Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
a
17. BIENAL DE SÃO PAULO
14 de outubro a 16 de dezembro de 1983
DIRETORIA EXECUTIVA
Luiz Diederichsen 'Villares - Presidente
Celso Neves - 1.0 Vice-Presidente
Justo Pinheiro da Fonseca - 2,° Vice-Presidente
Sylvio Luís Bresser G, Pereira
Mário Pimenta Camargo
Mário Salazar Gouvêa
Roberto Muylaert
Stella Teixeira de Barros
CURADORIA
Norberto Nicola/Curador
Sonia Ferraro Dorta/Curadora-assistente
Ulpiano Bezerra de Meneses / Coordenador
pela Fundação Bienal de São Paulo
PATROCÍNIO
GOVERNO FEDERAL
Ministério de Educação e Cultura - Funarte
Ministério das Relações Exteriores
----_ _-
-- ----......
_ ---
_ lIIiIIIInIIIIUI
---II1II'-
- _......
_ v_
APOIO CULTURAL
Pró-Memória
U.'lJ'U"-".H" de São
Coleções:
Museu Paraense
Museu
Museu Plínio USP
Aires
;Ui\.U_C<'U'- e
Casa do ~'.LL<"''-''Ji-'<-''''
L
V era t'erlte,ldo
Antonio
Sonia Ferraro Dorta
Mooni Ezra
Lux B. Vidal
Renate br1g1t1te
3 Apresentação/Norberto Nicola
7 Introdução/Ulpiano T. Bezerra de Meneses
9 Introduction/Ulpiano T. Bezerra de .Meneses
13 Arte Plumária/Sonia Ferraro Dorta e Lúcia van
19 Plumária Bororo/Sonia Ferraro Dorta
23 Plumária Karajá/Maria Heloisa Fénelon Costa
27 Plumária Kayapó/Lux B. Vidal
31 Plumária Tukano/Lúcia Hussak van Velthem
33 Plumária dos Índios Urubus-Kaapor/Berta G.
37 Bibliografia Geral
38 Documentação fotográfica
56 Mapa com localização dos grupos
57 Catálogo da exposição
Alto Xingu
Kalapálo
Kamayurá
Mehináku
Trumái
Txikão
Waurá
Yawalapiti
Apinayé
Asurini do Trocará
Bororo
Canela
Gavião
Guajajára
Guarani
Hiskariana
Jurúna
Karajá
Kaxináwa
Kayabí
Kayapó
Kubén-Kran-Kegn
Mekranoti
Mundurukú
Palikur
Parintintin
Rikbáktsa
Tapirapé
Tembé
Tiriyó
Tukano
Tukúna
Txukahamâi
U rubus-Kaapor
Waiãpi
Wai-Wai
Wayana-Aparai
Xavante
Xikrin
Yanomami
Karib
Kayapó
Sem referências
75 Roteiro
Grampo para o occipício - Tukano (243) .
2
APRESENTAÇÃO
Noberto Nicola
São Paulo, agosto de 1983
No meu primeiro encontro com a plumária do índio Fénelon Costa igualmente nos auxiliaram com grande
brasileiro, fui surpreendido com a descoberta de uma ma- presteza.
nifestação sui generis de arte, que até então havia escapa-
do à minha sensibilidade. Desde aí se desenvolveu meu Foi necessário mais de um ano para organização da mos-
profundo interesse por esta concepção estética, por suas tra, que recebeu efetiva cooperação do Museu Paulista e
realizações através dos tempos e por seu significado cultu- do Museu Plínio Ayrosa, ambos da Universidade de São
ral. Vi a plumária como manifestação da sensibilidade Paulo; do Museu Paraense Emílio Goeldi, de Belém do
humana. à beleza, alcançada plenamente por esses homens Pará; e Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio
através da observação da natureza, da apropriação do de Janeiro. Contamos ainda com a ajuda generosa de
material que os comove esteticamente e de sua elaboração colecionadores particulares, que puseram à disposição suas
artesanal. Verifiquei, inclusive, com imenso prazer, a se- valiosas peças de arte plumária. À dedicação desinteres-
melhança entre as técnicas empregadas pelos indígenas, sada dos que acabamos de mencionar, juntou-se a cola-
no uso de penas e fibras como matéria-primas, e aquela boração de jovens artistas e arquitetos que auxiliaram na
que utilizo em meu trabalho artístico. Esta coincidência montagem, tornando possível a concretização desse tra-
serviu como uma gratificante motivação para a compreen- balho, que revela um aspecto significativo da cultura
são da plumária de nossos índios. Na confecção de seus brasileira.
adornos estão aplicadas as mais inventivas maneiras de
fazer, com notável habilidade artesanal, tendo como ma- O êxito e a repercussão dessa apresentação, seguida por
téria-prima algo de belo e precioso que lhes oferece a outras, no Museu Emílio Goeldi e no Palácio do Itama-
natureza. Com um material das mais variadas cores, for- rati, em Brasília, levaram o Ministério das Relações Ex-
mas, texturas e tamanhos, organizados em suas com- teriores e o Ministério da Educação e Cultura, através
binações infinitas de ritmos e harmonias, formaram um da Fundação Pró-Memória, a patrocinar e promover uma
vocabulário plástico para dar curso à sua expressão. O série de exibições internacionais da coleção, a primeira no
resultado dessa atividade que principalmente é destinada Museu Nacional de História Natural da Smithsonian
ao uso pessoal, acompanhando os traços e o movimento Institution, em Washington D.C., seguida de outras, no
do corpo de seu portador, é um exemplo clássico de a Museu Nacional de Antropologia da Cidade do México
forma seguir a função. Portanto, a plumária do Brasil é e no Museu Nacional de Bogotá. No México, ela foi sele-
densa de todas aquelas características que compõem uma cionada como uma das principais exposições do ano, ao
obra plástica ao ponto de impressionar como arte do mais lado das mostras de Picasso, Heney, Moore e obras-
alto nível. primas medievais da Espanha. Para esta etapa, devemos
prestar um tributo à memória de Aloísio Magalhães, então
Estimulado pela experiência pessoal, acalentei o vivo de- diretor da Fundação Pró-Memória, cujo apoio foi dado
sejo de realizar uma mostra dessas obras, expostas de tal com entusiasmo; essencial foi ainda a participação de
forma que me permitissem partilhar com o público a sen- Marisa Ricupero, representante oficial da Fundação Pró-
sação de descoberta e prazer que vivenciara ao conhecer Memória que acompanhou estas exibições.
essa arte. Na qualidade de membro da Comissão de Arte
do Museu de Arte Moderna de São Paulo, sugeri a in- A arte plumária, expressão autóctone de numerosas tri-
clusão de uma mostra de Arte Plumária do Brasil na bos brasileiras desde tempos imemoriais e merecedora de
programação de 1980. A idéia foi aceita com entusiasmo estudos por várias disciplinas das ciências humanas, de-
por todos, e o MAM, sob a presidência do Sr. Flávio pois de alcançar na sua trajetória internacional entusias-
Pinho de Almeida, realizou a exposição que eu idealizara, mada recepção das várias faixas sociais, especialmente dos
e que mais tarde viria a receber da crítica de arte de São críticos de arte que lhe dedicaram as mais elogiosas apre-
Paulo, o título de "Melhor Exposição do Ano". ciações, é acolhida agora pela Fundação Bienal de São
Paulo, fato que me parece um perfeito coroamento a seu
Por sua envergadura, o projeto exigia a colaboração de percurso, dando a seu conteúdo pleno reconhecimento
muitos especialistas. Sema Petragnani trabalhou na orga- de arte visual.
nização e divulgação. As etnólogas Sonia Ferraro Dorta e
Lúcia H. van Velthem ocuparam-se do aspecto científico. A mostra que se apresenta na 17. a Bienal de São Paulo é
Thekla Hartmann e Lux Vidal também nos prestaram a mais representativa que já pudemos organizar, pois
inestimável colaboração. Berta G. Ribeiro e Maria Heloisa agora tivemos a oportunidade de enriquecê-la com outros
3
aspectos e exemplares que antes não nos foi dado atingir. Estou certo, ainda, de que a plumária do índio brasileiro
Esperamos ainda que mais estudos e mostras sejam objeto trará uma melhor compreensão dos valores de nossas
da atenção dos especialistas, para que a Arte Plumária culturas nativas. Penso poder falar de uma América que
possa ser apreendida em todas as suas significações e tome antecedeu aos colonizadores e que continua sendo parte
o seu lugar de direito no cenário cultural do nosso país. integrante desse -Novo Mundo que criamos.
4
Detalhe de brinco - Karajá (110).
5
Grinalda com cobre-nuca - Rikbáktsa (190).
6
INTRODUÇÃO
Ulpiano T. Bezerra de Meneses
São Paulo, agosto de 1983
A primeira versão da expOSlçao de Arte Plumária do circuito próprio (mercado artístico, coleções e institui-
Brasil foi apresentada pelo Museu de Arte Moderna de ções), para uma fruição basicamente visual. Mesmo pro-
São Paulo, em 1980, por breve tempo - menos de um dutos de fora deste sistema são a ele sempre incorporados,
mês. A versão atual, que se insere nos quadros da 17. a embora em graus variáveis. E nada há de mal nessa diges-
Bienal de São Paulo, comporta alterações e enriqueci- tão, salvo se ela não deixar espaço para as diversas signi-
mentos de monta. ficações que as mesmas coisas podem apresentar, nas
trajetórias que cumprem, principalmente fora de seu
Antes de mais nada, aumentou o número de peças. Houve habitat de origem.
substituições e acréscimos, para responder a uma cober-
tura mais ampla do tema e atender a critérios de repre- Para instituir, assim, um confronto, que impeça a assi-
sen ta ti vidade. milação redutora, uma boa estratégia é começar a indagar
do caráter decorativo destas peças: diademas, brincos,
Além disso, o roteiro original, que basicamente distribuía pingentes, colares, grinaldas, capacetes, narigueiras, la-
as peças segundo grupos tribais, foi reorientado. A expo- bretes, máscaras, mantos, pentes, cetros, arcos, bancos,
sição desenvolve-se, agora, segundo três eixos principais, leques, flautas, chocalhos etc. etc. É preciso, porém,
destinados a explorar com mais eficiência e abrangência recuperar os termos "decoração" e "decorativo", hoje
a enorme gama de significações destes objetos. Os dois em acentuado descrédito, em seu sentido-matriz, que é o
primeiros eixos são a morfologia) as formas e tipos de vigente tanto nas sociedades simples quanto nas comple-
artefatos, e sua tecnologia) matérias-primas, tratamento, xas, mas que, naquelas, se manifesta às claras e sem
modos de fabricação. O terceiro eixo, mais denso, acen- mediações. Decoro e decoração são palavras que, já no
tua os aspectos funcionais) fazendo circular questões como latim, por sua raiz etimológica, conduziam a um mesmo
chefia e status) o universo mágico-religioso, o conteúdo núcleo de significação: adequação) ajuste, correspondên-
mítico, os contextos de vida/morte, homem/mulher, cia a um modelo, ordem. A primeira, no nível ético, a
criança/ adulto, a definição de uma identidade étnica. segunda, no nível estético. A função da decoração, assim,
Também se incluiu um apêndice, referente às modifica- é fundamentalmente a utilização das formas capazes de
ções da produção tradicional em situações de aculturação. aguçar a percepção para classificar e ordenar o universo,
segundo convém que ele seja.
