preventivamente. No caso do art. 117 da LEP há
condenação, formação de culpa legitimadora da
imposição da pena, que deve ser devidamente
executada para que suas finalidades sejam atingidas,
ao menos na medida do que permitem as
circunstâncias. Se nas situações envolvendo a prisão
cautelar a restrição da liberdade é excepcional, aqui
ocorre o exato oposto.

Como podemos notar, a decisão tomada pelo STF deve


ser aplicada sob critérios rígidos que tenham em
consideração a eficácia das medidas cautelares no
processo penal. Não é possível, a pretexto de conferir
ao processo um caráter pretensamente humanitário,
considerar apenas um fator dentre os inúmeros que
normalmente envolvem os acusados de crimes, sob
pena de tornar-se ainda mais ineficaz nosso já
combalido sistema penal.

O HABEAS CORPUS foi assim ementado pelo


STF:

9
HC 143641 / SP

Ementa: HABEAS CORPUS COLETIVO. ADMISSIBILIDADE.


DOUTRINA BRASILEIRA DO HABEAS CORPUS. MÁXIMA
EFETIVIDADE DO WRIT. MÃES E GESTANTES PRESAS.
RELAÇÕES SOCIAIS MASSIFICADAS E BUROCRATIZADAS.

9
Disponível em:
http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/HC143641final3pdfVoto.p
df. Acesso em: 09/02/2021.
GRUPOS SOCIAIS VULNERÁVEIS. ACESSO À JUSTIÇA.
FACILITAÇÃO. EMPREGO DE REMÉDIOS PROCESSUAIS
ADEQUADOS. LEGITIMIDADE ATIVA. APLICAÇÃO ANALÓGICA
DA LEI 13.300/2016. MULHERES GRÁVIDAS OU COM CRIANÇAS
SOB SUA GUARDA. PRISÕES PREVENTIVAS CUMPRIDAS EM
CONDIÇÕES DEGRADANTES. ADMISSIBILIDADE. PRIVAÇÃO DE
CUIDADOS MÉDICOS PRÉ-NATAL E PÓS-PARTO. FALTA DE
BERÇÁRIOS E CRECHES. ADPF 347MC/DF. SISTEMA PRISIONAL
BRASILEIRO. ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL.
CULTURA DO ENCARCERAMENTO. NECESSIDADE DE
SUPERAÇÃO. DETENÇÕES CAUTELARES DECRETADAS DE
FORMA ABUSIVA E IRRAZOÁVEL. INCAPACIDADE DO ESTADO
DE ASSEGURAR DIREITOS FUNDAMENTAIS ÀS ENCARCERADAS.
OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO E DE
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA ORGANIZAÇÃO DAS
NAÇÕES UNIDAS. REGRAS DE BANGKOK. ESTATUTO DA
PRIMEIRA INFÂNCIA. APLICAÇÃO À ESPÉCIE. ORDEM
CONCEDIDA. EXTENSÃO DE OFÍCIO.

