Guia de Estudos

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A Igreja na Reforma
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A Igreja na Reforma
A Igreja na Reforma
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A Igreja na Reforma
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A Igreja na Reforma
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Guia de Estudos
Traduzido do original em inglês
Church History III: The Reformation
Copyright©ano by Robert Charles Sproul
Publicado por Nome da Editora Internacional
Copyright©2017 Curso Fiel de Liderança

1ª Edição em Português 2017
Todos os direitos em língua portuguesa reservados por Curso Fiel de Liderança da Missão
Evangélica Literária
PROIBIDA A REPRODUÇÃO DESTE CONTEÚDO POR QUAISQUER MEIOS, SEM A

PERMISSÃO ESCRITA DOS EDITORES, SALVO EM BREVES CITAÇÕES, COM
INDICAÇÃO DA FONTE.
Diretoria Administrativa: Alexandre da Costa Oliveira

Diretoria Acadêmica: Tiago José dos Santos Filho
Diretoria Executiva: James Richard Denham III
Caixa Postal 1601 Coordenação Pedagógica: Laise Helena Oliveira
CEP 12230-971 Tradução: Alan Cristie
São José dos Campos – SP Revisão: Yago Martins
PABX: (12) 3919-9999 Diagramação: Laise Helena Oliveira
www.cursofieldelideranca.com.br Capa: Laise Helena Oliveira
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A Igreja na Reforma
SUMÁRIO
O CURSO FIEL DE LIDERANÇA ............................................................................... 7
COMO USAR ESTE GUIA ....................................................................................... 8
1 - INTRODUÇÃO À REFORMA .............................................................................. 9
2 - OS PRIMEIROS ANOS DE VIDA DE MARTINHO LUTERO ................................... 15
3 - MARTINHO LUTERO E A REFORMA ALEMÃ .................................................... 21
4 - MARTINHO LUTERO E O CRESCENTE MOVIMENTO PROTESTANTE .................. 28
5 - MARTINHO LUTERO E OS ANABATISTAS ........................................................ 36
6 - DA REFORMA ALEMÃ PARA GENEBRA ........................................................... 44
7 - JOÃO CALVINO E GENEBRA ............................................................................ 51
8 - A TEOLOGIA DE JOÃO CALVINO ..................................................................... 58
9 - A REFORMA CATÓLICA .................................................................................. 64
10 - A REFORMA ESCOCESA ................................................................................ 71
11 - A REFORMA HOLANDESA............................................................................. 78
12 - O SÍNODO DE DORT ..................................................................................... 85
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A Igreja na Reforma
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A Igreja na Reforma
O CURSO FIEL DE LIDERANÇA
O Curso Fiel de Liderança (CFL) é o ministério de educação teológica do Missão

Evangélica Literária (Ministério Fiel).
Este ministério, idealizado há mais de 20 anos pelo missionário Richard Denham Jr. -
Pr. Ricardo, fundador da “Fiel”, tem como alvo primário oferecer aos pastores, líderes,
professores e estudantes de teologia uma oportunidade de refletir e aprofundar seus
conhecimentos em temas bíblicos, baseados em uma cosmovisão reformada, que
possam cooperar com o seu crescimento na fé e na sã doutrina, o que certamente será
refletido em seu ministério de ensino e instrução do povo de Deus, na igreja local.
No ano de 2011, o CFL ganhou corpo, com o planejamento do primeiro curso. As
gravações das aulas deram início no ano de 2012 e, a partir deste momento, o número
de cursos oferecidos pelo CFL têm crescido consideravelmente ano a ano.
Atualmente, o CFL possui parceria com diversas instituições internacionais o que
tem resultado em reconhecimento internacional. O corpo docente é composto por
brasileiros e estrangeiros, mestres e doutores em teologia, que têm se dedicado ao
ensino e influenciado positivamente o cenário teológico contemporâneo.
O Curso Fiel de Liderança tem se preocupado em zelar pela qualidade teológica dos
cursos oferecidos para que você, ao estudar, seja enriquecido na Palavra.
Rogamos a nosso Deus que ele se agrade em fazer uso do conteúdo deste curso
para edificar sua vida e aquecer o seu coração.
Que o Senhor o abençoe em seus estudos!
Equipe CFL
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A Igreja na Reforma
COMO USAR ESTE GUIA
Este Guia de Estudos foi desenvolvido para ser utilizado juntamente com as aulas do
curso “A Igreja na Reforma”. Se você é um aluno matriculado no CFL, tem permissão
para fazer o download desse material que se encontra na Biblioteca Virtual. Este
recurso tem a finalidade de colaborar com os seus estudos pessoais, através de um
melhor aproveitamento do conteúdo do curso.
Neste guia, para cada aula, você encontrará uma breve introdução; indicações de
leituras bíblicas, as quais consideramos extremamente importantes, pois auxiliarão na
fixação da matéria ministrada; uma descrição dos objetivos do processo de
aprendizagem; uma ou mais citações que corroboram com o conteúdo ministrado em
aula; o esboço da aula; exercícios de fixação (a quantidade de exercício proposta no
Guia excede o número proposto ao longo do curso); questões para estudos bíblicos,
que procuram relacionar o conteúdo estudado com a Palavra de Deus; questões para
reflexão das quais algumas foram propostas ao longo do curso; e, finalmente, uma
aplicação, que procura relacionar o conteúdo ministrado com a prática cristã.
Assim, nossa recomendação é para que, embora tenhamos parte do Guia de
Estudos nas atividades do portal, você o imprima e o utilize durante o
acompanhamento das videoaulas, sabendo que essa atitude será enriquecedora para
seus estudos particulares.
Oramos para que este Guia de Estudos seja de bom proveito aos alunos do curso “A
Igreja na Reforma”.
Equipe CFL
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A Igreja na Reforma
1 - Introdução à Reforma
INTRODUÇÃO DA MENSAGEM
Com a chegada do ano de 1500, a Europa estava passando por mudanças
profundas. As condições, atitudes e instituições que tinham caracterizado a Idade
Média estavam gradualmente dando lugar a novos movimentos e desenvolvimentos. A
descoberta de terras desconhecidas no outro lado do Atlântico acompanhou uma
explosão de exploração e comércio. O surgimento de poderosas monarquias na
Alemanha, França e Espanha introduziu dinâmicas novas e complexas na política
europeia. O Renascimento fez crescer o interesse pelo estudo de textos antigos e a
recente invenção da imprensa de Gutenberg facilitou a propagação de ideias em uma
escala sem precedentes. Em meio a esse clima predominante de mudança, um
consenso estava se formando entre muitos europeus de que certas crenças e práticas
da Igreja precisavam muito ser reformadas.
LEITURAS BÍBLICAS
Mateus 16:13-20; Colossenses 1:24-29
OBJETIVOS DE ENSINO
1. Apresentar uma estrutura histórica para que a Reforma Protestante seja
compreendida.
2. Descrever a natureza complexa da Igreja medieval tardia.
3. Incentivar os cristãos a perceberem a necessidade de continuar a reforma na
igreja hoje.
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A Igreja na Reforma
CITAÇÃO
Se lerdes todos os anais do passado, verificareis que nenhum

século houve semelhante a este, desde o nascimento de Cristo. Tal
construir e planejar, semelhante bem viver e bem vestir, tais
empreendimentos de comércio, tal impulso em todas as artes, jamais
se viram desde que Cristo veio ao mundo. E quão numerosos são os
povos ativos e inteligentes, que coisa alguma deixam às ocultas e
sem mudança! Hoje um moço de vinte anos sabe mais do que
costumavam saber vinte doutores em teologia.
- Martinho Lutero
RESUMO DA AULA
I. A Grande Abrangência da Reforma
A. A Reforma do século 16 foi uma renovação completa da teologia e das
práticas da Igreja.
i. A ideia de renovação eclesiástica era uma ideia antiga e remonta
a muitas reformas, ou movimentos de reforma, dentro da Igreja
medieval.
ii. Embora fosse semelhante em alguns aspectos a esses
movimentos anteriores, a reforma do século 16 – conhecida
como a Reforma, a Reforma Protestante ou a Grande Reforma –
trouxe mudanças mais dramáticas, mais duradouras e com um
alcance maior.
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A Igreja na Reforma
iii. Devido à complexidade e diversidade da Reforma no século 16, é

mais preciso pensar sobre a Reforma como uma série reformas
menores relacionadas entre si do que como um único
movimento monolítico.
B. Mudanças políticas significativas acompanharam a Reforma.
i. Durante essa época, países como a França passaram de um
sistema de governo feudal descentralizado para um sistema
muito mais centralizado em que o monarca exercia poder
absoluto sobre o seu domínio.
ii. O ideal de um império trans-europeu deu lugar a um maior senso
de identidade nacional.
iii. A natureza da Reforma diferia amplamente de um país para o
outro, dependendo de como o governo reagia.
C. O século 16 também foi um tempo de transições econômicas
dramáticas.
i. Na era medieval, a atividade econômica era primariamente
agrária e descentralizada.
ii. Nos séculos 15 e 16, as cidades tornaram-se importantes centros
comerciais.
iii. O comércio começou a se estender para além das regiões locais,
assumindo um caráter mais internacional.
II. A Igreja Antes da Reforma

A. Em qualquer época, a saúde espiritual da Igreja pode ser difícil de
avaliar porque diversos fatores determinam seu bem-estar.
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A Igreja na Reforma
i. Por exemplo, a Igreja nos Estados Unidos hoje apresenta

sintomas tanto de uma boa saúde espiritual como de uma saúde
espiritual precária.
ii. Da mesma forma, a Igreja medieval tardia apresentava uma
mistura de sintomas.
1. Em termos de frequência, contribuições e atividades de
construções, a igreja mostrava sinais de uma vibrante
vitalidade.
2. No entanto, grande parte da piedade da Igreja era externa e
os ensinamentos da Escritura eram frequentemente
negligenciados.
B. Dos sete sacramentos da Igreja Católica Romana, a penitência era um
dos mais complicados.
i. Para ser perdoado por pecados cometidos após a purificação do
batismo já ter acontecido, uma pessoa deveria primeiro
experimentar uma genuína contrição, ou remorso, pelos
pecados.
ii. O pecador contrito deveria confessar os seus pecados a um
sacerdote, que concederia instruções e absolvição.
iii. Por último, a pessoa deveria realizar uma tarefa específica para
demonstrar que se arrependeu e para pagar as penalidades
temporais por seu pecado.
C. No final da medieval tardia, a compra e venda de indulgências já tinha
se tornado uma prática comum.
i. Através da compra de indulgência, acreditava-se que uma pessoa
estava isenta das obrigações associadas à penitência.
12
A Igreja na Reforma
ii. Infelizmente, muitas pessoas passaram a ver as indulgências

como meios autorizados pela Igreja de comprar o perdão dos
pecados.
iii. Com o tempo, as indulgências acabaram sendo vendidas como
um meio de libertar a alma de uma pessoa falecida do
purgatório para que ela fosse para o Céu.
D. Diante da corrupção e do comércio cada vez maior das práticas da
Igreja, havia uma compreensão cada vez maior de que a Igreja tinha
uma grande necessidade de reforma.
QUESTÕES PARA ESTUDO

1. A ideia de reformar a Igreja era um conceito familiar no Cristianismo medieval.
a. Verdadeiro
b. Falso
2. A Reforma aconteceu na mesma época de todos os seguintes

desenvolvimentos, exceto ____________.
a. O crescimento dos governos absolutistas
b. O aumento das atividades comercias nas cidades
c. A tentativa de estabelecer um império cristão na Europa
d. A expansão do comércio internacional
3. A Reforma foi um movimento puramente espiritual com pouca relação com os

acontecimentos políticos.
a. Verdadeiro
b. Falso
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A Igreja na Reforma
4. Na época de Lutero, acreditava-se que a pessoa poderia obter ___________

confessando seus pecados a um sacerdote.
a. Absolvição
b. Penitência
c. Uma indulgência
d. Tesouro no Céu
5. No início dos anos de 1500, as indulgências passaram a ser conhecidas como

_____________.
a. Um investimento econômico favorável
b. Uma maneira de escapar da agonia do purgatório
c. Um dos sete sacramentos da Igreja
d. Simplesmente uma maneira de se livrar da necessidade de praticar certos
atos de piedade
QUESTÕES PARA DISCUSSÃO E ESTUDO BÍBLICO