Esta nova seleção e ampliação do acervo exibido e a re-
formulação de sua apresentação correspondem aos pro- A arte plumária é um horizonte privilegiado para se en-
pósitos de estímulos à reflexão e à visão crítica que o tender esta função primordial das formas estéticas. A
Conselho de Arte e Cultura da Fundação Bienal de São seleção e modificação dos materiais, os desenhos e volu-
Paulo procurou imprimir às diversas manifestações da mes e suas tessituras diversas, o jogo cromático, os ritmos
17.a mostra internacional e que, no caso, conviria tornar da repetição, da combinação, da oposição, constroem um
mais explícitos. campo de visibilidade (e não só), que torna concretamen-
te apreensíveis as diversas categorias em que se deve
Em primeiro lugar, é preciso compreender o que repre- ordenar o universo e que, assim, orientam as relações
senta uma exposição de "arte primitiva", de "material dos homens entre si, com a natureza e o sobrenatural: os
etnográfico", e com linhas de leitura "antropológica", no níveis de realidade, a vida e a morte, as diferenças de
seio de um empreendimento que, por definição, está vol- sexo, idade, poder político, prestígio, grupo familiar etc.
tado para a arte contemporânea. Por certo, não vem ao Em outras palavras: não basta a imagem mental do uni-
caso discutir se o enfoque mais adequado seria o "artís- verso e um código de normas, valores e expectativas. Para
tico" ou o "antropológico": arte é um tema antropológi- que, no comportamento efetivo, cada indivíduo se situe
co. Trata-se, porém, de uma das exposições satélites, con- nos diversos pontos da constelação social em que são
cebidas para dar espaço a expressões de valor histórico específicos seus direitos e obrigações, é preciso que o
ou relevantes para a compreensão de fenômenos formais caminho esteja sinalizado. E a prática, por sua vez, in-
do nosso tempo. E, claro está, o material ora apresentado forma e reforça a representação. Estas peças aqui expos-
é parte significativa de nosso presente patrimônio de for- tas, construídas com penas de aves e que se integram ao
mas. Afinal, "arte primitiva" é coisa de civilizado ... As corpo ou a outros artefatos, constituem um notável sis-
sociedades complexas é que desenvolveram categorias de tema decorativo, isto é, classifica tório da vida, do mundo
objetos artísticos, produzidos por artistas, veiculados num e das relações.
7
Por isso, é preciso ir além dos primeiros impactos do
deslumbramento fácil por uma série de razões: a carga
feérica destes objetos, o extraordinário equilíbrio da osci-
lação entre um repertório delimitado pela tradição e a
flexibilidade de expressão do indivíduo ou do grupo, a
estabilidade e a mudança, a extrema competência técnica,
o domínio do ofício, o saber fazer e o prazer e a alegria
de fazer. É pois explicável e legítimo este deslumbramen-
to. Mas, se ele permanecer o limite, corre-se o risco de res-
gatar apenas emotivamente as ambigüidades, contradições,
incertezas e má consciência das nossas relações com as
sociedades indígenas sobreviventes.
8
First
were rel)la cernelt1ts
1
now
more
these objects. first two Unes are
the shapes types of artifacts, and
raw materiaIs, treatment and fabrication means. The
third line, more dense, points out the functional a':>~J"""',\I,.",
bringing about questions as Ieadership
magic-religious universe, mythical
contexts of life/death, man/woman,
definition an ethnic identity. An
included, referring to the modifications
production in acculturation situations.
9
Therefore, it is necessary to go beyond the first impacts
of fascination-easily occurring due to several reasons: the
fairylike power of these objects', the extraordinary balance
of the oscillation between a repertoire bound by the
tradition and the expression flexibility of the individual
or of the group, the stability and the change, the extreme
technical competence, the mastery of the art, the know-
how, and the pleasure and joy of making. Hence, this
fascination is explainable and legitimate. But, if it remains
the limtt, the risk is incurred of reclaiming only emo-
tionally the ambiguities, contradictions, doubts and bad
conscience of our ,relationship with the surviving lndian
societies .
10
Diadema vertical rotiforme - Bororo Orientais (41).
11
Leque para o occipício - Karajá (129).
12
Sonia Ferraro Dorta
Lúcia Hussak van
é um termo
dos a partir de penas
adorno corporal
13
dade inventiva através do desenvolvimento de técnicas magem, ao preparo das peles, havendo preocupação ainda
especializadas para a confecção de seus artefatos. Deste com a obtenção de suportes (cordéis, tecidos, trançados),
modo, estes sobressaem não só pela beleza e brilho da resinas e fios.
plumagem empregada em associação com outros materiais
(várias fibras vegetais, taquaras, madeiras), mas igual- Os procedimentos técnicos básicos podem ser represen-
mente por uma talentosa adequação de efeitos formais, tados pelas técnicas de transformação e de fixação
decorativos e técnicos. plumagem.
Entre os indígenas brasileiros a manufatura de artefatos
plumários é tarefa predominantemente masculina. Con- As técnicas transformação as potel1Clalllda<1es
tudo, antes da confecção propriamente dita, cabe ao plu- estéticas oferecidas pelas penas, visando tanto modifica-
mista uma série de atividades preliminares que começam ções da cor por meio da coloração artificial - pela
pela preparação do instrumental necessário à caça aos tapiragem, por exemplo - , quanto da forma, através de
pássaros: diferentes tipos de armadilhas, de pontas de diferentes técnicas de corte.
flechas e, atualmente, a espingarda servem para matá-los
ou aprisioná-los; neste caso, mantidas em cativeiro, as Através das técnicas de corte altera-se a morfologia origi-
aves abastecem o índio regularmente de penas. Em segui- nal das penas; assim as penas passam a apresentar-se ser-
da procede-se à depenação, seleção e classificação da plu- rilhadas bilateralmente nas bordas, em forma de cálice,
14
espiraladas, retangulares ou triangulares. Muitas vezes (couros de animais, uma pena
elas são apenas aparadas no ápice. folha seca, líber etc.). e penugem
ser aplicadas ao corpo humano através
o virtuosismo do plumista expressa-se particularmente Obtêm-se assim efeitos: o mosaico
através das técnicas de fixação que podem ser divididas de plumas), a emplumação em
em duas amplas categorias: a amarração propriamente emplumadas) e a emplumação
dita e a colagem das penas. Na primeira, as penas são penugem branca de certas aves e
fixadas horizontalmente em cordéis com a ajuda de amar-
rilhos; ou então são amarradas pelas bases em torno de As características estéticas e técnicas
hastes, roletes e cordéis ou nas extremidades desses su- mários ilustram, pois, o senso artístico nossos
portes. Fixam-se penas entre si, à trama dos tecidos, a aliadas aos conteúdos simbólicos que lhes são inerentes,
sementes e unhas de animais, obtendo-se os mais dife- mostram que a plumária transcende a esfera artística para
rentes efeitos: fieiras, flores, botões de plumas, pingentes abranger outros domínios do comportamento e o próprio
em roseta etc. universo das classificações.
As técnicas de colagem consistem em fixar, com resinas, Nos dias de hoje a arte plumária indígena sofre o perigo
penugem e peles emplumadas sobre superfícies diversas de total descaracterização dadas as contingências do con-
15
Dançarinos com máscara e flautas. Aldeia no rio Paru de Leste
Cetros - Mundurukú (179/180). Detalhe de cetros - Mundurukú (178/179/180) .
17
Viseira - Bororo Orientais (75).
18
PLUMÃRIA
Sonia Ferraro Dorta
A plumária bororo é produto de uma atividade eminen- marcante tendência para a utilização
temente masculina e cerimonial. Caracteriza-se pelo em- para elaboradas combinações materiais nnTP1',"""'''
prego de penas de variadas cores e dimensões, combina- do efeitos de grande beleza.
das harmoniosamente entre si e com outros elementos
(metal, cabelo humano, madrepérola, couro mamífe- atividade plumária, porém, não se à con-
ros, foHolo de palmeiras, espinho de ouriço, linha de fecção de adornos corporais (como diademas, coroas J
algodão). As penas muitas vezes são associadas a arma- grampos de cabeleira, viseiras, narigueiras, colares,
ções feitas de varetas, fasquias de taquara, trançados e bretes, adornos para o occipício, capacetes, braceletes,
cordéis, que variam de acordo com o tipo de artefato e braçadeiras); vamos encontrar a pena também aplicada
a região do corpo a que será aplicado, no caso de adorno diretamente sobre o corpo e sobre outras super-
corporaL De um modo geral, a plumária bororo apresenta fícies (exs.: armas, instrumentos musicais, trançados, brin-
Canto de funeral no pátio da aldeia bororo de Córrego Grande. Observe-se o modo de utilização do diadema vertical rotiforme.
19
quedos, cramo e ossos uso
estritamente de
A e o uso do pUlm.arllO
-:>1:'t'Pj-"TA
Homens bororo (em segundo plano) executam a funerária Bakororo-dóge Aroé, personificando os chefes do reino dos mortos.
Aldeia de Córrego Grande.
20
respectivas unidades SOCIaIS e suas subdivisões o Estas in- A pena, porém, entre os Bororo, não é somente empre~
sígnias variam de acordo com sua localização nos dife- gada nas categorias até agora apontadas oEla é importante
rentes artefatos, materiais empregados, combinações de também por sua conotação mágica: penas de diferentes
cores e com as entidades naturais e sobrenaturais e que aves e morfologias podem causar e curar doenças, tanto
são igualmente parcelas configuradoras dos diversos pa- quanto apressar a morte de um moribundo o
trimônioso Elas são, assim, altamente relevantes para a
compreensão do significado da plumária, por transmiti- Observa-se, pois, que, no contexto bororo, penas e pro-
rem uma linguagem cheia de conteúdos culturais oDo mes- dutos da atividade plumária ultrapassam o nível material
mo modo, o emprego de penas coladas diretamente sobre para abranger esferas mais amplas, convertendo-se em
o corpo varia em função da unidade social do portador. campos simbólicos por excelência o
Homem bororo recebe ornamentos para execução de um canto de funeral no pátio da aldeia. Ostenta diadema vertical rotiforme, viseira e
vários grampos da cabeleira Aldeia de Córrego Grande.
o
21
Detalhe cinta - Karajá (116) .
