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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

CÂMPUS ANÁPOLIS DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS HENRIQUE


SANTILLO
BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

ALISSON RODRIGO DE LIMA GALINDO


OSMAR JANUARIO DE SOUZA NETO

O Processo de adaptação ao ensino remoto emergencial e sua influência na qualidade de


ensino:
Uma análise sob a perspectiva do corpo discente

Anápolis
Junho, 2021
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
CÂMPUS ANÁPOLIS DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS HENRIQUE
SANTILLO
BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

ALISSON RODRIGO DE LIMA GALINDO


OSMAR JANUARIO DE SOUZA NETO

O Processo de adaptação ao ensino remoto emergencial e sua influência na qualidade de


ensino:
Uma análise sob a perspectiva do corpo discente

Projeto de pesquisa apresentado à Disciplina de Prática


de Pesquisa em Sistema de Informação pertencente à grade
curricular do curso Sistemas de Informação da Universidade
Estadual de Goiás Câmpus Anápolis de Ciências Exatas e
Tecnológicas Henrique Santillo da Universidade Estadual de
Goiás, como requisito parcial para obtenção de nota da primeira
VA.

Orientador: Prof. Dr. José Leonardo Oliveira Lima


Anápolis
Junho, 2021
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Siglas Descrição
EAD Ensino a Distância
TIC Tecnologias de informação e comunicação
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SUMÁRIO

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 3


INTRODUÇÃO 5
1. Revisão Bibliográfica 7
1.1 Ensino Remoto Emergencial 7
1.1.1 Conceitos de Ensino a Distância 8
1.1.2 As Tecnologias de Informação e Comunicação 8
1.1.3 O ambiente digital e comunicação entre professores e alunos 9
1.2 Qualidade de Ensino 9
2. Desenho Teórico e Metodológico 10
2.1 Problema de Pesquisa 10
2.2 Objetivo Geral 10
2.3 Objetivos Específicos 10
2.4 Hipótese 10
2.5 Tipos de pesquisa 11
REFERÊNCIAS 12
APÊNDICES 13
Apêndice A – Cronograma previsto e realizado 13
Apêndice B - Banner [ou Artigo] apresentado na Semana de Comunicação Científica 14
6

INTRODUÇÃO

Em 2020, por decorrência da pandemia do COVID-19, o mundo teve que se adaptar às


súbitas mudanças em todos os seus setores. As escolas, universidades e instituições de ensino
que lidavam com ensino presencial foram obrigadas a vivenciar essas mudanças bruscas e
repentinas ao migrarem para o modo de ensino remoto, que influenciou todas metodologias e
práticas pedagógicas que são empregadas nos ambientes de ensino físicos. O processo de
adaptação dos alunos e professores a estas mudanças repentinas do ambiente de aprendizado
físico para o virtual pode ter trazido seus impactos à qualidade de ensino e ao
desenvolvimento educacional dos alunos, o que se pretende problematizar durante esta
pesquisa.
Por conta do isolamento social adotado como maneira de combater a propagação do
vírus da COVID-19, o ensino remoto foi proposto como substituição às aulas presenciais; Ele
acontece por meio de aulas em plataformas online como zoom, google meet, assim como
vídeo-aulas gravadas, contato via whatsapp, materiais didáticos dispostos em plataformas
online, entre outras ferramentas de conhecimento das universidades ou docentes. É importante
ressaltar que essa mudança foi repentina para muitos estudantes e professores, o que exigiu
um processo de adaptação por parte deles (CUNHA; SILVA; SILVA, 2020).
Muito antes da pandemia do COVID-19 já se estudava e aplicava o ensino a distância
(EAD) de outras maneiras. O termo EAD surgiu pela primeira vez em 1728 em forma de
cursos por correspondência, porém com os avanços das tecnologias, inúmeras mudanças se
sucederam desde seu surgimento. Entretanto, uma característica não mudou desde 1728, a
separação física e temporal entre o professor e seus estudantes (EAD, 2016). Diferente do
EAD o conceito do ensino remoto é muito atual e se encontra em contínua transformação
buscando se adequar às novas urgências e demandas do constante processo de adaptação ao
isolamento físico.
Embora a delimitação do tema esteja relacionada ao ensino remoto e às suas
ferramentas, considerando o cenário da pandemia da COVID 19, o foco principal é realizar
uma análise do processo de adaptação dos alunos e professores ao ensino remoto emergencial
e qual a sua influência quanto à qualidade de ensino sob a perspectiva do corpo discente.
A necessidade de entender como ocorreu e continua ocorrendo a adaptação dos alunos
e professores do ensino presencial para o ensino remoto emergencial, assim como entender a
interferência desse processo na educação de uma forma mais ampla se faz extremamente
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necessária no atual cenário em que vivemos. Por meio da pesquisa, exploração e análise sobre
as implicações que o processo repentino de migração, do ensino presencial ao ensino remoto,
teve na qualidade de educação, é estabelecida a possibilidade de uma compreensão crítica
acerca do real funcionamento do ensino remoto e suas consequências.
A pesquisa pode contribuir para trabalhos futuros sobre a modalidade de ensino EAD,
mesmo que EAD e Ensino Remoto sejam coisas diferentes, pois trará uma análise
aprofundada da experiência dos alunos tendo contato com aulas a distância e quais
dificuldades veem na experiência. Ela se faz importante ainda, por tornar mais objetiva a
ligação entre ensino remoto e o entendimento dos envolvidos nesse método de ensino
emergencial, tornando possível uma análise a respeito dos pontos positivos e negativos que o
ensino remoto trouxe durante a pandemia.
8