1. O que significa reformar a Igreja? Quais são algumas das maneiras diferentes da
reforma acontecer?
2. Em que sentido a reforma é uma prática biblicamente sólida e necessária? Qual
é a melhor maneira de realizar uma reforma na igreja?
3. Quais eram alguns dos principais problemas do Cristianismo medieval tardio?
Como estes problemas ainda se fazem presentes nas igrejas hoje?
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A Igreja na Reforma
2 - Os Primeiros Anos de Vida de Martinho Lutero
Eventos extraordinários frequentemente começam com pessoas aparentemente
comuns. Filho promissor de uma típica família de classe média na virada do século 16,
a única ambição de Martinho Lutero era conhecer a Palavra de Deus. Enquanto
Martinho Lutero se dedicava a este objetivo, Deus estava equipando e preparando
esse jovem monge para um futuro surpreendente. Nesta mensagem, o Dr. Godfrey
explora as circunstâncias que levaram aos acontecimentos de 1517 que moldaram
para sempre as trajetórias da vida de Martinho Lutero e da Igreja cristã.
LEITURA BÍBLICA
Romanos 1.16-17
OBJETIVOS DE ENSINO
1. Descrever algumas experiências na vida de Martinho Lutero que o moldaram.
2. Explicar as circunstâncias que levaram à publicação das 95 Teses e preparar o
cenário para os eventos que ocorreram depois.
3. Ajudar os cristãos a começar a ver como a história de Martinho Lutero tem
relação com suas próprias vidas e experiências.
CITAÇÃO
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A Igreja na Reforma
Finalmente, pela misericórdia de Deus, meditando de dia e de

noite, dei atenção ao contexto das palavras, a saber: “Porque nele se
descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo
viverá da fé”. Então comecei a entender que a justiça de Deus é
aquela pela qual o justo vive por um dom de Deus, em outras
palavras, pela fé... Aqui senti como se tivesse nascido de novo e
entrado no paraíso por portões abertos.
- Martinho Lutero
RESUMO DA AULA
I. A Infância de Lutero e Entrada Para o Mosteiro
A. Martinho Lutero nasceu em 1483 na Saxônia.
B. A família de Lutero fazia parte de uma classe média emergente e a
ambição de seu pai era que Martinho estudasse Direito.
C. Como um estudante de Direito, Lutero interrompeu seus estudos
abruptamente para se juntar ao mosteiro.
i. Em uma viagem em julho de 1505, Lutero foi pego numa violenta
tempestade.
ii. Lutero clamou por Sant'Ana, pedindo que ela o salvasse da
tempestade, fazendo um voto de virar monge em troca de sua
proteção.
iii. Poucas semanas depois, Lutero entrou para um mosteiro
Agostiniano na cidade de Erfurt.
D. Para Lutero e outros, a Ordem Agostiniana oferecia um estilo de vida
rigoroso e oportunidades abundantes de estudar a Escritura.
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A Igreja na Reforma
II. A Carreira Monástica de Lutero

A. Lutero abraçou a vida monástica em uma época em que a área de
estudos bíblicos estava crescendo rapidamente.
i. Após a queda e Constantinopla em 1453, muitos antigos
manuscritos bíblicos foram levados para a segurança da Europa
Ocidental.
ii. O desenvolvimento de uma imprensa melhorada de tipo móvel
por Johannes Gutenberg na metade do século 15 permitiu a
rápida produção e distribuição de obras impressas, incluindo as
Escrituras em hebraico e grego.
iii. Como muito de seus contemporâneos, Lutero teve a
oportunidade de estudar hebraico, grego e latim e de estudar a
Bíblia e os Pais da Igreja nas línguas originais.
B. Lutero obteve seu Doutorado em Teologia em 1512 e entrou para o
corpo docente da Universidade de Wittenberg.
i. Esta universidade tinha sido criada recentemente por Frederico,
o Sábio, o governante da Saxônia.
ii. Como um professor no início dos anos de 1500, a função de
Lutero era dar aula para seus alunos baseado em seus próprios
estudos da Bíblia.
iii. Ao longo dos próximos anos, Lutero dedicou muito tempo ao
estudo e às aulas sobre os Salmos, Romanos, Gálatas e Hebreus.
iv. Em 1516, Lutero também estava pregando com regularidade em
Wittenberg, comunicando a Palavra de Deus pastoralmente às
pessoas comuns.
17
A Igreja na Reforma
III. A Controvérsia Sobre as Indulgências e as 95 Teses

A. Em 1517, um pregador dominicano chamado Johann Tetzel começou a
vender indulgências perto de Wittenberg para financiar a construção da
Basílica de São Pedro em Roma.
i. Era dito que essas indulgências eram plenárias, o que garantiria o
perdão completo por pecados passados e futuros.
ii. Preocupado com a forma com que essa prática deturpava a
Palavra de Deus e explorava o povo, Lutero reagiu escrevendo
uma coleção de teses contra a venda de indulgências.
B. Lutero postou essas 95 Teses na porta da Igreja em Wittenberg no dia
31 de outubro de 1517.
i. No século 16, era comum escrever e postar uma lista de teses
como um convite para um debate acadêmico.
ii. Como as teses de Lutero foram escritas em latim, ele só
pretendia alcançar um pequeno público.
iii. Em vez de atacar autoridade da Igreja ou a legitimidade das
indulgências, essas teses simplesmente questionaram a forma
como as indulgências estavam sendo vendidas.
C. Pouco depois de escrever e postar sus 95 Teses, Lutero experimentou
sua “descoberta protestante”, na qual ele chegou à conclusão de que
Deus justifica pecadores pela fé somente.
i. Ao longo de sua carreira monástica, Lutero tinha sido
atormentado por um senso de indignidade diante de Deus.
ii. A ideia da justiça de Deus era assustadora para Lutero,
enchendo-o de medo e ódio.
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A Igreja na Reforma
iii. Quando ele entendeu e abraçou um entendimento bíblico da

justificação, toda a vida e ministério de Lutero mudaram
drasticamente.

1. Como um membro da classe média emergente, o pai de Martinho Lutero queria
que ele estudasse Direito.
a. Verdadeiro
b. Falso
2. Lutero entrou para o mosteiro ______________ em Erfurt em 1505.

a. Franciscano
b. Agostiniano
c. Dominicano
d. Jesuíta
3. A venda de indulgências na região de Lutero era liderada ________________.

a. Pelo Imperador Carlos V
b. Pelo Papa Leão X
c. Por Frederico, o Sábio
d. Por Johann Tetzel
4. Lutero escreveu e postou as 95 Teses como ____________________.

a. Uma tentativa de mostrar que ele apoiava as indulgências
b. Um grito de guerra para que o povo de Wittenberg reformasse a Igreja
c. Um ato público de rejeição da autoridade do papa
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A Igreja na Reforma
d. Um convite para um debate acadêmico sobre a questão das indulgências
5. Como monge, Lutero encontrava grande alegria e consolo na doutrina da

justiça de Deus.
a. Verdadeiro
b. Falso

1. Quais oportunidades de estudo da Bíblia existiam para Martinho Lutero que
não existiam para gerações anteriores de cristãos? Que tipo de oportunidades
de estudo da Bíblia você tem, mas não existia na época de Lutero?
2. Quais estratégias eram usadas para promover a venda de indulgências? De que
maneiras as pessoas hoje – às vezes, até mesmo aqueles que se dizem cristãos
– usam o comércio religioso para explorar aqueles que são espiritualmente
vulneráveis?
3. Como você descreveria o relacionamento de Martinho Lutero com Deus
durante a época em que ele era um monge? Como isso mudou com seu estudo
da Escritura?
4. Como o Dr. Godfrey observou, Lutero experimentou uma reviravolta espiritual
dramática na véspera da Reforma. Qual foi uma reviravolta notável que alterou
a direção da sua vida? Como Deus usou essa experiência para a glória dele?
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A Igreja na Reforma
3 - Martinho Lutero e a Reforma Alemã
Com frequência, é por meio da tribulação e da adversidade que Deus mais molda
seu povo. Depois de publicar o que ele acreditava ser uma crítica pouco notável contra
a corrupção na venda de indulgências, Martinho Lutero se viu na vanguarda de uma
controvérsia que não esperava e nem desejava. Nos anos que se seguiram, Lutero
continuamente voltava para a Escritura em busca de orientação e instrução.
Rapidamente, sua exposição da Palavra de Deus o colocou em desacordo com as elites
políticas e religiosas de sua época.
LEITURA BÍBLICA
Hebreus 12.1-2
OBJETIVOS DE ENSINO
1. Descrever a ruptura cada vez maior que se desenvolveu entre Martinho Lutero
e a Igreja Católica Romana após a publicação das 95 Teses.
2. Explicar as circunstancias delicadas e complexas que permitiram o sucesso e
crescimento das reformas de Lutero.
3. Ajudar os cristãos a renovar apreciação pelas verdades e princípios que Lutero
e seus colegas defendiam.
CITAÇÃO
21
A Igreja na Reforma
Minha consciência é cativa à Palavra de Deus. Ir contra a minha

consciência não é correto nem seguro. Aqui permaneço eu. Não há
nada mais que eu possa fazer. Que Deus me ajude. Amém.
- Martinho Lutero
RESUMO DA AULA
I. Consequências das 95 Teses
A. Embora Lutero tivesse planejado suas 95 Teses para um público
pequeno, o documento começou a circular por toda a Alemanha.
B. Quando mais este monge obscuro ficava conhecido, ele recebia muitas
oportunidades de compartilhar seus pontos de vista, que estavam cada
vez mais entrando em choque com os ensinamentos oficiais da Igreja.
C. Em 1518, o papa Leão X tentou levar Lutero para ser julgado em Roma.
i. Lutero apelou para seu governante local, o Eleitor Frederico da
Saxônia, que defendeu a causa de Lutero.
ii. O papa voltou atrás de sua ordem, pois queria assegurar o apoio
de Frederico ao seu candidato preferido na eleição do próximo
imperador do Sacro Império Romano.
D. Em 1519, Lutero debateu com João Eck em Leipzig.
i. Sobre a questão da autoridade da Igreja, Eck tentou demonstrar
que os pontos de vista de Lutero não concordavam com a
tradição da Igreja.
ii. Neste debate, Lutero expressou publicamente sua convicção de
que quando a Escritura e a tradição da Igreja estão em
22
A Igreja na Reforma
desacordo, a Escritura deve ser considerada como a autoridade

maior.
E. Em 1520, Lutero escreveu três de seus tratados mais famosos.
i. O primeiro, “Apelo à Nobreza Cristã da Nação Alemã”, exorta os
líderes políticos a realizarem reformas muito necessárias na
Igreja.
ii. O segundo, “Sobre o Cativeiro Babilônico da Igreja”, aborda o
erro e a corrupção que passaram a caracterizar o sistema
sacramental da Igreja.
iii. O terceiro, “Sobre a Liberdade do Cristão”, descrevia a doutrina
da justificação e a liberdade da condenação e da escravidão que
ela traz para o cristão.
F. O papa Leão respondeu aos ensinamentos de Lutero emitindo a bula
papal, Exsurge Domine, que anunciava a excomunhão de Lutero da
Igreja Católica Romana se ele não renunciasse a seus ensinamentos.
II. A Dieta de Worms

A. Em 1521, o recém-eleito imperador Carlos V convocou Lutero para a
cidade de Worms para uma Dieta, isto é, uma reunião do Parlamento
alemão.
i. Ao ser chamado para ser examinado por poderosas autoridades
da Igreja e do Estado, Lutero estava consciente de que sua vida
estava sob perigo.
ii. Em vez de dar a Lutero uma oportunidade de falar, eles
simplesmente mostraram seus escritos e perguntaram se ele se
retrataria dos erros contidos neles.
23
A Igreja na Reforma
B. Depois de receber 24 horas para refletir sobre uma resposta, Lutero

lutou com a questão de como ele poderia estar certo enquanto tantos
na Igreja poderiam estar errados.
C. Ao se apresentar novamente diante da Dieta, Lutero declarou que sua
consciência estava cativa à Palavra de Deus e que ele não podia agir
contra ela.
D. Como Lutero se recusou a se retratar, o imperador declarou que Lutero
era um herege.
III. O Trabalho em Wartburg e Wittenberg

A. Para proteger Lutero, Frederico da Saxônia ordenou que ele fosse
sequestrado e levado para um local secreto.
B. Na segurança do castelo de Wartburg, Lutero traduziu o Novo
Testamento e grande parte do Antigo Testamento para o alemão.
C. Enquanto Lutero estava escondido, um de seus colegas em Wittenberg,
Andreas Bodenstein von Karlstadt, estava promovendo mudanças
radicais na Igreja.
i. Karlstadt se casou, revisou a missa e removeu as imagens das
igrejas.
ii. Embora Lutero fosse a favor de algumas dessas mudanças, ele
temia que Karlstadt estava levando as coisas longe demais.
iii. Lutero cria que Karlstadt e outros radicais estavam introduzindo
um novo legalismo por concentrarem-se na reforma externa
sem abordar o arrependimento interior.
24
A Igreja na Reforma
D. Quando ele voltou para Wittenberg, Lutero assumiu a liderança do

movimento de reforma e instituiu mudanças de forma muito mais
gradual que Karlstadt.
E. Tendo incentivado o clero a se casar, em forte contraste com as
exigências da Igreja, Lutero se casou com uma ex-freira, Catarina Von
Bora.
F. Ao se casar e formar uma família, Lutero e Catarina ajudaram a
estabelecer um precedente para a vida protestante em família.
G. Em 1525, Lutero escreveu “A Escravidão do Arbítrio” como resposta à
Desiderius Erasmus, que insistia em defender o livre-arbítrio
desimpedido na salvação.
H. Vivendo e trabalhando em Wittenberg, Lutero continuou a liderar o
crescente movimento protestante.