22
PLUMÁRIA KARAJA
Maria Heloisa Fénelon Costa
Os registros de Ehrenreich e Krause (viagens de 1888 só utilizam na confecção dos mosaicos fazendas compradás
e 1908) e dados resultantes do exame de coleções de na cidade próxima de São Félix (Estado de Mato Gros-
plumária Karajá de até meados deste século, comparados so). (Os pingentes das máscaras ainda são constituídos
a resultados de observações efetuadas em 1979/80, na de penas.)
região de Araguaia e particularmente na aldeia de Santa
Isabel do Morro, na ilha do Bananal, sugerem que vem Uma equipe do Setor de Etnologia e Etnografia do Mu-
ocorrendo há longo tempo o empobrecimento da plumá- seu Nacional (UFRJ), sob minha coordenação, vem rea-
ria Karajá, em conseqüência das modificações sobrevin- lizando pesquisas na região do Araguaia, com apoio da
das à vida indígena, através do contato da sociedade FINEP: entre os pesquisadores contam-se o ornitólogo
Karajá com a sociedade nacional. Dante Luiz Martins Teixeira e a etnóloga Edna Luísa de
Melo Taveira. Esta documentou, em fevereiro de 1980,
Tal empobrecimento manifesta-se de duas maneiras: pela o uso de adornos plumários na festa de Hetôhokã (de
desaparição de tipos plumários presentes no fim do século iniciação à Casa dos Homens, dos rapazes Karajá com
passado e começos do XX, os quais foram estabelecidos cerca de 12 anos). O ornitólogo Martins Teixeira efe-
por Berta G. Ribeiro, a partir do estudo de peças no tuou na ocasião registros que apresentam relevância para
acervo do Museu Nacional; e pela menor variedade de a pesquisa proposta.
espécies ornitológicas empregadas na confecção dos ador-
nos, porquanto se intensifica, cada vez mais, o processo Eram usados em fevereiro de 1980, durante o Hetôhokã,
de rarefação da avifauna local. Em alguns casos, deixou os seguintes adornos masculinos: o leque para o occipício
de ser usado material ornitológico como elemento com- (ahetô), ornato de cabeça usado só pelos jovens que já
plementar a peças de outra natureza, por exemplo, em se estão incluídos nos últimos graus etários da Casa dos
tratando dos mosaicos de penas e dos pingentes usados Homens, ou pelos já casados; e a cinta (uétekâna), ade-
nos capacetes das máscaras de dança em trançado de reço de cintura que apresenta pingentes plumários. Usa-
palha. vam também os rapazes mais velhos brincos em forma
de roseta, com o interior em madrepérola. Os meninos
Há cerca de vinte anos (1957 e 1959/60) já começavam de 12 anos, iniciandos, ostentavam coifas de penas de
os Karajá a substituir o material plumário destes mosai- arara-vermelha.
cos, colocando, no lugar das penas, pedaços coloridos de
pano. Hoje, conforme registros efetuados em 1979/80,
O ornitólogo Martins Teixeira arrolou as aves observa-
das nos arredores de Santa Isabel, e ainda elaborou um
trabalho sobre os elementos plumários das máscaras de
danças dos Karajá. Segundo suas observações, há dois
núcleos principais de aves que fornecem penas para os
adornos e também para complementar a decoração de
objetos vários: a saber, "aves aquáticas" e "xerimbabos".
Entretanto, as aves aquáticas são predominantes. Empre-
gam agora os Karajá penas de aves domésticas (galinhas,
galinhas-d'angola) para enfeitar alguns objetos de uso
não ritual. É possível que, mais tarde, mesmo os de uso
ritual passem a receber também penas de aves domésti-
cas, ou quaisquer outros materiais estranhos, à semelhan-
ça do que ocorreu quanto aos mosaicos de penas das
máscaras de dança.
23
Jovem karajá adornado com majestoso leque para occipício e brincos de plumas, próprios de sua idade.
24
Brincos de jovem do sexo feminino.
25
Fieira de penas (diadema) - Xikrin (336).
26
PLUMÁRIA
Lux B. Vidal
A plumária os
grandes rituais no Ornamento labial.
27
Menino ornamentada para festa do tatu - Kayapó-Xikrin.
28
Faixa frontal - Xikrin (333).
29
Faixa frontal - Tukano (237).
30
PLUMÁRIA TUKANO
Lúcia Hussak van Velthem
Os Tukano pertencem a uma família lingüística distinta etapa dos processos de criação plumária; é um trabalho
e compreendem diversos grupos indígenas com os Ko- de síntese, onde o plumista Tukano reduz a uma forma
bewa, Uananá, Desana, Pira-Tapuio e Tukano propria- única e definitiva o material extraído dos processos de
mente ditos, além de outras tribos por eles "tukaniza- transformação ou fixação, associados aos componentes do
das": Tariana, Waikino~ ]ibóia-Tapuio, Tuiuca-Tapuio . suporte. A plumária Tukano é o produto de uma criação
Habitam o rio Uaupés e seus afluentes, rios Papuri e compósita, interdependente. Assim, uma fieira de penas
Tiquié, no Estado do Amazonas. é quase sempre utilizada com seu suporte rígido, de palha
trançada.
É baseado na forma e textura da pena, a matéria-prima
básica, que o artesão Tukano irá executar seu trabalho. Cada peça , de plumária, além de suas características de
A procura de aves e pássaros e posterior apreensão e colorido, textura e técnica, possui outros atributos que
abate figuram como uma das variadas atividades a que fazem com que cada elemento se torne singular, indivi-
se dedicam os homens. Praticam caçadas detocaia, con- dual. Contudo, todos os artefatos plumários Tukano por-
feccionam armadilhas, além de manterem variadas espé- tam tantas características comuns, que se tornam repre-
cies da avifauna em cativeiro: papagaios, periquitos, ara- sentativos de um conjunto estilístico regional que agrupa
ras, japus e outras domésticas - galos e perus - , cujas as comunidades indígenas do rio Negro e seus tributários.
penas são sistematicamente empregadas na confecção de
adornos. Dada a grande dificuldade de obtenção desta A plumária Tukano é confeccionada e utilizada pelos ho-
valiosa matéria-prima, esta recebe tratamento especial - mens em rituais e danças. É na utilização sobre o corpo
as penas são unidas por fios de tucum e acondicionadas que a plumária ganha sua plena expressividade: os diver-
em uma caixa retangular de talo de miriti. As penas mais sos adornos rígidos e flexíveis se sobrepõem, encaixam-se
empregadas são as de garça, pato-do-mato, gavião-de-pe- uns aos outros como peças de um quebra-cabeça, do qual
nacho, mutum, peru, galo doméstico, arara, papagaio, tu- somente os Tukano conhecem a solução e a chave do
cano, galo-da-serra, japu, saí-azul e anambé-roxo. Contu- significado social e representativo, uma espécie de acordo
do, apesar da grande diversidade de nuances cromáticas, entre a organização social e a experiência estética que se
as combinações são pouco variáveis. Fundamentam-se em manifesta em sua plenitude, assumindo inteiramente seu
quatro cores, vermelho, preto, amarelo e branco, sobres- papel de transmissor de uma mensagem de ordem tanto
saindo a associação do vermelho ao amarelo. Outras co- estética como social.
res, como o azul, são encontradas em pingentes, nunca
em peças de realce. Os Tukano praticam um processo
conhecido como "tapiragem" e que visa obter penas ama-
relo-alaranjadas. Para isto arrancam as penas verdes do
papagaio e no local esfregam a secreção leitosa de peque-
na rã. Ao crescerem, as penas apresentam a cor desejada.
31
/I "
32
Berta G.
nops e
tradição, o
mentália COlmt=)lel:a H1.a"' .... u.JlH1.'''-,
cipalmente o nominação
além do diadema, cingindo a fronte como
os seguintes: 1) Tembetá. De forma como entremeio contrastante.
põe-se de uma pena-base, de araracanga
macao)J cuja parte inferior recebe uma inscrustação de Privativo encima as saias
pele e respectivas plumas azuis de dois tons e negro-ve- algodão em tear e em de
ludo da cabeça do saí (Cyanerpes cyanes). Em sentido Geralmente são entramadas com plumas vermelhas de
diagonal, são dispostos, à maneira de asas, fios destaca- araracanga e azuis iridescentes, região urupígea dessa
dos das penas longas da referida arara, penas rêmiges, ave. Em ocasiões especiais usam também tipóias
negras, de cotingídeo e penas caudais da mesma cor de de penas para carregar crl,an.ça:s.
tesoura (Colonia colonus). A parte superior
revestida de um mosaico de plumas
azul, aparecendo no vértice o
plumas. 2) Colar com
feixes de penas caudais
pousa sobre o e um
dorso, também ornÍtomorfo.
mosaico envolvem o pe:sc()çO
Braçadeiras
(Ramphastus
tante realista
pulseiras
33
preocupação do índio de produzir o maior número de
artefatos, em prejuízo de sua qualidade técnica e formal}
bem como do seu conteúdo afetivo, cerimonial e sim-
bólico,
34
Colar-apito - Urubus-Kaapor (275) .
35
Diadema vertical - Alto Xingu (1).
36
GERAL
37
Braçadeiras (par) - Mehináku (9). Brincos (par) - Waurá (18) .
Capacete com cobre-nuca - Yawalapiti (23). Coifa com cobre-nuca - Txikão (12).
38
Detalhe coifa com cobre nuca - Txikão (12) .
39
Braçadeira - Bororo Ocidentais (29) .
40
Grampo de cabeleira - Bororo Orientais (54).
41
Coroa vertical - Karajá (123).
42
Adorno dorsal - Kaxináwa (135).
43
Fieira de penas - Kayabi (149).
44
Detalhe toucado - Mekranoti (174).
45
Coroa radial - Kaxináwa (142).
46
Capacete - Palikur (181).
47
Máscara - Tapirapé (201).
48
Detalhe máscara - Tapirapé (201) .
49
Máscara - Tapirapé (205) . Grinalda com cobre-nuca - Tembé (207) .
50
Toucado - Txukahamâi (262) .
51
Testeira - Urubus-Kaapor (288).
52
Coroa vertical - Wayana-Aparai (304).
53
Toucado - Xikrin (343).
54
Brincos (pares) - Yanomami (350/351).