I – Existência de relações sociais massificadas e burocratizadas,


cujos problemas estão a exigir soluções a partir de remédios
processuais coletivos, especialmente para coibir ou prevenir
lesões a direitos de grupos vulneráveis.
II – Conhecimento do writ coletivo homenageia nossa tradição
jurídica de conferir a maior amplitude possível ao remédio
heroico, conhecida como doutrina brasileira do habeas corpus.
III – Entendimento que se amolda ao disposto no art. 654, § 2º,
do Código de Processo Penal - CPP, o qual outorga aos juízes e
tribunais competência para expedir, de ofício, ordem de habeas
corpus, quando no curso de processo, verificarem que alguém
sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal.
IV – Compreensão que se harmoniza também com o previsto no
art. 580 do CPP, que faculta a extensão da ordem a todos que se
encontram na mesma situação processual.
V - Tramitação de mais de 100 milhões de processos no Poder
Judiciário, a cargo de pouco mais de 16 mil juízes, a qual exige
que o STF prestigie remédios processuais de natureza coletiva
para emprestar a máxima eficácia ao mandamento constitucional
da razoável duração do processo e ao princípio universal da
efetividade da prestação jurisdicional.
VI - A legitimidade ativa do habeas corpus coletivo, a princípio,
deve ser reservada àqueles listados no art. 12 da Lei
13.300/2016, por analogia ao que dispõe a legislação referente
ao mandado de injunção coletivo.
VII – Comprovação nos autos de existência de situação estrutural
em que mulheres grávidas e mães de crianças (entendido o
vocábulo aqui em seu sentido legal, como a pessoa de até doze
anos de idade incompletos, nos termos do art. 2º do Estatuto da
Criança e do Adolescente - ECA) estão, de fato, cumprindo prisão
preventiva em situação degradante, privadas de cuidados
médicos pré-natais e pós-parto, inexistindo, outrossim berçários
e creches para seus filhos.
VIII – “Cultura do encarceramento” que se evidencia pela
exagerada e irrazoável imposição de prisões provisórias a
mulheres pobres e vulneráveis, em decorrência de excessos na
interpretação e aplicação da lei penal, bem assim da processual
penal, mesmo diante da existência de outras soluções, de caráter
humanitário, abrigadas no ordenamento jurídico vigente.
IX – Quadro fático especialmente inquietante que se revela pela
incapacidade de o Estado brasileiro garantir cuidados mínimos
relativos à maternidade, até mesmo às mulheres que não estão
em situação prisional, como comprova o “caso Alyne Pimentel”,
julgado pelo Comitê para a Eliminação de todas as Formas de
Discriminação contra a Mulher das Nações Unidas.
X – Tanto o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio nº 5
(melhorara saúde materna) quanto o Objetivo de
Desenvolvimento Sustentável nº 5 (alcançar a igualdade de
gênero e empoderar todas as mulheres e meninas), ambos da
Organização das Nações Unidades, ao tutelarem a saúde
reprodutiva das pessoas do gênero feminino, corroboram o pleito
formulado na impetração.
X – Incidência de amplo regramento internacional relativo a
Direitos Humanos, em especial das Regras de Bangkok, segundo
as quais deve ser priorizada solução judicial que facilite a
utilização de alternativas penais ao encarceramento,
principalmente para as hipóteses em que ainda não haja decisão
condenatória transitada em julgado.
XI – Cuidados com a mulher presa que se direcionam não só a
ela, mas igualmente aos seus filhos, os quais sofrem
injustamente as consequências da prisão, em flagrante
contrariedade ao art. 227 da Constituição, cujo teor determina
que se dê prioridade absoluta à concretização dos direitos destes.
XII – Quadro descrito nos autos que exige o estrito cumprimento
do Estatuto da Primeira Infância, em especial da nova redação
por ele conferida ao art. 318, IV e V, do Código de Processo
Penal.
XIII – Acolhimento do writ que se impõe de modo a superar tanto
a arbitrariedade judicial quanto a sistemática exclusão de direitos
de grupos hipossuficientes, típica de sistemas jurídicos que não
dispõem de soluções coletivas para problemas estruturais.
XIV – Ordem concedida para determinar a substituição da prisão
preventiva pela domiciliar - sem prejuízo da aplicação
concomitante das medidas alternativas previstas no art. 319 do
CPP - de todas as mulheres presas, gestantes, puérperas ou
mães de crianças e deficientes, nos termos do art. 2º do ECA e
da Convenção sobre Direitos das Pessoas com Deficiências
(Decreto Legislativo 186/2008 e Lei 13.146/2015), relacionadas
neste processo pelo DEPEN e outras autoridades estaduais,
enquanto perdurar tal condição, excetuados os casos de crimes
praticados por elas mediante violência ou grave ameaça, contra
seus descendentes.
XV – Extensão da ordem de ofício a todas as demais mulheres
presas, gestantes, puérperas ou mães de crianças e de pessoas
com deficiência, bem assim às adolescentes sujeitas a medidas
socioeducativas em idêntica situação no território nacional,
observadas as restrições acima.

De acordo com as situações excepcionais


acima mencionadas, o que se percebe é que o agressor –
proprietário da fazenda, no caos dos colonos aprisionados
por dívidas, é ele mesmo o agressor e a pessoa que pretende
impedir que os pacientes possam reagir para buscar a
liberdade, acessando o Poder Judiciário.