1. Lutero chegou à conclusão de que a Escritura é mais autoritativa do que a
tradição da Igreja quando as duas discordam.
a. Verdadeiro
b. Falso
2. Em 1520, Lutero escreveu todos os seguintes tratados, exceto

____________________.
a. Sobre a Liberdade do Arbítrio.
b. Apelo à Nobreza Cristã da Nação Alemã.
c. Sobre a Liberdade do Cristão.
d. Sobre o Cativeiro Babilônico da Igreja.
25
A Igreja na Reforma
3. A Dieta de Worms é melhor descrita como ______________.

a. Um encontro de bispos para discutir reforma eclesiástica
b. Um encontro de autoridades imperiais para avaliar as reinvindicações de
Lutero
c. Uma cerimônia em que Lutero apresentou a Bíblia em alemão ao imperador
d. Uma forma notoriamente desagradável de penitência imposta aos hereges
4. Durante o período em que Lutero ficou escondido, ____________________

assumiu a liderança da reforma em Wittenberg.
a. Phillip Melanchton
b. Johann Tetzel
c. Frederico, o Sábio
d. Andreas Bodenstein von Karlstadt
5. Lutero escreveu “A Escravidão do Arbítrio” em 1525 em resposta aos ataques

de João Eck contra sua teologia.
a. Verdadeiro
b. Falso

1. Como Lutero tornou-se uma figura pública? Quais eram algumas das principais
mudanças que estavam acontecendo em suas crenças nessa época?
2. O Dr. Godfrey observou que Lutero, antes de sua famosa defesa na Dieta de
Worms, passou um dia inteiro lutando para chegar à uma decisão sobre o que
26
A Igreja na Reforma
fazer. O que isso nos ensina sobre Martinho Lutero? O que experiência dele de
busca espiritual nos ensina sobre momentos de tribulação e decisões em
nossas próprias vidas?
3. O que aconteceu em Wittenberg durante a ausência de Lutero? Qual foi a

resposta de Lutero?
4. De que forma as circunstâncias políticas impediram a disseminação da

mensagem de Lutero? De que forma foram uteis para Lutero? Como as
realidades políticas de nossos dias ajudam e impedem a expansão do
evangelho?
27
A Igreja na Reforma
4 - Martinho Lutero e o Crescente Movimento

Protestante
Em resposta ao incansável ministério de Martinho Lutero, mais cristãos passaram a
reconhecer a necessidade de reformar a Igreja e movimentos de reforma começaram a
surgir em toda a Europa. Enquanto Lutero continuava a servir como o principal
pregador e porta-voz da Reforma, ele precisava lidar com a questão de como interagir
com aqueles que tinham diferentes pontos de vista sobre reforma. Quando os
primeiros líderes protestantes consideraram a possibilidade de unir seus esforços, eles
tiveram que lidar com desafios que confrontam os cristãos até hoje.
LEITURA BÍBLICA
Efésios 4.1-6
OBJETIVOS DE ENSINO
1. Discutir os fatores que contribuíram para os diferentes movimentos
protestantes.
2. Avaliar tanto as vitórias como os fracassos de Lutero.
3. Exortar os cristãos a apreciarem e promoverem a paz, a pureza e a unidade
dentro da Igreja.
CITAÇÃO
28
A Igreja na Reforma
Os homens não podem ser justificados diante de Deus por suas

próprias forças, méritos e obras; mas são justificados gratuitamente
por causa de Cristo por meio fé, quando creem que são recebidos em
seu favor e que seus pecados são perdoados por causa de Cristo, que
por sua morte fez satisfação por nossos pecados. Esta fé, Deus
imputa para justiça diante dele.
- Confissão de Augsburgo, Artigo IV
RESUMO DA AULA
I. Uma Multiplicidade de Vozes da Reforma
A. O número de seguidores de Lutero cresceu consideravelmente nos anos
seguintes, mas Lutero não foi o único mestre a atrair muitos seguidores.
B. Em toda a Alemanha e nos países vizinhos, movimentos de reforma
começaram a surgir, liderados por homens que diferiam dos ensinamentos
de Lutero.
i. O ex-colega de Lutero, Andreas Bodenstein von Karlstadt, foi exilado da
Saxônia por suas tendências radicais e acabou chegando na cidade
suíça de Zurique.
ii. Enquanto isso, Huldrych (ou Ulrico) Zuínglio tornou-se o líder do
movimento protestante em Zurique.
iii. Thomas Müntzer, um protestante radical, clamava por uma completa
reestruturação da sociedade e ajudou a incitar uma grande revolta
de camponeses contra a nobreza alemã.
II. O Debate sobre a Ceia do Senhor
29
A Igreja na Reforma
A. Um ano mais jovem que Lutero, Ulrico Zuínglio recebeu uma extensa
formação humanista, entrou para o sacerdócio e liderava uma
congregação em Zurique.
B. Embora Zuínglio tivesse chegado a certas conclusões protestantes por
conta própria, é provável que a interação com as obras Lutero tenha
ajudado a influenciar e fortalecer suas convicções protestantes.
C. Pelo fato de Zuínglio ter feito amizade com Karlstadt, Lutero desconfiava
que ele cria nos posicionamentos radicais de Karlstadt e discordava da
posição de Zuínglio sobre o sacramento da Ceia do Senhor.
i. Lutero enfatizava a presença real e acessível de Cristo no
sacramento.
ii. Lutero rejeitava a visão católica romana da transubstanciação,
embora ele levasse a sério a declaração de Cristo, “este é o meu
corpo”.
iii. Lutero argumentava que a compreensão mais simbólica de
Zuínglio sobre a Ceia do Senhor impedia Cristo de estar presente
e acessível no sacramento.
III. O Colóquio de Marburgo

A. Alguns líderes protestantes, como Martin Bucer, estavam preocupados
com o aumento das divisões no protestantismo.
i. Bucer tinha sido monge dominicano e tornou-se o principal
reformador da cidade de Estrasburgo.
ii. Estrasburgo ficava perto das fronteiras da Alemanha, da França e
da Suíça, o que fazia com que Bucer tivesse uma perspectiva
30
A Igreja na Reforma
internacional da Reforma e ele desejava manter a unidade do

movimento protestante.
B. Em 1529, um encontro de líderes protestantes, incluindo Lutero,
Zuínglio, Bucer e Melanchton aconteceu em Marburgo na Alemanha.
i. Lutero e Zuínglio conseguiram concordar em 14 pontos
doutrinários.
ii. Todavia, eles não conseguiram chegar à um consenso sobre a
natureza da presença de Cristo na Ceia do Senhor.
C. Embora as relações entre os diferentes reformadores tivessem
melhorado, uma oportunidade de unidade havia sido perdida.
i. Zuínglio foi morto em uma batalha contra as forças católicas
suíças em 1531.
ii. Isso fez com que ficasse mais difícil para os seguidores de
Zuínglio, liderados por Heinrich Bullinger, afastarem-se dos
ensinamentos de seu líder martirizado e fazerem concessões aos
seguidores de Lutero.
IV. A Linguagem Áspera de Lutero

A. Para apreciar Lutero plenamente, é preciso ter uma consciência realista
de seus pontos fortes e pontos fracos.
i. Consciente de sua posição de protetor e porta-voz do
movimento protestante que estava emergindo, Lutero buscava
denunciar o legalismo sempre que aparecia.
ii. Consequentemente, Lutero atacou fortemente os católicos
romanos, os anabatistas e os judeus, os três grupos que ele
entendia que tinham o legalismo entranhado.
31
A Igreja na Reforma
B. O antagonismo de Lutero contra os judeus tem atraído muitas críticas

nos últimos anos.
i. Não há razões para defender as atitudes e declarações de Lutero,
pois foram erros claros.
ii. Todavia, é importante compreender que Lutero não era
antissemita e não tinha qualquer animosidade racial em relação
ao povo judeu.
iii. A hostilidade de Lutero era contra a religião judaica por causa de
sua rejeição de Jesus Cristo.
iv. Embora o comportamento de Lutero em relação aos judeus seja
injustificável, não é correto retratá-lo como um antecessor de
movimentos antissemitas posteriores na Alemanha.
V. A Confissão de Augsburgo
A. Em 1530, uma Dieta Imperial se reuniu na cidade de Augsburgo.
B. Não foi possível Lutero comparecer porque Carlos V se recusou a dar-
lhe um salvo-conduto.
i. Phillip Melanchton foi no lugar de Lutero.
ii. Lutero via Melanchton, com sua brilhante mente teológica, como
seu sucessor natural.
iii. Todavia, Melanchton não tinha a mesma energia e ousadia que
Lutero.
C. Em seus preparativos para a Dieta, Melanchton escreveu um resumo da
fé luterana que seria apresentada ao imperador pelos líderes
protestantes.
32
A Igreja na Reforma
D. Desde então, este documento – conhecido como a Confissão de

Augsburgo – serve como uma importante declaração doutrinária entre
os luteranos.

1. Lutero desconfiava de Zuínglio em parte por causa da ligação de Zuínglio com
_______________.
a. Phillip Melanchton
b. Andreas Bodenstein von Karlstadt
c. Thomas Müntzer
2. _______________ foi uma reunião multinacional de líderes protestantes em

1529.
a. A Liga de Esmalcalda.
b. A Dieta de Augsburgo.
c. O Colóquio de Marburgo.
d. Sínodo de Heidelberg.
3. Em 1529, líderes protestantes conseguiram chegar a um acordo sobre todas as

questões doutrinárias, exceto ______________.
a. A relação correta entre a Escritura e a tradição da Igreja.
b. O meio de justificação.
c. A união entre as naturezas divina e humana em Jesus Cristo.
d. A presença de Cristo na Ceia do Senhor.
33
A Igreja na Reforma
4. A morte de ______________ em batalha em 1531 fez com uma coalizão

protestante unida se tornasse quase impossível de conseguir.
a. Ulrico Zuínglio
b. Martin Bucer
c. Frederico, o Sábio
d. Andreas Bodenstein von Karlstadt
5. A oposição de Lutero aos judeus era porque eles rejeitavam o Cristianismo e

não por causa da identidade étnica.
a. Verdadeiro
b. Falso

1. Qual era a principal prioridade de Martinho Lutero na celebração da Ceia do
Senhor? De que maneira a compreensão de Zuínglio da Ceia do Senhor era
diferente da compreensão de Lutero?
2. Quais foram os principais obstáculos que impediram os Reformadores de unir

suas reformas em um único movimento?
3. Qual importância você acredita que a Igreja hoje dá para a unidade? De que
maneira devemos tentar unir-nos aos cristãos de outras denominações e
tradições teológicas? Em quais situações a unidade não deve ser buscada?
4. Deus frequentemente escolhe realizar seus propósitos por meio de vasos