55
Localização dos grupos tribais
representados na exposição
AM PA
18
19
31
16
15
15 14
13
13
12
11
910
MT 78
G
::I
56
CATÁLOGO DA EXPOSIÇÃO;':
Sonia Ferraro Dorta
Lúcia Hussak van Velthem
8. BRINCOS (PAR)
1. DIADEMA VERTICAL Emplumação: arara-canindé, tucano
Emplumação: Comp. total 11 cm e 12 cm, comp. parte emplumada 6 em e
- fieira: japu, tucano, arara-vermelha 6 em
- faixa frontal: mutum, tucano Coletor: Roque B. Laraia, s/d
-leque posterior: arara-vermelha, arara-canindé Museu Nacional, n.O 38.370
arara-vermelha
Diâm. maior 30 cm, alt. 63 cm
Coletor: FUNAI (Artíndia), s/d c) MEHINÁKU
Col. parto Norberto Nicola
Cabeceiras do Rio Tuatuari
2. DIADEMA VERTICAL Parque Indígena do Xingu
Emplumação: Norte do Estado de Mato Grosso
- fieira: japu, tucano, arara-vermelha
- faixa frontal: mutum, tucano 9. BRAÇADEIRAS (PAR)
-leque posterior: arara-vermelha, arara-canindé, tucano Emplumação: mutum, arara-vermelha, arara-canindé
Comp. total 58 cm, comp. parte emplumada 10 cm
Diâm. maior 30 cm alto 63 cm Coletor: Maria Heloisa Fénelon Costa e M. Vital e F. Pereira,
Coletor: FUNAI (Àrtíndia), s/d
s/d
Col. parto Norberto Nicola Museu Nacional, n.O 38.962
3. DIADEMA VERTICAL 10. DIADEMA VERTICAL
Emplumação: Emplumação:
- fieira: japu, arara-vermelha - fieira: japu, arara-vermelha, gavião-de-penacho,
- faixa frontal: tucano arara-canoa
- leque posterior: gavião-real, arara-vermelha, tucano - faixa frontal: mutum, tucano
Diâm. maior 42 cm, alto 65 cm Diâm. maior 46 cm, alt. 52 cm
Coletor: FUNAI (Artíndia), 1981 Coletor: FUNAI (Artíndia), s/d
Col. part. Casa do Amazonas Col. part. Norberto Nicola
a) KALAPÁLO d) TRUMÁI
e) TXIKÃO
b) KAMAYURÁ
Confluência dos rios Cu avi e Xingu
Lagoa do Ipavu, próxima ao Rio Curisevu Parque Indígena do Xingu
Parque Indígena do Xingu Norte do Estado de Mato Grosso
Norte do Estado de Mato Grosso
12. COIFA COM COBRE-NUCA/OTXILAT
5. BRINCO Emplumação: tucano, mutum
Emplumação: arara-canindé, mutum, tucano Tecido e fios de algodão
Comp. total 12,5 cm, comp. parte emplumada 7 cm Comp. 118 cm, largo 25 cm
Coletor: Harald Schultz, s/d Coletor: Orlando Villas Boas, s/d
Museu Paulista, n.O 987 Col. parto Fernando Silva
6. BRINCO f) WAURÁ
Emplumação: arara-canindé, mutum, tucano
Comp. total 12,5 cm, comp. parte emplumada 6,5 cm Rio Batovi ou T amitatoala
Coletor: Harald Schultz, s/d Parque Indígena do Xingu
Museu Paulista, n.O 988 Norte do Estado de Mato Grosso
~t, A classificação dos adornos plumários foi baseada em Ribeiro, BoG. 1957.
Na descrição, utilizaram-se as seguintes abreviaturas:
comp. = comprimento, largo = largura, diâm. = diâmetro, diâm. int. = interno, enverg. - envergadura, circunf.
= circunferência, col. parto = coleção particular, s/r = sem referência(s), s/d = sem data, s/n = sem número
~h'; Estão reunidas sob este título peças de grupos alto-xinguanos e três peças de tribos não identificadas.
57
13. BRAÇADEIRAS (PAR)/CARRURROTE MABE APINAYÉ
Emplumação: arara-eanindé
Comp. total 50 em, eomp. parte emplumada 7 em Margem esquerda do Rio Tocantins
Coletor: Vera Penteado Coelho, 1978 Extremo norte do Estado de Goiás
Col. parto Vera Penteado Coelho
25. BASTÃO
14. BRAÇADEIRAS (PAR)/CARRURROTE MABE Emplumação: galináceos (tingimento)
Emplumação: arara-vermelha Madeira, plástico
Comp. total 69 em e 70 em, eomp. parte emplumada 9 e 10 em Comp. 69 em
Coletor: Vera Penteado Coelho, 1978 Coletor: Noriko Hamakawa, 1982
Col. parto Vera Penteado Coelho Col. parto Casa do Amazonas
58
34. BRINCOS (PAR)/ATó BIADÁWU 46. FLECHA/BUTúIE
Emplumação: arara-canindé, mutum, pato-selvagem Emplumação: arara-vermelha, arara-canindé
Fibras vegetais Madeira, taquara
Comp. 16,5 cm, diâm. maior 4,5 e 5 cm Comp. total 141 cm, comp. parte emplumada 21 cm
Coletor: Erich Freundt (entrada em 1950) S/r (adquirido do Sr. João Alves Leite -1947)
Museu Paulista, n. 2.966
O
Museu Paulista, n. 1.187
O
59
58. GRAMPO DA CABELEIRA/OKOGERÉU 69. LABRETE/ ARARURÉU
Emplumação: arara-vermelha, mutum, arara-canindé Emplumação: arara-vermelha
Comp. total 64 cm, comp. parte emplumada 56 cm Cabelos humanos, fragmentos de madrepérola
Coleção Paixão, s/d Comp. total 40 cm
Museu Plínio Ayrosa, n.O 5.514 S/r
Museu Nacional, n.O 4.705
59. GRAMPO DA CABELEIRA/PóGEA KEjÉWU O-IÁGA
Emplumação: arara-vermelha, gavião-de-penacho, mutum 70. LABRETE/ARARURÉU PÉRA T'ABARÉU
Comp. total 67 cm, comp. parte emplumada 57 cm Emplumação: arara-vermelha
Co1. Instituto de Educação, 1937 Fragmentos de madrepérola
Museu Plínio Ayrosa, n.O 5. 387 Comp. total 24,5 cm
CoI. Instituto de Educação, s/d
Museu Plínio Ayrosa, n.O 5. 18
60. GRAMPO DA CABELEIRA/PóGEA KEjÉWU O-IÁGA
Emplumação: arara-vermelha, arara-canindé, pato-selvagem, 71. LABRETE/IVE óTO U-RUGURÉU
mutum Emplumação: arara-vermelha
Comp. total 62 cm, comp. parte emplumada 56 cm Acúleos brancos de ouriço, linha preta de
Coletor: Manuel Cruz, 1936 Comp. total 24 cm
Museu Nacional, n.O 32.929 Coleção Paixão, s/d
Museu Plínio Ayrosa, n.O 5.488
61. GRAMPO DA CABELEIRA
Emplumação: arara-canindé, araraúna, mutum, gavião, 72, PINGENTES DE BRINCO
colhereiro Peles emplumadas do peito de araçaripocas
Taquara 17 cm
Comp. total 41 cm s/d, n.O 4.016
Coletor: Neusa Maria Bloemer, 1974
CoI. parto Neusa Maria Bloemer 1\l3Ir101131. n.O 4.697
60
GAVIAO MBÜÁ
(provavelmen te)
Médio Tocantins
Sudeste do Estado do Pará 89. ARCO
Emplumação: Galináceos (tingimento)
80. PINGENTE DORSAL/PANJAPY Madeira, plástico, fasquias de taquara, fibra
Emplumação: arara-vermelha, papagaio-verdadeiro Comp. 49 em
Comp. 26 em, alt. 58 em Coletor: Paulo Serpa, 1980
Coletor: Lux B. Vidal, 1980 Col. parto Paulo Serpa
Col. parto Lux B. Vidal
90. ARTEFATO DE GARRA DE GAVIÃO
Emplumação: galináceos (tingimento)
GUAJAJÁRA Taquara, cipó-imbé
Comp. 35 em
Rios Grajaú, Mearin, Pindaré Coletor: Paulo Serpa, 1980
Estado do Maranhão Col. parto Paulo Serpa
61
HISKARIANA 109. BRINCOS (PAR)/CUÉ
Emplumação: arara-vermelha
Rio Mapuera Dente de capivara, fios e cordel de algodão
Estado do Pará Comp. haste 8 cm, diâm. parte emplumada 6 cm
Coletor: Lincoln de Souza (adquiridos em 1948)
Museu Nacional, n.O 35.309
100. BRINCO
Emplumação: arara-canindé
110. BRINCOS (PAR)
Diâm. 6 em
Emplumação: arara-vermelha, araracanga
Coletor: s/r, 1976
Dente de capivara, cerol, fios e cordel de fios de algodão
CoI. parto Cláudia Andujar
Comp. haste 13 cm e 12 em, diâm. parte emplumada 13 cm
e 14 cm
101. TANGA Coletor: Odilon João de Souza Filho, 1972
Emplumação: arara-canindé, arara-vermelha, araracanga Museu Paulista, n.O 13 .388
Sementes, miçangas e fios de algodão
Comp. 30 em, largo 13 em (frente), comp. 20 cm, largo 11 em 111. BRINCOS (PAR)
(costas) Emplumação: araracanga(?), tapiragem(?)