1. Revisão Bibliográfica

Esta seção do trabalho pretende construir uma base para o projeto, bem como para a
pesquisa através da fundamentação dos principais temas discutidos no trabalho: O ensino
remoto emergencial e a qualidade de ensino. Espera-se, por meio da pesquisa bibliográfica,
entender os principais conceitos que rodeiam o ensino a distância e suas nuances, como o
ambiente virtual de ensino, a comunicação entre os professores e alunos e as tecnologias
envolvidas nos processos de aprendizagem. Com isso criar uma fundamentação teórica
necessária para a futura análise a respeito do processo de adaptação ao ensino remoto e suas
influências na qualidade de ensino.

1.1 Ensino Remoto Emergencial

A partir de março de 2020, por todo o país, o isolamento social foi adotado como
medida de combate à disseminação do coronavírus, responsável pela pandemia do covid-19.
Não só no Brasil, mas ao redor de todo o mundo, surgiram novos conceitos de trabalho e
estudo, conceitos como o home office, ensino remoto e até mesmo EAD se popularizaram,
uma vez que as práticas presenciais foram impedidas por tempo indeterminado e todos se
viram na obrigação de continuar seus trabalhos ou estudos de outras maneiras.
As discussões que já existiam sobre o ensino remoto e o EAD se amplificaram
durante a obrigatoriedade de sua vivência por grande parte da população mundial, mas é
importante notar que o ensino a distância vem sendo discutido a muito tempo. Torna-se
relevante uma discussão primeiramente sobre o ensino a distância, bem como suas nuances
para um melhor entendimento e fundamentação acerca do tema, para que se possa então
entender as particularidades do ensino remoto.
É importante ressaltar que a modalidade de ensino EAD e o ensino remoto, embora
possam se confundir por suas familiaridades, possuem, cada um, suas próprias
especificidades. O modo de ensino EAD possui todo um planejamento diferente do ensino
remoto emergencial, ele é criado em um ambiente virtual específico onde o aluno tem maior
autonomia sobre o que estudar, quando estudar e como estudar (GELLER, 2004). Ele também
apresenta uma forma de comunicação aluno-professor diferente. O ensino remoto emergencial
está sendo usado exclusivamente como forma de substituir o ensino presencial enquanto o
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isolamento social está em vigor, o planejamento e a comunicação aluno-professor são


construídos de uma maneira diferente do já utilizado no EAD.

1.1.1 Conceitos de Ensino a Distância

Atualmente, podem ser estimadas as seguintes modalidades de ensino: presencial e a


distância. O conceito de educação a distância existe no Brasil desde 1900, porém, sua
presença ganha popularidade apenas a partir da década de 90, em função das novidades
tecnológicas através da globalização. Tornou-se, então, constante, em nossa sociedade em
2019 (COSTA, 2015).
Na modalidade a distância, professores e alunos estão separados fisicamente no
espaço e / ou no tempo. Esta modalidade de educação só é possível através do intenso uso de
tecnologias de informação e comunicação (MORAN, 2009).
Educação a Distância é uma forma de ser autodidata, isto é “ensinar a si mesmo”.
Em que o aluno aprende ensinando a si mesmo a partir do material de estudo e aulas gravadas,
e este aprendizado dos estudantes são modelados por professores como uma peça de “quebra
cabeça”. Isto é imaginável através do aproveitamento de meios de comunicação, adequadas de
vencer longas distâncias (ALVES, 2011).
Paulo Freire afirma que “foi aprendendo socialmente que mulheres e homens,
historicamente, descobriram que é possível ensinar” (2006, p.44, grifos nossos). Tomando
essa ideia e as dificuldades enfrentadas, não é só na transmissão da informação entre professor
e aluno mas também, na capacidade do aluno absorver essa informação de forma clara e
objetiva no ensino a distância. Sendo que, a ideia de transmissão massiva de informação não é
natural do ser humano tendo em vista que na “geração x” a ideia de comunicação e
transmissão de informações entre um aparelho que cabe no bolso e onde todos podem entrar
ao vivo em uma chamada era algo apenas proposto por filmes.