frágeis e quebrados e nós fazemos bem em aprender tanto sobre as vitórias
34
A Igreja na Reforma
como sobre os fracassos daqueles que vieram antes de nós. Quais, na sua
opinião, são algumas das maiores contribuições de Martinho Lutero para a
Igreja? Como podemos aprender com seus erros e suas falhas?
35
A Igreja na Reforma
5 - Martinho Lutero e os Anabatistas
O Cristianismo ocidental mudou permanentemente durante a vida de Martinho
Lutero. Profundamente talentoso e profundamente falho, Lutero tinha o constante
desejo de proclamar “Jesus Cristo, e este crucificado”. Como resultado dos incansáveis
esforços de Lutero, líderes cristãos de toda a Europa buscavam conformar todas as
áreas da vida à Palavra de Deus. Com frequência, chegavam a resultados diferentes.
Entre as muitas formas de Cristo que surgiram naquele período, os anabatistas
deixaram tanto católicos como protestantes intrigados e incomodados. Nesta
mensagem, o Dr. Godfrey discute os duradouros legados tanto de Martinho Lutero
como dos anabatistas.
LEITURA BÍBLICA
1 Coríntios 2.1-5
OBJETIVOS DE ENSINO
1. Descrever alguns dos principais compromissos teológicos de Martinho Lutero.
2. Discutir atitudes predominantes dos protestantes em relação aos anabatistas.
3. Ajudar os cristãos a entender a complexidade do movimento anabatista e suas
contribuições duradouras para a fé cristã.
CITAÇÕES
36
A Igreja na Reforma
Nós devemos aprender que tudo o que tudo o que não está unido
ao nosso Deus e a Cristo não pode ser nada, exceto uma abominação
da qual devemos evitar e fugir. Isso inclui todas as obras e cultos
eclesiásticos católicos e protestantes, se reunir e frequentar a igreja,
tabernas, questões cívicas, os juramentos feitos em incredulidade e
outras coisas desse tipo, que são muito prestigiadas pelo mundo, mas
contradizem completamente o mandamento de Deus, estando em
concordância com toda a injustiça que há no mundo.
- Trecho do artigo 4 Confissão de Schleitheim
Rejeitamos os anabatistas, outros anarquistas e todos os que se

opõem às autoridades e aos magistrados, e querem derrubar a
ordem judicial, introduzindo a comunhão de bens, e que abalam os
bons costumes que Deus estabeleceu entre as pessoas.
– Trecho do Artigo 36 da Confissão Belga
RESUMO DA AULA
I. A Teologia de Lutero
A. Lutero era mais um teólogo ocasional do que um teólogo sistemático.
i. As principais contribuições teológicas de Lutero surgiram em
momentos específicos de crise quando ele se concentrava
intensamente em uma questão específica.
37
A Igreja na Reforma
ii. Consequentemente, Lutero publicou uma série de tratados

influentes sobre temas fundamentais para a Reforma.
iii. Diferente de Melanchton e Calvino, Lutero não articulou um
sistema doutrinário completo para unificar suas convicções.
B. Lutero costumava empregar hipérboles em seus ensinamentos, fazendo
uso do exagero para enfatizar pontos importantes.
i. Como ele muitas vezes falava enfaticamente sobre a graça sem
enfatizar a lei, ele é às vezes criticado por subestimar a
santidade na vida cristã.
ii. Todavia, embora ele não tenha ensinado tanto sobre a lei, o
testemunho geral de sua vida e de seus escritos indica que a
santidade pessoal era importante para ele, desde que não
obscurecesse a centralidade da graça de Deus.
C. Lutero tinha a tendência de desconfiar da teologia sistemática,
preferindo um “todavia” para lidar com os mistérios bíblicos a um
“portanto” que tentava forçar a Escritura a se encaixar em sistema
organizado, porém humano e artificial.
D. O centro da teologia de Lutero era a presença de Cristo em meio ao seu
povo para salvá-los de seus pecados.
E. Lutero desconfiava de debates e movimentos teológicos que poderiam
tirar a atenção da Igreja da centralidade de Cristo.
II. Os Anabatistas
A. Em alguns lugares, a Reforma assumiu um caminho mais radical
do que sob líderes como Lutero, Zuínglio e Bucer.
38
A Igreja na Reforma
i. Na tentativa de reexaminar as crenças e as práticas da

Igreja à luz da Escritura, alguns chegaram à conclusão de
que a prática histórica de batizar infantes não tinha
justificativa bíblica.
ii. Esses grupos que batizavam adultos que já tinham
recebido o sacramento na infância eram chamados de
anabatistas, que significa “rebatizadores”.
B. O movimento anabatista desafiou certos pressupostos do
establishment cristão.
i. Os anabatistas enfatizavam a fé como uma questão
altamente pessoal e o Cristianismo como uma coalizão
de indivíduos que tinham feito o próprio compromisso
com Cristo.
ii. Grupos mais tradicionais entendiam que a fé tinha um
caráter mais comunitário e que o Cristianismo não é
composto somente por indivíduos, mas também por
famílias e até sociedades.
C. A desconfiança com os anabatistas surgiu por causa das alas mais
radicais e violentas do movimento.
i. Thomas Müntzer e outros líderes da Guerra dos
Camponeses na Alemanha (entre 1524 e 1525) tinham
muito em comum com as ideias dos anabatistas.
ii. A revolta social e as práticas bizarras associadas à
conquista anabatista da cidade de Münster entre 1534 e
1535 convenceu tanto os católicos como os protestantes
39
A Igreja na Reforma
convencionais de que todos os anabatistas eram

perigosos.
D. Em vez de tentar reestruturar a sociedade, a maioria dos grupos
anabatistas defendia o silencioso abandono da sociedade.
i. A Confissão de Schleitheim, baseada nos posicionamentos
de Michael Sattler e outros anabatistas suíços,
organizava a vida individual e eclesiástica em torno de
uma interpretação muito literal do Sermão do Monte.
ii. Menno Simons e seus seguidores procuravam viver uma
vida pacífica de acordo com a Bíblia.
iii. Antitrinitários surgiram como um grupo anabatista que
rejeitava a doutrina da Trindade com base no argumento
de que a doutrina da Trindade era estranha à Escritura.
iv. Outros grupos defendiam uma forma de misticismo
altamente individualizado, onde cada membro recebia
revelações sobrenaturais diretas.
E. A relação entre os anabatistas e o protestantismo convencional
não é tão clara.
i. Em contraste com a ênfase dos Reformadores na doutrina
da justificação, os anabatistas focavam mais no
comportamento e estilo de vida com tendências
claramente legalistas.
ii. Embora eles tivessem algumas das mesmas preocupações
que a Reforma, a perspectiva anabatista era semelhante
ao ascetismo e misticismo medieval.
40
A Igreja na Reforma
iii. Atualmente, a tradição anabatista continua com grupos

como os amish, os menonitas e os huteritas
iv. Embora alguns batistas se dizem herdeiros dos
anabatistas, o movimento batista surgiu depois como um
ramo do puritanismo inglês que foi influenciado por
algumas ideias anabatistas.
v. Embora a influência direta do movimento anabatista seja
difícil de determinar, muitos princípios anabatistas
continuam influentes no protestantismo hoje.

1. Como a graça de Deus é fundamental para a salvação, Lutero defendia que a lei
de Deus não tem qualquer função na vida cristã.
a. Verdadeiro
b. Falso
2. O termo anabatista significa __________________.

a. “Batizador de crente”
b. “Rebatizador”
c. “Batizador de adulto”
d. “Sem batismo”
3. A Confissão de Schleitheim era a declaração doutrinária oficial da cidade

anabatista de Münster.
a. Verdadeiro
b. Falso
41
A Igreja na Reforma
4. A maioria dos anabatistas do século 16 defendiam _______________.

a. A revolução social.
b. O confronto armado.
c. Juramentos rígidos de aliança aos monarcas protestantes.
d. Que somente os filhos dos membros da igreja poderiam ser batizados.
5. Segundo o Dr. Godfrey, a melhor maneira de entender movimento anabatista

do século 16 é como ________________.
a. Hereges violentos e subversivos
b. Antepassados espirituais diretos dos batistas modernos
c. A verdadeira continuação da Igreja Apostólica
d. Defensores de uma nova forma de misticismo e ascetismo medieval

1. O que significa descrever Martinho Lutero como um teólogo ocasional em vez
de um teólogo sistemático? Que diferença essa distinção faz para a teologia de
alguém?
2. Que compromisso teológico estava no centro da teologia de Lutero? Quais são

as crenças e doutrinas mais fundamentais para a sua vida?
3. Descreva a grande variedade de espiritualidades que existe entre os

anabatistas. Quais fatores mais influenciaram a maneira com que anabatistas
eram vistos pelos católicos romanos e pelos protestantes convencionais?
42
A Igreja na Reforma
4. Quais ramos de anabatistas continuam até hoje? Quais ideias anabatistas são
mais influentes no Cristianismo hoje?
43
A Igreja na Reforma
6 - Da Reforma Alemã Para Genebra
Talvez não exista testemunho maior da natureza duradoura das reformas de Lutero
do que o fato de que a Reforma continuou a ganhar força mesmo depois de sua morte.
Enquanto o Luteranismo criava raízes firmes na Alemanha, outras áreas da Europa
também se tornavam centros de vigorosas reformadas. Não pouco importante foi a
cidade suíça de Genebra, onde o ramo Reformado do protestantismo tomou forma
sob o trabalho perseverante de Guilherme Farel e João Calvino.
LEITURA BÍBLICA
Mateus 9.35-38
OBJETIVOS DE ENSINO
1. Descrever os principais desenvolvimentos na Igreja Luterana após a morte de
Martinho Lutero.
2. Dar uma visão geral dos primeiros anos de vida de João Calvino
3. Descrever a natureza peculiar da chegada e do início do ministério de Calvino
em Genebra.
CITAÇÃO
44
A Igreja na Reforma
Nisso, Farel, que trabalhava com um inusitado zelo pelo avanço do

evangelho, imediatamente pôs em ação toda a sua energia a fim de
deter-me na cidade. Ao descobrir que eu estava determinado a
estudar em privacidade em algum lugar obscuro e, percebendo ele
que não lucraria nada com seus rogos, ele lançou sobre mim sua
imprecação, dizendo que Deus haveria de amaldiçoar minha paz,
caso recusasse dar minha assistência, quando a necessidade era em
extremo premente. Aterrorizado com suas palavras, e consciente de
minha própria timidez e covardia, desisti da minha viagem e me
esforcei para aplicar o dom que eu tinha na defesa de minha fé.
- João Calvino
RESUMO DA AULA
I. O Luteranismo depois de Lutero
A. Martinho Lutero morreu em 1546. Naquele ano, o Imperador Carlos V
finalmente estava na posição de consolidar seu poder político e de usar
a força militar contra os príncipes protestantes em suas terras.
i. Depois de derrotar os príncipes luteranos, Carlos impôs o Interim
de Augsburgo em 1548, que reestabeleceu o catolicismo romano
em todo o Sacro Império Romano e, ao mesmo tempo, fazia
certas concessões aos protestantes.
ii. No entanto, essa tentativa de reintegrar os luteranos na Igreja
Católica Romana acabou servindo para estimular ainda mais a
causa protestante.
45
A Igreja na Reforma
B. Apesar de seu sucesso parcial, Carlos não conseguiu suprimir uma

revolta luterana em 1552.
i. Sufocado por pressões internacionais, incapaz de suprimir essa
revolta interna e enfraquecido por doenças, o imperador
envelhecido abdicou do seu trono em 1555 e entrou para um
mosteiro espanhol.
ii. O sucessor de Carlos como imperador foi o seu irmão Fernando I,
que no mesmo ano assinou a Paz de Augsburgo.
C. Sob os termos da Paz de Augsburgo, o luteranismo foi reconhecido
legalmente nas partes do Império em que era praticado.
i. Pela primeira vez, a Igreja Luterana foi reconhecida pelo Império.
ii. Esse acordo também estabeleceu o precedente moderno de
existir mais de uma religião legalizada em um mesmo reino.
iii. Todavia, as Igrejas Reformadas e os anabatistas continuavam
sendo consideradas ilegais no Sacro Império Romano.
D. Sob a nova proteção, os luteranos adotaram a Fórmula de Concórdia,
um documento confessional que continua a ser um resumo importante
da fé luterana.
II. A Chegada de João Calvino em Genebra

A. João Calvino nasceu em Noyon, na França, em 1509.
B. Quando jovem, João Calvino recebeu uma sólida educação renascentista
e estudou Direito.
C. Com a esperança de se tornar um erudito literário, Calvino aprendeu o
grego.
46
A Igreja na Reforma
D. Em 1533, Calvino experimentou uma conversão religião e abraçou o

protestantismo.
E. Em março de 1536, Calvino publicou a primeira edição de suas Institutas
da Religião Cristã, que articulava os compromissos teológicos básicos da
Reforma.
F. Na tentativa de viajar para Estrasburgo para estudar e trabalhar com
Martin Bucer, Calvino foi forçado a parar na cidade de Genebra.
i. Intentando viver uma vida tranquila em Estrasburgo, Calvino
simplesmente planejava por Genebra.
ii. Guilherme Farel, que havia trabalhado para trazer a Reforma
para Genebra, conseguiu convencer Calvino a ficar, mesmo não
querendo, para ajudá-lo a reformar a igreja.
III. Ministério e Exílio

A. Durante os dois anos seguintes, havia discordâncias cada vez maiores
entre Calvino e o conselho da cidade de Genebra.
i. Jovem e impaciente, Calvino não estava preparado para lidar de
maneira eficaz com a oposição na liderança da cidade.
ii. Querendo administrar as coisas da sua própria maneira, alguns
líderes da cidade não aprovaram certas reformas que Calvino e
Farel estavam introduzindo.
B. Enquanto Calvino e Farel queriam aplicar a disciplina eclesiástica de
modo consistente, o Conselho da cidade queria colocar um limite sobre
a capacidade do clero de disciplinar os cidadãos mais ricos e poderosos.
47
A Igreja na Reforma
C. O resultado dos esforços do Conselho para limitar a possibilidade de

disciplina eclesiástica, Calvino e Farel recusaram-se a administrar a Ceia
no domingo de Páscoa de 1538.
D. Furiosos com essa atitude, o Conselho da cidade expulsou Calvino e
Farel de Genebra.
E. Depois desse período em Genebra, Calvino completou sua viagem para
Estrasburgo, onde ele estudava, pregava e conseguiu manter o estilo de
vida tranquilo que ele queria.