Coletor: s/r, 1976 Madrepérola, cerol
CoI. parto Cláudia Andujar Comp. haste 8 cm e 8,5 cm, diâm. parte emplumada 8,5 cm
e 9 cm
Coletor: Harald Schultz, 1948
JURÚNA Museu Paulista, n.O 2.456
62
121. COIFA/LORI-LORI 133. RESPLENDOR
Emplumação: arara-canindé, colhereiro, gavião Emplumação: ararinha, arara-canindé, papagaio, araraúna
Tecido de fibras vegetais Enverg. 48 cm, alto 35 em
Diâm. 17 cm Coletor: Harald Schultz, 1948
Coleção Paixão, s/ d Museu Paulista, n.O 2.417
Museu Plínio Ayrosa, n.O 6. 151
134. TANGA
122. COIFA/LORI-LORI Emplumação: arara-eanindé, gavião, arara-vermelha
Emplumação: japu, papagaio, araracanga, arara-vermelha, Comp. 45 em, largo 19 cm
penugem de ave não identificada Coleção Paixão, s/d
Diâm. 26 cm Museu Plínio Ayrosa, n.O 6.232
Coletor: s/r, s/d
Museu Plínio Ayrosa, n.O 6.34
123. COROA VERTICAL KAXINÂWA
Emplumação: arara-canindé, gavião
Alt. 41 cm, diâm. maior 17 cm Rio Curanja, afluente do Alto Purus, fronteira Brasil/Peru
Coletor: Harald Schultz, 1948 Estado do Acre
Museu Paulista, n.O 2.404
135. ADORNO DORSAL/TETE TEI
124. ESTOJO DE ADORNOS PLUMÁRIOS E Emplumação: gavião-real, araraeanga, arara-eanindé, japu
OUTROS OBJETOS Madeira, fibra vegetal
Folíolos de palmeira, lasca de taquara, fios de algodão Diâm. 48 cm
Comp. 63 cm, alt. 15 cm, largo 23 cm Coletor: Harald Sehultz, 1950
Coletor: Hoffbauer, 1905 Museu Paulista, n.O 7.008
Museu Paulista, n.O 724
136. ADORNO PEITORAL/TEKAKETI
125. J ARRETEIRA Emplumação: diversas espécies de gavião
Emplumação: arara-vermelha Comp. 138 em, largo 17 em
Semente, fibras vegetais Coletor: Harald Sehultz, 1950
Comp. emplumação 8 cm Museu Paulista, n.O 6.968
S/r
Museu Plínio Ayrosa, n.O 6.33 137. ARO EMPLUMADO/PAKA MAITI DANIGA
Emplumação: anambé
126. LEQUE PARA O OCCIPfCIO/LAHETô
Emplumação: jaburu, pato selvagem, arara-eanindé, Diâm. 15 cm
Coletor: Harald Sehultz, 1950
araracanga
Algodão, cerol Museu Paulista, n.O 6.780
Enverg. 130 cm, alt. 74 cm
Coletor: Hoffbauer, 1904 138. COROA/DANI MAITI
Museu Paulista, n.O 1.461 Emplumação: garça, arara-vermelha, arara-canindé, surueuá,
pavãozinho-do-pará, japu, papagaio, gavião
127. LEQUE PARA O OCCIPfCIO/LAHETô Diâm. 32 cm
Emplumação: gavião-real, arara-canindé, araracanga, jaburu, Coletor: Harald Schultz, 1950
ave não identificada Museu Paulista, n.O 7.018
Algodão
Enverg. 114 cm, alto 60 em 139. COROA/PEI MAITI
Coletor: Harald Schultz, 1948 Emplumação: garça, japu, gavião-de-penacho, araraeanga,
Museu Paulista, n.O 430 arara-vermelha, arara-canindé, pele emplumada
de um japuim
128. LEQUE PARA O OCCIPfCIO/LAHETÔ Diâm. 42 cm, comp. pingente 43 cm
Emplumação: jaburu, colhereiro, pato selvagem, Coletor: Haraldo Schultz, 1950
arara-vermelha Museu Paulista, n.O 7.015
Algodão
Enverg. 118 cm, alt. 70 cm 140. COROA/DANI MAITI
S/r Emplumação: garça, arara-eanindé, pavãozinho-do-pará,
Col. parto Norberto Nicola papagaio
Diâm. 38 em, comp. pingente 47 cm
129. LEQUE PARA O OCCIPfCIO/LAHETô Coletor: Harald Schultz, 1950
Emplumação: arara-canindé, jaburu, arara-vermelha, Museu Paulista, n.O 7.013
araracanga, papagaio, pato selvagem
Enverg. 135 em, alto 74 cm 141. COROA RADIAL/PEI MAITI
Coletor: Odilon João de Souza Filho, 1972 Emplumação: japu, mutum, arara-canindé, tucano
Museu Paulista, n.O 13.389 Diâm. 46 em
Coletor: Harald Schultz, 1950
130. LEQUE PARA O OCCIPfCIO/LAHETô Museu Paulista, n.O 7.019
Emplumação: colhereiro, arara-vermelha,
papagaio-corneteiro, eurica 142. COROAL RADIAL/NAWAN TETE DANI MAITI
Cipó Emplumação: harpia, mutum, arara-canindé, arara-vermelha
Enverg. 82 cm, alto 51 em Diâm. 50 cm
Coletor: FUNAI (Artíndica), n.O 028124, s/d Coletor: Harald Schultz, 1950
Col. parto Norberto Nicola Museu Paulista, n.O 7.012
131. LEQUE PARA O OCCIPfCIO/LAHETô 143. COROA RADIAL/PEI MAITI
Emplumação: colhereiro, arara-vermelha, arara-eanindé, Emplumação: japu, mutum, arara-vermelha,
cabeça-seca, pato selvagem araracanga
Enverg. 112 em, alto 75 cm Diâm. 50 em
Coletor: Maria Heloisa Fénelon Costa, s/d Coletor: Harald Schultz, 1950
Museu Nacional, n.O XIII Museu Paulista, n.O 7.022
63
145. COROA RADIAL/PEl MAITI 156. PINGENTE DORSAL/MON-IAMU
Emplumação: garça, mutum, tucano, arara-canindé Emplumação: araraúna, garça, japu, araraeanga
Diâm. 43 cm Algodão
Coletor: Harald Schultz, 1950 Comp. total 66 em
Museu Paulista, n.O 7.017 Coletor: Frei Gil de Villanova, 1905
Museu Paulista, n.O 2.848
146. NARIGUEIRA/DEKlNDlTI
Emplumação: araracanga, gavião
Madeira KUBÉN-KRAN-KEGN
Comp. 56 cm
Coletor: Harald Schultz, 1950 Entre o médio Xingu e seu afluente da margem direita, o rio
Museu Paulista, n.O 11.097 Fresco
Estado do Pará
147. PINGENTE DE DIADEMAS E COROAS/KlNA BlDEM
Emplumação: araraeanga, gavião 157. DIADEMA/OKO-PARI
Comp. 55,5 em Emplumação: papagaio, arara-vermelha, arara-eanindé
Coletor: Harald Sehultz, 195Q Madeira, taboea, fios de algodão, fibras
Museu Paulista, n.O 11.096 Adorno: alt. 56 em, enverg. 28 cm
Capacete de sustentação: diâm. 19 em, alto 24 em
148. PINGENTE DE DIADEMAS E COROAS/KINA BIDEM Coletor: FUNAI (Artíndia), n.O 1893/95, 1983
Emplumação: araraeanga, gavião Col. part. Casa do Amazonas
Comp. 62 em
Coletor: Harald Sehultz, 1950
Museu Paulista, n.O 11.098
MEKRANOTI
Rio Iriri
Estado do Pará
Rio dos Peixes, afluente do Arinos 158. BRINCOS (PAR)/IKREKAKO NGOB
Rio Manitsáua-assu Emplumação: arara-vermelha, araraeanga
Parque Indígena do Comp. total 26 em
Norte do Estado de Mato Coletor: Gustaaf Verswijver, 1976
Cal. parto Lux B. Vidal
149. FIEIRA DE PENAS
Emplumação: garça, pavãozinho-do-pará, gavião, coruja e 159. BRINCOS (PAR)/IKREKAKO
ipegni (pato) Emplumação: arara-vermelha
Comp. parte emplumada 50 em, alto 14,5 em Madeira, sementes
Coletor: Pyrineus de Souza, s/ d Comp. total 10 em
Museu Nacional, n.O 14.226
Coletor: Gustaaf Verswijver, 1976
Cal. part. Lux B. Vidal
150. FIEIRA DE PENAS
Emplumação: mutum
Comp. 74 em, alt. 36 em 160. BUZINA/Õ-l
Coletor: Georg Grunberg, 1966 Emplumação: papagaio, mutum, arara-canindé, arara-vermelha
Museu Paulista, n.O 12.175 Taboea, cipó-imbé
Comp. total 41 em
Coletor: Gustaaf Verwijver, 1976
151. FIEIRA DE PENAS Col. parto Lux B. Vidal
Emplumação: mutum
Comp. 70 em, alto 25 em
Coletor: Maureen Bisilliat, s/d 161. COLAR/ON KRED]E-ANU
Cal. parto Maureen Bisilliat Emplumação: papagaio, mutum, arara-vermelha
Fios de algodão
152. FIEIRA DE PENAS Comp. total 36 em
Emplumação: mutum-eavalo, mutum-pinima Coletor: Gustaaf Verwijver, 1976
Alt. maior 37 em, eomp. parte emplumada 107 em Col. parto Lux B. Vidal
Coletor: FUNAI (Artíndia), n.O 060562 s/d
Cal. parto Norberto Nicola 162. DIADEMA/PANlKOTl
Emplumação: papagaio, japu, arara-vermelha, araraúna
Fios de algodão
Alt. 53 em, largo 32 em
(extintos) Coletor: Gustaaf Verswijver, 1976
Cal. parto Lux B. Vidal
Rio Pau-d' Arco
Estado do Pará
163. FAIXA FRONTAL/KRUA-PU
153. Emplumação: arara-vermelha, araraúna, papagaio, araracanga
Emplumação: araracanga, arara-vermelha Fios de algodão
Comp. total 49 em Comp. 42 em, alto 44 em
Coletor: Franz Coletor: Gustaaf Verswijver, 1976
Museu Col. parto Lux B. Vidal
64
166. GRINALDA/O-KO Comp. total 72 em, eomp. parte emplumada 55 em
Emplumação: arara-vermelha, mutum S/r
Trançado de buriú Museu Nacional, n.O 5.962
Comp. total 37 em
Coletor: Gustaaf Verswijver, 1976 179. CETRO/PUT Á
CoL parto Lux B. Vidal Emplumação: mutum, araraeanga, arara-vermelha, papagaio
(tapiragem? )
167. PINGENTE DORSAL/MON-IAMU Comp. total 71 em, eomp. parte emplumada 56 em
Emplumação: araraúna, arara-vermelha S/r
Comp. total 64 em Museu Nacional, n.O 5.959
Coletor: Gustaaf Verswijver, 1976
Col. parto Lux B. Vidal 180. CETRO/PUTÁ
Emplumação: mutum, arara-vermelha, araraeanga,
168. PINGENTE DORSAL/ MON-IAMU arara-eanindé, papagaio (tapiragem?)
Emplumação: araraúna, arara-vermelha, araraeanga Comp. total 69,5 em, eomp. parte emplumada 56 em
Breu S/r
Comp. total 39 em Museu Nacional, n.O 5.969
Coletor: Gustaaf Verwijver, 1976
CoL parto Lux B. Vidal
169. PINGENTE DORSAL/ MON-IAMU PALIKUR
Emplumação: arara-vermelha, papagaio
Comp. total 68 em afluente do Uaçá
Coletor: Gustaaf Verwijver, 1976 Amapá
Col. parto Lux B. Vidal
181. CAPACETE
170. PINGENTE DORSAL/ MON-IAMU maguari, garça,
Emplumação: arara-vermelha, garça japu, arara-lcanlln<le
Taquara Cerol, linha de algodão, taquara, raquis de
Comp. total 49 em vegetal
Coletor: Gustaaf Verswijver, 1976 Alt. total 125 em, diâm. int. 18 em
Col. parto Lux B. Vidal S/r
Col. parto Casa do Amazonas
171. PULSEIRA
Emplumação: arara-vermelha
Sementes, cipó-imbé P ARINTINTIN
Diâm. 6 em, alto 5,5 em
Coletor: Gustaaf Verswjver, 1976 Rio Marmelos
Col. parto Lux B. Vidal Estado do Amazonas
Comp. total 73 em
MUNDURUKÚ Emplumação: mutum, arara-vermelha, ar2lra-carllnae.
