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24/08/2021 Agronegócio e fome no Brasil - Le Monde Diplomatique Brasil

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COMMODITIES OU ALIMENTOS

Agronegócio e fome no
Brasil
Acervo Online
| Brasil
por Denise Elias
20 de agosto de 2021

O Brasil tem privilegiado o agronegócio em detrimento da


agricultura familiar. Com o agronegócio, o alimento é
tratado não como um direito social, mas como uma
mercadoria cujo propósito primordial é auferir lucro. Assim,
paralelamente ao aumento da produção e da produtividade
do agronegócio, temos o crescimento de pessoas sem
acesso à alimentação

Sob qualquer ponto de vista, as eleições parlamentares de 2018 são um


marco para a periodização da história do Brasil e também para a
discussão do presente artigo. Desde então, sob o governo do presidente

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Jair Bolsonaro verdadeiras atrocidades estão sendo impostas à toda


sociedade, com o apoio de parcela expressiva das “elites” econômica,
política, jurídica e dos militares das Forças Armadas.

Paralelamente a um aparelhamento do Estado sem precedentes no país,


temos o desmonte de inúmeras instituições e políticas públicas que de
alguma maneira protegiam categorias sociais mais vulnerabilizadas, tais

como as políticas de incentivo à agricultura familiar, à reforma agrária,


ao combate à fome e à insegurança alimentar.

Tudo isso vem acompanhado do acirramento da crise econômica, do


avanço do desemprego e da precarização das condições gerais de
trabalho, da dilapidação do poder de compra da população com o

aumento da inflação e o crescimento exponencial do preço da cesta


básica de alimentos.

Se não bastasse todos os colapsos supracitados, desde o começo de


2020, vivemos a pandemia de Covid-19. Para um país como o Brasil, com
um grupo de negacionistas à frente do executivo federal, que rejeitam
preceitos científicos mundialmente solidificados, as consequências são

ainda mais nefastas e inimagináveis na sua totalidade. Isso se dá pela


ausência de uma política sanitária federal, o total descaso com a
vacinação em massa da população, tal e qual com as medidas sanitárias
básicas recomendadas por todos os especialistas da área.

Entendemos que teremos alguns anos muito difíceis pela frente, com o
aumento da pobreza e da desigualdade socioespacial. A fome já cresceu
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de forma bastante acelerada desde o marco que serve para a

periodização utilizada neste artigo, sendo uma das mazelas que


precisarão ser enfrentadas com muito vigor.

Infelizmente, a fome é uma cicatriz profunda e histórica da sociedade


brasileira. Com o intuito de mudar a triste realidade da fome no país, foi
apresentada no Senado Federal, em 2003, uma Proposta de Emenda à
Constituição (PEC), que em 2010 introduziu o direito humano à

alimentação na carta magna como um direito social e dever do Estado.


Desde esse momento, um conjunto de ações de combate à fome foram
implementadas, sendo o Programa Fome Zero um dos mais bem
sucedidos.

No entanto, muitas dessas ações e políticas públicas estão agora sendo


destruídas, extintas ou exercendo papel puramente figurativo. A lista é
grande e não seria possível abarcar todas essas ações no espaço deste
artigo, mas citamos como exemplo a extinção do Ministério do

Desenvolvimento Agrário (MDA), do Conselho Nacional de Segurança


Alimentar e Nutricional (Consea), o estrangulamento de recursos para o
Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Cisternas, a venda de parte
dos armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As
consequências são devastadoras, conforme mostram as pesquisas sobre
os números da fome no país.

A opção de privilegiar o agronegócio em detrimento da agricultura


familiar é outro pilar da fome e, não por coincidência, tal opção foi
realizada em outro momento nefasto da história brasileira o da ditadura
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realizada em outro momento nefasto da história brasileira, o da ditadura
militar (1964-1985). Os agentes do agronegócio estão entre os que

ajudaram a eleger e que apoiam o atual mandatário do país e boa parte


dos desmontes das políticas públicas inerentes à agricultura familiar, ao
meio ambiente, à segurança alimentar fazem parte do pagamento das
promissórias da dívida acumulada com o setor.

