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DIREITO DO TRABALHO
FLEXIBILIZAÇÃO DAS NORMAS TRABALHISTAS
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Trata-se de uma análise dos aspectos caracterizadores do fenômeno da
flexibilização, ponderando os argumentos que lhe são favoráveis e os que lhe
são contrários, haja vista todo o embate que se formou entorno da aplicação e
expansão do instituto.
RESUMO
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2.FLEXIBILIZAÇÃO
Uma bela conceituação que chega a beirar uma utopia, e que de fato
nunca chegou a ser compatibilizado com a nossa realidade social e de muitos
outros país que não o adotaram, seja porque não o quiseram ou não detinham
condições de implementa-lo.
Assim muitas leis vieram para abrandar o rigor das normas trabalhista
devido à grande pressão econômica feita pelos grandes grupos empresariais.
O lobby empresarial adentrou as casas legislativas e fez aflorar um período de
maior permissibilidade normativa que avança diretamente conta as garantias
trabalhista.
2.2. Conceito
A “desregulamentação normativa”
imposta unilateralmente pelo Estado
(flexibilização heterônoma) é considerada por
alguns doutrinadores como “selvagem”. Em
contrapartida a ela, sugere-se uma
“regulamentação laboral de novo tipo”, a qual
pressupõe a substituição das garantias legais
pelas garantias convencionais (flexibilização
autônoma), com a primazia da negociação
coletiva. Situa-se aqui a hipótese de redução
salarial prevista na Constituição de 1988 (art. 7º,
VI), mediante convenção ou acordo coletivo,
como também de majoração da jornada de seis
horas para turnos ininterruptos de revezamento,
sempre mediante negociação coletiva (art. 7,
XIV). A flexibilização traduz aqui uma forma de
adaptação das normas trabalhistas às grandes
modificações verificadas no mercado de trabalho.
Até nessa hipótese de flexibilização, os limites
mínimos previstos nos diplomas constitucionais e
internacionais devem ser respeitados, mesmo
porque os direitos trabalhistas integram o rol dos
direitos fundamentais na Constituição de 1988.
[10]
A desregulamentação pressupõe a
ausência do Estado (Estado mínimo), revogação
de direitos impostos pela lei, retirada total da
proteção legislativa, permitindo a livre
manifestação de vontade, a autonomia privada
para regular a relação de trabalho, seja de forma
individual ou coletiva. A flexibilização pressupõe
intervenção estatal, mais ou menos intensa, para
proteção dos direitos do trabalhador, mesmo que
apenas para garantia de direitos básicos. Na
flexibilização um núcleo de normas de ordem
pública permanece intangível, pois sem estas não
se pode conceber a vida do trabalhador com
dignidade, sendo fundamental a manutenção do
Estado Social.[11]
Não se pode dizer que a Constituição foi exacerbada, mas sim buscou
modelar um projeto de país desenvolvido sem deixar de lado o bem-estar dos
indivíduos. O Estado assume o papel de garantidor.
Por fim cabe destacar que não podemos tratar a flexibilização como
um projeto de salvação. Há elementos teóricos favoráveis e contrários a
implementação dessas medidas, mas só com a implementação é que
eventuais falhas poderão ser corrigidas, ou até mesmo, poderemos constatar
que o instituto é eficiente ou ineficiente.
MORAIS conceitua:
Dentro desse rol temos que destacar o inciso IV, que somado ao § 4º,
ambos do artigo 60 da Constituição, estabelece “Não será objeto de
deliberação a proposta de emenda tendente a abolir os direitos e garantias
individuais.”[20]
Por isso uma preocupação tão grande com o social. O indivíduo volta a
ser o centro do Estado. A dignidade da pessoa humana passa a nortear o
ordenamento jurídico. De forma que a Constituição elenca um rol, não
exaustivo, de direitos e garantias com vista a uma visão de sociedade justa e
igualitária.
MARTINEZ conceitua:
E nenhuma queda no padrão de vida é vista com bons olhos. Por
isso o constituinte exigiu que neste caso a redução da jornada ficaria
condicionada a formalização por meio de uma norma coletiva, seja um acordo
coletivo de trabalho ou uma convenção coletiva de trabalho.