araraeanga
Rios Cururu e Tropas, afluentes do Alto Comp. total 78 em
Estado do Pará Coletor: Padre Balduino Loebens, 1980
65
188. BRINCO/SPI-DÓRO 199. MÁSCARA/YPÉ
Emplumação: arara-vermelha, araracanga, mutum, papagaio Emplumação: arara-vermelha, araracanga, papagaio,
Comp. total 65 em pato selvagem, colhereiro
Coletor: Padre Balduino Loebens, 1980 Concha fluvial, ossos de animais, linha de algodão, tiras de
talo de folha de palmeira, cera de abelha, taquari
189. BRINCO/SPI-DÓRO Larg. 86,5 em, alto 72 em
Emplumação: mutum, arara-canindé, araracanga S/r
Comp. total 59 em Col. parto Mooni Ezra
Coletor: Padre Balduino Loebens, 1980
200. MÁSCARA/YPÉ
190. ENFEITE DE BRAÇO (PAR)/HOKPÓLKTSA Emplumação: arara-vermelha, arara-canindé, araraúna,
Emplumação: arara-vermelha, arara-canindé, mutum, diversas araracanga
espécies de gavião Fasquias de talo de palmeira, linha de algodão, concha fluvial,
Ossos de jacamim, couro de mamífero ossos de animais, cera de abelha, taquari
Comp. total 83 e 82 em Larg. 86 cm, alt. 72 cm
Coletor: Padre Balduino Loebens, 1980 Coletor: FUNAI (Artíndia), n.O 070772, s/d
CoL parto Casa do Amazonas
191. GRINALDA COM COBRE-NUCA 201. MÁSCARA/YPÉ
Emplumação: aracanga, arara-canindé, mutum Emplumação: arara-canindé, colhereiro, papagaio
Tecido, cabelos humanos Tiras de talo de folha de palmeira, linha de algodão, cera de
Diâm. int. 17 em, comp. cobre-nuca 58 em abelha, concha fluvial, ossos de animais, taquari
S/r, 1983 Larg. 82 em, alt. 90 em
Col. parto Norberto Nicola Coletor: FUNAI (Artíndia), n.O 087016, s/d
Col. parto Norberto Nicola
192. GRINALDA COM COBRE-NUCA
Emplumação: araracanga, arara-canindé, mutum 202. MÁSCARA/YPÉ
Emplumação: papagaio-verdadeiro, eolhereiro
Tecido, cabelos humanos
Ossos de animais, linha de algodão, tiras de talo de folhas
Diâm. int. 15 cm, comp. cobre-nuca 48 em
de palmeira, fibra vegetal
Coletor: FUNAI (Artíndia), 1983
Lar. 65 cm, alto 37,5 em
Col. parto Casa do Amazonas
S/r
Col. parto Norberto Nicola
193. LANÇA CERIMONIAL
Emplumação: arara-canindé, araracanga, arara-vermelha, 203. MÁSCARA/YPÉ
mutum, surucuá Emplumação: papagaio, arara-vermelha, araracanga,
Madeira, taquara, fios de fibra, cabelos humanos arara-canindé
Comp. 146 em Tiras de talo de folhas de palmeira, algodão, taquari, cera de
Coletor: FUNAI (Artíndia), 1982 abelha, concha fluvial, ossos de animais
Col. parto Casa do Amazonas Lar. 61 cm, alt. 36 em
S/r
194. LANÇA CERIMONIAL Col. parto Norberto Nicola
Emplumação: arara-canindé, araracanga, mutum, tucano,
arara-vermelha, ave não identificada 204. MÁSCARA/YPÉ
Sementes, botão de origem industrial, fios de algodão, Emplumação: ararinha, arara-vermelha, araraeanga
madeira, taquara Tiras de talo de folhas de palmeira, fibra vegetal, taquari,
Comp. total 155 em, comp. pingente 22 cm linha de algodão, concha fluvial
Coletor: Harald Schultz, 1962 Lar. 80 cm, alt. 57 em
Museu Paulista, n.O 11.244 S/r
Col. parto Alayde Aires
195. NARIGUEIRAS (PAR)/TSÚNO-DÓRO 205. MÁSCARA/YPÉ
Emplumação:: arara-vermelha, arara-canindé, mutum Emplumação: arara-vermelha, arara-eanindé, jaburu
Acúleos de ouriço Concha fluvial, pedaços de taquara, tiras de talo de folhas de
Comp. total 61 e 62 em, comp. parte emplumada 53 e 54 cm palmeira, fios de algodão, cera de abelha
Coletor: Padre Balduino Loebens, 1980 Art. 70 em, largo 82 cm
Coletor: FUNAI (Artíndia), n.O 049373, s/d
196. NARIGUEIRA (PAR)/TSÚNO-DÓRO Col. parto Norberto Nicola
Emplumação: arara-vermelha, arara-canindé, mutum
Acúleos de ouriço 206. MÁSCARA/YPÉ
Comp. total 63 e 67 em, comp. parte emplumada 56 e 67 em Emplumação: araracanga, arara-canindé
Coletor: Padre Balduino Loebens, 1980 Madeira, concha fluvial, ossos de animais, tiras de talos de
folhas de palmeira, taquari, fios de algodão, cera de abelha
Alt. 56,5 cm, largo 82 cm
TAPIRAPÉ S/r, 1982
Col. parto Casa do Amazonas
Rio Tapirapé, tributário do Araguaia
Estado de Mato Grosso
TEMBÉ
197. BOLSA
Emplumação: garça, colhereiro, araracanga, pa'pa~sal~J, Rio Gurupi
arara-canindé, arara-vermelha Estado do Pará
T aboca, cordéis de algodão
Comp. 44 em, largo 23 em, comp. alça 74 cm 207. GRINALDA COM COBRE-NUCA
S/r, 1983 Emplumação: periquito, mutum, arara-vermelha, garça
Col. parto Casa do Amazonas Comp. 43 em, largo 24 cm
Coletor: Boris Malkin, 1964
198. CINTO Museu Paulista, n.O 12.394
Emplumação: araracanga, arara-canindé, colhereiro, papagaio,
garça
T aboca, fibras
Comp. total 122 cm, comp. parte emplumada 62 cm
S/r, 1983 Rio Paru de Oeste
Col. parto Casa do Amazonas Estado do Pará
66
208. ADORNO DE CAPACETEjHONA-PETINENO Comp. total 82 em
Emplumação: araraeanga Coletor: Protásio Frikel e R. Cortez, 1971
Comp. total 31 em Museu Emílio Goeldi, n.O 7.391
Coletor: Protásio Frikel, 1958
Museu Emílio Goeldi, n.O 8.351 221. GRAMPO DE BRAÇADEIRAjTÁXA
Emplumação: garça, arara-vermelha
209. ARO EMPLUMADOjKURUWÉNPO Pêlos de sagüi
Emplumação: tucano, pele emplumada de anambé Comp. total 80 em
Diâm. 18 em Coletor: Protásio Frikel e R. Cortez, 1971
Coletor: Protásio Frikel, 1950 Museu Emílio Goeldi, n.O 7.392
Museu Paulista n.O 7.615
222. GRAMPO DE BRAÇADEIRAjTÁXA
210. ARO EMPLUMADOjKURUWÉNPO Emplumação: garça, arara-eanindé, mutum
Emplumação: tucano, pele emplumada de anambé-roxo Pêlos de sagüi
Diâm. 20 em Comp. total 92 em
Coletor: Protásio Frikel, 1950 Coletor: Roberto e Ruth Cortez, 1975
Museu Paulista, n.O 7.614 Museu Emílio Goeldi, n.O 9.151
67
Comp. pingente 8 cm 244. GRAMPO PARA OCCIPíCIO/UKÁ-PAMÃ
Coletor: Protásio Frike1, 1959 Emplumação: garça, tucano
Museu Emílio Goeldi, n.O 8.512 Comp. 75 cm, largo 20 cm
S/r
Museu Plínio Ayrosa, n.O 4.35
TUKANO
245. PENTE/WAXTÁ-U-RO
Rio Negro, Uaupés e rio Tiquié Emplumação: mutum, tucano
Estado do Amazonas Lascas de paxiúba e outras fibras vegetais
Comp. total 58 cm
233. BRAÇADEIRA/BAXSÁ-KARÕ-GA Coletor: Theodor Koch-Grunberg, 1905
Emplumação: japu, tucano, araracanga, mutum Museu Emílio Goeldi, n.O 250
Pêlos de jupará
Comp. total 52 cm 246. PENTE/W AXTÁ-U-RO
Coleção: Irmã Catarina de Oliveira, s/d Emplumação: galo doméstico, mutum, garça, pato selvagem,
Museu Plínio Ayrosa, n.O 9.9 japu
Comp. total 59 cm
234. CHOCALHO /Y AXSÃ Coletor: Theodor Koch-Grunberg, 1905
Emplumação: japu Museu Emílio Goeldi, n.O 251
Cabaça, taquara, madeira
Circunf. 32 cm, comp. total 57 cm 247. PENAS ATADAS PARA ARMAZENAMENTO
S/r, adquirido em 1907 Emplumação: gavião-real
Museu Paulista, n.O 3.944 Comp. 33 cm
Coletor: Theodor Koch-Grunberg, 1905
235. COROA RADIAL/DAXSÉ BÉ-Tó Museu Emílio Goeldi, n.O 264
Emplumação: tucano, garça
Diâm. 23 cm 248. PINGENTE DE JARRETEIRA (PAR)/YUXTÁ-SE RI
Coletor: Theodor Koch-Grunberg, 1905
Emplumação: tucano, araracanga, mutum
Museu Emílio Goeldi, n.O 2.39
Caroço de tucumã
Comp. total 14 cm
236. COROA RADIAL/DAXSÉ BÉ-Tó Coletor: Theodor Koch-Grunberg, 1905
Emplumação: tucano Museu Emílio Goeldi, n.O 258
Diâm. int. 17 cm
Coleção: Irmã Catarina de Oliveira, s/d
Museu Plínio Ayrosa, n.O 1. 55 249. PINGENTE DE JARRETEIRA (PAR)/YUXT Á-SE RI
Emplumação: tucano, japu
237. FAIXA FRONTAL/MAHÃ POÁ-RI Comp. total 9 cm
Emplumação: araracanga, papagaio, mutum Coletor: Theodor Koch-Grunberg, 1905
Pêlos de japurá Museu Emílio Goeldi, n.O 256
Comp. 41 cm, largo 14 cm
Coletor: Theodor Koch-Grunberg, 1905 250. PINGENTE PARA MÁSCARA
Museu Emílio Goeldi, n.O 226 Emplumação: japu, mutum, tucano
Fios de tucum
238. FAIXA FRONTAL/MAHÃ POÁ-RI Diâm. 9 cm, comp. 16 cm
Emplumação: araracanga, mutum Coletor: José Hidasi, 1960
Pêlos de japurá, fibra vegetal Museu Emílio Goeldi, n.O 8.553
Comp. 42 cm, largo 13 cm
S/r, adquirido do sr. Gal. Almeida de Moura em 1936.