Pressupostos do agronegócio

Mesmo que brevemente, é importante destacar alguns dos principais


pressupostos do agronegócio. Até mesmo porque embora hoje a palavra
agronegócio seja utilizada de forma indiscriminada, somente há pouco
mais de duas décadas passou a ter uso corrente no Brasil. Mas, apesar da

sua pouca idade, já assume caráter polissêmico, carregada de ideologias


e mitos. Isso reforça a necessidade de apresentarmos elementos de
argumentação para a busca de uma visão crítica sobre o tema.

Como a própria palavra deixa explícito (agro + negócio), entre seus


maiores objetivos está a obtenção de lucro e renda da terra, com a
produção de muitas novas mercadorias voltadas ao mercado, nacional e

internacional, em especial de alimentos processados e ultraprocessados,


de commodities e de agrocombustíveis.

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(Foto: Camila Domingues/ Palácio Piratini)

O agronegócio é regulado por relações de produção, distribuição e


consumo globalizadas calcadas em corporações transnacionais, assim
como mobiliza grandes volumes de créditos estatais e um conjunto de
outras políticas públicas. Da mesma forma, articula um conjunto

portentoso de interesses econômicos e políticos, como prova o tamanho


e o poder da “Bancada Ruralista” no Congresso Nacional, que soma cerca
de 250 parlamentares.

De maneira geral, o agronegócio se caracteriza por ser espacialmente


seletivo, socialmente excludente, economicamente concentrador e
ambientalmente e culturalmente devastador. Da mesma forma, sua
difusão tem aumentado os níveis de riqueza, cada vez mais

concentrados, e os níveis de pobreza, cada vez mais difundidos; além de


criar muitas novas e complexas desigualdades socioespaciais com o
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criar muitas novas e complexas desigualdades socioespaciais, com o
aumento dos conflitos e da violência no campo e nas cidades.

No modelo de produção do agronegócio temos o predomínio do alimento


tratado não como um direito de todos, mas como uma mercadoria, ou
seja, um bem econômico cujo propósito maior é auferir lucro,

característica central do capitalismo. Esse é, indubitavelmente, um dos


pilares da fome no Brasil. Com o objetivo de destacar o nosso argumento,
utilizaremos o termo alimento-mercadoria a partir deste parágrafo.

A concentração econômica na produção e na distribuição dos


ultraprocessados

Entre os resultados da difusão do agronegócio temos uma metamorfose


radical dos padrões de produção e consumo de alimentos, assim como
dos hábitos alimentares. Ainda na década de 1960, o Brasil tinha um
consumo alimentar predominantemente baseado em alimentos in natura

ou minimamente processados. Mas, a partir das décadas de 1980 e 1990


de forma definitiva, os alimentos processados e ultraprocessados
alcançaram um papel central na alimentação dos brasileiros.

De maneira geral, os ultraprocessados são fruto das novas formas de


produção e consumo inerentes ao mercado de alimentação imposto
pelos agentes do agronegócio e estão entre os signos maiores do

alimento-mercadoria. Com a difusão dos ultraprocessados há uma


extrema estandardização e empobrecimento nutricional dos alimentos.
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Isto posto, a indústria de transformação é primordial na difusão das


novas formas de produção e de consumo no padrão alimentar hoje
reinante, notadamente a agroindústria. Por agroindústria temos toda
atividade industrial de beneficiamento, processamento ou de

transformação que tem como matéria-prima produtos originados da


agropecuária. No presente artigo nos interessa destacar as
agroindústrias alimentares, que somam um conjunto grande de
subgrupos.

As agroindústrias destacam-se não só na economia industrial, mas


dominam cada vez mais as atividades agropecuárias, uma vez que alguns
segmentos delas se encontram monopolizados pelo capital
agroindustrial, como ocorre, por exemplo, na avicultura, na pecuária

leiteira, na produção de coco e de castanha de caju, entre outros,


evidenciando que a expansão do capitalismo monopolista se dá também
através da sujeição da agricultura às agroindústrias.