1. Após sua vitória militar contra os príncipes luteranos, Carlos V enfraqueceu
substancialmente o apoio popular à causa protestante.
a. Verdadeiro
b. Falso
2. A Paz de Augsburgo, um acordo entre ________________ e líderes

protestantes, garantiu o reconhecimento legal das igrejas luteranas no Sacro
Império Romano.
a. Fernando I
b. Filipe II
c. Carlos V
d. Frederico, o Sábio
3. Aos 24 anos, João Calvino publicou sua famosa obra: _________________.

a. “Memórias Pessoais”
b. “Institutas da Religião Cristã”
48
A Igreja na Reforma
c. “O Saltério de Genebra”
d. “Comentário aos Romanos”
4. Enquanto Calvino passava por Genebra, ________________ conseguiu

convencê-lo a ficar para ajudá-lo na reforma da igreja.
a. Martin Bucer
b. Johann Tetzel
c. Phillip Melanchton
d. Guilherme Farel
5. Depois de ser expulso de Genebra, Calvino passou os próximos anos em

Zurique, onde ele se dedicou aos estudos.
a. Verdadeiro
b. Falso

1. Quais circunstancias levaram à Paz de Augsburgo em 1555? O que esse tratado
conquistou para os protestantes?
2. João Calvino era um teólogo ocasional ou um teólogo sistemático? Como isso
pode ser demonstrado em sua vida e obra?
3. Como Deus mudou os planos de Calvino para seu futuro? De que maneira Deus
já te chamou para servir de uma forma que você não desejava ou não
esperava?
4. Quais fatores levaram à expulsão de Calvino de Genebra? Como pastores e
igrejas podem trabalhar para resolver conflitos com líderes leigos nos dias de
hoje?
49
A Igreja na Reforma
50
A Igreja na Reforma
7 - João Calvino e Genebra
Deus é especialista em reverter as expectativas humanas. Quando João Calvino
deixou Genebra em 1538, ele acreditou que não voltaria mais. Contente por estudar e
ministrar em relativa obscuridade em Estrasburgo, Calvino estava, sem saber, se
preparando para retornar a Genebra para dar continuidade à Reforma que ele e
Guilherme Farel tinham começado lá. Nos anos seguintes, João Calvino deixaria uma
marca permanente tanto nessa cidade como no ramo Reformado do Cristianismo.
LEITURA BÍBLICA
Filipenses 3.7-14
OBJETIVOS DE ENSINO
1. Descrever importantes aspectos da carreira de João Calvino em Genebra.
2. Analisar, de maneira equilibrada, o envolvimento de Calvino no julgamento de
Miguel Serveto.
3. Destacar algumas das contribuições especiais de João Calvino para a teologia
Reformada.
CITAÇÃO
Em suma, enquanto meu único e grande objetivo era viver em

reclusão, sem ser conhecido, Deus me guiava através de crises e
51
A Igreja na Reforma
mudanças, de modo a jamais me permitir descansar em lugar algum,

até que, a despeito de minha natural disposição, me transformasse
em atenção pública... a necessidade forçou-me a voltar à minha
função anterior, contrariando minha aspiração e inclinação. O bem-
estar desta igreja, é verdade, era algo tão íntimo de meu coração,
que por sua causa não hesitaria a oferecer minha própria vida; minha
timidez, não obstante, sugeriu-me muitas razões para escusar-me
uma vez mais de, voluntariamente, tomar sobre meus ombros um
fardo tão pesado.
- João Calvino
RESUMO DA AULA
I. O Interlúdio de Calvino em Estrasburgo
A. Em Estrasburgo, Calvino casou-se com a viúva Idelette de Bure.
i. Como pastor, Calvino tinha levado Idelette de Bure e seu marido,
que agora já era falecido, do anabatismo para a fé Reformada.
ii. João e Idelette tiveram um casamento feliz e ela o ajudou muito
em seu ministério.
iii. Infelizmente, nenhum de seus filhos sobreviveu à infância e
Idelette morreu ainda jovem.
B. Depois que Calvino deixou Genebra, o Cardeal Jacó Sadoleto escreveu
uma carta ao Conselho da cidade incentivando-os a voltar para o
catolicismo romano.
52
A Igreja na Reforma
i. Sem saber como eles responderiam aos argumentos de Sadoleto,

o Conselho da cidade pediu que Calvino escrevesse uma
resposta ao cardeal.
ii. A resposta de Calvino à Sadoleto destaca-se como uma das mais
sucintas e comoventes defesas escritas da Reforma.
C. Embora Calvino preferisse continuar em Estrasburgo, o Conselho da
cidade de Genebra percebeu que precisavam dele e pediram que ele
voltasse.
D. Relutante, Calvino concordou em retornar a Genebra em 1541.
II. O Ministério de Calvino em Genebra

A. Embora o Conselho da cidade queria que Calvino voltasse, ele ainda
enfrentava oposição de certos cidadãos e líderes em Genebra.
B. Durante o tempo em que Calvino viveu em Genebra, a cidade
praticamente duplicou a população devido ao influxo de refugiados
protestantes da França.
i. Um sistema diaconal sofisticado foi organizado para atendar às
necessidades materiais dos refugiados.
ii. Calvino estabeleceu uma academia com o objetivo de treinar
ministros que voltariam para a França.
C. Em 1553, um fugitivo chamado Serveto chegou em Genebra.
i. Um médico espanhol que se tornou teólogo, Serveto era famoso
por seus ataques contra a doutrina da Trindade.
ii. Serveto e Calvino chegaram a trocar correspondências, Calvino
chegou à conclusão de que ele era um herege e advertiu-o a não
vir a Genebra.
53
A Igreja na Reforma
iii. Fugindo de ser preso pelas autoridades francesas, Serveto parou

em Genebra, estando a caminho da Itália, e foi preso.
iv. Serveto foi julgado por heresia e condenado à morte pelo
Conselho da cidade.
v. Embora Calvino tenha atuado como promotor nesse caso, é um
erro pensar que ele foi o principal responsável pela execução de
Serveto.
vi. Calvino pediu que a pena fosse aplicada de forma mais humana,
mas eles insistiram que ele fosse queimado na fogueira.
D. Durante sua última década de vida, a influência e o impacto de Calvino
em Genebra chegaram ao auge.
i. Calvino mantinha um vigoroso cronograma de pregação,
pregando sermões várias vezes por semana.
ii. Em seu estilo exegético, Calvino ajudou a tornar o conhecimento
da Escritura acessível a muitos que nunca tiveram a
oportunidade de ler a Bíblia.
iii. Como foi o caso de muitos Reformadores, Calvino trabalhava até
o ponto de exaustão e experimentou graves problemas de saúde
perto do fim da sua vida.
iv. Calvino morreu em Genebra em 1564 e seu colega Theodore
Beza foi o seu sucessor no ministério.
v. Calvino fez importantes contribuições para a Reforma
Protestante.
1. Embora Calvino seja mais frequentemente associado aos
“cinco pontos do calvinismo”, eles foram formulados em um
54
A Igreja na Reforma
período posterior e refletem somente um aspecto de sua

teologia.
2. Entre os Reformadores, Calvino se destaca especialmente
por sua ênfase no Espírito Santo na vida cotidiana da Igreja.
3. Calvino articulou uma teologia em que os cristãos podem
encontrar a genuína certeza da salvação.
vi. O legado de Calvino perdura até hoje, especialmente nas
tradições Reformadas presbiterianas e holandesas, bem como
em diversos outros grupos Reformados.

1. A resposta escrita de Calvino para o Cardeal Sadoleto é lembrada como uma
das grandes defesas intelectuais da Reforma.
a. Verdadeiro
b. Falso
2. Calvino estabeleceu uma academia para treinar ministros e a maioria foi servir
______________.
a. Na Escócia
b. Na Holanda
c. Em Zurique
d. Na França
3. Durante o julgamento de Miguel Serveto por heresia, Calvino pediu que o

Conselho da cidade _____________________.
a. Executasse Serveto queimando-o na fogueira
55
A Igreja na Reforma
b. Permitisse que Serveto deixasse a cidade em segurança

c. Condenasse Serveto à morte
d. Entregasse Serveto às autoridades francesas
4. Calvino experimentou _________________ durante os últimos dez anos de sua

vida.
a. Severas perseguições das autoridades políticas
b. Culpa intensa por causa da questão de Serveto
c. Uma saúde excepcionalmente boa
d. O auge de sua influência em Genebra
5. A teologia de Calvino valorizava muito a obra do Espírito Santo.

a. Verdadeiro
b. Falso

1. Descreva o casamento de João e Idelette Calvino. Como devemos interpretar a
declaração de João Calvino de que Idelette nunca atrapalhou seu trabalho?
2. Quem foi Miguel Serveto? Como era sua relação com João Calvino?
3. O que é heresia? Como a Igreja normalmente lidava com a heresia no tempo de

Calvino? Como você acredita que os cristãos de nossos dias devem lidar com
aqueles que professam a Cristo, mas defendem posições heréticas?
56
A Igreja na Reforma
4. Qual era o papel da certeza na teologia de Calvino? Por que a certeza da

salvação é importante na vida cristã?
57
A Igreja na Reforma
8 - A Teologia de João Calvino
É comum pensar em João Calvino principalmente em termos de suas realizações
intelectuais, quase como um mero cérebro trabalhando em Genebra. Todavia, um
olhar mais atento à teologia de Calvino revela que atividade acadêmica foi
impulsionada por um desejo profundamente pastoral de fortalecer os crentes na fé.
Nesta mensagem, o Dr. Godfrey explora alguns dos pontos mais importantes da
teologia de Calvino, destacando os pontos de divergência entre Calvino e seus
contemporâneos católicos romanos e explicando porque essas diferenças são
importantes.
LEITURA BÍBLICA
Salmo 56.1-13
OBJETIVOS DE ENSINO
1. Explicar a compreensão que João Calvino tinha da Escritura e da fé.
2. Descrever as preocupações pastorais que sustentavam a teologia de Calvino.
3. Convidar os cristãos a refletirem teologicamente sobre as próprias convicções e
experiências.
CITAÇÃO
58
A Igreja na Reforma
O testemunho do Espírito é superior a toda razão. Ora, assim

como só Deus é idônea testemunha de si mesmo em sua Palavra,
também assim a Palavra não logrará fé nos corações humanos antes
que seja neles selada pelo testemunho interior do Espírito. Portanto,
é necessário que o mesmo Espírito que falou pela boca dos profetas
penetre em nosso coração, para que nos persuada de que eles
proclamaram fielmente o que lhes fora divinamente ordenado.
- João Calvino
RESUMO DA AULA
I. Calvino sobre a Escritura
A. João Calvino cria firmemente na autoridade e suficiência da Escritura.
i. Teólogos católicos romanos, como o Cardeal Sadoleto,
argumentavam que a Igreja era a intérprete infalível da Escritura
e que a tradição da Igreja era essencial para compreender a
Bíblia.
ii. Por outro lado, Calvino ensinava que, embora a tradição fosse
um guia útil, somente a Bíblia é infalível e contém tudo o que é
necessário para a fé e para a vida de santidade.
B. Calvino também afirmava a perspicuidade da Escritura.
i. Líderes católicos romanos insistiam que somente a Igreja deveria
interpretar a Escritura, pois o povo comum tendia a deturpá-la.
ii. Por outro lado, os Reformadores ensinavam que a Escritura era
perspícua, isto é, sua mensagem central de salvação pode ser
compreendida por qualquer pessoa que consegue ler.
59
A Igreja na Reforma
C. Segundo Calvino, intérpretes humanos precisam se posicionar abaixo da

Escritura, em uma postura de submissão a ela.
i. Evidências da veracidade da Bíblia devem ser usadas somente de
forma secundária.
ii. Em vez de julgar por nós mesmos se a Escritura é verdadeira,
devemos reconhecer a voz de Deus falando por meio dela, assim
como alguém reconhece a voz de um amigo ou de uma pessoa
amada.
II. Calvino sobre a Fé

A. Calvino entendia que a fé não era somente uma emoção, mas também o
conhecimento da obra salvífica de Cristo.
i. A fé é realizada nos corações dos homens pelo Espírito Santo.
ii. A fé vem pelo ouvir e crer no evangelho.
B. Calvino desejava ardentemente que seus paroquianos tivessem fé em

Cristo como Salvador.
C. Para Calvino, a fé também incluía confiar nas promessas de Deus.
i. A certeza da salvação naturalmente acompanha esse tipo de
confiança.
ii. O povo de Deus pode citar com confiança as palavras do Salmo
56:9: “bem sei isto: que Deus é por mim”.
III. Calvino sobre o Culto

A. O culto bíblico era muito importante para Calvino.
60
A Igreja na Reforma
B. Calvino defendia cultos e ambientes de culto simples, focados na

aprendizagem e no ensino da Escritura.
i. Ele preferia que os edifícios das igrejas fossem simples, sem
obras de arte ou distrações arquitetônicas.
ii. Ele não usava instrumentos musicais, mas promovia o canto dos
Salmos.
iii. A exposição da Escritura ocupava um lugar central nos cultos de
Calvino.
C. A visão de Calvino, como sua teologia, chegou em muitos lugares além
de Genebra, influenciando especialmente congregações Reformadas na
França, na Holanda e na Grã-Bretanha.