O inciso XIII também faculta que a jornada de trabalho possa ser
compensada, ou seja, que o excesso de trabalho em um dia possa ser
descontado em outro dia de trabalho. Foge-se do sistema de horas
extraordinárias no qual o empregado é indenizado pecuniariamente pelo
excesso de horas trabalhadas e busca tão somente uma compensação de
tempo pelo tempo.
b) Princípio da irrenunciabilidade
Por este princípio, o trabalhador não pode, pôr mera liberalidade, abrir
mão de receber direitos que o beneficiam enumerado dentro do rol dos direitos
trabalhista.
DELGADO complementa:
Consagrado no art. 7°, VI, da CRFB e no art. 468 da CLT. Tal princípio
consiste em assegurar ao obreiro um patamar salarial intocável/ intangível,
capaz de garantir o mínimo material, necessário para se ter uma vida digna e
para a sustento de sua família.
Para NASCIMENTO:
Súmula nº
423 do TST - TURNO
ININTERRUPTO DE
REVEZAMENTO.
FIXAÇÃO DE JORNADA
DE TRABALHO
MEDIANTE
NEGOCIAÇÃO
COLETIVA. VALIDADE.
Estabelecid
a jornada superior
a seis horas e
limitada a oito
horas por meio de
regular negociação
coletiva, os
empregados
submetidos a
turnos ininterruptos
de revezamento
não têm direito ao
pagamento da 7ª e
8ª horas como
extras.
Súmula nº 85 do TST- COMPENSAÇÃO
DE JORNADA (inserido o item VI) - Res.
209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e
03.06.2016
I. A compensação de jornada de trabalho deve
ser ajustada por acordo individual escrito, acordo
coletivo ou convenção coletiva. (Ex-Súmula nº 85
- primeira parte - alterada pela Res. 121/2003, DJ
21.11.2003)
II. O acordo individual para compensação de
horas é válido, salvo se houver norma coletiva
em sentido contrário. (Ex-OJ nº 182 da SBDI-1 -
inserida em 08.11.2000)
III. O mero não atendimento das exigências
legais para a compensação de jornada, inclusive
quando encetada mediante acordo tácito, não
implica a repetição do pagamento das horas
excedentes à jornada normal diária, se não
dilatada a jornada máxima semanal, sendo
devido apenas o respectivo adicional. (ex-Súmula
nº 85 - segunda parte - alterada pela Res.
121/2003, DJ 21.11.2003)
IV. A prestação de horas extras habituais
descaracteriza o acordo de compensação de
jornada. Nesta hipótese, as horas que
ultrapassarem a jornada semanal normal deverão
ser pagas como horas extraordinárias e, quanto
àquelas destinadas à compensação, deverá ser
pago a mais apenas o adicional por trabalho
extraordinário. (ex-OJ nº 220 da SBDI-1 - inserida
em 20.06.2001)
V. As disposições contidas nesta súmula não se
aplicam ao regime compensatório na modalidade
“banco de horas”, que somente pode ser
instituído por negociação coletiva.
VI - Não é válido acordo de compensação de
jornada em atividade insalubre, ainda que
estipulado em norma coletiva, sem a necessária
inspeção prévia e permissão da autoridade
competente, na forma do art. 60 da CLT.
5. CONCLUSÃO
Assim, cada vez mais surgem normas que mitigam direitos. Só em uma
cenário recente podemos aponta a reforma Lei 6.019 que extinguiu a limitação
da terceirização somente às atividades meios. Agora qualquer campo de
atividade empresa pode ser terceirizado. Um grande prejuízo a classe
empregadora que acabam sendo reduzidas a mera mercadoria de prestação
de serviços em um contrato de natureza civil entre duas empresas, e assim
veem seus direitos ficarem limitados, bem como não mais encontram
elementos que lhes incentivem a buscar pelo crescimento profissional e
formação de uma carreira dentro de uma empresa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- AGUIAR, Maria Herika Ivo. Flexibilização das leis trabalhistas.
Alternativa à crise de desemprego no Brasil?. Revista Jus Navigandi, Teresina,
ano 19, n. 4182, 13 dez. 2014. Disponível em: <
https://jus.com.br/artigos/31250 >. Acesso em 17 de dezembro de 2017.
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