Por outro lado, a formação de corporações é um processo próprio do


capitalismo no período histórico atual, denominado de técnico-
científico-informacional pelo geógrafo Milton Santos (1993). Assim
sendo, as transformações do sistema alimentar se deram

simultaneamente a concentração econômica nos segmentos de


produção dos alimentos processados e ultraprocessados. Naturalmente,
isso só é bom para as corporações.

O Brasil é um dos países onde a concentração na agroindústria alimentar


está entre as maiores no mundo, uma vez que entre 60 a 70% das
compras de uma família são produzidas por somente 10 corporações. O
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resultado é desastroso: um pequeno número de corporações


transnacionais determina o que comemos no país desde os anos 1990.

Outro pilar fundamental para a difusão do alimento-mercadoria, é a


própria disseminação dos supermercados, que se transformaram nos
mais importantes centros de comercialização dos alimentos processados

e ultraprocessados. Os supermercados hoje são responsáveis por mais da


metade do total dos alimentos comercializados nas principais cidades do
país, notadamente metrópoles e cidades médias.

Até a década de 1970, no Brasil, a venda dos alimentos no varejo se dava


por um conjunto numeroso e diversificado, composto por uma miríade de
pequenos comércios (quitandas, mercearias, empórios, feiras livres,

açougues), além de vendedores ambulantes que distribuíam um conjunto


de alimentos in natura ou minimamente processados (ovos, frutas, pães
etc.).

Todos esses comércios vêm sendo crescentemente substituídos pelas


lojas das principais corporações de supermercados, que promoveram
total renovação no varejo, disseminando a ideia do autosserviço.

Nos anos 1990, aumentou a participação das empresas estrangeiras no


segmento da distribuição de alimentos no Brasil, da mesma forma que
ocorreu uma crescente concentração do segmento, especialmente
através de fusões e aquisições, que continuam acontecendo até hoje.

Conforme o Ranking da Associação Brasileira de Supermercados de 2020


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Conforme o Ranking da Associação Brasileira de Supermercados de 2020,
maior estudo do segmento no Brasil, cinco redes dominavam o mercado
brasileiro.

Mas, como dizia minha avó, “não há nada tão ruim que não possa piorar”.
Mais uma fusão no segmento de supermercados ocorreu depois da
pesquisa supracitada, com a compra do Big pelo Carrefour. Ou seja,
utilizando os dados do ranking da Abras para o ano de 2019, diríamos que

a maior rede varejista atuando no Brasil comprou a terceira maior. O


Carrefour estima que sua base de clientes se ampliará dos cerca de 45
milhões para mais de 60 milhões com a adição dos cerca dos clientes do
Big, cerca 28,5% da população brasileira.

A diminuição do número de empresas atuando no setor permite às


corporações varejistas transnacionais o controle quase absoluto sobre os
preços, incluso dos alimentos. Assim, o prejuízo é para a sociedade como

um todo, mas especialmente aos mais vulnerabilizados pela desigualdade


social, que está mais escancarada do que nunca desde o começo da
pandemia de Covid-19.

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Capa da edição 166 de Maio de 2021. Acesse aqui os textos da edição, exclusivos para assinantes.

Aumento da produção do alimento-mercadoria e da fome

Uma verdade que precisa cada vez mais ser evidenciada, embora esteja
escancarada para todos, é que paralelamente ao aumento da produção e
da produtividade do agronegócio brasileiro, assim como da curva
ascendente da produção das corporações que dominam a agroindústria
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alimentar, temos o crescimento do número de pessoas sem acesso à


alimentação, em estado de insegurança alimentar leve ou mesmo
passando fome.

Não por acaso, o aumento da produção do agronegócio e o crescimento


da fome são faces de uma mesma moeda. Portanto, a cada novo recorde
da safra de soja, lado a lado aumenta o número de pessoas que acordam
de manhã sem saber como farão para se alimentar naquele dia. Essa é

uma das maiores perversidades inerentes ao agronegócio brasileiro. E a


pandemia escancarou ainda mais essa verdade, pois as corporações de
produção e de distribuição do alimento-mercadoria continuam lucrando
durante este período, enquanto a fome aumentou de forma exponencial
no mesmo intervalo.