1.1.2 As Tecnologias de Informação e Comunicação

As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) vêm sendo utilizadas, cada vez


mais, dentro e fora da sala de aula, seja como auxiliar complementar nas aulas ministradas
presencialmente ou como método principal para aulas a distância (GELLER, 2004). Este tipo
de tecnologia foi crucial durante o ensino remoto emergencial, pois formam a base de apoio
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principal para muitos educadores e alunos, visando diminuir os problemas de comunicação e a


distância entre o discente e os docentes durante o isolamento social.
Um dos grandes problemas do ensino remoto emergencial, foi a pressa com qual as
decisões foram tomadas, obrigando grande parte de professores e alunos a aprenderem a lidar
com diversos fatores de forma repentina, sendo um dos principais as TICs. A incorporação de
TICs sempre teve seus pontos positivos no processo educativo, porém Moreira, Henriques,
Barros (2020) afirmam que sua utilização depende de um preparo dos educadores para que
saibam adequadamente utilizá-las. É necessário que os educadores conheçam os softwares
que serão utilizados e se adaptem a sua utilização.

1.1.3 O ambiente digital e comunicação entre professores e alunos

O ambiente digital de educação, que se apoia em tecnologias computacionais para


estabelecer uma comunicação aluno-professor, foi de extrema importância durante a
pandemia do COVID-19, onde o ambiente físico de ensino tornou-se inviável. Para Geller
(2004), no ambiente de ensino virtual as relações pessoais e didáticas possuem peculiaridades
próprias, através do surgimento das comunidades virtuais de aprendizagem, que são muito
importantes no momento de estabelecer vínculo educativo e humano entre os educadores e os
educandos.
De acordo com Lopes (2009), para que os seres humanos aprendam de maneira
efetiva, a interação social e intervenção de terceiros é indispensável, principalmente num
ambiente educacional como a escola ou a universidade, onde ela é primordial para que haja
uma qualidade de ensino. Portanto, no ambiente digital, é de extrema importância que haja
uma boa comunicação regular nas diversas plataformas utilizadas pelo professor, para criar
uma boa comunidade de ensino e aprendizagem onde os alunos possam participar e tirar
dúvidas regularmente (MOREIRA; HENRIQUES; BARROS, 2020).

1.2 Qualidade de Ensino

(Em construção)
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2. Desenho Teórico e Metodológico

O Desenho Teórico e Metodológico do Trabalho contempla o Problema de Pesquisa,


Objetivo geral, Objetivos específicos, Hipótese, Tipos de pesquisa, Instrumentos de pesquisa
e Tratamento de dados. Tais componentes foram construídos sobre os fundamentos
apresentados no livro Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração de Vergara (2009),
que teoriza e exemplifica sobre a construção de um projeto de pesquisa.

2.1 Problema de Pesquisa

Como foi o processo de adaptação de alunos e professores do ensino superior ao


ensino remoto emergencial, resultante da pandemia da COVID-19, e como isso influenciou a
qualidade de ensino pela percepção dos discentes?

2.2 Objetivo Geral

Analisar e compreender de uma maneira crítica o processo de adaptação de discentes


e docentes de ensino superior ao ensino remoto emergencial e seus impactos na qualidade de
ensino.

2.3 Objetivos Específicos

● Apresentar os principais conceitos envolvendo os processos do ensino remoto


emergencial por meio de pesquisa exploratória.
● Coletar dados sobre o processo de adaptação de alunos.
● Analisar o processo de adaptação de alunos e professores ao ensino remoto,
bem como seus impactos.
● Explorar os conceitos de qualidade de educação a distância e suas influências.
● Analisar as influências do processo de adaptação ao ensino remoto da
qualidade ensino pela percepção de alunos.
● Examinar comunicação entre os alunos e professores, pelas percepções dos
discentes.