E é exatamente essa a hipótese deste HC,


pois, os impetrados, que comandam policiais militares e
outros agentes públicos a ele subordinados, determinaram a
prisão domiciliar de todos os moradores dos Estados que,
segundo eles, só podiam sair de casa para ir à farmácia,
supermercados e padarias e podem inviabilizar o exercício
dos direitos de locomoção e expressão para a manifestação
que se realizará em todo o País, a partir do dia 07/09/2021,
o que não é permitido pela Constituição Federal, que só
admite tais restrições de direitos fundamentais, em caso de
estado de defesa e de sítio, cuja decretação só é autorizada
ao Presidente da República, com aprovação do Congresso
Nacional, de acordo com o art. 137 e seguintes, da
Constituição Federal.

A legitimidade excepcional para a impetração


do HABEAS CORPUS coletivo e preventivo está demonstrada
pelo polo ativo da presente peça, que reúne diversas
associações legalmente constituídas e em funcionamento há
mais de 01 ano, nos termos do art. 12, III, da Lei 13.300/16
e do HC 143641-SP, acima mencionado.

3. DA GRATUIDADE DO REMÉDIO CONSTITUCIONAL

O HC é gratuito, de acordo com o que dispõe


o art. 5o., LXXVII, da Constituição Federal. Confira:
LXXVII – são gratuitas as ações de habeas corpus e
habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao
exercício da cidadania.

4. DA ILEGALIDADE DA COAÇÃO

De acordo com o art. 648, I, do CPP, a coação


será ilegal quando não houver justa causa.

Em diversas ocasiões, as autoridades coatora


vêm inviabilizando o livre exercício da liberdade de
locomoção e de expressão em todo o País e, principalmente,
em Brasília, na Esplanada dos Ministérios, onde a população
já se habitou de se manifestar.

No caso do Governador do DF, ele dá ordens


verbais para que a Polícia Militar feche o acesso à
Esplanada, torna indisponíveis inúmeras vagas de
estacionamentos públicos, proíbe a entrada de vendedores
ambulantes, tudo para dificultar ou inviabilizar o livre
exercício daqueles direitos, que são amparados pela
Constituição Federal.

Em diversos outros Estados, os


Governadores, alegando terem suporte em decisão do STF,
restringem tais direitos, o que não se mostra razoável,
constitucional e legal.

Como a próxima manifestação, a partir de


07/09/21, em todo o País, tem como pautas a destituição
dos Ministros do STF e a impressão e contagem pública dos
votos, já reprovada pela Câmara dos Deputados, é bastante
razoável admitir-se que as autoridades coatoras tentem
inviabilizar as manifestações, os discursos, as viagens
interestaduais para Brasília e, aqui no DF, o acesso à
Esplanada dos Ministérios, o que, evidentemente, restringe
a liberdade de locomoção.

Portanto, como o que os requerentes e


pacientes pretendem é ter a oportunidade de EXERCER OS
DIREITOS CONSTTUCIONAIS DE EXPRESSÃO E
LOCOMOÇÃO, sem sofrer quaisquer tipos de restrições a
esses direitos fundamentais.

5. DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DE LOCOMOÇÃO E


DE EXPRESSÃO

Os direitos e garantias fundamentais


previstos na Constituição Federal SÃO CLÁUSULAS
PÉTREAS, que sequer podem ser abolidos por emenda
10
constitucional , não podendo também ser restringidos sem

10
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

I - a forma federativa de Estado;

II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

III - a separação dos Poderes;

IV - os direitos e garantias individuais.


justificativa plausível e convincente por nenhuma das
autoridades coatoras.
Por tais motivos, não podem os impetrados,
baseados em legislação infraconstitucional, sejam leis ou
decretos, por opção partidária ou por decisão do STF nesses
casos, suprimir ou restringir os direitos fundamentais de
locomoção e de expressão, de acordo com o que dispõe a
Constituição Federal, art. 5o.:

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo


vedado o anonimato;

IX - é livre a expressão da atividade intelectual,


artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença;