1. Afirmar que a Bíblia é suficiente significa dizer que _________________.
a. Os cristãos não precisam ler outros livros
b. A Bíblia não contém erros
c. A Bíblia contém tudo o que as pessoas precisam saber para a fé e vida santa
d. Toda a revelação de Deus para a humanidade está contida na Bíblia
2. A doutrina da perspicuidade da Escritura ensina que _________________.

a. A Igreja deve interpretar a Bíblia para o povo comum
b. Qualquer um pode compreender a maior parte, se não tudo, do que está na
Bíblia.
c. Todas as interpretações da Bíblia são igualmente válidas.
d. O leitor comum pode compreender sua mensagem de salvação
61
A Igreja na Reforma
3. Segundo Calvino, a maneira principal maneira dos cristãos reconhecerem a

verdade da Escritura é demonstrando racionalmente sua confiabilidade.
a. Verdadeiro
b. Falso
4. Para Calvino, conhecimento e confiança são aspectos importantes da fé

salvífica.
a. Verdadeiro
b. Falso
5. Calvino defendia cultos _______________.

a. Com orações em grego e hebraico
b. Simples
c. Sem qualquer música
d. Com uma liturgia ornamentada

1. Qual é uma função útil e apropriada da tradição na vida da Igreja? Quais são os
limites dessa função?
2. Muitos líderes católicos romanos temiam que o povo entenderia mal e

deturparia a Escritura se houvesse autorização para que ela fosse lida. Esses
temores tinham razão de existir? Explique sua resposta.
62
A Igreja na Reforma
3. Segundo Calvino, como os cristãos reconhecem que a Bíblia é a Palavra de

Deus? Você concorda com Calvino? Como isso se aplica em suas próprias
experiências?
4. Como a visão de Calvino sobre o culto era diferente da de Lutero? Quais

parâmetros a Bíblia estabelece para o culto?
63
A Igreja na Reforma
9 - A Reforma Católica
Muitos que desejavam reformar a Igreja Católica Romana acabaram se separando
dela. Todavia, reformas energéticas também surgiram dentro da Igreja Católica,
lidando com problemas morais e espirituais sem formar uma organização eclesiástica
separada. Embora os reformadores católicos tivessem algumas das mesmas
preocupações que os reformadores protestantes, sua visão de renovação eclesiástica
acabou levando a Igreja Católica para uma direção muito diferente da direção que as
igrejas protestantes tinham seguido.
LEITURA BÍBLICA
Salmo 81.11-14; Mateus 23.37
OBJETIVOS DE ENSINO
1. Descrever a iniciativa de reforma que surgiu dentro da Igreja Católica Romana.
2. Discutir importantes desenvolvimentos e mudanças no Catolicismo Romano.
3. Ajudar os cristãos a compreender importantes semelhanças e diferenças entre
o protestantismo e o catolicismo romano.
CITAÇÃO
É o principal cuidado, empenho e intenção deste Sacrossanto

Concílio, que dissipadas as trevas das heresias, que por tantos anos
64
A Igreja na Reforma
cobriram a terra, renasça a luz da verdade católica, com o favor de

Jesus Cristo, que é a verdadeira luz, bem como a sinceridade e a
pureza e se reformem as coisas que necessitam de reforma... para
que todos, por todo o mundo, glorifiquem a uma só voz, e com a
mesma confissão de fé, a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
- Trecho dos decretos do Concílio de Trento
RESUMO DA AULA
I. O Desejo de Reforma entre Católicos
A. As atividades da Igreja Católica Romana durante o século 16 foram
descritas de várias maneiras.
i. Tradicionalmente, essas reformas foram chamadas de
Contrarreforma, enfatizando os esforços reacionários para
impedir o trabalho dos Reformadores.
ii. Cada vez mais, historiadores passaram a reconhecer essas
reformas como uma Reforma Católica.
1. Esta descrição reflete o desejo genuíno de reforma que
surgiu naturalmente dentro da Igreja Católica.
2. Esse movimento de reforma aconteceu paralelamente aos
movimentos protestantes de reforma, com semelhanças e
diferenças desses movimentos.
B. Mesmo antes de Lutero começar seus protestos, Erasmo de Roterdã e
outros católicos romanos reconheciam a necessidade de reformar
doutrinas e práticas específicas dentro da Igreja.
65
A Igreja na Reforma
i. A corrupção e a imoralidade do papado eram mencionadas com

frequência.
ii. Alguns queriam estabelecer novas ordens monásticas para
incentivar uma renovação do compromisso com o ascetismo em
meio ao clero.
C. À medida que as reformas de Lutero se distanciavam do ensino católico
tradicional, católicos com tendências reformistas ficavam preocupados
com o fato de que fazer concessões aos protestantes poderia prejudicar
a autoridade e a estabilidade da Igreja Católica.
II. Clarificação Doutrinária em Trento

A. Tanto católicos como protestantes pediam um concílio ecumênico para
lidar com a necessidade de reforma.
B. Entre 1545 e 1563, um concílio composto primariamente de líderes
católicos romanos foi convocado diversas vezes em Trento e nos
arredores.
C. Em Trento, a Igreja Católica Romana esclareceu sua posição oficial sobre
questões que estavam sendo debatidas durante a Reforma.
i. O concílio afirmou que a Bíblia é a autoritativa Palavra de Deus e
afirmou que Deus também se revelou infalivelmente por meio
da tradição Apostólica da Igreja.
ii. Sobre a questão da justificação, o concílio conclui que uma
pessoa é justificada com base em sua mudança moral em
cooperação com a graça de Deus.
iii. O concílio declarou que o sacramento da missa, embora Cristo
não estivesse sendo morto sacrificialmente, seu verdadeiro
66
A Igreja na Reforma
corpo e sangue estavam sendo oferecidos a Deus para expiar os

pecados de seu povo.
iv. Embora nem todos os católicos, do passado e do presente,
concordem com esses ensinamentos, eles continuam a ser a
visão oficial da Igreja Católica Romana.
III. Reformas Católicas no Ministério e na Educação

A. Além de esclarecer certas questões doutrinárias, o Concílio de Trento
também abordou os problemas de corrupção, a frouxidão e
inadequação nas práticas da Igreja.
i. O Concílio de Trento abordou o problema do pluralismo – bispos
presidindo sobre diversas dioceses.
1. Bispos que moravam fora de suas dioceses ou que presidiam
mais de uma diocese não estavam adequadamente
supervisionando as igrejas daquelas regiões.
2. Ao exigir que os bispos morassem em suas dioceses, o papa
esperava acabar com o pluralismo e com a negligencia.
ii. O concílio também abordou o baixo nível educacional.
1. Muitos sacerdotes não tinham quase nenhuma formação e,
por isso, sabiam muito pouco sobre a Bíblia e sobre como
lidar adequadamente com suas responsabilidades.
2. Ao exigir o estabelecimento de um seminário em cada
diocese, o concílio ajudou a promover um sacerdócio cada
vez mais bem instruído e competente.
B. Ao promover uma renovação tão necessária nessas e outras áreas da
vida da Igreja, os líderes católicos conseguiram revigorar a Igreja
67
A Igreja na Reforma
Católica Romana e deter o avanço do protestantismo em algumas

regiões.
IV. Inácio de Loyola e a Ordem Jesuíta

A. Outro importante catalisador para a renovação Católica foi a fundação
da Sociedade de Jesus, também conhecidos como jesuítas.
B. A última das grandes ordens monásticas, a Sociedade de Jesus foi
fundada por Inácio de Loyola.
i. Um aristocrata e soldado espanhol, Loyola estava se
recuperando de graves ferimentos quando ele experimentou
uma conversão religiosa em 1521.
ii. Com o desejo de ser um soldado de Cristo, Loyola estabeleceu os
jesuítas como uma ordem de mestres e missionários.
C. Inicialmente os jesuítas pretendiam ir para a Terra Santa, mas acabaram
tornando-se árduos defensores do catolicismo romano em regiões de
influência protestante.
D. O aluno e amigo de Loyola, Francisco Xavier, serviu como missionário
jesuíta no Extremo Oriente e, posteriormente, outros missionários
jesuítas serviram ativamente na América Latina.

1. Antes de Lutero escrever as 95 Teses, ____________ e alguns outros católicos
tinham chamado atenção para a necessidade de reforma moral na Igreja.
a. Johann Tetzel
b. Erasmo de Roterdã
c. Cardeal Sadoleto
68
A Igreja na Reforma
d. Papa Alexandre VI
2. Em vez de uma única reunião, o Concílio de Trento incluiu diversas reuniões

que aconteceram entre 1545 e 1563.
a. Verdadeiro
b. Falso
3. O Concílio de Trento definiu as posições católicas romanas de todas as

seguintes doutrinas, exceto ______________.
a. A Escritura
b. A Trindade
c. A justificação
d. A missa
4. Um dos problemas abordados no Concílio de Trento foi a prática chamada

_____________, em que um só bispo preside múltiplas dioceses.
a. Consolidação clerical
b. Nepotismo
c. Pluralismo
d. Expansionismo
5. Inácio de Loyola se tornou um dos primeiros missionários europeus a viajar

para o Extremo Oriente.
a. Verdadeiro
b. Falso
69
A Igreja na Reforma

1. Em que sentido é correto descrever a atividade de reforma dos católicos do
século 16 como uma Reforma Católica? Como esta reforma é semelhante e
diferente dos movimentos protestantes de reforma que estudamos?
2. Como você descreveria a diferença entre o entendimento protestante sobre a

justificação e a posição defendida pela Igreja Católica Romana no Concílio de
Trento? Por que essa distinção é importante?
3. Descreva a diferença entre as posições protestantes e católicos romanas da