2.4 Hipótese
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O ensino remoto emergencial implicou numa redução da qualidade de ensino e


aprendizagem decorrente do processo de adaptação de professores e alunos às novas
tecnologias e ao ambiente de ensino a distância.

2.5 Tipos de pesquisa

De acordo com Vergara (2009), uma pesquisa pode ser categorizada em tipos pelos
seus fins e pelos seus meios, logo:
Quanto aos fins, a presente pesquisa se categoriza como exploratória, uma vez que
visa reunir dados e fundamentos sobre o processo de adaptação do ensino remoto e sua
influência sobre a qualidade de ensino, a pesquisa também é descritiva, já que pretende
descrever os dados colhidos por meio de questionário. Portanto, busca-se através da pesquisa,
além de construir uma análise acerca do tema, agrupar informações sobre ele, que ainda é
pouco pesquisado, devido sua atualidade.
Quanto aos meios, pode-se categorizar a pesquisa como bibliográfica, já que é
necessário entender, por meio da pesquisa bibliográfica, os conceitos principais acerca do
ensino remoto emergencial e de qualidade de educação, tornando possível estruturar a análise
sobre os conceitos e a coleta de dados a respeito do processo de adaptação e qualidade de
ensino durante o isolamento social. Devido a esta coleta de dados, que será realizada por meio
de questionário, o trabalho é categorizado também como de campo.

2.6 Instrumento e procedimentos de coleta de dados

(Construir questionário)

2.7 Tratamento de dados

(após o instrumento)
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REFERÊNCIAS

ALVES, L. Educação a distância: conceitos e história no Brasil e no mundo. Revista


Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância , Rio de Janeiro, v.10, 2011.

COSTA, Aureci de Fátima et al. Discursos sobre a Educação a Distância (EaD):


reprodução, confrontos, deslocamentos de sentidos. 2015.

CUNHA, Leonardo Ferreira Farias da; SILVA, Alcineia de Souza; SILVA, Aurênio Pereira da.
O ensino remoto no Brasil em tempos de pandemia: diálogos acerca da qualidade e do direito
e acesso à educação. Revista Com Censo: Estudos Educacionais do Distrito Federal, Brasília,
v. 7, n. 3, p. 27-37, ago. 2020. Disponível em:
http://www.periodicos.se.df.gov.br/index.php/comcenso/article/view/924. Acesso em: 24 jun.
2021.

EAD. Como surgiu o EAD?. 2016. Disponível em:


<https://www.ead.com.br/como-surgiu-ensino-a-distancia> Acesso em 18 jun. 2021.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 33 ed.


São Paulo: Paz e Terra, 2006.

GELLER, Marlise. Educação a distância e estilos cognitivos: construindo um novo olhar


sobre os ambientes virtuais. Porto Alegre: M.G., 2004. Tese (Doutorado) - Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação.
Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação. Porto Alegre, 2004.

LOPES, R. de C. S. A Relação Professor Aluno e o Processo Ensino Aprendizagem.


Programa de desenvolvimento educacional: Governo do Estado do Paraná. 2009.
Disponível em
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1534-8.pdf> Acesso em:
24 jun. 2021.

MORAN, J. M. O que é Educação a Distância. Centro de Educação a Distância:


Universidade de São Paulo, 2009.

MOREIRA, J. A., HENRIQUES, S., BARROS, D. (2020). Transitando de um ensino


remoto emergencial para uma educação digital em rede, em tempos de pandemia.
Dialogia, 34, 351-364. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10400.2/9756> Acesso em 24
jun. 2021.

VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em Administração. São Paulo:


Atlas, 2009.
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APÊNDICES

Apêndice A – Cronograma previsto e realizado

Cronograma de execução do Trabalho


N.º ATIVIDADE de Pesquisa.

Agosto Setembro

2º 3º 4º 1º 2º 3º 4º 5º
01 Pesquisa bibliográfica de referencial teórico que X X X
permitirá uma análise dos dados e construção do
relatório final.
02 Pré-teste do questionário. X
03 Aplicação do questionário. X
04 Análise dos dados coletados. X X
05 Elaboração dos elementos textuais do trabalho. X X
06 Elaboração dos elementos pós-textuais. X
08 Elaboração dos elementos pré-textuais. X
09 Finalização do relatório final X
09 Entrega do relatório final.
10 Correção do relatório final.
11 Apresentação do relatório finalizado.
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Apêndice B - Banner [ou Artigo] apresentado na Semana de Comunicação


Científica

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