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo


de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei,
nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas,


em locais abertos ao público, independentemente de
autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo
apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

De forma secundária, mas, não menos


importante, as autoridades coatoras vêm proibindo que os
vendedores ambulantes se locomovam nos locais de
manifestações, inviabilizando o livre exercício do trabalho
lícito, o que compromete a sobrevivência deles e o acesso
dos manifestantes à aquisição de comidas (lanches) e
bebidas que oferecem.
À família é concedida especial proteção do
Estado pela Constituição Federal e essa norma também está
sendo ferida, pois, sem o trabalho, nenhum pai de família
consegue sustentá-la, submetendo-se a situações
extremamente vexatórias e constrangedoras.
Já presenciamos, em diversas ocasiões,
ilegais prisões de pessoas que resistem e insistem em dizer
que estão trabalhando. Além disso, há apreensões ilegais de
mercadoria (sem lavratura de auto de apreensão), em
cumprimento de ordens dadas pelas autoridades coatoras, o
que, com certeza, configura infrações penais, que não
podem ser legitimadas pelo Poder Judiciário.
Portanto, os manifestantes do Distrito Federal
e de todo o País que se interessarem devem ter os direito de
expressão e de locomoção, mas, também os vendedores
ambulantes devem ter o direito de circular para trabalhar
garantidos pelo Poder Judiciário.

6. DAS INJUSTIFICADAS AMEAÇAS DE PRISÃO PELO


COMETIMENTO DE INFRAÇÃO PENAL DE MENOR
POTENCIAL OFENSIVO
Não há como caracterizar nenhum ilícito civil
ou penal, em decorrência do livre exercício dos direitos de
locomoção e expressão em comento.
Quanto os ânimos se acirram por discussões
jurídicas acerca desses direitos, em algumas ocasiões, a
mando das autoridades coatoras, alguns Policiais Militares e
fiscais acabam por exceder o limite do razoável e, para
amedrontar as demais pessoas, acabam por algemá-las e
prendê-las em flagrante, o que configura atos abusivos e
ilegais, pois, as infrações penais de menor potencial ofensivo
não permitem a prisão em flagrante e, muito menos, a
colocação de algemas.
É para evitar todas essas situações
constrangedoras que se busca a presente ordem preventiva.

7. DOS DIREITOS FUNDAMENTAL AO TRABALHO

Segundo o art. 5o, XV, da Constituição


Federal, é livre a locomoção no território nacional em tempo
de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele
entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.
São direitos sociais a educação, a saúde, a
alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e
à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição (art. 6o., CF).
Só são permitidas as restrições de direitos
fundamentais autorizadas pelo Texto Constitucional, em
casos excepcionalíssimos nela mesma dispostos, como o
estado de sítio. Fora das hipóteses nela elencadas, todas as
restrições são inconstitucionais.
Praticamente todas as atividades comerciais
do Distrito Federal e dos demais Estados da Federação são
estão em pleno funcionamento, não havendo nenhuma
justificativa legal para inviabilizar ou dificultar o livre
exercício dos direitos ao trabalho, de expressão e de
locomoção de todos os interessadas em participara das
manifestações.
Portanto, quaisquer tentativas de inviabilizar
a viagem dos manifestantes até o Distrito Federal, a entrada
na Capital Federal, o acesso à Esplanada dos Ministérios dos
participantes ou vendedores ambulantes serão consideradas
coação ilegal, pois, não há justa causa para determiná-las,
nos termos do art. 647, do Código de Processo Penal, e
deverão ser obstadas por Vossa Excelência, em todos os
Estados da Federação.

Vale ressaltar que deve ser garantida a


locomoção de todos os Estados para o Distrito Federal e aqui
dentro, especificamente, na Esplanada dos Ministérios, sob
pena de desrespeitos aos termos constitucionais.