Ceia do Senhor. Por que essa diferença é significante?
4. Na sua opinião, como católicos romanos e protestantes devem se considerar e

como devem se relacionar um com o outro? Explique sua resposta.
70
A Igreja na Reforma
10 - A Reforma Escocesa
À medida que os ensinos da Reforma Protestante avançavam por toda a Europa,
movimentos protestantes surgiram em muitos países diferentes. Em algumas regiões,
as autoridades políticas rapidamente estabeleceram o protestantismo como a religião
oficial. Em nações como a França e a Espanha, a Reforma acabou sendo reprimida por
perseguições implacáveis. No entanto, a perseguição nem sempre conseguia destruir a
causa protestante. No caso da Escócia, a Reforma criou raízes apesar da oposição do
governo, em grande parte através do persistente ministério de John Knox.
LEITURA BÍBLICA
2 Timóteo 4.1-18
OBJETIVOS DE ENSINO
1. Dar uma visão geral da vida e ministério de John Knox.
2. Discutir o clima político e religioso da Escócia na era da Reforma.
3. Ilustrar alguns fatores que ajudaram e atrapalharam a Reforma em toda a
Europa.
CITAÇÃO
Eu sempre acreditei ter uma razão muito justa para não transmitir
por escrito o que eu ensino sobre a Escritura; pois, eu entendo que fui
71
A Igreja na Reforma
chamado por meu Deus para instruir os ignorantes, consolar os

tristes, confirmar os fracos e repreender os orgulhosos, com a língua
e com a viva voz nestes dias de muita corrupção, em vez de escrever
livros para os tempos futuros.
- John Knox
RESUMO DA PALESTRA
I. Uma Época Turbulenta para a Escócia
A. A Reforma chegou na Escócia em um período de incertezas em sua
história.
i. Tendo lutado para manter usa independência da Inglaterra, a
Escócia se alinhou com a França.
ii. O rei escocês, Tiago V, morreu lutando na Inglaterra em 1542.
iii. A filha mais nova de Tiago, Maria, foi mandada para a França
para ser educada e uma regente governou governava em seu
lugar.
B. A Escócia era considerada uma nação fraca e atrasada, tendo pouco a
oferecer em termos de erudição, cultura e força militar.
C. Devido à intima relação que havia entre as monarquias escocesas e
francesas, as autoridades escocesas se opuseram à Reforma, como seus
aliados franceses.
i. Ideias protestantes começaram a circular na Escócia através de
livros e panfletos.
72
A Igreja na Reforma
ii. Quando mais os pregadores protestantes se tornavam mais

proeminentes na Escócia, mais eles enfrentavam o perigo da
perseguição e do martírio.
II. O Início do Ministério de John Knox

A. John Knox nasceu por volta de 1514 em uma família de fazendeiros. Ele
estudou para o sacerdócio e abraçou a fé protestante na metade da
década de 1540.
B. Como parte da minoria protestante, Knox experimentou os efeitos da
instabilidade religiosa de sua época.
i. O amigo e mestre de Knox, George Wishart, foi preso e
martirizado em 1546.
ii. Knox acabou indo servir como capelão de um grupo de
protestantes que tinham capturado o Castelo de Santo André e
mataram o cardeal que morava lá.
iii. Quando o castelo foi tomado pelas forças da realeza, Knox e seus
companheiros foram condenados às galés.
C. Ao ser liberto da prisão, Knox se refugiou na Inglaterra, onde a Reforma
havia já tinha criado raízes sob Eduardo VI.
D. Quando Maria Tudor, conhecida por muitos como “Maria Sanguinária”,
começou a restabelecer o catolicismo romano na Inglaterra, Knox fugiu
para Genebra.
i. Muito impressionado com as reformas de Calvino, Knox
descreveu Genebra como “a mais perfeita escola de Cristo que já
existiu na terra desde os dias dos apóstolos”.
73
A Igreja na Reforma
ii. Em Genebra, Knox continuou a escrever, pregar e trabalhar em

prol da Reforma, pastoreando uma congregação de refugiados
ingleses que também começaram a morar lá.
iii. Em 1558, Knox escreveu seu famoso tratado, “O Primeiro Toque
da Trombeta Contra o Monstruoso Governo das Mulheres".
1. Esta obra foi escrita contra as rainhas católicas da Europa
que estava perseguindo vigorosamente os protestantes.
2. Não deve causar surpresa que a obra de Knox fez com que
certas pessoas poderosas se afastassem dele, incluindo
Elizabeth I, que subiu ao trono inglês naquele mesmo ano.
III. A Reforma da Igreja Escocesa

A. Knox voltou para a Escócia em 1559.
B. Knox conseguiu realizar reformas notáveis na Igreja escocesa em
cooperação com a pequena nobreza.
i. O protestantismo foi declarado a religião oficial da
Escócia.
ii. A missa católica foi proibida.
iii. Atitudes foram tomadas para aumentar a quantidade de
ministros protestantes.
C. Em 1561, a jovem Maria da Escócia voltou da França para
governar sobre a Escócia.
i. Aos 19 anos de idade, Maria já tinha se casado com o rei
da França e já tinha ficado viúva.
74
A Igreja na Reforma
ii. Sendo uma católica devota com fortes laços com a

França, o objetivo de Maria era restaurar o catolicismo
na Escócia.
D. Ao longo do reinado de Maria, ela e Knox estavam sempre em
conflito.
i. Jovem e charmosa, a rainha conseguiu enfraquecer o
apoio que Knox recebia da nobreza.
ii. Enquanto Maria viajava pela Escócia, ela abria capelas
católicas e nomeava sacerdotes para servir nelas.
E. Devido à sua ambição política, ao seu zelo católico e à legítima
reivindicação do trono da Inglaterra, ela também era vista como
uma ameaça por sua prima, a rainha Elizabeth da Inglaterra.
F. Envolta em escândalos por causa de seu segundo marido, Lorde
Darnley, Maria acabou presa e foi forçada a renunciar em 1567.
i. O filho infante de Maria, Tiago VI, se tornou o rei da
Escócia e, posteriormente, se tornou o rei da Inglaterra
mediante a morte de Elizabeth em 1603.
ii. Sob o reinado de Tiago, o protestantismo conseguiu se
desenvolver na Escócia.
G. Knox morreu em 1572 e é lembrando como o pai fundador do
ramo presbiteriano do Cristianismo Reformado.

1. A Escócia formou uma estreita aliança política com a Espanha com o objetivo
de limitar a expansão da Inglaterra.
a. Verdadeiro
75
A Igreja na Reforma
b. Falso
2. John Knox foi forçado a ______________ por sua ligação com uma revolta
protestante.
a. Renunciar sua fé
b. Se apresentar à inquisição
c. Fugir para a Alemanha
d. Servir como escravo numa galera
3. Como refugiado religioso, Knox teve a oportunidade de conhecer as reformas

de ______________.
a. João Calvino
b. Martin Bucer
c. George Wishart
d. Philipp Melanchthon
4. Embora Knox contasse com o apoio de muitos da nobreza na Escócia, suas

reformas encontraram resistência da rainha, conhecida como “Maria
Sanguinária”.
a. Verdadeiro
b. Falso
5. Durante o reinado de ______________, o protestantismo conseguiu se

desenvolver na Escócia.
a. Elizabeth I
b. Maria I
76
A Igreja na Reforma
c. Tiago VI
d. Eduardo VI

1. Quais foram alguns dos obstáculos que a Reforma enfrentou na Escócia?
2. Por que John Knox deixou a Escócia? De que maneira essa fase de sua vida o
preparou para liderar a Reforma lá em um período posterior? De quais
maneiras Deus já usou épocas inesperadas de sua vida para te preparar para
servi-lo?
3. Como a chegada de Maria na Escócia influenciou o rumo da Reforma escocesa?

Como seu reino chegou ao fim?
4. O sonho da vida de Knox era ver a Escócia abraçar a Reforma, mas ele só viu
esse sonho começar a se realizar no fim de sua vida. Em que área da sua vida
você orou por mudança, mas teve que esperar para ver essas orações sendo
respondidas?
77
A Igreja na Reforma
11 - A Reforma Holandesa
O sucesso ou fracasso da Reforma em uma região específica frequentemente
dependia se um governante daquela região iria apoiar ou se opor à Reforma. Todavia,
a Reforma holandesa foi uma exceção a essa tendência. Embora tenha sido veemente
combatida pelos monarcas de Habsburgo, o protestantismo atraiu muitos seguidores
nos Países Baixos. Enquanto a tensão religiosa e política levava à revolta e à guerra, a
coragem e a persistência do povo holandês prepararam o caminho para uma República
Holandesa livre e para a ascensão da Igreja Reformada Holandesa.
LEITURA BÍBLICA
Isaías 43.1-2
OBJETIVOS DE ENSINO
1. Resumir importantes acontecimentos durante a revolta holandesa e a Reforma.
2. Comemorar o sofrimento e sacrifícios de muitos dos primeiros protestantes.
3. Descrever as origens do ramo holandês do Cristianismo.
CITAÇÕES
Prefiro perder todas as minhas terras e cem vidas do que ser rei de
hereges.
78
A Igreja na Reforma
- Filipe II
Podemos ver como Deus milagrosamente defende o nosso povo e

nos concede a esperança de que, apesar da malícia de nossos
inimigos, ele conduzirá a nossa causa a um final bom e feliz, para o
avanço da sua glória e para a libertação de tantos cristãos da
injustiça opressão.
- Guilherme I, Príncipe de Orange
RESUMO DA AULA
I. A Reforma chega nos Países Baixos
A. No século 16, os Países Baixos consistiam de 17 províncias que atualmente
formam a Holanda, a Bélgica, Luxemburgo e algumas partes do norte da
França.
B. Nascido e criado nos Países Baixos, o título hereditário pertencia ao
Imperador Carlos V, que as governava, além da Espanha e do Sacro-Império
Romano.
C. O protestantismo começou a criar raízes nos Países Baixos em 1520 e nas
décadas seguintes.
i. Dois dos primeiros mártires protestantes conhecidos foram mortos em
Bruxelas em 1523.
ii. Menno Simons e diversos outros notáveis anabatistas atraíram
seguidores na Frísia, uma das 17 províncias.
79
A Igreja na Reforma
iii. Muitos pastores que tinham sido treinados por Calvino em Genebra
foram para as regiões de língua francesa dos Países Baixos, onde a
pregação foi bem recebida.
D. Embora os protestantes enfrentassem constantes perseguições sob o
governo de Carlos, eles cresciam gradualmente.
II. Guerra nos Países Baixos
A. Quando Carlos V renunciou seu trono em 1555, seu filho Filipe II virou
passou a governar a Espanha e os Países Baixos.
i. Como um nativo dos Países Baixos, Carlos tinha familiaridade com essa
região, sendo preparado para governa-la.
ii. Por outro lado, Filipe era visto como um estrangeiro e sua política de
impostos o deixou muito impopular.
B. Em 1566, a agitação civil nos Países Baixos suscitou diversos ataques contra
igrejas católicas, acompanhados por destruição de imagens e outras
propriedades da igreja.
i. Filipe respondeu enviando um exército sob o Duque de Alba para
garantir a ordem civil.
ii. As políticas opressivas do Duque provocaram uma indignação pública
ainda maior, o que incentivou muitos nos Países Baixos a tomarem
as armas contra os espanhóis.
C. Em 1568, o conflito armando entre as forças holandesas e as forças
espanholas marcou o início de um período de oitenta anos de guerra
intermitente entre as duas nações.
D. Guilherme I, Príncipe de Orange, também conhecido como Guilherme, o
Taciturno, emergiu como um proeminente líder das forças holandesas.
80
A Igreja na Reforma
i. Embora o povo holandês pediu para que ele os governasse, Guilherme

se recusou a se tornar um monarca.
ii. Guilherme demonstrou seu valor e inteligência na batalha em diversas
ocasiões, como no cerco de Leida em 1574.
iii. Um líder amado, Guilherme foi assassinado em sua própria casa em
1584.
E. Depois dessa guerra longa e exaustiva, nem a Espanha nem a Holanda

conseguia derrotar a outra completamente.
i. Um cessar-fogo de doze anos, que começou em 1609, precedeu mais
derramamento de sangue, até o acordo final em 1648.
ii. Quando a paz foi finalmente alcançada, os Países Baixos estavam
divididos.
iii. O território do sul, ainda sob o domínio da Espanha, continuou sob o
domínio da Espanha e acabou virando a nação católica da Bélgica.
iv. O território do norte, que incluía as sete províncias que estavam sob o
controle das forças holandeses, foi oficialmente reconhecido como a
Holanda, livre e protestante.
III. A Igreja Reformada nos Países Baixos

A. Com a liberdade e a estabilidade conquistada para os protestantes na
Holanda, a Igreja Reformada se desenvolveu e amadureceu.
i. As Igrejas Reformadas adotaram o Catecismo de Heidelberg e a
Confissão Belga como padrão confessional.
1. A Confissão Belga foi escrita em 1561 pelo pastor e mártir belga,
Guido de Brès.
81
A Igreja na Reforma
2. O Catecismo de Heidelberg foi escrito por Zacharias Ursinus e

Gaspar Olevianus.
ii. Foi organizado um sistema de governo eclesiástico em que cada igreja
era governada por um consistório e fazia parte de uma classis e um
sínodo.
iii. Instituições teológicas eram estabelecidas para formar um clero
Reformado bem instruído.
B. Um dos primeiros desafios que a Igreja Reformada Holandesa enfrentaria,

girava em torno das posições de Jacó Armínio e seus seguidores.
i. Armínio era um talentoso pregador e era professor de teologia na
Universidade de Leida.
ii. Embora os líderes Reformados confiavam em Armínio, rumores
começaram a circular que seu entendimento sobre a predestinação
era o mesmo que a Igreja ensinava.
iii. Armínio, que tinha sido vago quanto às suas opiniões exatas, morreu em
1609 antes de terminar uma investigação sobre suas convicções.

