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“Nas páginas seguintes demonstrarei que existe uma técnica psicológica que
permite interpretar sonhos e que mediante a aplicação desse procedimento todo sonho se
mostra como uma formação psíquica de pleno sentido que pode ser incluída num ponto
determinável da atividade psíquica do estado de vigília. Além disso, tentarei explicar os
processos dos quais resultam a estranheza e a irreconhecibilidade do sonho e extrair
deles uma conclusão sobre a natureza das forças psíquicas de cuja atuação conjunta ou
antagônica ele se origina.” (posição 432.)
Questão se o sonho tem relação com a vigília, de modo a ser uma continuidade,
ou de ser um mundo à parte, que nada tem a ver com ela. Freud cita Hildebrandt: “que
opina que as peculiaridades do sonho não podem ser descritas de outro modo senão por
meio de uma “série de oposições que aparentemente se intensificam até se
transformarem em contradições””. (Pos. 567. Grifo nosso). Ao mesmo tempo que os
sonhos nos leva a situações totalmente diversas do mundo real, sua matéria prima não
pode vir de outro lugar que não o mundo sensível.
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B – Material onírico – a memória do sonho
“Uma das fontes das quais o sonho recebe material para reprodução, material
que em parte não é lembrado nem empregado na atividade mental de vigília, é a vida
infantil” p. 671. Porém, as impressões recentes também constituem o material do
sonho.
Por fim, temos a ideia de que nada do que tenhamos experimentado mentalmente
se perde por inteiro. Seria o sonho uma continuação processual da memória?