Isso indica que a obra de Josué de Castro, Geografia da Fome, mais de


meio século depois de escrita, continua atual. Na obra, o autor destacou
a fome como um problema social resultante da concentração da riqueza

e da terra, da desigualdade e da injustiça, e que não faz sentido


relacioná-la à escassez de alimentos, como muitos ainda defendem.

Em contrapartida, a difusão do alimento-mercadoria, sobretudo dos


ultraprocessados, viola um conjunto de saberes e fazeres historicamente
construídos de populações que têm em práticas agrícolas e culinárias
aspectos basilares de identidade cultural e da própria estrutura social,

preservados e transmitidas há décadas e mesmo séculos. Dessa maneira,


são muitas identidades locais e regionais que vêm sendo drasticamente
impactadas com a difusão do agronegócio e a imposição do alimento-
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mercadoria.

Muitas práticas alimentares se associam diretamente às especificidades


dos diferentes biomas, isso sem falar do uso ancestral das plantas com
fins medicinais. Não nos esqueçamos que o Brasil tem uma das mais

ricas biodiversidades do planeta, a qual vem sendo rapidamente


devastada nas últimas décadas e de forma ainda mais acelerada desde
2019.

Julgamos que tais aspectos representam entraves ao direito humano à


alimentação, um dos direitos básicos de nossa constituição, e que o
alimento deve ser tratado como patrimônio intangível de um povo e não

como uma mercadoria. O que as corporações associadas ao agronegócio


têm feito é exatamente o contrário, o que inviabiliza a eliminação da
fome.

Outra verdade que precisa ser discutida é a de que os alimentos


ultraprocessados são um desastre para a saúde humana, pois favorecem
o desenvolvimento de uma série de doenças crônicas não transmissíveis.
Algumas dessas doenças já se constituem em grandes problemas de

saúde pública em vários países, incluindo o Brasil, tais como o diabetes, a


obesidade, a hipertensão, as doenças cardiovasculares, o acidente
vascular cerebral, alguns tipos de câncer, para citar as mais conhecidas.

Não por coincidência, pacientes com doenças crônicas não


transmissíveis estão entre os acometidos com formas mais graves da
Covid-19 e não raro entre os mortos por complicações da doença. Assim
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sendo, discutir o agronegócio diz respeito a questões estruturais que


hoje estão colocando em xeque-mate algumas das bases da sociedade na
qual vivemos.

Hoje, mais do que nunca, estamos com muitas saudades do futuro, um


futuro sem alimentos com veneno, sem comida sintética, sem
concentração econômica, sem latifúndio, sem grilagem, sem

desigualdades socioespaciais, sem retrocessos políticos e sem fome. Por


isso, no Brasil, país de tantas contradições e desigualdades, não temos só
fome de comida, mas principalmente fome de mudanças.

O presente artigo é uma síntese de artigo recentemente publicado no


Boletim Goiano de Geografia.

Denise Elias é geógrafa e doutora em Geografia Humana pela USP.


Professora e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Geografia
da UECE. Pesquisadora do CNPq.

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Jossimar Farias
Sem noção da realidade.
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Valderez Pereira De Lima Lima


Desculpem mas, a Ambição ou corridas em enriquecimento por
muito atrás de negociar em dólar, deixaram de venderem até
mesmo por diferença mínima ao seu povo para correr atrás de
moedas estrangeiras e maltratar a terra com adaptações nas
plantações e suas e colheitadeiras, tratores, pesadas causou
empobrecimento do solo quando máquinas pesada compactavam
apilando cada vez mais os nosso solos muitos destes frágil. O que
vemos hoje onde eram grandes florestas desmatadas é um mar de
máquinas pesadas fazendo o trabalho de milhões de
desempregados que com amor sabiam trabalhar na terra. O
dinheiro não trás felicidade

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