1. A Espanha começou a governar os Países Baixos através _______________
a. de um decreto papal, recompensando Carlos V por sua lealdade a Roma
b. de uma longa conquista militar, concluída em 1493
c. dos príncipes holandeses, que pediram à Espanha para libertá-los da França
d. da reinvindicação de Carlos V ao título de hereditário de cada uma das 17
províncias
82
A Igreja na Reforma
2. Filipe II enviou ____________ para trazer ordem à Holanda em meio à agitação

civil e religiosa na década de 1550.
a. Johann Tetzel
b. Frederico, o Sábio
c. O Duque de Alba
d. Guilherme, o Taciturno
3. Guilherme I, Príncipe de Orange, aceitou virar o monarca da Holanda, mas seu

assassinato em 1584 aconteceu antes da cerimônia de coroação.
a. Verdadeiro
b. Falso
4. As Igrejas Reformadas holandesas adotaram a Confissão ______________

como parte de seu padrão confessional.
a. de Augsburgo
b. Belga
c. de Schleitheim
d. de Westminster
5. Embora ele não tenha sido marcado como um herege, os ensinos de Jacó
Armínio estavam sob suspeita quando ele morreu em 1609.
a. Verdadeiro
b. Falso
83
A Igreja na Reforma
1. Quais foram alguns dos fatores que levaram à Revolta holandesa contra o
domínio espanhol? Quais foram os principais resultados dessa revolta?
2. Quais foram as semelhanças entre a Reforma holandesa e as Reformas na

Escócia e na Alemanha? Quais são algumas das principais diferenças entre
esses três movimentos de Reforma?
3. É mais apropriado descrever Guilherme I, Príncipe de Orange, como um líder

político ou um líder religioso? Como ele ajudou a causa da liberdade e da
Reforma na Holanda?
4. Por que Jacó Armínio foi um candidato interessante para servir no corpo
docente em Leida? Quais preocupações existiam sobre suas posições
teológicas? Até que ponto a diversidade teológica é apropriada ou não no
contexto de uma universidade ou seminário?
84
A Igreja na Reforma
12 - O Sínodo de Dort
Quando tempos de tribulações e perseguições chegam ao fim, a ausência de tensão
externa pode criar oportunidades para conflitos e divisões internas. Sem a ameaça da
invasão espanhol para unir o povo holandês, a controvérsia em torno dos
ensinamentos do falecido Jacó Armínio começou a polarizar as igrejas Reformadas na
Holanda. Como resultado dessa controvérsia, os líderes da Igreja responderam a essa
crise no Sínodo de Dort, adotando oficialmente as posições que se tornaram uma das
marcas distintivas do Cristianismo Reformado.
LEITURA BÍBLICA
Efésios 1.3-14
OBJETIVOS DE ENSINO
1. Discutir as complexas circunstancias políticas e religiosas que caracterizavam a
República Holandesa nos primeiros anos.
2. Resumir as decisões e pontos de vista adotados no Sínodo de Dort.
3. Recomendar os Cânones de Dort como um excelente resumo da soteriologia
Reformada.
CITAÇÃO
85
A Igreja na Reforma
Esta é a declaração clara, simples e sincera da doutrina ortodoxa

com respeito aos Cinco Artigos da Fé disputados na Holanda; e esta é
a rejeição dos erros pelos quais as Igrejas têm sido perturbadas...
Que o Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, o qual está sentado à
direita do Pai e envia seus dons aos homens, nos santifique na
verdade. Que ele traga à verdade os que se desviaram dela, cale a
boca dos caluniosos da sã doutrina e equipe os ministros fiéis da sua
Palavra com o Espírito de sabedoria e discrição, para que tudo que
falem possa ser para a glória de Deus e a edificação dos ouvintes.
Amém.
- Trecho dos Cânones de Dort
RESUMO DA AULA
I. A Remonstrância de 1609
A. Em 1609, o ano em que Jacó Armínio morreu, a Espanha e a Holanda
fizeram um acordo de cessar-fogo de doze anos.
i. Sem a necessidade de se unir contra a Espanha, a República
Holandesa se tornou vulnerável à dissensão e divisão interna.
ii. À medida que crescia a influência dos ensinamentos de Armínio,
muitos temiam que o país poderia ser dilacerado por uma
revolta religiosa.
B. Em 1610, cerca de quarenta seguidores de Armínio apresentaram uma
petição formal, ou remonstrância, ao governo.
86
A Igreja na Reforma
i. Esta remonstrância, conhecida como a Remonstrância, defendia

uma mudança nos ensinos calvinistas tradicionais sobre a eleição
e o livre-arbítrio.
ii. Os calvinistas tradicionais responderam apresentando seus
pontos de vista em um documento conhecido como a Contra-
Remonstrância.
iii. À medida que essa divisão teológica aumentava, líderes da igreja
reconheciam a necessidade de resolver a questão e de aplicar a
disciplina eclesiástica de modo consistente.
C. A situação estava ficando cada vez mais fora de controle quando o
príncipe Maurício chegou ao poder na Holanda.
i. Filho de Guilherme, o Taciturno, Maurício havia se destacado em
uma guerra contra os espanhóis.
ii. Querendo preservar a unidade nacional, Maurício determinou a
convocação de um sínodo nacional da igreja.
iii. Para proteger a integridade do sínodo, delegados deveriam ser
enviados de Igrejas Reformadas de toda a Europa.
II. Um Sínodo da Igreja Reformada

A. Entre novembro de 1618 e maio de 1619, líderes Reformados de todo o
mundo se reuniram na cidade holandesa de Dordrecht.
B. Essa reunião – conhecido como o Sínodo de Dordrecht, Dordt ou Dort –
esclareceu o entendimento calvinista padrão sobre a predestinação.
i. Este sínodo não adotou um sistema teológico abrangente; em
vez disso, ele tratou das questões específicas que tinham sido
levantadas pela Remonstrância.
87
A Igreja na Reforma
ii. Nos Cânones de Dort, o sínodo articulou o corpo de doutrinas

que é atualmente conhecido como os “cinco pontos” do
calvinismo.
iii. Todavia, essas declarações eram tecnicamente a resposta dos
calvinistas aos “cinco pontos” do arminianismo.
iv. Os cânones foram escritos com a intenção de comunicar a sã
teologia com clareza, para que o povo comum pudesse
compreender e ser encorajado.
v. Os Cânones de Dort foram acrescentados à Confissão Belga e ao
Catecismo de Heidelberg como parte das Três Formas de
Unidade, o padrão confessional da Igreja Reformada Holandesa.
C. O sínodo também tratou de outras questões que eram relevantes para a
vida da Igreja.
i. Uma questão que o sínodo enfrentou era sobre como garantir
que os jovens aprendessem o catecismo.
ii. Outra questão relevante era se os filhos dos servos em lares
cristãos deveriam ser batizados.
iii. O sínodo afirmou a importância do shabbath como um dia de
descanso e culto, permitindo a recreação, desde que não
interferisse no culto.
iv. O sínodo também autorizou uma nova tradução da Bíblia para o
holandês, que é usada há séculos por povos de língua holandesa.

1. Jacó Armínio morreu no mesmo ano em que ______________.
a. João Calvino morreu
88
A Igreja na Reforma
b. Os espanhóis e os holandeses fizeram um acordo de cessar-fogo de doze

anos
c. Aconteceu o Sínodo de Dort
d. O rei da Espanha reconheceu a independência da Holanda
2. A Contra-Remonstrância articulou uma defesa da doutrina calvinista

tradicional.
a. Verdadeiro
b. Falso
3. Qual líder político determinou a convocação de um sínodo da Igreja

Reformada?
a. Guilherme, o Taciturno
b. Filipe II
c. Franciscus Gomarus
d. Príncipe Maurício
4. Embora os Cânones de Dort tenham sido escritos com um objetivo puramente

acadêmico, eles acabaram sendo usados por leigos.
a. Verdadeiro
b. Falso
5. O Sínodo de Dort proibiu todas as formas de trabalho e recreação no shabbath.

a. Verdadeiro
b. Falso
89
A Igreja na Reforma

1. O que é uma remonstrância? Em que a Remonstrância de 1610 é diferente da
subsequente Contra-Remonstrância?
2. Por que a controvérsia arminiana continuou sem ser resolvida por muitos anos?
De que maneira essa controvérsia apresentou uma ameaça para o Estado e a
Igreja na Holanda?
3. Que tipo de reunião foi o Sínodo de Dort? Qual foi o resultado deste sínodo?
4. Que papel a teologia arminiana exerce na Igreja em nossos dias? Como os

crentes Reformados devem responder aos arminianos e ao arminianismo em
seu meio?
5. De que maneira o seu entendimento da Reforma cresceu ou mudou durante

este estudo de doze partes? Dentro do que você aprendeu, o que você mais
deseja compartilhar com outra pessoa?
90

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O CURSO FIEL DE LIDERANÇA ............................................................................... 7

COMO USAR ESTE GUIA ....................................................................................... 8

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2 - OS PRIMEIROS ANOS DE VIDA DE MARTINHO LUTERO ................................... 15

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4 - MARTINHO LUTERO E O CRESCENTE MOVIMENTO PROTESTANTE .................. 28

5 - MARTINHO LUTERO E OS ANABATISTAS ........................................................ 36

6 - DA REFORMA ALEMÃ PARA GENEBRA ........................................................... 44

7 - JOÃO CALVINO E GENEBRA ............................................................................ 51

8 - A TEOLOGIA DE JOÃO CALVINO ..................................................................... 58

9 - A REFORMA CATÓLICA .................................................................................. 64

10 - A REFORMA ESCOCESA ................................................................................ 71

12 - O SÍNODO DE DORT ..................................................................................... 85

O CURSO FIEL DE LIDERANÇA

O Curso Fiel de Liderança (CFL) é o ministério de educação teológica do Missão

COMO USAR ESTE GUIA

Se lerdes todos os anais do passado, verificareis que nenhum

iii. Devido à complexidade e diversidade da Reforma no século 16, é

II. A Igreja Antes da Reforma

i. Por exemplo, a Igreja nos Estados Unidos hoje apresenta

ii. Infelizmente, muitas pessoas passaram a ver as indulgências

QUESTÕES PARA ESTUDO

2. A Reforma aconteceu na mesma época de todos os seguintes

3. A Reforma foi um movimento puramente espiritual com pouca relação com os

4. Na época de Lutero, acreditava-se que a pessoa poderia obter ___________

5. No início dos anos de 1500, as indulgências passaram a ser conhecidas como

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO E ESTUDO BÍBLICO

2 - Os Primeiros Anos de Vida de Martinho Lutero

Finalmente, pela misericórdia de Deus, meditando de dia e de

II. A Carreira Monástica de Lutero

III. A Controvérsia Sobre as Indulgências e as 95 Teses

iii. Quando ele entendeu e abraçou um entendimento bíblico da

QUESTÕES PARA ESTUDO

2. Lutero entrou para o mosteiro ______________ em Erfurt em 1505.

3. A venda de indulgências na região de Lutero era liderada ________________.

4. Lutero escreveu e postou as 95 Teses como ____________________.

d. Um convite para um debate acadêmico sobre a questão das indulgências

5. Como monge, Lutero encontrava grande alegria e consolo na doutrina da

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO E ESTUDO BÍBLICO

3 - Martinho Lutero e a Reforma Alemã

Minha consciência é cativa à Palavra de Deus. Ir contra a minha

desacordo, a Escritura deve ser considerada como a autoridade

II. A Dieta de Worms

B. Depois de receber 24 horas para refletir sobre uma resposta, Lutero

III. O Trabalho em Wartburg e Wittenberg

D. Quando ele voltou para Wittenberg, Lutero assumiu a liderança do

QUESTÕES PARA ESTUDO

2. Em 1520, Lutero escreveu todos os seguintes tratados, exceto

3. A Dieta de Worms é melhor descrita como ______________.

4. Durante o período em que Lutero ficou escondido, ____________________

5. Lutero escreveu “A Escravidão do Arbítrio” em 1525 em resposta aos ataques

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO E ESTUDO BÍBLICO

3. O que aconteceu em Wittenberg durante a ausência de Lutero? Qual foi a

4. De que forma as circunstâncias políticas impediram a disseminação da

4 - Martinho Lutero e o Crescente Movimento

Os homens não podem ser justificados diante de Deus por suas

- Confissão de Augsburgo, Artigo IV

II. O Debate sobre a Ceia do Senhor