Museu Paulista, n.O 3.855 TUKÚNA
239. FIEIRA DE PENAS PARA FLAUTA Alto rio Solímões
Emplumação: galo doméstico Igarapezinho Santa Rita
Comp. total 31 cm Estado do Amazonas
Coletor: Theodor Koch-Grunberg, 1905
Museu Emílio Goeldi, n.O 261
251. BRAÇADEIRA
Emplumação: tucano, arara-vermelha
240. FIEIRA DE PENAS PARA FLAUTA/MAHÃ-ITI
Emplumação: araracanga, arara-vermelha Tecido
Diâm. 9 cm, alt. grampo vertical 42 cm
Pêlos de japurá
Comp. emplumação 39 cm Coletor: Harald Schultz, 1956
Museu Paulista, n.O 10.072
Coleção: Irmã Catarina de Oliveira, s/d
Museu Plínio Ayrosa, n.O X. 16
252. BRAÇADEIRAS (PAR)
241. FLAUTA DE OSSO/WAl-KÜ O' Ã OU PUXTIRI O' Ã Emplumação: tucano
Tíbia de mamífero Tecido
Comp. 20 cm Diâm. 5 e 6 cm
S/r, adquirido do Sr. J. Bech em 1907 Coletor: Harald Schultz, 1956
Museu Paulista, n.O 3.917 Museu Paulista, n.O 9.507
68
TXUKAHAMÂI 266. BRAÇADEIRAS (PAR)/IAPU-RUW AI-DIWÁ
Emplumação: japu, araracanga
Rio Xingu Comp. total 25 em
Parque Indígena do Xingu S/r, adquirido do Sr. Eurico Fernandes em 1950
Norte do Estado de Mato Grosso Museu Paulista, n.O 2.874
69
Pingentes: anambé-azul 289. ARO EMPLUMADO/AKANETÁ
Comp. total 88 cm, alt. 15 cm, Iarg. 3 cm Emplumação: tucano, pele de saí-azul
S/r, adquirido do Sr. Eurico Fernandes Diâm. 20 cm
Museu Paulista, n.O 2.870 Coletor: Dominique Gallois, 1978
Museu Plínio Ayrosa, s/n.o
279. DIADEMA HORIZONTAL/ AKANGATAR
Emplumação: pomba-trocaI, araracanga, arara-vermelha 290. ARO EMPLUMADO/AKANETÁ
Pingentes: peles emplumadas e penas de anambé, Emplumação: tucano, saí-azul
anambé-roxo, pomba-trocaI, tucano e outras Diâm. 19 cm
Faixas de algodão Coletor: Dominique Gallois, 1980
Comp. total 103 cm, larg 3,5 cm, alt. 11 cm Col. part. Dominique Gallois
Coletor: Raimundo Lopes, 1930 291. ARO EMPLUMADO / AKANETÁ
Museu Nacional, n.O 24.595 Emplumação: tucano, anambé, pássaro não-identificado
280. DIADEMA HORIZONTAL/ AKANGATAR Diâm. 19 cm
Emplumação: pomba-trocaI, araracanga, mutum, Coletor: FUNAI (Artíndia), s/d
papagaio-verdadeiro, arara-verde Col. part. Norberto Nicola
Pingentes: peles emplumadas e penas isoladas de anambé, 292. ARO EMPLUMADO/AKANETÁ
anambé-roxo, araracanga, babaçu-preto, tucano e cerebídeo Emplumação: tucano, anambé-roxo
F aixa de algodão Diâm. 19 em
Comp. total 92 cm, alt. 13 cm, largo 4 cm Coletor: Alan Campbell, 1974
Coletor: Raimundo Lopes, 1930 Col. parto Lúcia Hussak van Velthem
Museu Nacional, n.O 24.604
293. CHOCALHO/MARÁRI
281. DIADEMA HORIZONTAL/ AKANGATAR Cabaça, madeira, cordel de fios. de algodão, cerol
Emplumação: pomba-trocaI, araracanga, mutum, Comp. haste 27 cm, comp. corpo 11,5 cm, circunf. 24,5 cm
papagaio-verdadeiro, garça Coletor: Dominique Gallois, 1977
Pingentes: anambé-azul Museu Plínio Ayrosa, n.O 1. 247
F aixa de algodão
Comp. total 89 cm, alto 13 cm, Iarg. 5 cm 294. CHOCALHO
Coletor: FUNAI (Artíndia), s/d Emplumação: tucano
Col. parto Norberto Nicola Cabaça, taquara, fios de algodão, tinta de urucu
Comp. corpo 13 cm, circunf. 26 cm, comp. total 35 cm
282. LABRETE/REMBÉ-PIPÓ Coletor: Dominique Gallois, 1983
Emplumação: araracanga, pele emplumada de cabeça de saí, Museu Plínio Ayrosa, n.O 1.290
mutum fêmea, anambé-roxo, cotingídeo e ave
não-identificada (penas pretas) 295. COLAR
Comp. 31 cm, largo 8 cm Emplumação: anambé-roxo
S/r, 1965 Acúleos de ouriço, sementes, linha de algodão
Museu Paulista, n.O 12.232 Comp. cordão 75 cm, comp. pingente 12 cm
Coletor: Dominique Gallois, 1983
283. LABRETE/REMBÉ-PIPÓ Col. parto Dominique Gallois
Emplumação: araracanga, anambé-azul, viuvinha, cotingídeo
Comp. 34 cm, largo 22 cm 296. COLAR
Coletor: FUNAI (Artíndia), n.O 13.325, s/d Emplumação: arara-vermelha
Col. parto Norberto Nicola Sementes, linha de algodão, dentes de macaco
Comp. fio de sustentação 64 cm
284. ORNATO FACIAL Pingente: comp. 6,5 cm, largo 7,5 cm
Emplumação: anambé-azul Coletor: Dominique Gallois, 1977
Comp.7cm Col. parto Dominique Gallois
Coletor: FUNAI (Artíndia), n.O 13.320, s/d
Col. parto Norberto Nicola 297. COROA VERTICAL/AKANETÁ SARA
Emplumação: tucano, araracanga, arara-vermelha
285. PENTE/KIWAW-PUTIR Diâm. 20 em, alt. 50 cm
Emplumação: anambé-roxo, tucano, mutum Coletor: Dominique Gallois, 1980
Madeira rija Col. parto Lux B. Vidal
Comp. 31 cm 298. DIADEMA
S/r, adquirido do sr. Boris Malkin em 1966 Emplumação: arara-vermelha, mutum, papagaio, araracanga,
Museu Paulista, n.O 12.237 ave não-identificada
286. PENTE/KIW AW-PUTIR Enverg. 43 cm, alt. 47 cm
Emplumação: tucano, mutum fêmea, araracanga Coletor: Dominique Gallois, 1981
Madeira rija Museu Plínio Ayrosa, n.O 1. 287
Comp. 26 cm 289. PULSEIRA
S/r, adquirido do Sr. Boris Malkin em 1966 Emplumação: arara-vermelha
Museu Paulista, n.O 12.239 Comp. total 50 cm, comp. parte emplumada 17 em,
largo 2,3 cm
287. TESTEIRA/ AKANG-PUTIR Coletor: Dominique Gallois, 1983
Emplumação: pele emplumada de cabeça de saí, araracanga Museu Plínio Ayrosa, n.O 1. 289
Comp. 21 cm, largo 3,5 cm
S/r, adquirido do Sr. Eurico Fernandes em 1950
Museu Paulista, n.O 8.425 WAI-WAI
288. TESTEIRA/ AKANG-PUTIR Rio Mapuera
Emplumação: peles emplumadas de cabeça de saí, lacre, Estado do Pará
viuvinha
Comp. 23 cm, largo maior 4,5 cm 300. GRAMPO DE BRAÇADEIRA
Coletor: FUNAI (Artíndia), n.O 13.323, s/d Emplumação: arara-vermelha, garça
Col. part. Norberto Nicola Comp. total 73 cm
S/r, 1980
Col. part. Casa do Amazonas
WAIÃPI
301. PINGENTE DA CABELEIRA
Rio Amapari e afluentes Emplumação: araracanga, tucano, arara-vermelha
Território Federal do Amapá Miçangas
70
Comp. total 20 em XI.KRIN
S/r, 1980
Cal. part. Casa do Amazonas Rio Cateté
Estado do Pará
302. TANGA
Emplumação: arara-vermelha, araraeanga 311. ADORNO DE OMBRO/O-KRÃ-KO
Sementes, fios de algodão Emplumação: mutum, arara-vermelha
Comp. 43 em, largo 25 em Miçangas
Coletor: FUNAI (Artíndia), 1980 Comp. total 70 cm
Cal. parto Norberto Nicola Coletor: Lux B. Vidal, 1973
Cal. parto Lux B. Vidal
312. ADORNO DE OMBRO/O-KRÃ-KO
WAYANA-APARAI Emplumação: arara-vermelha
Sementes
Rio Paru de Leste Comp. total 49 cm, pingente 22 cm
Estado do Pará Coletor: Lux B. Vidal, 1973
Rio Jari Cal. parto Lux B. Vidal
Território Federal do Amapá
313. BANDOLEIRA/ARAPE-jABU
303. COROA RADIAL/RAMERE ARMI Emplumação: garça e arara canga
Emplumação: arara-vermelha, arara-eanindé, galo doméstico Miçangas
Diâm. 25 em Comp. total 85 cm
Coletor: Jean Lapointe, 1968 Coletor Lux B. Vida!, s/d
Museu Emílio Goeldi, n.O 12.071 Cal. parto Lux B. Vidal
71
323. COLARjNGOB Comp. total 42 em
Emplumação: araraeanga, arara-eanindé, arara-vermelha Coletor: Lux B. Vidal, 1973
Fios de algodão, miçangas, madrepérola Cal. parto Lux B. Vidal
Enverg. 52 em
Coletor: Lux B. Vida!, 1973 337. LABRETEjOKAKAKO-IABU
Cal. parto Lux B. Vidal Emplumação: araraeanga
Miçangas, madeira
324. COLARjONKRÉ-DjÉ Comp. total 17 em
Emplumação: mutum, araraeanga Coletor: Lux B. Vidal, 1973
Sementes e miçangas Cal. parto Lux B. Vidal
Comp. total 59 em, pingente 22 em
Coletor: Lux B. Vidal, 1973 338. PINGENTE DORSALj MON-IAMU
Cal. parto Lux B. Vidal Emplumação: araraeanga, japu, arara-vermelha
Comp. total 47,5 em
325. COLARjONKRÉ-DjÉ Coletor: Lux B. Vidal, 1973
Emplumação: japu, mutum, tucano, arara-vermelha Cal. parto Lux B. Vidal
Sementes e miçangas
Comp. total 53 em, pingente 18 em 339. PINGENTE DORSALjMON-IAMU
Coletor: Lux B. Vidal, 1973 Emplumação: gavião, araraeanga, papagaio, japu
Cal. parto Lux B. Vidal Comp. total 46 em
Coletor: Lux B. Vidal, 1973
326. DIADEMAjPANIKOTI Cal. parto Lux B. Vidal
Emplumação: japu, garça-morena, arara-vermelha
Enverg. 49 em, eomp. 95 em 340. TOUCADOjKROKROK-TI
Coletor: Lux B. Vidal, 1973 Emplumação: mutum, arara-eanindé, arara-vermelha
Cal. parto Lux B. Vidal Comp. total 140 em
Coletor: Lux B. Vidal, 1973
327. DIADEMAjOKO-PARI Cal. part. Lux B. Vidal
Emplumação: japu, araraeanga, arara-vermelha, papagaio
Comp. 74 em, largo 35 em 341. TOUCADOjKROKROK-TI
Coletor: Lux B. Vidal, 1973 Emplumação: arara-vermelha, araraúna, garça
Cal. parto Lux B. Vidal Comp. total 28 em
Coletor: Lux B. Vidal, 1973
328. DIADEMAjPANIKOTI Cal. parto Lux B. Vidal
Emplumação: arara-vermelha, araraeanga, mutum, japu
Comp. 82 em, largo 54 em
Coletor: Lux B. Vidal, 1973 342. TOUCADOjKROKROK-TI
Cal. part. Lux B. Vidal Emplumação: arara-vermelha, araraúna, araraeanga
Comp. total 34 em