8. DA IMINÊNCIA DA COAÇÃO ILEGAL


Como acima ressaltado, as manifestações
iniciam-se, em todo o País, a partir do dia 07/09/2021, sendo
público e notório que, apesar de as manifestações não terem
nenhum intuito político, o cidadão e Advogado, Dr. ROBERTO
JEFFERSON, que se mostrou favorável a elas, demonstrando
isso nas redes sociais, foi preso em 13/08/2021, conforme
se constata na reportagem publicada neste link: (Disponível
em: https://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-
verde/noticia/2021/08/13/preso-roberto-jefferson-deixa-
casa-em-levy-gasparian-em-comboio-da-pf-e-e-levado-
para-o-rio.ghtml. Acesso em 15/08/2021).

Sem nenhum fundamento legal, internautas


pede a prisão de Sérgio Reis, após declaração do cantor, que
apoia as manifestação que se aproximam: (disponível em:
https://www.tvprime.ig.com.br/noticia/87384/celebridades/
internautas-pedem-a-prisao-de-sergio-reis-apos-
declaracao-polemica-do-cantor-sertanejo-14082021.
Acesso em 15/08/2021).

Portanto, há inequívoca iminência de os


beneficiários sofrerem violência ou coação ilegal na sua
liberdade de ir, vir, permanecer e voltar, enfim, aos direitos
constitucionais de locomoção, expressão e de reunião
pacífica, nos termos dos artigos 647, do CPP e da
Constituição Federal.
9. PEDIDO

Por todo o exposto, requer à Vossa


Excelência:

1. PRELIMINARMENTE, a emissão de ordem para que o


impetrado SE ABSTENHA DE OBRIGAR A RETIRADA
DOS MANIFESTANTES AGORA DA ESPLANADA
DOS MINISTÉRIOS E QUE SEJA CONCEDIDO O
PRAZO RAZOÁVEL PARA NEGOCIAÇÃO;
2. QUE SE ABSTENHA DE IMPEDIR A LIVRE
LOCOMOÇÃO, AMEAÇAR OU DAR ORDENS DE
PRISÃO ao impetrante, aos
participantes/manifestantes e vendedores ambulantes,
sob qualquer pretexto ilegal;
3. PRELIMINARMENTE, A EXPEDIÇÃO DE SALVO
CONDUTO todos possam chegar ao Distrito Federal,
nele entrar para participar das manifestações no
interior da Esplanada dos Ministérios, de 01 a
20/09/2021, sem sofrer restrições ao direito de
locomoção, ameaças, violência ou coação ilegal no
exercício regular de direitos constitucionais (art. 23, III,
do Código Penal);
4. A CONCESSÃO DE SALVO CONDUTO PARA QUE O
IMPETRANTE E TODOS OS MANIFESTANTES
TENHAM PRAZO RAZOÁVEL PARA NEGOCIAÇÃO;
5. A CONCESSÃO DE SALVO CONDUTO PARA TODOS
OS BENEFICIÁRIOS PARA QUE NÃO SEJA
RESTINGIDA A LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO, DE
EXPRESSÃO E DE REUNIÃO.

6. A fixação de multa diária no valor de R$ 1.000,00 a ser


paga pelas autoridades coatoras, em caso de
descumprimento de qualquer das medidas
determinadas;

7. A proibição da imposição de multas, de qualquer


natureza, como forma de coagir os colaboradores,
manifestantes e vendedores ambulantes e inviabilizar
ou dificultar o livre exercício dos direitos de locomoção
e de expressão, mormente multas de trânsito;

8. A PROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS INICIAIS PARA


CONFIRMAR TODOS OS PEDIDOS LIMINARES,
para permitir que o impetrante, os colaboradores,
participantes, manifestantes, vendedores ambulantes e
os terceiros acima indicados possam exercer livremente
os direitos de expressão, de locomoção e de reunião
pacífica no território nacional e, especificamente, na
Esplanada dos Ministérios, entre os dias 01 e
20/09/2021, CONCEDENDO-LHES O SALVO
CONDUTO e proibindo quaisquer coações, ameaças,
prisões, imposição de multas, de forma ilegal.

Nestes termos, pede deferimento.

Brasília-DF, 09 de setembro de 2021.

Assinado de forma
WILSON ISSAO digital por WILSON
ISSAO KORESSAWA
KORESSAWA Dados: 2021.09.09
00:20:35 -03'00'
WILSON ISSAO KORESSAWA

IMPETRANTE

Você também pode gostar