329. DIADEMAjPANI-KOTI Coletor: Lux B. Vidal, 1973
Emplumação: papagaio, arara-vermelha Cal. part. Lux B. Vidal
Comp. 52 em, alt. 86 em
Coletor: Lux B. Vidal, 1973 343. TOUCADOjKROKROK-TI
Cal. parto Lux B. Vidal Emplumação: gavião, arara-vermelha, araraeanga, gavião-real
Comp. total 58 em
330. DISCO PARA OCCIPíCIOjKEIKRU Coletor: Lux B. Vidal, 1973
Fios de algodão e taquara Cal. parto Lux B. Vidal
Diâm. 19 em
Coletor: Lux B. Vidal, 1973
Cal. parto Lux B. Vidal YANOMAMI
331. ESTOJO DE PENASjPOTIK-PU Vale do rio Catrimani
T aboea e trançado de fibras de buriti Território Federal de Roraima
Comp. 84 em, diâm. 12 em
Coletor: Lux B. Vidal, 1973 344. BRAÇADEIRAjXINARU-HUKU
Cal. part. Lux B. Vidal Emplumação: tucano
Fios de algodão
332. FAIXA FRONTALjKRUA-PU Comp. pingente 51 em
Emplumação: arara-vermelha, araraeanga, araraúna, japu, Coletor: Cláudia Andujar, 1976
gavião Cal. parto Cláudia Andujar
Fios de algodão
Comp. 46 em, largo 17 em 345. BRAÇADEIRAjXINARU-HUKU
Coletor: Lux B. Vidal, 1973 Emplumação: tucano, ave não identificada
Cal. parto Lux B. Vidal Comp. pingente 31 em
Coletor: Cláudia Andujar, 1976
333. FAIXA FRONTALjKRUA-PU Cal. parto Cláudia Andujar
Emplumação: japu, tucano, arara-vermelha, araraeanga
Comp. 76 em, largo 53 em 346. BRAÇADEIRAS (PAR)jPAARI-SIA
Coletor: Lux B. Vidal, 1973 Pele emplumada de mutum
Cal. parto Lux B. Vidal Diâm. 7 em
Coletor: FUNAI (Artíndia), 1980
334. FIEIRA DE PENASjPEIOTI-IAMU Cal. part. Norberto Nicola
Emplumação: papagaio, araraeanga, araraúna
Comp. total 48 em 347. BRAÇADEIRA
Coletor: Lux B. Vidal, 1973 Emplumação: pele emplumada de
Cal. parto Lux B. Vidal Diâm. 7 em
335. FIEIRA DE PENASjPEIOTI-IAMU Coletor: FUNAI (Artíndia), 1980
Emplumação: papagaio, japu, arara-vermelha Cal. part. Norberto Nicola
Comp. total 38 em
Coletor: Lux B. Vidal, 1973 348. BRAÇADEIRA
Cal. parto Lux B. Vidal Emplumação: mutum, tucano, ararinha
Diâm. 9 em, eomp. pingente 36 em
336. FIEIRA DE PENASjPEIOTI-IAMU Sjr
Emplumação: araraúna, garça Cal. parto Lux B. Vidal
72
349. BRINCOS (PAR) Coletor: Waldemar de Andrade e Silva, 1972
Emplumação: pele emplumada de anambé-azul Colt. parto Waldemar de Andrade e Silva
Comp. total 6 em
Coletor: Cláudia Andujar, 1976 361. COROA
Col. parto Cláudia Andujar Emplumação: araraeanga, arara-vermelha, arara-eanindé,
garça, gavião
350. BRINCOS (PAR) Fios de algodão
Emplumação: pele emplumada de anambé-roxo Diâm. 19 em
Comp. tota1. 10 em S/r
Coletor: Cláudia Andujar, 1976 Col. part. Casa do Amazonas
Col. parto Cláudia Andujar 362. FIEIRA DE PENAS
Emplumação: papagaio, arara-vermelha
351. BRINCOS (PAR) Comp. emplumação, 49 em
Emplumação: pele emplumada de anambé-azul
Comp. total 11 em S/r
Col. parto Mooni Ezra
Coletor: Cláudia Andujar, 1976
Col. parto Cláudia Andujar 363. FIEIRA DE PENAS
Emplumação: garça, mutum, araraúna, arara-vermelha
352. GRAMPO DE BRAÇADEIRA/ARAXINEKE Comp. total 53 em
Emplumação: garça, araraeanga S/r
Comp. total 65 em Col. parto Norberto Nicola
Coletor: Cláudia Andujar, 1976
Col. parto Cláudia Andujar 364. FIEIRA DE PENAS
Emplumação: papagaio, arara-vermelha
353. GRAMPO DE BRAÇADEIRA/ARAXINEKE Comp.43em
Emplumação: tucano, araraeanga S/r
Comp. total 58 em Col. parto Norberto Nicola
Coletor: Cláudia Andujar, 1976
Col. parto Cláudia Andujar 365. FIEIRA DE PENAS
Emplumação: papagaio, araraeanga, arara-vermelha
354. GRAMPO DE BRAÇADEIRA/ARAXINEKE Comp. parte emplumada 61 em
Emplumação: arara, ave não identificada (penas pretas e S/r
brancas) Col. part. Norberto NícoIa
Comp. total 62 em 366. GRINALDA
Coletor: Cláudia Andujar, 1976 Emplumação: arara-vermelha, araraúna, arara-eanindé, mutum
Col. parto Cláudia Andujar Comp. emplumação 40 em
Coletor: Waldemar de Andrade e Silva, 1975
355. GRAMPO DE BRAÇADEIRA Col. parto Waldemar de Andrade e Silva
Emplumação: araraeanga, garça
Comp. total 66 em 367. TOUCADO
S/r Emplumação: arara-vermelha, arara-eanindé, araralÍna, garça,
Col. parto Lux B. Vidal gavião
Comp. 160 em
356. GRAMPO DE BRAÇADEIRA (PAR)/ENKÊ MEKÁRE S/r
Emplumação: garça, mutum Col. parto Norberto Nieola
Comp. 47 em
Coletor: J. Behyne, 1963 368. TOUCADO
Museu Emílio Goeldi, n.O 10.046 Emplumação: papagaio, japu, araraeanga
Comp. 157 em, largo 24 em
357. TANGA FEMININA/BESIMAK S/r
Emplumação: tucano CoI. part. Norberto Nicola
Fios de algodão e moluscos
Cireunf. 90 em 369. TOUCADO
Coletor: Cláudia Andujar, 1976 Emplumação: arara-eanindé, arara-vermelha, mutum, tucano
Col. parto Cláudia Andujar Comp. 152 em, largo 27 em
S/r
Col. parto Norberto Nicola
KARIB
370. TOUCADO
Sem referência Emplumação: arara-vermelha, arara-eanindé
Comp. 188 em, largo 27 em
358. CAIXA COM TAMPA ENCAIXANTE S/r
Emplumação: papagaio, arara-vermelha, araraeanga Col. part. Norberto Nicola
Trançado de arumã
Comp. 33 em, largo 12 em, alto 13,5 em 371. TOUCADO
S/r Emplumação: papagaio, arara-vermelha
Col. part. Norberto Nieola Comp. 178 em
S/r
Col. part. Mooni Ezra
KAYAPÓ
Sem referência SEM REFERÊNCIAS
359. COLAR 372. COIFA
Emplumação: papagaio, araraeanga, mutum Emplumação: mutum, araraeanga
Fio de algodão Diâm. 24 em
Comp. emplumação 24 em S/r
Coletor: Waldemar de Andrade e Silva, 1972 Col. part. Norberto Nicola
CoIto part. Waldemar de Andrade e Silva
374. COIFA
360. COLAR Emplumação: garça, gavião
Emplumação: papagaio, araraeanga, arara-eanindé, mutum Diâm. 22 em
Algodão e fios de algodão S/r
Comp. emplumação 19 em Col. part. Casa do Amazonas
73
Nota explicativa
Reproduzimos neste catálogo alguns textos publicados inicialmente no catálogo Arte Plumária do Brasil, editado pela Fundação Nacional Pró-Memória, em 1980.
São os seguintes os textos reproduzidos:
Introdução, de Sonia Ferraro Dorta e Lúcia Hussak van Velthem; Plumária bororo, de Sonia Ferraro Dorta; A plumária Karaiá, de Maria Heloisa Fénelon Costa;
A plumária Kayapó, de Lux B. Vidal; Prumária Tukano, de Lúcia Hussak van Velthem; A arte plumária dos índios Urubus-Kaapor, de Berta G. Ribeiro.
ROTEIRO DA EXPOSIÇÃO *
I. Morfologia: 9, 10,23,40,80, 1 127, 163, 211, 220, 280, 290, 303, 313, 322, 338, 361, 363, 366
lI. Técnica: 14, 18,83, 100, 101, 121, 182, 185, 238,251, 271, 291, 305, 308, 324, 325, 332, 349,
357, 358, 360, 365, 372
III. Funções:
Mito: 76,132,190,278,297,344,345,346,347,348,350,351, 352, 353, 354, 355
Crenças mágico-religiosas: 3,85, 86, 87, 88, 91, 93, 98,99,143,199,200,201,202,203,204,205,240,241,310
Diferenciação social: 33,34,39,48,49,71,77,104,107,109,113,114,116,122, 129, 135, 136, 157, 158,159,
161, 167, 169, 171, 175, 186, 188, 192, 210, 213, 235, 236, 252, 253, 254, 259, 289, 292, 300, 301,
302,314,315,316,318,327,334,341,364,370
e identidade étnica: os estilos
a realização estética (seleção): 1, 12,24,29, 41, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 58, 59, 60, 75, 102, 103,
110, 112, 123, 137, 142, 149, 150,174,176,177,178,179, 180, 181, 191,206,207,209,
237, 243, 244, 275, 281, 283, 288, 304, 306, 307, 309, 319, 326, 356, 367, 373
as tradições estilísticas:
Alto Xingu: 2, 4, 5, 6, 7, 8, 11, 13, 15, 16, 17, 19, 20, 21, 22
Asurini: 26, 27, 28
Bororo Orientais: 30, 31, 32, 36, 38, 44,45,46,47,57,67,68,69, 70,72,73,74
Guajajára: 81, 82, 84
Karajá: 105, 108, 111, 115, 118, 119, 120, 124, 125, 126, 128, 130, 131, 133, 134
Kaxináwa: 138, 139, 140, 141, 144, 145, 146, 147, 148
Kayabí: 151, 152
Kayapó (extintos): 153, 154, 155, 156
Mekranoti: 160, 162, 164, 165, 166, 168, 170, 172, 173
Rikbáktsa: 183, 184, 187, 189, 193, 194, 195, 196
Tiriyó: 208, 212, 214, 216, 218, 219,221,222,224,225,226,227,228,229,230,231,232
Tukano: 233,234,239,242,245,246,247,248,249,250
Txukahamâi: 255, 256, 257, 258, 260, 261, 262
Urubus-Kaapor: 263, 264, 265, 266,267,268,269,270,272,273,274, 282,284,
285, 286, 287
Xikrin: 311, 312, 317, 320, 321, 323, 328, 329, 330, 331, 333, 335,
342, 343
Kayapó s/ referência: 359, 362, 368, 369, 371
75
CATÁLOGO
EDITORA
Maria Otilia Bocchini
DIRETORES DE ARTE
Donato Ferrari
Julio Plaza
Antonio Celso Sparapan
DOCUMENTAÇÃO E CATALOGAÇÃO
Ivo Mesquita
NORMALIZAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
Sonia Salzstein-Goldberg
SECRETÁRIA EDITORIAL
Odete
DATILOGRAFIA
Zelaine Mathias de Carvalho
Gidalva Maria Carvalho Costa
Ana Lúcia Zincaglia
FOTOGRAFIA
Fotos não creditadas: Leonardo Crescenti Neto/Grafitti
CARTAZ
Hirokazu Ishikawa
COMPOSIÇÃO E FOTOLITOS
Linoart Ltda.
IMPRESSÃO
Pancrom